segunda-feira, 29 de agosto de 2022

GOIANÉSIA - GOIÁS

Goianésia é um município brasileiro do estado de Goiás, Região Centro-Oeste do país. Localiza-se na região central do estado e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 72 045 habitantes.
História
Goianésia recebeu status de município pela lei estadual nº 747 de 24 de junho de 1953, com território desmembrado de Jaraguá.
Economia
A cidade vem se destacando como um polo de produção sucroalcooleira, tanto no cenário regional como no cenário nacional. Há três importantes usinas de álcool e açúcar: Goianésia (inicialmente chamada Monteiro de Barros e fundada em 1961), Jalles Machado (fundada em 1980) e, a mais recente, Codora (Unidade Otávio Lage). Apesar dessa grande força no campo industrial, há, atualmente, uma notável diversificação da economia, com destaque para o comércio.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[8] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Porangatu-Uruaçu e Imediata de Ceres-Rialma-Goianésia. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Ceres, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Centro Goiano.
Numa área de 1.700,90 quilômetros quadrados, distante de Goiânia (capital estadual) 170 quilômetros e de Brasília (capital federal) aproximadamente 208 quilômetros. O município é banhado pelos mananciais do Rio dos Peixes, Rio dos Bois e Rio dos Patos. As temperaturas médias anuais variam de 22 a 25 graus.
O município possui dois distritos, o distrito-sede de Goianésia e o distrito de Natinópolis, e cinco povoados: Juscelândia, Cafelândia, Morro Branco, Barreiro (Limoeiro) e Campo Alegre.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1984 e 2008, a menor temperatura registrada em Goianésia foi de 4,9 °C em 10 de junho de 1985, e a maior atingiu 39,5 °C em 15 de setembro de 2007. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 132,5 milímetros (mm) em 30 de janeiro de 2006.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

BOM JESUS DA LAPA - BAHIA

Bom Jesus da Lapa é um município brasileiro no interior do estado da Bahia, Região Nordeste do país. Localiza-se a uma distância de 796 km a oeste da capital estadual, Salvador, e 675 km a leste da capital federal, Brasília. Ocupa uma área de aproximadamente 4.115,524 km² e sua população no censo demográfico de 2010 é de 68.609 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo então o trigésimo mais populoso do estado e primeiro de sua microrregião.
História
Da colonização à emancipação

