segunda-feira, 22 de setembro de 2025

BATURITÉ - CEARÁ

Baturité é um município brasileiro do estado do Ceará. Localiza-se na microrregião de Baturité, mesorregião do Norte Cearense. Sua população verificada no censo de 2022, do IBGE, era de 33.326 habitantes que representa cerca de 0,38% da população do estado de Ceará. Baturité é a terra natal de Franklin Távora, escritor do romantismo, autor de O Cabeleira; de Luiz Severiano Ribeiro, o fundador do Grupo Severiano Ribeiro, de Elmano de Freitas, atual governador do Ceará; e do Major Antônio Couto Pereira, um dos maiores presidentes do clube de futebol Coritiba, responsável pela construção do antigo estádio Belfort Duarte, atual Estádio Major Antônio Couto Pereira. A cidade de Baturité é muito conhecida por diversos pontos turísticos (Mosteiro dos jesuítas, etc.) que favorece muito o comércio, principal fonte de receitas para o município. 
Etimologia
O topônimo Baturité apresenta várias hipóteses etimológicas: 
- Para Paulino Nogueira, este vem do decomposto do Tupi BU (sair, rebentar, sair da fonte), TY (água) e ETE (boa) e significa sair água boa, uma alusão às inúmeras fontes de água cristalina que jorram da serra; ou uma corruptela do IBI (terra), TIRA (alta), ETÉ e significa serra;
- Para José de Alencar, este vem de Baturieté (narceja: uma ave ilustre), que composta por Batuira e Eté, nome que honra o chefe Potyguara e na linguagem figurada significa valente nadador;
- Para Von Martius vem da corruptela de Epo (por ventura) e ITA-ETË (aço) que significa certo aço;
- Para Pedro Catão, vem de Batu (monte serra) e Ete (desinência superlativa) e significa verdadeira serra, serra por excelência;
- Antônio Martins Filho e Raimundo Girão diferenciam-se da versão de Paulino Nogueira apenas nos termos Tira, que seria Itira ou Atira (o monte, o monte), pois na análise fonética YBY, Y representa-se por I ou U, o que resultou para os portugueses IBI ou UBU e de ATYRA resultou ATURA. Compondo ficou IBATURA, BATURA com a queda da vogal inicial átona, fenômeno muito comum na acomodação portuguesa do Tupi. Desta forma BATURA (montão, monte de terra ou serra) e os índios juntaram o sufixo ETÉ (principal, a verdadeira ou real) e ficou BATUETÉ (serra verdadeira ou real). Para estes, a expressão Serra de Baturité é pleonástica, pois Baturité já significa serra.
Suas denominações originais eram Aldeias das Missões, Missão de Nossa Senhora da Palma, Palmas, depois Vila Real Monte-Mor o Novo da América e, desde 1858, Baturité.
História
Região habitada por diversas etnias como os Potyguara, Jenipapo, Kanyndé, Choró e Quesito, recebeu a partir do século XVII diversas expedições militares e religiosas. Com a expulsão dos holandeses, a coroa portuguesa iniciou o processo de ocupação definitiva das terras cearenses, que intensificou-se através da ocupação missionária pelos Jesuítas, a doação de sesmarias, busca de metais preciosos e a implantação da pecuária do Ceará. Em 1755, Baturité, ou melhor, Missão de Nossa Senhora da Palma, surge neste contexto como uma missão tendo como finalidade aldear os índios da região. Em 1759, com a expulsão dos Jesuítas, a missão foi elevada a condição de Vila com o nome de Monte-Mor o Novo d'América. Em 1791, nesta vila foi reunido aos Kanindé, Jenipapo, um contingente de índios oriundos de missões em conflitos, como: os Jucá da Vila de S. Mateus, os Paiacu da Vila de Monte-Mor-o-Velho e da Vila de Portalegre.
Por causa do clima ameno e da água em abundância, Baturité e outros municípios vizinhos serviram de refúgio para populações sertanejas de cidades como Canindé e Quixadá, que ali se abrigaram durante a Seca dos Três Setes (1777 a 1793). Um marco da presença católica no município é o grupo de igrejas, conventos e mosteiros que ainda resistem ao tempo e alguns deles convertidos em hospedarias nos dias atuais. 
Em 1824, Manoel Felipe Castelo Branco trouxe do Pará para Baturité, mudas de café, fato que trouxe transformações na atividade econômica e vida social local. 
Na metade do século XIX, Baturité tinha como principal atividade econômica a cultura do café, chegando na época a deter 2% de toda a produção brasileira. Há relatos de que o café de Baturité era um dos mais apreciados nas cafeterias francesas. Com o crescimento da cultura do café surge a necessidade de uma via mais rápida de escoamento da produção para o porto de Fortaleza, que era feita através das precárias estradas da época. Neste contexto, em 1870, um grupo de comerciantes lança a proposta de construir a primeira ferrovia no estado, constituindo juridicamente a Estrada de Ferro de Baturité e um porto em Fortaleza. Em 1882, é inaugurada a estação ferroviária de Baturité,[8] pela qual o café foi transportado diretamente ao Porto de Fortaleza. Em 1921, com a expansão da estrada de ferro, Baturité recebe mais uma estação ferroviária, mais precisamente no povoado do Açudinho (hoje Alfredo Dutra). 
A cultura do café, entre 1870 até a superprodução e a superoferta de 1929, impulsiona a economia e a vida social de Baturité, bem com a modernização da cidade. A partir do início do século XX, Baturité vivenciou fortemente o movimento religioso da Ação Católica, principalmente com o vigário local Monsenhor Manoel Cândido e seu pupilo Ananias Arruda. Desse movimento católico surgiram vários prédios religiosos na cidade como: 
- Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (1934).
- Colégio Salesiano Domingos Sávio (1932).
- Círculo Operário Católico de Baturité (1924).
- Escola Apostólica dos Jesuítas (1927).
- 1882 - Inaugurada a Estação de Baturité da Estrada de Ferro de Baturité (marco no desenvolvimento da cidade).
- Central de Abastecimento de Água de Baturité pela firma Catão e Pinto - realização do Major Pedro Catão e do Cel. José Pinto do Carmo (30 de março de 1917).
- Serviço de luz elétrica de Baturité (2 de junho de 1918), realização de Horácio Dutra. Em 1921 esta empresa foi transferida para o Cel. José Pinto do Carmo.
- Em 1896 nasceu o Major Antônio Couto Pereira que, ainda jovem, foi morar com alguns familiares em Curitiba e em 1916 filiou-se ao clube de futebol Coritiba. Em 1926 foi presidente do clube pela primeira vez. O nome do estádio do time é em homenagem ao ilustre Antônio Couto Pereira. Ele é tio-avô do técnico em edificações e historiador cearense Gustavo Braga.
Não há evidência de uma belle époque em Baturité — a classe média era bastante exígua e sua população era basicamente rural. Suas ruas só ganharam pavimentação a partir de 1932, na administração do Capitão Ózimo de Alencar. Ainda assim, contou com um atuante movimento urbano nas décadas de 1920 e 1930. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Aldeias das Missões, por Provisão de 19 de junho de 1762 e por Lei Provincial de 18 de março de 1842. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Palmas, por Carta de 06 de agosto de 1763, e Portaria de 15 de agosto de 1763, retificado, por carta de 16 de dezembro de 1763. Instalado em 14 de julho de 1764. 
Por Carta Régia de 14 de abril de 1764, a vila se denominada vila Real Monte-Mor. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de Baturité, pela Lei Provincial n.º 844, de 09 de agosto de 1858. 
Pelo Ato Provincial de 10 de outubro de 1868, é criado o distrito de Guaramiranga e anexado ao município de Baturité. 
Pelo Ato Provincial de 04 de junho de 1878, é criado o distrito de Pernambuquinho e anexado ao município de Baturité. 
Pelo Decreto Estadual n.º 37, de 02 de agosto de 1890, é criado o distrito de Caio Prado (ex-povoado de Cngati) e anexado ao município de Baturité. 
Pelo Decreto n.º 8 - E, de 10 de março de 1892, é criado o distrito de Castro e anexado ao município de Baturité. 
Pelo Ato Estadual de 27 de março de 1896, é criado o distrito de Riachão e anexado ao município de Baturité. 
Pelo Ato Estadual de 20 de janeiro de 1897, é criado o distrito de Candeia e anexado ao município de Baturité. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 7 distritos: Baturité, Castro, Caio Prado, Candeia, Guaramiranga, Pernambuquinho e Riachão. 
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, o município aparece constituído de 8 distritos: Baturité, Caio Prado, Candeia, Castro, Guaramiranga, Pernambuquinho, Putiú e Riachão. 
Pelos Decretos Estaduais n.º 193, de 20 de maio de 1931 e nº 1156, de 04 de dezembro de 1933, o distrito de Castro passou a denominar Itaúna e Riachão a chamar-se Capistrano. 
Pelo Decreto Estadual n.º 1.156, de 04 de dezembro de 1933, os distritos de Guaramiranga e Pernambuquinho, foram desmembrados de Baturité, para constituírem o município de Pacoti. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: Baturité, Caio Prado (ex-Cangati), Candeia, Capistrano de Abreu (ex-Riachão) e Itaúna (ex-Castro). 
Pelo Decreto Estadual n.º 448, de 20 de dezembro de 1938, o distrito de Capistrano de Abreu passou a denominar-se simplesmente Capistrano. Sob o mesmo decreto é extinto o distrito de Candeia, sendo seu território anexado ao distrito sede de Baturité. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Baturité, Caio Prado, Capistrano (ex-Capistrano de Abreu) e Itaúna. 
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.114, de 30 de dezembro de 1943, o distrito de Itaúna passa a denominar-se Itapiúna. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 4 distritos: Baturité, Caio Prado, Capistrano (ex-Riachão) e Itapiúna (ex-Itaúna). 
Pela Lei Estadual n.º 1.153, de 22 de setembro de 1951, é desmembrado do município de Baturité o distrito de Capistrano. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o município é constituído de 3 distritos: Baturité, Caio Prado e Itapiúna. 
Pela Lei Estadual n.º 3.599, de 20 de maio de 1957, são desmembrados do município de Baturité os distritos de Itapiuna e Caio Prado, para constituírem o novo município de Itapiúna. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede. 
Pela Lei Municipal n.º 932, de 17 de janeiro de 1991, foram criados os distritos de Boa Vista e São Sebastião e anexados ao município de Baturité. 
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 3 distritos: Baturité, Boa Vista e São Sebastião. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2018.
Geografia
Subdivisão

