segunda-feira, 22 de setembro de 2025

BATURITÉ - CEARÁ

Baturité é um município brasileiro do estado do Ceará. Localiza-se na microrregião de Baturité, mesorregião do Norte Cearense. Sua população verificada no censo de 2022, do IBGE, era de 33.326 habitantes que representa cerca de 0,38% da população do estado de Ceará. Baturité é a terra natal de Franklin Távora, escritor do romantismo, autor de O Cabeleira; de Luiz Severiano Ribeiro, o fundador do Grupo Severiano Ribeiro, de Elmano de Freitas, atual governador do Ceará; e do Major Antônio Couto Pereira, um dos maiores presidentes do clube de futebol Coritiba, responsável pela construção do antigo estádio Belfort Duarte, atual Estádio Major Antônio Couto Pereira. A cidade de Baturité é muito conhecida por diversos pontos turísticos (Mosteiro dos jesuítas, etc.) que favorece muito o comércio, principal fonte de receitas para o município. 
Etimologia
O topônimo Baturité apresenta várias hipóteses etimológicas: 
- Para Paulino Nogueira, este vem do decomposto do Tupi BU (sair, rebentar, sair da fonte), TY (água) e ETE (boa) e significa sair água boa, uma alusão às inúmeras fontes de água cristalina que jorram da serra; ou uma corruptela do IBI (terra), TIRA (alta), ETÉ e significa serra;
- Para José de Alencar, este vem de Baturieté (narceja: uma ave ilustre), que composta por Batuira e Eté, nome que honra o chefe Potyguara e na linguagem figurada significa valente nadador;
- Para Von Martius vem da corruptela de Epo (por ventura) e ITA-ETË (aço) que significa certo aço;
- Para Pedro Catão, vem de Batu (monte serra) e Ete (desinência superlativa) e significa verdadeira serra, serra por excelência;
- Antônio Martins Filho e Raimundo Girão diferenciam-se da versão de Paulino Nogueira apenas nos termos Tira, que seria Itira ou Atira (o monte, o monte), pois na análise fonética YBY, Y representa-se por I ou U, o que resultou para os portugueses IBI ou UBU e de ATYRA resultou ATURA. Compondo ficou IBATURA, BATURA com a queda da vogal inicial átona, fenômeno muito comum na acomodação portuguesa do Tupi. Desta forma BATURA (montão, monte de terra ou serra) e os índios juntaram o sufixo ETÉ (principal, a verdadeira ou real) e ficou BATUETÉ (serra verdadeira ou real). Para estes, a expressão Serra de Baturité é pleonástica, pois Baturité já significa serra.
Suas denominações originais eram Aldeias das Missões, Missão de Nossa Senhora da Palma, Palmas, depois Vila Real Monte-Mor o Novo da América e, desde 1858, Baturité.
História
Região habitada por diversas etnias como os Potyguara, Jenipapo, Kanyndé, Choró e Quesito, recebeu a partir do século XVII diversas expedições militares e religiosas. Com a expulsão dos holandeses, a coroa portuguesa iniciou o processo de ocupação definitiva das terras cearenses, que intensificou-se através da ocupação missionária pelos Jesuítas, a doação de sesmarias, busca de metais preciosos e a implantação da pecuária do Ceará. Em 1755, Baturité, ou melhor, Missão de Nossa Senhora da Palma, surge neste contexto como uma missão tendo como finalidade aldear os índios da região. Em 1759, com a expulsão dos Jesuítas, a missão foi elevada a condição de Vila com o nome de Monte-Mor o Novo d'América. Em 1791, nesta vila foi reunido aos Kanindé, Jenipapo, um contingente de índios oriundos de missões em conflitos, como: os Jucá da Vila de S. Mateus, os Paiacu da Vila de Monte-Mor-o-Velho e da Vila de Portalegre.
Por causa do clima ameno e da água em abundância, Baturité e outros municípios vizinhos serviram de refúgio para populações sertanejas de cidades como Canindé e Quixadá, que ali se abrigaram durante a Seca dos Três Setes (1777 a 1793). Um marco da presença católica no município é o grupo de igrejas, conventos e mosteiros que ainda resistem ao tempo e alguns deles convertidos em hospedarias nos dias atuais. 
Em 1824, Manoel Felipe Castelo Branco trouxe do Pará para Baturité, mudas de café, fato que trouxe transformações na atividade econômica e vida social local. 
Na metade do século XIX, Baturité tinha como principal atividade econômica a cultura do café, chegando na época a deter 2% de toda a produção brasileira. Há relatos de que o café de Baturité era um dos mais apreciados nas cafeterias francesas. Com o crescimento da cultura do café surge a necessidade de uma via mais rápida de escoamento da produção para o porto de Fortaleza, que era feita através das precárias estradas da época. Neste contexto, em 1870, um grupo de comerciantes lança a proposta de construir a primeira ferrovia no estado, constituindo juridicamente a Estrada de Ferro de Baturité e um porto em Fortaleza. Em 1882, é inaugurada a estação ferroviária de Baturité,[8] pela qual o café foi transportado diretamente ao Porto de Fortaleza. Em 1921, com a expansão da estrada de ferro, Baturité recebe mais uma estação ferroviária, mais precisamente no povoado do Açudinho (hoje Alfredo Dutra). 
A cultura do café, entre 1870 até a superprodução e a superoferta de 1929, impulsiona a economia e a vida social de Baturité, bem com a modernização da cidade. A partir do início do século XX, Baturité vivenciou fortemente o movimento religioso da Ação Católica, principalmente com o vigário local Monsenhor Manoel Cândido e seu pupilo Ananias Arruda. Desse movimento católico surgiram vários prédios religiosos na cidade como: 
- Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (1934).
- Colégio Salesiano Domingos Sávio (1932).
- Círculo Operário Católico de Baturité (1924).
- Escola Apostólica dos Jesuítas (1927).
- 1882 - Inaugurada a Estação de Baturité da Estrada de Ferro de Baturité (marco no desenvolvimento da cidade).
- Central de Abastecimento de Água de Baturité pela firma Catão e Pinto - realização do Major Pedro Catão e do Cel. José Pinto do Carmo (30 de março de 1917).
- Serviço de luz elétrica de Baturité (2 de junho de 1918), realização de Horácio Dutra. Em 1921 esta empresa foi transferida para o Cel. José Pinto do Carmo.
- Em 1896 nasceu o Major Antônio Couto Pereira que, ainda jovem, foi morar com alguns familiares em Curitiba e em 1916 filiou-se ao clube de futebol Coritiba. Em 1926 foi presidente do clube pela primeira vez. O nome do estádio do time é em homenagem ao ilustre Antônio Couto Pereira. Ele é tio-avô do técnico em edificações e historiador cearense Gustavo Braga.
Não há evidência de uma belle époque em Baturité — a classe média era bastante exígua e sua população era basicamente rural. Suas ruas só ganharam pavimentação a partir de 1932, na administração do Capitão Ózimo de Alencar. Ainda assim, contou com um atuante movimento urbano nas décadas de 1920 e 1930. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Aldeias das Missões, por Provisão de 19 de junho de 1762 e por Lei Provincial de 18 de março de 1842. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Palmas, por Carta de 06 de agosto de 1763, e Portaria de 15 de agosto de 1763, retificado, por carta de 16 de dezembro de 1763. Instalado em 14 de julho de 1764. 
Por Carta Régia de 14 de abril de 1764, a vila se denominada vila Real Monte-Mor. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de Baturité, pela Lei Provincial n.º 844, de 09 de agosto de 1858. 
Pelo Ato Provincial de 10 de outubro de 1868, é criado o distrito de Guaramiranga e anexado ao município de Baturité. 
Pelo Ato Provincial de 04 de junho de 1878, é criado o distrito de Pernambuquinho e anexado ao município de Baturité. 
Pelo Decreto Estadual n.º 37, de 02 de agosto de 1890, é criado o distrito de Caio Prado (ex-povoado de Cngati) e anexado ao município de Baturité. 
Pelo Decreto n.º 8 - E, de 10 de março de 1892, é criado o distrito de Castro e anexado ao município de Baturité. 
Pelo Ato Estadual de 27 de março de 1896, é criado o distrito de Riachão e anexado ao município de Baturité. 
Pelo Ato Estadual de 20 de janeiro de 1897, é criado o distrito de Candeia e anexado ao município de Baturité. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 7 distritos: Baturité, Castro, Caio Prado, Candeia, Guaramiranga, Pernambuquinho e Riachão. 
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, o município aparece constituído de 8 distritos: Baturité, Caio Prado, Candeia, Castro, Guaramiranga, Pernambuquinho, Putiú e Riachão. 
Pelos Decretos Estaduais n.º 193, de 20 de maio de 1931 e nº 1156, de 04 de dezembro de 1933, o distrito de Castro passou a denominar Itaúna e Riachão a chamar-se Capistrano. 
Pelo Decreto Estadual n.º 1.156, de 04 de dezembro de 1933, os distritos de Guaramiranga e Pernambuquinho, foram desmembrados de Baturité, para constituírem o município de Pacoti. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: Baturité, Caio Prado (ex-Cangati), Candeia, Capistrano de Abreu (ex-Riachão) e Itaúna (ex-Castro). 
Pelo Decreto Estadual n.º 448, de 20 de dezembro de 1938, o distrito de Capistrano de Abreu passou a denominar-se simplesmente Capistrano. Sob o mesmo decreto é extinto o distrito de Candeia, sendo seu território anexado ao distrito sede de Baturité. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Baturité, Caio Prado, Capistrano (ex-Capistrano de Abreu) e Itaúna. 
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.114, de 30 de dezembro de 1943, o distrito de Itaúna passa a denominar-se Itapiúna. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 4 distritos: Baturité, Caio Prado, Capistrano (ex-Riachão) e Itapiúna (ex-Itaúna). 
Pela Lei Estadual n.º 1.153, de 22 de setembro de 1951, é desmembrado do município de Baturité o distrito de Capistrano. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o município é constituído de 3 distritos: Baturité, Caio Prado e Itapiúna. 
Pela Lei Estadual n.º 3.599, de 20 de maio de 1957, são desmembrados do município de Baturité os distritos de Itapiuna e Caio Prado, para constituírem o novo município de Itapiúna. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede. 
Pela Lei Municipal n.º 932, de 17 de janeiro de 1991, foram criados os distritos de Boa Vista e São Sebastião e anexados ao município de Baturité. 
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 3 distritos: Baturité, Boa Vista e São Sebastião. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2018.
Geografia
Subdivisão

O município tem três distritos: Baturité (sede), Boa Vista e São Sebastião. 
Relevo
Localizado no Maciço de Baturité, tem relevo na sua grande parte montanhoso formado de maciços residuais e depressões sertanejas, tendo como a maior elevação localizado na serrota de São Francisco, cerca de 874 metros acima do nível do mar. 
Hidrografia
O rio Putiú e rio Aracoiaba, juntamente com a Barragem Tijuquinha, são as maiores fontes de recursos hídricos para o abastecimento de água para o município. Os riachos como: das Lajes, do Padre, da Panta, da Pedra Aguda, Mucunã, Nilo, Pilar, Salgado, Santa Clara, Sinimbu, Supriano, completam os recursos hídricos deste município e juntamente com o rio Putiú, deságuam suas águas no rio Aracoiaba. 
Vegetação
A vegetação é formada pela caatinga arbustiva densa, floresta subcaducifólia tropical, floresta úmida semiperenofólia, floresta úmida semicaducifólia, floresta caducifólia e mata Ciliar. Existe ainda uma APA (Área de Proteção Ambiental). 
Clima
Baturité possui um clima bastante peculiar para esta região do Brasil. As máximas chegam a 32 °C nos meses mais quentes, podendo cair para 20 °C ou menos na época mais fria. A pluviometria média é de 1 065 milímetros (mm), com chuvas concentradas entre janeiro e junho, chegando a ocorrerem tempestades com ventos fortes e raios. Porém, as chuvas também são irregulares podendo ocasionar seca e racionamento de água, como o registrado entre os anos de 1998 e 1999 quando o principal reservatório de abastecimento da cidade, a Barragem Tijuquinha, chegou ao nível zero. 
Economia
Atualmente a economia de Baturité baseia-se principalmente na exploração do setor terciário da economia (comércio e prestação de serviços), na extração vegetal e em culturas de algodão, banana, arroz, milho, feijão, café e cana-de-açúcar, porém, assim como na maioria dos municípios cearenses (com exceção do café), esta ainda é feita com técnicas agrícolas rudimentares fazendo com que o solo empobreça e a produção seja insignificante em termos nacionais. Ainda assim, Baturité se destaca na sua região sendo um importante centro consumidor e abrigando sede de muitas empresas regionais. Com um comércio forte, base da economia do município, a cidade vem conseguindo muitos avanços na qualidade de vida da população e na modernização da cidade. 
Ainda é importante destacar o cultivo do café, que embora tenha diminuído muito após a crise de 29 e outras crises na economia brasileira, vem crescendo, atualmente, utilizando-se a técnica do cultivo sombreado e 100% orgânico. Esse tipo de cultivo fez com que o café baturiteense ganhasse destaque nacional e internacionalmente por ser um produto de alta qualidade e saudável. 
Turismo
Outra fonte de renda do município é o turismo, com um grande potencial. Baturité possui uma APA (Área de Proteção Ambiental) nos remanescentes de Mata Atlântica existente no município, trilhas, cachoeiras, áreas propícias para prática de esportes de aventura e um grande acervo cultural espalhado por toda a cidade como museus, monumentos e edificações centenárias. 
Pontos turísticos
- Igreja matriz
- Prédio da Cultura (hoje a sede da Secretária de Saúde)
- Pelourinho (marco da fundação da cidade)
- Palácio Entre Rios (antiga cadeia municipal e hoje sede da prefeitura)
 -Igreja Matriz de Cristo Rei (localizada em um alto no bairro do Putiú)
- Museu Comendador Ananias Arruda
- Estrada de Ferro juntamente com a estação ferroviária (onde expõe obras de Olavo Dutra Alencar)
- Via Sacra Pública de Baturité (com 365 degraus)
- Imagem de Nossa Senhora de Fátima (exposta no alto do morro da Via Sacra, a maior imagem da santa no mundo)
- Igreja de Santa Luzia (inaugurada em 1879)
- Antiga Escola Apostólica dos Jesuítas (atualmente conhecida como - Mosteiro dos Jesuítas, funciona como casa de retiros, encontros religiosos, congressos, hospedagem e descanso. O prédio lembra um castelo medieval);
- Mirante do Cruzeiro (magnífica obra de uma cruz com 25 metros de altura sobre uma montanha, monumento recém inaugurado).
Cultura
Um dos principais eventos culturais da cidade são as Festas de Nossa Senhora da Palma, padroeira do município, que se realiza entre os dias 6 e 15 de agosto, a Festa de Santa Luzia que se realiza entre os dias 3 a 13 de dezembro, a Festa de Santo Antonio que ocorre entre os dia 1º a 13 de junho e a Festa de Cristo Rei no mês e novembro. A feira livre, sempre realizada aos sábados, também já é um marco cultural na cidade e reúne feirantes da cidade e de regiões vizinhas. 
Espalhados pela cidade, principalmente pela região central, encontram-se casarões em estilo colonial construídos em meados do século XIX, época da fartura do café, alguns poucos tombados. Estátuas e bustos de baturiteenses notórios, como Ananias Arruda e Valdemar Falcão, estão expostos em praças que levam seus nomes. A influência da igreja católica na cultura da cidade é bastante expressiva. O monumento erguido à Nossa Senhora de Fátima, trazido de Portugal, pode ser visto de praticamente toda a cidade e muitos se aventuram em chegar lá vencendo seu acesso que possui 365 degraus. A bi-centenária igreja de Nossa Senhora da Palma, construída em 1762 no estilo bizantino com predominação no barroco, é a única nesse estilo no Brasil e já serviu como depósito de pólvora na época da Confederação do Equador. 
No entanto, denota-se atualmente, a destruição progressiva de vários casarões e até monumentos históricos para ceder lugar a prédios comerciais. Não existem políticas de conscientização ou para restringir a degradação do patrimônio histórico de Baturité. 
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE .

sábado, 20 de setembro de 2025

ARAGUATINS - TOCANTINS

Araguatins é um município brasileiro do estado do Tocantins. Localiza-se na microrregião do Bico do Papagaio, estando a uma altitude de 103 metros, situada às margens do rio Araguaia. Sua população era de 41.918 habitantes conforme dados do Censo 2022, do IBGE. Possui uma área de 2297,3 km².
História
O local onde hoje é Araguatins teve como primeiros moradores a família de Máximo Libório da Paixão, em 1867. No entanto, foi fundada por Vicente Bernardino Gomes no ano seguinte com o nome de vila São Vicente do Araguaia, em 9 de junho de 1868. Vicente Bernardino, que antes residia na Colônia Militar de São João do Araguaia, no Estado do Pará, resolveu subir o Rio Araguaia e procurar um local onde pudesse fundar uma povoação. Aproveitou da existência de grandes pequiseiros, oitizeiros, entre outras árvores regionais dando início à sua exploração econômica. Para tanto, acolheu trabalhadores vindos de diversas regiões que passaram a fixar residência na localidade. A vila passa a categoria de município pela Lei n.º 426 de 21 de junho de 1913, que foi sancionada pelo Decreto n.º 3.639 de 5 de março de 1914 e instalado em 12 de novembro do mesmo ano pelo Decreto n.º 3.774. Em 1945, a sede do Município foi transferida para Itaguatins, pelo Presidente Getúlio Vargas. Depois de três anos de transferência da sede, o Município foi criado pela segunda vez pela Lei n.º 184 de 13 de outubro de 1948 tendo sido reinstalado em 1º de janeiro de 1949. Com a criação do Estado do Tocantins em 1989 o Município passa a integrá-lo, antes era parte do Estado de Goiás. O nome Araguatins nasceu da junção dos dois rios Araguaia e Tocantins por sugestão do Prefeito Antonio Carvalhedo Murici, tendo sido aprovado pelo Decreto n.º 8.305 no ano de 1943.
Formação Administrativa
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, figura no município de Boa Vista do Tocantins o distrito de São Vicente do Araguaia. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Vicente do Araguaia, pela Lei Estadual n.º 426, de 21 de junho de 1913, desmembrado de Boa Vista do Tocantins. 
Pelas Leis Municipais n.º 55, de 05 de agosto de 1917 e n.º 42, de 30 de janeiro de 1924, é criado o distrito de Santo Antônio da Cachoeira e anexado ao município de São Vicente do Araguaia. 
Pela Lei Municipal n.º 3, de 15 de setembro de 1931, é criado o distrito de Petrolina da Lontra e anexado ao município de São Vicente do Araguaia. 
Pela Lei Municipal n.º 6, de 15 de julho de 1932, é criado o distrito de Peneaúma e anexado ao município de São Vicente do Araguaia. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído de 4 distritos: São Vicente do Araguaia, Peneaúma, Petrolina do Lontra e Santo Antônio da Cachoeira. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 557, de 30 de março de 1938, o distrito de Petrolina do Lontra tomou a denominação de Araguaiana. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 1.233, de 30 de outubro de 1938, o município de São Vicente do Araguaia passou a denominar-se simplesmente São Vicente. Sob o mesmo decreto, o município de São Vicente adquiriu o território do extinto distrito de Araguaiana (ex-Petrolina do Lontra). 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: São Vicente, Araguaiana (ex-Petrolina do Lontra), Peneaúma e Santo Antônio da Cachoeira. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 8.305, de 31 de dezembro de 1943, o município de São Vicente passou a denominar-se Araguatins. Sob o mesmo decreto acima citado, o distrito de Santo Antônio da Cachoeira passou a chamar-se Itaguatins. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 55, de 19 de julho de 1945, o município Araguatins foi rebaixado a categoria de distrito, passando o município a denominar-se Itaguatins, tendo havido transferência de sede municipal. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Araguatins, pela Lei Estadual nº 184, de 13 de outubro de 1948, desmembrado de Itaguatins. Sede no antigo distrito de Araguatins. Constituído do distrito sede. Instalado em 1º de janeiro de 1949. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955. 
Pela Lei Municipal n.º 15, de 29 de setembro de 1956, é criado o distrito de Xambioá (ex-povoado de Xambioazinho) e anexado ao município de Araguatins. 
Pela Lei Estadual n.º 2.118, de 14 de novembro de 1958, é desmembrado do município de Araguatins o distrito de Xambioá. Elevado à categoria de município 
Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 1º de julho de 1960. 
Pela Lei Municipal n.º 30, de 1º de dezembro de 1960, é criado o distrito de Ananás e anexado ao município de Araguatins. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 2 distritos: Araguatins e Ananás. 
Pela Lei Estadual n.º 4.684, de 14 de outubro de 1963, é desmembrado do município de Araguatins o distrito de Ananás. Elevado à categoria de município. 
Pela Lei Estadual n.º 1, de 18 de fevereiro de 1964, é criado o distrito de Natal e anexado ao município de Araguatins. 
Pela Lei Estadual n.º 2, de 18 de fevereiro de 1964, é criado o distrito de São Bento e anexado ao município de Araguatins. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1968, o município é constituído de 3 distritos: Araguatins, Natal e São Bento. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 1988. 
Pela Lei Estadual n.º 251, de 20 de fevereiro de 1991, alterado em seus limites pela Lei Estadual n.º 498, de 21-12-1992, desmembra de Araguatins o distrito de São Bento. Elevado à categoria de município com a denominação de São Bento do Tocantins. 
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 2 distritos: Araguatins e Natal. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 2023.
Economia
A economia da cidade é baseada na agropecuária, serviços, administração pública e indústria. 
Araguatins é um município de grande relevância na região que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pela alta regularidade das vendas no ano. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 916 admissões formais e 556 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 360 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 177.
Até maio de 2025 houve registro de 42 novas empresas em Araguatins, sendo que 2 atuam pela internet. Neste último mês, 9 novas empresas se instalaram. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (8). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 64 empresas.
Turismo
Araguatins possui atrativos turísticos como a cachoeira do rio São Martinho e passeios pelo rio Araguaia.
Araguatins, localizada no extremo norte do Tocantins, oferece diversas opções de lazer e turismo, principalmente relacionadas ao Rio Araguaia. É possível desfrutar de passeios de barco, pesca esportiva, acampamentos, observação de aves e prática de esportes aquáticos. Além disso, a cidade possui um centro histórico interessante e praias temporárias durante a temporada de praia, como a Praia da Ponta e a Praia da Sapucaia
Opções de lazer e turismo 
- Rio Araguaia:  pode ser explorado através de passeios de barco, pesca esportiva e pratique esportes aquáticos como canoagem e caiaque. 
- Acampamentos:  A beleza natural do rio Araguaia é propícia para acampar às suas margens, especialmente na Praia da Sapucaia. 
- Observação de aves e vida selvagem: A rica fauna e flora da região apresenta oportunidades observar aves e outros animais silvestres. 
- Trilhas e caminhadas: As trilhas ecológicas e caminhos próximos ao rio, como a trilha que leva à cachoeira do rio São Martinho, podem ser tranquilamente exploradas
- Cachoeira do São Martinho: A visita a essa cachoeira, com uma queda d'água de 4 metros,é  ideal para banho e prática de esportes aquáticos. 
- Cachoeira do Salto: Localizada a 50 km de Araguatins, essa cachoeira é um local de beleza natural com águas cristalinas, perfeito para quem gosta de contato com a natureza e atividades como alpinismo e escalada. 
- Praia da Ponta: É a praia oficial da temporada em Araguatins, oferecendo uma estrutura com camping, bares, restaurantes e segurança, durante os meses de junho a agosto. 
- Praia da Sapucaia: Localizada no Rio Araguaia, é acessível por meio aquático e é utilizada para acampamentos familiares e amigos, com funcionamento apenas nos meses de verão, quando fica visível. 
- Centro Histórico: O centro histórico de Araguatins merece ser explorado, conhecendo a história e a arquitetura local. 
- Temporada de Praia: Para visitas ocorrendo durante a temporada de praia (junho a agosto), podem ser aproveitadas as opções de lazer e infraestrutura oferecidas nas praias de Araguatins
- Ilha de São Vicente: Fica localizada à frente do Cais do Porto, e tem como destaque o Paredão do Nego Velho, que abriga, no seu topo, imensas árvores da flora amazônica, minando água cristalina das pedras, excelente local para a prática de alpinismo e escalada. A praia de São Raimundo fica na Ilha e tem aproximadamente 5 km de extensão, situada em frente do Povoado de São Raimundo, do município de Brejo Grande (Pará), e surge somente durante a alta temporada, com acesso somente por barco.
Educação
O município conta com a Universidade Estadual do Tocantis (UNITINS), com campus localizado na cidade, que teve seu início marcado com uma aula magna no dia 15 de agosto de 2014.
Cultura
A culinária local oferece especialidades como peixe na brasa, e você pode encontrar opções variadas no Mercado Municipal e em restaurantes.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela .

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

GUARANTÃ DO NORTE - MATO GROSSO

Guarantã do Norte é um município brasileiro do estado de Mato Grosso, na região norte do estado, próximo à divisa com o Pará. É conhecido por sua economia baseada na agropecuária, com destaque para a pecuária (com cerca de 300 mil cabeças de gado) e a agricultura, especialmente o cultivo de arroz. A cidade também possui um importante polo de produção de leite. 
Localiza-se a uma latitude 09° 47′ 15″ sul e a uma longitude 54° 54′ 36″ oeste, estando a uma altitude de 345 metros. A população de Guarantã do Norte é estimada em 31.328 habitantes. Essa informação é baseada nos dados do Censo de 2022 do IBGE.
História
Entre as décadas de 1970/1980 o Governo Federal incrementou, na região Norte do país, o programa de colonização, nas áreas eleitas prioritárias para fins de reforma Agrária e Segurança Nacional, criando, através do INCRA, inúmeros projetos de Assentamentos Agrários. 
A finalidade inicial era colonizar o Norte do país e solucionar vários problemas sociais existentes na região Sudeste do Brasil, envolvendo trabalhadores rurais entre pequenos proprietários, sem terra e aqueles explorados sob regime de escravidão branca. 
Em decorrência dos fatos acima citados e, voltando especificamente para a nossa Região, em 1979 foi criado pelo INCRA, através da Superintendência Regional do Estado de Mato Grosso, um projeto de colonização denominado PROJETO DE ASSENTAMENTO CONJUNTO PEIXOTO DE AZEVEDO, com 245.000,0000 hectares sobre a Gleba Braço Sul, localizada, originalmente, no Município de Colíder/MT. 
O Projeto foi implantado em parceria técnica e administrativa com a Cooperativa Tritícola de Erechim Ltda/Cotrel para assentar aproximadamente 1.200 agricultores oriundos do Rio Grande do Sul, envolvendo aqueles que tiveram suas propriedades rurais destruídas pela construção de Barragens Hidrelétricas, e os filhos dos Pequenos proprietários rurais, sócios da referida Cooperativa, cuja dimensão das propriedades eram insuficientes para absorver toda a força de trabalho produtiva do conjunto familiar. 
Em 1981 foi criado, também, pela Superintendência Regional do INCRA de Mato Grosso, o PROJETO DE ASSENTAMENTO BRAÇO SUL, com 211.000,0000 hectares, sobre a Gleba Braço Sul, para assentar aproximadamente 1.300 agricultores, envolvendo 200 posseiros já existentes na referida Gleba, os Sul Mato-grossenses, que viviam sob regime de trabalho escravo em fazendas localizadas no território Paraguaio (os brasiguaios), e outros oriundos de Mundo Novo/MS e de cidades daquele Estado e do Estado de Mato Grosso. 
Em 1982 os dois Projetos foram elevados à categoria de Distrito do município de Colíder/MT, com a denominação de Guarantã do Norte e, em 1986, à categoria de município de Guarantã do Norte, transformando, em 1987, o PROJETO DE ASSENTAMENTO CONJUNTO PEIXOTO DE AZEVEDO, em sua maior extensão territorial, a partir da margem direita do Rio Braço Norte, na categoria de distrito do município de Guarantã do Norte, com a denominação de Novo Mundo, e que, em 1996, transformou-se em município de Novo Mundo. 
A partir de 1994 foram criados mais quatros assentamentos nas áreas remanescentes do Projeto de Assentamento Conjunto Peixoto de Azevedo, onde não foram efetivados os assentamentos previstos originalmente, com a denominação Projeto de Assentamento Bela Vista, Castanhal, Cotrel, Cachoeira da União e Barra Norte, todos localizados no Município de Novo Mundo. 
Na área remanescente do Projeto de Assentamento Braço Sul, onde também não foram implementados os assentamos previstos, foram criados mais três Projetos com a denominação de Projeto de Assentamento Horizonte II, Iririzinho e São Cristóvão, todos localizados no município de Guarantã do Norte. 
Os Projetos criados a partir de 1994 tiveram como objetivo básico regularizar a situação de centenas de agricultores que já se encontravam de posse daquelas terras mas, que não tinham suas ocupações reconhecidas pelo INCRA. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Guarantã do Norte, pela Lei n.º 4.378, de 16 de novembro de 1981, subordinado ao município de Colíder. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1983, o distrito de Guarantã figura no município de Colíder. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1993. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Guarantã do Norte, pela Lei Estadual n.º 5.008, 13 de maio de 1986. Desmembrado do município de Colíder. Sede no atual distrito Guarantã o Norte (ex-Guarantã). Constituído do distrito sede. Instalado em 31 de dezembro de 1986. 
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
O município de Guarantã do Norte possui uma Área territorial de 4.763,3 Km2, sendo 65,9 km2 somente de área urbana, constituída ainda de 5. 558 residências urbanas.
Fauna
Em sua fauna as espécies em destaque são: mamífero – Anta (Tapirus terrestris), Macaco-prego (Hidrochoerus hyrochoeris), Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), Paca (Agouti paca), Onça-pintada (Phantera onça) e Tamanduá-bandeira (Mymecophaga tridactyla); peixe – Matrinxã (Brycon hilarii), Tucunaré (Cichia acellaris), Lambari (Markiana sp.), Pintado (Pseudo platystoma corruscans), Pacú (Piaractus mesoporamicus), Curimbatá (Prochilodus lineatus), Piranha (Pygocentrus mattereri) e Jaú (Paulicea luetkeni); ave – Gavião–real (Harpia harpija), Ararajuba (Aratinga garouba) e répteis e anfíbios IBGE, 1992, EMBRAPA, 1994 - BRISTSKI, 1999 - QUEIROS, 1999 apud Miranda e Amorim, 2000).
Hidrografia
Seus recursos hídricos pertencente á Bacia Amazônica e Sub-bacia do Rio Tapajós (IBGE, 1997 - DZSEE, 1999 (adaptado) apud Miranda e Amorim, 2000), tendo como os principais rios: Braço Norte, Braço Sul, Iriri, Peixotinho, Mutum, Vale do XV, Horizonte e córregos: 22, 27, 29, 31, 40, Aurora, Mineirão, Macedo, Porcão, Linha do Sol, Hertal, Jacinto, Jacaré I, Jacaré II, Pena do Mutum, Bomm, Mezomo, Geraldão, Santa Ana e Corgão.
Clima
O período das chuvas ocorre de setembro a abril com uma precipitação pluviométrica anual de mais de 2.000mm, a temperatura média anual fica entre 25°C mínima e 33°C máxima. O clima é fator importante e completa o quadro favorável ao desenvolvimento de atividades agropastoris.
Economia
A economia é diversificada, com forte atuação na pecuária, agricultura e comércio. 
A produção de leite é um dos destaques, com mais de 22 milhões de litros por ano. 
O município também é conhecido por suas atividades ligadas ao extrativismo e ao turismo, com atrativos como a Cachoeira da Serra, o Parque Florestal, o Lago do Céu Azul e as grutas locais conforme o site Viagens BR. 
Guarantã do Norte é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são fatores de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 1,9 mil admissões formais e 1,7 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 200 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 274.
Até maio de 2025 houve registro de 130 novas empresas em Guarantã do Norte, sendo que 6 atuam pela internet. Neste último mês, 32 novas empresas se instalaram, sendo 2 com atuação pela internet. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (26). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 206 empresas.
Turismo
Guarantã do Norte respeita seus recursos naturais com desenvolvimento sustentável, por isso as inúmeras riquezas naturais são preservadas. Para quem gosta de aventuras, os rios, cachoeiras e corredeiras com águas cristalinas são convite irrecusável, sem contar a pesca esportiva que tem como principal troféu dentre muitas espécies de peixes a matrinxã, o município abriga um sitio arqueológico com inscrições rupestres que permitem pesquisas e explorações históricas. O ecossistema local é bastante diversificado tanto na fauna quanto na flora.
O patrimônio ambiental é sem dúvida a maior riqueza que o município possui. Além de áreas de floresta Amazônica, o município conta com diversos pontos a serem visitados pelos turistas, como é o caso das cachoeiras, represas, pinturas rupestres, praias, etc. Na região da Serra do Cachimbo, Vale do XV e na divisa com o Estado do Pará, podem ser encontradas muitas belezas como é o caso das cachoeiras Três Quedas e Bonita.
Na Linha 38 temos as pinturas rupestres e a Cachoeira do Nilton, entretanto a falta de estrutura para acesso decepciona alguns turistas. Porem, as belezas das quedas d’água proporcionam ótimos momentos de lazer. A cachoeirinha é uma boa opção também, Localizada a apenas 18 Km da cidade, possui um fácil acesso e reserva boas emoções.
Dentre todas as opções, a Cachoeira do Arco Iris é uma das mais bonitas. No entanto, por decisão do “proprietário” da área, esse local está indisponível para visitas, privando toda a população de desfrutar de mais um presente da natureza.
Alem das opções mostradas, Guarantã do Norte ainda dispõe de outras opções como o Clube Paraíso, no rio Braço Sul, a Praia do Sol no rio Braço Norte e muitos outros que podem proporcionar um bom lazer. Além disso, a Cidade está localizada próxima ao Parque Estadual Cristalino, que proporciona outra opção de visita. No entanto, a estrutura de todos esses lugares ainda deixam a desejar, Faltam guias turísticos. No campo da hotelaria, Guarantã do Norte conta com uma boa rede de Hotéis que podem proporcionar um ótimo conforto aos visitantes. Conta também com uma boa quantidade de restaurantes e lanchonetes. Dentre os eventos que se destacam no intuito de atrair os turistas, pode-se citar o Festival de Pesca que acontece anualmente no rio Braço Norte, nas proximidades do Balneário Strege e que já é sinônimo de sucesso.
Pontos Turísticos
Dentre os diversos pontos turísticos de Guarantã do Norte, destacam-se:
Balneário Streg: É o local onde as famílias escolhem para passar os finais de semana, o local é bem estruturada com churrasqueiras, Tendas, e também tem um restaurante para aqueles que não queira levar comida.
Rio Braço Norte: O Rio braço norte faz dele um verdadeiro manancial de água doce, vários locais turísticos só é possível pela existência do mesmo, além de ser o principal rio da cidade é também o que abastece com suas águas a população
Cachoeira três Quedas: A cachoeira três quedas, está em divisa com Guarantã do Norte e Serra do Cachimbo no PÁ a cachoeira é um dos principais pontos turísticos da região do vale do 15 no município.
Praça da Cultura: A praça da cultura, é um local onde os principais eventos acontecem Shows, Torneios, Gincanas, sendo a maior e mais bela praça da cidade, nos finais de semana Jovens de todos os Bairros se reúnem em rodas de amigos, para tomar Tereré bebida típica do estado Mato-grossense.
Referência para o texto: Wikipédia ; Site da Prefeitura Municipal ; IBGE ; Caravela ; Site da Câmara Municipal .

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

APODI - RIO GRANDE DO NORTE

Apodi é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. De acordo com a estimativa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2024, sua população é de 37.390 habitantes, distribuídos em 1.602,477 km² de área. Apodi foi emancipado de Portalegre através da Resolução do Conselho Geral da Província do Rio Grande em 11 de abril de 1833. 
História
Os primeiros a pisarem o território do atual município de Apodi teriam sido Alonso de Hojeda, almirante de Espanha, e seus companheiros de viagem: João de la Cosa e Américo Vespúcio, que chegaram à desembocadura do rio Apodi no dia 24 de junho de 1499, tomando estas terras o nome de Missão de São João do Apodi. 
Por mais de século e meio ficaram estas terras abandonadas. A colonização na 'Ribeira do Apodi' tivera início, com a concessão de sesmarias, em 19 de abril de 1680, aos irmãos Manoel Nogueira Ferreira e João Nogueira, que ali se estabeleceram com fazendas agropecuárias. 
Na vigência da 'Sublevação Geral' dos índios potiguares e tapuias (1687-96), os irmãos Nogueira e seus familiares foram obrigados ao abandono de suas propriedades, só regressando anos depois, sendo Manoel Nogueira nomeado capitão-mor. As terras do Apodi foram bem exploradas e o local experimentou vivo surto de desenvolvimento, devido à catequese dos índios paiacus, aldeados na 'Aldeia do Apodi', que foi núcleo originário da atual cidade. Em 1761, foi extinta a Missão do Apodi, transferidos os índios, criada a Freguesia das Várzeas do Apodi, com sede na antiga missão.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Apodi, 1766. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Apodi, pela Resolução do Conselho do Governo de 11 de abril de 1833, confirmada pela Lei Provincial n.º 18, de 23 de março de 1835, desmembrado de Porta-Alegre. 
Elevado à condição de cidade e sede municipal com a denominação de Apodi, pela Lei Provincial n.º 988, de 05 de março de 1887. 
Pela Lei Municipal de 09 de janeiro de 1911, é criado o distrito de Itaú e anexado ao município de Apodi. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Apodi e Itaú. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950. 
Pela Lei Estadual n.º 1.026, 11 de dezembro de 1953, é desmembrado do município de Apodi o distrito de Itaú. Elevado à categoria de município. 
Pelo Acórdão do Superior Tribunal Federal, de 13 de setembro de 1954, Representação n.º 217, o município adquiriu as terras do extinto município de Felipe Guerra, como simples povoado. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede. 
Pela Lei Estadual n.º 2.926, de 18 de setembro de 1963, o povoado de Felipe Guerra é elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial de 2018.
Etimologia
Segundo o historiador e folclorista Luís da Câmara Cascudo, o nome Apodi é uma palavra de origem indígena, que teria se originado devido à Chapada do Apodi. Outros historiadores afirmam que o nome significa "coisa firme, altura unida, um planalto, uma chapada". 
Geografia
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, Apodi pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Mossoró. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião da Chapada do Apodi, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Oeste Potiguar. Apodi é o segundo maior município do Rio Grande do Norte em tamanho territorial, com 1.602,477 km² de área, equivalente a 3,0344% da superfície estadual. Seu território é constituído pela sede e mais três distritos: Córrego, Melancias e Soledade, sendo os dois últimos criados em 1997 e o primeiro em 2017. Limita-se com os municípios de Governador Dix-Sept Rosado e Felipe Guerra ao norte; Umarizal, Itaú e Severiano Melo ao sul; Caraúbas e Felipe Guerra a leste; Severiano Melo, Itaú e o estado do Ceará (Tabuleiro do Norte, Alto Santo e Potiretama) a oeste. Apodi está a 339 km de Natal, capital estadual, e a 2.188 km de Brasília, capital federal.
Relevo
O relevo do município, com altitudes inferiores a cem metros, está inserido na Chapada do Apodi, que abrange terras planas com tendência ligeira à elevação, formadas por sedimentos cortados pelo rio Apodi/Mossoró, e na Depressão Sertaneja-São Francisco, que compreende uma série terrenos de menor altitude, de transição entre o Planalto da Borborema e a Chapada do Apodi. Apodi está situado em uma área de abrangência de terrenos da Bacia Potiguar e do embasamento cristalino. Na sede encontram-se rochas da Formação Açu, formadas durante a Idade Cretácea Inferior, há cerca de 120 milhões de anos. Nos vales dos leitos dos Rios Apodi e Umari encontram-se as planícies fluviais, formadas por depósitos aluvionares compostos de areias e cascalhos e sujeitos a inundações. No norte do município encontram-se rochas sedimentares formadas por calcário, com idade aproximada de oitenta milhões de anos, formadas na Idade Cretácea Superior. Na porção sul localizam-se as rochas do embasamento cristalino, mais antigas, formadas na Idade Pré-Cambriana há cerca de um bilhão de anos.
Solo
Os tipos de solo predominantes são o cambissolo eutrófico, característico de terrenos planos, apresentando textura formada por argila, alto nível de fertilidade e drenagem entre boa e moderada; o podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico, em áreas de relevo suave e ondulada, com fertilidade entre média a alta, textura média e drenagem entre boa e moderada; e a rendzina, altamente fértil, argiloso e nível de drenagem entre imperfeito e moderada. Também existem os solos aluvionais, o luvissolo ou bruno não cálcico, o regossolo e o vertissolo. Esses solos são cobertos pela vegetação da caatinga hiperxerófila, com espécies de plantas de pequeno porte adaptadas a longos períodos secos, como o facheiro, o faveleiro, a jurema-preta, o marmeleiro, o mufumbo e o xique-xique, além de cactáceas. Há também o carnaubal, cuja espécie predominante é a carnaúba. O município possui ainda três áreas de conservação ambiental, sendo que a maior delas é Soledade, com área de 1 081 ha, seguida pela Aurora da Serra (362 ha) e pela Lagoa do Clementino (253,7 ha). 
Hidrografia
Apodi possui todo o seu território inserido na bacia hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró, sendo cortado por esse rio e um de seus afluentes, o Rio Umari. O principal reservatório do município é a Barragem Santa Cruz, oficialmente Barragem Governador Aluízio Alves, com capacidade para 599.712.000 de metros cúbicos de água (m³) e o segundo maior do Rio Grande do Norte, depois da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu. Foi construído entre 1999 e 2002, sendo que sua bacia hidrográfica cobre uma área de 4.264 km². Outros reservatórios do município, com capacidade igual ou superior a 100.000 m³, são Melancias (1.000.000 m³), Arção (800.000 m³), Lagoa Rasa (500.000 m³), Carnaúba Seca (116.000 m³), Mulungu (100.000 m³) e Boa Vista (100.000 m³). Os principais riachos são da Barra, João Dias e Melancias. 
Clima
O clima de Apodi é semiárido, do tipo Bsh na classificação climática de Köppen-Geiger, cujas principais características são a baixa nebulosidade, chuvas concentradas em poucos meses do ano, forte insolação e temperaturas elevadas, o que ocasiona em elevados índices de evaporação e grande déficit hídrico. Apodi apresenta um dos mais altos índices de insolação do Brasil, ultrapassando 3 100 horas/ano. Os meses mais chuvosos são março e abril. 
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1963 a 1990 e a partir de 1997, a menor temperatura registrada em Apodi foi de 15,2 °C em 1° de setembro de 1975 e a maior atingiu os 40 °C em 7 de dezembro de 1966. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 152,8 mm em 5 de maio de 1975 
Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram 126,2 mm em 26 de abril de 1979, 118,3 mm em 26 de abril de 1985, 107,6 mm nos dias 27 de março de 1987 e 8 de março de 2006, 105,4 mm em 15 de abril de 2000, 103,5 mm em 9 de abril de 2018, 102 mm em 18 de fevereiro de 2017, 101,4 mm em 9 de fevereiro de 1966, 101,3 mm em 23 de abril de 2009, 100,2 mm em 28 de fevereiro de 2011 e 100 mm em 5 de março de 2002. Abril de 1985, com 501,3 mm, foi o mês de maior precipitação
Povoados
Comunidade de Pindoba

