sexta-feira, 20 de março de 2020

BARREIRAS - BAHIA

Barreiras é um município brasileiro no interior do estado da Bahia, Região Nordeste do país. Sua população estimada em 2019 era de 155.439 habitantes, sendo assim, o décimo primeiro mais populoso do estado e o 18º do interior da Região Nordeste. Pertence às regiões intermediária e imediata de Barreiras.
É cortada pelo Rio Grande, principal afluente da margem esquerda do Rio São Francisco, e é atravessada por três rodovias federais sendo elas a BR-020, a BR-135 e a BR-242 tornando-a no principal entroncamento rodoviário da região.
Faz fronteira com os municípios de Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Cristópolis, Angical, Riachão das Neves, Formosa do Rio Preto, Novo Jardim (TO) e Ponte Alta do Bom Jesus (TO).
Foi categorizada em 2007 pelo IBGE como capital regional C na hierarquia urbana do Brasil, sendo um importante polo agropecuário e o principal centro urbano, político, educacional, médico, tecnológico, econômico, turístico e cultural de toda a sua região. Barreiras, junto às suas cidades circunvizinhas, compõe a maior fronteira agrícola do Nordeste.
Além dessas potencialidades, pode-se perceber também intensa atividade comercial abastecendo toda região num raio de 300 km. Hoje, por força de seu grande desempenho nos setores do comércio e da prestação de serviços, Barreiras ocupa posição de destaque entre os maiores centros econômicos e populacionais do estado, e é uma das principais cidades da região nacionalmente conhecida como MATOPIBA.
Nesse contexto de cidade polo regional, Barreiras cada vez mais tem se fortalecido economicamente dado ao seu desenvolvimento em segmentos e setores diversificados dando-lhe um ritmo de desenvolvimento mais acentuado, sustentável e seguro, com fornecimento de serviços diversos (com destaque na educação e saúde), comércio pujante e agronegócio, forte incremento imobiliário e em construção civil, entre outros segmentos que complementam entre si.
Etimologia
O porto da localidade era o último, no Rio Grande, pois, 5 km acima, havia grandes barreiras de pedra, o que impossibilitava a navegação. Por isso, era chamada de O Porto das Barreiras Ao surgir como povoado, ao redor do seu porto, a atual cidade de Barreiras, recebeu o nome de São João, em homenagem ao seu padroeiro. No entanto, como o local já era chamado de Porto das Barreiras o povoado passou a ser chamado de São João das Barreiras, até, que por ocasião da sua emancipação política, foi abreviado para apenas Barreiras.
História
Na época da chegada dos colonizadores europeus ao Brasil (século XVI), a porção central do país era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés, dentre outros.
A região onde está localizada a cidade de Barreiras pertenceu a Pernambuco até meados de 1824. D. Pedro I desligou o atual oeste da Bahia do território pernambucano como punição pelo movimento separatista conhecido como Confederação do Equador. A então Comarca do São Francisco foi o último território desmembrado de Pernambuco, impondo àquele estado uma grande redução da extensão territorial, de 250 mil km² para os 98.311 km² atuais. Após três anos sob administração mineira, a região foi anexada à Bahia em 1827.
Até 1890 o território pertencia ao primeiro município da região extremo oeste baiano, (Campo Largo) que em 1925 teve seu nome mudado para Barão de Cotegipe e mais tarde simplificado para Cotegipe, onde foi emancipado as terras que se denominaram Brejo de Angical em virtude das extensas matas de angico, que mais tarde simplificou para Angical. Em 1850, habitava uma casinha junto ao porto, em terreno da Fazenda Malhada, de propriedade do coronel José Joaquim de Almeida, o barqueiro Plácido Barbosa, tido como o pioneiro do município, que juntamente com seu patrão, Francisco José das Chagas, morador a meia légua dali, se ocupava de receber e descarregar as barcas chegadas, cujas mercadorias fazia seguir em tropas de animais para localidades vizinhas do estado de Goiás ou para fadas da Ribeira. Em 1880 era um povoado com 20 casebres de taipa ou adobe. A grande abundância, nas matas locais, da mangabeira, de cuja seiva se fazia a borracha, foi fator definitivo de crescimento e de uma nova atividade econômica, pela qual o acanhado povoado pôde progredir mais rapidamente e obter, logo no ano seguinte, 1881, a criação de sua freguesia. Mais 10 anos de franca prosperidade passou a ser distrito de paz do município de Angical, em virtude de Lei municipal de 20 de fevereiro de 1891. Em seguida ganhou a categoria de vila, a que foi elevado pela Lei estadual nº 237, de 6 de abril de 1891, que também criou o município respectivo, com território desmembrado do de Angical. A vila e o Conselho Municipal começaram a funcionar em 26 de maio de 1891, enquanto o "Fórum", em agosto do mesmo ano.