O município tem três distritos: Baturité (sede), Boa Vista e São Sebastião. 
Relevo
Localizado no Maciço de Baturité, tem relevo na sua grande parte montanhoso formado de maciços residuais e depressões sertanejas, tendo como a maior elevação localizado na serrota de São Francisco, cerca de 874 metros acima do nível do mar. 
Hidrografia
O rio Putiú e rio Aracoiaba, juntamente com a Barragem Tijuquinha, são as maiores fontes de recursos hídricos para o abastecimento de água para o município. Os riachos como: das Lajes, do Padre, da Panta, da Pedra Aguda, Mucunã, Nilo, Pilar, Salgado, Santa Clara, Sinimbu, Supriano, completam os recursos hídricos deste município e juntamente com o rio Putiú, deságuam suas águas no rio Aracoiaba. 
Vegetação
A vegetação é formada pela caatinga arbustiva densa, floresta subcaducifólia tropical, floresta úmida semiperenofólia, floresta úmida semicaducifólia, floresta caducifólia e mata Ciliar. Existe ainda uma APA (Área de Proteção Ambiental). 
Clima
Baturité possui um clima bastante peculiar para esta região do Brasil. As máximas chegam a 32 °C nos meses mais quentes, podendo cair para 20 °C ou menos na época mais fria. A pluviometria média é de 1 065 milímetros (mm), com chuvas concentradas entre janeiro e junho, chegando a ocorrerem tempestades com ventos fortes e raios. Porém, as chuvas também são irregulares podendo ocasionar seca e racionamento de água, como o registrado entre os anos de 1998 e 1999 quando o principal reservatório de abastecimento da cidade, a Barragem Tijuquinha, chegou ao nível zero. 
Economia
Atualmente a economia de Baturité baseia-se principalmente na exploração do setor terciário da economia (comércio e prestação de serviços), na extração vegetal e em culturas de algodão, banana, arroz, milho, feijão, café e cana-de-açúcar, porém, assim como na maioria dos municípios cearenses (com exceção do café), esta ainda é feita com técnicas agrícolas rudimentares fazendo com que o solo empobreça e a produção seja insignificante em termos nacionais. Ainda assim, Baturité se destaca na sua região sendo um importante centro consumidor e abrigando sede de muitas empresas regionais. Com um comércio forte, base da economia do município, a cidade vem conseguindo muitos avanços na qualidade de vida da população e na modernização da cidade. 
Ainda é importante destacar o cultivo do café, que embora tenha diminuído muito após a crise de 29 e outras crises na economia brasileira, vem crescendo, atualmente, utilizando-se a técnica do cultivo sombreado e 100% orgânico. Esse tipo de cultivo fez com que o café baturiteense ganhasse destaque nacional e internacionalmente por ser um produto de alta qualidade e saudável. 
Turismo
Outra fonte de renda do município é o turismo, com um grande potencial. Baturité possui uma APA (Área de Proteção Ambiental) nos remanescentes de Mata Atlântica existente no município, trilhas, cachoeiras, áreas propícias para prática de esportes de aventura e um grande acervo cultural espalhado por toda a cidade como museus, monumentos e edificações centenárias. 
Pontos turísticos
- Igreja matriz
- Prédio da Cultura (hoje a sede da Secretária de Saúde)
- Pelourinho (marco da fundação da cidade)
- Palácio Entre Rios (antiga cadeia municipal e hoje sede da prefeitura)
 -Igreja Matriz de Cristo Rei (localizada em um alto no bairro do Putiú)
- Museu Comendador Ananias Arruda
- Estrada de Ferro juntamente com a estação ferroviária (onde expõe obras de Olavo Dutra Alencar)
- Via Sacra Pública de Baturité (com 365 degraus)
- Imagem de Nossa Senhora de Fátima (exposta no alto do morro da Via Sacra, a maior imagem da santa no mundo)
- Igreja de Santa Luzia (inaugurada em 1879)
- Antiga Escola Apostólica dos Jesuítas (atualmente conhecida como - Mosteiro dos Jesuítas, funciona como casa de retiros, encontros religiosos, congressos, hospedagem e descanso. O prédio lembra um castelo medieval);
- Mirante do Cruzeiro (magnífica obra de uma cruz com 25 metros de altura sobre uma montanha, monumento recém inaugurado).
Cultura
Um dos principais eventos culturais da cidade são as Festas de Nossa Senhora da Palma, padroeira do município, que se realiza entre os dias 6 e 15 de agosto, a Festa de Santa Luzia que se realiza entre os dias 3 a 13 de dezembro, a Festa de Santo Antonio que ocorre entre os dia 1º a 13 de junho e a Festa de Cristo Rei no mês e novembro. A feira livre, sempre realizada aos sábados, também já é um marco cultural na cidade e reúne feirantes da cidade e de regiões vizinhas. 
Espalhados pela cidade, principalmente pela região central, encontram-se casarões em estilo colonial construídos em meados do século XIX, época da fartura do café, alguns poucos tombados. Estátuas e bustos de baturiteenses notórios, como Ananias Arruda e Valdemar Falcão, estão expostos em praças que levam seus nomes. A influência da igreja católica na cultura da cidade é bastante expressiva. O monumento erguido à Nossa Senhora de Fátima, trazido de Portugal, pode ser visto de praticamente toda a cidade e muitos se aventuram em chegar lá vencendo seu acesso que possui 365 degraus. A bi-centenária igreja de Nossa Senhora da Palma, construída em 1762 no estilo bizantino com predominação no barroco, é a única nesse estilo no Brasil e já serviu como depósito de pólvora na época da Confederação do Equador. 
No entanto, denota-se atualmente, a destruição progressiva de vários casarões e até monumentos históricos para ceder lugar a prédios comerciais. Não existem políticas de conscientização ou para restringir a degradação do patrimônio histórico de Baturité. 
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE .

sábado, 20 de setembro de 2025

ARAGUATINS - TOCANTINS

Araguatins é um município brasileiro do estado do Tocantins. Localiza-se na microrregião do Bico do Papagaio, estando a uma altitude de 103 metros, situada às margens do rio Araguaia. Sua população era de 41.918 habitantes conforme dados do Censo 2022, do IBGE. Possui uma área de 2297,3 km².
História
O local onde hoje é Araguatins teve como primeiros moradores a família de Máximo Libório da Paixão, em 1867. No entanto, foi fundada por Vicente Bernardino Gomes no ano seguinte com o nome de vila São Vicente do Araguaia, em 9 de junho de 1868. Vicente Bernardino, que antes residia na Colônia Militar de São João do Araguaia, no Estado do Pará, resolveu subir o Rio Araguaia e procurar um local onde pudesse fundar uma povoação. Aproveitou da existência de grandes pequiseiros, oitizeiros, entre outras árvores regionais dando início à sua exploração econômica. Para tanto, acolheu trabalhadores vindos de diversas regiões que passaram a fixar residência na localidade. A vila passa a categoria de município pela Lei n.º 426 de 21 de junho de 1913, que foi sancionada pelo Decreto n.º 3.639 de 5 de março de 1914 e instalado em 12 de novembro do mesmo ano pelo Decreto n.º 3.774. Em 1945, a sede do Município foi transferida para Itaguatins, pelo Presidente Getúlio Vargas. Depois de três anos de transferência da sede, o Município foi criado pela segunda vez pela Lei n.º 184 de 13 de outubro de 1948 tendo sido reinstalado em 1º de janeiro de 1949. Com a criação do Estado do Tocantins em 1989 o Município passa a integrá-lo, antes era parte do Estado de Goiás. O nome Araguatins nasceu da junção dos dois rios Araguaia e Tocantins por sugestão do Prefeito Antonio Carvalhedo Murici, tendo sido aprovado pelo Decreto n.º 8.305 no ano de 1943.
Formação Administrativa
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, figura no município de Boa Vista do Tocantins o distrito de São Vicente do Araguaia. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Vicente do Araguaia, pela Lei Estadual n.º 426, de 21 de junho de 1913, desmembrado de Boa Vista do Tocantins. 
Pelas Leis Municipais n.º 55, de 05 de agosto de 1917 e n.º 42, de 30 de janeiro de 1924, é criado o distrito de Santo Antônio da Cachoeira e anexado ao município de São Vicente do Araguaia. 
Pela Lei Municipal n.º 3, de 15 de setembro de 1931, é criado o distrito de Petrolina da Lontra e anexado ao município de São Vicente do Araguaia. 
Pela Lei Municipal n.º 6, de 15 de julho de 1932, é criado o distrito de Peneaúma e anexado ao município de São Vicente do Araguaia. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído de 4 distritos: São Vicente do Araguaia, Peneaúma, Petrolina do Lontra e Santo Antônio da Cachoeira. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 557, de 30 de março de 1938, o distrito de Petrolina do Lontra tomou a denominação de Araguaiana. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 1.233, de 30 de outubro de 1938, o município de São Vicente do Araguaia passou a denominar-se simplesmente São Vicente. Sob o mesmo decreto, o município de São Vicente adquiriu o território do extinto distrito de Araguaiana (ex-Petrolina do Lontra). 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: São Vicente, Araguaiana (ex-Petrolina do Lontra), Peneaúma e Santo Antônio da Cachoeira. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 8.305, de 31 de dezembro de 1943, o município de São Vicente passou a denominar-se Araguatins. Sob o mesmo decreto acima citado, o distrito de Santo Antônio da Cachoeira passou a chamar-se Itaguatins. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 55, de 19 de julho de 1945, o município Araguatins foi rebaixado a categoria de distrito, passando o município a denominar-se Itaguatins, tendo havido transferência de sede municipal. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Araguatins, pela Lei Estadual nº 184, de 13 de outubro de 1948, desmembrado de Itaguatins. Sede no antigo distrito de Araguatins. Constituído do distrito sede. Instalado em 1º de janeiro de 1949. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955. 
Pela Lei Municipal n.º 15, de 29 de setembro de 1956, é criado o distrito de Xambioá (ex-povoado de Xambioazinho) e anexado ao município de Araguatins. 
Pela Lei Estadual n.º 2.118, de 14 de novembro de 1958, é desmembrado do município de Araguatins o distrito de Xambioá. Elevado à categoria de município 
Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 1º de julho de 1960. 
Pela Lei Municipal n.º 30, de 1º de dezembro de 1960, é criado o distrito de Ananás e anexado ao município de Araguatins. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 2 distritos: Araguatins e Ananás. 
Pela Lei Estadual n.º 4.684, de 14 de outubro de 1963, é desmembrado do município de Araguatins o distrito de Ananás. Elevado à categoria de município. 
Pela Lei Estadual n.º 1, de 18 de fevereiro de 1964, é criado o distrito de Natal e anexado ao município de Araguatins. 
Pela Lei Estadual n.º 2, de 18 de fevereiro de 1964, é criado o distrito de São Bento e anexado ao município de Araguatins. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1968, o município é constituído de 3 distritos: Araguatins, Natal e São Bento. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 1988. 
Pela Lei Estadual n.º 251, de 20 de fevereiro de 1991, alterado em seus limites pela Lei Estadual n.º 498, de 21-12-1992, desmembra de Araguatins o distrito de São Bento. Elevado à categoria de município com a denominação de São Bento do Tocantins. 
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 2 distritos: Araguatins e Natal. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 2023.
Economia
A economia da cidade é baseada na agropecuária, serviços, administração pública e indústria. 
Araguatins é um município de grande relevância na região que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pela alta regularidade das vendas no ano. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 916 admissões formais e 556 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 360 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 177.
Até maio de 2025 houve registro de 42 novas empresas em Araguatins, sendo que 2 atuam pela internet. Neste último mês, 9 novas empresas se instalaram. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (8). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 64 empresas.
Turismo
Araguatins possui atrativos turísticos como a cachoeira do rio São Martinho e passeios pelo rio Araguaia.
Araguatins, localizada no extremo norte do Tocantins, oferece diversas opções de lazer e turismo, principalmente relacionadas ao Rio Araguaia. É possível desfrutar de passeios de barco, pesca esportiva, acampamentos, observação de aves e prática de esportes aquáticos. Além disso, a cidade possui um centro histórico interessante e praias temporárias durante a temporada de praia, como a Praia da Ponta e a Praia da Sapucaia
Opções de lazer e turismo 
- Rio Araguaia:  pode ser explorado através de passeios de barco, pesca esportiva e pratique esportes aquáticos como canoagem e caiaque. 
- Acampamentos:  A beleza natural do rio Araguaia é propícia para acampar às suas margens, especialmente na Praia da Sapucaia. 
- Observação de aves e vida selvagem: A rica fauna e flora da região apresenta oportunidades observar aves e outros animais silvestres. 
- Trilhas e caminhadas: As trilhas ecológicas e caminhos próximos ao rio, como a trilha que leva à cachoeira do rio São Martinho, podem ser tranquilamente exploradas
- Cachoeira do São Martinho: A visita a essa cachoeira, com uma queda d'água de 4 metros,é  ideal para banho e prática de esportes aquáticos. 
- Cachoeira do Salto: Localizada a 50 km de Araguatins, essa cachoeira é um local de beleza natural com águas cristalinas, perfeito para quem gosta de contato com a natureza e atividades como alpinismo e escalada. 
- Praia da Ponta: É a praia oficial da temporada em Araguatins, oferecendo uma estrutura com camping, bares, restaurantes e segurança, durante os meses de junho a agosto. 
- Praia da Sapucaia: Localizada no Rio Araguaia, é acessível por meio aquático e é utilizada para acampamentos familiares e amigos, com funcionamento apenas nos meses de verão, quando fica visível. 
- Centro Histórico: O centro histórico de Araguatins merece ser explorado, conhecendo a história e a arquitetura local. 
- Temporada de Praia: Para visitas ocorrendo durante a temporada de praia (junho a agosto), podem ser aproveitadas as opções de lazer e infraestrutura oferecidas nas praias de Araguatins
- Ilha de São Vicente: Fica localizada à frente do Cais do Porto, e tem como destaque o Paredão do Nego Velho, que abriga, no seu topo, imensas árvores da flora amazônica, minando água cristalina das pedras, excelente local para a prática de alpinismo e escalada. A praia de São Raimundo fica na Ilha e tem aproximadamente 5 km de extensão, situada em frente do Povoado de São Raimundo, do município de Brejo Grande (Pará), e surge somente durante a alta temporada, com acesso somente por barco.
Educação
O município conta com a Universidade Estadual do Tocantis (UNITINS), com campus localizado na cidade, que teve seu início marcado com uma aula magna no dia 15 de agosto de 2014.
Cultura
A culinária local oferece especialidades como peixe na brasa, e você pode encontrar opções variadas no Mercado Municipal e em restaurantes.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela .

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

GUARANTÃ DO NORTE - MATO GROSSO

Guarantã do Norte é um município brasileiro do estado de Mato Grosso, na região norte do estado, próximo à divisa com o Pará. É conhecido por sua economia baseada na agropecuária, com destaque para a pecuária (com cerca de 300 mil cabeças de gado) e a agricultura, especialmente o cultivo de arroz. A cidade também possui um importante polo de produção de leite. 
Localiza-se a uma latitude 09° 47′ 15″ sul e a uma longitude 54° 54′ 36″ oeste, estando a uma altitude de 345 metros. A população de Guarantã do Norte é estimada em 31.328 habitantes. Essa informação é baseada nos dados do Censo de 2022 do IBGE.
História
Entre as décadas de 1970/1980 o Governo Federal incrementou, na região Norte do país, o programa de colonização, nas áreas eleitas prioritárias para fins de reforma Agrária e Segurança Nacional, criando, através do INCRA, inúmeros projetos de Assentamentos Agrários. 
A finalidade inicial era colonizar o Norte do país e solucionar vários problemas sociais existentes na região Sudeste do Brasil, envolvendo trabalhadores rurais entre pequenos proprietários, sem terra e aqueles explorados sob regime de escravidão branca. 
Em decorrência dos fatos acima citados e, voltando especificamente para a nossa Região, em 1979 foi criado pelo INCRA, através da Superintendência Regional do Estado de Mato Grosso, um projeto de colonização denominado PROJETO DE ASSENTAMENTO CONJUNTO PEIXOTO DE AZEVEDO, com 245.000,0000 hectares sobre a Gleba Braço Sul, localizada, originalmente, no Município de Colíder/MT. 
O Projeto foi implantado em parceria técnica e administrativa com a Cooperativa Tritícola de Erechim Ltda/Cotrel para assentar aproximadamente 1.200 agricultores oriundos do Rio Grande do Sul, envolvendo aqueles que tiveram suas propriedades rurais destruídas pela construção de Barragens Hidrelétricas, e os filhos dos Pequenos proprietários rurais, sócios da referida Cooperativa, cuja dimensão das propriedades eram insuficientes para absorver toda a força de trabalho produtiva do conjunto familiar. 
Em 1981 foi criado, também, pela Superintendência Regional do INCRA de Mato Grosso, o PROJETO DE ASSENTAMENTO BRAÇO SUL, com 211.000,0000 hectares, sobre a Gleba Braço Sul, para assentar aproximadamente 1.300 agricultores, envolvendo 200 posseiros já existentes na referida Gleba, os Sul Mato-grossenses, que viviam sob regime de trabalho escravo em fazendas localizadas no território Paraguaio (os brasiguaios), e outros oriundos de Mundo Novo/MS e de cidades daquele Estado e do Estado de Mato Grosso. 
Em 1982 os dois Projetos foram elevados à categoria de Distrito do município de Colíder/MT, com a denominação de Guarantã do Norte e, em 1986, à categoria de município de Guarantã do Norte, transformando, em 1987, o PROJETO DE ASSENTAMENTO CONJUNTO PEIXOTO DE AZEVEDO, em sua maior extensão territorial, a partir da margem direita do Rio Braço Norte, na categoria de distrito do município de Guarantã do Norte, com a denominação de Novo Mundo, e que, em 1996, transformou-se em município de Novo Mundo. 
A partir de 1994 foram criados mais quatros assentamentos nas áreas remanescentes do Projeto de Assentamento Conjunto Peixoto de Azevedo, onde não foram efetivados os assentamentos previstos originalmente, com a denominação Projeto de Assentamento Bela Vista, Castanhal, Cotrel, Cachoeira da União e Barra Norte, todos localizados no Município de Novo Mundo. 
Na área remanescente do Projeto de Assentamento Braço Sul, onde também não foram implementados os assentamos previstos, foram criados mais três Projetos com a denominação de Projeto de Assentamento Horizonte II, Iririzinho e São Cristóvão, todos localizados no município de Guarantã do Norte. 
Os Projetos criados a partir de 1994 tiveram como objetivo básico regularizar a situação de centenas de agricultores que já se encontravam de posse daquelas terras mas, que não tinham suas ocupações reconhecidas pelo INCRA. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Guarantã do Norte, pela Lei n.º 4.378, de 16 de novembro de 1981, subordinado ao município de Colíder. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1983, o distrito de Guarantã figura no município de Colíder. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1993. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Guarantã do Norte, pela Lei Estadual n.º 5.008, 13 de maio de 1986. Desmembrado do município de Colíder. Sede no atual distrito Guarantã o Norte (ex-Guarantã). Constituído do distrito sede. Instalado em 31 de dezembro de 1986. 
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
O município de Guarantã do Norte possui uma Área territorial de 4.763,3 Km2, sendo 65,9 km2 somente de área urbana, constituída ainda de 5. 558 residências urbanas.
Fauna
Em sua fauna as espécies em destaque são: mamífero – Anta (Tapirus terrestris), Macaco-prego (Hidrochoerus hyrochoeris), Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), Paca (Agouti paca), Onça-pintada (Phantera onça) e Tamanduá-bandeira (Mymecophaga tridactyla); peixe – Matrinxã (Brycon hilarii), Tucunaré (Cichia acellaris), Lambari (Markiana sp.), Pintado (Pseudo platystoma corruscans), Pacú (Piaractus mesoporamicus), Curimbatá (Prochilodus lineatus), Piranha (Pygocentrus mattereri) e Jaú (Paulicea luetkeni); ave – Gavião–real (Harpia harpija), Ararajuba (Aratinga garouba) e répteis e anfíbios IBGE, 1992, EMBRAPA, 1994 - BRISTSKI, 1999 - QUEIROS, 1999 apud Miranda e Amorim, 2000).
Hidrografia
Seus recursos hídricos pertencente á Bacia Amazônica e Sub-bacia do Rio Tapajós (IBGE, 1997 - DZSEE, 1999 (adaptado) apud Miranda e Amorim, 2000), tendo como os principais rios: Braço Norte, Braço Sul, Iriri, Peixotinho, Mutum, Vale do XV, Horizonte e córregos: 22, 27, 29, 31, 40, Aurora, Mineirão, Macedo, Porcão, Linha do Sol, Hertal, Jacinto, Jacaré I, Jacaré II, Pena do Mutum, Bomm, Mezomo, Geraldão, Santa Ana e Corgão.
Clima
O período das chuvas ocorre de setembro a abril com uma precipitação pluviométrica anual de mais de 2.000mm, a temperatura média anual fica entre 25°C mínima e 33°C máxima. O clima é fator importante e completa o quadro favorável ao desenvolvimento de atividades agropastoris.
Economia
A economia é diversificada, com forte atuação na pecuária, agricultura e comércio. 
A produção de leite é um dos destaques, com mais de 22 milhões de litros por ano. 
O município também é conhecido por suas atividades ligadas ao extrativismo e ao turismo, com atrativos como a Cachoeira da Serra, o Parque Florestal, o Lago do Céu Azul e as grutas locais conforme o site Viagens BR. 
Guarantã do Norte é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são fatores de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 1,9 mil admissões formais e 1,7 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 200 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 274.
Até maio de 2025 houve registro de 130 novas empresas em Guarantã do Norte, sendo que 6 atuam pela internet. Neste último mês, 32 novas empresas se instalaram, sendo 2 com atuação pela internet. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (26). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 206 empresas.
Turismo
Guarantã do Norte respeita seus recursos naturais com desenvolvimento sustentável, por isso as inúmeras riquezas naturais são preservadas. Para quem gosta de aventuras, os rios, cachoeiras e corredeiras com águas cristalinas são convite irrecusável, sem contar a pesca esportiva que tem como principal troféu dentre muitas espécies de peixes a matrinxã, o município abriga um sitio arqueológico com inscrições rupestres que permitem pesquisas e explorações históricas. O ecossistema local é bastante diversificado tanto na fauna quanto na flora.
O patrimônio ambiental é sem dúvida a maior riqueza que o município possui. Além de áreas de floresta Amazônica, o município conta com diversos pontos a serem visitados pelos turistas, como é o caso das cachoeiras, represas, pinturas rupestres, praias, etc. Na região da Serra do Cachimbo, Vale do XV e na divisa com o Estado do Pará, podem ser encontradas muitas belezas como é o caso das cachoeiras Três Quedas e Bonita.
Na Linha 38 temos as pinturas rupestres e a Cachoeira do Nilton, entretanto a falta de estrutura para acesso decepciona alguns turistas. Porem, as belezas das quedas d’água proporcionam ótimos momentos de lazer. A cachoeirinha é uma boa opção também, Localizada a apenas 18 Km da cidade, possui um fácil acesso e reserva boas emoções.
Dentre todas as opções, a Cachoeira do Arco Iris é uma das mais bonitas. No entanto, por decisão do “proprietário” da área, esse local está indisponível para visitas, privando toda a população de desfrutar de mais um presente da natureza.
Alem das opções mostradas, Guarantã do Norte ainda dispõe de outras opções como o Clube Paraíso, no rio Braço Sul, a Praia do Sol no rio Braço Norte e muitos outros que podem proporcionar um bom lazer. Além disso, a Cidade está localizada próxima ao Parque Estadual Cristalino, que proporciona outra opção de visita. No entanto, a estrutura de todos esses lugares ainda deixam a desejar, Faltam guias turísticos. No campo da hotelaria, Guarantã do Norte conta com uma boa rede de Hotéis que podem proporcionar um ótimo conforto aos visitantes. Conta também com uma boa quantidade de restaurantes e lanchonetes. Dentre os eventos que se destacam no intuito de atrair os turistas, pode-se citar o Festival de Pesca que acontece anualmente no rio Braço Norte, nas proximidades do Balneário Strege e que já é sinônimo de sucesso.
Pontos Turísticos
Dentre os diversos pontos turísticos de Guarantã do Norte, destacam-se:
Balneário Streg: É o local onde as famílias escolhem para passar os finais de semana, o local é bem estruturada com churrasqueiras, Tendas, e também tem um restaurante para aqueles que não queira levar comida.
Rio Braço Norte: O Rio braço norte faz dele um verdadeiro manancial de água doce, vários locais turísticos só é possível pela existência do mesmo, além de ser o principal rio da cidade é também o que abastece com suas águas a população
Cachoeira três Quedas: A cachoeira três quedas, está em divisa com Guarantã do Norte e Serra do Cachimbo no PÁ a cachoeira é um dos principais pontos turísticos da região do vale do 15 no município.
Praça da Cultura: A praça da cultura, é um local onde os principais eventos acontecem Shows, Torneios, Gincanas, sendo a maior e mais bela praça da cidade, nos finais de semana Jovens de todos os Bairros se reúnem em rodas de amigos, para tomar Tereré bebida típica do estado Mato-grossense.
Referência para o texto: Wikipédia ; Site da Prefeitura Municipal ; IBGE ; Caravela ; Site da Câmara Municipal .

