sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

TUBARÃO - SANTA CATARINA

Tubarão é um município brasileiro localizado no sul do estado de Santa Catarina. De acordo com o IBGE a população total observada no último recenseamento realizado em 2010 foi de 97.235 habitantes.
Toponômio
O nome da cidade deve-se ao rio Tubarão, que em tupi-guarani era chamado Tubá-Nharô,[5] "pai feroz". Outra versão corrente relaciona ainda este nome com o de um cacique muito influente que habitava a região. Não se relaciona, porém, ao peixe homônimo.
História
Com a abertura do caminho entre Lages e Tubarão, por volta de 1773, iniciou-se o povoamento da cidade. O rio Tubarão era parte da rota Lages/Laguna, tendo como ponto de parada os portos do "Poço Fundo" e do "Poço Grande", ambos na região da atual Tubarão. Em agosto de 1774, duas sesmarias, com área de uma légua quadrada cada uma, situadas no atual perímetro urbano, foram doadas ao capitão João da Costa Moreira e ao sargento-mor Jacinto Jaques Nicós, marcando o início efetivo do povoamento.
Em 1833 já existia o distrito de Poço Grande do Rio Tubarão e em 7 de maio de 1836 foi criada a paróquia de Nossa Senhora da Piedade de Tubarão, Lei nº 32. Tubarão desmembrou-se de Laguna pela Lei Provincial nº 635, de 27 de maio de 1870. A imigração europeia, a implantação da EFDTC - Estrada-de-Ferro Dona Thereza Christina e a criação da comarca de Tubarão (Lei 745, de 19 de abril de 1875), foram responsáveis diretos pelo desenvolvimento econômico do município.
Em 1974 o município foi atingido por uma catastrófica enchente. Causou a morte de 199 pessoas e desalojou 60 mil dos 70 mil habitantes da cidade. Historiando essa catástrofe, há o livro "Tubarão 1974 - Fatos e Relatos da Grande Enchente", do escritor catarinense César do Canto Machado.
Economia
Tubarão destaca-se por ser o segundo centro comercial do sul do estado, principalmente na área de cerâmica. Destaque também para o turismo, centrado em suas estâncias hidrominerais.
Tubarão é importante polo comercial da região e foi durante muitos anos sede da EFDTC. (Em 1884 foi concluída a Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina, pioneira na então Província de Santa Catarina, com a extensão de 112 km, originária de uma concessão obtida pelo Visconde de Barbacena, com o objetivo de transportar o carvão de pedra das minas para o Porto de Imbituba). Atualmente a ferrovia não conta mais com a importância do passado, mas apresenta grande valor na cultura local. Em função dos anos em que era a principal forma de transporte da região, foi fundado um museu ferroviário que possui até locomotivas produzidas desde o século XIX.
Agricultura
Houve na região sul do Estado, um sistema de grandes plantações de monocultura, de produção voltada para o exterior, em grandes propriedades com elevado número de escravos, a exemplo do que aconteceu na Região Nordeste e Região Sudeste do Brasil. Em Tubarão, alguns abastados, residentes em Laguna, geralmente comerciantes, adquiriram as melhores áreas de terra. Estes usufruíram do fruto do trabalho dos arrendatários. Acrescenta-se que, além do arrendatário, a outra parte da produção era executada por trabalho escravo, o que não aparece nos documentos oficiais.
Na ordens sucessiva dos colonizadores que se utilizavam da agricultura, o desenvolvimento dos pioneiros vicentistas foi inexpressivo devido ao seu contínuo deslocamento para o Rio Grande do Sul onde se envolveram com a pecuária.
Os açorianos não desenvolveram uma agricultura satisfatória. Isso se deve as suas origens e convivência e familiaridade com o mar eram atraídos a povoar as margens dos rios e das lagoas que formavam as únicas vias de comunicação, além do oceano.
Cita-se que, por volta de 1750, houve uma tentativa de plantio de cânhamo e linho às margens do rio Tubarão, sem especificar o local, mas que foi abandonada a seguir.
Turismo
Tubarão tem uma boa infraestrutura urbana e seu potencial turístico concentra-se nas águas termais, canalizadas para confortáveis hotéis e no meio rural, com destaque para a localidade de Rio do Pouso, onde pode-se passar agradáveis horas em contato com a natureza e com a cultura e culinária do local. Polo de integração da região, oferece passeios turísticos mensais nas locomotivas Maria-Fumaça pela Ferrovia Teresa Cristina, ligando as cidades de Imbituba, Laguna, Criciúma e Urussanga. O percurso liga estas cidades às praias, à subida da Serra do Rio do Rastro, aos monumentos históricos e às tradições das etnias que ajudaram a povoar a região. É mantida pela Rede Ferroviária Federal. A ferrovia, situada entre a serra e o mar, às margens do rio Tubarão, tem como um dos seus atrativos as inúmeras pontes. Conheça a Praça Dona Thereza Christina, inaugurada em 1884, por ocasião do centenário da ferrovia do mesmo nome, a ponte pênsil localizada em frente à Universidade e o Centro Municipal de Cultura, que agrega um museu em homenagem a um dos maiores pintores catarinenses: Willy Zumblick, além de exposições paralelas, aulas de artes plásticas e cênicas e uma galeria dedicada à história do município. Além destes, Tubarão possui um grande centro de comércio da região sul do estado: o Farol Shopping. O shopping tornou-se famoso pela sua estrutura, suas ofertas de comércio, de empregos múltiplos e até 2016 era intitulado de "o maior empreendimento deste porte da região sul de Santa Catarina".
Geografia
Tubarão se localiza no sul do estado de Santa Catarina, a 66 km de Criciúma e 133 km de Florianópolis. Algumas das cidades próximas são Gravatal, Treze de Maio, Jaguaruna, Pedras Grandes, Laguna, Capivari de Baixo, São Ludgero, Orleans.
A cidade é rica em belezas naturais. Conheça também as termas de Tubarão. Nas Termas do Rio do Pouso, a alguns minutos do centro da cidade, um hotel-fazenda oferece muitas opções de lazer e de práticas esportivas, além de piscinas de água mineral. Nas Termas da Guarda, entre a Serra do Mar e o Litoral, a água termal jorra à temperatura de 36 °C, canalizada em piscinas e banheiras.
Fauna
Tubarão é um dos habitat de um animal muito conhecido no sul do Brasil, a capivara. Este animal é tão numeroso e querido pelos tubaronenses, que foi criada a Festa da Capivara, que hoje em dia é realizada na cidade de Capivari de Baixo, pois quando se realizou a primeira Festa da Capivara, Capivari era apenas um bairro pertencente a Tubarão. A capivara é encontrada ao longo de toda a margem do rio Tubarão, sendo que, muitas vezes, devido ao alto volume de água do rio, pode-se encontrar as capivaras à beira das estradas que margeiam o rio. Atualmente vive-se uma situação negativa por conta dos grandes roedores, que pela cidade situar-se principalmente a beira do Rio Tubarão, acabam por cruzar estradas e rodovias fazendo com que aconteçam acidentes.
Clima
Subtropical, com temperatura média anual de 19,5°C, sendo a média das máximas de 23,6°C e a média mínima de 15,5°C. Pluviosidade: A precipitação média anual é de 1.493 centímetros cúbicos, sendo abril e maio os meses de menor precipitação. Possuem Verões quentes com temperaturas passando dos 35 °C e Invernos Amenos com temperaturas mínimas abaixo dos 10° e podendo chegar a valores próximos ou igual a 0 °C. A geada ocorre em todos os anos, em média de 7/10 vezes ao ano, sendo 3 de forte intensidade nos bairros mais afastados do centro da cidade. A neve é muito rara na região de Tubarão, nevou bem fraco com garoa em julho de 1955 e no ano de 1984 nos morros da Guarda. No ano de 1990 nevou nos municípios de Braço do Norte (Pinheiral), Santa Rosa de Lima e São Martinho, em 2010 na região mais alta de Grão-Pará, Orleans e Santa Rosa de Lima.
Acidentes geográficos
O rio Tubarão é o principal do município. Sua linha de escoamento corta a cidade com uma secção média de 115 metros de largura, uma profundidade que varia de 2 metros a 10 metros e uma vazão de 5,2 metros cúbicos por segundo. Outros rios que cortam o município de Tubarão são o rio Capivari, rio Corrêas, rio do Pouso, rio Alto Pedrinhas, rio Caruru, rio Ilhota e rio Congonhas.
Educação
Sendo Tubarão um polo de convergência de todas as vias de comunicação, motivou a formação de um centro estudantil que atende uma clientela da região, que necessite frequentar cursos mais elevados. Na década de 1930 sobressaiam o Colégio São José (1895) e o Grupo Escolar Hercílio Luz (1920), na década de 1940, o Ginásio Sagrado Coração de Jesus, depois Colégio Dehon. Na década de 1950, a Escola Técnica do Comércio, cuja congregação idealizou e implantou o ensino superior, origem da Unisul. Este quarteto, com modalidades específicas de ensino, atraia estudantes do sul catarinense, formando assim a base ativa e histórica para a criação e desenvolvimento de cursos de nível superior que iniciou pelo IMES em 1964, transformado em FESSC em 1967 e finalizando na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) em 1989.
No segundo semestre de 2014, a UNOPAR (Kroton) instalou seu novo polo de atendimento aos alunos de graduação e pós-graduação à distância.
