sábado, 13 de dezembro de 2025

SÃO LUÍS DE MONTES BELOS - GOIÁS

São Luís de Montes Belos é um município brasileiro do estado de Goiás, situado na região Centro-Oeste do país. Localiza-se a aproximadamente 120 quilômetros de Goiânia, integrando o sudoeste goiano. Sua população, conforme estimativas do IBGE de julho de 2025, era de 35.288 habitantes. 
O município é considerado um dos principais polos comerciais e educacionais do sudoeste goiano, servindo como centro de referência para cidades vizinhas. Sua economia baseia-se principalmente na pecuária leiteira, na agricultura (com destaque para o cultivo de soja e milho) e no setor de serviços. 
O território municipal apresenta relevo suavemente ondulado e é banhado por pequenos córregos afluentes do rio Fartura, inserindo-se no bioma Cerrado. O clima é tropical, com verões chuvosos e invernos secos. 
História
O povoamento da região de São Luís de Montes Belos teve início por volta de 1857, em uma fazenda homônima pertencente à família de José Netto Cerqueira Leão Sobrinho, considerado o fundador do município. O nome “Montes Belos” faz referência às serras de picos delgados que cercam a área e ao nome da fazenda original. 
Em 1953, o governo de Goiás determinou a construção de uma estrada ligando o centro do estado à região sudeste e ao Mato Grosso, atravessando o território onde mais tarde se formaria a cidade. Durante as obras, os engenheiros João Neto de Campos Carneiro e Vicente Ferreira Adorno nomearam serras, córregos e rios conforme acontecimentos e datas do período. 
Com o fim do Estado Novo e a nova Constituição estadual, criou-se a possibilidade de instituir novos municípios e distritos. Até então, a região integrava o distrito de Mossâmedes, pertencente à Cidade de Goiás. José Netto, que era vereador nesse município, liderou o movimento pela emancipação após disputas territoriais com Firminópolis, que buscava tributar as fazendas locais. Em julho de 1948, ele reuniu os moradores da região para iniciar o processo emancipatório. 
Após apresentar o pedido à Câmara Municipal e ao prefeito de Goiás, Hermógenes Coelho, José Netto recebeu autorização para conduzir a criação do novo município. Com o apoio da população, foram adquiridas novas terras nos arredores da antiga fazenda, e erguidas as primeiras edificações, como ranchos, armazéns, uma farmácia, um açougue e uma cadeia, às margens do córrego Barreirinho. 
A lei de emancipação foi votada em 4 de outubro de 1948, e a instalação oficial do município ocorreu em 17 de janeiro de 1949, marcando o início da vida administrativa de São Luís de Montes Belos. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de São Luís de Montes Belos (ex povoado) pela Lei Municipal n.º 19, de 04 de outubro de 1948, subordinado ao município de Goiás. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o distrito permanece no município de Goiás. 
Elevado à categoria de município com a denominação de São Luís de Montes Belos, pela Lei Estadual n.º 805, de 12 de outubro de 1953, desmembrado de Goiás. Sede no atual distrito de São Luís de Montes Belos. Constituído do distrito sede. Instalado em 1º de janeiro de 1954. 
Pela Lei Municipal n.º 41, de 20 de janeiro de 1958, é criado o distrito de Rosalândia e anexado ao município de São Luís de Montes Belos. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído de 2 distritos: São Luis de Montes Belos e Rosalândia. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2017.
Geografia
A altitude da sede do município é de aproximadamente 579 metros acima do nível do mar. 
Relevo
O relevo apresenta-se predominantemente plano a ondulado, com algumas elevações suaves (“montes belos”) visíveis nos arredores; não há grandes serras ou altitudes extremas, mas o terreno tem elevação média compatível com os planaltos do interior de Goiás.
Solo
Em relação ao solo, há predominância de solos típicos do Cerrado: latossolos, neossolos, solos de características médias ou arenosas em áreas de relevo mais suave, solos mais profundos nos vales, solos menos férteis em encostas ou partes mais rasas. Estes solos respondem bem à correção e à irrigação, permitindo cultivo diversificado.
Vegetação
São Luís de Montes Belos está inserido no bioma Cerrado, com vegetação típica de cerrado sensu stricto, campo sujo, e matas de galeria nos cursos de água. As áreas de pastagem e uso agrícola ocupam partes do território, com fragmentos preservados de vegetação nativa nos arredores, especialmente em áreas de relevo menos alteradas. A vegetação remanescente serve de corredor ecológico e proteção de mananciais.
Clima
Em São Luís de Montes Belos, a estação com precipitação é opressiva e de céu encoberto; a estação seca é de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o clima é quente. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 16 °C a 34 °C e raramente é inferior a 12 °C ou superior a 38 °C. 
As melhores épocas do ano para visitar São Luís de Montes Belos e realizar atividades de clima quente são do fim de abril ao meio de maio e do meio de julho ao fim de setembro. 
A estação quente permanece por 1,7 mês, de 21 de agosto a 10 de outubro, com temperatura máxima média diária acima de 33 °C. O mês mais quente do ano em São Luís de Montes Belos é setembro, com a máxima de 34 °C e mínima de 20 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,7 meses, de 21 de novembro a 13 de fevereiro, com temperatura máxima diária em média abaixo de 31 °C. O mês mais frio do ano em São Luís de Montes Belos é junho, com a mínima de 16 °C e máxima de 31 °C, em média. 
Educação
Na área educacional, o município destaca-se pela presença da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que mantém unidade universitária em São Luís de Montes Belos oferecendo cursos de graduação e extensão em diversas áreas do conhecimento. Além disso, conta com faculdades privadas e uma rede consolidada de escolas públicas municipais e estaduais, atendendo também estudantes de cidades vizinhas. 
Economia
A economia de São Luís de Montes Belos baseia-se na pecuária leiteira e de corte, na agricultura e no setor de serviços, com o município atuando como polo de apoio a cidades vizinhas no sudoeste goiano. 
Há presença de indústrias de transformação, com destaque para os ramos de confecção têxtil, beneficiamento de produtos agropecuários e fabricação de artigos médico-hospitalares. 
O comércio varejista e os serviços (financeiros, educacionais e de saúde) têm participação relevante na dinâmica local, refletindo o papel do município como centro regional de circulação de bens e serviços. 
Saúde
O município conta com unidades estaduais e municipais que atendem à população local e a cidades vizinhas pelo SUS. 
A principal estrutura de saúde é o Hospital Estadual de São Luís de Montes Belos – Dr. Geraldo Landó, referência regional para urgência, emergência e internações. O hospital dispõe de pronto-socorro, centro cirúrgico e leitos de internação, realizando atendimentos 24 horas. 
A cidade também abriga a Policlínica Estadual Ismael Alexandrino Pinto, inaugurada em 2020, que oferece consultas especializadas, exames e procedimentos ambulatoriais para a região oeste de Goiás. 
Além dessas unidades, o município possui rede de atenção básica composta por postos de saúde, unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF) e serviços municipais de apoio e prevenção.
Turismo
São Luís de Montes Belos possui diversos atrativos naturais, paisagísticos e culturais que chamam a atenção de visitantes da região: 
- Mirante da Serra de Montes Belos - ponto elevado com vista panorâmica da cidade e das serras ao redor, frequentemente citado como cartão-postal do município. 
- Espelho D’Água - lago/espelho d’água na principal avenida da cidade, elemento paisagístico e ponto de recepção a visitantes. 
- Lago Municipal Josias Alves - lago urbano destinado à contemplação, caminhadas e lazer. 
- Parque de Exposições Oscar Moreira - local das principais festas e eventos do município, como a Agro São Luís, maior festa de pecuária da cidade. 
- Praça Dom Stanislau Van Mellis - localizada na região central da cidade, é um dos principais espaços públicos de convivência de São Luís de Montes Belos. A praça foi revitalizada em 2024, recebendo novo paisagismo, iluminação moderna e áreas de lazer, tornando-se ponto de encontro de moradores e visitantes.
- Parque Municipal/Parque Ecológico - áreas verdes com trilhas e espaços de convivência. 
- Igreja Matriz de São Luís Gonzaga - templo central de relevância histórica e urbanística.
- Trilhas e caminhadas - incluem a Travessia dos Montes Belos (cerca de 12,8 km) e o percurso ao Mirante do Morro da Antena (cerca de 3,6 km), usados por praticantes de trekking.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE; Weather Spark .