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

APODI - RIO GRANDE DO NORTE

Apodi é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. De acordo com a estimativa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2024, sua população é de 37.390 habitantes, distribuídos em 1.602,477 km² de área. Apodi foi emancipado de Portalegre através da Resolução do Conselho Geral da Província do Rio Grande em 11 de abril de 1833. 
História
Os primeiros a pisarem o território do atual município de Apodi teriam sido Alonso de Hojeda, almirante de Espanha, e seus companheiros de viagem: João de la Cosa e Américo Vespúcio, que chegaram à desembocadura do rio Apodi no dia 24 de junho de 1499, tomando estas terras o nome de Missão de São João do Apodi. 
Por mais de século e meio ficaram estas terras abandonadas. A colonização na 'Ribeira do Apodi' tivera início, com a concessão de sesmarias, em 19 de abril de 1680, aos irmãos Manoel Nogueira Ferreira e João Nogueira, que ali se estabeleceram com fazendas agropecuárias. 
Na vigência da 'Sublevação Geral' dos índios potiguares e tapuias (1687-96), os irmãos Nogueira e seus familiares foram obrigados ao abandono de suas propriedades, só regressando anos depois, sendo Manoel Nogueira nomeado capitão-mor. As terras do Apodi foram bem exploradas e o local experimentou vivo surto de desenvolvimento, devido à catequese dos índios paiacus, aldeados na 'Aldeia do Apodi', que foi núcleo originário da atual cidade. Em 1761, foi extinta a Missão do Apodi, transferidos os índios, criada a Freguesia das Várzeas do Apodi, com sede na antiga missão.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Apodi, 1766. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Apodi, pela Resolução do Conselho do Governo de 11 de abril de 1833, confirmada pela Lei Provincial n.º 18, de 23 de março de 1835, desmembrado de Porta-Alegre. 
Elevado à condição de cidade e sede municipal com a denominação de Apodi, pela Lei Provincial n.º 988, de 05 de março de 1887. 
Pela Lei Municipal de 09 de janeiro de 1911, é criado o distrito de Itaú e anexado ao município de Apodi. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Apodi e Itaú. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950. 
Pela Lei Estadual n.º 1.026, 11 de dezembro de 1953, é desmembrado do município de Apodi o distrito de Itaú. Elevado à categoria de município. 
Pelo Acórdão do Superior Tribunal Federal, de 13 de setembro de 1954, Representação n.º 217, o município adquiriu as terras do extinto município de Felipe Guerra, como simples povoado. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede. 
Pela Lei Estadual n.º 2.926, de 18 de setembro de 1963, o povoado de Felipe Guerra é elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial de 2018.
Etimologia
Segundo o historiador e folclorista Luís da Câmara Cascudo, o nome Apodi é uma palavra de origem indígena, que teria se originado devido à Chapada do Apodi. Outros historiadores afirmam que o nome significa "coisa firme, altura unida, um planalto, uma chapada". 
Geografia
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, Apodi pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Mossoró. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião da Chapada do Apodi, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Oeste Potiguar. Apodi é o segundo maior município do Rio Grande do Norte em tamanho territorial, com 1.602,477 km² de área, equivalente a 3,0344% da superfície estadual. Seu território é constituído pela sede e mais três distritos: Córrego, Melancias e Soledade, sendo os dois últimos criados em 1997 e o primeiro em 2017. Limita-se com os municípios de Governador Dix-Sept Rosado e Felipe Guerra ao norte; Umarizal, Itaú e Severiano Melo ao sul; Caraúbas e Felipe Guerra a leste; Severiano Melo, Itaú e o estado do Ceará (Tabuleiro do Norte, Alto Santo e Potiretama) a oeste. Apodi está a 339 km de Natal, capital estadual, e a 2.188 km de Brasília, capital federal.
Relevo
O relevo do município, com altitudes inferiores a cem metros, está inserido na Chapada do Apodi, que abrange terras planas com tendência ligeira à elevação, formadas por sedimentos cortados pelo rio Apodi/Mossoró, e na Depressão Sertaneja-São Francisco, que compreende uma série terrenos de menor altitude, de transição entre o Planalto da Borborema e a Chapada do Apodi. Apodi está situado em uma área de abrangência de terrenos da Bacia Potiguar e do embasamento cristalino. Na sede encontram-se rochas da Formação Açu, formadas durante a Idade Cretácea Inferior, há cerca de 120 milhões de anos. Nos vales dos leitos dos Rios Apodi e Umari encontram-se as planícies fluviais, formadas por depósitos aluvionares compostos de areias e cascalhos e sujeitos a inundações. No norte do município encontram-se rochas sedimentares formadas por calcário, com idade aproximada de oitenta milhões de anos, formadas na Idade Cretácea Superior. Na porção sul localizam-se as rochas do embasamento cristalino, mais antigas, formadas na Idade Pré-Cambriana há cerca de um bilhão de anos.
Solo
Os tipos de solo predominantes são o cambissolo eutrófico, característico de terrenos planos, apresentando textura formada por argila, alto nível de fertilidade e drenagem entre boa e moderada; o podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico, em áreas de relevo suave e ondulada, com fertilidade entre média a alta, textura média e drenagem entre boa e moderada; e a rendzina, altamente fértil, argiloso e nível de drenagem entre imperfeito e moderada. Também existem os solos aluvionais, o luvissolo ou bruno não cálcico, o regossolo e o vertissolo. Esses solos são cobertos pela vegetação da caatinga hiperxerófila, com espécies de plantas de pequeno porte adaptadas a longos períodos secos, como o facheiro, o faveleiro, a jurema-preta, o marmeleiro, o mufumbo e o xique-xique, além de cactáceas. Há também o carnaubal, cuja espécie predominante é a carnaúba. O município possui ainda três áreas de conservação ambiental, sendo que a maior delas é Soledade, com área de 1 081 ha, seguida pela Aurora da Serra (362 ha) e pela Lagoa do Clementino (253,7 ha). 
