quinta-feira, 31 de agosto de 2023

ANDRADINA - SÃO PAULO

Andradina é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 20,53 sul e a uma longitude 51,22 oeste, a 630 quilômetros da cidade de São Paulo. O município é formado somente pelo distrito sede, que inclui os povoados de Paranápolis e Planalto. Na cidade está localizado o Thermas Acqualinda, o maior parque aquático do Brasil. A população da cidade de Andradina chegou a 59.783 pessoas no Censo de 2022.
História
A fundação de Andradina foi idealizada, em 1932, pelo fazendeiro Antônio Joaquim de Moura Andrade, maior criador de gado do Brasil e que tinha o apelido de Rei do Gado.
Na verdade seu nome era Antônio Joaquim de Andrade, o "Moura" era o sobrenome de seu sócio, a quem muito estimava por isso agregou ao seu próprio nome. Sua empresa com seu sócio era Moura, Andrade & Cia., placa esta fixada na entrada da cidade com o slogan publicitário: "Terras Ótimas para Culturas Vendas a Prestações de longo prazo".
Moura Andrade conseguiu que se construísse um novo ramal ferroviário, a Variante, entre as estações de Araçatuba e Três Lagoas da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que teve sua construção ordenada pelo presidente Getúlio Vargas. Às margens da "Variante", foram criados vários povoados, que hoje são cidades.
O traçado antigo da linha da NOB, linha que chegou ao Rio Paraná em 1910, e que ficou conhecido depois como Ramal Araçatuba - Lussanvira (a atual Pereira Barreto), por ter sido construído muito próximo ao Rio Tietê, estava muito sujeito à malária, e ficava longe das terras mais altas, as mais adequadas para o plantio de café, o qual era transportado por ferrovias para o porto de Santos.
A Variante,seguindo direto de Araçatuba para a atual Andradina, passaria na Fazenda Guanabara, propriedade do Rei do Gado, seguindo em direção ao Mato Grosso do Sul.
Seu desejo pela urbanização era tanto que, ele, Antônio de Moura Andrade, encomendou ao engenheiro Benelow & Benelow, a elaboração de um projeto para a urbanização da futura povoação.
Devidamente planejada, o novo povoado surgiu em 11 de julho de 1937, em terras da Fazenda Guanabara de propriedade de Moura Andrade. Nesta data chegou o primeiro trem de ferro da Variante da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil à nova povoação.
Moura Andrade, loteou, em pequenos sítios, parte da Fazenda Guanabara, para os pioneiros recém-chegados, (a todo eram 6.000 famílias), sem exigir fiador ou entrada em dinheiro.
Moura Andrade instalou luz elétrica movida a motor diesel. Quase todos os comércios da nova povoação pertencia a ele, no início, inclusive um Banco. Moura Andrade atraiu muitos comerciantes para a nova povoação, vendendo a preços baixos, os lotes urbanos. Com um bom marketing, Moura Andrade atraiu muitos compradores para os sítios.
Exemplo deste marketing, foi se colocar quatro enormes toras de madeira em frente a estação de trem da NOB, junto às quais colocou um grande cartaz, com a seguinte frase: “Esta é a prova da fertilidade das terras de Andradina!”
Em homenagem ao seu criador, a nova povoação passou a ser conhecida, como a "Terra do Rei do Gado".
Cinco meses após ter sido formado o povoado, Andradina foi elevada à condição de Distrito de Paz de Valparaíso, em 10 de novembro de 1937, pela Lei Estadual nº 3.126.
Andradina ganhou autonomia administrativa em 30 de dezembro de 1938, quando foi desmembrada do município de Valparaíso e elevada à condição de município pelo interventor federal no Estado de São Paulo, Ademar de Barros, através do Decreto Estadual nº 9.775.
A sede da prefeitura foi instalada onde hoje é o Grupo Escolar Dr. Álvaro Guião. A posse do primeiro prefeito municipal, Evandro Brembati Calvoso, ocorreu em 10 de janeiro de 1939.
A poetisa Cora Coralina viveu em Andradina, nas décadas de 1940 e 1950, quando escreveu o célebre "Poema ao Milho".
O município de Andradina foi desmembrado várias vezes perdendo parte de seu território para a formação dos novos municípios de Guaraçaí, Algodoal (atual Murutinga do Sul), Castilho e de Nova Independência. Andradina perdeu terras, em 1944, para a formação do Distrito de Gracianópolis (a atual Tupi Paulista) pertencente a Lucélia, e, para Mirandópolis.
Geografia
Clima

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1981 a 1997 (até 31 de março), a menor temperatura registrada em Andradina foi de 0,9 °C em 26 de junho de 1994, e a maior atingiu 39,6 °C em dezembro de 1985, nos dias 9 e 10. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 108,4 milímetros em 9 de março de 1982. O menor índice de umidade relativa do ar foi registrado em setembro de 1985, nos dias 11 e 13, de 16%.
Infraestrutura
Educação

Andradina possui cerca de 22 centros educacionais estaduais, 33 centros educacionais municipais (EMEIs, EMEFs e CEIs) e 15 centros educacionais privados. Possui uma escola técnica, a ETEC Sebastiana Augusta de Moraes.
Saúde
A cidade conta com a Santa Casa de Andradina e um PAM - Posto de Atendimento Médico.
Esportes
O nadador Olímpico Ricardo Prado é natural de Andradina, ganhou medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Verão de 1984 em Los Angeles.
O Andradina Futebol Clube é o clube de futebol da cidade, fundado em 28 de maio de 1963 e conhecido como "Foguete da Noroeste". Nasceu para disputar o profissionalismo e, no início, adotou as cores vermelha e branca e o escudo igual ao do América do Rio de Janeiro. Depois, passou para azul e branco. Porém, num caso pouco comum no futebol paulista, até hoje ostenta as duas cores no uniforme. Teve 23 participações no Campeonato Paulista de Futebol e foi campeão da Quarta Divisão (atual Série B) em 1965.
Cultura
Como em todo Centro-Oeste Paulista, a cidade de Andradina possui uma cultura distinta do restante do Estado de São Paulo. Com a imigração de Italianos e Japoneses na região, formou-se uma cultura diferenciada, e também com influências da região Centro-Oeste e Sul do Brasil.
O Governo de Andradina realiza a Festa da Mandioca. A Festa foi criada para promover, divulgar e preservar a tradição através das comidas típicas e produtos preparados com base na mandioca, um dos principais ingredientes da gastronomia regional. A festa ocorre geralmente em Novembro.
É um costume comum na cidade, e também na região, o consumo de Tererê (ou Tereré) por parte dos locais. Outros alimentos consumidos tradicionalmente são Yaki manju (doce Japonês de feijão) e garapa com limão (caldo de cana).
A música Rei do Gado, cantada por Tião Carreiro e Pardinho, menciona a cidade de Andradina.
Etnias
A população de Andradina é composta principalmente por imigrantes Europeus e Asiáticos, assim como em toda região Centro-Oeste Paulista. A tabela abaixo representada é apenas um esboço para dar uma ideia étnica da população.
Filhos Ilustres
- Ricardo Prado - Nadador olímpico no jogos de Los Angeles.
- Luiz Carlos Alborghetti - Jornalista policial, Radialista,Apresentador de Televisão e Político.
- Adélio Sarro - Pintor, desenhista, escultor e muralista.
- Valdeci Basílio da Silva (Basílio) - Jogador de futebol , atuou em clubes como Coritiba, Palmeiras, Grêmio e Santos. Era Atacante.
- Monica Otero - Ultramaratonista.
- Walderi Braz Paschoalin - Prefeito na cidade de Jandira morto a tiros.
- Bruno Rodrigo Fenelon Palomo - Jogador de futebol que atua como zagueiro. Atualmente no Grêmio.
- Gilberto Ribeiro Gonçalves - Ex-jogador de futebol que atuava como atacante, jogou por clubes como Corinthians, Internacional, Cruzeiro e Flamengo. Chegou a seleção Brasileira em 2003.
- Lauro Júnior Batista da Cruz - Jogador de futebol que atua como goleiro.
- Nilce Moretto - Youtuber, influenciadora digital, CEO dos canais Coisa de Nerd, Cadê a chave, Republica coisa de nerd, Quero ouvir podcast e Finaceiro
Festivais e Festas tradicionais
- AndraRock - É um evento musical. Este evento musical vem crescendo a cada ano na cidade. Realizado pela Secretaria de Cultura do Governo Municipal e com apoio do Projeto Rock, formado por um grupo de músicos – o objetivo é difundir as bandas de rock da cidade e região.
- Festa da Mandioca - Evento para divulgação da gastronomia cultural.
- Festa Junina de Andradina - É uma tradicional festa na cidade de Andradina.
- Bon Odori - É um festival que ocorre anualmente durante o verão entre julho e agosto, no Japão (verão nórdico), sempre após o Pôr do sol, pois prevalece a crença de que os espíritos somente saem durante a noite.
- Expoan - Maior evento na cidade, é uma festa de rodeio onde também ocorrem shows de duplas sertanejas.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

TAQUARITINGA - SÃO PAULO

Taquaritinga é um município da região central do estado de São Paulo, no Brasil. O município é formado pela sede e pelos distritos de Guariroba, Jurupema e Vila Negri.
História
Fundado em 8 de junho de 1868, com a doação de terras por proprietários rurais, liderados por Bernardino José de Sampaio, de uma área de 64 alqueires encravada em uma propriedade denominada Fazenda Boa Vista, nas proximidades do Ribeirão dos Porcos. As terras, avaliadas em 180 000 réis, foram doadas para constituírem a localidade de São Sebastião dos Coqueiros, denominação esta devido à abundância desta árvore na região. O marco a partir do qual a doação de Taquaritinga foi feita é onde atualmente se encontra a Praça Doutor Waldemar d'Ambrosio (antiga Praça Centenário), embora ela não seja mais a referência para as medidas do perímetro urbano do município, sendo utilizada, para esse fim, desde 1992, a Praça 1º de Maio.
Os doadores, com as respectivas doações, foram os seguintes: Bernardino José Sampaio e sua senhora Francisca Olegário da Silva, quinze alqueires; Antonio Pais de Camargo e sua mulher dona Maria Antonieta de Ataíde, oito alqueires; Manuel Luís de Sousa e sua mulher dona Ana Rita de Faria, dois alqueires; José Joaquim Esteves e sua mulher dona Maria Umbelina de Jesus, cinco alqueires; Joaquim Pedro da Fonseca e sua mulher dona Rita Pereira Guimarães, dois alqueires; Joaquim Pereira da Costa e sua mulher, dona Emerécia Anacleta de Jesus, cinco alqueires; Isaías Joaquim de Santana e sua mulher dona Francisca Maria de Jesus, dois alqueires; dona Joaquina Maria do Espírito Santo, seis alqueires; dona Gertrudes Florinda de Castro, dez alqueires; João Ferreira da Costa, quatro alqueires; Joaquim Alves da Silva Leite e sua mulher dona Ana Luísa de Jesus, cinco alqueires.
O principal doador de terras que vieram a constituir o patrimônio de Taquaritinga foi Bernardino José de Sampaio. Nascido em 13 de novembro de 1831, em Araraquara, filho de Luís Caetano de Sampaio e Ana Teixeira de Camargo, Bernardino Sampaio teve quinze irmãos: José Luís, Joaquim Caetano, Francisco Caetano, Antînio Caetano, João Caetano, Filipe Caetano, Luís Caetano, Virgílio Caetano, Manuel Caetano, Ambrosina Caetano, Emiliana Caetano, Ana Caetano, Matilde Caetano, Cândida Caetano, Maria Luísa; foi casado com Francisca Olegária da Silva e não teve filhos conhecidos. Ele doou quinze dos 64 alqueires doados em 1868. Em 1870, já morava na Fazenda Paraguaçu, local em que iniciou a primeira cultura de café. Em 25 de julho de 1892, foi eleito o primeiro juiz de Paz. Em 22 de dezembro de 1892, foi eleito primeiro presidente da câmara. Faleceu em 22 de abril de 1896, aos 65 anos, sendo sepultado no dia seguinte. Seu corpo foi o primeiro a ser sepultado na atual necrópole.
Fato curioso ocorreu em 23 de agosto de 1902, quando o movimento monarquista tentou restaurar o regime no país para coroar o príncipe dom Luís de Orleans e Bragança. Em Ribeirãozinho, como era chamada a cidade na época, às três horas da manhã, a cidade foi cercada, a delegacia foi tomada e seu delegado, Virgilio Nogueira, deposto, deixando Tomás de Mendonça como interino. A estação ferroviária foi tomada por Avelino Nogueira, que, então, emitiu mensagens de telégrafo para diversos locais informando o fato. Dentre os monarquistas, estavam Alberto Costa Osório de Sousa, Avelino de Negreiros, Augusto de Castilho, Eulógio de Matos Pitombo, coronel Gustavo Augusto de Morais, coronel João Ferreira de Castilho, João de Toledo Lara, Joaquim Mateus Correia, José Ferreira Leite, Leonardo Botelho, Pedro Paulo Correia, Tomás Sebastião de Mendonça, Carlos Baptista de Magalhães, entre outros.
Duzentos homens armados aguardavam notícias do comando central na capital, quandono dia seguinte, chegou um telegrama informando que o governo republicano não aceitara a notícia da revolta e havia preparado uma ação de contenção. No comunicado estava escrito: "Não venham mais. Revolta fracassou. Segue trem especial quatrocentos praças".
A restauração da monarquia na cidade ficou conhecida como Revolta de Ribeirãozinho e durou apenas um dia. Somente no município de Espírito Santo do Pinhal fato semelhante aconteceu.
A partir de 1926, Taquaritinga também ficou marcada pela composição de um núcleo integralista formado por cerca de 200 pessoas, e que tornou-se referência para o movimento pela ligação com Plínio Salgado, o chefe dos integralistas (que casou-se com a taquaritinguense Carmela Patti).
"Eles faziam passeatas e reuniões toda semana", diz Nair Abbud, que guarda a farda utilizada pelo marido integralista Antonio Abbud e fotos do movimento.
Abbud chegou a ser preso durante 15 dias, acusado de participar do movimento que pretendia depor o presidente Getúlio Vargas, em 1938. Mesmo apoiado pelos integralistas, Vargas dissolveu o movimento em 37. O golpe fracassou e os integralistas começaram a ser presos e perseguidos.
A partir do final do século XIX e, sobretudo, nas primeiras décadas do século XX, a cidade recebeu grande influxo de imigrantes europeus meridionais. Os mais numerosos foram, de longe, os italianos, seguidos dos espanhóis e portugueses. A cidade também recebeu sírios e libaneses, algumas famílias de origem germânica, mas as principais minorias são formadas por afro-descendentes, japoneses e pequena população vinda de outros estados brasileiros para o trabalho rural a partir da década de 1980.
No presente, é visível o predomínio da cultura sul italiana, que é refletido não só no comportamento, mas também no comércio e relações de trabalho. O conservadorismo também é um traço cultural marcante, influência do predomínio da Igreja Católica, observado não só nas relações interpessoais, mas também na arquitetura e nas atividades culturais.
Etimologia
"Taquaritinga" é uma palavra proveniente da língua tupi. Existem duas explicações etimológicas possíveis para ela:
- "taquara pequena e branca", a partir da junção dos termos takwa'ri (taquara pequena) e tinga (branco);
- "rio claro das taquaras", a partir da junção dos termos takwar (taquara), 'y (rio, água) e tinga (branco).
Formação admnistrativa
Em sua evolução histórica, já possuiu diversos nomes:
- 8 de junho de 1868 – doação de terras para se criar o patrimônio de "São Sebastião dos Coqueiros", que foi a primeira denominação do local;
- 16 de março de 1880 – Patrimônio foi elevado à categoria de distrito de paz da comarca de Jaboticabal, passando a se chamar "Ribeirãozinho";
- 25 de julho de 1892 – elevado à categoria de vila, chamando-se "São Sebastião do Ribeirãozinho";
- 16 de agosto de 1892 – elevado à categoria de município, passando a se chamar "Ribeirãozinho";
- 25 de novembro de 1907 – criação da comarca, passando a chamar-se "Taquaritinga".
Geografia
Clima

O clima é tropical de altitude com inverno moderado e seco e, verão quente e chuvoso. Temperatura média anual de 24º Celsius e precipitação pluviométrica de 1.600 mm. O terreno é ondulado e o solo predominante é o Arenito Bauru datado da era cenozóica.
Hidrografia
A hidrogarfia de Taquaritinga é composta por: Rio da Onça e Rio dos Porcos.
Economia
A economia da cidade é baseada na agronegócio e, cada vez mais, nos serviços.
Já foi a maior produtora mundial de goiaba, uma das maiores de tomate, o que, aliado a outros produtos gerou na cidade uma concentração de indústrias alimentícias, as quais - a partir dos anos 1980 - se transferiram para o Centro-Oeste devido a incentivos fiscais.
Durante a década de 1980, vivenciou enriquecimento associado à laranja, mas a partir da década de 1990 sua economia se diversificou sem que alcançasse as antigas taxas de crescimento econômico e populacional.
O estabelecimento de cursos superiores e o desenvolvimento dos serviços vieram acompanhados de relativa estagnação populacional e econômica em relação às cidades vizinhas. A população do município pouco variou de 1990 até 2009 configurando clara queda de taxa de natalidade associaida a migração de jovens para outras cidades e Estados em busca de melhores oportunidades de trabalho.
Esportes
Futebol

O Clube Atlético Taquaritinga, fundado em 1942, é o clube de futebol da cidade. A "casa" do time, o Taquarão (Estádio Municipal Adail Nunes da Silva), com capacidade máxima de aproximadamente 23 000 pessoas, foi construído em apenas 89 dias, com ajuda e esforço de toda a população.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

SANTA ISABEL - SÃO PAULO

Santa Isabel é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na Região Metropolitana de São Paulo e Alto Tietê. A população estimada em 2018 era de 56.792 habitantes e a área é de 363,322 km²
História
Santa Isabel deve o seu nome em homenagem a Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal, e a sua origem é no ano de 1770 quando ocorre a sua formação ligada indiretamente à conquista do ouro.
Como era um dos primeiros municípios a compor o Vale do Paraíba, no sentido São Paulo - Rio de Janeiro, recebeu toda a influência e costumes da região, pois inicialmente surgiu como lar de vale paraibanos que partiam anteriormente da região em busca de Ouro Preto e Congonhas do Campo, em Minas Gerais, onde se destacava a produção de ouro. Ao retornarem após o esgotamento das minas, esse pessoal espalhou-se pelo Vale de acordo com sua conveniência, estabelecendo na região a cultura do café, que na época do império era a principal fonte de recursos. Porém, a Santa Isabel foi construída a escola.
O caminho entre a capital imperial Rio de Janeiro e a importante província de São Paulo teve seu movimento aumentado com o passar do tempo e o governo imperial notou que seria importante construir povoações ao longo dessa rota para facilitar acesso a recursos como mantimentos, pouso e troca de animais das caravanas em trânsito, surgindo assim Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Taubaté e Jacareí.
Próximo à cidade de Jacareí havia uma fazenda denominada Morro Grande, cuja área era muito grande. Nessa fazenda havia um pequeno número de índios e escravos que formavam um povoado. Esse pequeno povoado vivia tranquilamente, e pouco a pouco teve sua irrisória população aumentada, algumas famílias iam se estabelecendo por ali, atraídas pelo Comércio em desenvolvimento e pela abertura de estrada que servia com opção para os que iam até o Vale.
Depois de aproximadamente um século, a população do povoado cresceu tendo na pecuária e na agricultura a sua principal fonte de renda. Nesse ínterim, o Morro Grande desmembrou-se em muitas outras fazendas e foi elevado a categoria de freguesia (Paróquia de Santa Isabel) por meio do Bispo de São Paulo, Frei Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade, a 5 de janeiro de 1812. O seu primeiro vigário foi o padre José Veloso do Carmo.
Em 25 de junho de 1812 teve sua transformação para "Vila Santa Isabel". Em 1832, foi criado o município de Santa Isabel, desmembrado do território de Mogi das Cruzes por Decreto Lei da Regência do Império em nome do Imperador Dom Pedro II, datado de 1 de julho de 1832.
Depois, em 13 de novembro de 1832, novo Decreto baixado pelo então Ministro do Império, Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, determinou que aquele decreto fosse remetido à câmara municipal de Mogi das Cruzes, para que se determinasse pelo Juiz de Paz do distrito que se procedesse a eleição de vereadores para o novo município. Esta eleição ocorreu no dia 8 de junho de 1833 sendo que os eleitos foram empossados em 3 de julho de 1833, na sede de Vila Santa Isabel.
Por força da Lei Estadual n° 135, de 30 de maio de 1893, a referida Vila foi elevada a categoria de município e foi designado sede de comarca, através de Lei n° 80, datada de 25 de Agosto de 1892.
Em 18 de abril de 1870 Santa Isabel contava com uma cadeia, uma Casa de Câmara, e, além da igreja matriz, as igrejas do Rosário e de Santo Antônio, hoje demolida.
Geografia
Clima

O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o Subtropical. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e sub seco. A média de temperatura anual gira em torno dos 18 °C, sendo o mês mais frio Julho (Média de 14 °C) e o mais quente Fevereiro (Média de 22 °C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1400 mm.
Seus limites são Nazaré Paulista a noroeste e norte, Igaratá e Jacareí a nordeste, Guararema e Mogi das Cruzes a sudeste e Arujá e Guarulhos a sudoeste.
Hidrografia
A hidrografia de Santa Isabel é constituída pelos Rio Parateí, Rio Jaguari, Represa do Rio Jaguarí, Rio Pilões e Ribeirão Araraquara
Natureza
É uma das três únicas localidades onde foi encontrada uma árvore da Mata Atlântica restrita ao estado de São Paulo e ameaçada de extinção, a Buchenavia igaratensis.
Educação
Em 2010 foi inaugurada uma escola técnica estadual do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, no prédio onde funcionava uma escola de ensino fundamental (E.M.E.F. Oscar Ferreira de Godoy) no bairro Treze de Maio, as crianças que na época estudavam na escola passaram a estudar em um outro prédio que foi construído no mesmo bairro. É ministrado o Ensino Médio e mais três cursos técnicos: (administração, informática para internet, logística e química), até a inauguração a Etec de Jacareí possuía salas descentralizadas no município que eram administradas pela prefeitura, estas salas ministravam os cursos técnicos de informática e administração. A escola também possui o projeto Etec solidária, voltado ao município em que está instalada.
Economia
Santa Isabel é um município de grande relevância na região que se destaca pelo elevado potencial de consumo e por apresentar novas oportunidades de negócios. Por outro lado, o desempenho econômico é um fator de atenção.
De janeiro a junho de 2023, foram registradas 2,6 mil admissões formais e 2,3 mil desligamentos, resultando em um saldo de 278 novos trabalhadores.
Até junho de 2023 houve registro de 67 novas empresas em Santa Isabel.
Referência para o texto: Wikipédia ; Site Caravela .

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

TAQUARA - RIO GRANDE DO SUL

Taquara é um município da Região Metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. É um município de colonização predominantemente alemã localizada na Encosta Inferior do Nordeste. Sua população, de acordo com o Censo de 2022, realizado pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, era de 53.242 habitantes.
História
Até a chegada dos primeiros europeus à região, no século XVI, o local era habitada pelos índios carijós. O território de Taquara fez parte da sesmaria concedida em 1814 a Antônio Borges de Almeida Leães, que foi vendida em 20 de junho de 1845 para Tristão José Monteiro e Jorge Eggers. No ano seguinte, em 4 de setembro de 1846, o território passou a ser propriedade exclusiva de Tristão Monteiro, quando iniciou-se o processo de colonização alemã e outras etnias, através da Colônia de Santa Maria do Mundo Novo, formada pelas famílias: Família Ritter (alemã); Família Lahm (alemã); Família Schirmer (alemã); Família Krummenauer (alemã); Família Schäfer (alemã); Família Klein (alemã); Família Lambert (alemã); Família Laux (alemã); Família Jacoboski (polonesa); Família Raimondo (italiana); Família Fischer (alemã); Família Petry (alemã) e Família Korndörfer (alemã)
A colônia dividia-se em três seções: Baixa Santa Maria (hoje Taquara), Média Santa Maria (hoje Igrejinha) e Alta Santa Maria (hoje Três Coroas). Foi na Média Santa Maria que Tristão Monteiro construiu a primeira casa de alvenaria do vale, a chamada "Casa de Pedra". Esta casa foi construída para instalar a capatazia e o armazém de abastecimento dos primeiros colonos e do pessoal que procedia a medição das terras do vale.
Em 24 de setembro de 1880 foi instalada a 1º Comarca de Taquara. O município surgiu com a Lei Provincial 1.568, de 17 de abril de 1886. A emancipação de Taquara sucedeu em 17 de abril de 1886, com o nome de Taquara do Mundo Novo. Mais tarde, através do Decreto Estadual 1.404, de 10 de dezembro de 1908, a vila de Taquara recebeu o título de cidade.
A história de Taquara se encontra também nos prédios antigos, como a sede da Câmara da Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária do Vale do Paranhana e o Clube Comercial, que são exemplos da beleza arquitetônica encontrada em muitos prédios situados na área central da cidade. Destaca-se, ainda, o Palácio Municipal Coronel Diniz Martins Rangel, de construção neoclássica, que data do início do século XX, além dos templos das Igrejas Católica e Protestante que estão situados frente a frente na rua principal da cidade.
No interior, ainda existem exemplos de edificações na técnica do enxaimel, trazida pelos imigrantes alemães, principalmente nas localidades de Tucanos, Rio da Ilha e Padilha.
Geografia
O município de Taquara está localizado na Encosta Inferior da Serra e dista 72 quilômetros de Porto Alegre; 40 km de Gramado; 48 Km de Canela; 40 km de São Francisco de Paula; 36 km de Novo Hamburgo e 89 km de Tramandaí, o que ocasiona um clima subtropical com inverno rigoroso. Também possui, como uma de suas principais características, a privilegiada localização geográfica: o município é ponto de ligação entre importantes regiões do Rio Grande do Sul, como a Serra Gaúcha, Litoral, Região Metropolitana e Vale do Sinos.
Clima
Em Taquara, o verão é longo, quente e abafado; o inverno é curto e ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 10 °C a 31 °C e raramente é inferior a 4 °C ou superior a 35 °C.
Baseado no índice de turismo, as melhores épocas do ano para visitar Taquara e realizar atividades de clima quente são do início de março ao meio de maio e do meio de setembro ao meio de dezembro.
A estação quente permanece por 4,0 meses, de 22 de novembro a 22 de março, com temperatura máxima média diária acima de 28 °C. O mês mais quente do ano em Taquara é janeiro, com a máxima de 31 °C e mínima de 21 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,9 meses, de 19 de maio a 15 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 22 °C. O mês mais frio do ano em Taquara é julho, com a máxima de 11 °C e mínima de 20 °C, em média.
Infraestrutura
Educação
Taquara conta com uma rede de 44 escolas públicas municipais, 12 escolas públicas estaduais e 9 escolas particulares. O ensino superior é atendido pelas Faculdades Integradas de Taquara (Faccat), que conta com 20 cursos de graduação. Também tem a Escola Técnica Estadual Monteiro Lobato - CIMOL - Centro de Referência Profissional (antigo Colégio Industrial Monteiro Lobato), que está classificado entre as seis melhores escolas estaduais.
Economia
Taquara é um município de grande relevância na região que se destaca pelo elevado potencial de consumo e pelo alto crescimento econômico. Por outro lado, o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios é um fator de atenção.
De janeiro a junho de 2023, foram registradas 2,9 mil admissões formais e 2,8 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 88 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 802.
Até junho de 2023 houve registro de 110 novas empresas em Taquara, sendo que 21 atuam pela internet. Neste último mês, 18 novas empresas se instalaram, sendo 4 com atuação pela internet. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (23). No ano de 2022 inteiro, foram registradas 252 empresas.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Site Caravela .

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

JAGUARIÚNA - SÃO PAULO

 
Jaguariúna é um município da Região Metropolitana de Campinas, no estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se a 22º42'20" de latitude sul e 46º59'09" de longitude oeste, a uma altitude de 584 metros. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 59.921 habitantes.
Toponímia
"Jaguariúna" é um vocábulo tupi que significa "rio preto das onças", através da junção dos termos îagûara (onça), 'y (água, rio) e un (preto). Vale destacar que o brasão da cidade, que mostra uma onça preta ao lado de um rio azul, incorre num erro em relação à etimologia tupi do nome da cidade: o correto, do ponto de vista etimológico, seria o brasão mostrar uma onça comum ao lado de um rio negro.
História
De acordo com as pesquisas arqueológicas mais recentes, os primeiros vestígios de assentamentos humanos na região central do atual estado de São Paulo datam de cerca de 9.500 anos atrás, sendo identificados como grupos de caçadores-coletores nômades, produtores de diversos artefatos em pedra lascada. Estes grupos construíam assentamentos provisórios nos vales e margens dos rios Jaguari, Camanducaia e Atibaia, utilizando-os como rotas fluviais e fonte de alimentos. Em geral, esses primeiros grupos são costumeiramente associados às tradições tecnológicas Umbu e Humaitá, devido ao tipo de ferramentas líticas que produziam e utilizavam.
Por sua vez, grupos indígenas ceramistas teriam alcançado a região entre Mogi Mirim, Campinas e Jaguariúna a partir do século I da Era Cristã. Em maior número, semi-sedentários e agricultores, baseavam sua dieta alimentar em plantas ricas em carboidratos (como o milho e a mandioca), coleta de frutos, raízes e nozes silvestres, além da proteína obtida através de pesca e caça. Também teriam plantado várias espécies não alimentícias, como cabaças, tabaco, algodão e urucu. Esses grupos indígenas seriam os ancestrais diretos daqueles encontrados pelos colonizadores luso-brasileiros, falantes de línguas filiadas aos troncos Macro-Jê e Tupi-Guarani. Vestígios dessa antiga ocupação da região ainda podem ser observados em sítios arqueológicos locais, onde fragmentos cerâmicos associados às tradições tecnológicas Tupiguarani e Aratu foram identificados.
Visto que as primeiras “entradas” e “bandeiras” que atravessaram a região a partir do século XVI pouco geraram de informações sobre estes grupos indígenas, os quais foram paulatinamente escravizados e expulsos para áreas mais interioranas da agora América Portuguesa, pouco se sabe atualmente sobre suas afiliações étnicas e costumes. Ainda assim, embora sejam raros os relatos sobre os primeiros grupos ameríndios encontrados pelos colonos europeus no atual interior paulista, algumas fontes indicam a presença de Tupis e Tamoios. Paralelamente, uma antiga doação de sesmaria, datada de 26 de fevereiro de 1726, aponta a existência de uma aldeia indígena entre os rios Camanducaia e Jaguari.
Por sua vez, as primeiras incursões bandeirantes nos sertões paulistas se davam justamente por antigas trilhas terrestres e rotas fluviais indígenas. No final do século XVII, a expedição de Bartolomeu Bueno faz uso justamente destes caminhos, partindo da Vila de Piratininga (São Paulo) e percorrendo o antigo “Caminho dos Batataes” e o dos “Bilreiros” até chegar ao atual estado de Goiás. Quarenta anos mais tarde, a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva (mais conhecido como segundo Anhangüera) refaz a trilha que havia percorrido com o pai em busca de metais preciosos, fundando o “Arraial de Sant’Anna” – posteriormente conhecido como “Villa Boa de Goyaz”.
Com a descoberta de ouro nos atuais estados de Mato Grosso e Goiás, já nas primeiras décadas do século XVIII, a região tornou-se rota de passagem para um número cada vez mais frequente de aventureiros e desbravadores de origens distintas. Essa enorme rota ficou conhecida na época como Caminhos dos Goyazes, atravessando rios como o Tietê, Atibaia e Jaguari, bem como contornando parte da serra da Mantiqueira e áreas demasiadamente acidentadas até alcançar o rio Grande. Por conseguinte, pousos, entrepostos e fazendas foram sendo fundados em seu trajeto, os quais estabeleceram uma economia predominantemente voltada para atender as demandas por abrigo e mantimentos desses diversos grupos que se dirigiam às minas de ouro.
Um destes vários pousos encontrava-se a quatro dias de viagem de São Paulo, entre os rios Atibaia e Jaguari. Chamado de “Pouso do Jaguary” (atual bairro rural do Tanquinho Velho), o mesmo estava localizado numa região estratégica, logo após a travessia do rio Jaguari, onde as tropas e tropeiros podiam se abastecer e descansar. Além de posto de abastecimento e comércio para sertanistas, o local recebeu um afluxo constante de pequenos posseiros e, aos poucos, tornou-se um acanhado vilarejo, dando início à primeira povoação do município de Jaguariúna. Embora poucos remanescentes materiais desse período tenham sobrevivido até os dias atuais, uma antiga sede de fazenda colonial foi identificada e registrada enquanto sítio arqueológico em 2016. Denominada “Fazenda Serrinha”, essa antiga sede teria sido construída através da técnica de taipa de pilão.
Em fins do século XVIII, o povoado já tinha adquirido um número considerável de habitantes, estando sob jurisdição do clero da Villa de São Carlos, o qual ordenou a construção de uma capela e cemitério. Em geral, a população era constituída por indivíduos e famílias vindos de outras localidades da capitania de São Paulo, refletindo a sociedade estratificada da qual era parte. Tais informações podem ser observadas nos livros paroquiais da época, os quais detalham a chamada “população livre” (proprietários e não-proprietários) e escravos, bem como “os brancos legítimos” e os “pardos naturais e bastardos”.
No mesmo período, entre os séculos XVIII e meados do XIX, o plantio da cana-de-açúcar foi a principal atividade econômica regional, sendo posteriormente substituído pelo cultivo do café. O chamado “ouro negro” agrícola contribuiu para a formação de uma elite econômica nacionalmente influente por boa parte do período imperial brasileiro, os denominados “barões do café”. É o caso do Coronel Amâncio Bueno, o qual tinha uma extensa fazenda na região de Jaguari, denominada Fazenda Florianópolis. Tais terras, doadas em sesmaria pela Coroa Portuguesa ainda no período colonial, foram posteriormente loteadas pelo coronel na década de 1880, propiciando o estabelecimento de imigrantes portugueses e italianos no local. Desse mesmo período também data a paulatina substituição da mão-de-obra escrava (até então maciçamente utilizada nas fazendas de café) por imigrantes europeus em diversas regiões do Estado de São Paulo.
Por outro lado, visto que as antigas rotas de ligação terrestre e fluvial não comportavam toda a demanda de escoamento da produção das fazendas de café, já a partir da década de 1870 começam a serem construídas as primeiras linhas ferroviárias na região. Em três de maio de 1875, a Companhia Mogyana de Estradas de Ferro e Navegação (organizada em 1872), inaugurou a estrada de ferro ligando Campinas a Jaguari, margeando o rio de mesmo nome. A viagem inaugural foi puxada por uma locomotiva também batizada de “Jaguary”. Também em 1875, a já mencionada Companhia Mogyana instalou-se na Vila Bueno após a construção do ramal Campinas Mogi-Mirim, inaugurado em 27 de agosto pelo então imperador Dom Pedro II.
Servida por uma estação de trem recém-inaugurada e, portanto, sujeita a um afluxo grande de pessoas e mercadorias, a vila Bueno acaba tornando-se um bairro do município de Mogi Mirim em 1894. No mesmo ano foi encomendada a primeira planta da localidade pelo Coronel Amâncio Bueno, o qual também mandara erguer a capela de Santa Maria (considerada padroeira do atual município de Jaguariúna) em 19 de fevereiro de 1892. Em cinco de agosto de 1896, através da Lei n° 433, é criado o “Distrito de Paz de Jaguary”, sendo posteriormente acrescido o sufixo de origem tupi “una” ao nome em 30 de novembro de 1944, através do Decreto-Lei n.° 14.344. Em 30 de dezembro de 1953, a Lei n.° 2.456 tornou Jaguariúna emancipada de Mojimirim, passando a constituir um município autônomo.
Geografia
Clima

Em Jaguariúna, o verão é longo, morno, abafado, com precipitação e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 13 °C a 30 °C e raramente é inferior a 9 °C ou superior a 34 °C.
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Jaguariúna e realizar atividades de clima quente é do meio de abril ao fim de setembro.
Hidrografia
A hidrografia de Jaguariúna é composta do Rio Jaguari, Rio Atibaia e Rio Camanducaia.
Ferrovias
Fica no município de Jaguariúna o terminal da Viação Férrea Campinas-Jaguariúna, uma linha turística com locomotivas a vapor ("marias-fumaça"), mantida pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.
O município também é cortado por uma segunda via férrea, a Variante Boa Vista-Guedes da antiga Fepasa, no qual possui uma segunda estação ferroviária homônima (hoje desativada) e por onde atualmente trafegam trens cargueiros da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Os últimos trens de passageiros circularam por esta variante no ano de 1997.
Turismo
Entre as atrações turísticas de Jaguariúna, o passeio de maria-fumaça[26] é um dos mais tradicionais. Realizado na legítima locomotiva da Cia. Mogiana, fabricada em 1952, percorre as cidades de Jaguariúna a Campinas, passando pelas antigas estações de Anhumas, Pedro Américo, Tanquinho, Desembargador Furtado e Carlos Gomes. Além do passeio, é possível conhecer, na estação de Jaguariúna (conhecida como "Estrela da Mogiana”), o Museu Ferroviário, com peças e fotos sobre a história e tradição das locomotivas na região. 
Esporte
Um fato marcante em Jaguariúna foi a inauguração do estádio Auro de Moura Andrade, do União Esportiva Jaguariense, na década de 50. O evento foi registrado até pelo jornal A Comarca, de Mogi Mirim.
O cenário da prática esportiva e do lazer mudaria completamente em Jaguariúna, com a implantação do Centro de Lazer do Trabalhador Antonio Aparecido Rodrigues dos Santos (Lebrão). Anteriormente, na sua inauguração, o nome do espaço era Tancredo de Almeida Neves, mas a mudança ocorreu em virtude do falecimento de Lebrão e da sua importância para o esporte da cidade.
Com a construção do Centro de Lazer, a partir da década de 80, a comunidade passou a contar com campo de futebol, quadra coberta, piscinas e campos de bocha, se tornando um ponto de prática esportiva e de lazer gratuito.  
O clube Olímpico se confunde com as memórias desta modalidade na cidade. Este é o time mais antigo na história da modalidade ainda em atividade na cidade e que coleciona 12 títulos no Futsal Amador, 11 no Veterano, três nas Olímpiadas da Integração e três na Copa Jaguar, além da 3ª colocação na EPTV Campinas.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; História do Esporte .

terça-feira, 15 de agosto de 2023

UNIÃO DA VITÓRIA - PARANÁ

União da Vitória é um município brasileiro do estado do Paraná. Pertence à microrregião de mesmo nome e também a Mesorregião do Sudeste Paranaense, apesar de que formalmente está localizada no extremo Sul do estado. Fica 243 km a oeste da capital do estado e a 1.472 km da capital do país.
Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 58.298 habitantes.
A cidade faz divisa com Porto União, no estado de Santa Catarina, através de uma linha férrea e também pelo Rio Iguaçu, que corta o município. Essa divisão entre as duas cidades, forma um único núcleo urbano de aproximadamente 89.000 mil habitantes, sendo conhecida como as "Gêmeas do Iguaçu".
História
Antecedentes

A região do Vale do Iguaçu, onde hoje está o município, foi inicialmente habitada por povos indígenas dos povos botocudos e caingangues. Por volta de 1726 ocorreram as primeiras expedições nesta região, e com a descoberta e ocupação dos Campos de Palmas, onde havia cabeças de gado. Para levar o gado de Palmas até a cidade de Palmeira, era necessário encurtar este caminho para levar as cabeças para serem comercializadas em forma de carne.
Diante da vontade da população palmense de levar sua produção de gado para os grandes centros, o bandeirante curitibano Pedro de Siqueira Cortes, em 12 de abril de 1842, descobriu um vau sobre o Rio Iguaçu que permitia a passagem das tropas de gado, e que também servia como ponto de embarque e desembarque das cabeças. Por causa deste vau, a distância enfim foi encurtada e em 1855, a localidade passou a se chamar Porto União da Vitória.
Formação e progresso do município
Em 1880 fixa-se na localidade o Coronel Amazonas de Araújo Marcondes, oriundo de Palmas, que foi o responsável por trazer até esta região os primeiros imigrantes europeus, além de implantar a navegação a vapor no Rio Iguaçu, que levava as mercadorias e o gado produzido na região a outras localidades.
No mesmo ano, com o crescente progresso econômico, União da Vitória foi elevada à categoria de Freguesia de acordo com a Lei Provincial nº 615, de 22 de abril de 1880. União da Vitória foi elevada à categoria de município, de acordo com a Lei Estadual n.º 54, de 27 de março de 1890, desmembrando-se de Palmas. O Coronel Amazonas foi o primeiro intendente municipal.
Durante seu histórico de formação territorial, foram criados distritos que, hoje, são municípios como Cruz Machado, Paula Freitas e Porto Vitória.
Em 1905 os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo Rio Grande cortaram a cidade, sendo inaugurada a primeira Estação Ferroviária. Com a nova estrada de ferro, a extração madeireira ganhou impulso e o número de serrarias instaladas no município aumentou significativamente.
Apesar do progresso que a ferrovia proporcionava a cidade, a região era surpreendida pelos conflitos causados pela Guerra do Contestado, entre paranaenses e catarinenses, pela posse de uma região rica na extração de erva-mate e madeira que abrangia o atual meio-oeste catarinense e o sul e sudoeste paranaense.
União da Vitória também estava inserida no meio desses conflitos, quando tornou-se capital provisória do Estado das Missões, cujo território era a zona do Contestado. A criação deste estado solucionaria a questão de limites entre os dois estados, evitando que a região fosse anexada ao território catarinense. O temor dos líderes do Paraná era de que essa região fosse esquecida pelos governantes catarinenses.
A ideia do Estado das Missões não vingou, e em 1916, com o acordo de limites entre os dois estados, a então Porto União da Vitória ficou dividida em duas, passando a parte pertencente ao Paraná a denominar-se União da Vitória, e a parte pertencente a Santa Catarina, Porto União, sendo que a linha férrea passou a dividir as duas cidades até hoje.
Geografia
Localização

União da Vitória está localizada a 26°13'48" latitude sul e 51°05'11" longitude oeste, na região sul do estado do Paraná, no terceiro planalto paranaense, também chamado de Planalto de Guarapuava. Limita-se ao norte com o município de Cruz Machado, ao sul com o estado de Santa Catarina, a oeste com Porto Vitória e Bituruna, e a leste com Paula Freitas e Paulo Frontin.
A área do município é de 720 km², representando 0,3612 % do estado do Paraná, 0,1278 % da Região Sul e 0,0085 % de todo o território brasileiro.
A cidade situa-se na bacia hidrográfica do Médio Iguaçu, tendo como rio principal, o rio Iguaçu, que corta a cidade num formato de "U" e separa o estado do Paraná de Santa Catarina abaixo da entrada da ponte Machado da Costa.
Geomorfologia
União da vitória encontra-se no Terceiro Planalto Paranaense, sendo limitado pela Serra da Esperança na Escarpa Mesozoica com uma altitude média de 830 metros, tendo como ponto culminante o pico Tem Que Vê, que tem 1.300 metros de altitude. Cerca de 60% do território união-vitoriense é acidentado, 25% de terras onduladas e os outros 15% de terras levemente onduladas. Sendo que é inclinado para o oeste, descambando nas planícies das barrancas do rio Paraná. Já a parte que localiza-se na margem esquerda do Rio Iguaçu é pertencente ao Tropp de Santa Catarina, sendo que este tem uma formação idêntica ao do Terceiro Planalto. Somente uma pequena parte está situado a leste da Escarpa Mesozoica fazendo parte do Segundo Planalto Paranaense, sendo este relevo menos acidentado. Depósitos recentes nos vales do Rio Iguaçu, Vermelho, da Prata e dos banhados formam as planícies de várzeas, sendo no meio delas encontram-se os morros do Cristo e do Baú.
Solos
Os solos do município são eluviais e aluviais e possuem uma estrutura argilo-arenosa, sendo solos ácidos com pouca fertilidade contudo eles podem ser melhorados com a aplicação de corretivos e fertilizantes, mas devido a topografia ser bastante acidentada a atividade agrícola é restrita.
Hidrografia
União da Vitória é banhado pela bacia do rio Iguaçu, sendo que os afluentes destes na margem direita são os rios Palmital, da Prata, dos Banhados, Correntes, Guabiroba, Vermelho e do Soldado. Já na margem esquerda encontram-se o rio Jacu e os córregos da Areia, Lajeado, da Cachoeira, Barra Grande e Lajeadinho.
Nascendo na localidade de Palmital de Cima, na Serra da Esperança recebendo os afluentes do rio Vermelho, Santa Vitória, Louro, Córrego Fundo, Arrio do Corvo e Arroio do Abarracamento. nas Serra da Esperança também nasce o Rio da Prata recebendo ao longo do seu curso os rios São Joaquim, Bugre, Fartura, Bracatinga, Santo Antônio, Barreado, Arrozal, São Domingos, do Meio e Papua. O rio Vermelho nascendo na Serra da Esperança recebendo os arroios Faxinal, Serradão, Tanque e Taió.
Vegetação
A vegetação predominante da região é a floresta de araucária além da presença de florestas de imbuia e de árvores reflorestadas, como pinus e eucalipto. Pinheiro Paranaense (Araucária Angustifólia); Imbúia (Ocotea Porosa); Cedro Rosa (Cedrela Fissilis); Canela Guaicá (Ocotea Puberula); Canela Lageana (Ocotea Pulchella); Louro Pardo (Cordia Trichatoma); Sassafrás (Ocotea Pretiosa); Bracatinga (Mimosa Scabrella); Erva Mate (Ilex Paraguariensis); Guabiroba da Serra (Brittoa) são as principais espécies nativas da região.
Fauna
Com uma fauna rica e diversificada pode-se encontrar aves como o Pintassilgo, Azulão, Papagaio do Peito Roxo, Canário da Terra, Gralha Azul, Pica-Pau e Harpia, sendo que a última está em extinção. Já de Mamíferos é conhecido a Paca, Capivara, Veado Pardo, Irara (uma espécie de roedor), Raposa, Tatu, Gambá e Jaguatirica. Os peixes encontrados nos rios de União da Vitória são a Traíra, Lambari, Carpa, Tilápia, Corimba, Pintado e Bagre Africano.
Economia
A agricultura é o setor menos relevante da economia união-vitoriense. A indústria atualmente é o segundo setor mais relevante para a economia da cidade. O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora de todo o PIB municipal.
Infraestrutura
Transportes

União da Vitória é cortada pela linha férrea que pertencia a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, construída em 1905 que saia de Itararé, no estado de São Paulo e ia até Marcelino Ramos no Rio Grande do Sul. Esta linha que delimita a cidade e o estado do Paraná de Porto União e de Santa Catarina, chegou a ser desativada por um certo período, sendo a linha que cortava o distrito de São Cristóvão foi retirada; a linha que sai da Ponte Machado da Costa até a cidade catarinense de Matos Costa foi reativada.
A malha viária da cidade é composta por duas importantes rodovias federais, a BR-153 liga União da Vitória a nordeste com Paulo Frontin, Irati, Jacarezinho, Ourinhos, São José do Rio Preto, Goiânia, Anápolis, Gurupi e Araguaína, liga União da Vitória a sudoeste com General Carneiro, Concórdia, Erechim, Passo Fundo até a fronteira com o Uruguai e a BR-476 que liga União da Vitória a nordeste com Paula Freitas, São Mateus do Sul, Lapa, Contenda, Curitiba e o Vale do Ribeira. O município também tem acesso pela rodovias estaduais PR-447, que liga a noroeste até Cruz Machado e a PR-446 que liga a oeste com Porto Vitória e Bituruna.
A cidade também possui um aeroporto, o Aeroporto José Cleto, situado no distrito de São Cristóvão, que teve sua pavimentação renovada em fevereiro de 2006.
Educação
Em União da Vitória existem várias escolas distribuídas nas mais diversas partes do município. Existe no município um Campus do Instituto Federal do Paraná.
União da Vitória também é considerada uma cidade universitária, com três instituições de ensino superior que oferecem cursos de graduação e pós-graduação, atraindo estudantes de outras regiões paranaenses: Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV), atualmente campus da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), o Centro Universitário de União da Vitória (UNIUV) e as Faculdades Integradas do Vale do Iguaçu (UNIGUAÇU), além do núcleo universitário da Universidade do Contestado (UNC) em Porto União.
Cultura e Lazer
Turismo