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

RIO PRETO DA EVA - AMAZONAS

Rio Preto da Eva é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Manaus, no estado do Amazonas. Está situado a 50 km da capital amazonense via terrestre e 37 km em linha reta. Sua população, de acordo com o censo de 2022, do IBGE, era de 24.936 habitantes.
História
A história do município de Rio Preto da Eva é fortemente ligada ao município de Manaus. 
Sede de capitania em 1791, perdendo este título em 1799 e recuperando definitivamente em 1808, atual capital do Estado foi elevada a cidade em 1856, quando contava com cerca de 4.000 habitantes. Na última década do século passado e nas primeiras décadas do atual, a região conheceu notável surto de prosperidade, com a fase áurea da borracha. A urbanização da cidade ganhou características europeias, surgindo construções grandiosas, como o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça e outros prédios e lugares luxuosos. 
Com o declínio econômico, a região passou a viver fase de prolongada recessão, invertendo-se a tendência a partir da criação da Zona Franca de Manaus e do Distrito Industrial. Como reflexo dessa fase de desenvolvimento, a área periférica da capital passou a ostentar maior envergadura econômica e social. Dando expressão política a essa realidade emergente, a Emenda Constitucional n.º 12, de 10 de dezembro de 1981, desmembrou de Manaus a então colônia do Rio Preto da Eva, que com território adjacentes de Itacoatiara e Silves, veio a constituir o Município Autônomo de Rio Preto da Eva. 
O município Rio Preto da Eva é um dos mais recentes municípios criados no estado do Amazonas, cuja instalação deu-se pela segunda vez em 1981. A maioria do povo de Rio Preto da Eva é da religião católica. 
A Lei n.º 1, de 12 de abril de 1961, eleva à categoria de município pela primeira vez, sob o Governo de Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo, com o nome de Eva, com sede do mesmo nome localizado em um sítio aquém do Rio Preto da Eva, às margens do rio Grande. 
Com o advento da Emenda Constitucional n.º 12, de 10 de dezembro de 1981, eleva à categoria de município, pela segunda vez, porém com o nome de Rio Preto da Eva, situado a altura do km 80 da rodovia Torquato Tapajós, também denominada como rodovia AM-010, ligando a capital à vizinha cidade de Itacoatiara. 
Origem do nome
O nome Rio Preto da Eva veio em consequência das águas pretas (ou escuras) do rio que banha a localidade (ou aquele município) desembocado no Paraná da Eva. O estabelecimento do município deve-se ao fato de ter sido implantado a colônia agrícola por imigrantes japoneses e alguns colonos brasileiros que se instalaram em fins de 1967, três anos após ter chegado a estrada do Rio Preto, possibilitando a tornar-se município, vindo a ocorrer em dezembro de 1981, conforme deliberação tomada pelo governador José Lindoso.
Formação Administrativa
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Rio Preto da Eva, pela Emenda Constitucional n.º 12, de 10 de dezembro de 1981 (Art. 2º - Disposições Gerais Transitórias), delimitado pelo Decreto Estadual n.º 6.158, 22 de fevereiro de 1982 desmembrado dos municípios de Itacoatiara, Manuas e Silves. Sede no atual distrito de Rio Preto da Eva. Instalado em 1º de fevereiro de 1983. 
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído do distrito sede 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.
Geografia
O município de Rio Preto da Eva está localizado no estado do Amazonas, na Mesorregião do Centro Amazonense, que engloba 31 municípios do estado distribuídos em seis microrregiões, sendo que a microrregião à qual o município pertence é a microrregião de mesmo nome que reúne dois municípios: Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. Rio Preto da Eva está distante 79 km ao norte da capital do Amazonas. Seus municípios limítrofes são Presidente Figueiredo ao norte; Manaus ao sul e oeste e Itacoatiara e Itapiranga ao leste e nordeste.
Altitude
Rio Preto da Eva situa-se em altitudes baixas, típicas da região amazônica, geralmente próximas de 30 a 100 metros acima do nível do mar em suas áreas habitadas mais comuns. As variações de relevo incluem terra firme, várzeas (áreas alagáveis próximas a rios) e igarapés.
Clima
O clima é equatorial, quente e úmido, com altas temperaturas médias anuais (em torno de 26-28°C) e pluviosidade significativa durante grande parte do ano. Há estações mais chuvosas e variações sazonais de precipitação, mas a umidade é alta praticamente o ano inteiro.
Solo
O solo é típico da Amazônia de terra firme e de várzea: solos profundos, argilosos ou loamosos, bastante úmidos em épocas de cheia, com boa fertilidade natural em certas áreas, mas também suscetíveis à lixiviação e compactação se desmatados ou mal manejados. Em áreas de várzea, solos mais alagadiços com sedimentos fluviais.
Vegetação
A vegetação é predominantemente Floresta Amazônica (mata de terra firme), com presença de igapós e várzeas nos cursos d’água. Nas margens dos rios e igarapés, há mata ciliar, vegetação de transição para áreas alagáveis. A região tem alta biodiversidade, tanto de flora quanto de fauna, típica de ecossistemas amazônicos. No entanto, como muitos municípios da Amazônia, enfrenta desafios ligados ao desmatamento, expansão de uso para agropecuária, extração de madeira e áreas de colonização.
Economia
A economia de Rio Preto da Eva é baseada fortemente em atividades vinculadas à floresta, uso de recursos naturais, e ao comércio local, sendo destaques:
- Extrativismo: madeira (legítima ou explorada, legalmente ou ilegalmente), produtos florestais não madeireiros, pesca em rios e igarapés, coleta de frutos da floresta.
- Pequena agricultura familiar: plantios para subsistência e mercado local, criação de pequenos animais.
- Comércio e serviços: lojas, restaurantes, hotelaria simples, fornecimento de insumos, transporte fluvial, atividades associadas ao turismo local.
Desafios econômicos incluem acesso a mercados, infraestrutura de transporte, energia, saneamento, bem como regularização fundiária e preservação ambiental para que a exploração dos recursos não comprometa o futuro.
Esportes
O município é sede do Holanda Esporte Clube, um clube de futebol que atualmente participa da segunda divisão do campeonato amazonense. O clube participou da Série C do Campeonato Brasileiro de 2008 e da Copa do Brasil de 2009. Em Rio Preto da Eva também se pratica turismo de aventura com a Kayak Adventure. A descida do RIo Preto é feita com caiaques a partir da comunidade Jerusalém 13 km acima e outro roteiro é a descida do rio a partir da ponte da cidade até o parana da Eva. A Associação Jungle Bike Clube também leva os praticantes de Mountain Bike por uma trilha de 30km até a Cachoeira da Janaína localizada no km 91 da AM-010. 
Turismo
O turismo em Rio Preto da Eva ainda está em desenvolvimento, mas tem bom potencial graças à sua localização próxima a Manaus, à natureza exuberante, rios, igarapés, praias de rio, fauna e flora da Amazônia, comunidades tradicionais, pesca esportiva e turismo ecológico.
Alguns dos atrativos locais são passeios de barco, visitação às comunidades ribeirinhas, observação de aves, trilhas em matas próximas, experiências culturais ligadas à vida amazônica (artesanato, culinária regional, festivais locais). A proximidade com Manaus permite que turistas façam bate-e-volta ou estadias curtas para imersão na natureza com relativa facilidade. Há também iniciativas municipais de promoção turística, embora a infraestrutura hoteleira e de serviços turísticos ainda seja limitada e em melhoria contínua.
Em fevereiro acontece no município o carnaval "Eva me leva"; em 31 de março é comemorado o aniversário de Rio Preto da Eva; em 29 de junho ocorre a festa de São Pedro, padroeiro do município; e na 1ª quinzena de agosto é realizada a Feira da Laranja.
Os pontos turísticos de interesse incluem:
-  Mirante do Pastor Severo Câmara: oferece uma vista espetacular da cidade e da floresta, com uma réplica do Cristo Redentor. O local também conta com restaurantes e lanchonetes. 
-  Rio Urubu: pode ser explorado para pesca esportiva, banhos e cachoeiras. Existem hotéis na região para os praticantes da pesca. 
-  Balneário Paraíso do Manu: localizado no ramal do Alto Rio, possui uma área com lagoa, cachoeira e restaurante, ideal para famílias. 
-  Ramal do Procópio: abriga três cachoeiras que podem ser visitadas. 
Eventos locais 
Dentre os principais eventos locais, destaca-se a Festa de Aniversário da cidade, que inclui a tradicional coroação da Rainha da Laranja. 
A gastronomia da cidade dispõe de restaurantes e lanchonetes do balneário municipal e do mirante.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE .

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

PADRE BERNARDO - GOIÁS

Padre Bernardo é um município brasileiro do estado de Goiás. Localizado na Microrregião do Entorno do Distrito Federal e na Mesorregião do Leste Goiano. Sua população conforme censo do IBGE, de 2022 era de 34.967 habitantes. 
História
A ocupação do território municipal de Padre Bernardo teve início no século passado com o estabelecimento das primeiras fazendas de criação de gado às margens do Rio Maranhão e seus tributários mais importantes, onde se localizam pastagens de boa qualidade. 
Com o decorrer dos anos surgiram outros fatores responsáveis pelo crescimento do povoado econômico demográfico da região. Ao aumento natural dos rebanhos associava-se, de modo paralelo e consequente, a ocorrência de picadas, que levaram ao surgimento das pousadas dos vaqueiros, a caminho de Niquelândia e das famílias que desciam do Nordeste para a região Centro-Sul. 
A função religiosa foi, sem dúvida, a mais importante na instalação e no crescimento do povoado, pois a partir de 1933, romeiros provenientes da região do Vão dos Angicos, no Município de Luziânia, se dirigiam todos os anos, durante o mês de julho para rezarem na capela do Divino, erguida por fazendeiros locais, com o surgimento de algumas casas em volta da capela, os fazendeiros começaram a lotear partes do vale, com o objetivo uma cidade. 
Em 1951, foi fundado o Arraial com o nome de Barro Alto do vão dos Angicos e, para a formação do Patrimônio, os Senhores Januário de Amorim e Valentim José Cabral, doaram doze alqueires de terra ao Santo Padroeiro. Ainda na condição de povoado, a localidade passou a denominar-se Padre Bernardo, em homenagem ao vigário que percorria as fazendas locais, celebrando batizados e casamentos, enfatizando cada vez mais a função da cura.
A partir de 1957 a expansão do núcleo urbano se deve ao Senhor José Monteiro Lima (primeiro professor da região e vereador de Luziânia, representando a região tornar-se outro município) que dividiu sua fazenda em sítios e lotes, doando às famílias sem recursos e vendendo aos que desejassem se fixar na região. 
Graças à fertilidade de suas terras, o distrito foi tomando grande impulso. Em 1963, o Projeto de autoria do Deputado Olinto Meireles foi aprovado, e através da Lei Estadual n.º 4.797, no entanto só em 1964 Padre Bernardo foi elevado à categoria de município, constituindo-se termo judiciário da Comarca de Luziânia. 
Mais recentemente, através de um plebiscito realizado em março de 1980 e homologado pelo Diário oficial do Estado em maio do mesmo ano, foi incorporado à configuração geográfica local o Distrito de Mimoso, que anteriormente pertencia à Niquelândia. 
Um maior dinamismo ocorrido no município deu-se ao avanço das fronteiras agrícolas para o Centro-Oeste e mais precisamente à construção de Brasília, dado ao seu favorável posicionamento geográfico em relação do Distrito Federal. 
No período atual, em decorrência da expansão verificada agravaram-se os problemas relacionados com a prestação do serviços, notadamente educação e saúde, e com a infra estrutura de apoio aos setores produtivos, estabelecendo uma relação muito forte de dependência do Distrito Federal. Por gentílico temos padre-bernardense. 
Pela Lei Municipal n.º 132, de 6 de março de 1958, é criado o Distrito com a denominação de Padre Bernardo, subordinado ao município de Luziânia. Através da Lei n.º 4.797, de 7 de dezembro de 1963, é elevado à categoria de município com a mesma denominação, desmembrando-se de Luziânia. Pela Lei Estadual n.º 8.004, de 26 de novembro de 1975 e, ratificado pela Lei Estadual nº 8.111, de 1.405/1976, Padre Bernardo adquiriu do município de Niquelândia o distrito de Mimoso. Em divisão territorial datada de 1 de janeiro de 1979, o município é constituído de 2 distritos: Padre Bernardo e Mimoso. Pela Lei Estadual n.º 10.405, de 30 de dezembro de 1987, o distrito de Mimoso é desmembrado do município de Padre Bernardo e é elevado à categoria de município com a denominação de Mimoso de Goiás. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de padre Bernardo (ex povoado), pela Lei Municipal n.º 132, de 06 de março de 1958, subordinado ao município de Luziânia. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o distrito figura no município de Luziânia. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Padre Bernardo, pela Lei Estadual n.º 4.797, de 07 de dezembro de 1963, desmembrado de Luziânia. Sede no antigo distrito de Padre Bernardo. Constituído do distrito sede. Instalado em 09 de maio de 1964. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído do distrito sede. 
Pela Lei Estadual n.º 8.004, de 26 de novembro de 1975, ratificado pela Lei Estadual n.º 8.111, de 14 de maio de 1976, Padre Bernardo adquiriu do município de Niquelândia o distrito de Mimoso. 
Em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979, o município é constituído de 2 distritos: Padre Bernardo e Mimoso. 
Pela Lei Estadual n.º 10.405, de 30 de dezembro de 1987, é desmembrado do município de Padre Bernardo o distrito de Mimoso. Elevado à categoria de município com a denominação de Mimoso de Goiás. 
Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído do distrito sede. 
Em divisão territorial datada de 2015, o município é constituído de 4 distritos: Padre Bernardo, Mariápolis e Taboquinha, Monte Alto e Trajanópolis. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2017.
Economia
A pecuária movimenta a economia de Padre Bernardo, participando da arrecadação com 32,31%. Na agricultura, o forte são o cultivo de soja e milho. 
O comércio local, como restaurantes, bares, lojas de roupas e calçados, bancos, supermercados, entre outros, é pequeno e atende às necessidades básicas da população. As indústrias que merecem destaque na região são as de cerâmica, os laticínios e as confecções. 
Geografia
A sede de Padre Bernardo está a uma altitude de cerca de 629 metros acima do nível do mar.
Relevo
O relevo do município é tipicamente do Cerrado goiano: áreas de planalto suave, com ondulações, algumas elevações, vales formados por cursos d’água menores, rios e córregos que drenam para bacias da região. 
Solo
O solo, por sua vez, é em geral bastante favorável para atividades agropecuárias, com solos de latossolos e outros tipos típicos do Cerrado, com a fertilidade melhor em áreas com cobertura vegetal preservada e manejo adequado, embora haja necessidade de correções e cuidados (uso de calcário, adubação) para produtividade.
Vegetação
Padre Bernardo está no bioma Cerrado, apresentando vegetação típica como cerrado sensu stricto, cerrado mais ralo, regiões de campo limpo e também veredas e matas de galeria ao longo dos rios e córregos. Essa vegetação nativa sofre gradualmente pressões de desmatamento, abertura de áreas para pastagem, cultivo e expansão urbana.
Hidrografia
A hidrografia do município está constituída pelo Rio Maranhão, Rio Angico, Rio Verde.
Clima
Em Padre Bernardo, a estação com precipitação é abafada e de céu encoberto; a estação seca é de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o clima é quente. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 17 °C a 33 °C e raramente é inferior a 15 °C ou superior a 36 °C. 
A melhor época do ano para visitar Padre Bernardo e realizar atividades de clima quente é do início de julho ao início de outubro. 
A estação quente permanece por 1,7 mês, de 23 de agosto a 13 de outubro, com temperatura máxima média diária acima de 32 °C. O mês mais quente do ano em Padre Bernardo é setembro, com a máxima de 33 °C e mínima de 21 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,8 meses, de 15 de novembro a 8 de fevereiro, com temperatura máxima diária em média abaixo de 30 °C. O mês mais frio do ano em Padre Bernardo é junho, com a mínima de 18 °C e máxima de 30 °C, em média. 
Turismo
Padre Bernardo oferece atrativos turísticos ligados à natureza, fé e cultura regional. Entre seus pontos de interesse destacam-se o Rio Maranhão, várias cachoeiras como Poço do Benjamin, Cachoeira da Lydia, Cachoeira do Sumidouro, Cachoeira da Porteira; também existe o Ecoparque Adventure, com cânions, trilhas e atividades ao ar livre.)
A Igreja do Divino Espírito Santo é um marco religioso importante, não só por sua função local de fé, mas também como ponto de encontro cultural. Há festas tradicionais, em especial a Festa do Divino Espírito Santo, que atrai romeiros e visitantes de regiões vizinhas.)
A infraestrutura de turismo em Padre Bernardo inclui hotéis e pousadas locais, opções de hospedagem modestas, restaurantes, pesque-pague e serviços para visitantes que buscam contato com a natureza. O turismo ecológico, de aventura e religioso são os que mais se destacam.
Eventos e Festas
- Janeiro: Folia de Reis, dia 06 e Folia São Sebastião, dia 20.
- Fevereiro: Carnaval de rua.
- Maio: Festa do Divino, de 09 a 19 e Aniversário da Cidade, dia 09.
- Julho: Festa de Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Padre Bernardo.
- Agosto: Dia do evangélico, dia 31 e Aroeira - Largada Rumo ao Muquém.
Cultura
A tradição da festa de que deu origem à cidade consegue reunir ainda hoje milhares de pessoas em louvor ao Divino Espírito Santo. A capela, construída em devoção à figura religiosa, em terreno doado por Rosa Fernandes Cabral, é palco da movimentação de fiéis que participam de missas, folias e atividades culturais. As festividades duram nove dias, com encerramento na comemoração de Pentecostes. Padre Bernardo possui peculiaridades e características determinantes da origem de seu povo, isto é, há miscigenação cultural entre mineiros, nordestinos, remanescentes de outras partes do país e do próprio estado de Goiás. 
Subdivisões
Pertencem ao município, os distritos: Sede; Entre Rios; Mariápolis; Monte Alto; Taboquinha; Trajanópolis; Vendinha; Ouro Verde e Boa Vista.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark .

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

CARAMBEÍ - PARANÁ

Carambeí é um município brasileiro localizado no interior do estado do Paraná, na região Sul do país. Localiza-se na região dos Campos Gerais e pertence à Mesorregião do Centro Oriental Paranaense. Estende-se por uma área de 649,7 km² e sua população, conforme o censo de 2022 do IBGE, era de 23.283 habitantes. 
Carambeí tem sua origem numa fazenda que era parada obrigatória no Caminho do Viamão entre a região centro-oeste do Rio Grande do Sul e o estado de São Paulo. Foi fundada em 4 de abril de 1911 por um grupo de imigrantes holandeses e desenvolveu-se a partir da Cooperativa Batavo (atual Cooperativa Frísia). 
Etimologia
O nome Carambeí origina-se da língua indígena tupi-guarani e significa "rio das tartarugas", e é a junção dos termos carumbé (carambé) que significa tartaruga e y (í) que significa rio. 
História
Antecedentes e origem

Antes da colonização europeia o atual território de Carambeí estava originalmente habitado por tribos de índios. A ocupação do território de Carambeí por europeus iniciou-se na primeira década do século XVIII, quando foi estabelecida uma fazenda que era administrada por uma família portuguesa. 
No século seguinte, a sede da Fazenda Carambehy (Pousada da Sinhara) tornou-se ponto de parada e de descanso para os tropeiros que seguiam rumo ao mercado principal de Sorocaba através da chamada Estrada da Mata.[9] Em 1822, o naturalista e viajante francês Auguste de Saint-Hilaire hospedou-se na fazenda. Aproximadamente oitenta e dois anos depois, a fazenda foi adquirida por meio de leilão pela empresa ferroviária Brazil Railway Company que a dividiu em lotes para fins de colonização europeia. 
Colonização holandesa
A história do município começa no início do século XX com a chegada de imigrantes neerlandeses. Com o incentivo do governo brasileiro imigrantes neerlandeses, oriundos das províncias da Holanda do Sul e da Frísia e também da antiga colônia holandesa Índias Orientais Holandesas, imigraram para o Brasil e estabeleceram-se na antiga Fazenda Carambeí, no estado do Paraná, formando um povoado designado com o nome de Vilarejo Carambehy. Chegando em Carambeí em abril de 1911, encontraram outros grupos de imigrantes que estavam construindo uma ferrovia para a empresa Brazil Railway Company. Essa companhia queria desenvolver a nova área adquirida e entregava ao colono um lote de terra, uma casa, uma canga de bois e três vacas leiteiras. Após assinarem um contrato com a Brazil Railway Company, os imigrantes holandeses forneceram leite e comida aos operários que trabalhavam na construção da estrada férrea São Paulo-Rio Grande. 
Os imigrantes neerlandeses fundaram em Carambeí uma colônia agropecuária e começaram com a produção de leite e queijo. No começo dos anos vinte do século XX, os colonos holandeses fundaram fábricas de queijo, cujo produto era vendido na cidade de São Paulo. Alguns anos depois, as fábricas de queijo foram incorporadas na Cooperativa Mista Batavo Ltda que foi fundada em 1925. Quatro anos depois, a colônia passou por uma crise econômica com a eclosão da Grande Depressão. 
Em 1943, a Colônia de Carambéi recebeu um novo grupo de imigrantes neerlandeses e a produção do leite e seus derivados atravessou um processo de fabricação mecanizada. Aproximadamente onze anos depois, os imigrantes holandeses instituíram a Cooperativa Central de Laticínios do Paraná Ltda. Com a chegada dos imigrantes neerlandeses Carambeí transformou-se em uma das maiores bacias leiteiras do Brasil. Em 13 de dezembro de 1995, a colônia holandesa tornou-se um município brasileiro, com território desmembrado de Castro e Ponta Grossa. 
Em virtude do centenário da chegada dos primeiros imigrantes neerlandeses em Carambeí o ano de 2011 foi designado como o 'Ano da Holanda no Brasil' em comemoração dos 100 anos da Imigração Holandesa no Paraná. 
Formação administrativa e emancipação
Em 1966, através da Lei Estadual n.º 5.436, de 24 de dezembro, a Vila de Carambeí tornou-se distrito do município de Castro. Aproximadamente vinte e sete anos depois, o Distrito de Carambeí foi elevado à categoria de município pela Lei Estadual n.° 11.225, em 13 de dezembro de 1995, sendo instalado no dia 1º de janeiro de 1997. 
Geografia
Possui uma área de aproximadamente 650 km² representando 0,326 % do estado, 0,1153 % da região e 0,0076 % de todo o território brasileiro. Localiza-se a uma latitude 24°55'04" sul e a uma longitude 50°05'50" oeste. Fica a uma distância de cerca de 140 km da capital paranaense Curitiba. Situa-se no Primeiro e Segundo Planalto Paranaense, estando a 1120 m acima do nível do mar. Seu território é caracterizado pela ocorrência de campos extensos. 
Geologia
Geomorfologicamente o município de Carambeí faz parte da Escarpa Devoniana, apresentando um relevo predominantemente plano, com leves ondulações. Próximo à represa dos Alagados encontra-se o Granito Serra do Carambeí. Trata-se de uma formação rochosa com formato retangular alongado, formado durante o período pós-colisional proterozóico (550-500 milhões de anos). 
Clima
O clima em Carambeí é subtropical úmido, com verões quentes e temperados. Segundo a classificação de Köppen e Geiger o clima é do tipo Cfc. As temperaturas são superiores a 20 °C no verão. Durante o inverno ocorrem geadas e ocasionalmente neve, quando as temperaturas ficam abaixo de 0 °C. Carambeí tem uma temperatura média anual de cerca de 17 °C. A média anual de pluviosidade é de 1547 mm. 
Hidrografia
O município de Carambeí faz parte da bacia hidrográfica do curso alto do Rio Tibagi e é banhado pelos rios Jutuva, Pitangui, São João e Tamanduá. Este último forma a Cachoeira do Tamanduá que fica localizada na zona rural do município e é um dos atrativos naturais de Carambeí. Já o rio São João nasce no município de Castro e corta o município de Carambeí. 
Demografia
Carambeí possui uma população total de 23.283 habitantes, conforme o Censo 2022 do IBGE.
Religião
De acordo com o censo de 2022 existe diversas comunidades religiosas no município, predominantemente cristãs. Entre a população residente, o censo mostrou 13.967 pessoas que declararam-se católicas apostólica romana, 7.972 pessoas que declararam-se evangélicas, 79 pessoas que declararam-se espíritas. Ainda mostrou que 14 pessoas seguiam a ubanda e candomblé, 388 pessoas que declararam não ter religião, 861 seguiam outras religiões não especificadas e nenhuma pessoa declarou ter religião de tradições indígenas. 
Já no Censo de 2022 o IBGE divulgou informações dos percentuais, sendo que no município haviam 59,99% de católicos apostólicos romanos; 34,24% de evangélicos; 0,34% de espíritas; 0,06% de umbandistas/candomblecistas; 0% de tradições indígenas declarados; 3,7% de outras religiosidades; 1,67% sem religião; 0% não sabiam e 0% não declararam. 
Dentre as principais instituições religiosas destacam-se a Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Luterana, Igreja Presbiteriana do Brasil, Igreja Adventista do Sétimo Dia, Igreja Pentecostal Deus é Amor, Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo, Igreja do Evangelho Quadrangular, Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, Igreja Evangélica Reformada, entre outras. 
Economia
A economia do município de Carambeí está ligada ao cooperativismo e é baseada principalmente no setor agropecuário, sendo a produção de leite e seus derivados uma das principais atividades econômicas. Sua posição estratégica, bem no meio do antigo Caminho das Tropas, permitiu que Carambeí se desenvolvesse como um grande polo produtor de laticínios, sendo hoje uma das maiores bacias leiteiras do Brasil. 
Seu parque industrial abriga empresas como a JBS, a BRF, a Fábrica de Rações Batavo e a Frísia Cooperativa Agroindustrial, denominação da antiga Cooperativa Batavo. Outras empresas ativas no município de Carambeí são: a Lactalis, AmBev e a Tetra Pak. Entre as instituições financeiras e cooperativas de crédito, destacam-se o Banco do Brasil, o Bradesco, o Itaú Unibanco e o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi). 
Turismo
Carambeí integra a Rota dos Tropeiros, rota turística proveniente do antigo Caminho das Tropas. A cidade de Carambeí está estrategicamente localizada próximo a grandes centros urbanos como Ponta Grossa e Curitiba, o que proporcionou um grande potencial turístico para o município. Possui atividades que desenvolvem o turismo histórico, cultural e gastronômico, além do turismo rural, de eventos e negócios. Somente no ano de 2019 Carambeí recebeu cerca de 220 mil turistas. 
Os principais pontos turísticos são: a Cachoeira do Tamanduá; a Capela Imaculada Conceição; o Moinho do Artesão; o Monumento à Bíblia; Orquidário e Cactário Taman Batoe; o Parque Histórico de Carambeí; o Parque Nacional dos Campos Gerais; e a Represa dos Alagados. 
O Parque Histórico de Carambeí foi inaugurado em 2011, durante as comemorações do Centenário da Imigração Holandesa na região, com o objetivo de reproduzir a vida dos imigrantes holandeses que colonizaram os Campos Gerais. A riqueza dos detalhes no interior das casas e armazéns impressiona. O Parque Histórico de Carambeí é dividido em cinco alas: 
- Casa da Memória - A Casa da Memória é uma das primeiras atrações do Parque Histórico de Carambeí e tem entrada gratuita. A construção de 1946 tem uma maquete da antiga vila de Carambeí e funciona como museu. Na parte exterior, há um parquinho para as crianças. 
Confeitaria Koffiehuis - Bem ao lado da Casa da Memória e também na parte gratuita da primeira ala, a Confeitaria Koffiehuis serve comidas típicas holandesas. 
Ponte Pênsil - Trazida da Holanda especialmente para o parque, a Ponte Pênsil marca a entrada ao complexo. Toda noite, ao final das visitações, a ponte é erguida, isolando o parque. 
Vila Histórica - A ala 2 do parque abriga a Vila Histórica, também conhecida como maquete em tamanho real da antiga Vila de Carambeí. O local abriga casas, uma igrejinha, a reprodução da primeira fábrica de laticínios, o antigo matadouro e o museu do trator. 
Centro Cultural Amsterdam - O Centro Cultural Amsterdam reafirma a ideia de que o Parque Histórico de Carambeí é um cantinho da Holanda no Brasil. Ele fica na ala 3 e reproduz um quarteirão da capital holandesa. 
Parque de Exposições - Na ala 4, o Parque de Exposições é o local para a realização de feiras e eventos no Parque Histórico de Carambeí. 
Parque das Águas - Localizado na ala 5, o Parque das Águas, além de belíssimo, revela as práticas sustentáveis dos colonos holandeses. As casinhas dispostas em torno de um lago artificial criam um cenário único. 
Cultura
Gastronomia

