sábado, 29 de novembro de 2025

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ

Quedas do Iguaçu é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do censo de 2022, era de 30.738 habitantes. 
História
Os primeiros moradores do local estabeleceram-se em março de 1911, na região chamada de Colônia Jagoda, sendo que os primeiros habitantes vieram do Rio Grande do Sul e tinham origens polonesas. O município passou a se chamar Campo Novo e era parte de Laranjeiras do Sul. O município de Quedas do Iguaçu foi criado através da Lei Estadual n.º 5.668, de 18 de outubro de 1967, e instalado em 15 de dezembro de 1968, foi desmembrado de Laranjeiras do Sul. 
Quando em 1930 a 1932 o estado do Paraná decidiu formar o primeiro núcleo de colonização e povoamento do imenso sertão as margens do Rio Iguaçu, foi realizado um iniciou a propaganda sobre a colonização na região, assim foram aparecendo convênio com representantes do Governo Polonês para que a região fosse povoada por imigrantes poloneses. Para isso foi organizada uma companhia, que recebeu o nome de Companhia Mercantil Paranaense S/A. Essa companhia com sede em Curitiba, foi responsável pela realização do projeto de colonização de nossas terras. Logo, a colonizadora polonesa os primeiros imigrantes poloneses, vindos do Rio Grande do Sul. 
A Colonizadora iniciou a construção de barracões para os imigrantes que aqui estavam. A colônia recebeu o nome de Colônia Jagoda (a opção pelo nome “Jagoda” (fruto), traduzia a esperança dos imigrantes que aqui estavam, de que a semente lançada germinasse e desses frutos, o que felizmente aconteceu). Naquela época, aqui existiam muitos animais selvagens, o que dificultava as primeiras plantações. Os colonos eram obrigados a derrubarem os pinheiros gigantes que aqui havia. O primeiro colonizador a chegar com sua família foi José O’Bara. Havia na colônia Jagoda, logo após a compra pela companhia: farmácia, granja, armazém, matadouro, serraria e escola. Ao todo formavam um grupo de 80 famílias. 
Os primeiros colonizadores deixaram várias marcas em nosso município. Por exemplo: onde temos a Praça São Pedro, foi o local onde acamparam alguns desbravadores, hoje considerada a parte central da cidade. Naquela época o transporte utilizado eram apenas carroças e as estradas eram abertas utilizando-se somente de objetos domésticos, como arados, pás, enxadas etc. Os colonos construíram ali seus ranchos e começaram a exploração de nova terra, onde vivem até hoje. 
As primeiras colheitas foram aparecendo e a Companhia Colonizadora era responsável pelo comercio, comprando dos colonos e vendendo em Laranjeiras do Sul. Em 1940, surgiu a primeira serraria movida a água.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Campo Novo (ex povoado), pela Lei Municipal n.º 19, de 28 de novembro de 1955, criado com terras desmembradas do distrito de Espigão do Alto, subordinado ao município de Laranjeiras do Sul. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o distrito Campo Novo figura no município Laranjeiras do Sul. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Campo Novo, pela Lei Estadual n.º 5.668, de 18 de outubro de 1967, desmembrado do município de Laranjeiras do Sul. Sede no antigo distrito de Campo Novo. Constituído de 2 distritos: Campo Novo e Espigão do Alto, ambos desmembrados do município de Laranjeiras do Sul. Instalado em 15 de dezembro de 1968. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1968, o município é constituído de 2 distritos: Campo Novo e Espigão do Alto. 
Pela Lei Estadual n.º 6.126, de 14 de julho de 1970, o município de Campo Novo tomou a denominação de Quedas do Iguaçu. 
Em divisão territorial datada 1º de janeiro de 1979, o município de Quedas do Iguaçu é constituído de 2 distritos: Quedas do Iguaçu (ex Campo Novo) e Espigão do Alto. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1993. 
Pela Lei Estadual n.º 10.737, de 18 de abril de 1994, é desmembrado do município de Quedas do Iguaçu o distrito de Espigão Alto. Elevado à categoria de município com a denominação de Espigão Alto do Iguaçu. 
Em divisão territorial datada de 1997, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
Vegetação

Vegetação é um conjunto de plantas que nascem e crescem naturalmente, isto é, sem serem plantadas, os tipos de vegetação que ocorrem nos lugares são determinados pelo clima, pelo tipo de solo e pelo relevo.
A vegetação mais extensa de Quedas do Iguaçu, era a Mata dos Pinhais ou das Araucárias. Seu nome se deve à predominância dos pinheiros do Paraná, da família Araucária angustifólia. Essa espécie se adapta bem às áreas mais elevadas e mais frias da região Sul. Dessa floresta extraem-se, além do pinheiro, a imbuia, a canela e a erva-mate.
O pinheiro e a imbuia tem alto valor comercial para a indústria madeireira, e a erva-mate é usada para fazer o chimarrão, bebida típica da região e também o chá-mate.
A continua exploração da Mata das Araucárias para a comercialização de sua madeira, fez com que ela desaparecesse quase completamente, restando hoje cerca de apenas um décimo de sua área original.
O município de Quedas do Iguaçu, foi considerado o local de maior concentração de Araucária angustifólia do mundo.
Fica a uma distância de 447 km por rodovia, da capital.
Relevo
São as diferentes formas como se apresenta a superfície da terra. Durante anos e anos, as condições climáticas de uma região vão desgastando e modificando a superfície da terra, dando origem às diferentes formas de relevo.
A região onde a cidade de Quedas do Iguaçu se localiza é de planície, terreno acidentado, topografia suave e altitude em torno de 630 metros. Os pontos mais altos do município são: Serra da União - 912 metros e Serra do Mico - 785 metros. Ambas se localizam na região do Mato Queimado. O ponto mais baixo do nosso município se encontra na Foz do Rio Guarani com o Rio Iguaçu – 300 metros.
Solo
O solo do município de Quedas do Iguaçu é mediamente argiloso, com fertilidade média. A conservação se dá apenas em reduzido número de propriedades, fazendo-se reflorestamento nas áreas não utilizadas.
Considerando as características que identificam um tipo de solo, podemos enquadrá-lo como sendo: latossolo roxo, terra roxa estruturada e solos litólicos. Esses são os tipos predominantes e responsáveis pela formação dos solos do nosso município.
Quedas do Iguaçu está inserida no terceiro planalto paranaense, onde os solos destacam-se pela fertilidade média e pelo fato de ser mediante argiloso.
A classificação dos solos da região sob o ponto de vista da sua aptidão edófica, apresenta os seguintes tipos: latossolo roxo destrófico; ondulado com solos litólicos e relevo forte e ondulado.
Hidrografia
Os principais rios que banham o município são:
- Rio Iguaçu - nasce em Curitiba, é o principal rio que banha o nosso município. Nele localiza-se a Usina Hidrelétrica de Salto Osório, situada à 17km de Quedas do Iguaçu.
- Rio Campo Novo - atravessa o município, sendo utilizado pela Sanepar para a captação e tratamento da água, que é distribuída para a população de nossa cidade.
- Rio Guarani - faz divisa com o município de Três Barras do Paraná, Catanduvas e Guaraniaçu.
Clima
De acordo com a classificação de Kóppen, o clima é do tipo subtropical úmido, mesotérmico, com verões quentes e geadas pouco frequentes, tendo uma tendência de concentração das chuvas nos meses de verão. A temperatura média do mês mais quente, maior que 22ºC e do mês mais frio, menos que 18ºC. Nosso clima não apresenta estação seca definida.
Economia
Quedas do Iguaçu é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O pequeno número de novas oportunidades claras de negócios e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a julho de 2025, foram registradas 2 mil admissões formais e 1,7 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 318 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 178.
Até agosto de 2025 houve registro de 64 novas empresas em Quedas do Iguaçu, sendo que 8 atuam pela internet. Neste último mês, 5 novas empresas se instalaram. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (8). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 102 empresas.
Esporte
No passado a cidade de Quedas do Iguaçu possuiu um clube no Campeonato Paranaense de Futebol, o União Quedas.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Site da Prefeitura Municipal ; Caravela .