A região à esquerda e direita do Rio São Francisco, no oeste baiano, do qual Bom Jesus da Lapa se localiza, era ocupada por várias populações indígenas, dentre elas os tamoios, cataguás, xacriabás, aricobés, tabajaras, amoipira, tupiná, ocren, sacragrinha e tupinambás.
Os primeiros registros da chegada portuguesa a Bom Jesus da Lapa datam do século XVI, quando Duarte Coelho Pereira, o capitão donatário de Pernambuco, esteve no morro de Bom Jesus da Lapa, em uma expedição exploratória, entre os anos de 1543 a 1550. Em 1553, João III de Portugal determinou que Tomé de Sousa conhecesse as nascentes do São Francisco. Francisco Bruza Espinosa, residente em Porto Seguro, foi o responsável pela expedição que, segundo estudiosos, pode ter chegado até a cidade, um ano e meio após o seu início. No entanto, não houve ocupação permanente no local por lusodescendentes.
A colonização, de fato, ocorreria somente no século seguinte, quando Antônio Guedes de Brito, pecuarista e latifundiário brasileiro, recebeu sesmarias que compreendiam em várias regiões do oeste baiano em agosto de 1663. Esta região, compreendida por municípios como Bom Jesus da Lapa e que se tornou o segundo maior latifúndio do Brasil-colônia, ainda era ocupada por nativos. Guedes de Brito, conhecido pelo desbravamento, foi também reconhecido pela extinção de grande parte desta população utilizando armas. Os indígenas restantes foram escravizados.
Para efetivar sua posse, Brito criou uma bandeira com duzentos homens para fundar fazendas de gado. Muitas grandes propriedades foram criadas, incluindo a Fazenda Morro, também conhecida como Itibiraba, da qual o povoado de Bom Jesus se desenvolveu, mais tarde. Após sua morte, grande parte das posses foram distribuídas a herdeiros e outras regiões foram vendidas. Mas a fazenda Itibiraba permaneceu pelo poder dos Guedes de Brito.
Paralelamente ao processo de colonização, o português Francisco de Mendonça Mar chegou à Bom Jesus da Lapa. Peregrino para uns, andarilho para outros, descobriu um morro à margem direita do Rio São Francisco. Nas redondezas do lugar existiam apenas alguns currais de gado e empregados de Antônio Guedes. Distribuiu os seus bens, fez-se pobre, andou pelo sertão vestido de um grosso burel e carregando uma imagem do Bom Jesus, onde encontrou uma aldeia de índios tapuias. Francisco instalou-se numa gruta na parte interior do morro, onde foi encontrado por garimpeiros. O local virou santuário em 1691.
A cidade começou sua existência à sombra do Santuário do Bom Jesus. Mas, com o tempo, foram agregando-se devotos que resolveram fazer sua moradia perto do lugar, onde se achava a imagem do Bom Jesus. O monge construiu, junto ao santuário, um hospital e um asilo para os pobres e doentes, dos quais cuidava. Assim começou a crescer ao lado da lapa do Bom Jesus um povoado, assumindo o mesmo nome de Bom Jesus da Lapa.
Durante o século XVIII, a região de Bom Jesus da Lapa vivia um crescimento. Parte do território da vila Urubu, atual Paratinga, o então povoado era um dos arraiais mais importantes dali. Por meio do Rio São Francisco, viajantes estabeleciam contatos com outras localidades. Além de Urubu, comércios eram feitos com o arraial de Bom Jardim. Em 1734, a região foi mapeada por Joaquim Quaresma Delgado, um sertanista contratado por colonialistas para percorrer o sertão mineiro e baiano.
Por meio do santuário, também, várias cerimônias de casamento e batizados eram realizados. Vários relatos, entre os anos de 1717 a 1781, referiam-se ao morro de Bom Jesus da Lapa. Moradores de outras localidades, tais como Urubu e Bom Jardim, além de freguesias mais distantes, como São Caetano do Japoré, Santo Antônio da Manga e São Francisco da Barra do Rio Grande do Sul, optavam por realizar batizados no santuário que, por meio de ofertas dos fiéis, mantinham escravos. Em 1750, o arraial era formado por cinquenta casas de barro.
Até o século XIX, Bom Jesus da Lapa permaneceu como parte de Urubu, e sofreu com conflitos de banditismo. Até então juiz de paz respeitado pela região, Antônio José Guimarães tornou-se um cangaceiro por conflitos políticos. Um de seus interesses era ter o controle de Bom Jesus da Lapa e, para isso, formou jagunços e teve, em sua equipe, o padre Francisco Alves Pacheco. Por anos, invadiu localidades como Urubu, Carinhanha e Januária, até ser morto na Província de Goiás em 1854.
Em 1852, Bom Jesus da Lapa recebeu a visita de um grupo de geólogos austríacos, responsáveis por um relatório da região. Naquela época, o arraial de Bom Jesus contava com duzentos e cinquenta habitantes distribuídos em 128 casas. Em 1870, a população cresceu, e contava com 1.400 pessoas em 405 residências. Bom Jesus contava também, naquele ano, com uma delegacia.
Da emancipação aos dias atuais
Graças às constantes peregrinações que se transformaram em grandes e permanentes romarias de fiéis ao Santuário do Senhor Bom Jesus, o povoado foi se desenvolvendo, transformando-se em vila em 18 de setembro de 1890, por meio de um decreto estadual feito por Virgílio Clímaco Damásio, o governador do estado da Bahia naquela época. No mesmo decreto, foi determinada a criação do distrito de Sítio do Mato e Lapa, além da separação de Urubu de Bom Jesus da Lapa. A instalação da nova vila se deu em 7 de janeiro de 1891.
Em 1923, o governador da Bahia em exercício, José Joaquim Seabra, determinou, pelo Decreto nº 1.682, de 31 de agosto, a elevação de Bom Jesus da Lapa à categoria de cidade. Em 1930, mais de 60 mil pessoas visitavam a cidade por ano. Em 1931, o nome da cidade foi mudado para Lapa e, dois anos depois, o distrito de Sítio do Mato é criado. Mas a mudança de nome não durou por muito tempo e, em 22 de junho de 1935, por meio do Decreto Estadual nº 9.571, o nome da cidade volta a ser Bom Jesus da Lapa. Em 1953, foi criado o distrito de Gameleira da Lapa.
Embora a emancipação tenha ocorrido no final do século XIX, até a década de 1960 o município apresentou um crescimento populacional lento. Um dos motivos se deu por conta da pouca integração entre cidades do litoral, como a capital Salvador, com o oeste baiano. A partir desta época, a ocupação se fez mais efetiva em Bom Jesus da Lapa, além de outras cidades, como Santa Maria da Vitória e Barreiras.
É a partir da década de 1980 que Bom Jesus da Lapa passa a receber maior infraestrutura e a condição de transporte dos romeiros também melhora. Na época, o Governo Federal, juntamente com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), implanta o Projeto Formoso, com o qual pretendia-se aumentar a produção de agricultura.
Em 1990, a Ponte Gercino Coelho é criada. A nova construção favoreceu a ligação do município com a cidade de Brasília e o estado de Goiás, por meio da BR-242. A ponte faz intersecção entre as rodovias federais BR-349 e BR-430. No mesmo contexto surge a BA-160, que liga Lapa à Paratinga.
Em 1991, o santuário completou 300 anos de fundação e, a partir desta data, o fluxo turístico de Bom Jesus da Lapa aumentou. A rede hoteleira do município aumentou, enquanto, a partir de 2007, as cerimônias religiosas passaram a ser transmitidas por emissoras de televisão. A agricultura irrigada, por meio do Projeto Formoso, fez o município se tornar um dos principais produtores de frutos do país, como a banana. A mancha urbana da cidade cresceu em relação à população que vivia na zona rural, enquanto o mercado imobiliário sofreu um crescimento de 500%. Em contrapartida, o crescimento urbano desordenado gerou um aumento da pobreza.
Geografia
O relevo do município, com altitude máxima de quatrocentos e oitenta e três metros, é constituído por Pediplano Sertanejo, característico da região de semiárido baiano e de Depressão Sertaneja-São Francisco. Geomorfologicamente, predominam formas de depósitos aluvionares, coluvionares e depósitos fluviais.
À margem direita do São Francisco, localiza-se o morro da Lapa, formado por um bloco de granito e calcário com quinze grutas em seu interior e fendas estreitas. O território do município é quase todo plano, surgindo, de vez em quando, no meio das planícies ou tabuleiros alguns montes, de feições típicas. O Rio São Francisco é o principal curso de água de Bom Jesus da Lapa, cujo território, em 70 km é percorrido pelo rio. Além do São Francisco, o Rio Corrente, o Rio das Rãs e o Santana perpassam a região e são afluentes diretos. Os riachos da Pedra Branca, e da Santa Rita são outros cursos d'água que banham a Lapa, além de várias lagoas, das quais destacam-se Piranhas, Lapa, Campos, Batalha, Moita e a Itaberaba. O município também conta com quatro ilhas: Ilha do Medo, Ilha da Cana Brava, Ilha do Fogo e a Ilha da Mariquinha no rio São Francisco, de jurisdição municipal.
O abastecimento de água é feito pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Bom Jesus da Lapa (SAAE), da prefeitura da cidade Além disso, o município abriga uma unidade da Capitania Fluvial do São Francisco, administrado pela Agência Fluvial de Bom Jesus da Lapa e que abrange várias cidades baianas. Bom Jesus da Lapa faz parte do polígono das secas desde a criação do decreto-lei que delimitou a região em 1936, ao passo que o desmatamento do bioma na região, entre 2009 e 2010, atingiu a taxa de 0,05% do território que compreende o município. Temporadas de estiagem são comuns na região. No entanto, nos últimos anos, a cidade tem sofrido com a seca cada vez mais frequente. Em 2014, o município declarou situação de emergência. No ano seguinte, Bom Jesus da Lapa enfrentou sua pior seca em cem anos.
Clima
O clima lapense é caracterizado, segundo o IBGE, como sub úmido seco semiárido[38] (tipo BSh segundo Köppen), com temperatura média compensada anual de 25 °C e pluviosidade média de 800 mm/ano, concentrados entre os meses de novembro e março, sendo dezembro o mês de maior precipitação. Julho é o mês mais seco, com precipitação nula, e ao mesmo tempo o mais ameno, com mínimas caindo para 17 °C ou até menos. O mês mais quente é outubro, com máximas chegando aos 35 °C. Outono e primavera são estações de transição. Nos meses de inverno, época mais seca do ano, a umidade relativa do ar cai para níveis críticos, podendo ficar em nível de alerta, abaixo dos 20%.
O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 180,6 mm em 15 de dezembro de 2000. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 137 mm em 3 de dezembro de 2011, 102,7 mm em 2 de fevereiro de 1979, 101,4 mm em 18 de janeiro de 2004 e 100,8 mm em 4 de dezembro de 1988. O índice mais baixo de umidade relativa do ar ocorreu nas tardes dos dias 7 de outubro de 1969, 15 de setembro de 1973 e 23 de julho de 1980, de apenas 11%.
Economia
Como uma cidade que teve sua história diretamente relacionada ao catolicismo, uma das principais fontes de renda do município é o turismo religioso. Estima-se que, a cada ano, Bom Jesus da Lapa receba dois milhões de pessoas, cujo interesse principal é de participar da romaria e visitar o Santuário do Bom Jesus da Lapa.
O município também se destaca na agricultura irrigada. O Projeto Formoso, que é de grande importância para a agricultura e umas da principais fontes de emprego e renda para as cidades de Bom Jesus da Lapa, Serra do Ramalho e Sítio do Mato, é um perímetro com infraestrutura direcionada para a agricultura irrigada formado por dois setores, Formoso A e Formoso H, constando de duas estações de bombeamento principal, 29 estações de bombeamento secundárias, 82,72 km de canais de concreto a céu aberto, 288,82 quilômetros de estradas e 119,89 quilômetros de drenos. São cerca de 1 165 lotes irrigados em uma área de 12 mil hectares.
Educação
Bom Jesus da Lapa dispõe de alguns campi de universidades públicas, como Universidade do Estado da Bahia (UNEB); a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB); o Instituto Federal Baiano (IF Baiano). O município também dispõe de algumas universidades privadas de ensino à distância como a Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR), Universidade Aberta do Brasil, Universidade Paulista (UNIP), entre outras.
Cultura
Bom Jesus da Lapa conta com vários pontos de apelo turístico. O principal deles é o Santuário do Bom Jesus da Lapa que atrai, por ano, cerca de 2 milhões de pessoas e torna a romaria que ocorre na cidade a terceira maior do Brasil. A romaria do Bom Jesus e a romaria de Nossa Senhora da Soledade são as principais romarias de Bom Jesus da Lapa. Além da gruta principal, o Morro de Bom Jesus da Lapa conta com outras quinze grutas que podem ser visitadas. Além disso, também ocorrem práticas de rapel no morro. Outros pontos são a prainha de Bom Jesus da Lapa, às margens do São Francisco; o Mercado Municipal de Bom Jesus da Lapa, com produtos alimentícios; Barrinha, com comidas típicas; o Teatro Municipal Professora Ivonildes de Melo; a Casa de Cultura Professor Antonio Barbosa que abriga a Biblioteca Municipal Eleonor Magalhães Cezar; o Museu do Santuário; o Abrigo dos Pobres, a Catedral de Nossa Senhora do Carmo, a Praça da Fé, a Praça do Largo da Esplanada e a Praça Monsenhor Turíbio Vila Nova. O município conta com mais de onze mil leitos distribuídos em pousadas, dormitórios, hotéis e estabelecimentos do gênero.
Outras manifestações culturais encontradas em Bom Jesus da Lapa são a Folia de Reis que abriga, também, comidas típicas e a Festa do Divino Espírito Santo, que ocorre cinquenta dias após a comemoração da páscoa. Um grupo musical tradicional da cidade é a Caretagem, existente há mais de setenta anos e conta com instrumentos percussivos, máscaras e fantasias.
A cidade é terra natal de alguns artistas que obtiveram relevância regional, nacional ou mesmo internacional, tais como o cantor e compositor Carlos Villela, a escritora Állex Leilla, o atleta olímpico Eronilde Araújo, e o futebolista Hernane Vidal de Souza.
A culinária lapense é encontrada em vários restaurantes e tem, como prato típico, a moqueca de peixe, preparada em tigelas de barro. No município também está a Casa da Cultura de Bom Jesus da Lapa. Fundada a partir de um casarão datado de 1916, o espaço conta com a biblioteca pública Leonor Magalhães Cézar e a academia de letras da cidade. O prédio foi reformado pela prefeitura de Bom Jesus da Lapa em 2016.
Bom Jesus da Lapa contém um campeonato de futebol amador e também conta com uma seleção que disputa o Campeonato Baiano Intermunicipal de Futebol. Além disso, a cidade possui o estádio Benjamin Farah, com capacidade para quatro mil pessoas.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