Hidrografia
Apodi possui todo o seu território inserido na bacia hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró, sendo cortado por esse rio e um de seus afluentes, o Rio Umari. O principal reservatório do município é a Barragem Santa Cruz, oficialmente Barragem Governador Aluízio Alves, com capacidade para 599.712.000 de metros cúbicos de água (m³) e o segundo maior do Rio Grande do Norte, depois da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu. Foi construído entre 1999 e 2002, sendo que sua bacia hidrográfica cobre uma área de 4.264 km². Outros reservatórios do município, com capacidade igual ou superior a 100.000 m³, são Melancias (1.000.000 m³), Arção (800.000 m³), Lagoa Rasa (500.000 m³), Carnaúba Seca (116.000 m³), Mulungu (100.000 m³) e Boa Vista (100.000 m³). Os principais riachos são da Barra, João Dias e Melancias. 
Clima
O clima de Apodi é semiárido, do tipo Bsh na classificação climática de Köppen-Geiger, cujas principais características são a baixa nebulosidade, chuvas concentradas em poucos meses do ano, forte insolação e temperaturas elevadas, o que ocasiona em elevados índices de evaporação e grande déficit hídrico. Apodi apresenta um dos mais altos índices de insolação do Brasil, ultrapassando 3 100 horas/ano. Os meses mais chuvosos são março e abril. 
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1963 a 1990 e a partir de 1997, a menor temperatura registrada em Apodi foi de 15,2 °C em 1° de setembro de 1975 e a maior atingiu os 40 °C em 7 de dezembro de 1966. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 152,8 mm em 5 de maio de 1975 
Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram 126,2 mm em 26 de abril de 1979, 118,3 mm em 26 de abril de 1985, 107,6 mm nos dias 27 de março de 1987 e 8 de março de 2006, 105,4 mm em 15 de abril de 2000, 103,5 mm em 9 de abril de 2018, 102 mm em 18 de fevereiro de 2017, 101,4 mm em 9 de fevereiro de 1966, 101,3 mm em 23 de abril de 2009, 100,2 mm em 28 de fevereiro de 2011 e 100 mm em 5 de março de 2002. Abril de 1985, com 501,3 mm, foi o mês de maior precipitação
Povoados
Comunidade de Pindoba

O povoado ou comunidade de Pindoba está localizada na região do Vale, zona rural do município de Apodi, onde vivem cerca de 300 habitantes. Está a 16 quilômetros de distância da cidade de Apodi. Sua principal área econômica é o setor primário com produtos agrícolas, extrativismo e artesanato. Em seguida, vem o setor terciário em áreas de serviços e alimentos. 
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) reconheceu como Patrimônio Cultural, Histórico e Imaterial do Estado do Rio Grande do Norte o artesanato de barro produzido pelas "Mulheres da Loiça".
Economia
Apodi é um município de grande relevância na região que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pela alta regularidade das vendas no ano. O desempenho econômico e o baixo potencial de consumo são os pontos de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 570 admissões formais e 1,2 mil desligamentos, resultando em um saldo negativo de -651 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de -786 trabalhadores.
Até maio de 2025 houve registro de 16 novas empresas em Apodi, sendo que 4 atuam pela internet. Neste último mês, não foi identificada nenhuma nova empresa. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (-3). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 48 empresas. 
Turismo
- Barragem de Santa Cruz - A Barragem de Santa Cruz foi inaugurada no dia 11 de março de 2002, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e por Garibaldi Alves Filho, governador do Rio Grande do Norte naquele período. Esta barragem é o segundo maior reservatório de água do estado do Rio Grande do Norte, com capacidade de armazenamento de 599.712.000 m³. 
- Lagoa do Apodi - Esta lagoa é a maior em extensão do oeste do estado de Rio Grande do Norte. Na época da colonização do estado, nesta região viviam os índios e foi onde habitam os portugueses e holandeses por muitos anos também. Os moradores mais antigos da região, que possuem antepassados ainda dessa época, acumulam histórias passadas de geração para geração e registros antigos. A Lagoa de Apodi tem um total de 15 quilômetros de extensão e dois quilômetros de largura. A profundidade atinge 10 metros ao seu centro, o que dá para acumular até 20 milhões de metros cúbicos de água nos períodos de cheia. 
- Lajeado de Soledade - O Lajedo de Soledade, um dos sítios arqueológicos mais importantes do Brasil, está localizado na região Oeste do Rio Grande do Norte, no município de Apodi, a 12 km do centro da cidade. é constituído por uma área de rocha calcária que sofreu a erosão da água das chuvas, abrindo um mini cânion com cavernas e fendas onde estão gravadas as pinturas rupestres, representando figuras de espécies que seriam araras, papagaios, garças, lagartos e formas geométricas. 
- Museu de Soledade - O acervo do museu é composto por painéis fotográficos, maquetes e utensílios de pedras usados pelos índios que habitavam a região. Na lojinha do museu estão a venda camisetas com as inscrições rupestres e peças em argilas confeccionadas pelos artesãos do CAL. Na década de 90, a Petrobras realizou uma parceria com a comunidade do Lajedo de Soledade para preservação desse sitio arqueológico, treinando guias-mirins, delimitando áreas, criando trilhas e construindo um centro de pesquisa e visitação. O Museu do Lajedo de Soledade fica na vila e pode ser visitado de terças a domingo.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela ; Site da Prefeitura Municipal .