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

ALMEIRIM - PARÁ

Almeirim é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente à Mesorregião do Baixo Amazonas. Localiza-se no norte brasileiro, a uma latitude 01º31'24" sul e a uma longitude 52º34'54" oeste. Sua população, segundo censo do IBGE, de 2022, era de 34.280 habitantes.
Foi colonizada, inicialmente, em 1620, por religiosos portugueses e exploradores neerlandeses porém, somente estabelecida em definitivo a partir do ano de 1685, como um forte português de defesa da navegação naquele trecho do rio Amazonas. Foi elevada à vila ainda no século XVIII, sofrendo seguidas reveses, consolidando-se como município emancipado somente em 24 de novembro de 1930. 
É um importante ponto de referência na navegação hidroviária do rio Amazonas, sendo muito frequentado por balsas de carga, barcos e navios de madeira e ferro, além de cruzeiros turísticos. 
Etimologia
A origem do nome do município no Pará advém da cidade de Almeirim em Portugal, ambas possuindo nomes idênticos. O antigo nome de Almeirim (antes de 1758) era Paru, provavelmente do tupi paru, nome de um peixe. 
História
Embora o território municipal seja habitado desde tempos muito antigos por povos indígenas, em especial aos da etnia tupinambá, a historiografia tradicionalmente considera a ocupação aos primeiros estabelecimentos de origem colonial. 
O município inclusive está nas áreas consideradas modernamente pela antropologia como parte da grande civilização amazônica dos Cacicados Amazônicos. 
Primeiros contatos com os europeus
Os primeiros contatos dos indígenas com colonizadores europeus possivelmente se deu com a chegada do navegador português Duarte Pacheco Pereira à bacia do rio Amazonas no ano de 1498. Outros contatos com europeus se deram durante o século XVI. 
A pedra fundamental do município foi lançada pelos frades capuchos de Santo Antônio que fundaram, nas cercanias do ano de 1620, juntamente com os índios tupinambás, a Aldeia do Paru. Ela prosperou, inclusive quando uniu-se à taba dos índios do Rio Uacapari. 
Construção de fortificações
Vendo a região desguarnecida, os neerlandeses, acompanhados de alguns ingleses, liderados por Pieter Adriaansz, construíram na proximidade da Aldeia de Paru, em 1623, o "Forte do Morro da Velha Pobre". Foram repelidos pela incursão portuguesa liderada por Bento Maciel Parente, que os expulsou de volta para a Zelândia, nos Países Baixos. O forte neerlandês foi destruído. 
Maciel Parente ordenou a construção de vários fortes na região, surgindo à época, o Forte do Desterro (atual Monte Alegre). Posteriormente, Francisco da Mota Falcão iniciou, em 1685, a construção de um forte na Aldeia do Paru, sendo que este só foi concluído mais tarde por seu filho, Manoel da Mota e Siqueira. Levantou-se, assim, o Forte do Paru, onde hoje está localizada a Praça do Relógio. Este foi um dos principais fatores do desenvolvimento do povoado Aldeia do Paru. 
Elevação a vila e emancipação
O Governador e Capitão-General da Capitania do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, por ato administrativo decretou a elevação do povoado à categoria de Vila em 22 de fevereiro de 1758, fato esse desfeito posteriormente no fim do período colonial com o advento da Independência do Brasil em 1822. 
No Governo Provisório da República readquiriu status de Vila pelo Decreto Estadual n.º 109 de 17 de março de 1890 e status de Município pelo Decreto Estadual n.º 110, emitido em igual data. 
Cabanagem em Almeirim
No período do movimento popular e político da Cabanagem, o então povoado de Almeirim foi invadido, saqueado e parcialmente destruído pelos cabanos. 
Coronelismo
Na década de 1880, migrou para a região de Almeirim, o cearense José Júlio de Andrade, nascido em julho de 1862 na cidade de Sobral, atual Itapagé. Futuramente alcunhado Coronel Zé Júlio, veio residir com parente em Benevides, Província do Grão-Pará, no ano de 1885, porém sua vontade de desbravar e auferir fortuna no interior da província lhe motivou a deslocar-se para a região de Almeirim, onde trabalhou com a extração da seringa, andiroba e castanha-do-pará, direcionados à exportação. 
O Coronel casou-se em 1897 com a D. Laura Neno de Andrade, filha do Intendente de Almeirim na época, de quem ganhou o Título de Propriedade de uma vasta terra, sendo essa a primeira de várias outras terras que foram assimiladas aos seus domínios. Por volta de 1900 a 1930, ele já era o maior latifundiário da região nos municípios de Almeirim e Porto de Moz, no Estado do Pará, e nos municípios de Laranjal do Jari e Mazagão, no Estado do Amapá. Logo tornou-se também o comerciante local mais rico, comprando o título honorífico militar do Exército de "Coronel da Guarda Nacional", palacetes nas cidades de Belém e Rio de Janeiro, e barcos a vapor (os principais Sobralense, Sobral e Duca Neno). 
Elegeu-se Senador da Câmara de Belém com sucessivos mandatos. Foi um homem extremamente influente no campo político, social e econômico do Baixo Amazonas, sua residência localizava-se na Vila de Arumanduba, pertencente ao Município de Almeirim, nela havia uma avançada infraestrutura básica urbana como energia elétrica, botica, escola, centro recreativo, estação telegráfica, porto e igreja. 
Perda e restauração da emancipação
Durante a Revolução de 1930 no Brasil, mais especificamente em 4 de novembro de 1930, Almeirim perdeu a condição de município e suas terras foram adidas ao município de Prainha; sua emancipação somente foi restaurada em 24 de novembro de 1930, através do Decreto Estadual n.º 16. 
A Lei Estadual n.º 5 075, de 2 de maio de 1983, criou o distrito municipal de Monte Dourado, uma subdivisão administrativa. 
Década de 1960 - presente 
Em 1967 é dado início ao megaempreendimento "Projeto Jari", idealizado pelo bilionário norte-americano Daniel Keith Ludwig. Ele mandou construir uma fábrica de celulose no Japão, na cidade de Kobe, que foi transportada para as proximidades do atual distrito de Monte Dourado. 
No final da década de 1970 o projeto começou a extração e a exportação de bauxita e caulim, numa altura em que a infraestrutura do empreendimento passou a contar com um moderno porto e de ferrovias, além de uma bem estruturada company town
Formação Administrativa
Elevado à categoria de vila com denominação de Almeirim (ex povoado), em 22 de fevereiro de 1758, desmembrado de Gururpá. 
Perdeu a categoria de vila, no final do período colonial. Restaurada por Decreto Estadual n.º 109, de 17 de março de 1890. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede. 
A vila de Almeirim foi novamente extinta, por Decreto Estadual n.º 6, de 04 de novembro de 1930, sendo seu território anexado ao município de Monte Alegre. 
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Almeirim, por Decreto lei Estadual n.º 16, de 24 de novembro de 1930, desmembrado de Monte Alegre. Sede na antiga vila de Almeirim. Constituído do distrito sede. Não temos data de instalação. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede. 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município aparece constituído de 4 distritos: Almeirim, Boca do Braço, Santana do Cajari e Santo Antônio de Caracuru. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 3131, de 3 de outubro de 1938, é criado o distrito de Arumanduba criado com território do extinto distrito de Santana do Cajari e anexado ao município de Almeirim. Sob o mesmo decreto foram extintos os distritos Boca do Braço e Santo Antônio de Caracuru, sendo suas áreas anexadas ao novo distrito de Arumanduba. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 2 distritos: Almeirim e Arumanduba. 
Em divisão territorial datada de I-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Almeirim e Arumanduba. 
Pela Lei Estadual n.º 5075, de 02 de maio de 1983, é criado o distrito de Monte Dourado e Anexado ao município de Almeirim. 
Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988, o município é constituído de 3 distritos: Almeirim, Arumanduba e Monte Dourado. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 01º31'24" sul e a uma longitude 52º34'54" oeste, estando a uma altitude de 65 metros. Sua população estimada em 2010 era de 33.614 habitantes, densidade demográfica de 0,46 hab/km², sendo o terceiro maior em extensão territorial do estado do Pará. Possui uma área de 72.954,798 km², no extremo norte de sua fronteira faz limite com o Distrito de Sipaliwini (Jurisdição Tapahony), no Suriname. No seu território há parte da reserva indígena da tribo dos Waiãpi. 
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura mínima registrada em Almeirim foi de 16,4 °C, ocorrida no dia 20 de julho de 1970. Já a máxima foi de 39,2 °C, observada dia 7 de dezembro de 1963. O maior acumulado de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de 183,4 mm, em 29 de dezembro de 2005. 
Economia
Segundo dados do IBGE, Almeirim possui a maior produção de leite de búfala do estado do Pará, com 1,2 milhões de litros de leite produzidos em 2006, além da segunda maior do Brasil, atrás apenas de Autazes, no Amazonas. 
Acompanhando a produção de leite, Almeirim também é conhecida na região pela qualidade de seus queijos, de variados tipos e sabores. 
Entretanto os setores de maior destaque na arrecadação é de extrativismo e processamento vegetal, principalmente de celulose, e; a mineração de caulim e bauxita no nordeste do município. 
Lazer e cultura
A sede de Almeirim é divida em "cidade baixa" e "cidade alta". Município da região do Rio Amazonas que tem seu nome exibido em estilo "hollywoodiano" em um morro visível para o rio. 
Lazer
Os principais pontos de lazer naturais do município são a Serra da Velha Pobre, a cachoeira do Panãma, no Rio Paru e as cachoeiras de Santo Antônio e Macaquara, no Rio Jari. As montanhas existentes e a densa floresta no município são um forte atrativo para o turismo ecológico. 
Patrimônio Arquitetônico
Um fato a se ressaltar também é a arquitetura histórica de Almeirim, principalmente na sede do município, advém do estilo arquitetônico do início do século XX. Os edifícios de mais destaque são: 
- Paço da Prefeitura Municipal (Antiga Sede);
- Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (e Casa Paroquial);
- Primeira Igreja Batista (Distrito de Monte Dourado);
- Colégio de Nossa Senhora da Conceição;
- Centro de Saúde (Antigo Prédio);
- Praça do Relógio;
- Praça do Centenário Municipal.
Cultura
Uma rica cultura, mista de interações entre povos europeus, indígenas, nordestinos e caboclos, se deu em Almeirim, fazendo, deste, um verdadeiro caldeirão de estilos musicais, festas populares, culinária etc. 
Festejos Municipais
Nos eventos culturais do município, ocorrem apresentações de grupos folclóricos e de música local, bem como exposição e comercialização de objetos culturais e comidas típicas. Os principais festejos são: 
- Feira de Arte e Cultura (Fearca) - Agosto
- Festejos e Quermesse da Padroeira Nossa Senhora da Conceição - Dezembro
- Festejos de Natal e Ano-Novo - Dezembro
Infraestrutura
Transportes

No transporte aeroviário há o Aeroporto da Serra do Areão, que serve ao distrito de Monte Dourado, localizado a 73 km de distância da sede do município. Na sede há também o Aeródromo de Almeirim, que recebe somente aviões de pequeno porte. 
No transporte hidro-fluvial, o município possui o Porto de Almeirim, onde recebe-se a toda hora embarcações de passageiros e cargas de mercadorias que suprem o comércio local. Os barcos de médio e pequeno portes apresentam, na maioria das vezes, como destino final cidades como Santarém, Macapá, Monte Alegre, Porto de Moz e Prainha, enquanto que os navios e barcos de grande porte apresentam como destino final cidades como Santarém, Belém e Manaus, dentre outras. O Porto de Munguba, que atende principalmente ao distrito de Monte Dourado, é especializado em transporte de cargas, sendo capaz também de receber embarcações de passageiros. 
Inaugurada em 1979, a Estrada de Ferro Jari é uma das principais ferrovias de cargas da região, sendo responsável pelo transporte da madeira de celulose, bem como de minerais. 
O município quase não se pauta no transporte rodoviário, pois a maioria de suas rodovias encontram-se inconclusas. É o caso da PA-254, que, por conta das enormes barreiras geográficas impostas pelo rio Paru, não pode ligar-se ao trecho do município de Prainha. Outro exemplo desta natureza é a BR-156, que liga diversos assentamentos agrários na região central do município, contudo com acesso somente à Monte Dourado, sem conexão com a sede do município; esta rodovia permite a comunicação entre Monte Dourado e a capital do Amapá, Macapá. Irrisórios 23 quilômetros de mata fechada impedem a comunicação entre a PA-254 e a BR-156. 
Educação
A única instituição pública de ensino superior com polo no município é a Universidade Federal do Oeste do Pará, ofertando, em período intervalar, as graduações em biologia e química, história e geografia, matemática e física, letras (inglês e português) e pedagogia.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE .

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

ESTRELA - RIO GRANDE DO SUL

Estrela é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localizado na mesorregião do Centro Oriental Rio-grandense e na microrregião de Lajeado-Estrela, no Vale do Taquari, a uma latitude 29° 30' 07" sul e a uma longitude 51° 57' 57" oeste. Sua população segundo o Censo de 2022, do IBGE, era 32.183 habitantes, sendo o 68º mais populoso do RS, e possui uma área de 184,2 km². É banhado pelo Rio Taquari, sendo um dos poucos municípios no estado que contam com um entroncamento rodo-hidro-ferroviário, devido à presença do Porto de Estrela, de uma ferrovia ligada à Ferrovia do Trigo e das rodovias BR-386 e RST 453 (Rota do Sol). 
História
Durante a Guerra dos Farrapos, em 1835, se estabeleciam os primeiros habitantes no lugar denominado Bom Retiro. A família Louzada e o fazendeiro Antônio Israel Ribeiro foram os primeiros moradores, possuindo enormes extensões de terras. 
Entretanto, a fundação está situada por volta do ano de 1856, época em que foi instalada a Fazenda Estrela, com elementos fundamentalmente germânicos, de propriedade do coronel Victorino José Ribeiro, cujas terras pertenciam administrativamente à freguesia de São José do Taquari, hoje município de Taquari. Após dois anos, Carlos Arnt criou a colônia de Teutônia, também em Taquari. 
Em 1872, o coronel Antônio Vitor Sampaio Menna Barreto, grande proprietário de terras, fundou o povoado, sob a invocação de Santo Antônio. O coronel foi líder do movimento emancipacionista e é considerado fundador de Estrela. Logo após chegaram os Ruschel, família numerosa que lançaria as bases para o desenvolvimento da indústria e comércio locais. A Lei n.º 857, de 2 de abril de 1873, criava a freguesia de Santo Antônio da Estrêla, que se desmembrava, assim, da de São José do Taquari. 
O município se emancipou em 20 de maio de 1876, conforme a Lei n.º 1044, sancionada pelo então presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul conselheiro Tristão de Alencar Araripe, sendo assim o segundo município mais antigo do Vale do Taquari.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Estrela (ex povoado), pela Lei Provincial n.º 857, de 02 de abril de 1873 e Ato Municipal de 15 ou 18 de outubro de 1892, subordinado ao município de Taquari. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Estrela, por Lei Provincial n.º 1.944, de 20 de maio de 1876, desmembrado de Taquari. Constituído do distrito sede. Instalado em 21 de fevereiro de 1887. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: Estrela, Pinheiro Machado e Roca Sales. 
Pelo Ato Municipal n.º 254, de 26 de julho de 1913, é criado o distrito de Corvo e anexado ao município de Estrela. 
Pelo Ato Municipal n.º 62, de 25 de dezembro de 1918, é criado o distrito de Boa Vista da Teutônia e anexado ao município de Estrela. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: Estrela, Boa Vista da Teutônia, Corvo, Pinheiro Machado e Roca Sales. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 7.199, de 31 de março de 1938, os distritos de Boa Vista da Teutônia e Pinheiro Machado tomaram a denominação, respectivamente Teutônia e Ouro Branco. 
No quadro para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos: Estrela, Corvo, Ouro Branco (ex Pinheiro Machado), Roca Sales e Teutônia (ex Boa Vista da Teutônia). 
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 720, de 29 de dezembro de 1944, o distrito de Ouro Branco passou a chamar-se Languiru. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 5 distritos: Estrela, Corvo, Languiru (ex Ouro Branco), Roca Sales e Teutônia. 
Pela Lei Estadual n.º 2.551, de 18 de dezembro de 1954, é desmembrado do município de Estrela o distrito de Roca Sales. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o município é constituído de 4 distritos: Estrela, Corvo, Languiru e Teutônia. 
Pela Lei Municipal n.º 323, de 17 de junho de 1955, é criado o distrito de Arroio da Sêca (ex povoado) desmembrado dos distritos de Teutônia e Corvo e anexado ao município de Estrela. 
Pela Lei Municipal n.º 324, de 17 de junho de 1955, é criado o distrito de Canabarro (ex povoado) e anexado ao município de Estrela. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído de 6 distritos: Estrela, Arroio da Seca, Canabarro, Corvo, Languiru e Teutônia. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979. 
Pela Lei Estadual n.º 7.542, de 05 de outubro de 1981, é desmembrado do município de Estrela o distrito de Teutônia. Elevado à categoria de município. Sob a mesma Lei o distrito de Canabarro e Languiru foram extintos, sendo suas áreas anexadas ao distrito de Teutônia do município de Estrela. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1983 (suplemento), o município é constituído de 3 distritos: Estrela, Arroio da Seca e Corvo. 
Pela Lei Municipal n.º 1.846, de 26-07-1984, é criado o distrito de Costão (ex localidade), com terras desmembradas do distrito de Corvo e anexado ao distrito sede do município de Estrela. 
Pela Lei Municipal n.º 1.892, de 06 de setembro de 1985, é criado o distrito de Delfina (ex localidade de Linha Delfina) e anexado ao município Estrela. 
Pela Lei Estadual n.º 8.605, de 09de maio de 1988, é desmembrado do município de Estrela o distrito de Arroio da Seca. Elevado à categoria de município de Imigrantes. 
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído de 4 distritos: Estrela, Corvo, Costão e Delfina. 
Pela Lei Estadual n.º 9.562, 20 de março de 1992, é desmembrado do município de Estrela o distrito de Corvo. Elevado à categoria de município com a denominação de Colinas. 
Pela Lei Municipal n.º 2.404, de 20 de outubro de 1992, é criado o distrito de Glória e anexado ao município de Estrela. 
Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 4 distritos: Estrela, Costão, Delfina e Glória. 
Pela Lei Municipal n.º 3.877, de 16 de julho de 2004, é criado o distrito de Novo Paraíso e anexado ao município de Estrela. 
Em divisão territorial datada de 2005, o município é constituído de 5 distritos: Estrela, Costão, Delfina, Glória e Novo Paraíso. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Idioma regional
O município tem como idioma regional o Português (Brasil) e o Hunsrik (Hunsrikisch - Dialeto Alemão).
Religião
Tal como a variedade cultural em Estrela, existem diversas manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes. 
O município de Estrela está localizado no país mais católico do mundo em números absolutos. A Igreja Católica teve seu estatuto jurídico reconhecido pelo governo federal em outubro de 2009, ainda que o Brasil seja atualmente um estado oficialmente laico. A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Estrela (IECLB), Comunidade Evangélica Cristo Vive, Assembleia de Deus, a Deus é Amor, a Igreja Internacional da Graça de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a Igreja Universal do Reino de Deus, entre outras. De acordo com dados do censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Estrela está composta por: Católicos (77,78%), evangélicos (20,42%), pessoas sem religião (0,72%), espíritas (0,45%) e 0,64% estão divididas entre outras religiões. 
Igreja Católica Apostólica Romana
Segundo divisão feita pela Igreja Católica, o município está situado na Arquidiocese de Porto Alegre e Diocese de Montenegro. O atual arcebispo, desde 7 de fevereiro de 2001, de Porto Alegre é Dadeus Grings. A Diocese de Montenegro foi criada em 2 de julho de 2008, e representa 283119 católicos. Seu atual bispo é Paulo Antônio de Conto, que ocupa o cargo desde a criação da diocese. O município possui 2 paróquias, a de Santo Antônio, cuja igreja localiza-se no Centro, e a de São Cristóvão, localizada no bairro Boa União. 
Infraestrutura
Educação

Estrela destaca-se pelo setor educacional, apresentando um dos menores índices de analfabetismo do país. Estrela é ainda um dos 64 municípios brasileiros considerados livres do analfabetismo. 
Existem 31 escolas de ensino pré-escolar, sendo destas 7 escolas públicas estaduais, 21 escolas públicas municipais e 3 escolas privadas. Em 2006 foram realizadas 882 matrículas no ensino pré-escolar. 
Para ensino fundamental existem 21 unidades escolares, sendo destas 8 escolas públicas estaduais, 11 escolas públicas municipais e 2 escolas particulares (Colégio Martin Luther e Colégio Santo Antônio). Em 2006, foram realizadas 4047 matrículas no ensino fundamental. 
Estrela possui ainda ensino médio, atendido por 6 escolas, sendo 4 públicas estaduais e pelas mesmas 2 escolas particulares. Em 2006, foram realizadas 1514 matrículas no ensino médio. 
O município possui uma unidade de Ensino Superior, da Rede La Salle. Ao nível de graduação, possui os cursos de Graduação Tecnológica em: Secretariado, Agronegócio e Gestão em Turismo. Ao nível de pós-graduação, possui os cursos: Pós-graduação em Gestão Educacional da Escola Básica, MBA em Gestão Financeira, MBA em Gestão da Tecnologia da Informação, MBA em Gestão de Pessoas, MBA em Gestão Pública, MBA em Gestão de Projetos, MBA em Gestão do Direito Imobiliário e MBA em Gestão de Desenvolvimento Regional Sustentável. Além disso, possui diversos cursos de Extensão.
Saúde
Estrela possui 26 estabelecimentos de saúde, sendo 13 deles privados e 13 municipais entre hospitais, pronto socorros, postos de saúde e serviços odontológicos.
Geografia
Clima

Em Estrela, o verão é longo, morno e úmido; o inverno é curto e fresco. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 6 °C a 27 °C e raramente é inferior a -1 °C ou superior a 29 °C. 
A melhor época do ano para visitar Estrela e realizar atividades de clima quente é do início de novembro ao meio de abril. 
A estação morna permanece por 4,2 meses, de 18 de novembro a 24 de março, com temperatura máxima média diária acima de 25 °C. O mês mais quente do ano em Estrela é janeiro, com a máxima de 26 °C e mínima de 16 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,8 meses, de 17 de maio a 10 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 19 °C. O mês mais frio do ano em Estrela é julho, com a mínima de 6 °C e máxima de 17 °C, em média. 
Hidrografia
O município é banhado pelo rio Taquari, principal afluente do rio Jacuí, estando à sua margem esquerda, e é cortado por vários arroios, como o Boa Vista e o Estrela. Abaixo do município, está uma reserva de águas, de onde é extraída a água distribuída, pela Companhia Riograndense de Saneamento, para todo o município. 
À margem do rio Taquari, o município possui o Porto de Estrela, inaugurado em 1977, cujo acesso é permitido a embarcações de até 2,5 metros de calado com até 90 metros de comprimento e 16 metros de boca, com capacidade de transportar até 3.000 toneladas. 
A partir de 2014, o porto passou a ser administrado pela Superintendência de Portos e Hidrovias do estado do Rio Grande do Sul. 
Área rural
O município sempre teve uma base rural forte, destacando-se a produção animal de aves e suínos. 
Economia
Estrela é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são os pontos de atenção.
De janeiro a julho de 2025, foram registradas 4,4 mil admissões formais e 4,3 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 178 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de -36.
Até agosto de 2025 houve registro de 149 novas empresas em Estrela, sendo que 35 atuam pela internet. Neste último mês, 15 novas empresas se instalaram, sendo 2 com atuação pela internet. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (18). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 224 empresas.
Cultura
Festival de Inverno de Cerveja Artesanal

Em 2013 ocorreu a 1ª edição do Festival de Inverno de Cerveja Artesanal, organizado pela Acerva Estrela (Associação dos Cervejeiros Artesanais de Estrela). Contou com um público de 900 pessoas e a participação de 12 Cervejarias Artesanais. 
Em 2016 a 2ª edição do Festival contou com um público de 1.700 pessoas e a participação de 20 cervejarias artesanais de todo o sul do Brasil. 
Em 2017 a 3ª edição irá ocorrer no dia 29 de julho. 
O Festival surgiu com a ideia de divulgar a cultura cervejeira e difundir o pensamento de que é possível consumir cerveja em qualquer estação do ano. Isso se deve a qualidade superior tanto na elaboração das cervejas como no uso de insumos de qualidade, empregando cervejas de puro malte, sem conservantes e aditivos. A cerveja artesanal traz consigo uma ideia forte de "beber menos, mas beber melhor". 
A Acerva Estrela é composta atualmente por 30 associados que realizam cursos, palestras, encontros e festivais buscando sempre a divulgação dessa cultura cervejeira que sempre foi muito forte no município de Estrela. 
A 5ª edição do Festival ocorreu em 27 de julho de 2019, no centro comunitário Cristo Rei. Contou com a participação de 17 microcervejarias da região. Também teve a participação de uma vinícola. Houve também diversos shows de bandas de rock do estado. 
Festival do Chucrute
Todos os anos, a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Estrela (IECLB) realiza o Festival do Chucrute. Considerada o mais tradicional Festival de Folclore Alemão do estado do Rio Grande do Sul, realiza encontros e dois bailes típicos, com a presença de música, dança e gastronomia típicas alemãs, incluindo o chucrute, além do tradicional chope. Durante os dias do evento, há inclusive desfiles pelas ruas dos municípios de Estrela e Lajeado, aumentando a abrangência do evento. 
O Grupo de Danças Folclóricas de Estrela é o mais antigo do Brasil em atividade ininterrupta, tendo sido fundado em 1964. O grupo, dividido em 12 categorias, é um dos responsáveis, através da dança, pela forte identificação étnica alemã do município. 
Tradicionalismo Gaúcho
Estrela pertence à 24ª Região Tradicionalista, que abrange um total de 34 municípios. 
O município possui dois Centros de Tradições Gaúchas (CTGs): Estrela do Rio Grande e Raça Gaudéria. Os CTGs são sociedades civis sem fins lucrativos, que buscam divulgar as tradições e o folclore da cultura gaúcha tal como foi codificada e registrada por folcloristas reconhecidos pelo movimento. 
Turismo
O município possui um hotel, o Estrela Palace Hotel, projetado por Günter Flintsch, sob encomenda do então presidente Ernesto Geisel. Possui 36 apartamentos, com mais 19 em construção para a Copa do Mundo de 2014. Ele será uma das sedes, já tendo o credenciamento da FIFA. 
Atualmente Estrela tem sido um ponto referencial turístico nas festas de fim de ano, como Natal Luz da cidade, que vem atraindo multidões de pessoas para os eventos proporcionados nos últimos anos com ajuda dos municipalenses para decorar a cidade e receber os turistas em eventos que ressaltam a importância da época natalina e como ela desperta as boas ações de amor com o próximo. 
Transportes
Hidrovias
O município está à margem esquerda do rio Taquari. 
A malha hidroviária do interior do Rio Grande do Sul, apesar de ter sido muito utilizada até a década de quarenta, está em decadência desde essa época, por diversos motivos, tais como a evolução do porte dos veículos rodoviários, a melhoria da malha rodoviária e ferroviária bem como a implantação de uma política e legislação trabalhista diferenciada para a navegação interior. 
O Porto de Estrela foi inaugurado em 10 de novembro de 1977, pelo então vice-presidente da República, General Adalberto Pereira dos Santos, junto com o Entroncamento Rodo-Ferro-Hidroviário de Estrela, primeiro do gênero no país. O porto dista, por hidrovia, 142 km de Porto Alegre e 450 km do Porto de Rio Grande.
Aeroviário
O município possui Aeroporto de Estrela, que aguarda liberação para ser asfaltado, que ocupa uma área de 24 hectares, na Linha São José. 
Atualmente, o aeroporto só suporta aviões com capacidade máxima de 10 passageiros, com projetos de expansão mas sem prazos. A ANAC o fechou em 2006, pedindo reformas. Elas foram realizadas e a ANAC realizou um vistoria em 2011, mas não posicionou-se sobre a reabertura. Em 2013, foi realizada um audiência pública para que os itens ainda necessários sejam elencados e um projeto de reestruturação foi enviado aos governos estadual e federal.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Caravela .

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

TAIOBEIRAS - MINAS GERAIS

Taiobeiras é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população, recenseada em 2022 pelo IBGE era de 33.050 habitantes. Está localizado no norte mineiro. Compõe com outros municípios da região o Alto Rio Pardo. 
Etimologia
O nome do município vem da planta Xanthosoma sagittifolium, conhecida como taioba. Na região do município eram abundantes as taiobeiras e, por isso, levou esse nome. A taioba está presente no brasão e na bandeira municipal de tão importante que é esse símbolo para o município. 
História
A origem de Taiobeiras situa-se no antigo Sítio Bom Jardim, município de Rio Pardo de Minas, localidade onde passavam as estradas que ligavam Teófilo Otoni aos municípios do sertão da Bahia, Brejo das Almas (Francisco Sá) e Montes Claros. O sítio tornou-se, rapidamente, um entroncamento de tropeiros e viajantes, que iam e vinham destas localidades. 
O povoado, propriamente dito, começou com a construção de uma capela e de um cemitério, mandados construir por Vitoriano Pereira da Costa. Com a bênção do cemitério pelo padre Esperidião Gonçalves dos Santos, da paróquia de Rio Pardo de Minas, um cruzeiro foi levantado no local em 1875. Antevendo a possibilidade do surgimento do povoado, Vitoriano e sua esposa, Ana Severina de Jesus, conhecida como Naninha, doaram uma parte do Sítio Bom Jardim para o início das primeiras construções. Com a morte de Vitoriano em 1900, sua esposa vendeu parte das terras do sítio para Martinho Antônio Rego – mascate vindo da Bahia que pretendia instalar-se na região - em negociações efetuadas nos anos de 1901 e 1910. Em 1911 o povoado tornou-se distrito de Rio Pardo de Minas, recebendo o nome de Bom Jardim das Taiobeiras, nome ligado a uma planta nativa da região. 
Com as visitas periódicas do padre Espiridião, moradores das redondezas começaram a ser atraídos para a localidade. Alguns fazendeiros se cotizaram e abriram uma vala que conduzia água do córrego Bom Jardim ao povoado nascente. As primeiras casas foram construídas onde hoje é a Avenida da Liberdade, no quarteirão entre a travessa Martinho Rego e a rua Bom Jardim. Os primeiros comércios eram simples “vendas”, estabelecimentos precários que serviam cachaça e alguma comida. 
Em 1923, o distrito passou a se denominar Taiobeiras e foi incorporado Com o desenvolvimento crescente, a emancipação definitiva deu-se em 1953, com a instalação do novo município ocorrendo no ano seguinte.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Taiobeiras, pela Lei Estadual n.º 556, de 30 de agosto de 1911, subordinado ao município de Rio Pardo. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Taiobeiras figura no município de Rio Pardo. 
Assim permanecendo nos quadros de apuração do Recenseamento Geral 1º de setembro de 1920. 
Pela Lei Estadual n.º 843, de 07 de setembro de 1923, o distrito de Taiobeiras tomou a denominação de Bom Jardim de Taiobeiras e foi transferido do município de Rio Pardo para o de Salinas. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Bom Jardim de Taiobeiras (ex Taiobeiras) figura no município de Salinas. 
Pela Lei Estadual n.º 88, de 30 de março de 1938, o distrito de Bom Jardim de Taiobeiras voltou a chamar-se simplesmente Taiobeiras. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Taiobeiras (ex Bom Jardim Taiobeiras) figura no município de Salinas. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada 1-VII-1950. 
Elevado à categoria de município com a  de julho de de Taiobeiras, pela Lei Estadual n.º 1.039, de 12 de dezembro de 1953, desmembrado de Salinas. Sede no antigo distrito de Taiobeiras. Constituído do distrito sede. Instalado em 1º de janeiro de 1954. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. 
Pela Lei Estadual n.º 2.764, de 30 de dezembro de 1962, é criado o distrito de Berizal e anexado ao município de Taiobeiras. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 2 distritos: Taiobeiras e Berizal. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1993. 
Pela Lei Estadual n.º 12.030, de 21 de dezembro de 1995, é desmembrado do município de Taiobeiras o distrito de Berizal. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 1999, o município é constituído do distrito sede. 
Em divisão territorial de 2020, o município é constituído de 2 distritos: Taiobeiras e Mirandópolis. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
Clima

Em Taiobeiras, a estação com precipitação é quente, úmida e de céu quase encoberto; a estação seca é morna e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 14 °C a 31 °C e raramente é inferior a 12 °C ou superior a 35 °C. 
A melhor época do ano para visitar Taiobeiras e realizar atividades de clima quente é do início de maio ao fim de setembro. 
A estação quente permanece por 1,6 mês, de 10 de setembro a 30 de outubro, com temperatura máxima média diária acima de 30 °C. O mês mais quente do ano em Taiobeiras é outubro, com a máxima de 31 °C e mínima de 18 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,4 meses, de 31 de maio a 10 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 28 °C. O mês mais frio do ano em Taiobeiras é julho, com a mínima de 14 °C e máxima de 27 °C, em média. 
Economia
Taiobeiras é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano. O pequeno número de novas oportunidades claras de negócios e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a julho de 2025, foram registradas 1,1 mil admissões formais e 1,1 mil desligamentos, resultando em um saldo de 15 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de -36.
Até agosto de 2025 houve registro de 43 novas empresas em Taiobeiras, sendo que 7 atuam pela internet. Neste último mês, 5 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (4). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 84 empresas.
Cultura
Acontece em Lagoa Grande, comunidade rural do município, a Festa do Pequi, que resgata e valoriza a cultura do pequi na região. A festa, realizada pela EMATER-MG, inclui shows musicais, teatro, cavalgada, eco ciclismo, torneios esportivos, concurso de redação e de roedor de pequi às barraquinhas de comidas, bebidas típicas, palestra sobre a preservação do Cerrado e de frutas típicas como o araticum, além do plantio de mudas de plantas do Cerrado. Em 2010, a festa completou 17 anos. 
É a cidade natal da cantora, compositora e produtora musical Marina Sena, onde nasceu e passou sua a infância e juventude.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Caravela .