O povoado ou comunidade de Pindoba está localizada na região do Vale, zona rural do município de Apodi, onde vivem cerca de 300 habitantes. Está a 16 quilômetros de distância da cidade de Apodi. Sua principal área econômica é o setor primário com produtos agrícolas, extrativismo e artesanato. Em seguida, vem o setor terciário em áreas de serviços e alimentos. 
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) reconheceu como Patrimônio Cultural, Histórico e Imaterial do Estado do Rio Grande do Norte o artesanato de barro produzido pelas "Mulheres da Loiça".
Economia
Apodi é um município de grande relevância na região que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pela alta regularidade das vendas no ano. O desempenho econômico e o baixo potencial de consumo são os pontos de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 570 admissões formais e 1,2 mil desligamentos, resultando em um saldo negativo de -651 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de -786 trabalhadores.
Até maio de 2025 houve registro de 16 novas empresas em Apodi, sendo que 4 atuam pela internet. Neste último mês, não foi identificada nenhuma nova empresa. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (-3). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 48 empresas. 
Turismo
- Barragem de Santa Cruz - A Barragem de Santa Cruz foi inaugurada no dia 11 de março de 2002, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e por Garibaldi Alves Filho, governador do Rio Grande do Norte naquele período. Esta barragem é o segundo maior reservatório de água do estado do Rio Grande do Norte, com capacidade de armazenamento de 599.712.000 m³. 
- Lagoa do Apodi - Esta lagoa é a maior em extensão do oeste do estado de Rio Grande do Norte. Na época da colonização do estado, nesta região viviam os índios e foi onde habitam os portugueses e holandeses por muitos anos também. Os moradores mais antigos da região, que possuem antepassados ainda dessa época, acumulam histórias passadas de geração para geração e registros antigos. A Lagoa de Apodi tem um total de 15 quilômetros de extensão e dois quilômetros de largura. A profundidade atinge 10 metros ao seu centro, o que dá para acumular até 20 milhões de metros cúbicos de água nos períodos de cheia. 
- Lajeado de Soledade - O Lajedo de Soledade, um dos sítios arqueológicos mais importantes do Brasil, está localizado na região Oeste do Rio Grande do Norte, no município de Apodi, a 12 km do centro da cidade. é constituído por uma área de rocha calcária que sofreu a erosão da água das chuvas, abrindo um mini cânion com cavernas e fendas onde estão gravadas as pinturas rupestres, representando figuras de espécies que seriam araras, papagaios, garças, lagartos e formas geométricas. 
- Museu de Soledade - O acervo do museu é composto por painéis fotográficos, maquetes e utensílios de pedras usados pelos índios que habitavam a região. Na lojinha do museu estão a venda camisetas com as inscrições rupestres e peças em argilas confeccionadas pelos artesãos do CAL. Na década de 90, a Petrobras realizou uma parceria com a comunidade do Lajedo de Soledade para preservação desse sitio arqueológico, treinando guias-mirins, delimitando áreas, criando trilhas e construindo um centro de pesquisa e visitação. O Museu do Lajedo de Soledade fica na vila e pode ser visitado de terças a domingo.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela ; Site da Prefeitura Municipal .

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

SERTÂNIA - PERNAMBUCO

Sertânia é um município brasileiro do estado de Pernambuco. A população de Sertânia, Pernambuco, é de 32.811 habitantes, segundo o Censo Demográfico de 2022, do IBGE. A cidade tem uma área de 2.409,511 km
História
O atual território do município era habitado por indígenas Cariris da nação Tapuya (Piripães, Caraíbas, Rodelas, Jeritacés); quando se iniciou a ocupação do local pelos povos europeus. A captura e o aprisionamento dos indígenas para o trabalho na atividade canavieira foi o marco do povoamento após a ocupação do território originário. Há indícios de que os holandeses já haviam pisado na região durante a Insurreição Pernambucana, buscando ajuda dos indígenas Cariris para a luta contra os portugueses. 
Em 1792, Antão Alves, natural do município pernambucano de Vitória de Santo Antão, se muda para o povoado de Moxotó e desenvolve negócios com gado. Estabeleceu-se com a filha do português Raimundo Ferreira de Brito, Dona Catarina, e formou uma fazenda de gado nas terras do sogro português. No início do século XIX, Antão Alves inicia a construção de uma igreja dedicada à Nossa Senhora da Conceição, cedendo à igreja uma data de uma légua quadrada de terra. 
O povoamento das terras do município se deu ao redor da igreja, como de costume na população nordestina, que sempre se estabelecia em locais onde houvesse igreja ou perto de lagos e rios. Neste caso, a existência do rio Moxotó – em língua nativa: “rio de índios bravios” – muito favoreceu o crescimento do povoado. 
O município de Sertânia foi elevado à categoria de distrito em 1942, como o nome inicial de Alagoa de Baixo. No mesmo dia foi criada a freguesia, cuja sede foi transferida para o povoado de Jeritacó. O topônimo Sertânia significa: "cidade sertaneja".
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Alagoa de Baixo, pelas Leis Provinciais n.º 93, de 04 de maio de 1842, e n.º639, de 03 de junho de 1865, Lei Municipal n.º 52, de 03 de agosto de 1892, subordinado ao município de Cimbres. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Alagoa de Baixo, pela Lei Provincial n.º 1.093, de 24 de maio de 1873, desmembrado de Cimbres. Instalado em 29 de abril de 1878. 
Elevado à condição de cidade e sede do município com a denominação de Alagoa de Baixo, pela Lei Estadual n.º 991, de 1º de julho de 1909. 
Pela Lei Municipal de 15 de outubro de 1909, é criado o distrito de Custódia e anexado ao município de Alagoa de Baixo. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Alagoa de Baixo e Custódia. 
Pela Lei Estadual n.º 1.931, de 11 de setembro de 1928, é desmembrado do município de Alagoa de Baixo o distrito de Custódia. Elevado à categoria de município. 
Pelas Leis Municipais n.º 39, de 02 de abril de 1919, e n.º 96, de 18 de janeiro de 1929, é criado o distrito de Algodões e anexado ao município de Alagoa de Baixo. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Alagoa de Baixo e Algodões. 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município aparece constituído de 4 distritos: Alagoa de Baixo, Algodões, Henrique Dias (ex-Tigre) e Rio da Barra. 
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 952, de 31 de dezembro de 1943, o município de Alagoa de Baixo passou a denominar-se Sertânia. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município, já denominado Sertânia é constituído de 4 distritos: Sertânia, Algodões, Henrique Dias e Rio da Barra. 
Pela Lei Municipal n.º 133, de 14 de fevereiro de 1953, é criado o distrito de Albuquerque Né, criado com terras do distrito de Rio da Barra e anexado ao município de Sertânia. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído de 5 distritos: Sertânia, Albuquerque Né, Algodões, Henrique Dias e Rio da Barra. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
Vegetação

A vegetação de Sertânia é a caatinga hiperxerófila. 
Clima
O clima da cidade é o semiárido, do tipo Bsh', com chuvas de verão-outono.
Em Sertânia, o verão é quente e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é seco e de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 17 °C a 35 °C e raramente é inferior a 15 °C ou superior a 37 °C. 
A melhor época do ano para visitar Sertânia e realizar atividades de clima quente é do fim de maio ao fim de outubro. 
A estação quente permanece por 3,4 meses, de 29 de setembro a 10 de janeiro, com temperatura máxima média diária acima de 34 °C. O mês mais quente do ano em Sertânia é dezembro, com a máxima de 35 °C e mínima de 20 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,5 meses, de 28 de maio a 13 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 31 °C. O mês mais frio do ano em Sertânia é julho, com a mínima de 17 °C e máxima de 30 °C, em média. 
Economia
Sertânia é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e por apresentar novas oportunidades de negócios. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são fatores de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 165 admissões formais e 149 desligamentos, resultando em um saldo de 16 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 26.
Até maio de 2025 houve registro de 17 novas empresas em Sertânia, sendo que a maioria delas atua com estabelecimento fixo. Neste último mês, 2 novas empresas se instalaram. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (1). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 34 empresas.
Distritos e povoados
O município está constituído pelos seguintes Distritos: Sede; Algodões; Henrique Dias; Rio da Barra e Albuquerque-Né e pelos Povoados: Pernambuquinho; Waldemar Siqueira; Moderna; Caroalina; Várzea Velha; Umburanas e Cruzeiro do Nordeste.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Caravela .