BIGUAÇU - SANTA CATARINA

Biguaçu é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Faz divisa, a oeste com o município de Antônio Carlos, a leste com o oceano Atlântico (Baía Norte da Ilha de Santa Catarina, onde se localiza a capital do estado, Florianópolis) e também com o município de Governador Celso Ramos. Ao norte, faz divisas com os municípios de Tijucas, Canelinha e São João Batista. Ao sul, com o município de São José.
Situado entre os dois maiores portos catarinenses, Itajaí e Imbituba, e próximo da capital Florianópolis, Biguaçu tem saída para o mar, sem contar na facilidade de acesso, já que a BR-101 duplicada corta o município, e a BR-282, que liga a capital catarinense ao interior do estado, fica a apenas 12 km de distância, por via duplicada e de fácil acesso.
Possui uma área de 367,891 km².
História
Biguaçu é um dos municípios mais antigos de Santa Catarina, sendo sua origem a vila de São Miguel da Terra Firme, criada como Póvoa de São Miguel, nos termos da provisão de 9 de agosto de 1747, com a chegada dos primeiros açorianos. Iniciaram-se logo os trabalhos de construção da igreja matriz, feita de pau-a-pique e coberta de telhas, que foi dedicada a São Miguel Arcanjo. Achava-se edificada no mesmo lugar onde atualmente ainda se encontra a centenária igreja.
Por ato do Conselho Administrativo da Província em 1 de março de 1833 a freguesia de São Miguel foi elevada a vila. Em 17 de maio de 1833 tornou-se município, desmembrando-se da capital da então Província de Santa Catarina, Desterro. Em 1886 a sede do município sai da vila de São Miguel e vai para a sede atual, às margens do Rio Biguaçu. Em 1910 o nome do município é mudado para Biguaçu.
Quando da sua fundação em 1833 o território compreendia do atual rio Carolina (divisa com São José) ao rio Camboriú (atual município de Balneário Camboriú), chegando aos limites da Serra Geral. A onda de desmembramentos para a fundação de novos municípios terminou somente na década de 1960, com o desmembramento da região do Alto Biguaçu, atual município de Antônio Carlos e as antigas freguesias de Ganchos e Armação da Piedade, unidas no município de Governador Celso Ramos.
Capital da província
Durante alguns meses no final do século XVIII, em 31 de maio de 1778, foi capital da província de Santa Catarina, quando da invasão espanhola da Ilha de Santa Catarina e sua capital, Desterro (atual Florianópolis).
Demografia
Composição populacional

Pelo censo populacional de 2010 dos 58.206 habitantes em torno de 84% da população se declarou de cor branca, 11% de pardos (principalmente caboclos, mestiços entre brancos e índios) e 5% negra. As etnias que fizeram o município são de origem basicamente luso açoriana (presentes principalmente na sede do município e bairros entorno, além de Três Riachos e São Miguel), com expressivas minorias negra (Bairro Prado, Saudades e próximo a divisa com São José), e alemã (região do Alto Biguaçu). Com as migrações causadas com o fenômeno do êxodo rural, forte a partir de meados da década de 1980 no estado catarinense, o elemento caboclo, vindo do planalto serrano do sul brasileiro, junto com descendentes de alemães e italianos vindos do oeste catarinense e interior do Rio Grande do Sul acabaram por tornar-se numericamente importantes, tornando ainda mais vultosa a diversidade étnico cultural no município. Há, ainda, no município uma pequena comunidade indígena de base guarani, que chegou de migrações ao longo do sul do país, por volta de fins da década de 1970.
Desenvolvimento populacional
Sua população em 2010 era de 58.206 habitantes, com estimativa para 2019 de 68.481, onde mais de 90% reside em área urbana, apresentando um forte crescimento populacional desde meados da década de 1980, o que levou a dobrar de população no espaço de duas décadas. O motor de atração populacional é a proximidade com a capital do Estado, atraindo pessoas de baixo poder aquisitivo que ocuparam bairros e loteamentos com pouca infraestrutura física. Desde a década de 1980, cresce por volta dos 4% anualmente. A despeito do tamanho da população, o município apresenta ainda pouca característica de concentração urbana, já que os bairros se articularam em torno da rodovia BR 101, com pouca ou nenhuma ligação entre estes, com suas ruas voltadas ao fácil escoamento em direção a esta rodovia, testemunhando a forma de ocupação periférica e sem planejamento do município. Entretanto, as últimas administrações públicas vem buscando aumentar a ligação rodoviária entre os bairros, de modo a potencializar no comércio e a valorização urbana municipal.
Economia
A economia do município até a década de 1970, dependia principalmente da agricultura, pecuária e pesca. Atualmente, a indústria responde pela maior parte dos empregos gerados no município, junto com um comércio em expansão.
O município dispõe de boas áreas para instalação de plantas industriais e conta com acesso ao gás natural, pois possui uma distribuidora da Petrobras. A agricultura também ainda é representativa. A pesca atualmente é insignificante, ainda praticada a nível apenas artesanal, embora o município tenha um potencial hídrico considerável. Os principais produtos industriais do município derivam da indústria de plástico e alimentícia. A agricultura produz principalmente plantas para jardinagem, com destaque para a produção de gramas e palmeiras, além da produção de verduras para o comércio regional. Também parte considerável da renda dos trabalhadores é auferida na capital catarinense, o que caracteriza a cidade como dormitório.
Educação
O município nos últimos anos teve uma boa expansão da oferta de cursos profissionalizantes destinado ao mercado de trabalho regional. Possui ainda um campus universitário, com mais de uma dezena de cursos tradicionais, mantido pela UNIVALI, particular. Na linha das universidades particulares, estão instaladas também no município, a UNIASSELVI e a UNICESUMAR. Conta também, nas proximidades, com as universidades públicas na capital Florianópolis, como a UDESC (estadual) e UFSC (federal), esta última entre as 5 maiores do país.
Meio ambiente
A vegetação dominante é a Mata Atlântica, hoje bastante devastada. Conta com mais de 12 quilômetros de litoral marítimo, sendo banhado pela Baia Norte, braço aquático do oceano Atlântico que separa este município da ilha de Santa Catarina, onde se encontra a maior parte de Florianópolis. O maior rio do município também recebe o nome da cidade, rio Biguaçu, com 37 km de extensão.
O rio Inferninho o segundo maior tem 34 quilômetros de extensão. O município ainda não possui rede de tratamento de esgotos, que faz com que praticamente todos os rios e o litoral marítimo estejam altamente poluídos. Não há reservas ambientais ou plano de prevenção à ocupação do solo, e nas décadas de 1980 e 90 houve forte ocupação desordenada de encostas próximo a sede municipal, especialmente nos bairros Prado, Saudade, Bom Viver e Jardim Janaína. Devido a forte especulação imobiliária, espaços verdes diminuem rapidamente. O município também deve encontrar dificuldades no abastecimento de água potável no futuro próximo, já que praticamente toda água consumida no município vem de outras cidades, aliando-se ao alto crescimento populacional da região, embora o potencial hídrico seja considerável, faltando apenas sua proteção e uso racional. As praias do município sofrem com o derrame de esgotos, prejudicando a balneabilidade.
Em 2017, foi criado o "Parque Natural Municipal da Serra de São Miguel", é o primeiro parque municipal de Biguaçu, o parque, localiza-se em área rural, entre os bairros da Saudade, Prado, São Miguel e Tijuquinhas, tem uma área total de 1.226,31904 hectares e perímetro de 24.624,53 metros.
Cultura
Biguaçu encontra-se muito ligada culturalmente à capital Florianópolis, desde sua colonização no século XVIII por açorianos. Também há a questão da oferta de empregos e educação, onde muitos moradores trabalham e estudam na capital, tornando o município característico de cidade-dormitório.
Em 1996, foi fundada a Academia de Letras de Biguaçu, para unir poetas, escritores, historiadores e outros intelectuais da respectiva cidade e das imediações..
Religião
No censo de 2010, cerca de 91% da população se declarou cristã (72% católica romana, 17% protestantes evangélicas, cerca de 1,5% de cristãos restauracionistas Testemunhas de Jeová e Mormóns); 5% sem religião, 2% espíritas Kardecistas, 1% animistas (principalmente candomblecistas) e 1% ateus.
Atrações turísticas
Destacam-se a gastronomia, principalmente os restaurantes de frutos do mar, localizados no Balneário São Miguel, que é um ponto muito visitado do município, com sua água morna e mansa, além de contar com o Museu Etnográfico Casa dos Açores.
Há, próximo a sede, a vista impressionante da Serra da Boa Vista, com seu acesso praticamente todo pavimentado, onde no ponto mais alto ainda há uma bela gruta católica, em meio a muito verde.
Em direção a Antônio Carlos, a beleza das plantações de grama comercial. Em Três Riachos há várias alternativas de lazer pelo turismo rural.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