terça-feira, 25 de novembro de 2025

ARAÇOIABA DA SERRA - SÃO PAULO

Araçoiaba da Serra é um município do estado de São Paulo, no Brasil pertencente a Região Metropolitana de Sorocaba. Localiza-se a uma latitude 23º30'19" sul e a uma longitude 47º36'51" oeste, estando a uma altitude de 625 metros. Possui uma área de 255,305 km² e sua população, conforme censo do IBGE de 2022, era de 32.443 habitantes. 
Toponímia
O nome Araçoiaba é de origem tupi. Significa "manto de penas de guarás", pela junção de ûará (guará) e aso'îaba (manto indígena de penas). 
História
De ocupação inicial indígena, a região de Araçoiaba da Serra foi, desde meados do século XVI, percorrida por bandeirantes em busca de ouro. Nesse contexto, Afonso Sardinha e um grupo de pessoas instalaram-se, por volta de 1589, às margens do ribeirão Ipanema, no sopé da serra Araçoiaba, com o intuito de prosseguir com suas atividades exploratórias. Em lugar de ouro, Sardinha encontrou minério de ferro em grande quantidade. 
Alguns mineradores construíram, então, um forno na margem do ribeirão para melhor explorar as jazidas, formando as bases de uma das primeiras fábricas de beneficiamento de ferro do país, a futura Fábrica de Ferro Ipanema. No início do século XVII, a fábrica passou a ser de propriedade de dom Francisco de Souza, administrador das Minas do Brasil e governador das Capitanias do Sul, ganhando importância e promovendo o desenvolvimento da povoação ainda incipiente. Essa boa fase da fábrica, porém, não durou muito tempo e, como consequência do abandono da fábrica, o povoado entrou em decadência. A situação começou a dar sinais de mudança no final do século XVIII quando, por iniciativa de João Manso Pereira, foram enviadas amostras dos produtos minerais extraídos do morro de Araçoiaba ao soberano português, que providenciou, então, a construção de nova fábrica.
Para essa empreitada, foram contratados engenheiros prussianos, dentre os quais Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen. Em 19 de agosto de 1817, diante da importância das atividades desenvolvidas pela fábrica, foi criada a capela da Fábrica Ipanema por meio de um alvará de dom João VI. Os moradores, proibidos de cortar madeiras e construir casas no terreno da fábrica, solicitaram a mudança da sede da paróquia para outro local. Dessa forma, em 20 de fevereiro de 1821 foi criada a freguesia do município de Sorocaba, no bairro de Campo Largo, um antigo pouso de tropeiros. A criação foi resultado de uma acordo feito entre o padre Gaspar Antonio Malheiros e o alferes Bernardino José de Barros sobre o local onde viria a funcionar a nova paróquia, que lhes valeu o título de fundadores de Araçoiaba da Serra. 
O povoado passou, desde então, a se desenvolver naturalmente e passou a vila, com a denominação de "Campo Largo de Sorocaba", em 7 de abril de 1857. Muito tempo depois, em 3 de julho de 1934, o município foi reconduzido à condição de distrito e reincorporado a Sorocaba. Não tardou, porém, para que fosse transformado em município, em 5 de novembro de 1936. Até receber sua atual denominação, em 30 de novembro de 1944, havia passado por mais uma mudança, em 30 de novembro de 1938, quando recebeu o nome de Campo Largo.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Campo Largo por Alvará de 20 de fevereiro de 1821, subordinado ao município de Sorocaba. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Campo Largo de Sorocaba pela Lei Provincial n.º 23, de 07 de abril de 1857, desmembrado de Sorocaba. Sede na antiga vila de Campo Largo de Sorocaba. Constituído do distrito sede. Instalado em 15 de novembro de 1857. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de Campo Largo de Sorocaba pela Lei Estadual n.º 1.038, de 19 de dezembro de 1906. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão administrativa referente ao ano de 1933. 
Em virtude do Decreto Estadual n.º 6.530, de 03 de junho de 1934, o município é extinto, sendo seu território anexado ao município de Sorocaba. Esse Decreto-lei reconduz o município à categoria de distrito, incorporando-o ao município de Sorocaba. 
Elevado novamente a categoria de município com a denominação de Campo Largo de Sorocaba, pela Lei n.º 2.695, de 05 de novembro de 1936, desmembrado de Sorocaba. Sede no atual distrito de Campo Largo de Sorocaba. Constituído do distrito sede. Reinstalação 27 de junho de 1937. 
Pelo Decreto Estadual n.º 9.775, de 30de novembro de 1938, o município de Campo Largo de Sorocaba teve sua denominação simplificada para Campo Largo. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município já denominado Campo Largo é constituído do distrito sede. 
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 14.334, de 30 de novembro de 1944, o município de Campo Largo passou a denominar-se Araçoiaba da Serra. Sob o mesmo Decreto-lei é criado o distrito de Varnhagem e anexado ao município de Araçoiaba da Serra. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1945-1948, o município é constituído de 2 distritos: Araçoiaba da Serra (ex Campo Largo) e Varnhagem. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950. 
Pela Lei Estadual n.º 2.456, de 30 de dezembro de 1953, é criado o distrito de Capela Alto e anexado ao município de Araçoiaba da Serra. A Lei Estadual altera a denominação do distrito de Varnhagem para Bacaetava. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o município de Araçoiaba da Serra é constituído de 3 distritos: Araçoiaba da Serra, Bacaetaba (ex-Varnhagem) e Capela do Alto. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960. 
Pela Lei Estadual n.º 8.092, de 28 de fevereiro de 1964, é desmembrado do município de Araçoiaba da Serra o distrito de Capela do Alto. Elevado à categoria de município. A Lei Estadual transfere o distrito de Bacaetava, do município de Araçoiaba da Serra, para constituir o novo município de Iperó. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1968, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2017.
Geografia
Hidrografia

A hidrografia de Araçoiaba da Serra está composta pelo Rio Sorocaba e pelo Rio Sarapuí.
Rodovias
As rodovias que atendem o município são a SP-270 - Rodovia Raposo Tavares; a SP-141 - Tatuí- Capela do Alto (Rodovia Senador Laurindo Dias Minhoto) e a SP-268 - Rodovia Vereador João Antônio Nunes
Clima
Em Araçoiaba da Serra, o verão é longo, morno, abafado, com precipitação e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 13 °C a 29 °C e raramente é inferior a 9 °C ou superior a 33 °C. 
A melhor época do ano para visitar Araçoiaba da Serra e realizar atividades de clima quente é do início de abril ao fim de setembro. 
A estação quente permanece por 4,5 meses, de 14 de novembro a 29 de março, com temperatura máxima média diária acima de 28 °C. O mês mais quente do ano em Araçoiaba da Serra é fevereiro, com a máxima de 29 °C e mínima de 21 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,8 meses, de 15 de maio a 9 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 24 °C. O mês mais frio do ano em Araçoiaba da Serra é julho, com a mínima de 13 °C e máxima de 23 °C, em média. 
Economia
Araçoiaba da Serra é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O pequeno número de novas oportunidades claras de negócios e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
A economia de Araçoiaba da Serra é diversificada, com destaque para a agropecuária, o setor de serviços e a indústria. A pecuária (corte e leite) e a agricultura (com o cultivo de milho e soja) são pilares econômicos importantes. O setor industrial abrange o beneficiamento de produtos agrícolas e outros segmentos. O comércio e a prestação de serviços são dinâmicos e atendem à demanda da população local e regional, impulsionados pela centralidade do município.
De janeiro a julho de 2025, foram registradas 2,8 mil admissões formais e 2,2 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 615 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 368.
Até agosto de 2025 houve registro de 125 novas empresas em Araçoiaba da Serra, sendo que 14 atuam pela internet. Neste último mês, 11 novas empresas se instalaram. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (21). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 142 empresas.
Turismo
No turismo paulista, Araçoiaba da Serra é Município de Interesse Turístico (MIT) dentre as seletas 140 cidades certificadas dos 645 municípios do Estado
O Município é reconhecido por suas riquezas e belezas naturais, atraindo visitantes à procura de descanso e lazer.  O Morro Araçoiaba abriga um dos pontos turísticos mais completos de cultura, história e ecoturismo da região, a Flona de Ipanema. O turismo rural da cidade oferece momentos únicos em meio à simplicidade do campo. Nas estradas rurais acontecem cavalgadas, trilhas de mountain bike e ciclo-turismo, tração 4×4 e as visitas às propriedades rurais para colhe-pague, pesque-pague, gastronomia, eventos e acesso às tradições caipiras. Araçoiaba da Serra é a depositaria de um dos melhores climas do País. Sua população aumenta significativamente nos fins de semana devido ao grande número de chácaras para lazer existentes no município. Ocupa em toda sua extensão, uma bela campina e pequenos vales com suaves elevações e longos horizontes cortados por ribeirões que enaltecem a paisagem vista de cima, a bordo de um balão, um dos atrativos do turismo de aventura e, nas manifestações culturais, o tradicional Carnaval de rua com desfile de blocos e marchinhas, a Festa de Peão de boiadeiro, Festa da Padroeira e o Natal na Praça Matriz encantam a quem visita.
Visite Araçoiaba da Serra, o “Esconderijo do Sol”.
O turismo em Araçoiaba da Serra é focado no turismo rural e no ecoturismo. A cidade, com suas fazendas históricas e paisagens rurais, oferece um ambiente tranquilo para os visitantes. A Floresta Nacional de Ipanema, com sua história ligada à mineração e sua biodiversidade, é um dos principais atrativos. A cidade busca investir em eventos e na infraestrutura local para atrair mais turistas.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Caravela ; Site da Prefeitura Municipal .

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

SÃO SEBASTIÃO - ALAGOAS

São Sebastião é um município brasileiro localizado no sul do estado de Alagoas. Limita-se ao norte com o município de Arapiraca; ao sul, com Igreja Nova; a leste, com Teotônio Vilela; a oeste, com Feira Grande; a nordeste, com Junqueiro; a sudeste, com Penedo; a sudoeste, com Porto Real do Colégio; e a sudeste, com Coruripe. Sua população, conforme censo do IBGE de 2022, era de 31.786 habitantes.
História
A Origem da cidade de São Sebastião teve início com o povoamento Salomé, há mais ou menos 250 anos. “Salomé” originou-se da junção dos sons das palavras sal e mel, mercadorias transportadas pelos tropeiros que circulavam muito pela região. Por ser localizada em entroncamento bastante movimentado, próximo da divisa entre Alagoas/Sergipe e cidades prósperas como Penedo e Palmeira dos Índios. Tendo o tropeiro José Luiz fixado residência, constituído família e instalado no local uma hospedaria, sendo por muitos anos o único morador da região. A fertilidade das terras chamou a atenção de criadores e agricultores de outras regiões, descobrindo-se sua vocação para a agricultura. Desenvolveram-se as lavouras de algodão, fumo, amendoim (exportado em grande quantidade para Aracaju) e toda uma lavoura de subsistência. O povoado se desenvolveu; os proprietários de terra asseguravam o desenvolvimento do comércio; e os escravos nas festas difundiam viola e o berimbau. As mulheres distraiam-se jogando bilros e de suas mãos habilidosas surgiram belíssimas rendas, o que até hoje caracteriza o município como “terra das rendas de bilro”. Em 1890, foi construída a igreja de Nossa Senhora da Penha, padroeira da Cidade que se comemora em 8 de setembro. O progresso foi chegando de forma célebre, moradores ilustres como Manoel Dionísio, Belo, Manoel Jandaia, Padre Caetano, Manoel Correia, Antônio Abílio e outros se uniram para articular o desmembramento do povoado do município de Igreja Nova. Em 31 de maio de 1960 ocorreu a emancipação política, através da Lei n.º 2.229 e, em homenagem ao santo e ao governador da época Sebastião Muniz Falcão, foi dado ao povoado de Salomé o nome de São Sebastião. 
Povoamento
O início do povoado conhecido como Salomé (junto de sal e mel, produtos comercializados pelos viajantes) data de aproximadamente 250 anos, quando José Luiz, um tropeiro que viajava de Palmeira dos Índios a Penedo, resolveu morar no local. Abriu uma pequena casa de comércio, na qual hospedava pessoas que passavam por lá. Por muito tempo, José Luiz foi o único morador do local. Com o passar do tempo, outras pessoas acabaram fixando-se na região, passando a ser o tronco das famílias que formaram o povoado. 
A fertilidade das terras chamou a atenção de criadores e agricultores de outras regiões; e em pouco tempo o povoado era um dos mais desenvolvidos, graças as muitas fazendas com dezenas de escravos que asseguravam o movimento do comércio. O desenvolvimento fez com que um grupo de moradores iniciasse a luta pela emancipação política, fato que seria concretizado no dia 31 de maio de 1960, através da Lei n.º 2.229. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Salomé, pelo Decreto Estadual n.º 39, de 11 de setembro de 1890, subordinado ao município de Triunfo. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Salomé figura no município de Triunfo. 
Pela Lei Estadual n.º 1.139, de 30 de junho de 1928, o município de Triunfo passou a denominar-se Igreja Nova. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Salomé figura no município de Igreja Nova ex Triunfo. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955. 
Elevado à categoria de município com a denominação de São Sebastião, pela Lei Estadual n.º 2.229, de 31 de maio de 1960. Desmembrado de Igreja Nova (ex Triunfo). Sede no atual distrito de São Sebastião (ex Salomé). Constituído do distrito sede. Instalado em 22 de julho de 1960. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
A sua área é de 307 km². A cidade situa-se numa ampla planície, ficando a 200 metros de altitude e distando 100 km de Maceió e 27 km de Arapiraca. 
É o terceiro mais importante município do Agreste alagoano, localizando-se geograficamente no sul do estado. A área de influência direta do município atinge uma população de cerca de 300 000 habitantes. 
Clima
Em São Sebastião, o verão é longo, quente e de céu parcialmente encoberto; o inverno é curto, agradável, com precipitação e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo e de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 19 °C a 33 °C e raramente é inferior a 17 °C ou superior a 35 °C. 
A melhor época do ano para visitar São Sebastião e realizar atividades de clima quente é do fim de julho ao fim de outubro. 
A estação quente permanece por 5,6 meses, de 22 de outubro a 8 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 32 °C. O mês mais quente do ano em São Sebastião é março, com a máxima de 33 °C e mínima de 23 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,5 meses, de 8 de junho a 25 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 28 °C. O mês mais frio do ano em São Sebastião é julho, com a mínima de 19 °C e máxima de 27 °C, em média. 
Vegetação 
A vegetação é predominantemente do tipo Floresta Subperenifólia, com partes de Floresta Subcaducifólia e cerrado/floresta.
Relevo 
O relevo de São Sebastião faz parte da unidade dos Tabuleiros Costeiros (cerca de 70%). Esta unidade acompanha o litoral de todo o nordeste, apresenta altitude média de 50 a 100 metros. Compreende platôs de origem sedimentar, que apresentam grau de entalhamento variável, ora com vales estreitos e encostas abruptas, ora abertos com encostas suaves e fundos com amplas várzeas. De modo geral, os solos são profundos e de baixa fertilidade natural. O restante da área do município (cerca de 30%), se insere na unidade geoambiental das Superfícies Retrabalhadas, formada por áreas que têm sofrido retrabalhamento intenso, com relevo bastante dissecado e vales profundos e altitudes variando entre 100 e 600 metros.
Hidrografia 
O município de São Sebastião está inserido na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, e é banhado pela sub-bacia do Rio Piauí, cujo principal afluente é o Riacho do Meio. Cortando a porção central do município, no sentido noroeste-sudeste, temos o Rio Jurubeba. O padrão de drenagem é do tipo dendrítico. Todo esse sistema fluvial deságua no Rio São Francisco.
Economia
A economia no município baseia-se no cultivo de abacaxi, amendoim, banana, batata-doce, cana-de-açúcar, coco da baía, fava, feijão, fumo.. O município apresenta também fontes de renda como a pecuária e o artesanato em geral, destacando a renda de bilro. 
Patrimônio natural
Serra das Porteiras, Grota da Gia, Morro da Gia, Vale da Perucaba, Serra da Marába, Reserva de Mata Atlântica, Bolívar do Valle Ferro, Aldeia Karapotó e Terra Nova. 
Espaços culturais
Clube Municipal, onde acontecem suas atividades culturais, educativas e festivas. 
Turismo
Uma das principais atrações de São Sebastião AL são suas praias deslumbrantes. A Praia do Pontal é ideal para quem busca tranquilidade, com suas águas calmas e areias finas. Já a Praia de Barra de São Miguel é perfeita para os amantes de esportes aquáticos, como kitesurf e stand-up paddle.
Outras atrações turísticas de São Sebastião são: Centro Histórico de São Sebastião; Praça Pôr do Sol; Mirante da Praia de Maresias; Cachoeira da Serpente; Igreja Matriz de São Sebastião; Pedra da Cruz e Paróquia Nossa Senhora do Amparo.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Site da Prefeitura Municipal .

sábado, 22 de novembro de 2025

RIO NEGRO - PARANÁ

Rio Negro é um município brasileiro situado na região sudeste do estado do Paraná. Localiza-se a uma latitude 26º06'21" sul e a uma longitude 49º47'51" oeste, estando a uma altitude de 780 metros. A área total do município é de 604,63 km² e a sua população, conforme censo do IBGE de 2022, era de 31.324 habitantes. 
É limítrofe ao estado de Santa Catarina, através do rio Negro, tendo sua sede integrada à cidade vizinha de Mafra, formando um aglomerado urbano de cerca de 90.000 habitantes; fenômeno típico de cidades irmãs, localizadas em margens opostas nos pontos de travessia de rios de grande porte, apresentando uma simbiose no relacionamento socioeconômico, comportando-se como uma cidade única. A região destaca-se também no setor de transportes, sendo cortada pelo principal corredor de transporte rodoferroviário que liga a Região Sul às demais regiões do Brasil (BR-116 e tronco da América Latina Logística) e ainda pela BR-280. 
A sede municipal dista 92 quilômetros de Curitiba e do Aeroporto Internacional Afonso Pena, os portos de Paranaguá a 180 quilômetros, São Francisco do Sul a 120 quilômetros e do Porto de Itajaí a 200 km. Integra a Bacia do Rio Iguaçu, no Alto Iguaçu, sendo na margem direita o rio Negro um de seus principais afluentes e em cuja sub-bacia encontram-se extensas regiões de várzeas inundáveis. 
O rio Negro, neste trecho, tem qualidade da água avaliada pelo IAP como classe 02, ou seja, pode ser utilizada para o consumo desde que tratada, e liberada para o lazer. A região de Rio Negro caracteriza-se por ter um clima subtropical. A temperatura média registrada é de 17 °C, a média máxima é de 28 °C e a média mínima é de 6 °C. As geadas são frequentes e fortes por ocasião do inverno, ocorrendo entre os meses de abril e agosto. 
Etimologia
De origem geográfica, constituindo-se na simplificação da antiga denominação de Capela de Rio Negro. É referência ao Rio Negro, que banha o município e serve de divisa entre os estados do Paraná e Santa Catarina. 
História
A partir de 1730, o governador da Capitania de São Paulo, D. Antonio da Silva Caldeira Pimentel, determinou que se abrisse uma via de comunicação com Viamão, Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, com o objetivo de alcançar a feira de Sorocaba, em São Paulo. Surge então a "Estrada do Mota", numa referência ao seu executor, o curitibano Manoel Rodrigues da Mota, que partiu de Curitiba, cruzou os rios Iguaçu e Negro, abrindo uma picada até o Campos de Lages. Com o passar do tempo esta via teve a denominação alterada para "Estrada da Mata". Como se observa é antiga a movimentação nessa região. 
O núcleo de colonização que deu origem a Rio Negro iniciou-se ao redor de um registro fiscal, na região que era conhecida como Sertão da Mata, ou Mata do Sertão. Esta comunidade vivia em permanente estado de alerta, em face dos constantes ataques indígenas ocorridos. Para dar maior estabilidade à localidade, D. Francisco de Assis Mascarenhas, governador da capitania, autorizou o estabelecimento de cinquenta casais de portugueses açorianos, que vieram do Porto de Cima (Morretes). 
Em 1828 foi erguida a Capela da Mata do Caminho do Sul, sob a invocação do Senhor Bom Jesus da Coluna. Em 26 de julho do mesmo ano, por ofício do Bispo de São Paulo, D. Manoel de Andrade, a povoação elevou-se à categoria de Capela Curada. Nesta época a povoação era conhecida como Capela do Rio Negro. É tido como benemérito e fundador da cidade o sr. João da Silva Machado, gaúcho que notabilizou-se em terras paranaenses, onde entre outras coisas foi o primeiro senador da Província do Paraná e recebeu o título honorífico de Barão de Antonina. 
Em 1829 chegaram os primeiros imigrantes alemães ao Paraná, que deram forte impulso ao lugar. Alguns anos após houve imigração espontânea de famílias alemãs das regiões das cidades catarinenses de Joinville, São Bento do Sul, Blumenau e também do Rio Grande do Sul. Da Bukovina vieram quinze famílias descendentes de bávaros, que chegaram em 1886. 
O núcleo é elevado à categoria de freguesia em 1838, e a nível de vila e município no dia 2 de abril de 1870, através da Lei Provincial n.º 219, com território desmembrado do município da Lapa. A instalação oficial deu-se no dia 15 de novembro de 1870, e a composição dos Camaristas era a seguinte: Comendador João de Oliveira Franco, capitão João Bley, capitão Francisco Frade, João Vieira Ribas, tenente Pedro Amálio Ribas, Salvador José de Lima e Tibireça dos Santos Pacheco Lima.
Data de 4 de fevereiro de 1883 a chegada do vapor Cruzeiro ligando Rio Negro a Canoinhas, Porto União da Vitória e Curitiba. Os vapores mais frequentes eram o "Pery", "Rio Negro", "Curitiba" e "Iguaçu". A navegação do Rio Negro durou até 1953 com a liquidação do Lloyd Paranaense. 
No ano de 1896, o município recebe foros de cidade,[9] e seu primeiro prefeito, Joaquim Teixeira Sabóia. Desde o início de sua colonização os povoadores de Rio Negro ocuparam ambas as margens do Rio Negro, no entanto, após o acordo na Questão de Limites com o Estado de Santa Catarina, a cidade ficou dividida em duas, de um lado a cidade de Rio Negro e de outro, Mafra. Rio Negro passou a ser sede de Comarca pela Lei Estadual n.º 210, de 1º de dezembro de 1896, sendo primeiro Juiz de Direito, o dr. Augusto Leonardo S. Guarita, cuja posse foi em 6 de janeiro de 1897. 
Em Rio Negro existe o Clube de Tropeiros “Estrada da Mata”, que tem por objetivo resgatar a história dos tropeiros e do município, como surgiram, quais os primeiros moradores, sua etnia e manter um relacionamento de confraternização, amizade e lealdade, preservando os costumes e tradição do tropeirismo. 
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de Rio Negro (ex povoado), por Lei Provincial de São Paulo n.º 17, de 28de fevereiro de 1838, subordinado ao município de Lapa. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Rio Negro, por Lei Provincial n.º 219, de 02 de abril de 1870, desmembrado do município de Lapa. Constituído do distrito sede. Instalado em 15 de novembro de 1870. 
Elevado à categoria de cidade, por Lei Estadual n.º 210, de 1º de dezembro de 1896. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede. 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município aparece constituído de 4 distritos: Rio Negro, Antônio Olinto, Campo Tenente e Piên. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 6.667, de 31 de março de 1938, o distrito de Antônio Olinto passou a denominar-se Divisa. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 7.573, de 20 de outubro de 1938, o distrito de Divisa voltou a denominar-se Antônio Olinto e foi transferido de Rio Negro para o município de Lapa. E ainda, Rio Negro adquiriu do município de Lapa o distrito de Pangaré (ex Doce Fino). 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Rio Negro, Campo do Tenente, Pangaré e Piên. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960. 
Pela Lei Estadual n.º 4.338, de 25 de janeiro de 1961, são desmembrados do município de Rio Negro os distritos de Campo Tenente e Piên, elevados à categoria de município. 
Pela Lei Estadual n.º 37, de 13 de junho de 1961, é desmembrado do município de Rio Negro, o distrito de Pangaré, para constituir o novo município de Quitandinha. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2017.
Clima
Em Rio Negro, o verão é longo, morno, úmido e de céu quase encoberto; o inverno é curto, ameno e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 9 °C a 28 °C e raramente é inferior a 4 °C ou superior a 31 °C. 
As melhores épocas do ano para visitar Rio Negro e realizar atividades de clima quente são do início de março ao início de maio e do início de novembro ao meio de dezembro. 
A estação morna permanece por 3,9 meses, de 1 de dezembro a 31 de março, com temperatura máxima média diária acima de 26 °C. O mês mais quente do ano em Rio Negro é fevereiro, com a máxima de 27 °C e mínima de 18 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,8 meses, de 18 de maio a 11 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 21 °C. O mês mais frio do ano em Rio Negro é julho, com a mínima de 9 °C e máxima de 20 °C, em média. 
Economia
Rio Negro é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O pequeno número de novas oportunidades claras de negócios e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a julho de 2025, foram registradas 2,9 mil admissões formais e 2,7 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 188 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 411.
Até agosto de 2025 houve registro de 68 novas empresas em Rio Negro, sendo que 9 atuam pela internet. Neste último mês, 7 novas empresas se instalaram. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (11). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 95 empresas.
Turismo
Ponte Doutor Dinis Assis Henning - 
A ponte metálica Dr. Diniz Assis Henning é uma ponte que liga as cidades de Mafra em Santa Catarina e Rio Negro no Paraná, sobre o rio Negro, rio este que serve de divisa entre os dois estados. 
É tombada pelo Conselho Estadual de Cultura da Fundação Cultural do Estado de Santa Catarina desde 28 de setembro de 1999, e é o maior monumento da região. 
Popularmente conhecida como "Ponte Metálica", foi construída nos estaleiros da Compgneie Dyle et Baccalan, na cidade de Lovaina, na Bélgica, levou um ano para ser montada, e foi inaugurada em 22 de novembro de 1896 durante o mandato do governador José Pereira dos Santos Andrade, tendo custado aos cofres do estado do Paraná a quantia de 728 contos e 728 mil réis. A ponte trouxe impulso ao desenvolvimento da região, que até então utilizava barcos para a travessia do rio Negro. 