A sede municipal adquiriu foro de cidade pela Lei estadual nº 449, de 19 de maio de 1902 investindo-se nessa categoria em 15 de novembro desse mesmo ano, quando já possuía mais de 630 casas e 2.500 habitantes.
Em 15 de março de 1943 começou a operar uma agência do Banco do Brasil, o primeiro banco da cidade.
No início do século XX o progresso chega a Barreiras e deixa marcas dessa época, nos imponentes casarões de arquitetura neoclássica. Verdadeiro monumento arquitetônico, que em parte sobrevive até hoje mesmo com o acelerado crescimento urbano da cidade.
Em 1908, um jornal semanal "Correio de Barreiras" era publicado e editado pela Tipografia Lima. No ano de 1918, Geraldo Rocha, inaugura o Cine Teatro Ideal, onde programas de auditórios e espetáculos musicais fizeram o maior sucesso, sob o comando do talentoso Mário Cardoso.
Na década de 1920, com o aumento do consumo de energia elétrica, o aproveitamento dos rios tornou-se importante.
Agraciada com a segunda hidrelétrica da Bahia, Barreiras atraiu muitas indústrias, que foram fechadas quando a usina foi desativada.
A chegada da energia elétrica impulsionou as usinas beneficiadoras de cereais e algodão, possibilitou a instalação de uma fábrica de tecidos e fios de algodão e de um curtume industrial instalados pelo Cel. Baylon Boaventura. Nesta mesma época, Dr. Geraldo Rocha, havia fundado a empresa Cia. Sertaneja e, através dela, muito realizou para o progresso de Barreiras. Na década de 1930, Dr. Geraldo Rocha, constrói um grande Frigorífico Industrial que produzia e exportava charque, paio, salame e salsicha.
Até 1850, no entanto, a futura capital regional não passava de um agrupamento de 20 casebres de taipa. A ocupação dos Cerrados Baianos era devagar e rarefeita, mantendo-se assim até os anos de 1940 - 1950. Essa situação deve-se aos seguintes fatos: primeiro, o limitado dinamismo da economia baiana, o comércio decadente em Salvador, além de na região sul ocorrer um surto do cacau; e segundo, a ausência de atividades dinâmicas na região.
Nesse contexto socioeconômico, foram montadas as bases de uma economia regional que conjuntamente ao transporte de mercadorias, via porto, dinamizava a produção agrícola, bem como estreitava as relações comerciais e pessoais. De certa forma, a cidade de Barreiras estabelecia a polarização econômica, após ter se desmembrado do município de Angical, fator que influenciou ainda a formação de uma classe política local.
A situação geográfica às margens do Rio Grande permitiu ao município de Barreiras alcançar um desenvolvimento maior do que outros municípios vizinhos. Era pelo porto de Barreiras que escoavam além da borracha da mangabeira, gêneros alimentícios e até ouro dos garimpos de Goiás.
A região estava marcada pelas relações estabelecidas com outros estados do Brasil Central e menos com a capital Salvador. O comércio era realizado, após os barcos subirem o rio São Francisco, com povoados de Goiás, os do atual Tocantins, e ainda com a Amazônia. O isolamento dessa região em relação ao litoral é marcante até o final da década de 1950.
Na década de 1970, marco das transformações produtivas no campo, o baixo valor das terras, a destinação governamental de créditos agrícolas e o movimento migratório sulista introduziram formas modernas de produção agrícola. A participação do Governo Federal permitiu tirar o isolamento que o município vivia em relação aos outros centros urbanos, seja do ponto de vista das rodovias ou dos investimentos em pesquisa científica. Mesmo assim, a pecuária extensiva e a agricultura familiar desenvolvida nos vales ainda representavam as principais fontes econômicas de subsistência e de trocas comerciais com outros municípios do Oeste Baiano.
A economia, até então, estava pautada no poder dos latifundiários, com os coronéis detentores de vastas terras. Quanto ao Cerrado, “inexplorado” pela pecuária, ainda possuía extensas áreas preservadas. Com a chegada do 4º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção) em 1969, oriundo de Crateús - CE, deu-se início a construção parcial da BR 242 para Salvador, que promoveu a interligação do município com outras cidades na Bahia e com o restante do Brasil pelas rodovias federais.
No início da década de 1980, o município passou a receber grande número de produtores rurais migrantes da Região Sul, atraídos pelo seu potencial agrícola.
Clima
Tipo climático: tropical semiúmido; temperatura anual: média compensada de 25 °C, máxima de 33 °C e mínima de 19 °C; pluviosidade anual: média 1.140 mm; máxima: 1.684 mm; mínima 295 mm; período chuvoso: outubro a abril.
Economia
Agropecuária
Barreiras se destaca no Agronegócio nacional como grande produtora de algodão. É importante ressaltar, possui grande potencial de expansão da área agricultável, pois do total de 7 861,762 km², se utiliza apenas 34 % dessa área ainda tendo muito que crescer de forma sustentável e ambientalmente correta na Agricultura e Pecuária.
Há uma previsão de grande incremento no agronegócio em Barreiras, dado ao interesse de grupos para investimentos na indústria têxtil e confecções, bem como esmagamento de soja e aumento considerável de extensão de suas áreas agricultáveis.
Na pecuária, o incremento e investimento em tecnologia é fato público e notório, não somente no cerrado (na localidade de Placas, por exemplo, que pertence a Barreiras) mas, também, notadamente na região do vale onde surgem novas propriedade rurais, inclusive com investimentos de grandes grupos que estão influenciando positivamente pequenos e médios pecuaristas a investirem em aprimoramentos tecnológicos sustentáveis o que tem refletido na qualidade e capacidade produtiva de arrobas de carne por hectare, sem falar nos investimentos em genética de ponta em reprodução bovina.
Outro diferencial que destaca Barreiras é que, além de um cerrado altamente produtivo, também possui um vale com grande potencial para a pequena agricultura, piscicultura e pecuária de corte e leite, bem servido de mananciais de água e clima apropriado.
Comércio
Essa cidade baiana é um dos principais centros comerciais do estado da Bahia abastecendo outros municípios num raio de 300 km e tem um dos maiores índices de pontencial de consumo do interior do nordeste ocupando o 13º lugar. Barreiras conta com um centro de abastecimento comercial na região central onde se vende produtos alimentícios de horta, artigos importados, roupas, entre outros. O município possui alguns estabelecimentos comerciais de atuação nacional e multinacional como as Lojas Havan, Atacadão, Le Biscuit, Lojas Americanas, Armazém Paraíba, Casas Bahia, Magazine Luiza; como também um número expressivo de franquias do ramo alimentício fast food, especificamente, com unidades do Bob’s, Subway, Spolleto, Domino's Pizza, Giraffas, além dos foods trucks espalhados nas diversas áreas onde há maior movimentação de pessoas na cidade.
Há em Barreiras algumas empresas de distribuição como a AmBev distribuidora, a Coca-Cola, ArcelorMittal, a Gerdau e a Danone. Além também de concessionárias da Fiat, Volkswagen, Chevrolet, Honda, Nissan, Toyota, Mitsubishi, Hyundai, Jeep, Volvo, Ford, Renault.
Mineração
Foi encontrado na área do município de Barreiras, o tálio que é um metal muito raro, e só existem três jazidas conhecidas deste mineral no mundo. A mais recente delas encontra-se em Barreiras. Tal jazida encontrada tem potencial de ser maior que as da China e do Cazaquistão, os únicos produtores atuais, pois tem volume capaz de atender toda demanda mundial por seis anos.
Indústria e agroindústria
Barreiras ainda conta com um Distrito Industrial integrado ao sistema estadual com aproximadamente sete indústrias e agroindústrias (com empresas voltadas para o mármore, refrigerantes, velas, sacos plásticos, metalúrgicas, e outros) instaladas e disponibilidade de lotes para futuros empreendimentos.
E no setor agroindustrial encontra se presente no município uma multinacional, a beneficiando da soja aqui produzida – grãos, farelo e óleo, A Cargill com uma planta industrial em Barreiras. O frigorífico para abate de bovinos, caprinos e ovinos, no município, promove o processo de verticalização da cadeia da carne produzida na região, FriBarreiras. Encontra se também na cidade um frigorífico de abate de frangos do único frigorífico de aves da Região – Avícola Barreiras Ltda., adotando-se o sistema de integração e contando com a transferência de tecnologia da Embrapa Suínos e Aves. Algumas poucas beneficiadoras de arroz estão instaladas.
A cidade tem a Unidade Integrada Antônio Balbino de Carvalho Filho, que é sistema FIEB - Federação de Indústrias do Estado da Bahia composto dos serviços SESI, SENAI e IEL, para educação, qualificação profissional, capacitação empresarial, apoio à inovação, saúde segurança do trabalhador. A Federação das Indústrias já voltou os olhos para Barreiras reconhecendo sua importância regional.
Educação
Ensino Superior
O município dispõe de várias unidades de ensino superior dentre elas se destacam: Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB; Universidade do Estado da Bahia - UNEB; Instituto Federal da Bahia - IFBA; Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB; Instituto de Educação UNYAHNA - IESUB; Faculdade João Calvino - UNIRB; Universidade Paulista - UNIP EAD; Centro Universitário de Maringá - Unicesumar EAD; Centro Universitário Jorge Amado - Unijorge EAD; Universidade Norte do Paraná - UNOPAR EAD
Turismo
Barreiras é hoje uma cidade de porte médio com um centro comercial e de serviços em pleno desenvolvimento. Começa a despontar no cenário nacional como porta de entrada do mais novo polo de ecoturismo da Bahia, Caminhos do Oeste.
Lazer
Cachoeira do Acaba Vida
Alimentada pelo Rio de Janeiro, a Cachoeira do Acaba Vida inunda um vale verde de veredas preservadas e matas exuberantes altamente preservadas. São 36 metros de queda livre e um visual deslumbrante, emoldurado pela mata. A nascente forma uma piscina natural de rara beleza. A cachoeira fica a 58 km da cidade, pela BR-020. Também é possível praticar rapel.
Cachoeira do Redondo
Cerca de 20 km adiante do Acaba Vida, em estrada de terra na beira do Rio de Janeiro que percorre formações de serras e poucas modificações humanas na vegetação está a Cachoeira do Redondo, uma queda d’água arredondada que forma uma grande piscina transparente com três metros de profundidade.
Rio de Ondas
Saindo da zona urbana de Barreiras, partindo pela BR-020 no sentido Brasília, são 7 km até chegar no Rio de Ondas. Margeado por cajueiros, pequis e palmeiras de buritis - além de balneários e hotéis - a diversão é garantida com o bóia-cross e os passeios de bote. A imagem encanta, lembra uma pequena praia. Astraedeiras provocam ondas que tornam a paisagem mais exuberante. São 144 km de rio. Um cartão postal, um representante oficial da cidade de Barreiras. Na localidade, o turista conta com toda a infraestrutura, como restaurantes, bares e pousadas.
Locais históricos
Arraial da Penha
A 15 km do centro da cidade o Povoado de Arraial da Penha, antigo vilarejo de Buracão, foi o primeiro núcleo urbano de Barreiras. Povoado simples e muito bem conservado, onde na tradicional pracinha fica a capela em homenagem a Nossa Senhora da Penha construída em 1841. O cenário em volta é o mais rural possível.
Neste ambiente as mulheres fabricam doces e biscoitos típicos da região. Nos vales férteis os engenhos ainda movidos a tração animal, produzem a cachaça brejeira de forma rudimentar.
Cantinho do Senhor dos Aflitos
No Vale do Rio Branco a 20 km da cidade, encontra-se o Povoado do Cantinho que ficou conhecido por manter viva uma tradição de fé e religiosidade através da devoção ao Senhor dos Aflitos, onde todos os anos no dia 2 de julho acontece uma grande romaria. Durante todo o dia muita animação nas barracas e no final da tarde missa e procissão.
Centro Histórico
No Centro Histórico estão concentradas as ruas e praças mais antigas da cidade e onde ainda podemos apreciar os casarões construídos no final do século XIX e no começo do século XX.
Praça Duque de Caxias
Localizada na Rua Rui Barbosa, Centro Histórico, é a praça mais antiga de Barreiras com o tradicional coreto. Na praça está localizado o prédio onde funcionou o Paço Municipal.