A gastronomia de Carambeí recebeu influência primeiramente do tropeirismo, fato que se deu pela localização do município na região dos Campos Gerais do Paraná. Com a imigração europeia, Carambeí recebeu uma diversidade de influências, como a alemã, eslava e em especial a neerlandesa. Há ainda um pequeno mas significativo respaldo da influência de iguarias da gastronomia indonesiana, que foi herdada da influência da colonização holandesa na Indonésia. Entre os pratos se destacam as inúmeras tortas e o bolinho Oliebol, que é um bolinho doce frito que lembra o bolinho de chuva brasileiro. 
Festas e eventos
O município de Carambeí conta com diversas festividades e eventos durante o ano todo, como: a Festa dos Imigrantes, em abril; a Cavalgada dos Imigrantes, em abril; a Exposição Agropecuária de Carambeí (ExpoFrísia), em maio; a Festa junina ou Arraiá, em junho/julho; o Festival das Tortas, em outubro; a Festa de São Nicolau, em dezembro; o Dia da Padroeira de Carambeí (Festa da Imaculada Conceição), em dezembro. 
Transporte
O município de Carambeí é servido pela rodovia PR-151,[50] que liga Ponta Grossa a Jaguariaíva (PR-092).
A cidade possui um terminal rodoviário para utilização do transporte público. 
Carambeí também é servida pela ferrovia  Linha Itararé-Uruguai da antiga Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, que atualmente liga Jaguariaíva a Irati.
A cidade já possuiu duas estações ferroviárias, Carambeí e Boqueirão. Porém atualmente, apenas a Estação do Boqueirão ainda permanece às margens da ferrovia, que hoje se encontra sob concessão da Rumo Logística para o transporte de cargas. O transporte de passageiros, por sua vez, se encontra desativado na cidade desde os anos 1980.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