ROLÂNDIA - PARANÁ

Rolândia é um município brasileiro do norte do estado do Paraná, localizado na Região Metropolitana de Londrina. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 67.383 habitantes.
Geografia
A sede do município está situada a 750 metros de altitude. Os municípios limítrofes são Jaguapitã (norte), Cambé e Londrina (leste), Arapongas (sul), Pitangueiras e Sabáudia (oeste).
Seu território se estende pelas microbacias hidrográficas do ribeirão Vermelho, do ribeirão Ema e do rio Bandeirantes do Norte.
Clima
O clima é classificado como Subtropical Úmido Mesotérmico sem estação seca definida, mas com tendência nos meses de verão. O verão geralmente é quente, com médias mensais acima dos 22°C.
No inverno, ocorrem geadas com pouca frequência devido à falta de precipitação nos dias de frio intenso, em que as temperaturas podem alcançar valores de 0,3°C (3 de junho de 2009) e, em ocasiões extremas, chegar a -4°C, como no inverno de 1975, quando nevou em todo Centro-Sul do Estado.
Economia
Nos primórdios de sua colonização, somente os cafezais é que geravam riqueza. Atualmente, além do cultivo da soja, milho, trigo, cana de açúcar e à laranja, a economia a cidade conta ainda com duas empresas frigoríficas, uma cooperativa agropecuária, uma usina de álcool, um setor pecuarista e parque industrial forte.
Esporte
A cidade de Rolândia possui um clube no Campeonato Paranaense de Futebol, o Nacional Atlético Clube Sociedade Civil.
Cultura
Rolândia é a terra natal de Elifas Andreato.
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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