terça-feira, 16 de setembro de 2025

OURO PRETO DO OESTE - RONDÔNIA

Ouro Preto do Oeste é um município brasileiro do estado de Rondônia, estando a uma altitude de 259 metros. A população de Ouro Preto do Oeste é de 35.044 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico de 2022 do IBGE. Possui uma área de 1.969,85 km².
História
A história do município de Ouro Preto do Oeste é, praticamente, a história da colonização de Rondônia. 
A colonização oficial de Rondônia teve início em 1968, quando o Ministério de Agricultura se interessou pela colonização da Amazônia Legal. Naquele ano, chegaram ao então Território Federal de Rondônia os técnicos do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA), com a atribuição de localizar na BR 364 uma implantação de novos projetos de colonização. 
Por conta das suas terras de solo fértil, foi escolhido um local às margens do igarapé Ouro Preto, na BR-364, distante 40 km da atual cidade de Ji-Paraná. Nascia, assim, o Projeto Integrado de Colonização Outro Preto, ou simplesmente, PIC Ouro Preto. 
O local de instalação do projeto pertencia ao seringal Ouro Preto, de propriedade do seringalista Vicente Sabará Cavalcante. O projeto já envolvia outros seringais, como: a Boa Vista, Santa Rosa, Aninga, Curralinho, Miolo, Santa Maria e o seringal Raimundo Pequenino. 
A ocupação demográfica, que antes da instalação do projeto era mais moderada, a partir de sua implantação, em 1970, começou a intensificar-se, inicialmente, nas margens da estrada e depois ao longo das vicinais abertas pelo INCRA, pelas Secretarias de Agricultura e de Obras, do então território, pela Prefeitura de Porto Velho, e ainda pela ação desbravadora e participativa dos colonos. 
O plano inicial do INCRA previa uma capacidade de atendimento a duas mil famílias, mas, em 1973, já contava com mais de três mil, cada uma delas assentadas em lotes de 100 hectares de terras. O total de migrantes que se dirigiram a Ouro Preto em mais de três anos, foi calculado em cerca de 25 mil pessoas. 
O nome Ouro Preto, já adotado pela população, advém do fato de terem os técnicos do IBRA, no início da colonização oficial, identificado um tipo de solo roxo escuro, que eles denominaram ouro preto modal. O acréscimo do Oeste foi necessário para diferenciar de outro nome já existente no Estado de Minas Gerais.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Ouro Preto, pelo Decreto Federal n.º 6.448, de 11 de outubro de 1977, subordinado ao Ji-Paraná. 
Em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979, o distrito de Ouro Preto, figura no município de Ji-Paraná. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Ouro Preto do Oeste, pela Lei n.º 6.921, de 16 de junho de 1981, desmembrado de Ji-Paraná. Sede no atual distrito de Ouro Preto (ex localidade). Constituído do distrito sede. Instalado em 1981. 
Em divisão territorial datada de 1983, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Clima
Em Ouro Preto do Oeste, a estação com precipitação é opressiva e de céu encoberto; a estação seca é abafada e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 19 °C a 35 °C e raramente é inferior a 17 °C ou superior a 38 °C. 
A melhor época do ano para visitar Ouro Preto do Oeste e realizar atividades de clima quente é do meio de maio ao fim de agosto. 
A estação quente permanece por 2,2 meses, de 4 de agosto a 11 de outubro, com temperatura máxima média diária acima de 34 °C. O mês mais quente do ano em Ouro Preto do Oeste é setembro, com a máxima de 35 °C e mínima de 23 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 6,7 meses, de 3 de dezembro a 25 de junho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 30 °C. O mês mais frio do ano em Ouro Preto do Oeste é junho, com a mínima de 20 °C e máxima de 29 °C, em média. 
Economia
Ouro Preto do Oeste é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são os pontos de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 1,3 mil admissões formais e 1,4 mil desligamentos, resultando em um saldo negativo de -67 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 18.
Até maio de 2025 houve registro de 53 novas empresas em Ouro Preto do Oeste, sendo que 6 atuam pela internet. Neste último mês, 8 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet. Este desempenho é igual ao do mês imediatamente anterior (8). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 93 empresas.
Turismo
As principais atrações turísticas do município são:
-  Parque Chico Mendes. 
-  Praça da Liberdade. 
-  Bosque Municipal De Ouro Preto Do Oeste:
O bosque é um local para passeio e diversão com a família, possui quadras para futsal, vôlei, skate. 
"Ouro Preto do Oeste" e "Estância Turística de Ouro Preto do Oeste" referem-se à mesma cidade. O título de "Estância Turística" foi concedido ao município de Ouro Preto do Oeste, como reconhecimento de seu potencial turístico. Portanto, a nomenclatura "Estância Turística" é um título adicional e não uma cidade diferente. 
A cidade de Ouro Preto do Oeste, localizada no estado de Rondônia, foi elevada à condição de Estância Turística, o que significa que recebeu um reconhecimento oficial de suas qualidades turísticas e possui potencial para atrair visitantes. O título de Estância Turística é uma forma de promover o desenvolvimento do turismo na região. 
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela ; Weather Spark .

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

ITIÚBA - BAHIA

Itiúba é um município brasileiro situado no semiárido do estado da Bahia. Sua população, segundo estimativa do IBGE em 2022, é de 33.872 habitantes. 
História
O território que compõe o contemporâneo município de Itiúba foi originariamente povoado por diversas etnias indígenas, com destaque para os povos genericamente denominados de tapuias e cariris, além do povo indígena Caricás, grupo que teria dado o nome de Itiúba para estas terras. 
Com a invasão portuguesa nos territórios indígenas no interior do Nordeste, houve a expansão dos domínios sesmariais dos proprietários "curraleiros" com destaque para a família dos descendentes do latifundiário "Garcia d'Ávila", família que viria ser conhecida historicamente como a Casa da Torre, e para a família Guedes de Brito. 
Os povos indígenas que viviam neste território foram expulsos da terra que tradicionalmente ocupavam, deslocando-se para outras regiões para sobreviver. Assim, os indígenas remanescentes acabaram sendo aldeados entre os séculos XVII e XVIII nas Missões religiosas do Sahy (Senhor do Bonfim da Tapera), de São Francisco Xavier (atual Jacobina Velha) e de Bom Jesus da Glória de Jacobina (Santo Antônio de Jacobina). 
Em razão do esquecimento deste território pelas autoridades políticas do período colonial e imperial da história do Brasil, a região que formaria o futuro município de Itiúba passou a ser ocupada no final do século XIX por posseiros que teriam formado um núcleo populacional situado no sopé da Serra de Itiúba chamado de Água da Pedra. 
Posteriormente, esse povoado passou a ser reconhecido em 1880 como Arraial de Itiúba, tendo permanecido vinculado à área territorial da vila de Queimadas. 
Em 18 de janeiro de 1935, o arraial de se emancipou de Queimadas para formar o Município de Itiúba, por meio do Decreto Estadual n.º 9.322.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Itiúba, pela Resolução Provincial n.º 1.005, de 16 de março de 1868, subordinado ao município de Queimadas. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Itiúba figura no município Queimadas. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Itiúba, pelo Decreto n.º 9.322, de 17 de janeiro de 1935, desmembrado de Queimadas. Sede no antigo distrito de Itiúba. Constituído do distrito sede. Instalado em 07 de fevereiro de 1935. 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município é constituído do distrito sede. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município permanece constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
Localizado na região do semiárido nordestino, o município de Itiúba tem área total de 1.650,5 km² e densidade populacional de 20,52 habitantes/km². 
Relevo
O relevo de Itiúba, Bahia, é caracterizado por uma região de planície lacustre, com origem antropogênica, resultado da construção da barragem do Açude Jacurici em 1958. O município está situado no semiárido baiano e possui um relevo marcado pela presença desse açude, que foi criado para fornecer água para consumo humano e dessedentação de animais. 
Solo
Em Itiúba, Bahia, os solos são principalmente caracterizados por Latossolos, que podem apresentar um horizonte sub superficial adensado, especialmente sob uso agrícola. Essa região também conta com empresas especializadas em sondagens de solo para projetos geotécnicos. 
Características dos Solos 
- Latossolos: Predominantes na região, comumente encontrados em áreas de cerrado. 
-   Adensamento do Horizonte Sub superficial: Pode ocorrer naturalmente ou ser intensificado pelo manejo agrícola, tornando o solo mais compacto. 
Clima
Itiúba apresenta um clima semiárido quente, com chuvas escassas e irregulares, concentradas em poucos meses do ano. As temperaturas são elevadas na maior parte do tempo, podendo ultrapassar os 35°C.
Economia
Itiúba é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pela alta regularidade das vendas no ano. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 85 admissões formais e 80 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 5 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 32.
Até maio de 2025 houve registro de 3 novas empresas em Itiúba, sendo que uma delas atua pela internet. Neste último mês, uma nova empresa se instalou na cidade. Este desempenho é igual ao do do mês imediatamente anterior (1). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 8 empresas.
Cultura e Patrimônio
- Biblioteca Pública Municipal Lígia Lemos, situada na Rua Ademir Simões de Freitas, s/n Centro.
- Obelisco Bendegó: monumento situado no povoado de Jacurici e inaugurado em 1888, marcando o fim da expedição de transporte do meteorito Bendegó para o Rio de Janeiro.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; IBGE .

sábado, 13 de setembro de 2025

SÃO JOÃO DA BARRA - RIO DE JANEIRO

São João da Barra é um município da mesorregião do Norte Fluminense, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Ocupa uma área de 462,611 km. A população de São João da Barra (RJ) é de 36.573 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico de 2022 do IBGE.
História
Até a chegada dos portugueses ao Brasil, no século XVI, toda a região da foz do Rio Paraíba do Sul era ocupada pelos índios goitacá. A partir de 1630, a região passou a ser colonizada por pescadores provenientes de Cabo Frio. Data, dessa época, a construção da Ermida de São João Batista, que daria origem à Vila de São João Batista da Barra. No século XVIII, a vila tornou-se um importante ponto de passagem para o açúcar proveniente de Campos dos Goytacazes em direção a Salvador. Em 17 de junho de 1850, a vila foi elevada à condição de cidade por decreto do imperador brasileiro Dom Pedro II. Após um período de decadência durante a maior parte do século XX, a cidade voltou a prosperar com a descoberta de petróleo na Bacia de Campos no final desse século. 
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de Paraíba do Sul, por Alvará de 02 de janeiro de 1756 e por Decretos Estaduais n.º 1, de 08 de maio de 1892 e n.º 1-A, de 03 de junho de 1892. Posteriormente tomou a denominação de São João da Praia. 
Pela Carta da Lei de 31 de agosto de 1832, transfere a Freguesia de São João da Praia província do Rio de Janeiro. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de São João da Barra pelo Decreto de 15 de janeiro de1833. Instalada em 15 de abril de 1833. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de São João da Barra pela Lei Provincial n.º 534, de 17 de junho de 1850. 
Pelo Decreto Provincial n.º 936, de 05 de novembro de 1856 e por Decretos Estaduais n.º 1, de 08 de maio de 1892 e n.º 1-A, de 03 de junho de 1892, é criado o distrito de Barra Sêca e anexado ao município de São João da Barra. 
Pelo Decreto Provincial n.º 989, de 15 de outubro de 1857 e por Decretos Estaduais n.º 1, de 08 de maio de 1892 e n.º 1-A, de 03 de junho de 1892, é criado o distrito de São Sebastião de Itabapoana e anexado ao município de São João da Barra. 
Pela Lei Provincial n.º 1.951, de 20 de novembro de 1873, é criado o distrito de Itaí e anexado ao município de São João da Barra. 
Pelo Decreto Provincial n.º 2.006, de 08 de maio de 1874 e por Decretos Estaduais n.º 1, de 08 de maio de 1892 e n.º 1-A, de 03 de junho de 1892, é criado o distrito de São Luís Gonzaga e anexado ao município de Barra de São João. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 5 distritos: São João da Barra, Barra Seca, Itaí, São Luiz Gonzaga e São Sebastião de Itabapoana. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de Barra de São João aparece constituído de 5 distritos: Barra de São João, Amparo do Itaí (ex-Itaí), Barra Seca, Itabapoana (ex-São Sebastião de Itabapoana), São Luis Gonzaga. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 392-A, de 31 de dezembro de 1938, o distrito de Amparo do Itaí passou a denominar-se Pipeiras. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos: São João da Barra, Barra Seca, Itabapoana, Pipeiras (ex-Amparo do Itaí), São Luis Gonzaga. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 1.056, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de São Luís Gonzaga passou a denominar-se Maniva. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 5 distritos: Barra de São João, Barra de Seca, Itabapoana, Maniva ex-São Luís Gonzaga e Pipeiras. 
Pelo Decreto Legítimo n.º 78, de 12 de junho de 1958, é criado o distrito de Barcelos e anexado ao município de São João da Barra. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído de 6 distritos: São João da Barra, Barcelos, Barra Seca, Itabapoana, Maniva e Pipeiras. 
Assim permanecendo em “Síntese” de 31 de dezembro de 1994. 
Pela Lei Estadual n.º 2.379, de 10 de janeiro de 1995, são desmembrados de São João da Barra os distritos de Itabapoana, Maniva e Barra Seca, para formar o novo município com a denominação de São Francisco de Itabapoana. 
Em divisão territorial datada de 15 de julho de 1997, o município é constituído de 3 distritos: São João da Barra, Barcelos e Pipeiras. 
Em divisão territorial datada de 2014, o município é constituído de 6 distritos: São João da Barra, Atafona, Barcelos, Cajueiro, Grussaí e Pipeiras.
Geografia
A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 462,611 km². Situa-se a 21° 38' 24" de latitude sul e 41° 03' 03" de longitude oeste e está a cerca de 334 quilômetros da capital fluminense. Seus municípios limítrofes são São Francisco de Itabapoana, a norte; Campos dos Goytacazes, a oeste e a sul; e o Oceano Atlântico, a leste. 
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, o município pertence às regiões intermediárias e imediatas de Campos dos Goytacazes 
Relevo e hidrografia
O relevo é predominantemente plano. São 32 quilômetros de litoral, banhados pelo Oceano Atlântico. A planície costeira possui aproximadamente 30 km de largura, suas areias são quartzosas sendo pobre em nutrientes. 
Também existem algumas ilhas que pertencem ao território São-Joanense. A Ilha do Graça, a Ilha das Cabritas, Ilha Tocos e a Ilha do Jair, além de outras ilhas menores, sendo todas elas fluviais. As mesmas são locais de reprodução de aves marinhas como as garças. 
São João da Barra possui uma única bacia hidrográfica; a bacia do rio Paraíba do Sul, cuja foz deságua ao norte do município no Oceano Atlântico. São encontrados também diversas lagoas em duas superfície dentre as principais podemos destacar as lagoas de Grussaí, lagoa de Iquipari, a lagoa do Açú, a lagoa Salgada e a lagoa do Taí. 
Clima
O clima São-joanense é caracterizado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, como tropical quente úmido (tipo Aw segundo Köppen), tendo temperatura média anual de 23,0 °C com invernos secos e amenos e verões chuvosos com temperaturas elevadas. A baixa incidência de chuvas nos meses de maio a agosto caracteriza o período de seca. O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 25,5 °C. E o mês mais frio, julho, de 20,4 °C. Os ventos são constantes o ano todo, ventos sub úmidos do setor Nordeste, atingem as maiores velocidades nos meses de agosto a dezembro. 
A precipitação média anual é de 1.200 mm, sendo julho o mês mais seco, quando ocorrem em média apenas 28 mm. Em novembro, o mês mais chuvoso, a média fica em torno dos 148 mm. 
Ecologia e meio ambiente
A vegetação original e predominante no município é a de Mata Atlântica e restinga, apesar de uma grande e considerável parte da mata nativa ter sido devastada nos últimos anos, principalmente para ceder lugar à malha urbana, áreas de pastagem, lavouras e abrir caminho para a construção de loteamentos e residenciais. Vários projetos foram e estão sendo realizados e planejados, para a criação de áreas de preservação, as unidades de conservação (UC) ou Áreas de Preservação Permanente (APP). 
São João da Barra possui duas unidades de conservação, a Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN Fazenda Caruaru de proteção integral que tem como objetivo proteger o ecossistema de restinga, além de abrigar porções de ambientes lacustres e áreas alagáveis, está localizada no distrito de Grussaí. E o Parque Estadual da Lagoa do Açú - PELAG, tem apenas 1% da sua área em São João da Barra a grande área do parque está presente no município vizinho de Campos dos Goytacazes, o mesmo possui a finalidade de preservar remanescentes de vegetação nativa de mata atlântica como restinga, mangue e uma importante área alagada
Economia
Em 1676 quando São João da Barra era uma Vila sua economia girava em torno da pesca, criação de gado e o início da cultura da cana. No início do século XIX, quando a Família Real se mudou para o Brasil, a Vila, que já se dedicava ao comércio, passou a suprir as necessidades da Corte. No início do século XX, os problemas de assoreamento da foz do rio Paraíba do Sul se intensificaram, forçando a venda da Companhia de Navegação, que já enfrentava problemas com a competição gerada pela abertura da navegação a navios estrangeiros. O que não permitiu que a cidade entrasse em decadência total foi o surgimento da Indústria de Bebidas Joaquim Thomaz de Aquino. 
No final da década de 70, o município voltou a prosperar com a descoberta do Petróleo passando, assim, a receber royalties por ser município limítrofe aos campos produtores de petróleo, tornando-se definitivamente produtor a partir do ano de 2000. A partir de 2014, o Porto do Açú começou a operar na cidade, fazendo com que sua economia desse um grande salto. De acordo com dados do IBGE, no ano de 2014 e 2015, a cidade obteve o maior PIB per capita das cidades do estado do Rio de Janeiro, ficando assim em primeiro lugar. A nível nacional São João da Barra ficou em nono lugar.  O Imposto sobre Serviços (ISS) arrecadou 700 mil reais em 2004, seis anos depois, 2010, subiu para 12 milhões. A geração de emprego também aumentou, comparando os anos de 2010 com 2011, saiu de 400 para 1286 postos de trabalho. 
Turismo
Piscina no SESC em Grussaí, que teve que encerrar as atividades em maio de 2020 devido à crise financeira causada pela pandemia de COVID-19. 
São João da Barra conta com diversas praias turísticas, como: Praia de Grussaí, Praia do Chapéu de Sol, Praia do Açu e Praia de Atafona, conhecida pelas ruínas de casas transgredidas pelo mar, tornando submersas algumas ruas da região, além da Lagoa de Iquipari e Lagoa do Salgado. 
O Sesc Mineiro Grussaí e o Pontal de Atafona (local de encontro entre o Rio Paraíba do Sul e o mar) também constituem pontos de interesse à visitação. É uma cidade calma, tranquila e à beira-mar. 
principalmente da região de Campos dos Goytacazes e dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Entretanto, ainda depende consideravelmente de Campos, maior município do Norte Fluminense, sobretudo nas áreas de saúde e educação de nível superior. 
A cidade também é conhecida como a "terra do conhaque", por ter instalada a fábrica que produz o nacionalmente conhecido "Conhaque de Alcatrão São João da Barra", sendo importante ponto turístico e de visitação. A indústria leva o nome do seu fundador, Joaquim Thomaz de Aquino Filho, e foi fundada em 1908
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE .

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

BARRA BONITA - SÃO PAULO

Barra Bonita é um município do estado de São Paulo, no Brasil. Sua população estimada em 2024 era de 35.159 habitantes. É muito conhecida pelos passeios na eclusa do Rio Tietê, e foi considerada em 2014 uma das 10 melhores cidades para se viver no estado de São Paulo. 
Estância turística
Barra Bonita é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante, a esses municípios, uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar, junto a seu nome, o título de Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais. 
História
Por volta de 1883 ou 1886, Barra Bonita recebeu tal denominação, por estar situada às margens do Rio Tietê que encontrava-se com as águas do córrego formando uma barra bonita. 
Ponte Campos Sales. 
A Ponte Campos Sales - inaugurada em 5 de março de 1915 - teve sua construção iniciada pelo ex-presidente Manuel Ferraz de Campos Sales, falecido em 1913. Foi considerada uma obra de grande modernidade para a época, devido ao alçapão por onde permitia-se a passagem de embarcações, como o famoso "Vaporzinho" Visconde de Itu, que transportava a produção cafeeira de toda região. 
A região foi explorada desde os bandeirantes na época que desciam o Rio Tietê, em direção ao Oeste, mas a colonização efetiva somente teve início entre os anos de 1883 e 1886, quando o Coronel José de Salles Leme, procedeu o desmatamento para cultivo de café e criação de gado, introduzindo grande número de imigrantes italianos. 
Salles Leme, em sociedade com o major João Batista Pompeu, abriu uma casa comercial e, auxiliados por Salvador de Toledo Pizza e Ezequiel Otero, entre outros, promoveram a formação do povoado, junto à barra do córrego afluente do Tietê, de grande beleza, posteriormente denominado Córrego Barra Bonita, originando, também, o nome do povoado. 
A travessia do rio, entretanto, era difícil, de forma tal que o aglomerado surgido na margem oposta somente pode ser integrado a Barra Bonita em 1915. O presidente Manuel Ferraz de Campos Salles, proprietário de terras no local e Presidente da República entre 1898 e 1902, iniciou a construção da ponte ligando as duas partes. 
Apesar da Estrada de Ferro Barra Bonita ter entrado em atividade na década de 1920, o desenvolvimento do Município (criado em 1906) somente ocorreu vinte anos depois, com novos loteamentos, melhoramentos públicos, instalação de pequenas indústrias e cultura da cana de açúcar, que possibilitou uma grande demanda de mão de obra. 
Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de Barra Bonita, pela Lei Estadual n.º 459, de 26 de novembro de 1896, subordinado ao município de Jaú.
Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911, o distrito Barra Bonita figura no município de Jaú.
Elevado à categoria de município com a denominação de Barra Bonita, pela Lei Estadual n.º 1.338, de 14 de dezembro de 1912, desmembrado do município de Jaú. Sede no antigo distrito de Barra Bonita. Constituído do distrito sede. Instalado em 08 de março de 1913.
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937.
Pelo Decreto Estadual n.º 9.775, de 30 de novembro de 1938, Barra Bonita adquiriu para o distrito deste nome o território do extinto distrito de Igaraçu do Tietê, do município de São Manuel. Assim por força do citado Decreto, o município de Barra Bonita permanece com um único distrito, Barra Bonita, o qual se compõe de duas zonas, denominadas Barra Bonita e Igaraçu do Tietê.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.

Geografia
Localiza-se a uma latitude 22º29'41" sul e a uma longitude 48º33'29" oeste, estando a uma altitude de 475 metros. Possui uma área de 150,18 km². 
Hidrografia
A hidrografia de Barra Bonita está composta pelo Rio Tietê e pela Usina Hidrelétrica de Barra Bonita
Rodovias
As rodovias que atendem o município são a SP-255 e a SP-251.
Clima
Em Barra Bonita, o verão é longo, quente, abafado, com precipitação e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 14 °C a 31 °C e raramente é inferior a 10 °C ou superior a 35 °C. 
A melhor época do ano para visitar Barra Bonita e realizar atividades de clima quente é do fim de abril ao fim de setembro. 
A estação quente permanece por 5,7 meses, de 14 de outubro a 5 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 30 °C. O mês mais quente do ano em Barra Bonita é fevereiro, com a máxima de 31 °C e mínima de 21 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,5 meses, de 15 de maio a 31 de julho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 26 °C. O mês mais frio do ano em Barra Bonita é junho, com a mínima de 15 °C e máxima de 25 °C, em média. 
Economia
Barra Bonita é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são fatores de atenção.
De janeiro a abril de 2025, foram registradas 2,3 mil admissões formais e 2,5 mil desligamentos, resultando em um saldo negativo de -248 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 1247.
Até maio de 2025 houve registro de 75 novas empresas em Barra Bonita, sendo que 13 atuam pela internet. Neste último mês, 15 novas empresas se instalaram. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (20). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 130 empresas.
Educação
Barra Bonita, localizada no interior de São Paulo, oferece oportunidades limitadas, mas crescentes, no campo da educação superior. Apesar de não possuir grandes universidades públicas ou privadas em seu território, a cidade tem buscado ampliar o acesso ao ensino superior por meio de polos de educação à distância (EAD) e da proximidade com centros educacionais maiores na região.
Atualmente, o principal destaque para a educação superior em Barra Bonita reside na presença de polos de universidades que oferecem cursos na modalidade a distância. Essa modalidade tem se mostrado uma excelente alternativa para quem busca flexibilidade e não pode se deslocar diariamente para outras cidades. Diversas instituições renomadas disponibilizam cursos de graduação e pós-graduação em áreas como administração, pedagogia, serviço social, tecnologia da informação, entre outras, atendendo a uma demanda crescente por qualificação profissional e acadêmica na cidade.
Além dos polos EAD, muitos moradores de Barra Bonita também buscam educação superior em cidades vizinhas que possuem campi universitários mais estabelecidos. Cidades como Jaú, Bauru e Botucatu são polos regionais importantes, com diversas opções de universidades públicas (como a UNESP em Bauru e Botucatu) e privadas, oferecendo uma vasta gama de cursos presenciais em todas as áreas do conhecimento. O deslocamento para essas cidades pode ser uma opção para aqueles que preferem o ensino presencial ou que buscam cursos específicos não disponíveis em Barra Bonita.
A prefeitura de Barra Bonita e instituições locais têm demonstrado interesse em fortalecer o ensino superior na cidade, buscando parcerias e incentivando a capacitação da população. A educação superior em Barra Bonita, embora ainda em desenvolvimento, representa um caminho promissor para o crescimento pessoal e profissional de seus habitantes, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico da região.
Turismo
A principal atividade turística da cidade é o passeio de barco pela eclusa do Rio Tietê. Mas também há outros atrativos, como vasto calendário de eventos diversos durante o ano todo (encontro náutico, de motocicletas, carros antigos, o Barra Rock Fest, um dos maiores eventos de Banda Cover do Brasil), o artesanato na Praça de Artesanato, o museu histórico Luiz Saffi na Praça Dr. Tatinho, o Barra Bonita Shopping, a Casa de Cultura Fernando Morais, Cine Teatro Profª Zita De Marchi, a Igreja Matriz São José, o Memorial do Rio Tietê, o Café do Sítio Barra Bonita, onde está situada a primeira casa da cidade, além dos passeios de Trenzinho e Bondes pela cidade.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela ; Weather Spark .