AREIA - PARAÍBA

Areia é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na Região Geográfica Imediata de Campina Grande. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2022 sua população era estimada em 22.633 habitantes. 
Com muitas riquezas naturais, situada em local elevado, Areia, no inverno, é coberta por uma leve neblina, e suas terras possuem diversas fontes e balneários aquáticos. É também muito conhecida por suas riquezas culturais, particularmente o Museu de Pedro Américo, com inúmeras réplicas dos quadros do mais célebre cidadão areiense, entre elas a famosa obra "O Grito do Ipiranga", encomendada a ele por Dom Pedro II, e o Museu da Rapadura, localizado dentro do Campus da UFPB na cidade, onde o turista pode observar as várias etapas da fabricação dessa iguaria e dos outros derivados da cana-de-açúcar, como a cachaça, sendo a areiense muito conhecida exteriormente por seu incomparável sabor. 
Areia é considerada como "Terra da Cultura" tendo seu teatro, o "Theatro Minerva", sido edificado 30 anos antes que o de João Pessoa. Para aquela cidade hospitaleira, de invernos rigorosos, convergiam estudantes de toda a região, sendo expoentes deste tempo a Escola de Agronomia do Nordeste, o Colégio Santa Rita (Irmãs Franciscanas, alemães) e o Colégio Estadual de Areia (antigo Ginásio Coelho Lisboa). Seus filhos se destacavam em todos os concursos de que participavam. Carminha Sousa e Laura Gouveia eram reconhecidas pela capacidade de educar e formar pessoas na língua portuguesa. 
História
Em 1648, a expedição em busca de recursos minerais de Elias Herckmans, então governador holandês da Paraíba, percorreu a mando de João Maurício de Nassau a região onde hoje se assenta a cidade de Areia sem entretanto nada encontrar. Pouco mais tarde, em meados do século XVII, desbravadores portugueses percorreram a região, tendo um deles, de nome Pedro Bruxaxá, se fixado no local à margem do cruzamento de estradas que eram caminho obrigatório de boiadeiros e comboieiros dos sertões com destino à cidade de Mamanguape e à Capital. Dada a amizade que fez com os nativos, ali construiu um curral e uma hospedaria conhecida como “Pouso do Bruxaxá”. A região foi por muitos anos denominados "Sertão de Bruxaxá". 
Com o tempo, entretanto, devido a um riacho que possuía bancos de areia muito brancas, o povoado passou a ser chamado de Brejo d'Areia, já que o lugarejo fica na Microrregião do Brejo Paraibano, região da Paraíba não muito longe do litoral, que recebe os úmidos ventos alísios vindos do Atlântico e possui uma cobertura vegetal de floresta atlântica, hoje em dia reduzida a manchas. Por isso, também chamada de Zona da Mata. 
O Sertão ou Brejo do Bruxaxá aparece sem oratório nos registros da antiga freguesia de Mamanguape ainda em 03.10.1764, ocasião em que escravos de João Batista Calaça são casados na Capela de Santo Antônio dos Mulungus pelo Padre Manoel Gomes da Silva. 
Aos 03 de junho de 1761, no sítio do Bruxaxá, foi batizado um escravo de Frutuoso Dias de Aguiar, morador em Goiana-PE, sendo seus padrinhos o tenente Antônio Pais de Bulhões e sua esposa D. Ana Pereira de Araújo. Antônio Pais era irmão de Maria José, esposa de seu primo Frutuoso Dias, e pai de Bartolomeu da Costa Pereira, o primeiro Capitão-Mor de Areia. 
O Oratório do Bruxaxá, Oratório do Brejo do Bruxaxá ou Oratório de Nossa Senhora da Conceição do Bruxaxá aparece nos registros mais antigos até 26 de agosto de 1784, porém em 17 de março de 1785 aparece o primeiro registro com o nome Capela do Bruxaxá, indicando que esta deve ter sido erguida, portanto, entre o final de 1784 e início de 1785. 
O Padre Domingos da Cunha Figueira e o reverendo Lourenço Gomes Freire, vigário de Mamanguape, aparecem nos batismos dos anos 1783. Em 1784, o Frei Joaquim Nobre, religioso de São Francisco, e em 1785, o Frei Pedro de Borgosesia, religioso capuchinho, são os celebrantes dos referidos batismos. 
O povoado foi elevado à categoria de freguesia em 8 de fevereiro de 1813; de vila em 18 de maio de 1815; e de cidade em 18 de maio de 1846. 
Com o desenvolvimento da lavoura canavieira na Região do Brejo, no século XIX, a cidade de Areia tornou-se o maior município da região, mas tal proeminência econômica começou desde o século anterior, XVIII, com a precedente lavoura do algodão. A campanha abolicionista no município teve a liderança de Manuel da Silva e Rodolfo Pires, e a cidade libertou o último escravo pouco antes da Abolição da Escravatura em todo o país, no dia 3 de maio de 1888. 
Areia participou ativamente das Revoluções do século XIX, tais como a Revolução Pernambucana, em 1817, a Confederação do Equador, em 1824 e a revolta do Quebra-Quilos, em 1873. 
Areia foi a principal civilização do Alto Brejo paraibano durante o século XIX, final do século XVIII e início do século XX a tal ponto de ter tido o primeiro teatro do estado (o primeiro cinema foi em Rio Tinto), a primeira faculdade, etc. Isso atesta um padrão interessante na história da Paraíba, onde antes o desenvolvimento se concentrava no interior e só depois atingiu a capital (que já era um polo importante nos séculos XVI e XVII - única cidade lusófona fundada por espanhóis durante o reino dos Filipes). Não se sabe, no entanto, as causas destas civilizações pioneiras e grandiosas no passado terem ficado para trás no decorrer do século XX por exemplo num processo de estagnação, mesmo com tantas belezas naturais e clima bastante superior ao da baixada litorânea, por exemplo (e muito mais propício a civilização portanto). 
Formação Administrativa 
Distrito criado com a denominação de Brejo d`Areia, pela Provisão Régia de 29 de junho de 1813, subordinado a vila de Monte-Mor. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Brejo d`Areia, pela Provisão Régia de 18 de maio de 1815, desmembrado da Vila de Monte-Mor (mais tarde Mamanguape). Instalado em 30 de agosto de 1818. 
Elevado à condição de cidade e sede municipal com a denominação de Areia, pela Lei Provincial nº 2, de 18 de maio de 1846. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 2 distritos: Areia e Lagoa do Remígio. 
Assim permanecendo em divisão territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937. 
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1.164, de 15 de novembro de 1938, o distrito de Lagoa do Remígio passou a denominar-se simplesmente Remígio. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Areia e Remigio ex-Lagoa do Remígio. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955. 
Pela Lei Estadual nº 1.667, de 14 de março de 1957, desmembra do município de Areia o distrito de Remígio. Elevado à categoria de município. 
Em territorial datada divisão de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede. 
Pela Lei Estadual nº 3.232, de 11 de dezembro de 1964, é criado o distrito de Muquém e anexado ao município de Areia. 
Pela Lei Estadual nº 3.233, de 11 de dezembro de 1964, é criado o distrito de Mara Limpa e anexado ao município de Areia 
Pela Lei Estadual nº 3.234, de 11 de dezembro de 1964, é criado o distrito de Cepilho e anexado ao município de Areia. 
Em territorial datada divisão de 31 de dezembro de 1968, o município é constituído de 4 distritos: Areia, Cepilho, Mata Limpa e Muquém. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. 
Retificação de Grafia 
Brejo d`Areia para Areia alterado, pelo Alvará de 18 de maio de 1815.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, Areia pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Campina Grande. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião do Brejo Paraibano, dentro da mesorregião do Agreste Paraibano. Com 269,13 km² de área (0,4766% do território estadual), dos quais 2,4748 km² em área urbana, seu território é dividido em quatro distritos: Areia (sede), Cepilho, Mata Limpa e Muquém Está distante 131 km da capital paraibana, João Pessoa, e a 2.268 km da capital federal, Brasília. Limita-se a norte com Alagoinha, Arara, Pilões e Serraria; a sul com Alagoa Grande e Alagoa Nova; a leste com Alagoa Grande e Alagoinha e, a oeste, com Algodão de Jandaíra, e Esperança e Remígio.
Vegetação
Areia encontra-se em uma zona de transição entre Mata Atlântica e Caatinga. A vegetação natural inclui matas úmidas de altitude, mata subcaducifólia, e remanescentes da Mata Atlântica no agreste, especialmente no Parque Estadual Mata do Pau-Ferro, que funciona como reserva ecológica. Áreas com vegetação de brejo de altitude caracterizam-se por flora rica, com árvores mais densas, grande diversidade, contraste com regiões mais secas ao redor. 
Relevo
Localizado no Planalto da Borborema, Areia apresentando um relevo variado, formado tanto por morros quanto por vales e várzeas, e altitudes variando entre 164 e 635 metros. 
Solo
O solo predominantemente é argissolo do tipo vermelho-amarelo eutrófico, chamado de podzólico vermelho-amarelo eutrófico na antiga classificação brasileira de solos, existindo áreas menores de nitossolo (sudeste), neossolos (noroeste) e luvissolos (extremo oeste), este último nas áreas a sotavento do planalto. 
Hidrografia
Todo o território areiense se localiza dentro da bacia hidrográfica do Rio Mamanguape. Os maiores reservatórios são os açudes Saulo Maia e Vaca Brava, cujas capacidades são, respectivamente, de 9.833.615 m³ e 3.783.556 m³.
Bioma
Areia possui como bioma predominante a Mata Atlântica, com áreas menores de caatinga. Abriga o maior remanescente de Mata Atlântica do agreste da Paraíba, com uma área de 607,96 ha, o Parque Estadual Mata do Pau-Ferro, a cinco quilômetros da cidade, criado como reserva ecológica pelo Decreto n.º 14.832, de 19 de outubro de 1992 e transformado em parque estadual em 4 de agosto de 2005, por meio do Decreto n.º 26.098. 
Clima
Estando em um brejo de altitude, possui clima tropical de altitude Cwa, com chuvas concentradas nos meses de outono e inverno, sendo o índice pluviométrico de 1.360 mm/ano. O período mais quente do ano compreende os meses de janeiro, novembro e dezembro, enquanto junho e julho são os meses mais frios. A umidade do ar é relativamente elevada e a velocidade média do vento gira em torno de 2,5 m/s. 
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1931 a 1966 e a partir de 1994, a menor temperatura registrada em Areia foi de 8,2 °C em 6 de dezembro de 1996 e a maior atingiu 34,2 °C em 20 de novembro de 2015. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 156,6 mm em 25 de junho de 1936. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 146 mm em 5 de maio de 2011, 127 mm em 17 de março de 1960, 111,5 mm em 21 de julho de 2017, 111,4 mm em 7 de abril de 1996, 109 mm em 12 de abril de 2009, 104,2 mm em 29 de dezembro de 2016 e 100,9 mm em 11 de fevereiro de 1931. Desde novembro de 2004, quando o INMET instalou uma estação automática no município, a maior rajada de vento alcançou 18,7 m/s (67,3 km/h) em 16 de julho de 2015 e o menor índice de umidade relativa do ar (URA) foi de 28% em 23 de fevereiro de 2020.
Economia
A economia de Areia é bastante diversificada para o porte do município. Agricultura, agroindústria (principalmente engenhos de cana-de-açúcar, produção de rapadura, mel e aguardente de cana) são atividades tradicionais e ainda de forte expressão. O turismo também contribui de maneira crescente, aproveitando o patrimônio histórico, o clima ameno e os eventos culturais. Há produção de bens relacionados à madeireira e extrativos menores, além de comércio local de serviços, restaurantes, hospedagem, etc., voltados para turistas regionais.
Educação
Areia conta com rede de educação básica (ensino fundamental, médio e modalidades complementares como EJA) atendendo zonas urbana e rural. Um dos pontos importantes de educação superior no município é o Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que anteriormente era a Escola de Agronomia do Nordeste. Também há patrimônio histórico ligado à cultura e educação, como o Teatro Minerva, datado de meados do século XIX, e museus que promovem a literatura, artes plásticas e cultura regional.
Turismo
O turismo é uma das faces mais visíveis de Areia. A cidade costuma ser chamada de “Suíça Paraibana” por causa de sua altitude, clima diferenciado e beleza cênica. O patrimônio histórico e urbanístico foi tombado pelo IPHAN em 2006, englobando cerca de 420 imóveis antigos, muitos exemplares dos séculos XVIII e XIX. Ao visitá-la não deixe de conhecer a Igreja de N. S. do Rosário dos Pretos (do século XVII, construída pelos escravos), o Teatro Minerva (1859, edificado pelas famílias de maior poder aquisitivo da época, daí sua denominação original: Teatro Particular ); a Igreja Matriz, o Casarão de José Rufino (influente Senhor de Engenho), a Biblioteca José Américo de Almeida, o Museu Regional de Areia e o Museu-Casa do pintor Pedro Américo, além da Reserva Florestal do Pau-Ferro e do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), antiga Escola de Agronomia do Nordeste, primeiro campus universitário de todo o interior do Nordeste.
Entre os atrativos estão: o Teatro Minerva (1859), o Museu Regional de Areia, a Biblioteca José Américo de Almeida, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, o Casarão de José Rufino, a Casa-Museu do pintor Pedro Américo. Também há roteiros de ecoturismo, trilhas, cachoeiras e belas paisagens naturais, bem como festivais culturais, eventos como o “Caminhos do Frio”, que atraem visitantes em busca do clima invernal, gastronomia regional e artesanato.
Principais datas
- 3 de maio - data da libertação da escravidão em Areia
- 18 de maio - Aniversário de Emancipação Política
- No mês de julho a cidade vive o roteiro Caminhos do Frio Rota Cultural
- 8 de dezembro - Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE .

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

PRESIDENTE LUCENA - RIO GRANDE DO SUL

Presidente Lucena é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se a uma latitude 29º31'10" sul e a uma longitude 51º10'41" oeste, estando a uma altitude de 75 metros. Sua população estimada em 2022 era de 3.077 habitantes. Está localizada a 65km da capital Porto Alegre. 
Em 2024, foi considerada a 11ª cidade brasileira com melhor qualidade de vida segundo o Índice de Progresso Social (IPS), da organização Social Progress Imperative.
História
No início do século XVIII, o Governo incentivou a vinda de imigrantes na intenção de povoar as terras do Sul do Brasil, até então praticamente abandonadas e sujeitas a invasão dos castelhanos. Assim, muitos estrangeiros acabaram vindo para o sul do país, principalmente alemães, italianos e poloneses. 
Em 25 de julho de 1824, chegaram os primeiros imigrantes alemães, provenientes da região do Hunsrück, na Real Feitoria do Linho Cânhamo, hoje São Leopoldo. A partir de 1826, após a chegada de mais mil imigrantes, se expandiram para a região ao norte de São Leopoldo, incluindo toda a atual área de Presidente Lucena. 
As localidades de Linha Nova Baixa e Picada Schneider são as mais antigas do município. 
Em Linha Nova Baixa, o início da colonização se deu por volta de 1830, pelas famílias de Daniel Kolling, Jacob Blauth, Pedro Link, Pedro Lamb, Frederico Schons, João Bender, Pedro Winter e Albino Kauer. 
Picada Schneider surgiu em meados de 1845, quando a família de Peter Schneider se instalou na localidade. 
A localidade de Nova Vila, antes chamada Nova Alemanha, foi colonizada depois de 1850, sendo a família de Guilherme Exner a pioneira. 
A Sede Municipal, antes denominada de Arroio Veado, foi povoada bem mais tarde. Em 1885, o Governo Provincial do Rio Grande do Sul mandou proceder estudos para a construção de uma estrada que ligasse a cidade de São Leopoldo à Colônia de Nova Petrópolis. Essa estrada, que mais tarde passou a chamar-se de Estrada Presidente Lucena, foi aberta a partir da antiga rota deixada pelos tropeiros, utilizada para o escoamento do gado e, em 1888, a picada estava totalmente aberta. Durante a administração do Coronel Guilherme Gaelzer Neto, intendente de São Leopoldo de 1902 a 1916, a estrada recebeu importantes melhorias e em 1913 foi concluída a sua abertura, deixando-a em condições para o tráfego de automóveis em toda sua extensão de 57 quilômetros. 
A origem do nome da localidade de Arroio Veado deve-se ao fato de certo dia, numa das levas de gado por esta região, um tropeiro viu no arroio da localidade, um veado. Na ocasião da emancipação escolheu-se o nome Presidente Lucena em função do nome da estrada e como homenagem ao Presidente da Província do Sul em 1885, tendo em vista que foi o mesmo quem começou a construir a referida estrada.
Origem do nome
O nome “Presidente Lucena” homenageia Henrique Pereira de Lucena, que foi Presidente da Província do Rio Grande do Sul (equivalente ao governador) em 1885-86. O nome também está ligado à estrada que cruza a localidade, chamada Estrada Presidente Lucena.
Formação Administrativa
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Presidente Lucena, pela Lei Estadual n.º 9.626, de 20 de março de 1992, desmembrado de Ivoti. Sede na localidade de Arroio do Veado. Constituído do distrito sede. Instalado em 1º de janeiro de 1993. 
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Geografia
O Município de Presidente Lucena está localizado na Microrregião Colonial da Encosta da Serra, distante 65 km de Porto Alegre. Com uma área territorial de 49,72 km², é formado, além da Sede Municipal, pelas localidades de Linha Nova Baixa, Nova Vila, Picada Schneider, Morro do Pedro e Arroio dos Ratos. Presidente Lucena limita-se com os municípios de Picada Café (ao norte), Morro Reuter (ao leste), Ivoti e Lindolfo Collor (ao sul) e São José do Hortêncio (ao oeste).
Relevo
O relevo do município é constituído de:
- Zonas altas - representadas por morros arredondados de altitudes que variam de 200 a 500 metros, que são os primeiros degraus da Serra Geral. As maiores elevações localizam-se principalmente na parte leste do município e a altitude máxima chega a 595 metros. Em certos trechos, o relevo acidentado dificulta a abertura e conservação de estradas;
- Zonas baixas - formadas pelas planícies, situadas mais ao oeste do município, em direção ao Rio Cadeia, com áreas a apenas 20 metros acima do nível do mar, o que possibilita a mecanização na agricultura.
Vegetação
A vegetação natural inclui matas nativas nas encostas de morros, matas-galerias ao longo dos arroios e rios, além de gramíneas, arbustos e palmeiras. Também há árvores plantadas pelo homem, como eucalipto, pinus e acácia-negra.
Geologia
Quanto à geologia, é uma área de transição, uma vez localizando-se na aba da Serra Geral, possui ora regiões de rochas areníticas, próprias da chamada “Depressão Central”, ora rochas basálticas, típicas do “Planalto Rio-grandense”.
Hidrografia
A hidrografia é formada pelos seguintes cursos d’água: Rio Cadeia e Arroios Veado, Serraria e dos Ratos e seus afluentes. Vale destacar que, embora o Município de Presidente Lucena faça parte da Região do Vale do Rio Paranhana, mais pela identidade sociocultural e econômica, no que se refere à hidrografia, pertence à Bacia do Rio Caí.
Clima
O clima de Presidente Lucena é subtropical, com as quatro estações bem definidas. A média anual de temperatura situa-se por volta de 20 °C, mas no inverno podem ocorrer geadas e temperaturas próximas de 0 °C em certos trechos. A pluviosidade anual é considerável, girando em torno de 1.600 mm.
Economia
Na economia, Presidente Lucena conserva características do período da colonização, como as pequenas propriedades e a policultura ao mesmo tempo que avança na área industrial e comercial evoluindo com o desenvolvimento e progresso do Município. 
Agricultura
Na área da agricultura, com a introdução de novas tecnologias, como rotação de culturas, uso de sementes selecionadas, de adubação e da irrigação e a mecanização, além da assistência técnica permanente oferecida, tanto oficial através do Município e da EMATER, quanto particular, através da Cooperativa Piá, tem contribuído para o aumento da produtividade. A agricultura é bastante diversificada, destacando-se o cultivo de hortifrutigranjeiros em geral, milho, cana-de-açúcar, aipim, feijão, batata-doce, arroz, entre outras. A acácia-negra é outra cultura importante, sendo sua casca aproveitada nos curtumes da região e a lenha usada na produção de carvão vegetal.
Pecuária
Na pecuária, destaca-se a avicultura de corte, porém os bovinos, suínos e a produção leiteira, também tem seu espaço. O número de propriedades rurais no município é de aproximadamente 450, com uma média de 10 hectares. Em torno de 800 trabalhadores lidam no setor primário, sendo a maioria associada ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ivoti, com extensão de base em Presidente Lucena.
Indústria
Embora sendo um município agrícola, a indústria é a principal atividade econômica do município. Presidente Lucena possui várias empresas, de pequeno a grande porte: Abatedouro de aves; Indústria de Calçados; Indústria de Artefatos de Cimento; Indústria de Alimentos, Produtoras de Schmier Colonial e Indústria de Malhas;
Quanto às demais indústrias, cabe destacar que, além da Schmier Colonial e rapadura também há empresas beneficiadoras de produtos agrícolas e de congelados.  O Município também conta com empresas do setor de móveis e artefatos de madeira, metalurgia, cachaçaria e envasadora de água.
Comércio
O comércio é uma decorrência do próprio desenvolvimento das demais atividades. Tendo uma indústria e agropecuária em crescimento, o comércio também se torna forte e dinâmico. Em Presidente Lucena há um comércio consolidado, com opções e alternativas em diversas áreas, como mercados, padarias, açougues, restaurantes, lancherias, lojas de confecções, calçados e material de construção, floriculturas, farmácia, agropecuária, etc. Na área de prestações de serviços, os profissionais autônomos na construção civil, escritório de contabilidade, oficinas mecânicas e banco são as principais atividades. 
Presidente Lucena é uma pequena cidade que se destaca pelo alto crescimento econômico e por apresentar novas oportunidades de negócios. Por outro lado, o baixo potencial de consumo é um fator de atenção.
De janeiro a agosto de 2025, foram registradas 1,4 mil admissões formais e 1,2 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 188 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 107.
Até setembro de 2025 houve registro de 12 novas empresas em Presidente Lucena, sendo que 4 atuam pela internet. Neste último mês, 2 novas empresas se instalaram. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (1). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 15 empresas.
Cultura
A cidade tem forte influência da imigração alemã, o que se manifesta na língua (dialeto Hunsrück), nos costumes, na culinária e nas festas. A cultura local mantém também tradições folclóricas, danças típicas germânicas e gaúchas, música, bandas municipais, festividades religiosas católicas, celebrações comunitárias e festas como a já citada SchmierFest.
Turismo
Presidente Lucena integra a Rota Romântica do Rio Grande do Sul, um roteiro turístico que reúne municípios com forte herança alemã, arquiteturas características, culinária tradicional, paisagens de encostas e morros. Nos últimos anos, o turismo é outra atividade econômica que está dando os seus primeiros passos em Presidente Lucena. O asfaltamento de sua principal via de acesso e a integração com a Rota Romântica (um projeto turístico que engloba 13 municípios, inspirado num roteiro idêntico situado ao Sul da Alemanha), contribuem para o crescente número de visitantes à cidade. Presidente Lucena se projeta turisticamente pelas suas belezas naturais, sua gastronomia e sua arquitetura estilo enxaimel e o seu principal evento é a SchmierFest, realizada a cada dois anos sempre no mês de novembro.
A cidade também é conhecida como a “Capital da Schmier Colonial”, devido ao doce tradicional à base de frutas. 
Esporte
Quanto ao esporte, as atividades principais são de caráter amador e escolar, organizadas pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto. Há campeonatos de futsal, torneios festivos, participação de crianças e jovens no esporte escolar. Uso de espaços públicos para esporte e lazer faz parte da rotina local.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Prefeitura Municipal ; Caravela .