ARARANGUÁ - SANTA CATARINA

Araranguá é um município litorâneo localizado no extremo sul do estado de Santa Catarina. Localiza-se a uma latitude 28º56'05" sul e a uma longitude 49º29'09" oeste, estando a uma altitude de 13 metros. Segundo as estimativas do IBGE, em 2019 sua população era de 68.228 habitantes, fazendo da cidade a terceira mais populosa da mesorregião Sul Catarinense e a mais populosa da microrregião que carrega o nome da cidade. Possui uma área de 304,05 km².
Desmembrado de Laguna, foi elevado à categoria de município em 3 de abril de 1880, cuja instalação se deu em fevereiro de 1883.
Araranguá caracteriza-se por ser o principal polo regional de comércio e serviços do Extremo Sul Catarinense e na última década como um novo polo de educação no estado. O principal cartão-postal da cidade é o balneário de Morro dos Conventos, distante 10 km do Centro, com praia, dunas, furnas e a foz do Rio Araranguá.
Etimologia
Enquanto ainda era um distrito de Laguna era conhecido como Campinas do Sul. O município passou a chamar-se Araranguá a partir de 1880, quando foi elevado à categoria de município. Segundo a versão mais popular, o nome foi composto por onomatopeia. A fusão de ararã (papaio grande, arara) com guá (vale, baixada) atribui ao local a denominação de Vale das Araras. Outra versão, como a que une os termos arara e anguá que juntos significariam barulho ou rumor dos papagaios, e a que registra a transformação do termo guarani ararerunguay em araringuá que significa rio de areia preta.
Contextualização arqueológica e etno-histórica
A história de ocupação da região que hoje abrange o município de Araranguá é bem mais antiga do que a data de sua fundação. Sua ocupação humana tem início com os grupos indígenas sambaquis e posteriormente os ceramistas Jês e Guarani, que fizeram da paisagem litorânea e de encosta seu habitat, tirando da natureza sua subsistência.
Período pré-colonial
Em Araranguá o registro de ocupação humana data de aproximadamente 6.000 A.P. com a presença dos grupos conhecidos como sambaquieiros que ocuparam vastamente a região litorânea sendo a eles atribuída a construção dos monumentais sambaquis (monte de conchas). Mais recentemente, um pouco antes da colonização europeia nas terras brasileiras,  por volta de 500 A.P chegaram os grupos indígenas conhecidos como Tupi-Guarani (grafia com hífen remete a tradição linguística do grupo) que teriam partido da Amazônia seguindo os grandes rios,  principalmente os Rios Paraguai e Paraná até a foz do Rio da Prata, daí então se voltando para o litoral sul do Brasil.
Nesse panorama de ocupação regional, Araranguá se apresenta como um local de grande potencial arqueológico onde atualmente há 35 (trinta e cinco) sítios arqueológicos pré-coloniais mapeados, relacionados a sambaquis e cerâmico da Tradição Tupiguarani (grafia sem hífen remete a tradição tecnológica do grupo). Entre os mais recentes podemos citar o sítio atribuído a Tradição Tupiguarani denominado Aldeia Lagoa da Serra I.
Sambaquis
Os sambaquis são sítios arqueológicos que foram construídos lentamente, durante muitos anos. “É uma palavra de etimologia Tupi (...). 'Tamba' significa conchas e 'Ki' amontoado, que são as características mais marcantes desse tipo de sítio”. Os sambaquis destacam-se como os sítios arqueológicos mais antigos da costa litorânea brasileira. Possuem forma monticular e são constituídos por sedimento, conchas, berbigões, ostras e moluscos. Os vestígios das ocupações nos sambaquis revelam muitos aspectos de sua cultura, tais como a estratégia ocupacional com feições relacionadas a organização social quando se observam as evidências de sepultamentos por exemplo. É importante descartar também que nas estruturas dos sambaquis são encontradas ostras abertas que possivelmente serviram de alimento e também fechadas, o que demonstra que os sambaquis não são constituídos primordialmente de restos alimentares, e por isso não podem ser classificados como “lixo dos índios”, mas sim um local sagrado elaborado para fins ritualísticos onde eram sepultados os mortos juntamente com alguns objetos ou adornos.
Em sítios arqueológicos são encontrados objetos utilitários feitos em pedra e osso, tais como: quebra coquinho, peso de rede, lâmina de machado, amós e pontas de lança óssea que eram presas em hastes de madeira e utilizadas na captura de pescados. Além de artefatos utilitários, confeccionavam adornos diversos, tais como colares, coroas e tembetás, para isso utilizavam conchas e dentes de animais, como tubarão, porcos-do-mato e jacaré, para pingentes, o que pode ter um significado importante na vida dos sambaquieiros, pois são animais agressivos, apresentando dificuldades para a caça ou a pesca dos mesmos.
Todos esses artefatos citados são encontrados dentro da estrutura monticular do sambaqui e muitas vezes estão associadas a sepultamentos humanos. Ainda, entre os objetos mas que raramente são encontrados podemos destacar as esculturas conhecidas como Zoólitos (zoo = animal, lito = pedra) que impressionam pela aparência fidedigna com os animais que representam tais como, peixes, aves, tatus e outros.
Ceramista - Guarani
Os Ceramistas Guarani chegaram a Santa Catarina por volta de 700 anos A.P. Migraram da Amazônia, seguindo o rio Paraguai e Paraná, até a foz do rio da Prata, voltando-se para o litoral sul do Brasil.
Os Guarani que habitavam o litoral Catarinense são da Tradição Tupiguarani, esta tradição é “fruto de uma relação complexa entre dois tipos de classificações, uma linguística e outra cerâmica, que tem origem na história da pesquisa etnográfica do país.”.
A busca por novos territórios foi motivada por uma série de fatores, nos quais se destacam: uma mudança social e política dentro do sistema organizacional do grupo e a escassez de recursos na região Amazônica gerada pelo fenômeno El Niño que pode ter sido responsável pela famigerada busca pela “Terra sem Males”.
Construíam suas aldeias geralmente em áreas de posições elevadas, nas encostas dos morros e próximos a rios, locais com boa visibilidade, que proporcionasse melhores condições naturais para sobrevivência do grupo, em especial, o desenvolvimento da agricultura de subsistência, pesca, caça e coleta. Confeccionavam seus artefatos em pedra, madeira e barro, entre os objetos feitos com pedra se destacavam as lâminas de machado polido, os enxós, os afiadores e os tembetás, este último, usado como adorno.  Entre os artefatos em madeira se podem citar as lanças e os arcos de lançar as flechas, esses objetos são raramente identificados nos sítios arqueológicos, uma vez que são constituídos de material degradável, e não resistem ao tempo. Contudo, o artefato cerâmico representado pelas vasilhas e potes são elementos determinantes para a caracterização de um sítio arqueológico Guarani. A confecção desses objetos representa muito além do utilitário cotidiano de cozinhar e armazenar alimentos servia como parâmetro de status social de uma tribo perante outras, e também poderiam servir de urna funerária, quando de tamanho grande, sendo esta sua última finalidade. Além disso, a confecção dessas vasilhas cerâmicas influenciava fortemente na escolha do espaço geográfico para o acampamento do grupo, uma vez que, por variar de tamanho (grande e médio porte) não eram de fácil mobilidade, dificultando o nomadismo e contribuindo para a fixação do grupo em lugares com matéria-prima (argila).
Ceramista - Jê
Os ceramistas Jê, migraram do centro-oeste do Brasil e chegaram a Santa Catarina por volta de 1.000 anos A.P. Habitavam regiões da encosta e planalto, porém há registros arqueológicos e etnográficos de ocupação sazonal desses grupos no litoral Catarinense [15]. Desse modo, no inverno aproveitavam a safra de pinhão, e no verão, desciam para o litoral em busca de alternativas alimentares para a subsistência. Em Araranguá não há até o momento registro de sítios arqueológicos atribuídos a esses grupos, no entanto o que se sabe é que os municípios limítrofes localizados próximo a encosta da serra é comum a presença vestígios arqueológicos e dados etno-históricos relacionados a eles.
Viviam em aldeias e possuíam uma média e baixa mobilidade territorial, uma vez que praticavam a horticultura, porém tinham forte dependência da caça e da coleta de frutos. Suas habitações eram basicamente de dois tipos: piso rebaixado e as mais duradouras construídas na superfície do chão. As estruturas de piso rebaixado são atualmente um importante indicador de sítio arqueológico atribuído a esses grupos, já que a depressão no solo é comumente evidenciada de forma rasa, aliada ou não a evidências de carvão e fragmentos líticos e cerâmicos.
A matéria prima utilizada na confecção dos artefatos se resumia a pedra, o barro, e a madeira, esta última porém, não é encontrada em sítios arqueológicos, uma vez que é degradável e não resiste ao tempo. No entanto, como há registro documental de contato desses grupos com os colonizadores europeus, as informações relativas ao modo de vida são bastante abrangentes. Entre os artefatos confeccionados, podemos citar os utilitários feitos em pedra - enxó e lâmina de machado,  os de barro - vasilhas geralmente pequenas e de espessura fina, e os adornos em pedra e madeira conhecidos como tembetás.
Período colonial (contato entre nativos e colonizadores)
Dentro dos limiares de ocupação indígena quando voltamos para o início da colonização europeia é inevitavelmente dissociar todo o processo conflituoso de contato entre nativos e colonizadores. De acordo com Dall’Alba, muitos são os relatos de moradores e descendentes que descrevem histórias de conflitos entre índios e colonizador. Relatos que apontam as situações de crueldade e conquista de território que resultou em morte dizimando sociedades inteiras.
Ainda dentro desse contexto de contato entre nativos e colonizadores, Zanelatto faz uma análise da representação indígena e a legitimação de seu extermínio no sul de Santa Catarina, durante o processo de colonização no final do século XIX e início do século XX. Para tal analise o pesquisar se utiliza de dados bibliográficos com base em fatos e entrevistas, tendo como fonte de pesquisa indispensável a obra do padre Leonir Dall’Alba intitulada Histórias do Grande Araranguá, publicada em 1997.
A análise do livro de Dall’Alba, que é constituído basicamente de entrevistas e relatos históricos obtidos em conversas com moradores antigos, se relaciona com documentos históricos relacionados ao período dos bugreiro. Assim, a análise proposta por Zanelatto, tem como finalidade interpretar as falas dos sujeitos históricos - colono, índio e bugreiro, visando contextualizar com o processo complexo de ocupação do sul Catarinenses, pelo qual foi complacente com lusos e açorianos, em seguida recebeu imigrantes europeus alemães e italianos. Por meio das narrativas o autor enfatiza a riqueza de detalhes das ações dos bugreiro, bem como a invisibilidade indígena no processo histórico Catarinense, como se houvesse literalmente uma queima de arquivo histórico, que tem como objetivo tornar invisível a existência indígena na região.
"Com o povoamento das terras catarinenses nasceram os conflitos entre brancos e índios. Os brancos formavam as chamadas tropas de brugreiros e atacavam os índios com armas de fogo. (...)a ação dos “bugreiros”, no estado de Santa Catarina, na medida em que as frentes de alemães e italianos foram avançando para o interior, encurralando os indígenas, o confronto tornou-se inevitável, surgindo assim a figura do bugreiro, indivíduo especializado em atacar e exterminar os nativos, contratado pelos colonos imigrantes e pelo governo provincial. Os bugreiros especializaram-se em ataques surpresa, arrasavam as aldeias não dando aos indígenas, chance de resistência. A maioria era aparentada entre prestar serviços às colônias e seus habitantes. Também os viajantes, tropeiros e agrimensores utilizavam-se constantemente dessas tropas para sua proteção quando necessitavam atravessar ou permanecer em território onde a presença indígena era freqüente ."
Fundação do município
Araranguá surge na história oficial a partir de 1728 na rota dos tropeiros, com a abertura do chamado Caminho dos Conventos. O local chamado Capão da Espera - hoje distrito de Hercílio Luz - foi um lugar de pouso destes tropeiros, local onde surgiram as primeiras casas e comércios, afastando ou dizimando as populações indígenas da região.
Nos primeiros anos do século XIX, os primeiros homens foram estabelecidos no município. Procedentes de Laguna, foram inicialmente fixados na região próxima à desembocadura do rio Araranguá, formoso, calmo e fecundante curso de água. Com o passar dos anos, subiram o vale e ocorreu o surgimento das habitações primitivas, no lugar onde é hoje a sede municipal, exatamente a praça Hercílio Luz dos dias atuais.
Nesse período, Araranguá iniciou seu processo de formação administrativa. No ano de 1848 é criado o distrito de Nossa Senhora Mãe dos Homens, pela lei Provincial nº 272, de 04-05-1848, subordinado ao município de Laguna. Pela lei provincial, Nossa Senhora Mãe dos Homens passou a denominar-se Campinas. No ano de 1880 a lei provincial eleva Campinas a categoria de vila com a denominação de Araranguá, desmembrando-se dos municípios de Laguna e Tubarão.
Os fatos históricos que se relacionam com a conhecida Revolução Farroupilha, deram sua contribuição, ao qual é mencionado, para aumentar a sua população, pela qual, nas últimas cinco décadas do século XIX, foram recebidos imigrantes que vieram da Europa, em sua maioria, vindos da Itália.
Economia
A economia de Araranguá tem como principais atividades o comércio, a indústria, a agricultura e o turismo.
O comércio e a prestação de serviços públicos e privados se destaca como a principal atividade econômica do município, fazendo de Araranguá uma cidade-polo regional. O setor industrial também representa uma parcela significativa na economia local, com destaque para a indústria moveleira,metalúrgica e têxtil. O município também é referência em apicultura, tendo seu mel reconhecido entre os melhores do mundo.
A agricultura se faz presente no cultivo de arroz, milho, fumo, feijão e mandioca, sendo esta atividade uma das principais fontes de renda dos moradores das áreas rurais da cidade.
Araranguá recebe muitos turistas no verão, tanto brasileiros, quanto estrangeiros, que vão para lá buscando contemplar sua beleza natural.
Turismo
O principal destino turístico da cidade é o balneário de Morro dos Conventos. A cidade possui um importante penhasco localizado nessa região. Ele é encimado por um farol da Marinha e um mirante e atrai grande quantidade de turistas para visitação e prática de vários esportes. Abaixo dele se encontra as famosas dunas que são conhecidas pela diversão e lazer de crianças e adultos e as belas praias araranguaenses.
A barragem entre o Rio Araranguá, que vem desde o centro da cidade até a comunidade de ilhas, e o Oceano Atlântico, é conhecida em todo o Vale e atrai muitos turistas. A comunidade de Ilhas é conhecida pelas riquezas naturais exibidas logo na sua chegada e pelo valorizado artesanato feito por moradores da localidade. Esse ponto é um dos principais alvos dos pescadores e turistas que desejam apreciar as maiores riquezas que a cidade tem a oferecer.
A cidade também possui lagoas muito bem estruturadas para banho e a prática de camping. As lagoas araranguaenses são uma boa opção para quem busca descanso e tranquilidade. Na lagoa da Serra, com 9 km² de águas mornas e azuis, é possível encontrar lebres, quero-queros, marrecos, garças e inúmeras variedades de peixes. Além dessa, o município conta ainda com as lagoas dos Bichos, do Cortado, Dourada, Mãe Luzia e do Caverá, compondo um sistema ecológico de rara beleza.
Educação
As Instituições de Ensino Superior de Araranguá são: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC); Faculdade do Vale do Araranguá (FVA); Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul); Universidade Norte do Paraná (Unopar);
- UFSC - Desde 2009 situa-se na cidade um campus da[Universidade Federal de Santa Catarina. O Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde possui sede nos bairros Mato Alto (pós-graduação) e Jardim das Avenidas (graduação).
- IFSC - Também está localizado em Araranguá um campus do Instituto Federal Catarinense , que oferece cursos técnicos e graduações.
Esporte
No futebol, Araranguá teve seis clubes profissionais, em épocas distintas, na ordem cronológica: Fronteira Football Club (FFC) (anos 1920); Campinas Football Club (CFC) (anos 1930); Associação Atlética Barriga Verde de Araranguá (AABVA) (anos 1940); Grêmio Esportivo Araranguaense (GEA) (anos 1950 e 1960); Grêmio Fronteira (anos 1970); Araranguá Esporte Clube (AEC) (atual), encerrado em 1998 e retorno em 2015.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