Oficialmente, as medidas da ponte são 71,46 metros de comprimento, 7 metros de largura e 8,10 metros de altura. Além da estrutura de ferro, a ponte possuía ainda viadutos de acesso nos dois lados, construídos em alvenaria, totalizando assim 110 metros de comprimento. Essas medidas são famosas e criaram um folclore, pois a ponte é mais curta que os taludes que margeiam o rio Negro e, até hoje, não se sabe ao certo qual a razão de tal erro; alguns dizem que foi erro de engenharia, pois mediram a distância das margens pelo leito do rio, o que parece viável, pois o seu comprimento é exatamente o da largura do rio em época de seca. 
Outra versão, bastante popular, é a da troca de pontes, pois foram construídas duas pontes na Bélgica, uma mais curta que deveria ser destinada à África, para ser instalado em um rio com nome homônimo ao rio Negro, e uma mais comprida, que deveria vir ao Brasil. Somente na montagem da ponte foi descoberto o erro, pois a ponte mais curta, que deveria ser destinada à África, foi montada no Brasil. 
Situada em uma área que é um marco histórico geográfico de disputas territoriais entre Santa Catarina e Paraná, o valor da ponte é confirmado pelo tombamento efetuado pelos governos paranaense e catarinense. 
No final do século XX a ponte foi fechada ao trânsito para ser restaurada e reinaugurada, com liberação ao tráfego em 2000. 
Parque Ecoturístico Municipal - O Parque Ecoturístico Municipal ocupa a área pertencente ao antigo Seminário Seráfico São Luís de Tolosa, que teve sua origem no Collegio Seraphico Santo Antonio, em Blumenau (Santa Catarina), fundado por padres franciscanos alemães. O responsável pela instalação do Seminário em Rio Negro foi o cônego José Ernser e a pedra fundamental foi lançada em 1918, sendo a construção concluída e inaugurada em 3 de fevereiro de 1923, com 118 seminaristas vindos de Blumenau. Ficou ativo até a década de setenta, sendo tombado como Patrimônio Histórico e Cultural do Município em 1978. Do Seminário Seráfico fizeram parte figuras eminentes, tais como o arcebispo Dom Evaristo Arns e Leonardo Boff.
Além da prefeitura, o parque abriga a Capela Cônego José Ernser, cujas pinturas murais foram feitas entre 1922 e 1935, por Pedro Cechet. O forro da capela é revestido pela técnica “estuque” (madeira entrelaçada e internamente revestida com argamassa). Possui elementos góticos (céu lateral) e românicos (abóbadas, arcos, forma das janelas). A técnica utilizada no forro é óleo, nas laterais e rodapés a têmpera e a nave central apresenta pinturas à cal. A capela passou por um processo de restauração em 2000, quando recebeu a denominação de Capela “Cônego José Ernser”, homenagem ao Pe. José Ernser, ex-vigário de Rio Negro chamado carinhosamente de “Construtor de Igrejas”. 
O parque abriga também o Cine Teatro “Antônio Cândido do Amaral” que, assim como a capela, recebeu pintura mural do artista Pedro Cechet. Restaurado em 2002, é popularmente conhecido como “Cine Seminário”. 
Outro atrativo do parque, a “Casa Branca”, usada pelos franciscanos como casa de hóspedes, passou a ser o “Centro Ambiental”, voltado a desenvolver pesquisas científicas da flora e fauna locais, assim como promover a integração da comunidade com os recursos naturais do parque, que possui aproximadamente 4.830 metros, oferecendo aos turistas trilhas com diversos atrativos: gruta Nossa Senhora de Lourdes, Campo Santo (antigo cemitério dos Franciscanos) e a Capelinha de São José. 
Outro atrativo do parque é a exposição das obras do artista Meinrad Horn, que construiu em palha de milho um presépio com cerca de 1.700 personagens, a “Cidade de Belém”, ocupando uma área de 50 metros quadrados, além de “Passagens da Vida de Cristo”, com quarenta oratórios, compostos por mais de 800 personagens. 
Ainda no parque se encontra o Museu Professora Maria José França Foohs, inaugurado no dia 15 de novembro de 2002, no interior da edificação, onde funcionavam a cozinha e os antigos refeitórios dos franciscanos. O museu resgata usos e costumes das mais diversas etnias que compõem o povo da região. 
Imigrantes
Os alemães
Em Rio Negro, onde existia um pequeno povoado com o nome de “Capela da Estrada da Mata” com 108 moradores em 1828, localizaram-se famílias alemãs, que teriam embarcado no veleiro alemão Charlote Louise em 30 de junho de 1828, portanto de conformidade com os planos do Governo Imperial em atrair imigrantes europeus ao Brasil. Apesar de terem aportado no Rio de Janeiro em 2 de outubro, somente em janeiro de 1829 chegaram em Antonina, e seu destino foi alcançado em 6 de fevereiro de 1829. (NADALIN, 1969, p. 2). 
Houve duas remessas de colonos alemães para Rio Negro, a pedido do Barão de Antonina que, “para garantir a subsistência própria, tiveram de derrubar as matas, deslocar terras para revolvê-la e plantar o cereal necessário à vida” (CENTENÁRIO, Livro do 1929, p. 37). Com a chegada desses colonos, a povoação ganha impulso e cria um movimento notável para a época. 
Os primeiros alemães a chegar a Rio Negro foram 20 famílias que compunham aproximadamente de 100 pessoas; a segunda leva de imigrantes de colonos alemães era composto de 27 famílias com 138 pessoas. (D'ALMEIDA, Raul - História de Rio Negro, 1976) 
Os alemães bucovinos
A origem dos bucovinos está na Baviera, estado autônomo do sul da Alemanha. Da região bávara, emigraram em fins do século XVIII um considerável número de famílias camponesas para colonizar algumas áreas a província austríaca da Boêmia (atual República Checa). Em 1838/1840, os descendentes desses camponeses de origem bávara seguiram para a Bucovina, a província mais oriental do Império Austro-Húngaro (e parte da Moldávia histórica), hoje dividida entre Romênia e Ucrânia. Lá, fundaram comunidades e prosperaram; além dos alemães, havia na Bucovina colonos de origem ucraniana, polonesa e húngara, súditos do Império Austro-Húngaro (1813-1918). 
Nos anos de 1887 e 1888, os bucovinos emigraram em duas levas para o Brasil, mais especificadamente para Rio Negro, totalizando 377 pessoas divididas em 77 famílias. Na região, os alemães bucovinos (ou austríacos bucovinos, como se afirmam alguns dos mais velhos descendentes) realizaram as tarefas de desbravamento, a começar pela derrubada das matas para o plantio e estabelecimento de sua cultura. 
Os bucovinos ocuparam largo setor de atividades econômicas conquistando relativa prosperidade, conservando no Brasil suas características específicas: língua (dialeto), tradições, danças folclóricas e culinária. Um considerável número de imigrantes se instalou no vizinho município de Mafra e alguns ainda em São Bento do Sul, cidade colonizada, em sua maioria, por alemães oriundos da Baviera, da antiga Boêmia e da Floresta Negra. 
Rio Negro e Mafra formam juntas a maior colônia bucovina existente no Mundo. Faltam, contudo, projetos culturais que garantem a preservação do dialeto (bávaro) bucovino, que diminuiu consideravelmente entre os descendentes. "Tal dialeto é um patrimônio cultural de uma região que, enquanto de língua alemã, não existe mais e sua preservação e promoção é de vital importância para a manutenção da cultura dos emigrantes bucovinos" (ALTMAYER, Everton - Deutsche Dialekte in Brasilien, 2005). 
Anualmente é realizada em Rio Negro a Festa Bucovina (Bukowinenfest), que preserva os costumes dos emigrantes alemães da antiga região da Bucovina. Sempre em julho, a festa conta com grupos folclóricos, corais, bandas tradicionais, além dos pratos típicos e cerveja. A festa é promovida pela comunidade bucovina de Rio Negro e Mafra. 
Os poloneses
Em 1890, Rio Negro recebeu um considerável número de colonos poloneses que seguiram para a colônia Lucena, então pertencente a Rio Negro. 
Marcaram definitivamente sua presença no município em 1891, alojando-se primeiramente num barracão às margens do Rio Negro, onde viviam com imigrantes de outras origens em difíceis condições. Foram surpreendidos por uma enchente avassaladora, que causou a morte de vários colonos. Além disso, as epidemias causadas pós-enchente mataram mais de trezentos imigrantes poloneses, sem contar os que foram mortos por ocasião do Cerco da Lapa, durante a Revolução Federalista, onde lutaram. 
Posteriormente emancipada de Rio Negro através do Acordo de Limites entre Paraná e Santa Catarina, em 1916, a antiga colônia deu origem ao município de Itaiópolis em Santa Catarina, que preserva até hoje as tradições polonesas. 
Educação
Rio Negro conta com 34 estabelecimentos de ensino, sendo 25 localizados na sede do Município e 09 na zona rural, em especial: 
- Universidade Aberta do Brasil (UAB) - Criada pelo Governo Federal em parceria com as Universidades Federais e Estaduais e algumas Prefeituras Municipais a partir do ano de 2005.
- Polo de Apoio Presencial no Município de Rio Negro - Implantado no ano de 2008, contando com apoio da Prefeitura Municipal de Rio Negro, juntamente com a Secretaria Municipal de Educação. A manutenção do polo é realizada pela Prefeitura Municipal de Rio Negro, através da Secretaria Municipal de Educação de Rio Negro. O Polo Presencial de Professor Francisco de Oliveira recebe este nome em homenagem a um professor local que fez diferença com suas ações na comunidade tendo recebido título de Cidadão Honorário, foi Juiz de Paz, contador, participou de ações sociais com a Igreja Católica local, sendo um grande exemplo na comunidade e região.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Caravela .

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

CAPELA - SERGIPE

Capela é um município brasileiro do estado de Sergipe. Localiza-se no leste do estado.  Sua população, conforme indicado no censo de 2022, do IBGE, era de 31.645 habitantes.
História

Quando, em princípios do século XVIII, o capitão Luís de Andrade Pacheco e sua mulher, Perpétua de Matos França, fixaram residência em terras situadas entre o rio Japaratuba e a localidade de Coité, já os tupinambás as haviam abandonado, tangidos pela proximidade do homem branco. O sentimento religioso do casal determinou a doação, por escritura lavrada no tabelionato de Santo Amaro das Brotas, da quantia de cem mil réis, destinada à construção de uma capela sob o orago de Nossa Senhora da Purificação, no sítio denominado Tabuleiro da Cruz, em 1735. Dois anos depois, estava a capela construída. A frequência de missas e de festejos promovidos pelo padre Luís de Andrade Pacheco, filho dos doadores, atraiu moradores circunvizinhos, que construíram novas casas e ranchos nas proximidades. Por volta de 1808, nas proximidades da capela de Nossa Senhora da Purificação, já viviam aproximadamente 4 mil pessoas. 
O plantio do algodão, a cultura da cana e o açúcar fomentaram o comércio e expandiram a localidade. No princípio do século XX, o progresso do Município marchava mais vivo com a mecanização de sua indústria açucareira, datando de 1914 a primeira usina de açúcar cristal. Em 1915, o ramal ferroviário Murta-Capela ligou-o aos municípios servidos pela Viação Férrea Federal Leste Brasileiro, inclusive às capitais Aracaju e Salvador, o que, sem dúvida, lhe propiciou notável desenvolvimento. 
A freguesia de Nossa Senhora da Purificação da Capela deve sua criação ao Alvará de 9 de fevereiro de 1813. Em virtude da Resolução do Conselho do Governo, aprovada pela Lei provincial de 19 de fevereiro de 1835, criou-se o Município, sob a denominação de Nossa Senhora da Purificação da Capela, com território desmembrado do Termo da Vila de Santo Amaro das Brotas. Em 28 de agosto de 1888 o município se torna cidade e passa a ser chamado apenas de Capela. 
No início da década de 1950 chega a uma produção agrícola (canavieira principalmente) de mais de 80 milhões de cruzeiros. Até a década de 80 (Século XX), Capela possuía usinas de beneficiamento de cana-de-açúcar, chegando a ter três delas, declinando até chegar a nenhuma. A época das usinas proporcionou riqueza e fama a algumas famílias locais e sustento à população. Hoje a principal atividade do município é a criação de rebanhos de leite e corte. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Nossa Senhora da Purificação da Capela, por Alvará de 09 de fevereiro de 1813. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Nossa Senhora da Purificação da Capela, por Lei Provincial, de 19 de fevereiro de 1835, desmembrado da vila de Santo Amaro das Brotas (mais tarde Santo Amaro). Sede na povoação de Nossa Senhora da Purificação da Capela. 
Pela Resolução Régia de 02 de janeiro de 1811 e por Resolução n.º 403, de 21 de junho de 1854, é criado o distrito de Japaratuba e anexado a vila de Capela. 
Pela Lei Provincial n.º 555, de 11 de junho de 1859, é desmembrado da vila de Capela o distrito de Japaratuba. Elevado à categoria de vila. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de Capela, pela Lei Provincial n.º 1.331, de 28 de agosto de 1888. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950. 
Pela Lei Estadual n.º 554, de 06-02-1954, são criados os distritos de Barracas, Miranda e Pedras (ex povoados) e anexados ao município de Capela. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído de 4 distritos: Capela, Barracas, Miranda e Pedras. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023. 
Datas marcantes
- 1824 - A capelinha que deu origem ao município foi destruída.
- 1882 - Hospital de Caridade São Pedro de Alcântara.
- 1888 - Elevação de Capela à cidade.
- 1901 - Construção da igreja de Senhor dos Aflitos.
- 1914 - Fundação da primeira usina de açúcar.
- 1918 - Fundação do Rio Branco Esporte Clube.
- 1918 - Fundação do Grupo Escolar Coelho e Campos (Primeira escola pública em Capela).
- 1921 - Criação da Sociedade Cultural Casa do Livro.
- 1929 - Fundação do Colégio Imaculada Conceição.
- 1935 - Inauguração da “Águia” como marco do município.
- 1939 - Criação da Festa do Mastro.
- 1968 - Capela foi sede do Governo do Estado durante três dias.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 10º30'12" sul e a uma longitude 37º03'10" oeste, estando a uma altitude de 162 metros. 
Possui uma área de 442,460 km² segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Solo
Com uma altitude média de 178 metros acima do nível do mar, o relevo de Capela é caracterizado por planaltos e suaves ondulações. A paisagem é dominada por formações de colinas de baixa altitude e vales. O solo é diversificado, com predomínio de Latossolos e Argissolos, que, com manejo adequado, são propícios para a agricultura, especialmente para a cultura de cana-de-açúcar, coco e, principalmente, a laranja, que é um dos principais produtos agrícolas do município. Vegetação
A vegetação de Capela é um mosaico de biomas, com a presença de Mata Atlântica, especialmente nas áreas de remanescentes e matas ciliares. No entanto, a paisagem é dominada por extensas plantações.
Clima
Em Capela, o verão é longo, quente e de céu quase encoberto; o inverno é curto, morno, com precipitação, de ventos fortes e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 21 °C a 33 °C e raramente é inferior a 18 °C ou superior a 35 °C. 
A melhor época do ano para visitar Capela e realizar atividades de clima quente é do início de julho ao fim de outubro. 
A estação quente permanece por 5,4 meses, de 1 de novembro a 12 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 32 °C. O mês mais quente do ano em Capela é março, com a máxima de 32 °C e mínima de 24 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,5 meses, de 13 de junho a 31 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 29 °C. O mês mais frio do ano em Capela é julho, com a mínima de 21 °C e máxima de 28 °C, em média. 
Economia
A economia de Capela é predominantemente baseada na agropecuária e na agroindústria, com destaque para a produção de laranja, que é um dos principais produtos do município, com sua polpa sendo usada para a produção de sucos e outros derivados. O setor de serviços e o comércio são dinâmicos e atendem à demanda da população local, impulsionados pela centralidade do município.
De janeiro a julho de 2025, foram registradas 434 admissões formais e 1,7 mil desligamentos, resultando em um saldo negativo de -1270 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de -1526.
Até agosto de 2025 houve registro de 28 novas empresas em Capela, sendo que 3 atuam pela internet. Neste último mês, 4 novas empresas se instalaram, sendo 2 com atuação pela internet. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (2). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 31 empresas.
Turismo
Atualmente, Capela é famosa pela sua Festa de São Pedro, onde centenas de foliões buscam nas matas próximas à cidade e erguem numa das praças um "mastro", árvore escolhida para levar em seus galhos superiores prêmios que serão posteriormente disputados em meio a uma "guerra" de rojões. Estes prêmios são ofertados pelo comércio local, sendo captados no evento conhecido como "Sarandaia", que ocorre no 1º dia do mês de junho, quando um habitante local, travestido de "baiana", passa de porta em porta acompanhado por banda de pífanos e foliões. 
Ao cair da noite, uma imensa fogueira é acessa aos pés do mastro e, enquanto este queima, é travada uma "guerra de espadas", "busca-pés" e "limalhas", todos derivações de rojões. Assim que o mastro cai os "combatentes" se lançam sobre ele à cata dos tais prêmios. 
Outra diversão para os moradores da cidade é a "bica", nascedouro de águas límpidas e gélidas, localizada numa belíssima área de mata protegida. 
Os principais atrativos turísticos do município são: Santuário Ecológico Fazenda Santa Tereza; Palácio Floriano Peixoto; Estádio José Gomes da Costa; Fazenda Anhumas; Parque Memorial Quilombo dos Palmares; Balneário Águas De São Bento e Lago Azul.
Cultura
A cultura de Capela, Sergipe, é fortemente marcada pela Festa de São Pedro, também conhecida como Festa do Mastro, uma das maiores manifestações culturais do estado. Essa festa de folclore e fé celebra a história com rituais como a busca do mastro na mata, o cortejo com salvas de bacamarte, a dança das baianas e a emocionante Sarandaia, que une a comunidade em celebração e orgulho. 
Elementos Culturais da Festa do Mastro 
- Festa de São Pedro/Mastro: Celebração de fé e tradição que envolve toda a cidade e visitantes, com um forte sentido de pertencimento. 
-  Busca do Mastro:  Os foliões buscam uma árvore nas matas próximas para ser utilizada na festa, um ato de tradição e devoção. 
-  Cortejo do Mastro: Um desfile que celebra a tradição, com a participação de diferentes grupos e o canto de músicas folclóricas. 
-  Salvas de Bacamarteiros: Tiros de bacamartes (espingardas de pólvora) marcam o início e o desenrolar da festa. 
-  Dança das Baianas: Um cortejo com a participação das baianas, simbolizando a diversidade e a riqueza da cultura local. 
-  Sarandaia: Um evento que abre a programação da festa, realizado em maio, com muita música, dança e animação. 
Outras Manifestações Culturais: 
Patrimônio Cultural 

A Festa do Mastro é considerada um patrimônio do estado, com a força da sua tradição que atravessa gerações. 
A festa é um momento de grande emoção e orgulho para o povo de Capela, reafirmando a identidade cultural da cidade.
Lampião em Capela
Assim como outras cidades da região, Capela foi visitada por Lampião na época do cangaço. 
Lampião esteve em Capela por duas vezes. Na primeira, em 24 de outubro de 1929, mandou chamar o prefeito Antão Correia de Andrade para que entrasse na cidade com ele. Virgulino passou no telégrafo e depois foi ao Cine Teatro Capela. Filme mudo e orquestra tocando. Depois que Lampião entrou, as luzes se acenderam e o povo começou a querer sair. “Daqui ninguém sai e quem correr vê o gosto da bala atrás”, teria dito Lampião. O juiz correu, conseguiu pular o muro e se escondeu num convento. 
O filme era Anjos das Ruas, de Janet Gaynor. Lampião mandou que a luz fosse apagada e que o filme continuasse. Disse ao jornalista Zózimo Lima que nenhuma notícia dele era para ser dada. Lampião não gostou do filme e saiu. Ele teria pedido ao prefeito 20 mil contos de réis, mas Antão só tinha 5 e ele aceitou. 
Em seguida, Lampião e o bando foram a uma pensão e lá almoçaram. A turma foi para a Estação de Trem à espera de soldados que vinham da Bahia. Mas nada de soldados. Depois de receber o dinheiro, de fazer algumas compras e pagar e de ganhar um livro sobre a vida de Jesus, Lampião reuniu o bando e foi embora. 
Em outubro de 1931, Lampião e o bando voltam a Capela. Fazem alguns reféns nas fazendas e manda o irmão do vigário informar que entraria de novo na cidade. O recado foi dado, mas desta vez um grande grupo de moradores (inclusive mulheres) se organizou, armou-se e ficou escondido nas torres da igreja. Lampião achou demorado o recado, entra na cidade e é recebido com chumbo. 
Fazendo referência aos tiros que vinham das torres da igreja de Nossa Senhora da Purificação, Lampião teria dito: “Vamos embora que nesta cidade até os santos atiram”. Virgulino ficou nos arredores da cidade e teria praticado uma série de crimes. O Jornal da Tarde, de São Paulo, em 30 de julho de 1973, conta as histórias de Lampião em Capela.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Caravela .