sábado, 6 de dezembro de 2025

CACHOEIRA DO PIRIÁ - PARÁ

Cachoeira do Piriá é um município brasileiro do estado do Pará. Localizado na região norte do Brasil, a uma latitude 1º40'15 sul e longitude 46º31'44 oeste. Sua população estimada para o ano de 2025, pelo IBGE, era de 19.223 habitantes
História
O povoado surgiu às margens da Rodovia BR-316 entre o estado do Pará e do Maranhão, crescendo com o comércio do ouro. 
Foi elevado à categoria de município via Lei Estadual n.º 5,927, em 28 de dezembro de 1995, através do desmembramento do município de Viseu, chamado inicialmente de "Cachoeira do Carimpo", devido a predominância das atividades minerais na região.
Formação administrativa 
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Cachoeira do Piriá, pela Lei Estadual n.º 5.927, de 28 de dezembro de 1995, desmembrado de Viseu. Sede no atual distrito de Cachoeira do Piriá, ex localidade de Cachoeira. Constituído do distrito sede. Instalado 1º de outubro de 1997. 
Em divisão territorial datada de 15 de julho de 1997, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005. 
Geografia
Localiza-se na microrregião de Guamá, mesorregião do Nordeste Paraense. Sua área é de 2.411 km² e apresenta relevo suavemente ondulado, com predominância de planícies e baixas elevações. A altitude média é de cerca de 50 metros acima do nível do mar, típica das áreas próximas ao litoral paraense.
Clima
O clima é equatorial úmido, com temperaturas elevadas durante todo o ano, variando entre 23°C e 33°C, e alta umidade relativa do ar. As chuvas são abundantes, principalmente entre os meses de dezembro e maio, período de inverno amazônico.
Hidrografia
Os principais cursos d’água, como o rio Piriá, o igarapé do Quatipuru e seus afluentes, desempenham papel essencial na vida da população, servindo como vias de transporte, pesca e abastecimento.
Solos
Os solos predominantes são de origem argilosa e laterítica, férteis nas áreas de várzea e propícios para a agricultura de subsistência.
Vegetação
A vegetação é composta por floresta tropical densa, com presença de espécies nativas de grande valor ecológico e econômico, como castanheiras, andirobas, copaíbas e seringueiras. Em algumas áreas, a cobertura vegetal original foi substituída por pastagens e cultivos agrícolas.
Economia
Cachoeira do Piriá é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
A economia de Cachoeira do Piriá é baseada principalmente na agricultura familiar, na pecuária e no extrativismo vegetal. Os principais produtos agrícolas são mandioca, milho, feijão, arroz, pimenta-do-reino, cacau e cupuaçu, que garantem o sustento das famílias e abastecem os mercados regionais.
A pecuária bovina e de pequeno porte também tem importância crescente, assim como a produção de leite e derivados. Nos últimos anos, o comércio local e o setor de serviços vêm se expandindo, impulsionados pelo aumento populacional e pela melhoria das estradas vicinais.
De janeiro a agosto de 2025, foram registradas 54 admissões formais e 23 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 31 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 5.
Educação
No campo educacional, Cachoeira do Piriá possui rede pública de ensino que abrange da educação infantil ao ensino médio. Embora não conte com uma universidade própria, o município dispõe de polos de ensino superior a distância, vinculados a instituições como a Universidade Federal do Pará, a Universidade do Estado do Pará e outras faculdades privadas que oferecem cursos online e presenciais em cidades vizinhas, possibilitando o acesso à formação universitária.
Cultura
A cultura do município é marcada pela diversidade amazônica e nordestina, refletida nas festas religiosas, no artesanato e na música popular. O Círio de Nossa Senhora de Nazaré, realizado anualmente, é o maior evento religioso de Cachoeira do Piriá, reunindo fiéis em procissões e celebrações. Outras festividades tradicionais incluem o Festival do Açaí, o Carnaval Popular e as festas juninas, que animam as comunidades rurais e urbanas.
Turismo
No turismo, o destaque fica por conta das belezas naturais, como cachoeiras, igarapés e trilhas ecológicas, além do rio Piriá, que oferece paisagens exuberantes e oportunidades de lazer e pesca esportiva.
O esporte também é parte importante da vida local. O futebol amador é a modalidade mais praticada, com diversos campeonatos municipais e torneios inter comunitários. A prefeitura investe em espaços esportivos, como campos e quadras, que servem de ponto de encontro e lazer para a juventude. Além disso, projetos sociais incentivam a prática esportiva como forma de inclusão e promoção da saúde.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela .