Embu das Artes, ou simplesmente Embu é um município da Região Metropolitana de São Paulo, na Microrregião de Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se na Zona Sudoeste da Grande São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011 e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).
É considerado, oficialmente, uma estância turística.
Sua história curiosa lhe trouxe uma especialização contemporânea imprevista: ser uma cidade especialmente vocacionada para acolher artistas. Isto aporta dividendos turísticos à cidade.
Topônimo
"Embu" é uma corruptela do nome da aldeia jesuítica que deu origem à cidade: Mboy. Existem duas propostas etimológicas para o topônimo Mboy: 1 - é um termo oriundo do tupi antigo mboî'y ("rio das cobras", a partir da junção dos termos mboîa, "cobra" e 'y , "rio"); 2 - se origina do termo tupi antigo mboîa ("cobras").
Estância Turística
Embu das Artes é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Clima
O clima é tipo C, segundo a Classificação de Köppen, subtropical ou mesotérmico de latitudes médias e com grande quantidade de chuvas no verão. A região possui altitude média, juntamente com ilhas de vegetação de Mata Atlântica, que amenizam a temperatura. O índice pluviométrico é de aproximadamente 1.530 milímetros por ano e a temperatura média anual gira em torno dos 18 °C.
Patrimônio Histórico-cultural
Capela de São Lázaro - Sua origem está ligada a uma imagem do santo São Lázaro esculpida em madeira pelo artista Cássio M'Boy nos anos 1920. A imagem atraiu grande número de devotos e, em 1934, foi construída uma capela para abrigá-la. Em 1969, a capela foi restaurada, aproximando-se das linhas da arquitetura jesuítica da igreja do Conjunto Nossa Senhora do Rosário.
Museu de Arte Sacra - Sua arquitetura apresenta características do estilo barroco paulista e um acervo rico em imagens de anjos, santos e personagens bíblicos, quase todos entalhados em madeira, modelados em terracota ou em armações em roca, produzidas entre os séculos XVII e XIX.
A principal obra do museu é o "Senhor Morto", esculpido em uma tora de madeira, bem como as imagens de Nossa Senhora das Dores e da Santa Ceia, em roca, de autoria do Padre Macaré. As demais obras foram esculpidas pelos jesuítas e índios. Foi a primeira construção arquitetônica tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no Estado de São Paulo em 1938, passando por restauração posterior, pela mesma instituição nos anos de 1939 e 1941. O arquiteto responsável pelo projeto de restauro foi Luís Saia, sendo um arquiteto de destaque para o estudo e compreensão das primeiras intervenções de restauro no Brasil. O edifício também é protegido pelo CONDEPHAAT desde 1974.
Conjunto Nossa Senhora do Rosário - É formado pela igreja e pela antiga residência dos padres, conjugadas numa mesma edificação. Trata-se de uma das mais importantes construções jesuítas em São Paulo, caracterizadas pela simplicidade das linhas retas. A igreja começou a ser construída por volta de 1700 pelo Padre Belchior de Pontes. A intenção era a de que ela tivesse capacidade para que os índios e vizinhos pudessem comodamente observar os preceitos a que estavam obrigados, como registrou o Padre Manuel da Fonseca no livro "A Vida do Venerável Padre Belchior de Pontes", diferentemente da antiga capela da fazenda de Catarina Camacho situada não muito longe dali.
Centro Histórico - No Centro Histórico, encontra-se grande quantidade de galerias de arte, lojas de móveis rústicos e lojas de artesanato, bem como uma grande variedade gastronômica de comida típica brasileira e culinária internacional.
Centro Cultural Mestre Assis do Embu - O Centro Cultural Mestre Assis do Embu oferece ao público, gratuitamente, acesso à arte, cultura e ao conhecimento. Ocupa, hoje, o histórico prédio da prefeitura. Nele, o público tem à disposição três salas para exposições e o auditório Cássio M’Boy, com capacidade para 150 pessoas destinado a palestras, recitais, espetáculos musicais e teatrais. Instalada em frente ao Centro, fica a tenda Embu das Artes ao Vivo, onde artistas do município montaram uma extensão de seus ateliês, possibilitando ao público acompanhar em tempo real todo o processo criativo de pintores, escultores, ceramistas e forjadores da cidade.
Referência para o texto: Wikipédia .