INDAIAL - SANTA CATARINA

Indaial é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 72 346 habitantes.
História
Sua colonização iniciou por volta de 1860, com os alemães, e posteriormente com os italianos (1875) e poloneses (1878). No ano de 1934 conquistou sua independência, sendo desmembrado da grande Blumenau.
Seu nome tem origem da “Indaiá”, uma palmeira muito comum no município na época de sua colonização.
Os primeiros habitantes de Indaial foram os índios tapajós e carijós e os alemães se estabelecendo no bairro "Warnow", hoje homenageados como dois grandes bairros da cidade. Indaial é uma das maiores cidades do Vale do Itajaí, também conhecida por “Cidade das Flores e da Música”.
Infraestrutura
O sistema viário de Indaial é apoiado em duas pontes que cruzam o Rio Itajaí-Açu. Estas duas pontes ligam a região central do município ao binário de circulação principal formado pela Avenida Maria Simão e Avenida Manoel Simão. A mais antiga das pontes é a “Ponte Emílio Baumgart”, popularmente chamada de “Ponte dos Arcos”, inaugurada em 1926. Seu nome homenageia o engenheiro blumenauense Emílio Henrique Baumgart, projetista da obra. Além desta, vale citar que entre suas obras estão o Hotel da Glória e o Copacabana Palace, ambos no Rio de Janeiro. A construção foi uma verdadeira revolução, pois é a primeira ponte deste porte construída no Brasil utilizando cimento armado e mede 175m de comprimento e 6m de largura.
O município conta com o “Parque Ribeirão das Pedras”, que possui pistas de motocross e kart, dois pavilhões para sediar os eventos, pista de caminhada e um amplo espaço livre, para acampamentos ou estacionamento em grandes eventos como a FIMI. O “Ginásio Sérgio Luiz Petters”, localizado no centro da cidade, se encontra disponível e em bom estado para uso. Nele ocorrem tradicionais competições como o “Torneio de Verão” e as apresentações de patinação artística, muito comum em Indaial. Próximo ao ginásio, se encontra a “Fundação Indaialense de Cultura”, FIC, onde a população pode usufruir de aulas de canto, teatro, danças e diversos instrumentos musicais. Além disso, possui uma ampla biblioteca pública, que possui um acervo com mais 18 mil livros, disponíveis gratuitamente à população.
Na FIC, "Casa da Cultura", como é conhecida pela população, há belos jardins recomendáveis á quem pratica leitura, há também uma trilha para os praticantes de caminhadas. A fundação também possui a Biblioteca Pública, Arquivo Histórico e Espaço para Exposições. Também administra cursos gratuitos a comunidade e é responsável pelo Museu Ferroviário.
Geografia
Indaial localiza-se no Vale do Itajaí, próxima a Blumenau, a uma latitude 26º53'52" sul e a uma longitude 49º13'54" oeste, estando a uma altitude de 64 metros. Possui uma área de 429,97 km².
Indaial possui uma área de 466 km², e está situado às margens da rodovia BR-470, no Médio Vale do Itajaí, também chamado de Vale Europeu. Dista 20 km de Blumenau e 160 km da capital do estado, Florianópolis. O município é banhado pela bacia do rio Itajaí-Açu e pelo seu mais importante afluente, o rio Benedito. A cidade é cercada por uma vegetação nativa da mata atlântica, sendo riquíssima e abundante a sua diversidade de espécies.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a menor temperatura registrada em Indaial foi de −1,2 °C, em 14 de julho de 2000. A maior atingiu 41,2 °C, em 8 de fevereiro de 2014. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 160,6 milímetros em 5 de fevereiro de 2002.
Eventos
No Parque Municipal Jorge Hardt é realizada a FIMI, uma festa muito frequentada por pessoas de toda a região, que comemora a fundação do município, que ocorre todos os anos em março. Desde 2004 a festa conta com o Stammtisch, evento típico alemão, onde amigos e familiares se reúnem para comer e beber no centro da cidade. Além disso, a FIMI conta com shows nacionais e corridas de Motocross.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