Cultura
Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac
No ano de 1898 são criados a Biblioteca Pública e o Arquivo Público, por iniciativa do visionário superintendente João Cabral de Mello. Naquele ano, a biblioteca possuía um acervo de 312 volumes sobre assuntos diversos e estava sendo bem frequentada. Em 1941, o prefeito Marcolino Martins Cabral decretou a criação da Biblioteca Olavo Bilac.
Instalada na sede da prefeitura, teve vida itinerante e passou por percalços e desleixos. Sua maior perda porém ocorreu no ano de 1974, quando ocorreu a famosa enchente, que arrasou a cidade e destruiu também grande parte do acervo.
Atualmente, a Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac está instalada junto ao Centro Municipal de Cultura - Museu Willy Zumblick, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h.
Casa da Cidade
Em pleno coração comercial da cidade encontramos a Casa da Cidade, um centro de cultura, local permanente de exposições de arte, cursos e palestras, além de outras atividades culturais.
Apresenta uma arquitetura que lembra os casarios antigos e mostra a conservação pelo patrimônio histórico e resgate da população tubaronense.
Construção do século passado, a Casa da Cidade foi restaurada em 1984. O velho casarão serviu de residência para coronéis e políticos. Abrigou a prefeitura, entre outros órgãos. Durante o Natal, a Casa da Cidade transforma-se em Casa de Papai Noel e no resto do ano acolhe trabalhos artesanais produzidos por artistas municipais.
Catedral
A primitiva igreja foi construída em 1832. Passou por várias reformas e ampliações. Em 1887 o corpo da Igreja media 138 palmos de comprimento (30,36 m), 74 palmos de largura (16,28 m) e 30 palmos de altura (6,6 m) (relatório do Padre Cipriano Buonocore, 1887). Este monumento que representou a fé e o esforço comum de muitas gerações, símbolo material da religiosidade de seu povo, foi demolido em 1971.
A Diocese de Tubarão foi criada em 28 de dezembro de 1954, e seu primeiro bispo foi Dom Anselmo Pietrulla. A catedral está erguida no ponto mais alto da cidade. Ao seu lado está a "Torre da Gratidão", monumento em homenagem às pessoas que contribuíram com a reconstrução da cidade após a enchente de 1974
Praça Teresa Cristina
A Praça Teresa Cristina foi inaugurada em 1984 em comemoração aos cem anos de fundação da Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina, construída pelos ingleses, localizada na avenida Marcolino M. Cabral, a praça ostenta uma locomotiva maria-fumaça e um vagão de passageiros que serve como lanchonete.
Museus
Tubarão dispõe atualmente de três museus:
Museu Ferroviário de Tubarão: preserva a memória da Estrada de Ferro Donna Thereza Christina, uma das únicas estradas de ferro do mundo a operar com máquinas a vapor na atualidade. O museu ainda serve também como garagem e oficina mecânica das locomotivas ainda em funcionamento.
Centro Municipal de Cultura: abriga o Museu Willy Zumblick, fotos, artigos e históricos de Tubarão e vários materiais de importância pública, além de sediar a biblioteca pública.
Museu Walter Zumblick - localizado no Centro Cultural da Unisul, onde estão expostos objetos e artefatos da cultura indígena, encontrados nos sambaquis da região, e animais pertencentes à fauna da região, foi inaugurado em 30 de novembro de 1995.
Arquivo Público e Histórico Amadio Vettoretti
Criado oficialmente em julho de 1990, através da Lei 1463/90, o Arquivo Público e Histórico de Tubarão começou a ser constituído em 1986, quando o prefeito Miguel Ximenes de Mello Filho propôs ao professor e funcionário da prefeitura Amadio Vettoretti a missão de pesquisar profundamente a História de Tubarão.
Percebendo a carência de documentos e de um lugar adequado onde encontrar fontes o professor Amadio saiu a procura de documentos relativos a nossa história, recebendo contribuições da Câmara de Vereadores, da Prefeitura, além de pesquisar documentos nos Arquivos do Estado, com um acervo sendo constituído, o Arquivo Público passou a existir fisicamente em uma sala no Edíficio Stan. Passou a receber documentos, como o acervo do Cartório Cabral, livros do fundo judiciário, contribuições de várias pessoas, jornais. O acervo crescia a cada dia e os espaços ficavam menores, o arquivo já teve vários endereços até definitivamente passar a um lugar onde está instalado atualmente, no 2º piso da antiga Estação de Passageiros da Rede Ferroviária e Rodoviária. 
No ano de 2013 o arquivo recebeu o nome de seu idealizador, tutor e uma das pessoas que mais lutou para ter a importância de hoje, o Historiador Amadio Vettoretti, passando a se chamar “ Arquivo Público e Histórico Amadio Vettoretti” sendo este, o maior e mais bem organizado da região sul de Santa Catarina e um dos mais importantes do estado.
Seu acervo é constituído por uma grande coleção de jornais, o mais antigo do ano de 1878, um acervo precioso composto por escrituras e Atas de Liberdade de escravos de Tubarão, sendo a principal referencia em documentos sobre a História de Tubarão e região, da colonização italiana, conta ainda com uma mapoteca, além de um grande acervo iconográfico, com mais de 7.000 fotografias, sendo referencia quando o assunto é a enchente de 1974. Faz parte de seu acervo processos do judiciário, de cartórios desde o Século XIX, documentos Históricos da Câmara de Vereadores além de ter arquivado documentos da prefeitura de Tubarão. O Arquivo recebe estudantes das escolas da região, pesquisadores ligados a universidades das mais diversas regiões do Brasil e do exterior, jornalistas e comunidade em geral.
Recentemente foi incorporado ao acervo 57 certidões de óbitos de mortos da Enchente em Tubarão em 1974.
Esporte
Durante muitos anos, Tubarão teve o domínio no futebol do Sul do estado de Santa Catarina, com destaque para o Hercílio Luz Futebol Clube, agremiação mais antiga da região, fundada a 22 de dezembro de 1918. O time colorado, conhecido por "Leão do Sul", conquistou por duas vezes o campeonato estadual (1957 e 1958) e foi a primeira agremiação barriga-verde a disputar uma competição nacional oficial da CBD, a Taça Brasil, em 1959.
Nos anos 40, o mesmo Hercílio veio a conhecer o seu maior rival, o Esporte Clube Ferroviário, este que se tornou o time do povo na Cidade Azul. O rubro-negro "Ferrinho", como passou a ser chamado carinhosamente pela população tubaronense, também foi destaque estadual, conquistando o campeonato catarinense de 1970. Em 25 de maio de 1992, deixa de existir o Ferroviário para surgir o Tubarão Futebol Clube. Numa curta trajetória de 10 anos, conquistou várias taças e um título estadual em 1998, a Copa Santa Catarina, em pleno estádio Heriberto Hülse contra o seu maior rival, o Criciúma Esporte Clube, no famoso Clássico do Sul. O Tubarão Futebol Clube chamado carinhosamente de Peixe, disputou também campeonatos brasileiros, Copa Sul e Copa Sul-Minas. Se tornou o primeiro clube tubaronense a excursionar na Europa. A média de público nos estádios era alta e também muitos torcedores acompanhavam o clube fora de seus domínios.
A cidade de Tubarão conta também com o Tubarão Predadores, 1º time de Futebol Americano da Região Sul de Santa Catarina, que em 2008 fez sua 1ª participação na Liga Catarinense de Futebol Americano.
O Tubarão Predadores faz seus treinos todos domingos às 15 horas no campo de futebol da Unisul em Tubarão. Todos que quiserem assistir ou participar dos treinos devem comparecer no local e horário indicados onde serão ensinadas todas as regras deste esporte que tanto se desenvolve no Brasil.
Nos último anos a cidade vem ganhando destaque nacional e atraindo atenção desde a entrada do time de futsal da UNISUL na Liga Nacional de Futsal . O Unisul Esporte Clube foi criado em julho de 1999, quando a Unisul decidiu investir na área de marketing esportivo. Focado no Futsal e Voleibol, firmou importantes parcerias como a parceria com a Penalty, para o Futsal em Tubarão.E recentemente com a Seguridade de Joinville trazendo grandes jogadores a equipe como o ala Cabreuva da seleção brasileira de futsal ex intelli e o pivo Léo ex-malwee de Jaragua Do Sul.A Unisul sedia seus jogos no ginásio salgadão, localizado no bairro Oficinas.
A cidade também conta com a força do Handebol que já obteve diversos resultados importantes a nível regional e estadual. O mais expressivo veio em 2005, o título de campeão estadual até 16 anos, da OLESC (Olimpíadas Estudantis de Santa Catarina) promovido pela FESPORTE. Naquela ocasião, o time comandado pelo técnico Luiz Fernando Lopes, venceu na final a equipe de Itajaí num disputadíssimo jogo na cidade do adversário.
No ano de 2012, o tubaronense Felipe Costa da Silva, de 23 anos, conquistou o primeiro lugar no Ironman Brasil de triatlo, realizado em Florianópolis, na categoria 18-24 anos, com o tempo de 9h23min. Junto com a premiação, Felipe qualificou-se para a final mundial do Ironman World Championship no distrito de Kona, no Havaí, Estados Unidos..
Referência para o texto: Wikipédia ..