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

SERTÂNIA - PERNAMBUCO

Sertânia é um município brasileiro do estado de Pernambuco. A população de Sertânia, Pernambuco, é de 32.811 habitantes, segundo o Censo Demográfico de 2022, do IBGE. A cidade tem uma área de 2.409,511 km
História
O atual território do município era habitado por indígenas Cariris da nação Tapuya (Piripães, Caraíbas, Rodelas, Jeritacés); quando se iniciou a ocupação do local pelos povos europeus. A captura e o aprisionamento dos indígenas para o trabalho na atividade canavieira foi o marco do povoamento após a ocupação do território originário. Há indícios de que os holandeses já haviam pisado na região durante a Insurreição Pernambucana, buscando ajuda dos indígenas Cariris para a luta contra os portugueses. 
Em 1792, Antão Alves, natural do município pernambucano de Vitória de Santo Antão, se muda para o povoado de Moxotó e desenvolve negócios com gado. Estabeleceu-se com a filha do português Raimundo Ferreira de Brito, Dona Catarina, e formou uma fazenda de gado nas terras do sogro português. No início do século XIX, Antão Alves inicia a construção de uma igreja dedicada à Nossa Senhora da Conceição, cedendo à igreja uma data de uma légua quadrada de terra. 
O povoamento das terras do município se deu ao redor da igreja, como de costume na população nordestina, que sempre se estabelecia em locais onde houvesse igreja ou perto de lagos e rios. Neste caso, a existência do rio Moxotó – em língua nativa: “rio de índios bravios” – muito favoreceu o crescimento do povoado. 
O município de Sertânia foi elevado à categoria de distrito em 1942, como o nome inicial de Alagoa de Baixo. No mesmo dia foi criada a freguesia, cuja sede foi transferida para o povoado de Jeritacó. O topônimo Sertânia significa: "cidade sertaneja".
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Alagoa de Baixo, pelas Leis Provinciais n.º 93, de 04 de maio de 1842, e n.º639, de 03 de junho de 1865, Lei Municipal n.º 52, de 03 de agosto de 1892, subordinado ao município de Cimbres. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Alagoa de Baixo, pela Lei Provincial n.º 1.093, de 24 de maio de 1873, desmembrado de Cimbres. Instalado em 29 de abril de 1878. 
Elevado à condição de cidade e sede do município com a denominação de Alagoa de Baixo, pela Lei Estadual n.º 991, de 1º de julho de 1909. 
Pela Lei Municipal de 15 de outubro de 1909, é criado o distrito de Custódia e anexado ao município de Alagoa de Baixo. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Alagoa de Baixo e Custódia. 
Pela Lei Estadual n.º 1.931, de 11 de setembro de 1928, é desmembrado do município de Alagoa de Baixo o distrito de Custódia. Elevado à categoria de município. 
Pelas Leis Municipais n.º 39, de 02 de abril de 1919, e n.º 96, de 18 de janeiro de 1929, é criado o distrito de Algodões e anexado ao município de Alagoa de Baixo. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Alagoa de Baixo e Algodões. 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município aparece constituído de 4 distritos: Alagoa de Baixo, Algodões, Henrique Dias (ex-Tigre) e Rio da Barra. 
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 952, de 31 de dezembro de 1943, o município de Alagoa de Baixo passou a denominar-se Sertânia. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município, já denominado Sertânia é constituído de 4 distritos: Sertânia, Algodões, Henrique Dias e Rio da Barra. 
Pela Lei Municipal n.º 133, de 14 de fevereiro de 1953, é criado o distrito de Albuquerque Né, criado com terras do distrito de Rio da Barra e anexado ao município de Sertânia. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído de 5 distritos: Sertânia, Albuquerque Né, Algodões, Henrique Dias e Rio da Barra. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
Vegetação

A vegetação de Sertânia é a caatinga hiperxerófila. 
Clima
O clima da cidade é o semiárido, do tipo Bsh', com chuvas de verão-outono.
Em Sertânia, o verão é quente e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é seco e de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 17 °C a 35 °C e raramente é inferior a 15 °C ou superior a 37 °C. 
A melhor época do ano para visitar Sertânia e realizar atividades de clima quente é do fim de maio ao fim de outubro. 
A estação quente permanece por 3,4 meses, de 29 de setembro a 10 de janeiro, com temperatura máxima média diária acima de 34 °C. O mês mais quente do ano em Sertânia é dezembro, com a máxima de 35 °C e mínima de 20 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,5 meses, de 28 de maio a 13 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 31 °C. O mês mais frio do ano em Sertânia é julho, com a mínima de 17 °C e máxima de 30 °C, em média. 
Economia
Sertânia é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e por apresentar novas oportunidades de negócios. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são fatores de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 165 admissões formais e 149 desligamentos, resultando em um saldo de 16 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 26.
Até maio de 2025 houve registro de 17 novas empresas em Sertânia, sendo que a maioria delas atua com estabelecimento fixo. Neste último mês, 2 novas empresas se instalaram. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (1). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 34 empresas.
Distritos e povoados
O município está constituído pelos seguintes Distritos: Sede; Algodões; Henrique Dias; Rio da Barra e Albuquerque-Né e pelos Povoados: Pernambuquinho; Waldemar Siqueira; Moderna; Caroalina; Várzea Velha; Umburanas e Cruzeiro do Nordeste.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Caravela .