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

CAMPOS NOVOS - SANTA CATARINA

Campos Novos é um município brasileiro no oeste do estado de Santa Catarina, Região Sul do Brasil. Pertence à Região Geográfica Intermediária de Chapecó e à Região Geográfica Imediata de Joaçaba-Herval d'Oeste e localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 370 km. Sua população de acordo com o Censo do IBGE, em 2022, era de 36.932 habitantes, sendo então o 41º mais populoso do estado. 
A região começou a ser desbravada no decorrer do século XVIII, sendo que até então era povoada exclusivamente pelos índios kaigangs. Fundada em 1881, passou por um período de crescimento demográfico no começo do século XX, com a vinda de imigrantes à procura de emprego e de refugiados da Guerra do Contestado. Foi nessa época em que Campos Novos descobre sua vocação agrícola, sendo atualmente um dos principais produtores de alimentos como milho, soja, feijão, trigo e cevada do estado, além de se destacar na pecuária e na apicultura. 
Campos Novos também possui alguns atrativos turísticos de valor cultural ou histórico, como a Igreja Matriz de São João Batista, a Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi e a Romaria de Nossa Senhora Aparecida, que chega a atrair uma média de 70 mil fiéis. A Usina Hidrelétrica de Campos Novos, construída em 2006, é a responsável pela geração de energia de um quarto de Santa Catarina. 
Etimologia
A vastidão de terras e suas propriedades imensas, de maneira óbvia, movimentaram imigrantes oriundos de São Paulo, do Paraná e mesmo vizinhos proprietários lageanos, atrás de terras para produzir gado. Em seguida, os imensos campos originaram a denominação do município. 
História
Origens

A história de Campos Novos, assim como a de todos os demais municípios que formam o grande Oeste Catarinense, possui os seus primórdios determinados nos momentos que caracterizaram as mais antigas experiências de povoamento da Região Sul do Brasil. Desse modo, é coerente dizer que, antes de surgirem, em 1650, as povoações de São Francisco, Desterro e Laguna (trabalho dos paulistas vicentinos que se aventuraram no mar em busca de novas peripécias), já o Oeste Catarinense percebia a proximidade dos espanhóis que, em companhia dos jesuítas, exploravam a região que se estendia do rio Iguaçu até o Uruguai. Mais tarde, em 1663, o bandeirante Antônio Raposo Tavares caminhou por estas paradas e, unido aos índios coroados, começou a perseguir fortemente os aldeamentos de silvícolas, consequência da obra de empreendimento catequético daqueles sacerdotes. Até 1770, entretanto, ano em que deixaram de viajar pelo sul, já que lhes atraiu grande interesse o ouro das capitanias de Goiás e de Mato Grosso — os paulistas nada trocaram por estas terras, como experiências, no mínimo, de colonização da região. 
De algum modo o relato histórico deste município passa a tomar forma com a expedição liderada pelo major Atanagildo Martins que, conduzida pelo índio Jongong, em 1814, objetivava estabelecer contato com as Missões. Quando se afastou da rota tracejada, em função do terror dos índios guaranis causado em seu guia, essa expedição chegou aos campos de Vacaria, depois de, sem dúvida, ter percorrido os campos em que atualmente se localiza este município. É provável, no entanto, que certos proprietários, oriundos de Lages, por ali já estavam estabelecidos em definitivo no ano de 1839. 
João Gonçalves de Araújo, proprietário rural, em Curitibanos, descobriu Campos Novos. Encantado pela fumaça das queimadas ocasionadas pelos indígenas, preparou uma expedição e se dirigiu para a Serra do Espinilho. Desse modo, se fixaram na terra os primeiros colonizadores, logo ajudados no trabalho da ocupação pelos gaúchos fugitivos da Revolução Farroupilha. Entre estes, Chico Ferro, Chivida e Miguel dos Anjos estavam associados com as primeiras obras de que originaram este município. Em 1848, os paulistas ressurgiram, conquistando os campos de São Jorge. Ou melhor, juntos dos forasteiros vindos de Curitiba, Palmas, Lages, Guarapuava e dos campos gaúchos, foram a base do fator importante entre os que mais colaboraram para a organização da comunidade. 
A colonização não começou exatamente no local onde se acha, próspera, a cidade de Campos Novos. Anteriormente, se desenrolou, propriamente dito, em ponto longe de um quilômetro da cidade, na beira de um regato. Foi Salvador Vieira, que, se afastando do incipiente povoado, construiu a primeira casa no interior do perímetro desta próspera cidade. Certo momento depois, já demarcada a povoação, Domingos Matos Cordeiro começou a erguer a igreja Matriz de São João Batista. 
Formação administrativa
Pela Lei Provincial n.º 377, de 16 de junho de 1854, o distrito de Campos Novos, já existente há certos anos, viu-se emancipado da Vila de Nossa Senhora dos Prazeres para, então, formar uma freguesia à parte. Suas primeiras autoridades foram João Fernandes da Caripuna, natural de Pernambuco, e Domiciano de Azevedo. Em 1869, conforme a Lei n.º 625, de 11 de junho, Campos Novos passou a formar, com Palmas e Curitibanos, um distrito do município de Curitibanos, recém-fundado. Em seguida, pela Lei n.º 923, de 30 de março de 1881, o distrito de Campos Novos foi promovido à condição de município designado de São João dos Campos Novos; no mesmo momento, a freguesia de São João Batista de Campos Novos passou a ser tida como vila. Seu primeiro Intendente foi o Coronel Manoel Ferreira da Silva Farrapo. 
Até o ano de 1933, o município de Campos Novos compartilhava limites com Lages, Curitibanos, Cruzeiro do Sul (hoje Joaçaba), Porto União e o estado do Rio Grande do Sul. Possuía uma superfície, na época, de cerca de 15 mil km². Em 25 de março de 1934, pelo Decreto n.º 408, foi desmembrado dos distritos de Rio das Antas e Caçador; em 1943, seu território foi novamente afetado, porque foram emancipados os distritos de Herval, Rio Uruguai, Rio Bonito e Perdizes. Em contrapartida, viu serem anexados ao seu território os distritos de Ypira e Ouro para, mais uma vez, em 1949, ser desmembrado dos de Piratuba e Ypira, além de parte dos de Tupitinga, Capinzal e Ouro. Em 1997, Campos Novos perdera uma porção de sua extensão territorial para a fundação do município de Zortéa. Hoje são sete distritos restantes, além da Sede, sendo eles: Bela Vista, Dal'Pai, Espinilho, Encruzilhada, Guarani, Ibicuí e Leão. 
Após a emancipação
Em 1893, com a invasão de revoltosos, comandadas pelo Coronel Demétrio Ramos, o território do município sofreu os reflexos de uma guerra civil. A vila foi assaltada na madrugada de 19 de maio daquele ano. Surpreendidos, os defensores da praça, partidários dentre moradores do lugar, procuraram abrigo com suas famílias na residência do Coronel Henrique Rupp, que, por ser erguida de material de excelente qualidade, apresentava satisfatória proteção contra os invasores. Ordenada a defesa, competiu ao Tenente-Coronel Atanázio de Matos, em companhia de seis soldados, a responsabilidade de tomar de volta a Intendência, chegando, corajosamente, a expulsar os revolucionários. Declarou-se, em seguida, nova luta, desta vez para repelir os ladrões da trincheira em que se encontravam situados. Estes foram mais uma vez vencidos, ocasionando uma fuga desalinhada e a retirada das forças de ataque. A resistência da cidade de Campos Novos provocou a morte de cinco bravos defensores que tombaram no desempenho da obrigação.
No começo do século XX a cidade passa por um período de desenvolvimento, com a chegada de imigrantes atraídos pela busca por melhores condições de vida no Brasil. Vieram principalmente alemães e italianos que ajudaram, inicialmente, na agricultura e na construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande e, após algum tempo, após a década de 1920, na construção de pequenas indústrias. Também vieram poloneses, russos e libaneses, além de um grande número de descendentes de alemães e italianos, principalmente gaúchos, e de Caboclos que chegaram após o término da Guerra do Contestado. 
Dado o desenvolvimento demográfico da cidade, houve a necessidade de investimentos em infraestrutura. Conforme citado anteriormente, no começo do século XX ocorreu a chegada da ferrovia e de pequenas indústrias. Em 1922 foi criada a primeira clínica médica, que funcionava na casa de Dr. Jose Athanásio, onde hoje funciona o Hospital Dr. José Athanásio. Em 29 de março de 1954, ocorreu a fundação do Colégio Auxiliadora e em 1957 foi fundada a Rádio Cultura de Campos Novos. A agricultura fortaleceu-se com a criação da Copercampos, em 8 de novembro de 1970, que deu início ao cooperativismo, sendo que hoje a cidade é um grande produtor de grãos, principalmente milho, soja, feijão, trigo e cevada, e destaque ainda na pecuária, com a produção de leite. 
Geografia
A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 1.659,625 km², sendo que 4,5211 km² constituem a zona urbana e os 1.655,1 km² restantes fazem parte da zona rural e é a terceira maior de Santa Catarina, perdendo apenas para Lages e São Joaquim. Situa-se a 27º24′07” de latitude sul e 51º13′30” de longitude oeste e está a uma distância de 370 quilômetros a oeste da capital catarinense. Limita-se com: Erval Velho, Ibiam e Monte Carlo, a norte; Barracão (Rio Grande do Sul), Celso Ramos e Anita Garibaldi, a sul; Vargem, Brunópolis e Abdon Batista, a leste; e Capinzal, Zortéa, Ouro, Lacerdópolis, Herval d'Oeste, a oeste. 
Geomorfologia e hidrografia
O relevo da cidade é predominantemente ondulado de forma suave, sendo profundo e bem drenado e havendo boas condições físicas para um desenvolvimento radicular. É pouco susceptível à erosão e favorece ainda o uso de máquinas e implementos agrícolas. Em algumas partes do território municipal há ondulações mais fortes, sendo que essas áreas são mais sujeitas à erosão e a maiores impedimentos à mecanização da agricultura, principalmente quando o tipo de solo é o cambissolo, que apresenta pedras em sua composição. Apesar de grande parte da área do município apresentar relevo favorável à agricultura, os solos de Campos Novos são ácidos, em grande parte contaminados por alumínio trocável, e têm reduzida reserva de nutrientes, porém, quando manejados adequadamente, tornam-se adequados tanto para cultivos anuais quando para menos intensivos, como a fruticultura, a pastagem e o reflorestamento. 
A cidade pertence à região hidrográfica do Planalto de Lages e à bacia hidrográfica do rio Canoas, que é uma das principais do estado de Santa Catarina. O rio Canoas banha, além de Campos Novos, outros onze municípios e ao unir suas águas com as do rio Pelotas, dá início ao rio Uruguai. No Canoas funciona ainda a Usina Hidrelétrica de Campos Novos, que entrou em funcionamento em 2007 e hoje produz um quarto do consumo do estado de Santa Catarina. 
Clima
O clima campos-novense é classificado, segundo o IBGE, como subtropical mesotérmico brando superúmido (tipo Cfa segundo Köppen), tendo elevados índices de umidade relativa do ar (URA) e temperatura média compensada anual em torno de 17 °C, com verões amenos e invernos frios. Com mais de 2.200 horas anuais de insolação, o índice pluviométrico é de cerca de 2.100 milímetros anuais, regularmente distribuídas durante o ano, sem a existência de uma estação seca.
Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante veranicos têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a marca dos 28 °C, especialmente no verão. Nestes períodos de estiagem são comuns registros de queimadas em matagais, principalmente na zona rural, o que contribui com o desmatamento e com o lançamento de poluentes na atmosfera, prejudicando ainda a qualidade do ar. Estas queimadas são muitas vezes propositais, sendo usadas para preparo da terra onde se pretende cultivar, porém elas são recorrentemente proibidas. Geadas não são incomuns e costumam ocorrer em média de 12 a 22 vezes por ano. Já a ocorrência de neve não é muito frequente, mas há registros oficiais em 12 de julho de 2000 e, com forte intensidade, em 22 de julho de 2013. 
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1969 a 1983, 1985, 1988 a 1989 e de 1992 a 2017, a menor temperatura registrada em Campos Novos foi de −5,6 °C em 14 de julho de 2000, e a maior atingiu 35,6 °C em novembro de 1985, nos dias 15 e 16. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 143,4 mm em 3 de julho de 1999. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 141,8 mm em 30 de agosto de 2011, 131,5 mm em 2 de abril de 2005, 130,9 mm em 1° de maio de 2014, 129,1 mm em 27 de setembro de 2015, 124,6 mm em 28 de abril de 1998, 122,2 mm em 14 de junho de 2015, 115,2 mm em 6 de fevereiro de 1977, 113,1 mm em 31 de maio de 2017, 112,8 mm em 23 de outubro de 2012, 109,8 mm em 1° de fevereiro de 1997, 108,6 mm em 23 de abril de 2010, 104,2 mm em 16 de agosto de 2006, 103,8 mm em 2 de outubro de 1975, 102,7 mm em 1° de julho de 1992, 102,4 mm em 31 de julho de 1983, 101,1 mm em 27 de junho de 2014 e 100,6 mm em 28 de setembro de 2009 e 13 de outubro de 2011.
Ecologia e meio ambiente
A vegetação original e predominante no município é a mata dos pinhais ou mata das araucárias, apesar de que parte da mata nativa deu lugar à agricultura, às pastagens para o gado ou mesmo desmatada e mais tarde reflorestada, sendo que até a década de 1980 a indústria madeireira era uma das principais fontes de renda de Campos Novos. Para a construção da Usina Hidrelétrica de Campos Novos, por exemplo, houve necessidade do alagamento de vários trechos de florestas nativas, além de fazendas situadas ao redor do rio Canoas. 
Para combater o desmatamento e a devastação de áreas verdes a prefeitura criou programas como as Áreas de Preservação Permanente, que são faixas de vegetação existentes entre o reservatório da usina hidrelétrica e suas propriedades com largura entre 30 a 100 metros. As áreas desmatadas para a construção da usina estão sendo recuperadas e transformadas em mata ciliar. Também há o Parque Estadual Rio Canoas, criado em 27 de maio de 2004 e que conta com 1 200 hectares, sendo também destinado à conservação da mata nativa vizinha à hidrelétrica. 
Restam hoje alguns remanescentes de floresta ombrófila mista, que são as florestas de araucárias, além de campos formados por estratos de gramíneas, entremeadas por espécies arbustivas ou arbóreas e dispersos em florestas de galeria ou capões. Na área do município já foram registradas 44 espécies de orquídeas e bromélias. Em relação a fauna há na área do município o registro de mais de 80 espécies de aves, Sobre a herpetofauna, há o registro das seguintes espécies, Lagartixa preta (Tropidurus torquatus), Cobra de vidro - (Ophiodes striatus), Lagarto teiú (Tupinambis merianae), Cobra cega (Amphisbaena sp.), Boipeva (Waglerophis merremii), Boipeva serrana (Xenodon neuwiedii), Cobra coral verdadeira (Micrurus altirostris), Cobra lisa (Liophis miliaris), Jararaca (Bothrops jararaca) e Cobra d'água (Helicops infrataeniatus).
Etnias
No ano de 2010 havia 25 emigrantes que vieram de outras partes do estado de Santa Catarina e do Brasil, de acordo com o IBGE. Por outro lado outras 25 pessoas saíram de Campos Novos para ir para outros países, sendo que quatro delas foram para a Itália (16,0%), quatro para a Angola (16,0%); e três (12,0%) para o Canadá. 
A chegada de pessoas vindas de outros lugares era mais comum no começo do século XX, sendo que a imigração contribuiu com a agricultura e com o desenvolvimento da indústria, após 1930. Muitos imigrantes vinham em busca de emprego principalmente nas lavouras, sendo que ajudaram ainda no fortalecimento do comércio. Campos Novos, assim como parte do Sul e Sudeste do Brasil, recebeu levas de imigrantes de várias partes do mundo, com destaque para os italianos, espanhóis, alemães, holandeses, poloneses, russos e libaneses. Também deslocaram-se para a região pessoas de outras cidades catarinenses, paranaenses, paulistas e nordestinas, que fugiam da Guerra do Contestado.
Subdivisões
Campos Novos é subdividida em oito distritos, sendo eles a Sede, Bela Vista, Dal'Pai, Espinilho, Encruzilhada, Guarani, Ibicuí e Leão. A Sede era o mais populoso, reunindo 23.359 habitantes. Conforme já foi citado anteriormente, no século XX houve a criação e elevação à cidade de diversos distritos do município, sendo que as última alterações na área municipal foram feitas em 29 de dezembro de 1995, quando da emancipação do distrito de Zortéa, pela Lei Estadual n.º 10.051, e em 3 de abril de 2000, criando o distrito de Encruzilhada, pela Lei n.º 2.590.
Economia
O Produto Interno Bruto (PIB) de Campos Novos é o maior da Microrregião de Curitibanos e o 464º de todo o país. 
A agricultura sempre foi uma das principais fontes de renda na cidade, sendo que o comércio e a indústria começaram a ganhar força a partir da década de 1930. O fácil acesso por meio de rodovias aos principais portos do litoral do estado e a várias cidades do Brasil e ainda de outros países do Mercosul facilitam o escoamento da produção agrícola. 
Setor primário
A agricultura é o setor menos relevante da economia de Campos Novos. De todo o PIB da cidade 195 019 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2010, o município contava com cerca de 53.457 bovinos, 1.721 equinos, 180 bubalinos, 145.290 suínos, 1.123 caprinos e 9.700 ovinos. Havia 1.979.033 aves, dentre estas 1.978.619 eram galos, frangas, frangos e pintinhos e 414 mil galinhas, sendo que foram produzidas 7.215 mil dúzias de ovos de galinha. 5.860 vacas foram ordenhadas, das quais foram produzidos 21.085 mil litros de leite. 4 mil ovinos foram tosquiados, produzindo um total de 9.500 quilos de lã. Também foram produzidos 31 mil quilos de mel de abelha.
Na lavoura temporária são produzidos principalmente o milho (140.400 toneladas produzidas e 18 mil hectares cultivados), a soja (132 mil toneladas produzidas e 40 mil hectares plantados) e o trigo (30.800 toneladas rendidas e 11 mil hectares cultivados). Já na lavoura permanente destacam-se a erva-mate (240 toneladas produzidas e 60 hectares colhidos), a laranja (200 toneladas produzidas e 20 hectares colhidos) e a uva (108 toneladas produzidas e 27 hectares colhidos). 
A cidade é considerada como o "celeiro catarinense", sendo um dos principais produtores de milho, soja, feijão, trigo e cevada do estado. A agricultura, juntamente com o comércio é a principal fonte de renda da economia municipal. Várias cooperativas agrícolas estão presentes na cidade, tais como a Copercampos, criada em 8 de novembro de 1970, a Cooperativa Camponovense (Coocam), fundada em 1993, e a Apicampos, que auxilia o ramo da apicultura, que também é destaque em Campos Novos. Outra razão para o desenvolvimento da agricultura em Campos Novos é o surgimento dessas cooperativas, a partir da década de 70, que passaram a dar apoio aos agricultores e pecuaristas.
Setor secundário
A indústria, em 2011, era o segundo setor mais relevante para a economia do município. 198.024 mil reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário). O setor industrial começou a se desenvolver no decorrer das décadas de 1930 e 1940, que passaram por um grande impulso com a vinda de descendentes ítalo-germânicos. Hoje a cidade busca um perfil econômico na busca pela industrialização do grande volume de matéria prima produzido em seu território, destacando-se nas áreas da metalurgia, beneficiamento de madeireira, confecções e papel. 
O município conta com uma área reservada para a construção e investimentos em indústria, localizada às margens da BR-470, contando com 12 lotes de até 5 mil m². Na EXPOCAMPOS, realizado no mês de maio de dois em dois anos, são expostos alguns dos principais trabalhos realizados nas áreas da indústria, comércio, agroindústria e artesanato.
Setor terciário
A prestação de serviços rende 415.110 mil reais ao PIB municipal, sendo que atualmente é a maior fonte geradora do PIB campos-novense. O comércio na cidade começou a desenvolver-se e apresentar-se mais representativo na economia municipal no decorrer da primeira metade do século XX, pelo fortalecimento da vinda de descendentes ítalo-germânicos, assim como ocorreu com o setor industrial. 
Atualmente é considerado como o principal centro comercial da Associação dos Municípios do Planalto Sul de Santa Catarina (AMPLASC), órgão que auxilia o setor comercial do município e sua região. Outras entidades também contribuíram para o desenvolvimento comercial, devido ao apoio dado a pequenas e médias lojas, como a Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade (CDL) e a Associação Comercial e Industrial de Campos Novos (ACIRCAN). Segundo estatísticas da Secretaria de Indústria e Comércio, entidade subordinada à prefeitura que colabora na coordenação das áreas comercial e industrial, os setores secundário e terciário somavam cerca de 700 mil estabelecimentos em Campos Novos. 
Estrutura urbana
Saúde