SOUZA - PARAÍBA

Sousa é um município brasileiro localizado no interior do estado da Paraíba, distante 432 quilômetros a oeste de João Pessoa, capital estadual. Pertence à Região Geográfica Intermediária de Sousa-Cajazeiras e à Região Geográfica Imediata de Sousa.
Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 69.997 habitantes, sendo o sexto mais populoso do estado. Ocupa uma área de 728 km².
A cidade de Sousa polariza oito municípios da 10ª Região Geoadministrativa da Paraíba: Aparecida, Lastro, Marizópolis, Nazarezinho, Santa Cruz, São Francisco, São José da Lagoa Tapada e Vieirópolis. É o principal polo do Noroeste estadual, tal como o principal polo de lacticínios industrializados do oeste do estado e principal sítio zooarqueológico.
Etimologia
Situada às margens do rio do Peixe, Sousa foi primeiramente batizada "Jardim do Rio do Peixe". Fundada pelo padre Bento Freire de Sousa e pelo capitão-mor José Gomes de Sá, ambos originários de Sousa, Portugal, batizaram-na segundo o que preconizava a Carta Régia de 22 de junho de 1766, que os administradores de vilas denominassem as novas localidades com nomes de lugarejos e cidades de Portugal, o que deixa clara a origem do atual nome.
História
O início da colonização do oeste da Paraíba, da região das margens do rio do Peixe, por colonos vindos da Bahia, Pernambuco e São Paulo, ocorreu no fim do século XVII, após conquistarem a amizade dos índios Icós. O desbravamento dos sertões nos séculos XVI e XVII foi gradativo, exigindo dos exploradores sertanistas empreenderem um grande esforço para dominar terras menos conhecidas e mais distantes do litoral. Um deles, o sertanista Sargento Mor Antônio José da Cunha em 1691, descobriu um riacho denominado "Peixe" habitado pela nação indígena Icó Pequeno. Em 1708, José da Cunha pleiteou uma sesmaria sendo atendido pelo então governador João da Maia da Gama para, posteriormente, outros sertanistas ali se instalarem com suas fazendas. Coube ao franciscano Frei João de Matos Serra, nos idos do ano de 1700, aldear os índios sobreviventes dando os primeiros passos para a organização da futura Vila.
Em 1723, chegaram os sacerdotes Francisco e Teodósio de Oliveira Ledo, passaram o território para a Casa da Torre da Bahia, e se tornaram senhores dos vales constituídos pelos rios do Peixe e Piranhas. O processo de habitação aconteceu vagarosamente com os moradores das ribeiras dos rios e dos paulistas que iam chegando para situarem suas fazendas com rebanhos e agricultura. Já nessa época, o lugarejo contava com uma população de 780 habitantes.
A fertilidade atraiu moradores interessados no cultivo das terras, Nesta região Bento Freire de Sousa e José Gomes de Sá também situaram as suas fazendas. Assim, o povoado desenvolvia-se e, em 1730, contava com 1.468 habitantes, segundo informações do Cabido de Olinda. Esse crescimento chamou a atenção de Bento Freire que, residindo na Fazenda Jardim, tomou a iniciativa de organizar um povoado. Bento Freire pleiteou uma concessão, deslocando-se à Bahia a fim de obter da Casa da Torre a doação da sesmaria cujas terras seriam patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios. Conquistado o pleito, coube a Bento Freire erguer a primeira capela em louvor a Nossa Senhora dos Remédios - atual Igreja do Rosário dos Pretos. Bento Freire tornara-se o primeiro administrador do patrimônio da "Freguesia de Nossa Senhora dos Remédios do Jardim do Rio do Peixe elevando-o a povoado.
As terras do antigo Jardim do Peixe pertenciam ao Coronel Francisco Dias D'Ávila e sua mãe D. Inácia D'Araújo Pereira, família fidalga da Casa da Torre da Bahia, que as doaram ao patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios em 1740 por solicitação de Bento Freire. Porém, o processo estendeu-se até 1756 com muitas idas e vindas de Bento Freire à Bahia quando, finalmente em 1760, obteve a sentença que legalizou, em definitivo, a constituição do patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios. Bento Freire administrou o Patrimônio até 1765, coroando com sucesso um esforço de quase meio século de lutara para erguer o que viria a ser o município de Sousa.
O povoado do Jardim do Rio do Peixe, nome primeiro do habitat, foi elevado à categoria de Vila por decisão do Reino, expressa por força de autoridade da Carta-Régia de 22 de Julho de 1766. Mesmo ostentando a condição de distrito, permaneceu o povoado com o seu nome primitivo. Em 1784, a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios foi desmembrada da Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pombal.
No dia 4 de junho de 1800, o Ouvidor Geral José da Silva Coutinho, instala oficialmente, a Vila Nova de Sousa através da Resolução do então Governador de Pernambuco, data de 26 de março de 1800 após pleito da comunidade através de requerimento encabeçado por Patrício José de Almeida, Matias de Figueiredo Rocha e Pe. Manoel Vieira da Silva. Um dia antes, o Capitão Alexandre Pereira de Sousa fez uma doação de terras para o patrimônio do crescente povoado. Foi através da Lei Provincial de nº 28, de 10 de julho de 1854 que a Vila de Sousa foi elevada à categoria de cidade passando, na oportunidade, a denominar-se Sousa, conhecida hoje por "Cidade Sorriso".
Geografia
O relevo do município está incluído na chamada Depressão Sertaneja, com a predominância de superfícies planas cercadas por eventuais áreas mais de maior altitude. Quanto à pedologia, dois tipos de solo são predominantes, sendo eles o podzólico vermelho-amarelo equivalente eutrófico e o vertissolo, havendo áreas menores dos solos litólico eutrófico e bruno não cálcico. Tanto este último quanto os podzólicos, na nova classificação brasileira de solos, constituem os luvissolos, os solos litólicos são os neossolos e os vertissolos mantiveram sua denominação original.
Esses solos, por serem pouco profundos, são cobertos por uma vegetação xerófila de pequeno porte, a caatinga, que perde suas folhas na estação seca. Sousa abriga o Monumento Natural Vale dos Dinossauros, sítio arqueológico e unidade de conservação estadual criada pelo decreto 23.832 de 27 de setembro de 2002, que abriga a maior incidência de pegadas de dinossauros no mundo e fósseis de mais de oitenta espécies, com idade estimada em cerca de cem milhões de anos.
O município encontra-se com toda sua área territorial inserida na sub-bacia do Rio do Peixe, dentro da bacia hidrográfica do Rio Piranhas–Açu, sendo atravessado pelos rios do Peixe (este cortando a cidade), Piranhas Velho e Piranhas, além de vários outros riachos. O principal reservatório é o Açude São Gonçalo, no distrito homônimo, com capacidade para 40.582.277 m³. Este reservatório foi projetado por engenheiros dos Estados Unidos e teve sua construção sido iniciada em 1922, sendo inaugurado em 1936, contando com a participação do presidente Getúlio Vargas. Além de São Gonçalo, outros açudes do município são: Juá, dos Patos e Velho, além das lagoas da Estrada, de Forno e da Vereda.
Clima
O clima sousense é tropical semiárido, do tipo Bsh segundo Köppen, com temperaturas elevadas e chuvas concentradas entre os meses de janeiro e abril.
Conforme dados da Agência Executiva de Gestão de Águas do Estado da Paraíba (AESA), desde dezembro de 1910, quando teve início o monitoramento pluviométrico na cidade, o maior acumulado de chuva em 24 horas chegou a 178 mm em 6 de fevereiro de 1981.
É no município de Sousa, mais exatamente no distrito de São Gonçalo, onde o Sol mais brilha no Brasil, ultrapassando 3 200 horas/ano de insolação. Conforme dados da estação meteorológica operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no distrito, a menor temperatura registrada no local foi 12,2 °C em 27 de junho de 2008 e a maior atingiu 39,8 °C em 16 de julho de 1997.
Economia
A economia da cidade é bastante diversificada, embora tenha o setor de serviços o maior responsável pela arrecadação de impostos no município. A cidade se destaca também na produção de coco.
Ainda no ramo agrícola, o projeto do Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa, conta com inovação produtiva no setor biodinâmico, em projetos de grande e pequeno porte, com destaque à recente retomada da cultura algodoeira no estado, através do Grupo Santana, empresa potiguar proprietária de mais de 1000 hectares do perímetro.
No Ramo industrial Sousa se destaca como uma das cidades mais industrializadas da Paraíba, com pouco mais de 164 indústrias.
Cultura
Sousa conta com o Centro Cultural Banco do Nordeste, um grande equipamento financiado pelo Banco do Nordeste, que se compara ao dos grandes centros e conta com biblioteca, biblioteca virtual, teatro e cinema.
Futebol
A cidade conta com os clubes de futebol local, como o Sousa Esporte Clube e a Sociedade Esportiva de Sousa.
Feriados
Em Sousa há dois feriados municipais, além de oito feriados nacionais e três pontos facultativos. Os feriados municipais são o dia 10 de julho, data de aniversário do município, e o dia 8 de setembro, dia da padroeira.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