terça-feira, 16 de setembro de 2025

OURO PRETO DO OESTE - RONDÔNIA

Ouro Preto do Oeste é um município brasileiro do estado de Rondônia, estando a uma altitude de 259 metros. A população de Ouro Preto do Oeste é de 35.044 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico de 2022 do IBGE. Possui uma área de 1.969,85 km².
História
A história do município de Ouro Preto do Oeste é, praticamente, a história da colonização de Rondônia. 
A colonização oficial de Rondônia teve início em 1968, quando o Ministério de Agricultura se interessou pela colonização da Amazônia Legal. Naquele ano, chegaram ao então Território Federal de Rondônia os técnicos do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA), com a atribuição de localizar na BR 364 uma implantação de novos projetos de colonização. 
Por conta das suas terras de solo fértil, foi escolhido um local às margens do igarapé Ouro Preto, na BR-364, distante 40 km da atual cidade de Ji-Paraná. Nascia, assim, o Projeto Integrado de Colonização Outro Preto, ou simplesmente, PIC Ouro Preto. 
O local de instalação do projeto pertencia ao seringal Ouro Preto, de propriedade do seringalista Vicente Sabará Cavalcante. O projeto já envolvia outros seringais, como: a Boa Vista, Santa Rosa, Aninga, Curralinho, Miolo, Santa Maria e o seringal Raimundo Pequenino. 
A ocupação demográfica, que antes da instalação do projeto era mais moderada, a partir de sua implantação, em 1970, começou a intensificar-se, inicialmente, nas margens da estrada e depois ao longo das vicinais abertas pelo INCRA, pelas Secretarias de Agricultura e de Obras, do então território, pela Prefeitura de Porto Velho, e ainda pela ação desbravadora e participativa dos colonos. 
O plano inicial do INCRA previa uma capacidade de atendimento a duas mil famílias, mas, em 1973, já contava com mais de três mil, cada uma delas assentadas em lotes de 100 hectares de terras. O total de migrantes que se dirigiram a Ouro Preto em mais de três anos, foi calculado em cerca de 25 mil pessoas. 
O nome Ouro Preto, já adotado pela população, advém do fato de terem os técnicos do IBRA, no início da colonização oficial, identificado um tipo de solo roxo escuro, que eles denominaram ouro preto modal. O acréscimo do Oeste foi necessário para diferenciar de outro nome já existente no Estado de Minas Gerais.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Ouro Preto, pelo Decreto Federal n.º 6.448, de 11 de outubro de 1977, subordinado ao Ji-Paraná. 
Em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979, o distrito de Ouro Preto, figura no município de Ji-Paraná. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Ouro Preto do Oeste, pela Lei n.º 6.921, de 16 de junho de 1981, desmembrado de Ji-Paraná. Sede no atual distrito de Ouro Preto (ex localidade). Constituído do distrito sede. Instalado em 1981. 
Em divisão territorial datada de 1983, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Clima
Em Ouro Preto do Oeste, a estação com precipitação é opressiva e de céu encoberto; a estação seca é abafada e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 19 °C a 35 °C e raramente é inferior a 17 °C ou superior a 38 °C. 
A melhor época do ano para visitar Ouro Preto do Oeste e realizar atividades de clima quente é do meio de maio ao fim de agosto. 
A estação quente permanece por 2,2 meses, de 4 de agosto a 11 de outubro, com temperatura máxima média diária acima de 34 °C. O mês mais quente do ano em Ouro Preto do Oeste é setembro, com a máxima de 35 °C e mínima de 23 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 6,7 meses, de 3 de dezembro a 25 de junho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 30 °C. O mês mais frio do ano em Ouro Preto do Oeste é junho, com a mínima de 20 °C e máxima de 29 °C, em média. 
Economia
Ouro Preto do Oeste é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são os pontos de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 1,3 mil admissões formais e 1,4 mil desligamentos, resultando em um saldo negativo de -67 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 18.
Até maio de 2025 houve registro de 53 novas empresas em Ouro Preto do Oeste, sendo que 6 atuam pela internet. Neste último mês, 8 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet. Este desempenho é igual ao do mês imediatamente anterior (8). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 93 empresas.
Turismo
As principais atrações turísticas do município são:
-  Parque Chico Mendes. 
-  Praça da Liberdade. 
-  Bosque Municipal De Ouro Preto Do Oeste:
O bosque é um local para passeio e diversão com a família, possui quadras para futsal, vôlei, skate. 
"Ouro Preto do Oeste" e "Estância Turística de Ouro Preto do Oeste" referem-se à mesma cidade. O título de "Estância Turística" foi concedido ao município de Ouro Preto do Oeste, como reconhecimento de seu potencial turístico. Portanto, a nomenclatura "Estância Turística" é um título adicional e não uma cidade diferente. 
A cidade de Ouro Preto do Oeste, localizada no estado de Rondônia, foi elevada à condição de Estância Turística, o que significa que recebeu um reconhecimento oficial de suas qualidades turísticas e possui potencial para atrair visitantes. O título de Estância Turística é uma forma de promover o desenvolvimento do turismo na região. 
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela ; Weather Spark .

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

ITIÚBA - BAHIA

Itiúba é um município brasileiro situado no semiárido do estado da Bahia. Sua população, segundo estimativa do IBGE em 2022, é de 33.872 habitantes. 
História
O território que compõe o contemporâneo município de Itiúba foi originariamente povoado por diversas etnias indígenas, com destaque para os povos genericamente denominados de tapuias e cariris, além do povo indígena Caricás, grupo que teria dado o nome de Itiúba para estas terras. 
Com a invasão portuguesa nos territórios indígenas no interior do Nordeste, houve a expansão dos domínios sesmariais dos proprietários "curraleiros" com destaque para a família dos descendentes do latifundiário "Garcia d'Ávila", família que viria ser conhecida historicamente como a Casa da Torre, e para a família Guedes de Brito. 
Os povos indígenas que viviam neste território foram expulsos da terra que tradicionalmente ocupavam, deslocando-se para outras regiões para sobreviver. Assim, os indígenas remanescentes acabaram sendo aldeados entre os séculos XVII e XVIII nas Missões religiosas do Sahy (Senhor do Bonfim da Tapera), de São Francisco Xavier (atual Jacobina Velha) e de Bom Jesus da Glória de Jacobina (Santo Antônio de Jacobina). 
Em razão do esquecimento deste território pelas autoridades políticas do período colonial e imperial da história do Brasil, a região que formaria o futuro município de Itiúba passou a ser ocupada no final do século XIX por posseiros que teriam formado um núcleo populacional situado no sopé da Serra de Itiúba chamado de Água da Pedra. 
Posteriormente, esse povoado passou a ser reconhecido em 1880 como Arraial de Itiúba, tendo permanecido vinculado à área territorial da vila de Queimadas. 
Em 18 de janeiro de 1935, o arraial de se emancipou de Queimadas para formar o Município de Itiúba, por meio do Decreto Estadual n.º 9.322.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Itiúba, pela Resolução Provincial n.º 1.005, de 16 de março de 1868, subordinado ao município de Queimadas. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Itiúba figura no município Queimadas. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Itiúba, pelo Decreto n.º 9.322, de 17 de janeiro de 1935, desmembrado de Queimadas. Sede no antigo distrito de Itiúba. Constituído do distrito sede. Instalado em 07 de fevereiro de 1935. 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município é constituído do distrito sede. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município permanece constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
Localizado na região do semiárido nordestino, o município de Itiúba tem área total de 1.650,5 km² e densidade populacional de 20,52 habitantes/km². 
Relevo
O relevo de Itiúba, Bahia, é caracterizado por uma região de planície lacustre, com origem antropogênica, resultado da construção da barragem do Açude Jacurici em 1958. O município está situado no semiárido baiano e possui um relevo marcado pela presença desse açude, que foi criado para fornecer água para consumo humano e dessedentação de animais. 
Solo
Em Itiúba, Bahia, os solos são principalmente caracterizados por Latossolos, que podem apresentar um horizonte sub superficial adensado, especialmente sob uso agrícola. Essa região também conta com empresas especializadas em sondagens de solo para projetos geotécnicos. 
Características dos Solos 
- Latossolos: Predominantes na região, comumente encontrados em áreas de cerrado. 
-   Adensamento do Horizonte Sub superficial: Pode ocorrer naturalmente ou ser intensificado pelo manejo agrícola, tornando o solo mais compacto. 
Clima
Itiúba apresenta um clima semiárido quente, com chuvas escassas e irregulares, concentradas em poucos meses do ano. As temperaturas são elevadas na maior parte do tempo, podendo ultrapassar os 35°C.
Economia
Itiúba é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pela alta regularidade das vendas no ano. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 85 admissões formais e 80 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 5 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 32.
Até maio de 2025 houve registro de 3 novas empresas em Itiúba, sendo que uma delas atua pela internet. Neste último mês, uma nova empresa se instalou na cidade. Este desempenho é igual ao do do mês imediatamente anterior (1). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 8 empresas.
Cultura e Patrimônio
- Biblioteca Pública Municipal Lígia Lemos, situada na Rua Ademir Simões de Freitas, s/n Centro.
- Obelisco Bendegó: monumento situado no povoado de Jacurici e inaugurado em 1888, marcando o fim da expedição de transporte do meteorito Bendegó para o Rio de Janeiro.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; IBGE .