Em 2009, o município possuía 21 estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo 13 deles públicos e sete privados.
A Secretaria Municipal de Saúde é o órgão ligado de forma direta à prefeitura do município de Campos Novos e tem por função a manutenção e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como a criação de políticas, programas e projetos que visem à saúde municipal. Dentre os serviços de apoio e atenção básica são alguns: o Programa Saúde da Família (PSF), o Paraná Assistencia Médica (PAM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Também há o Hospital Doutor José Athanásio, que conta com 89 leitos (79 pelo Sistema Único de Saúde) e é administrado pelo estado. 
Educação
Dentre as 68 instituições de ensino médio, 32 pertenciam à rede pública estadual, 3 pertenciam à rede municipal e 33 às redes particulares.  
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura tem como objetivo coordenar e assessorar administrativa e pedagogicamente o sistema escolar de Campos Novos. São exemplos de programas coordenados pela Secretaria com foco voltado à população a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que é a rede de ensino gratuita e voltada para adultos que não concluíram o ensino fundamental, a rede de Educação Especial, onde alunos que têm deficiência física são conduzidos por professores especializados, e a Programa Nacional de Bibliotecas Escolares.
Transportes
O município já foi atendido por ferrovias. Havia uma estação ferroviária no município, que situava-se onde hoje está o distrito de Leão e foi inaugurada em 23 de fevereiro de 1926, pertencendo à Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande. Funcionou até 1997, quando a ferrovia foi abandonada pela empresa que a administrava, a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), sendo demolida algum tempo mais tarde. 
A decadência das ferrovias deve-se ao avanço da construção de rodovias e aeroportos. Por via terrestre, o município está localizado no encontro das rodovias BR-282, BR-470, SC-455, SC-458 e SC-456, que a ligam, desde a pequenas cidades localizadas ao redor da região, até à capital catarinense, às grandes metrópoles brasileiras e outras cidades do Mercosul. Campos Novos possui um terminal rodoviário, que está localizado no centro da cidade e liga a cidade, principalmente, a várias cidades do estado de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A cidade possui ainda transporte coletivo, que liga a região do centro ao bairros e distritos que possuem paradas de ônibus implantadas pela prefeitura e foi regularizado pela Lei .nº 2364, de 9 de outubro de 2001. Atualmente também existem alguns aeroportos que operam próximos a Campos Novos, como o Aeroporto de Joaçaba (IATA: JCB, ICAO: SSJA), em Joaçaba, situado a cerca de 50 km do centro do município. 
Cultura
A responsável pelo setor cultural de Campos Novos é a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, que, além de auxiliar a área da educação, também tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. 
Artes cênicas e eventos
A Fundação Cultural Camponvense Cid Caesar de Almeida Pedroso, criada pela Lei n.º 2.050, de 17 de março de 1994, é uma instituição cultural ligada à secretaria da cultura e que está sediada no antigo prédio da prefeitura que foi construído em 1919, sendo sede do poder executivo e legislativo até 1975. O lugar foi transformado na Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi, e é utilizado como palco para várias atividades voltadas a cultura, como a música, artes visuais, dança, o teatro, oficinas e eventos. Além da casa, a Fundação ainda administra o Arquivo Histórico Dr. Waldemar Rupp, que é o arquivo histórico público municipal, e o Museu Histórico e Arqueológico Sebastião Paz de Almeida. 
Para estimular o desenvolvimento socioeconômico local, a secretaria da cultura, juntamente ou não com outras instituições e empresas locais, passou a investir mais no segmento de festas e eventos. Anualmente destaca-se a realização do Dia de Campo Copercampos, demonstrativo dos trabalhos da Copercampos, em fevereiro ou março; do aniversário da cidade, que apesar de ser dia 30 de março tem comemorações que estendem-se por durante todo o mês; da Festa do Padroeiro São João Batista, em junho, com missas e festas juninas; da Romaria de Nossa Senhora Aparecida, que ocorre anualmente no dia 12 de outubro, dia da santa, e chega a atrair uma média de 70 mil fiéis que percorrem 3 km da Igreja Matriz até o Santuário da cidade; e o Concurso Miss Campos Novos, em novembro. De dois em dois anos ocorre ainda a EXPOCAMPOS, tradicional feira agropecuária da cidade. 
Atrativos
A cidade conta com várias pousadas, fazendas e hotéis situados na zona rural, onde o foco é o ecoturismo. As fazendas do Cervo e Santa Mônica e a Granja Triunfo contam com trilhas para caminhadas, áreas para camping e cavalgada e pesque-e-pague. Também é possível agendar uma visita à Usina Hidrelétrica de Campos Novos. No distrito de Barra do Leão localiza-se a Termas Leonense, fontes de águas termais sulfurosas que jorram a uma temperatura média de 33 °C, tendo ainda área para camping e piscinas cobertas, sendo que suas águas ajudam na cura de reumatismos e artrites, problemas de estômago, pele, estafa e insônia. 
No perímetro urbano a cidade conta com vários atrativos de valor histórico e cultural. Destacam-se a Igreja Matriz de São João Batista, em frente à Praça Lauro Müller, pelo seu interior decorado com esculturas em madeira, vitrais e pinturas; o Santuário de Nossa Senhora Aparecida; e a Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi, que, conforme citado anteriormente, funciona em um prédio que sediava a prefeitura e foi inaugurado em 1919, sendo tombado como patrimônio histórico municipal.
Esportes
A Secretaria de Esporte e Lazer organiza frequentemente diversos eventos esportivos, tais como o Campeonato de Futebol de Campo Amador, a Taça Centenário, o Quadrangular de Bolão (futebol), o Torneio de Bocha, o Torneio de Voleibol e a Taça Rádio Cultura de Futsal, além do basquetebol ACAMB (Associação Camponovense de basquetebol) colaborar com o município e para a organização de eventos como o Campeonato Regional de Futebol, os Campeonatos Regionais e Estaduais de Caratê, o Campeonato Estadual de Judô e o Campeonato de Atletismo. A secretaria mantém ainda escolinhas de esporte para as crianças, que contam com a participação de cerca de 900 alunos, além de realizar os Jogos Escolares de Campos Novos (JECAM), que envolvem anualmente cerca de 1.500 estudantes de escolas municipais, estaduais e particulares da cidade. 
O principal time de futebol da cidade é o Clube Atlético Camponovense, que foi fundado em 3 de agosto de 1991 e manda seus jogos no Estádio Cid Pedroso, que tem capacidade para cerca de 4 mil pessoas. Além desse estádio, são outros locais destinados à prática de esportes: o Ginásio Osni Jacomel, os Ginásios Humberto Calgaro e Juvelino Fernandes e o Ginásio Juvelino Fernandes, sendo que alguns possuem pista de skate, quadra de tênis, quadra de basquete de rua e quadra de voleibol de areia. 
Feriados
Em Campos Novos há três feriado municipais, definidos pela Lei Orgânica Municipal, e oito feriados nacionais, além dos pontos facultativos. Os feriados municipais são: o dia da emancipação política da cidade, em 30 de março; o dia do padroeiro São João Batista, em 24 de junho; e o dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro. De acordo com a Lei Federal n.º 9.093, aprovada em 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais com âmbito religioso, já incluída a Sexta-Feira Santa.
Referência para o texto: Wikipédia