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

ITUIUTABA - MINAS GERIAS

Ituiutaba é um município do interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Sua população em 2020, de acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 105.255 habitantes.
História
O município teve vários nomes no decorrer de sua história: Campanhas do Tijuco, Capela do São José do Rio Tijuco (1833), Distrito de São José do Tijuco (1839), Vila Platina (1901) e, finalmente, Ituiutaba (1915), termo tupi que significa "aldeia do lamaçal do rio", pela junção de 'y (rio), tyîuka (lamaçal) e taba (aldeia), ou ainda "povoação do rio Tijuco". Tijuco significa "lama". Seus principais fundadores foram os desbravadores e viajantes Joaquim Morais e José da Silva Ramos, cujos descendentes permaneceram nessa região.
Os habitantes da região eram os ameríndios caiapós, chamados de tabajaras ou "bilreiros", pertencentes ao grupo jê, popularmente chamados de "bugres".
Por volta de 1819, chegaram, à região do Rio Tijuco, Joaquim Antonio de Morais e José da Silva Ramos, com suas famílias. José da Silva Ramos propôs ao concunhado mais jovem, Joaquim Antonio de Morais, separarem uma parte de suas glebas para a construção de uma capela e um cemitério.
Em 1830, chegou, à região, o padre Antônio Dias Gouveia, em companhia de seus sobrinhos. Empenhou-se em concretizar a construção da capela e do cemitério com o apoio dos moradores da região.
Por volta de 1832, foi edificada a primeira capela em honra a São José, e, em torno dela, nasce o "Arraial São José do Rio Tijuco", pertencendo ao município de Prata. A emancipação aconteceu por força da Lei Estadual de nº 319, de 16 de setembro de 1901, passando a chamar-se Vila Platina.
Em 1915, o município passou a chamar-se Ituiutaba.
Geografia
Está localizado no pontal do Triângulo Mineiro, no Planalto Central do Brasil.
Hidrografia
A bacia hidrográfica de Ituiutaba é constituída do Rio Tijuco; Ribeirão São Lourenço que, junto ao Tijuco, é responsável pelo abastecimento da cidade; Córrego Sujo; Ribeirão São José; Rio da Prata e Rio Paranaíba
Clima
O clima da cidade é classificado como de tropical de altitude, com precipitações concentradas nos meses de outubro a abril. O restante do ano é caracterizado pela seca. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1980 a menor temperatura registrada em Ituiutaba foi de −0,1 °C em 7 de julho de 2019, superando o recorde anterior de 0 °C em julho de 2000, nos dias 17 e 18. A máxima recorde atingiu 41,7 °C em 7 de outubro de 2020, batendo os 41,4 °C registrados em 16 de outubro de 2000 e novamente em 15 de outubro de 2014. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 144,2 mm em 16 de dezembro de 2008. Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram 124,9 mm em 16 de janeiro de 1991, 120 mm em 17 de janeiro de 1992, 118 mm em 3 de fevereiro de 2008, 109 mm em 26 de fevereiro de 1999 e 105,1 mm em 19 de março de 1998.
Economia
A cidade é um polo regional, atendendo, com serviços variados, a região do Pontal do Triângulo Mineiro. Referência pode ser feita aos municípios de Capinópolis, Santa Vitória (Minas Gerais), Gurinhatã, Canápolis e Cachoeira Dourada de Minas, Ipiaçu, pela proximidade.
Tem no agronegócio (agricultura da soja e milho e pecuária de corte e leite) e na prestação de serviços (comércio variado, advocacia, assessoria e consultoria de informática, etc) seus principais elementos e fonte de divisas. Em relação ao setor secundário, destacam-se: Nestlé, Syngenta Seeds, BP Biocombustíveis, Frigorífico JBS, Canto de Minas, Laticínios Baduy, entre outras.
Educação
O setor educacional, conta com escolas de ensino fundamental (1º a 9º ano), ensino médio (10º a 12º ano) e quatro universidades:
- Faculdade Mais de Ituiutaba (FacMais), com 10 cursos de graduação: Administração, Ciências Contábeis, Direito, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Civil, Farmácia, Odontologia, Psicologia e Publicidade e Propaganda;
- UNOPAR, com vários cursos de ensino semi-presencial-conectado (EAD);
- Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), que funcionava na cidade como instituição privada associada à UEMG, porém com a Fundação Educacional de Ituiutaba (FEIT) como mantenedora. A partir de junho de 2014 foi encampada, e passou a ser Universidade Estadual de Minas Gerais - Unidade Ituiutaba. Atualmente, a UEMG - Ituiutaba conta com 13 cursos superiores: Agronomia (diurno e noturno); Ciências Biológicas; Direito (diurno e noturno); Educação Física; Engenharia da Computação (integral); Engenharia Elétrica (integral e noturno); Pedagogia; Psicologia; Química; Sistemas de Informação; Tecnologia em Produção Sucroalcooleira; Tecnologia em Gestão de Agronegócios; Tecnologia em Gestão e Planejamento Ambiental;
- Universidade Federal de Uberlândia (UFU), cujo campus da cidade de Ituiutaba recebe o nome de Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP). A FACIP/UFU possui 11 cursos de graduação: Administração; Ciências Biológica; Ciências Contábeis; Engenharia de Produção; Física; Geografia; História; Matemática; Pedagogia; Química e Serviço Socia.
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) - Campus Ituiutaba, possui 4 cursos superiores: Análise e Desenvolvimento de Sistemas; Ciência da Computação; Processos Químicos e Tecnologia em Alimentos. Possui ainda mais 5 cursos técnicos: Técnico em Agricultura; Técnico em Agroindústria; Técnico em Eletrotécnica; Técnico em Informática e Técnico em Química.
Com relação aos programas de Pós-graduação, atualmente em Ituiutaba existem cursos do tipo Lato sensu, oferecidos pela FACIP/UFU (1 curso de MBA), FTM (3 cursos de MBA), pelo IFTM (4 cursos de Especialização), pela UNOPAR (vários de Especialização e MBA) e apenas dois cursos Stricto sensu oferecido pela FACIP/UFU, o Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (Mestrado Profissional) e o Programa de Pós-Graduação em Geografia em Geografia do Pontal (Mestrado Acadêmico).
Esporte
A cidade conta com representantes nas modalidades Futebol, Rugby, Natação, Handebol, Lacrosse, entre outros.
Possui o time profissional de futebol chamado Atlético Ituiutabano, que em 2014 disputou o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão.
Outro time da cidade, o Boa Esporte, atualmente manda seus jogos na cidade de Varginha pela Série B do Campeonato Brasileiro, devido a construção do Estádio Municipal de Ituiutaba, Júlia do Prado. Mesmo mandando seus jogos em Varginha sua sede administrativa fica em Ituiutaba, inclusive com o seu ônibus oficial tendo placa de Ituiutaba.
Há ainda uma terceira equipe, a Associação Esportiva Ituiutabana, que disputou no ano de 2013 o torneio da Segunda Divisão de Minas, fazendo boa campanha. Atualmente a equipe não disputa o torneio.
Feriados municipais
A Lei nº 2.205, de 10 de agosto de 1983, declarou os seguintes feriados municipais:
- 15 de agosto - Nossa Senhora da Abadia;
- Sexta Feira da Paixão;
- Corpus Christi;
- 16 de Setembro, dia de São Cornélio e aniversário da cidade.
Além destes, são comemorados os seguintes dias:
- 19 de março - é comemorado o dia de São José, o padroeiro da cidade.
- 15 de agosto - dia de Nossa Senhora da Abadia, considerada a 2ª padroeira da cidade.
- 16 de setembro - Aniversário da cidade.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

CAMBÉ - PARANÁ

Cambé é um município da Região Metropolitana de Londrina, no estado do Paraná, no Brasil. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2019, era de 106.533 habitantes.
Topônimo
Existe uma teoria que aponta que o nome do município tem origem caingangue. Outra teoria, porém, diz que "cambé" origina-se da língua tupi (Caá significando "mata, árvore" e mbê, "raízes aéreas"). A Enciclopédia dos Municípios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística traduz a denominação para "Passo do veado", de origem Tupi, porque, segundo consta, "...aquela região era abundante em caça, daí derivando o nome de Cambé". O nome é uma herança da política da Campanha de nacionalização do Brasil de Vargas que continua até a atualidade democrática de direito que é bem posterior a ditadura de Vargas, sendo uma substituição ao nome "Nova Dantzig", que era de origem germânica, porém a cidade que tem nome popular não nativo de Dantzig está na Polônia e não na Alemanha, os poloneses chamam de Gdańsk.
História
As terras onde está localizado o atual município de Cambé eram compreendidas por uma imensa floresta e nestas terras viveram diversos povos indígenas à base de caça, pesca, coleta de frutas, plantas e raízes e de uma agricultura rudimentar. Eram livres, donos da terra e viviam com muita abundância, apesar das técnicas aparentemente simples que utilizavam.
A presença dos povos indígenas que habitavam toda a região é marcada por registros de viajantes, por documentos oficiais do estado e também por objetos arqueológicos encontrados em toda região, os registros tais que afirmam ter presença de povos indígenas na região centenas de anos antes das colonizações são da década de 1990, sendo um pouco mais recentes do que as que afirmam ter existido um núcleo padres jesuítas na região da atual Cambé, na qual a teoria arqueológica mais antiga pressupõe uma data séculos mais recente a teoria mais recente relacionada a presença de colonização indígena.
Em 1990, estudantes da zona rural de Cambé, incentivados por uma campanha do Museu Histórico, encontraram fragmentos, recipientes de cerâmica e peças líticas (de pedra) pertencentes às civilizações indígenas que viveram na região centenas de anos antes da colonização europeia.
Esses grupos indígenas que habitavam a região foram, ao longo do tempo, conquistados e aldeados em áreas delimitadas pelo estado. Porém, pode-se entender essa conquista como um ato brutal com base no contexto social atual de base gramscista, feita com práticas de perseguição, escravidão e guerras que houve durante a era colonial
Sítio Arqueológico
No fim da década de 1980[ quando implementos agrícolas preparavam o terreno para a plantação de soja, em uma área rural de Cambé, foi descoberta vestígios de uma redução jesuítica e após longas pesquisas, descobriu-se que foi a missão jesuítica de San Joseph. Atualmente é conhecida por Sítio Arqueológico Fazenda Santa Dalmácia e reforça a história dos Jesuítas em várias regiões do sul do Brasil no período da colonização brasileiro.
Nova Dantzig - Colonização a partir da Companhia de Terras
Em 1925, a Companhia de Terras Norte do Paraná adquiriu uma área de 515.000 alqueires de matas nativas, equivalentes a catorze por cento do total do estado, de solo fértil e pronta para ser colonizada. Somaram-se a essas vantagens o incentivo à imigração e a difícil situação econômica na Europa, que criaram condições necessárias para ocorrência de uma corrente migratória para a América.
As primeiras dez famílias que chegaram à futura cidade de Cambé por intermédio da Companhia de Terras eram oriundas da Cidade Livre de Danzigue e chegaram à futura colônia em janeiro de 1932. O nome Nova Dantzig foi escolhido pela Companhia de Terras, que previu, para a região, a vinda de um grande número de pessoas de Danzigue. Por causa do clima mais quente, ao qual não estavam acostumados e devido à flora e fauna estarem intocadas, enfrentaram muitas dificuldades para iniciar a colonização. Mas, atraídos pela fertilidade das terras, vieram em seguida japoneses, italianos, eslovacos, portugueses, alemães, espanhóis, libaneses, além de paulistas (do interior, por sua vez já fruto da imigração europeia) e nordestinos.
Café, algodão, cereais, extração de madeiras e criação faziam parte da cultura diversificada que existiam na região na época da colonização. Nova Dantzig não fugia disso, pois o sistema de pequenas e médias propriedades rurais estimulava a atividade econômica voltada para a terra.
Ao mesmo tempo, o núcleo urbano passou a crescer, tornando-se centro de abastecimento e prestação de serviços para a população. A sociedade urbana era formada por pequenos e médios comerciantes, além de alfaiates, barbeiros, sapateiros, pedreiros, carpinteiros, marceneiros, caixeiros de lojas de armazéns, farmácias e operários. Surgem em seguida os profissionais liberais, funcionários públicos municipais e estaduais (estes como resultado da elevação do patrimônio a distrito e depois a Município respectivamente em 1937 e 1947).
Em 9 de outubro de 1937, o então Patrimônio de Nova Dantzig foi elevado à categoria de distrito judiciário através da Lei 91, de 9 de outubro de 1937. Após a redemocratização do país em 1945, começou, em Cambé, um movimento emancipacionista, encabeçado pelo professor Jacídio Correia e pelo médico José dos Santos Rocha. Atendendo ao apelo da população e tendo em vista o crescimento promissor de Cambé, o governador Moysés Lupion assinou a Lei Dois, de 10 de outubro de 1947, elevando o distrito à categoria de município. A instalação do município ocorreu no dia 11 de outubro de 1947 e Eustachio Sellmann foi nomeado o prefeito provisório. Com a elevação a município, era necessário que se escolhesse o primeiro prefeito e vereadores que representassem a vontade popular. No dia 16 de novembro de 1947, os cidadãos de Cambé elegeram o professor Jacídio Correia primeiro prefeito da cidade.
Geografia
Está situada no Terceiro Planalto de Guarapuava, a 23° 16' Latitude Sul e 51° 17' Longitude Oeste com área de 496 km² a 670 metros do nível do mar. É favorecida pelas rodovias BR-369 e PR-445, está distante cerca de 10 km de Londrina, 392 km de Curitiba, 550 km de São Paulo e a 502 km do Porto de Paranaguá.
Clima
O clima é subtropical úmido mesotérmico, verões quentes com tendência de concentração das chuvas (temperatura máxima média de 20 °C), invernos com geadas em torno de oito anuais (temperatura mínima média abaixo de 18 °C), sem estação seca definida.
Economia
Atualmente, a cidade tem sua agricultura voltada à soja e possui um rico parque industrial onde se destacam a agroindústria e indústrias químicas.
Turismo
Cambé possui um centro cultural próximo à prefeitura municipal. Também próximo à prefeitura pode ser encontrada a fonte luminosa, que foi construída em 1963.
Parques
Possui um parque municipal chamado "Zezão" na região central da cidade, que localiza-se em um fundo de vale e que é considerado o verdadeiro cartão-postal da cidade. Bem arborizada, com grande área gramada e um córrego, o Zezão também possui pistas de caminhada, um pequeno parque e um anfiteatro com arquibancadas.
Outro parque de importância na cidade é o Parque Histórico Municipal Danziger Hof, que é parte da colônia Neo Danzigue, núcleo de imigrantes alemães da cidade de Danzigue. No parque você encontrará a casa da família Tkotz, construída no início da colonização, que foi adquirida pela prefeitura da cidade em 2000 e transportada para o parque histórico, onde nela hoje são realizadas atividades culturais. Outra casa também presente é a casa da família Zifchak, sede do parque, que também foi adquirida pela prefeitura e transportada ao parque histórico.
Museus
O Museu Histórico de Cambé foi fundado em 30 de outubro de 1985, com objetivo de resgatar e preservar a história e a memória dos povos que colonizaram a cidade de Cambé. Seu acervo é composto de fotografias, documentos, objetos, revistas livros além de material de arqueologia dos povos indígenas que habitaram a região norte do Paraná. Ele se localiza no Centro Cultural. A maior parte do acervo se constitui de fotos. Várias escolas da região agendam visitas a este museu. Em 2006, o colégio Instituto Nossa Senhora Auxiliadora fez o "Projeto Museu".
Ruínas
Em Cambé, existe o Sítio Arqueológico Fazenda Santa Dalmácia, que é um conjunto de ruínas remanescentes da redução jesuítica de San Joseph.
Eventos
Entre os principais eventos, destaca-se o tradicional evento "Festa das Nações", que valoriza o resgate, a preservação e a divulgação da história e da cultura do município. Funciona como um elo entre os primeiros colonizadores e as gerações atuais, celebrando, por meio da gastronomia, das danças e músicas típicas, a união das etnias que ajudaram a formar a cidade. O evento coincide com a comemoração do aniversário de emancipação política de Cambé.
Este e vários eventos costumam acontecer no centro de eventos da cidade, inaugurada em 10 de dezembro de 2000, que encontra-se ao lado da igreja matriz.
Cultura
O Centro Cultural de Cambé, inaugurado no dia 1 de novembro de 1990 com intuito de promover a cultura, conta com uma moderna arquitetura em sua construção, e foi especialmente criada para abrigar o Museu Histórico de Cambé. No Centro Cultural também está a Biblioteca Pública Municipal.
Esporte
A cidade de Cambé possui um clube no Campeonato Paranaense de Futebol, o Clube Atlético Cambé. O Cambé Atlético Clube, que jogou no passado, fundiu-se com a Associação Portuguesa Londrinense.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

SENADOR CANEDO - GOIÁS

Senador Canedo é um município brasileiro do estado de Goiás. A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para o ano de 2019 mostrou que Senador Canedo tem 115.371 habitantes.
História
A origem de Senador Canedo está relacionada a Goiânia, com a estrada de ferro da Rede Ferroviária Federal. O crescimento da cidade ocorreu na trilha aberta na construção da ferrovia, e as primeiras famílias trabalhadoras eram oriundas do estado de Minas Gerais e Bahia, hoje há uma grande migração de Paraenses e Maranhenses, tendo até uma festa anual dos maranhenses.
O nome da cidade é uma homenagem ao senador Antônio Amaro da Silva Canedo, primeiro representante do estado de Goiás em cenário nacional. Em 1953, o povoado foi elevado à condição de distrito de Goiânia e em 1989 a Assembleia Legislativa de Goiás aprovou a emancipação do município. Foi sancionada como Lei 10.435 de 9 de janeiro de 1988 pelo então governador Henrique Santillo.
Destaca-se também, atualmente, o polo petroquímico, com diversas empresas do setor situadas na proximidade da cidade, entre outras está a Petrobrás.
Clima
A cidade possui um clima tropical semi úmido sendo quente na primavera e verão e ameno no outono e inverno. No inverno as temperaturas mínimas podem despencar para até 10 °C.
Economia
A principal atividade econômica da cidade é o complexo petroquímico da Petrobras e indústrias relacionadas. Além do polo petroquímico, destaca-se ainda o setor comercial, em ampla ascensão, bem como a expansão dos empreendimentos imobiliários. com a chegada de novas indústrias o PIB de Senador Canedo deve pular do 6° lugar no PIB de goias, para o 4° lugar, ultrapassando as cidades de Rio Verde e Catalão.
Destaca-se também a indústria, com empresas como a Ultragaz, Jaepel, Petrobras, JBS Friboí, TESCAN, Sol Bebidas, Savoy, Ontex, Tecnomont e Cicopal.
Referência: Wikipédia .

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE - PERNAMBUCO

Santa Cruz do Capibaribe é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Sendo a terceira maior cidade do Agreste Pernambucano. Cidade que deu certo (fenômeno conhecido como Milagre da Sulanca) no Polígono das Secas, Santa Cruz, além de uma cidade polo, que é a maior produtora de confecções de Pernambuco, segundo o SENAI, é a 2º maior produtora de confecções do Brasil, ficando atrás apenas da capital paulista e possui o maior parque de confecções da América Latina em sua categoria, o Moda Center Santa Cruz. É também conhecida como a Capital da Sulanca, Capital das Confecções ou Capital da Moda.
Esta a cerca de 185,7 quilômetros de distância da capital pernambucana, Recife, e sua população foi estimada em 109.897 habitantes, conforme dados do IBGE de 2020.
Pode se dizer que os distritos de São Domingos (Brejo da Madre de Deus), e Pão de Açúcar (Taquaritinga do Norte) são considerados bairros de Santa Cruz do Capibaribe, pois a proximidade do distrito de São Domingos cortado apenas pelo o rio Capibaribe assim como o distrito de pão de açúcar separado pelo o limite territorial, faz com o que aparente ser uma única cidade. Com isso, a população de Santa Cruz do Capibaribe chega a, aproximadamente, a 150 mil habitantes.
Santa Cruz do Capibaribe recebe semanalmente cerca de 50 mil pessoas de todo o país atraída pela a famosa feira do "Moda Center Santa Cruz".
História
Sua história remonta a 1750, quando o português Antônio Burgos, que por recomendações médicas procurava um local que favorecesse sua saúde, construiu uma cabana de taipa para se alojar com sua família e escravos na confluência do rio Capibaribe com o riacho Tapera.
O seu nome se origina da grande cruz de madeira que colocou em frente a uma capela que mandou construir próxima a sua casa, a partir da qual teve início o povoamento. O crucifixo é conservado até hoje na igreja matriz.
O distrito de Santa Cruz foi criado pela lei municipal nº 2, de 18 de abril de 1892, subordinado ao município de Taquaritinga do Norte. Pelo decreto-lei estadual nº 952, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Santa Cruz passou a denominar-se Capibaribe e o município de Taquaritinga a denominar-se Taquaritinga do Norte. Foi elevado à categoria de município com a denominação de Santa Cruz do Capibaribe, através da lei estadual nº 1.818, de 29 de dezembro de 1953, data anualmente comemorada.
Em 1953, Santa Cruz do Capibaribe de vila se tornou cidade. Como tantas que sobrevivem do feijão, milho e outras culturas de sobrevivência e já existindo as tradicionais colchas de retalhos, saiu da rotina, alguém de forma inteligente, ao separar os retalhos de tecidos, usou os de maior tamanho para confeccionar shorts, que desta forma, lhe daria mais lucro. A nova ideia se multiplicou em todas as costureiras da região e, por se tratar, na época, de algo reciclável, o preço daquele produto era irresistível, ganhando qualquer concorrência. Como o produto era de fácil venda, os homens se transformaram em mascates e percorreram inúmeras feiras do nosso nordeste, vendendo os produtos, enquanto as mulheres em casa, usando de criatividade, inovavam produzindo outros artigos de vestuário, como: saias, blusas, camisas, conjuntos infantis, anáguas e outras.
Nos anos 90, novos mercados eram conquistados, e se tornou O Maior Polo de Confecções do Nordeste e hoje Santa Cruz do Capibaribe é uma cidade exemplo de empreendedorismo, trabalho e conquista.
Geografia
O território municipal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 385,55 km² e representa 0,39% do Estado de Pernambuco. Situa-se a 07º57'27" de latitude sul e 36º12'17" de longitude oeste, estando a cerca de 190,7 km da capital estadual, cujo acesso é feito pela BR-232/104 e PE-160. Os municípios limítrofes são Jataúba, a oeste; Caraúbas (Paraíba) e Barra de São Miguel (Paraíba), a norte; Alcantil (Paraíba) e Taquaritinga do Norte, a leste; e Brejo da Madre de Deus e Toritama, a sul.
O município está inserido na bacia do rio Capibaribe, está localizado na Unidade Geoambiental do Planalto da Borborema, a sua vegetação é composta pela caatinga hiperxerófila, e com trechos de mata atlântica.
Clima
Santa Cruz do Capibaribe possui clima semiárido, do tipo BSh, com índice pluviométrico de aproximadamente 460 milímetros por ano, um dos mais baixos do estado de Pernambuco. A temperatura média anual gira em torno dos 23 °C.
Economia
A atividade econômica predominante é indústria e comércio com maior potencialidade de desenvolvimento para confecções de roupas.
Cidade que deu certo (fenômeno conhecido como Milagre da Sulanca) no Polígono das Secas. Modelo criado pelo próprio povo gera milhares de empresas e de empregos, ao contrário do capital globalizado que reduz o número de empresas e desemprega milhares. Os dias da feira são de segunda-feira e terça-feira. Atualmente é após a ilha de Fernando de Noronha a cidade com menos pobres em relação a sua população total no estado de Pernambuco, seguida de Toritama, segundo o Pnud/Ipea/FJP, Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, pesquisa realizada em 2010.
Santa Cruz do Capibaribe é o principal ponto de escoação e vendas de confecções de Pernambuco, que com Toritama e Caruaru formam o destacado triângulo das confecções. Hoje a cidade é o segundo maior polo de confecções do Brasil, superada apenas pela cidade de São Paulo. Desde 2008, a cidade é uma das maiores fornecedoras de confecções para sofisticadas lojas de grife dos principais shopping centers de São Paulo e Rio de Janeiro. Atualmente o PIB de Santa Cruz do Capibaribe cresce ao "ritmo chinês" de 11,895%(2014). E possui cerca de 12 mil empresas. segundo o SEBRAE o estado de Pernambuco possuí 22 mil empresas do ramo de confecção, sendo que cerca de 85% ficam em Santa Cruz do Capibaribe. Em 2016 a revista Exame classificou Santa Cruz do Capibaribe como uma das 50 cidades pequenas mais desenvolvidas do Brasil
Moda Center Santa Cruz
O Moda Center Santa Cruz é o maior parque de confecções da América Latina. O gigante construído no Agreste Pernambucano Setentrional e denominado de "Moda Center Santa Cruz", distante do centro 3 km, que abriga de modo permanente, a feira de confecções que antes funcionava como feira livre no centro da cidade. Construído em 32 hectares ao lado da cidade de Santa Cruz do Capibaribe a 180 km do Recife, que com Toritama e Caruaru formam o destacado triângulo das confecções em Pernambuco. as principais características do Moda Center são: 320 mil m² de área total; 120 mil m² de área coberta; 9.624 boxes; 707 Lojas e 6 Praças de Alimentação com 42 restaurantes e 174 lanchonetes
Turismo e lazer
Na área de turismo e lazer, são destaques em Santa Cruz do Capibaribe:
- Mirante do Cruzeiro - Possuindo em seu topo um cruzeiro em homenagem a Frei Damião, fornece uma visão panorâmica de Santa Cruz do Capibaribe.
- Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus dos Aflitos - Construída em 1874, um prédio secular com vitrais e imagens belíssimas, Localiza se no Centro da Cidade.
- Sítio Arqueológico da Serra do Pará - Cavernas com mais de 100 pinturas rupestres - localizada na Serra do Pará a 22 km da Sede.
- Mirante da Serra do Pará - Possibilitando visão panorâmica de toda a região.
- Parque Florestal Fernando Silvestre da Silva
Serra do Pará
Descrição do Atrativo: Tendo o seu eixo orientado na direção leste/oeste, com altitude de aproximadamente 750m e altura de 210m em relação a sede do distrito do Pará, do seu alto têm-se uma visão panorâmica da região. A Serra tem seu entorno dominado pela caatinga arbustiva, cactáceas e arvoredos espaçados, além de pequenos trechos com ocorrência de bromélias e algumas palmáceas. Seu trecho mais alto é conhecido como Pedra do Pará, onde está erguido um cruzeiro em madeira de aproximadamente 4m, encimentado em pedestal de alvenaria, onde está localizado um santuário votivo. Abaixo da Pedra encontra-se a Furna e o Sítio Arqueológico do Pará. Localizado mais a oeste da Serra, encontra-se o Sítio Arqueológico do Moreira. Encontra-se em bom estado de preservação e limpeza. A ocupação humana ocorre a cerca de 1Km do atrativo através da sede do Distrito do Pará, assim como a presença do comércio informal.
Panorama da Pedra do Pará: O visual da gigantesca pedra encanta os olhos à medida que se sobe ao cume da rocha. A cada passo a ladeira fica mais íngreme, exigindo mais esforço. No final, duas alegrias compensam o sacrifício: a sensação de ter vencido a caminhada, e a linda paisagem descortinada. De lá podem ser vistos ao pé da serra a vila do Pará e o desenho de muitos imóveis rurais numa região onde predominam as planícies e as pequenas propriedades.
Esporte
Futebol
A cidade possui um time de futebol chamado Ypiranga, que disputa atualmente a 2º Divisão do Campeonato Pernambucano de Futebol.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

ARIQUEMES - RONDÔNIA

Ariquemes é um município brasileiro do estado de Rondônia. Fundado em 21 de novembro de 1977, seu nome é uma homenagem a tribo extinta de indígenas Arikeme, habitantes originais dessa região, estes índios falavam o txapakura, pertencente ao tronco linguístico tupi. Ariquemes é a terceira maior cidade do estado de Rondônia e também um dos maiores polos de educação superior da região.
História
Por volta de 1794, o Vale do Jamari, onde surgiu o núcleo que deu origem ao município de Ariquemes, era conhecido pela abundância de suas especiarias nativas, destacando o cacau e o látex da seringueira. A região habitada por extrativistas e índios possuía vários seringais, principalmente o Seringal Papagaios. Nessa época, a Amazônia era desconhecida.
A ocupação do Vale do Jamari ocorreu por volta de 1900, principalmente durante o primeiro ciclo da borracha, mas sua ocupação efetiva começou a partir de 1909 com a construção da linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antônio do Rio Madeira, uma maratona de muito trabalho e sacrifício, cuja expedição era chefiada pelo Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, em sua terceira viagem pela Amazônia.
Em 1915, essa região foi delimitada pela Resolução nº 735, de 6 de outubro, e denominado 3º Distrito do município de Santo Antônio do Rio Madeira.
O 1° Ciclo da borracha foi um período de grande migração nordestina, com os migrantes ocupando terras e extraindo riquezas naturais, especialmente o látex da borracha, de grande procura internacional por conta da 1° guerra mundial e do crescimento da indústria automobilística.
Emancipações
Em 11 de outubro de 1977, através da Lei nº 6.448, Ariquemes adquire sua emancipação política com a instalação política do município no dia 21 de novembro. Através da Lei nº 6.921, de 16 de junho de 1981, o município cedeu parte da sua área territorial para a criação do município de Jaru. Em 1988, através da lei nº 198 de 11 de maio, o município cedeu área, desta vez para a criação do município de Machadinho d'Oeste. Pelas Leis nº 364, 374, 375, 376 e 378 de 13 de fevereiro de 1992, foram consecutivamente doando áreas para a formação dos seguintes municípios: Jamari (atual Itapuã do Oeste), Alto Paraíso, Cacaulândia, Monte Negro e Rio Crespo. Há também o Garimpo Bom Futuro, um dos distritos do município com aproximadamente 2500 habitantes, localizado a 95 km de Ariquemes.
Crescimento demográfico
Com as altas produções de borracha da Malásia, os seringais amazônicos entraram em decadência somente vindo a recuperar-se com a eclosão da II Guerra Mundial, em 1939, fazendo com que os aliados perdessem os seringais do oriente. A Amazônia via-se envolvida num conflito em função da borracha, iniciando, o segundo ciclo econômico com reflexos em todos os seringais já existentes. Novos imigrantes nordestinos surgem na Amazônia para contribuir com o trabalho na guerra que se desenrolava na Europa e no Oriente.
Na região de Ariquemes, durante o primeiro e segundo ciclo da borracha, havia vários seringais em toda a sua extensão, além do seringal papagaios havia também o seringal Monte Cristo, Seringal Recreio, Seringal Rio Branco, Seringal Massangana, Seringal Nova Vida, Seringal Guarani, Seringal Cajazeira, Seringal São Carlos, Seringal Setenta e Seringal Jaru. Segundo alguns antigos soldados da borracha, residentes em Ariquemes e Jaru, cada área tinha um proprietário que, na maioria das vezes, arrendava os seringais para os seringalistas
Em 13 de setembro de 1943, o presidente Getúlio Vargas, por meio do Decreto Lei nº 5.912, cria o Território Federal do Guaporé, e a região passou a fazer parte do município de Porto Velho como Distrito de Ariquemes. Induzido pelo Governo Federal, houve um fluxo migratório de nordestinos que se transformaram em seringueiros, formando um exercito de "Soldados de Borracha". Terminado o conflito mundial diminuiu o interesse pela borracha Amazônica.
Em 1958 com a descoberta da cassiterita, minério de estanho, novos contingentes migratórios ocorreram vindos de diversos pontos do país. Os garimpeiros se estabeleceram em volta do campo de pouso de aeronaves que escoavam a produção do minério, centralizaram suas moradias e os estabelecimentos comerciais.
Em fevereiro de 1960, o então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, determinou ao Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER), a abertura e construção da estrada que acabou se tornando o leito da BR-364.
No dia 15 de abril de 1970, o Ministério das Minas e Energia proibiu a lavra manual de garimpagem da cassiterita sob argumento de ser predatória, determinando que a exploração das jazidas minerais fossem mecanizadas através de empresas. A partir daí, Ariquemes passou a ser apenas ponto de parada ao longo da BR-364.
Em 1972, Começaram os estudos realizados pelo INCRA nas áreas desapropriadas, que resultaram nos projetos de assentamento "Burareiro" e "Marechal Dutra". A partir de 1975, esses projetos entram em fase de implantação. O crescimento populacional é sentido e envolve a ação conjunta do INCRA, Governo do Território e Prefeitura Municipal de Porto Velho na criação de um planejamento urbano, com vista, a ocupação racional e planejada da área.
Antônio Carlos Cabral Carpinteiro, prefeito de Porto Velho, determinou a transferência da sede do Distrito, localizada às margens do rio Jamari, onde atualmente se localiza o bairro Marechal Rondon, para outra localidade próxima a BR-364, onde foi instalada a cidade planejada dividida em setores: Institucional, Industrial, Comercial e Residencial.
No dia 11 de fevereiro de 1976, a primeira árvore foi derrubada surgindo à Nova Ariquemes. A vila passa a ser chamada de Vila Velha. Houve tentativa de erradicação do vilarejo inicial, visto ser ele cortado ao centro pela BR-364, que lhe servia de eixo. Apesar das tentativas, o povo ali reside e manteve-se em grande parte ocupando a área atualmente incluída no plano urbano que representa uma referência histórica do município. Ainda hoje, pode se encontrar alguns pioneiros da imigração nordestina e seus descendentes do segundo ciclo da borracha, ruínas da instalação do posto telegráfico o mastro, além de alguns móveis, constituindo-se em memória viva daquela época.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 09º54'48" sul e a uma longitude 63º02'27" oeste, estando a uma altitude de 142 metros e uma área territorial de 4.427 km². Está localizado na porção centro-norte do estado, a 203 quilômetros de Porto Velho e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 109.523 habitantes.
Hidrografia
A cidade é rodeada por três grandes rios: o Jamari que é responsável pelo abastecimento de água no município, o Canaã e o Rio Branco ao norte da cidade. Existem também outros pequenos igarapés que cortam os Setores 2, 5, 6, 7, Jardim América e outros.
Clima
O clima de Ariquemes segue a classificação de Köppen, que se a aplica a quase todo o estado de Rondônia, sendo este do tipo equatorial. Este é predominantemente quente e úmido pois consiste basicamente de muito calor e umidade intercalados com um período de seca que pode durar até dois meses.
Economia
Em maio de 2013, Ariquemes, Vilhena e Porto Velho apareceram na revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios entre as 25 melhores cidades do Brasil para se empreender. A cidade de Ariquemes foi apontada por ser o primeiro município do interior com a maior arrecadação estadual, além de ser forte na pecuária, na produção de café, cacau, guaraná e cereais, sem falar de possuir o maior garimpo de cassiterita a céu aberto do planeta. O município reúne ainda inúmeras indústrias de diversos segmentos, gerando uma economia que é divida para uma população que ultrapassa 104 mil habitantes. O comércio de madeira teve grande ênfase antes da forte fiscalização, diminuindo o fluxo no setor.[
Educação
Ensino Superior
O município conta com as seguintes instituições de Ensino Superior: Universidade Federal de Rondônia (UNIR) - Pública; Faculdades Integradas de Ariquemes (FIAR) - Particular; Faculdades Associadas de Ariquemes (FAAR) - Particular; Faculdades de Educação e Meio Ambiente (FAEMA) - Particular e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) - Pública.
Turismo
As principais atrações turísticas de Ariquemes são:
- Cachoeira Descovado: acesso pela ponte do Rio Canaã subindo de voadeira por cerca de 20 minutos. Percurso que proporciona o turista presenciar a diversidade de pássaros, tracajás e a beleza da mata nativa às suas margens, seus bosques naturais, assim como as praias que surgem com a baixa das águas a partir do mês de maio. A paisagem é de uma beleza singular. Outro acesso é pelo Travessão B-40 a aproximadamente cinco quilômetros depois da ponte do Rio Canaã, entrada à esquerda. A cachoeira é uma das mais bonitas do estado de Rondônia, sendo porém pouco conhecida. O local é de aproximadamente 300 metros de cachoeiras e corredeiras. As suas margens são todas de pedra e mata nativa. O local tem gravada um pouco da história de Ariquemes, visto que ainda se encontram por lá trilhos utilizados pelos seringueiros para transportar a borracha, desviando da cachoeira até o barco que era o único meio de transporte na época. Abaixo da cachoeira forma-se uma praia de águas rasas, ideal para camping.
- Rio Quatro Cachoeiras: acesso pela BR-364, a 19 quilômetros sentido Jaru, primeira entrada à direita. Seguindo mais quatro quilômetros, chega-se no rio onde fica a primeira cachoeira. O visual impressiona pela beleza natural. Um barzinho funciona no local diariamente. Há espaço para camping. Descendo o rio há várias corredeiras rasas e alguns pontos mais profundos. Em alguns locais os visitantes aproveitam para fazer pescaria. Em grande parte das margens existem bosques e praias.
- Cachoeira Monte Cristo: localizado no Rio Jamari. O acesso se dá através da-BR 364, Ariquemes sentido Porto Velho, depois da Polícia Rodoviária Federal, cerca de 500 metros à esquerda. O acesso se dá através de uma propriedade particular. Desta forma, é necessário autorização prévia do proprietário. Outro acesso é de barco. No local pode se observar a beleza do rio e das matas. É apropriado para pesca esportiva, já que há várias espécies de peixes, entre os quais se destacam o peixe cachorro, tucunaré, piranha e vários outros. O local tem uma forte corredeira e a profundidade é variada e incerta, o que o torna desapropriado para banho. Do outro lado tem a praia de areia onde a água é mais calma, com mata nativa nas margens.
- Cachoeira Batistão: localizado no Rio Branco, acesso pela RO-257, Ariquemes sentido Machadinho do Oeste, a nove quilômetros, na entrada do IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia). A visitação deve ser previamente agendada com a direção do Instituto, já que a área pertence a esta instituição. São aproximadamente 250 hectares de mata nativa que vem sendo preservada e utilizada para realização de turismo pedagógico. Conta com trilhas e uma certa quantidade de árvores catalogadas. No local, além da cachoeira, existe uma grande variedade de pássaros, aves e animais silvestres. Os alunos e professores do Instituto fazem o trabalho de guias e orientam os visitantes sobre a importância da preservação do meio ambiente . As visitas são abertas ao público em geral, desde que com autorização e total respeito à natureza. O acesso a cachoeira é por trilha de aproximadamente 500 metros de extensão. O balneário é um verdadeiro paraíso em meio a floresta, com cachoeira e corredeiras rasas que se espalham nas pedras. Em suas margens há um belo bosque em meio a mata nativa.
Praças e parques
As principais praças e parques da cidade são: Praça do Açaí - Setor 2; Praça da Vitória - Setor 1; Praça Setor 5; Praça Setor 6; Praça Setor 9; Praça Setor 10; Praça Setor 11; Lagoa Quero Quero - Jardim Europa; Praça Marechal Rondon (Bairro Marechal Rondon); Parque Botânico Municipal e Praça da Bíblia.
Esporte e lazer
Ariquemes conta com uma infraestrutura para a prática esportiva, com ginásios de esportes e quadras cobertas na maioria dos bairros. A nível de futebol o Ariquemes FC é bicampeão estadual e depois de alguns anos praticamente falido voltou a se reabilitar no ano de 2007 saindo da segunda divisão e classificando-se para a primeira divisão estadual. O Ariquemes FC foi vice-campeão estadual em 2011. Os principais pontos de lazer da cidade são na Avenida Canaã, com restaurantes e lanchonetes. A cidade também possui boates, cachaçarias, cinema e danceterias.
Durante o meio do ano, aproximadamente no fim do mês de julho acontece em Ariquemes, no Parque de Exposições, a Expoari, a maior festa de rodeio de Rondônia. São nove dias de evento, onde ocorrem vários shows musicais, com artistas de todo o país.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

PIRAQUARA - PARANÁ

Piraquara é um município do estado do Paraná, no Brasil. Faz parte da chamada Grande Curitiba e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 114.970 habitantes.
Piraquara, com seus mananciais, é área de proteção ambiental e responsável por cinquenta por cento do abastecimento de água da grande Curitiba. O aniversário da cidade é em 29 de janeiro e seu padroeiro é Senhor Bom Jesus dos Passos e na comemorações, realiza anualmente a Festa do Carneiro no Rolete. O município abriga o maior complexo penitenciário do Paraná.
Etimologia
"Piraquara", segundo Silveira Bueno e Eduardo de Almeida Navarro, é um vocábulo indígena que significa "toca dos peixes". Do tupi pirá: peixe e kûara, buraco, cova, cavidade, esconderijo. Outra interpretação traduz como "comedor de peixe", isto é, "pescador". De pirá: peixe; e guara: comedor.
História
Antes da chegada dos primeiros europeus à região atualmente ocupada pelo município de Piraquara, esta era frequentada, durante o verão, por índios carijós (um ramo dos índios guaranis) que viviam durante a maior parte do ano no litoral. O povoamento de origem europeia dos Campos Gerais de Curitiba teve início por volta de 1660, nos trabalhos de mineração à procura de ouro realizados pelos bandeirantes, vicentistas e portugueses. Arraial Grande foi um dos núcleos fundados por mineradores: dele, se originaram Curitiba, o atual município de São José dos Pinhais e o de Piraquara.
O mineiro Manoel Picam de Carvalho, um dos pioneiros da colonização do município de Araucária, acompanhando as lutas pela procura do ouro no planalto curitibano, fundou, por volta de 1700, uma fazenda, formando um pequeno arraial de mineração no local onde hoje se encontra o município de Piraquara. Em 1731, Manoel Picam de Carvalho vendeu a sua fazenda a Antônio Esteves Freire e a dona Isabel da Serra, sua sogra. Naquela época, havia diversas fazendas nas vizinhanças que, em conjunto, formavam um povoamento que recebeu a denominação de Piraquara.
Apesar de sua antiguidade, o povoado de Piraquara permaneceu estacionário durante muitos anos, como parte integrante do Distrito Policial, depois Município de São José dos Pinhais. Seu progresso, especialmente nos setores da agricultura e da pecuária, iniciou-se com a vinda de imigrantes europeus, principalmente italianos, que em 1878 ali chegaram em número aproximado de 350 pessoas e fundaram a Colônia Santa Maria, atual Nova Tirol. Outro fator de progresso da localidade foi, em 1885, a inauguração da Estrada de Ferro do Paraná, ligando o litoral paranaense a Curitiba, com os trilhos passando por Piraquara, na qual foi construída uma estação.
Em 1885, a povoação foi elevada a freguesia, com a denominação de Senhor Bom Jesus de Piraquara. Em 1890, passou à condição de vila, desmembrada de São José dos Pinhais e com a nova denominação de "Deodoro" em homenagem ao marechal Manoel Deodoro da Fonseca. Ainda em 1890, foi criado o município, com sede na Vila Deodoro, que voltou a denominar-se Piraquara em 1929.
Economia
A estação de trem, aberta em 1885, fez surgir em seu entorno o povoado: serrarias e engenhos de mate ali se instalaram. As araucárias, abundantes na região, foram durante muito tempo o principal motivador econômico.
Contudo, na atualidade, o município possui um dos mais baixos IDHs da Grande Curitiba e caracteriza-se como cidade dormitório. Por situar-se na área de proteção ambiental da Bacia do Rio Iraí, as atividades industriais da cidade possuem inúmeras restrições legais e ambientais, o que acaba limitando o desenvolvimento econômico do município.
Nos últimos anos a cidade tem investido no turismo de aventura e no agroturismo, além de fazer parte da Rota do Pinhão.
Turismo
São destaques no turismo de Piraquara:
- Restaurante Obra Prima - construção de 1923
- Centro Histórico - no Centro Histórico de Piraquara, é possível se conhecer as antigas casas dos operários da estrada de ferro que corta o Centro da cidade, além dos antigos prédios como o Armazém, o Casario, a antiga prefeitura e a Igreja Matriz.
- Circuito Trentino - a cidade foi o único município paranaense a receber imigrantes do Trento; a Colônia Imperial Santa Maria do Novo Tirol da Boca da Serra foi fundada em 1878, por 59 famílias trentinas. Neste local, é possível se conhecer as tradições dos antigos imigrantes, resgatando a cultura e as tradições de tal região, além do intercâmbio tecnológico e o agro turismo.
- Festa do Carneiro no Rolete - evento que ocorre na Colônia Santa Maria do Novo Tirol, o almoço oferece pratos típicos como paleta, linguiça, risoto e sanduíche com hambúrguer de carne de carneiro. À tarde, é oferecido café colonial. Uma missa na Igreja Nossa Senhora da Assunção também faz parte da festa, além de shows com músicos locais e feira de produtos como queijo, linguiça, vinho, mel, conservas, geleias e sucos.
- Baile do Pato - o baile foi criada em 1958 por Heinrich de Souza e tem esse nome devido à comida servida: pato assado. Heinrich, descendente de alemães, era conhecido como Souza e faleceu em 2002. Na década de 1980, os bailes ali realizados tinham grande afluxo de público A casa encerrou suas atividades em 2019.
- Reservatório do Carvalho - o Reservatório do Carvalho e primeiro sistema de abastecimento da capital paranaense.
- Cemitério - o Cemitério Assunção foi fundado em 1880 por italianos.
Cidades-Irmãs
- Fiera di Primiero, Trentino-Alto Ádige, Itália.
- Canal San Bovo, Trentino-Alto Ádige, Itália.
- Imer, Trentino-Alto Ádige, Itália.
- Mezzano, Trentino-Alto Ádige, Itália.
- Siror, Trentino-Alto Ádige, Itália.
- Tonadico, Trentino-Alto Ádige, Itália.
- Transacqua, Trentino-Alto Ádige, Itália.
- Sagron Mis, Trentino-Alto Ádige, Itália.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

PATOS - PARAÍBA

Patos é um município brasileiro do estado da Paraíba. É o quarto município mais populoso do estado, com uma população de 108.192 habitantes, conforme estimativa de 2020. É uma importante cidade de sua região, sendo classificada como centro sub-regional.
Localiza-se no Vale do Rio Espinharas, circundado pelo Planalto da Borborema a leste e sul, e pelo Pediplano sertanejo a oeste. Originou-se do povoado dos Patos, desmembrado da Freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pombal em 6 de outubro de 1788.
História
Até meados do século XVII, toda a zona que abrange o território do atual Município de Patos era habitada pelos índios Pegas e Panatis.
Os primeiros elementos civilizadores a penetrarem a região foram os membros da família Oliveira Ledo, que fundaram algumas fazendas de gado, tendo encontrado forte resistência por parte dos gentios. Pouco a pouco foram os nativos obrigados a abandonar a região, à medida que seus domínios eram conquistados pelos brancos.
Depois das fazendas de gado fundadas por Oliveira Ledo, outras foram sendo formadas por colonizadores portugueses, que ali se estabeleceram com seus escravos.
O lugar primeiramente devassado chamava-se Itatiunga, nome dado pelos gentios que significa "pedra branca". Mais tarde, passou a chamar-se Patos.
Segundo a tradição, a denominação de Patos originou-se do nome de uma lagoa, hoje aterrada, situada às margens do rio Espinharas, a qual era conhecida por Lagoa dos Patos, em virtude da grande quantidade dessas aves ali existentes.
Em 1752, o Capitão Paulo Mendes de Figueiredo e sua mulher Maria Teixeira de Melo, que residiam nos sítios de Patos e Pedra Branca, doaram parte de suas terras a Nossa Senhora da Guia. É nessas terras que está edificada a cidade de Patos.
Em 28 de novembro de 1768 foi ratificada essa doação pelos herdeiros de Paulo Mendes de Figueiredo, tendo início a construção da capela em 1772. Nos seus arredores começou a surgir a povoação, que se incorporou à Freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pombal.
Com o desenvolvimento que foi tendo a povoação, a 6 de outubro de 1788, por Provisão Régia, n.° 14, foi criada a Paróquia de Patos.
Regimes, revoluções e ditaduras
Revolução Pernambucana
Em 1817, a tranquilidade da futura Vila Imperial dos Patos foi quebrada pela efervescência da Revolução Pernambucana, que culminaria no movimento denominado Confederação do Equador. O vigário de Pombal, José Ferreira Nobre, assumiu a função de propagá-lo em todo o Sertão da Província da Paraíba. Como único caminho que ligava o interior ao mundo civilizado, Patos também se tornou rota dos revolucionários, que objetivavam proclamar uma república baseada na constituição da Colômbia.
Confederação do Equador
Na manhã de 7 de setembro de 1824, transitam pela povoação dos Patos, presos, com destino ao Recife, os implicados nos movimentos separatistas, entre eles o Frei Caneca. No diário do famoso revolucionário, com relação à escala comitiva em Patos, consta um jantar, na casa do vigário Antônio da Silva Costa, destacando a afabilidade do anfitrião. Dormiram na Cacimba dos Bois, em duas léguas e meia de distância. Frei Caneca elogiou as estradas da região e criticou o proprietário da fazenda Conceição do Estreito, ao qual atribuiu o adjetivo de somítico e acrescentou: "Nesta jornada passamos pela chamada Passagem, cuja atmosfera, ventanias, ervas e prospectos são da praia do mar".
Na passagem por Patos, não sabia o frade herói que estava prestes a ser executado, fato consolidado, em 13 de janeiro de 1825, na Fortaleza das Cinco Pontas, em Recife.
Geografia
Relevo e solo
95% do relevo é plano e, a exemplo do que ocorre na maior parte da Paraíba, as rochas são resistentes e bastante antigas, remontando a era pré-cambriana, com mais de 2,5 bilhões de anos, formando um complexo cristalino, com o favorecimento da ocorrência de metais, não metais e gemas. Os aspectos geomorfológicos do município encaminham a classificação de depressão, com o registro de pequenos declives, oscilando entre 240 e 580 metros de altitude, predominância de relevos ondulados e baixa amplitude térmica. Há também, a presença isolada de inselbergs, dentre eles os serrotes: Espinho Branco, Trapiá, Serra Negra, Onça, Pia, Pilões e Pedro Agostinho.
O solo é raso e pedregoso, rico em cálcio, fósforo e potássio, apresentando uma deficiência em materiais orgânicos, o que o torna alcalino, pelo fato de estar mais exposto à erosão, o que lhe causa a diminuição da capacidade de retenção de água. O processo de desertificação, peculiar em grande parte das áreas do município, resulta da variação climática e, de modo mais intenso, da ação humana. Fatores como a derrubada das florestas e matas ciliares, somados às tradicionais queimadas, acabaram contribuindo com a remoção de nutrientes, absorvidos pelas partículas minerais (argilas) e orgânicas (húmus), ou em solução, como o nitrogênio, geralmente levados pelas enxurradas. O consumo desenfreado dos recursos naturais, notadamente da vegetação nativa, tem provocado problemas ambientais de grande monta. Atividades agropecuárias desenvolvidas ao longo de séculos, em bases insustentáveis, modificaram o cenário sertanejo, com ulcerações nos tecidos ecológicos naturais e perda de grande parte da fertilidade da terra. Com ausência de cobertura vegetal, a radiação desseca o solo, promovendo a sua aridez, aflorando a camada pedregosa à superfície e dificultando o desenvolvimento do sistema radicular e das atividades microbianas, capazes de melhorar os padrões químicos e de fertilidade
Hidrografia
O município faz parte da Bacia Hidrográfica do Piranhas, umas das nove existentes no Nordeste, e é cortado por três rios: o Farinha, que nasce no município de Salgadinho e percorre Areia de Baraúnas, Passagem e Cacimba de Areia, recebendo água de montante nos municípios de Quixaba, São Mamede e da Serra de Teixeira; o Cruz, que surge no maciço Teixeira, município de Imaculada, e atravessa Mãe d'água, se encontrando com o primeiro à altura do bairro de Santo Antônio, onde forma o principal curso de água temporário, o Rio Espinharas, que corta a cidade no sentido sul-norte. A sub-bacia recebe águas dos afluentes Sabonete e São Franciso e também dos seguintes riachos: das Moças, de Firmino Gayoso e das Bastianas, nos municípios de Santa Terezinha e São José do Bonfim.
Clima
O clima de Patos é semiárido quente (tipo Bsh na Classificação climática de Köppen-Geiger), quente e seco, com poucas chuvas. A temperatura média compensada anual é de 27,6 °C e o índice pluviométrico de 764 milímetros (mm), com chuvas concentradas entre janeiro e abril.
Vegetação
A vegetação predominante é a Caatinga, bioma ambiental, exclusivamente brasileiro, perfeitamente adaptado ao clima quente e seco, bastante sofrido pela degradação e intempéries. Na estiagem a maioria das plantas perdem as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados, enquanto no inverno o verde reaparece como num toque de mágica, em poucos dias do início das precipitações. Há uma variedade de espécies. Na flora, as mais comuns são: jurema-preta (Mimosa tenuiflora), angico (Anadenanthera colubrina), catingueira (Caesalpina pyramidalis), pereiro (Aspidospema pyrifolium), baraúna (Schinnopsis brasiliensis), xique-xique (Piloscereus gounellei) e aroeira (Myracrodruon nurundeuva). Na fauna são mais de mil tipos, incluindo alguns ameaçados de extinção: onça, gato do mato, veado-catingueiro, preá, gambá, cascavel, mocó, tamanduá, tatu-peba, canário, gavião, asa branca, etc.
A expansão imobiliária que restringiu, consideravelmente, a área rural de Patos, somada a exploração da madeira, de forma extrativista, na fabricação de carvão e suporte de lenha e madeira para o consumo residencial e das indústrias, sem ações voltadas para a reposição de plantéis, foram fatores que deixaram à beira da desertificação, fato que passou a exigir a inserção de um plano de manejo, em defesa da fauna e da flora na região.
Recursos minerais
No âmbito histórico, encontra-se na região de Patos um grande potencial extrativista, por conta da dimensão de sua extensão territorial, compreendendo as áreas inseridas nos atuais municípios de São José de Espinharas e Salgadinho, emancipados em 1961, onde se concentravam as principais jazidas do Sertão da Paraíba. No primeiro distrito, em 19 de março de 1943, o cidadão Moisés Quirino de Medeiros chegou a ser autorizado, pelo Decreto 12.023, a pesquisar scheelita numa área de dez hectares, situada no sítio Pitombas.
Também, em São José de Espinharas, o urânio foi descoberto na segunda metade do século XX, através de pesquisas realizadas por um grupo de engenheiros, de nacionalidade indiana, japonesa, alemã e australiana, capitaneado pela Empresa Nuclear Brasileira, que identificou a presença de uma grande reserva do metal radioativo, mas descartou a viabilidade de exploração pelos riscos que essa atividade poderia causar a saúde da população.
Em 1980, vislumbra-se uma das mais impressionantes descobertas das gemas, no distrito de São José da Batalha, nos domínios territoriais de Salgadinho, sob a supervisão de Heitor Barbosa, com o primeiro achado, oito anos após o início da atividade, da Turmalina Paraíba.
No potencial que continuou inserido no espaço territorial de Patos, vale registrar uma correspondência encaminhada por lideranças políticas ao presidente Jânio Quadros, em 1961, pleiteando a implantação de uma fábrica de cimento na cidade, para a utilização do calcário existente. A partir da segunda metade da última década do século XX, com a implantação da Mineração, Indústria e Comércio de Argamassas Itatiunga Ltda, na área rural denominada Trapiá, é que passou a ter, efetivamente, a exploração dessa matéria-prima, dentro dos conceitos ambientais permitidos por lei, redundando em consideráveis ganhos à construção civil e economia local.
Economia
Patos está inserida entre as cidades de interior que mais crescem em todo o Brasil, conquistando a 16ª colocação no ranking dos 20 municípios que devem apresentar maior consumo entre 2010 e 2020. Levantamento realizado pelas empresas McKinsey e Geomarketing Escopo teve por objetivo, mapear o consumo e as novas perspectivas de mercado e a capital do sertão paraibano, empatou com importantes cidades como Caruaru (PE), Corumbá (MS) e Itaituba (PA). Patos também foi apontada como 3° maior potencial de consumo da Paraíba subindo 28 posições em comparação com 2013, ultrapassando Santa Rita e perdendo apenas para a capital (R$ 13,3 bilhões) e Campina Grande (R$ 6,5 bilhões), sendo também a 327ª colocação no ranking nacional segundo o IPC Maps, com a previsão de R$ 1,371 bilhão de consumo – um incremento de R$ 200 milhões em relação a 2013.
Patos ocupa a 6ª posição no PIB (Produto Interno Bruto) no estado da Paraíba, atrás apenas de João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Santa Rita, Bayeux com R$ 692,747 milhões, em 2010, um acréscimo nominal de 12,6%. Vale salientar que a Região Metropolitana de Patos ocupa a 3ª posição no PIB no estado da Paraíba, atrás apenas das regiões metropolitanas de João Pessoa e Campina Grande, respectivamente.
Tem seu ponto forte o comércio, o qual deixa sua população flutuante em torno de 130 mil pessoas. Em épocas festivas como o São João, o fluxo de turistas eleva a população para 200 mil pessoas aproximadamente. É também considerada a cidade de melhor distribuição de renda e estrutura urbana, com baixíssimos índices de violência urbana.
Cidade rica em minério e centro de comercialização da agricultura regional, Patos destaca-se como um dos municípios de mais rápido desenvolvimento industrial do sertão paraibano. Patos é um município do estado da Paraíba, localizado à margem esquerda do Rio Espinharas. Tem uma altitude de 242m e clima semiarido e quente. A economia baseia-se na cultura do algodão e do feijão. As principais indústrias são as de calçado, extração de óleos vegetais e beneficiamento de algodão e cereais. Tem grande riqueza mineral, com jazidas de mármore cor-de-rosa e ocorrências de ouro, ferro, calcários e cristal de rocha. Patos liga-se a todo o Nordeste e ao Sul por ferrovia e rodovias.
Dados do Sistema Público de Emprego do Ministério do Trabalho apontam que o município de Patos possui atualmente um total de 9.902 trabalhadores em atividade no mercado formal do trabalho.
Os dados incluem todas as atividades do setor privado, a exemplo de Comércio e Serviços, Indústria de Transformação, Construção Civil, Agropecuária, Serviços Industriais de Utilidade Pública e o Extrativismo Mineral, assim como os trabalhadores formalizados nas repartições públicas municipais, estaduais e federais.
Dos 9.902 trabalhadores com vínculo efetivo em Patos, 5.731 são homens, o que corresponde a 57,87% do total, enquanto 4.171 são mulheres, o que equivale a 42,13% de toda a mão de obra. Os dados incluem apenas a realidade do mercado de trabalho patoense, até o ano de 2010, uma vez que o Sistema é atualizado a cada ano.
Na distribuição por segmento, comércio e serviços aparece com 5.638 (56,93%) dos empregos formais, seguido da administração pública com 1.760 trabalhadores regulares, ou 17,77%, e da Indústria de Transformação, que tem segundo o Ministério do Trabalho, 1.539 trabalhadores, ou 15,54% do total.
Turismo
O turismo em Patos ainda é uma atividade subdesenvolvida e resume-se ao turismo religioso, em uma escala pequena e, o turismo de eventos, no período junino. Os principais pontos turístcos são: Parque Cruz da Menina; Fundação Ernani Sátiro; Matriz de Nossa Senhora da Guia; Centro Cultural Amaury de Carvalho e Terreiro do Forró, no período das festas juninas.
Esporte
O município possui dois times de futebol: Nacional Atlético Clube (conhecido como o "Canarinho do Sertão") e Esporte Clube de Patos (conhecido como "O Terror do Sertão"). O único estádio da cidade é o Estádio José Cavalcanti.
As maiores torcidas da cidade, de acordo com o Instituto Patoense de Pesquisas e Estatística (INNPE), são as seguintes: Flamengo (42%), Vasco (17%), Corinthians e Palmeiras (8,5%), São Paulo (6,5%), Fluminense e Botafogo (4%), demais grandes times (1% cada um).
Ginásios - Ginásio Municipal O Rivaldão; AABB; Sesc e Sesi
Eventos e datas comemorativas
Feriados municipais
- 24 de junho, festas juninas São João.
- 24 de setembro, dia da padroeira Nossa Senhora da Guia.
- 24 de outubro, aniversário da cidade.
- 8 de dezembro, Nossa Senhora da Conceição.
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

PARAGOMINAS - PARÁ

Paragominas é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente à mesorregião do Sudeste Paraense. Localiza-se na Região Norte do país. Sua população estimada em 2019 era de 113.145 habitantes. Possui uma área de 19.352,254 km².
História
Na década de 1950, a colonização do município de Paragominas foi efetivada por camponeses, que chegaram à região, antes da construção da rodovia Belém-Brasília. Em 1958, precisamente com o desbravador Ariston Alves da Silva, quando atravessou a bacia do Capim e estabeleceu primeira plantação de arroz. Seguidos pelas companhias colonizadoras: Colonizadora Belém Brasília, Colonizadora Marajoara e Cidade Marajoara, que não obtiveram êxito.
Mais tarde, o governo federal divulgou a instalação de uma colônia federal na região, que nunca chegou a se estabelecer, bem como os planos estaduais para a formação de duas colônias naquele território.
Registra-se, também, que antes mesmo da chegada dos camponeses, com autorização do Governo do Estado, empresários de Goiás haviam penetrado na floresta, ao longo do rio capim, com o objetivo de efetuar levantamentos e titular terras para compradores de Uberaba, em Minas Gerais, e Itumbiara, em Goiás.
Posteriormente, a proximidade da estrada Belém-Brasília provocou uma grande procura pela terra entre proprietários de Minas Gerais e Espírito Santo, além de companhias de especulação de terras de São Paulo, ao mesmo tempo em que camponeses penetravam em terras da região, com o objetivo de enfrentar a competição com os “grileiros”, que emitiam títulos falsos e os asseguravam, através do uso da força.
Houve uma rápida concentração de propriedade, nesse clima de violência, e as tentativas de colonização fracassaram.
O município obteve autonomia em 1965, com a Lei nº 3.235, de 4 de janeiro, formado com área desmembrada de parte do distrito de São Domingos do Capim e parte do distrito de Camiranga, que pertencia ao Município de Viseu.
Em 10 de maio de 1988, através da Lei nº 5 450, teve sua área desmembrada para criação do Município de Dom Eliseu, antigo povoado chamado Felinto Muller, que foi elevado à condição de distrito.
O município também atraiu na década de 1990 e ainda no início do século XXI uma expressiva massa imigratória de sulistas, dos quais alguns eram empresários do setor de agricultura e muitos desempregados que tentavam uma vida melhor com emprego e custo de vida baixo.
Cultura
Um dos eventos de maior importância cultural e econômica na cidade é a feira Agropecuária (Agropec), conhecida localmente como "exposição" ou "feira agropecuária'', acontece anualmente em agosto, e envolve além da exposição de gado, móveis, máquinas e automóveis para venda.
Economia
A cidade vem recebendo uma significativa quantidade de migrantes de outras regiões brasileiras impulsionados pela presença, na cidade, da mineradora Hydro. A notícia sobre a presença dessa empresa na cidade atraiu milhares de pessoas que buscavam oportunidades de emprego. Além da Hydro, várias outras empresas de grande porte começaram a se instalar no município.
Em 2008, o então prefeito Adnan Demachki lançou o projeto Paragominas Município Verde que revolucionou o município e tornou-a modelo para toda a Amazônia como cidade sustentável. No mandato do prefeito Adnan foram construídos os 3 cartões postais da Cidade, o Parque Ambiental Adhemar Monteiro, o Lago Verde e o Estádio Municipal.
No final de 2010, instalou-se em Paragominas a primeira fábrica de MDF das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. O produto é feito a partir de madeira reflorestada, o que garante o desenvolvimento sustentável da região. Está em fase de implantação no município uma termoelétrica que funcionará a partir da queima do pó de serra; a previsão é que esta entre em operação em junho de 2012.
Paragominas é sede da 1ª Cooperativa de Energia Renovável do Brasil, a Cooperativa Brasileira de Energia Renovável - COOBER, fundada no dia 24 de fevereiro de 2016, por 23 cooperados e presidida por seu idealizador e cooperado Raphael Sampaio Vale.
O município também está incluído no projeto da Ferrovia Norte-Sul. Instalou-se também a empresa de alimentos naturais e cosméticos, VOE Superfoods, com filial na Oceania, afim de englobar a agricultura familiar ao contexto urbano Nacional, uma empresa inteiramente Brasileira, que vide conciliar o contexto Brasileiro aos demais países através de seu projeto.
Educação
Estão instaladas no município diversas instituições de ensino superior, entre elas a Universidade do Estado do Pará - UEPA, o Instituto Federal do Pará - IFPA, a Universidade Paulista - UNIP (polo EaD), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Universidade Internacional (UNINTER) EaD e a Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA. A UFRA destaca-se pela oferta de vários cursos que contribuem para o desenvolvimento regional, como Administração, Engenharia Florestal, Zootecnia, Agronomia e Sistemas de Informação (a partir de 2018). 
Referência para o texto: Wikipédia .