Paço Municipal
Construído no final do século XIX pelo Cel. Francisco Rocha, neste prédio foi instalada a Intendência Municipal, ainda na época do Brasil Colônia, onde por muitos anos funcionou a Prefeitura de Barreiras. O Paço Municipal está localizado na Rua Rui Barbosa, Centro Histórico.
Catedral São João Batista
Construída em estilo mourisco (árabe) e inaugurada em 1925. Sofreu uma grande reforma e foi reinaugurada em junho de 1997. A catedral está localizada na Praça São Batista, Rua 24 de Outubro no Centro Histórico.
Igreja de Santa Terezinha
Construída em 1881, em estilo neoclássico bem conservada, foi a primeira capela de Barreiras. A Igreja de Santa Terezinha está localizada na Praça Amphilóphio Lopes, Centro Histórico.
Mercado Cultural Caparrosa
Prédio construído na década de 1950 para abrigar a feira municipal. É um espaço turístico, onde são realizadas apresentações culturais e exposições de artesanatos. O Mercado Caparrosa está situado na Praça Landulfo Alves, Centro Histórico.
Colégio Costa Borges
Prédio ainda em bom estado de conservação, inaugurado em 1927, para funcionar o primeiro Grupo Escolar de Barreiras, na gestão do prefeito Amphilóphio Lopes, sendo sua primeira diretora a professora Guiomar Fábia da Rocha Porto. Endereço: Rua Profª Guiomar Porto - Centro Histórico.
Usina Hidrelétrica
Prédio construído em 1928 por Dr. Geraldo Rocha, para abrigar as três turbinas que eram movidas por uma queda d'água artificial, foi a segunda hidrelétrica da Bahia. Endereço: Av. Sebastião Ferreira - Barreirinhas.
Antigo Frigorífico Prédio construído na década de 1930 por Geraldo Rocha, durante algum tempo produziu e exportou charque e defumados marcando uma época de prosperidade. Endereço: Av. Eduardo Catalão - Barreirinhas.
Casa da Sertaneja 
Casarão em estilo neoclássico datado de 1919 em bom estado de conservação. Construído por Dr. Geraldo Rocha para sediar a Cia. Sertaneja - Empresa Agropastoril S/A. Em pavilhões distintos funcionava a sede da companhia e o Cine Teatro Ideal, primeiro espaço cultural de Barreiras. Endereço: Av. Presidente Vargas 53 - Centro Histórico.
Filarmônicas
A existência de filarmônicas em Barreiras, segundo registros encontrados, data de 1902. Destacando-se as Filarmônicas "8 de Dezembro" e "24 de Junho". Esta tradição musical mantida através do tempo fez com que a Filarmônica "24 de Junho", composta por músicos de Barreiras e Angical sob a regência do maestro Dulvamerino Coité, o popular Mureco, que foi convidada para tocar na inauguração de Brasília. Atualmente a Banda "26 de Maio" anima os eventos culturais e solenidades da cidade e mantêm viva esta tradição musical.
Comidas típicas
No coração do Oeste Baiano, as comidas típicas na cidade de Barreiras, reúnem diversas influências, com especial destaque para as cozinhas gaúcha e cearense. O tradicional churrasco divide o paladar com pratos inusitados, tipicamente nordestinos, como o pirão de cabeça de surubim e a galinha caipira com pirão de mulher parida. As peixadas e o feijão tropeiro endossam a diversidade de sabores da cidade. Para adoçar o paladar, a sobremesa fica por conta dos doces feitos da fruta, com destaque para o de maracujá nativo e o de buriti. Os Biscoitos, peta, ginete e queijada são os mais clássicos.
Cultura
Festas
Lavagem do Kimarrei
Acontece todos os anos desde 1997 sempre no dia 1º de janeiro onde mais de cinco mil foliões participam da tradicional Lavagem do Cais. A festa, que é uma prévia do carnaval da cidade, atrai barreirenses e muitos visitantes. A concentração acontece no entorno do Cais do Rio Grande, nas praças Duque de Caxias, Presidente Vargas e Landulfo Alves, onde os camarotes são instalados.
A lavagem, que antes acontecia na esquina dos Correios, originalmente se chamava Lavagem do Mariana (em alusão a um bar badalado que existia nas proximidades). Com o crescimento da festa, então as comemorações foram transferidas para a área externa, com carros pipa, um palco maior e mais atrações. Desde 1997, a organização é do Bloco Kimarrei e acontece nas imediações do cais.
Carnaval
O Carnaval de Barreiras é considerado o maior do interior da Bahia e atrai mais de 300 mil foliões todos os anos. O carnaval cultural acontece na praça Landulfo Alves no cais da cidade e recebe um público em torno de 40 mil pessoas. O carnaval dos trios elétricos ocorre nas Avenidas Clériston Andrade e Antonio Carlos Magalhães e garante atrações regionais e grandes nomes da música nacional.
Romaria do Cantinho do Senhor dos Aflitos
Com 300 anos de tradição, a romaria do Senhor dos Aflitos no povoado do Cantinho, na zona rural de Barreiras, tem seu ponto alto no dia 2 de julho. A festa prossegue com a missa do romeiro às 7h, e, encerra com missa solene, às 17h. Para percorrer os 18 km, a maior parte em estrada de chão, os peregrinos saem por volta da meia-noite da porta da Catedral São João Batista.
Desde o ano de 2016 a igreja da localidade é considerada pela diocese de Barreiras como O Santuário do Senhor dos Aflitos. O povoado foi recuperado e urbanizado na gestão do prefeito Zito Barbosa e foi inaugurada uma praça, aumentando assim a infraestrutura do local estimulando ainda mais o turismo, atraindo para o povoado um número em torno de 20 mil fiéis todos os anos.
A imagem do Senhor dos Aflitos, esculpida em madeira, foi trazida de Portugal pelos irmãos Francisco e José Ayres da Fonseca. Em 1710, a imagem chegou em Barra. Dez anos depois, a família Ayres da Fonseca construiu a primeira capela no povoado do Cantinho e teve início a peregrinação ao local. Em 1946 foi erguida a atual capelinha.
São João
A comemoração dos festejos juninos é em família. Os moradores fazem na frente das casas as tradicionais fogueiras e comidas típicas como a canjica, o mingau do milho, a pamonha, a pipoca o amendoim torrado, a tapioca, os caldos de mandioca e bebidas como o quentão. O barreirense comemora estourando foguetes e morteiros ao som de músicas dessa época do ano como o forró, o baião, e o xaxado. Também há as tradicionais quermesses que comemoram o início das novenas preparatórias para saudar o padroeiro de Barreiras, São João Batista, essas são significativamente visitadas por causa das missas e programações religiosas nas comunidades urbanas e rurais do município. Por conta dos recessos escolares e dos feriados sucessivos a população da cidade aumenta significativamente nesse período.
A praça da igreja matriz fica enfeitada com bandeirolas coloridas para recepcionar os numerosos fieis que vêem fazer suas preces e comemorar o dia do padroeiro da cidade, o qual já fez parte do seu nome que antigamente se chamava São João das Barreiras.[143]
No parque de exposições da cidade acontece o Arraiá do Parque, onde se apresentam as quadrilhas representando cada comunidade de Barreiras como de outras cidades circunvizinhas. É considerada a maior festa de São João do Oeste da Bahia tendo um público de 25 a 100 mil visitantes.
Expo Agro Barreiras
Acontece todos os anos no Parque Engenheiro Geraldo Rocha a Expoagro Barreiras, onde há leilões, algumas palestras e negociações, como também exposição de novas tecnologias no setor agroindustrial, e animais de raças comercias. Além de shows de atrações locais de relevância nacional que atraem um público que supera os 40 mil visitantes.
Dia do Evangélico
Desde 2001 a cidade comemora o dia do evangélico em 2 de agosto. Onde é feita a entrega simbólica de Bíblias, orações e atrações de artistas do meio gospel nacionalmente conhecido.
Desfiles de 7 de setembro
Durante toda a manhã passam pelas avenidas do centro de Barreiras, em comemoração e memória ao 7 de setembro o Dia da Independência do Brasil, escolas estaduais e municipais, a Guarda Municipal, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o 4º BEC. As fanfarras das escolas são uma atração a parte, como de costume, vêem com repertórios e evoluções que encantaram o público presente. A cerimônia sempre encerrada com um belíssimo desfile militar.
Referência para o texto: Wikipédia .