OURICURI - PERNAMBUCO

Ouricuri é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localizado no sertão pernambucano, ocupa uma área de 2.381,570 km² e representa 2,25% do Estado de Pernambuco. A sede do município tem uma altitude aproximada de 451 metros e coordenadas geográficas de 07°52'57 de latitude sul e 40°04'54 de longitude oeste, distando 617 quilômetros da capital, Recife. O município possui uma malha rodoviária privilegiada, sendo cortado pelas rodovias BR-316 e BR-122, ocupando posição central e de destaque na Região de Desenvolvimento do Araripe.
Atualmente, Ouricuri abastece pelo menos outras oito cidades da região (composta de 10 municípios) em bens e serviços, sendo sede de importantes instituições governamentais, bancárias e fiscais, e atraindo centenas de pessoas todos os dias. Devido sua localização estratégica na região do Araripe (Ficando aproximadamente 60 km de todos os municípios da Região), Ouricuri é um Polo de desenvolvimento Regional, onde várias empresas se instalam devido a logística da cidade. O município é formado pelos distritos Sede (Ouricuri) e Barra de São Pedro e pelos povoados de Santa Rita, Extrema, Cara Branca, Jacaré, Jatobá, Vidéu, Lopes, Agrovila Nova Esperança, Juá e Passagem de Pedras.
Topônimo
O topônimo "Ouricuri" provém da denominação popular da palmeira Syagrus coronata, nativa da região Nordeste do Brasil.
História
Toda a região do atual sertão nordestino era ocupada, até a chegada dos europeus no século XVI, por povos indígenas não tupis, os chamados tapuias. Ao longo de todo o período colonial, esses povos foram sendo exterminados através de doenças novas trazidas pelos europeus, guerras, escravização e aldeamentos missionários.
Os primeiros registros sobre a região datam do século XIX, mencionando uma extensa fazenda de gado de propriedade de dona Brígida Alencar. Partes desta fazenda foram vendidas ao casal João Goulart. Este casal fixou residência em uma região onde o pasto era mais abundante para o gado e denominaram esta região de Aricuri.
Em 1839, o juiz da Comarca de Boa Vista, Alexandre Bernardino Pires, fixou residência na região, fugindo de um surto de malária (doença esta chamada popularmente de "carneirada"). Em 5 de abril de 1841, o padre Francisco Pedro da Silva, oriundo da cidade de Sousa, no estado da Paraíba, comprou terras de dona Brígida a fim de erguer uma capela em homenagem a São Sebastião. Ao transferir a propriedade, o padre mudou o nome para Ouricuri, nome de uma palmeira. Assim, o desenvolvimento do povoado ocorreu pelas atividades agropecuárias e em torno da capela.
Em 30 de abril de 1844, foi criado o distrito, que foi elevado à categoria de vila em 1849. Em 1893, tornou-se município autônomo. Em 14 de maio de 1903, foi elevado à categoria de cidade.
Geografia
Hidrografia

O município está inserido na bacia hidrográfica do Rio Brígida. Seus principais tributários são os riachos: do Poti, São Pedro, Jatobá, Conceição, do Mel, da Lagoa, do Pau d'Arco, Novo, de Campos, da Maniçoba, do Frade, das Pedras, do Angico, do Manuíno, de São João, Caracuí, do Piau, da Quixaba, do Pradicó, Gravatá, do Capim Grosso, do Papagaio, Comprido, do Vavá, Mão Direita, da Lajinha, do Tapuio, do Junco, das Lajes, Cova do Anjo, da Urtiga, Serrote e Poço do Curral. Os principais corpos de acumulação são os açudes: Tanque, São Bento e Tamboril, além das lagoas dos Cavalos, do Desterro, do Rocha, Comprida, do Meio, do Pau em Pé, do Tatu e do Serrote. Todos os cursos d'água do município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
Clima
O clima é semiárido, do tipo Bsh. As chuvas, que costumam ocorrer entre dezembro e abril, são mal distribuídas ao longo do ano. O verão, é relativamente quente e é a estação mais chuvosa, com máximas de 31 °C e mínimas de 21 °C. O maior acumulado de precipitação registrado em 24 horas foi de 153,7 mm em 28 de novembro de 2005.
Relevo
Ouricuri situa-se na unidade dos Maciços e Serras Baixas, com altitudes entre 300 a 800 metros. Os maciços constituem-se em relevo pouco acidentado e em solos de alta fertilidade.
Essa unidade ocupa área expressiva nos Estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. É formada por maciços imponentes, que se caracterizam por relevo pouco acidentado, com solos de alta fertilidade, os quais são bastante aproveitados nas partes mais acessíveis do relevo.
Vegetação e solo
A vegetação é composta por floresta caducifólia e caatinga hipoxerófila. Nos Topos e Vertentes de Relevos Ondulados, ocorrem os solos Brunizens, pouco profundos, bem drenados, textura argilosa e fertilidade natural alta. Nos Topos e Vertentes de Relevos Fortes Ondulados e Montanhosos, ocorrem os solos Litólicos, rasos, pedregosos, ácidos e de fertilidade natural média. Nos Fundos de Vales Estreitos, ocorrem os solos aluviais, profundos, moderadamente drenados e com fertilidade natural alta.
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