O município é bem servido de atrações turísticas, tanto na área urbana, quanto na área rural do município.
Alguns dos principais pontos turísticos de União da Vitória são:
- Monumento Sagrado Coração de Jesus: a grande estátua de 27 metros de altura, que representa a imagem do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da cidade, está localizada a 928 metros de altitude. Inaugurada em 1968, tem uma escadaria de acesso de 224 degraus, que leva até o topo. A imagem, fixada num pedestal de 6 metros com uma pequena capela em seu interior, é considerada a segunda maior do Brasil, atrás apenas do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
- Estação Ferroviária: foi construída em 1942, com os dois lados iguais tanto para União da Vitória quanto para Porto União, onde os trens faziam uma parada única, nas duas cidades de uma vez só, a fim de substituir as duas estações que ficavam cada uma em uma cidade. Hoje, a estação do lado união-vitoriense pertence a Secretaria Municipal da Cultura.
- Maria Fumaça 310: concebida nos Estados Unidos em 1913, sob o pseudônimo de 310, a Maria Fumaça ficou instalada na Praça Visconde de Nácar da década de 1970 até meados de 2005, quando foi restaurada pela Associação dos Amigos do Trem de União da Vitória e Porto União, que utilizaram-se de financiamento do Ministério do Turismo para pôr a locomotiva novamente nos trilhos. Hoje, são feitos passeios de trem, saindo de União da Vitória até a estação de Engenheiro Mello, na cidade catarinense de Matos Costa.
- Catedral Sagrado Coração de Jesus: situada de frente a Praça Coronel Amazonas, no Centro, teve sua pedra fundamental lançada em 20 de maio de 1917 e sua fundação aconteceu em 20 de setembro daquele mesmo ano. Sua construção foi motivada pela perda da primeira igreja para o território catarinense, ganhando um significado político-histórico.
- Ponte dos Arcos: localizada sobre o Rio Iguaçu, foi inaugurada em 1944, recebendo o nome do então governador do estado, Manoel Ribas. Foi a primeira ponte rodoviária da cidade, e hoje é um dos principais acessos até a área central, com tráfego nos dois sentidos da ponte.
- Ponte Machado da Costa: inaugurada em 1906, foi a primeira ponte efetiva do município, de onde passavam os trens que atravessavam a cidade. A ponte tem um importante significado histórico para a cidade, servindo atualmente de acesso do Centro para o distrito de São Cristóvão, na margem oposta do Rio Iguaçu, tendo tráfego para ciclistas e pedestres. A área onde havia a linha férrea deu lugar a um acesso para veículos.
- Igreja Ucraniana São Basílio Magno: construída em 1902, possui uma arquitetura de estilo bizantino com figuras sacras pintadas a óleo. Possui uma arquitetura que mantém uma arquitetura característica do Leste Europeu, de onde vieram os imigrantes eslavos que chegaram a região.
- Parque Histórico Iguassu: localiza-se a 29 km do Centro da cidade. É um parque que conta as origens da ocupação da região sul do Paraná, com a recriação de ambientes dos índios caingangues que habitavam a região, dos caboclos e dos imigrantes. Também são realizados passeios de barco sob o lago da usina de Foz do Areia.
- Rota das Cachoeiras: trata-se de um roteiro turístico pelas cachoeiras existentes no interior do município, através de um barco. São mais de 60 quedas d’água cada uma com uma beleza ímpar. O Parque Histórico Iguassu, também se inclui neste roteiro, proporcionando uma harmonia entre história e natureza.
- Monumento ao Centenário: situado na entrada da cidade pela BR-476, foi inaugurada para comemorar o centenário de emancipação política da cidade, em 27 de março de 1990. O monumento de 12 metros de altura, idealizado pelo arquiteto Ivahy Detlev Will, faz uma homenagem aos pioneiros que chegaram a cidade, além dos pinheirais e as boiadas que atravessaram o Rio Iguaçu.
- Igreja Nossa Senhora dos Navegantes: localizada no bairro Navegantes, esta igreja em formato de uma embarcação homenageia os navegantes do Rio Iguaçu.
- Praça do Contestado: inaugurada em 22 de setembro de 2012, a praça situa-se exatamente na divisa entre Paraná e Santa Catarina, sendo a única praça brasileira a ser erguida numa divisa entre estados. A praça possui um importante papel histórico tanto para União da Vitória quanto para Porto União, já que ambas as cidades estiveram no centro da Guerra do Contestado. Na praça há uma estátua de bronze do Monge João Maria, um chafariz luminoso, um monumento em homenagem aos ferroviários e um mosaico localizado exatamente na divisa entre Paraná e Santa Catarina. O projeto da praça foi idealizado pelos arquitetos Eliziane Capeleti e Murilo Passos.
Esporte
Assim como na maioria das cidades do país o esporte mais conhecido e praticado no município é o futebol. O principal clube de futebol no município é a Associação Atlética Iguaçu, que foi fundada em 15 de agosto de 1971. A equipe manda seus jogos no Estádio Municipal Antiocho Pereira, o principal estádio da cidade, que conta com uma capacidade de aproximadamente 12.000 pessoas. No passado, também havia o Palestra Itália de União da Vitória, que jogou no Campeonato Paranaense de Futebol de 1932 e 1933, o Agex/Iguaçu e o União.
Existe ainda a prática de outros esportes na cidade, especialmente o futebol de salão, basquete, motociclismo, vôlei, que são praticados em vários locais da cidade. O skate é considerado muito importante também.
Eventos
Vários são os eventos que acontecem anualmente em União da Vitória, e que atraem os habitantes da cidade e turistas de outras localidades:
- Festa de Aniversário da Cidade: realizado todo dia 27 de março na Praça Coronel Amazonas, com o corte do bolo de aniversário com uma metragem que condiz com a idade em que o município completa. Há ainda apresentações de dança, música, teatro, exposição de fotos históricas da cidade, entre outras atividades realizadas na praça.
-  Festa Nacional da Costela: evento realizado todo ano no mês setembro, é uma festa que resgata a cultura sulista aliada a preparação da costela assada em fogo de chão. Há ainda shows, atrações artísticas, atrações infantis, praça de alimentação.
- Festa de São Cristóvão: festa anual em louvor a São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, com bênção de veículos, almoço, bingo, entre outras atrações. Realizada em meados de julho na Paróquia Nossa Senhora da Salette, no bairro que leva o nome da paróquia.
Feriados
Em União da Vitória, há dois feriados municipais, definidos pela Lei nº 1.729 de 1991. Os feriados municipais são: o Dia do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus e do aniversário da cidade, em 27 de março.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

SIDROLÂNDIA - MATO GROSSO DO SUL

Sidrolândia é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso do Sul. A cidade se desenvolveu graças a três grandes aspectos: o primeiro por ficar a menos de 100 km da capital de Mato Grosso do Sul; o segundo foi graças à agropecuária e o terceiro e mais importante foi por ser ponto de passagem para a ferrovia NOB, que vinha de São Paulo via Campo Grande.
A população da cidade de Sidrolândia chegou a 47.118 pessoas no Censo de 2022, o que representa um aumento de 11,88% em comparação com o Censo de 2010. Os resultados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O município é o 393º mais rico do Brasil e o 393º mais rico do interior brasileiro. No estado está em 13º lugar.
Etimologia
O topônimo é uma homenagem ao seu fundador, Sidrônio Antunes de Andrade, que veio de Lages, Santa Catarina
História
A região do município de Sidrolândia, apesar de ser conhecida desde o início do século XVII, quando foram devassados pelos sertanistas bandeirantes, passaram apenas a ser povoadas com a chegada da família do sertanista mineiro Gabriel Francisco Lopes, que trouxe seu sogro Antônio Gonçalvez Barbosa, além de seu irmão Inocêncio Barbosa. Em meados do século, eles estabeleceram as primeiras fazendas de gado na região, que, com a abundância de pasto e qualidade e fertilidade do solo, prosperaram com rapidez. Com isso, a região acabou atraindo outros migrantes que se radicaram dedicando-se especialmente a criação de bovinos. Segundo o Relatório do Coronel Henrique Rohan do Governo da Província de Mato grosso, Ricardo José Gomes Jardim, em 1845 a área que compreende os rios Vacaria e Anhanduí (rios que banham atualmente o município de Sidrolândia) já possuia mais de 100 habitantes. Apesar de o povoamento do atual município de Sidrolândia se dever à família Barbosa, que anos depois partiram para povoarem outros rincões do Sul de Mato Grosso e instalaram fazendas para a criação de bovinos e criação de novos povoamentos, a fundação de Sidrolândia foi estabelecida por Vicente de Brito, que era tronco da família Brito e José Pereira Martins, que fundaram suas fazendas na região em 1870, logo após a Guerra do Paraguai. Em 1872 chegava o cuiabano Hermenegildo Alves Pereira para fundar outra fazenda, a Ponto Alto. Um dos filhos de Vicente de Brito, Porfírio, fundou mais quatro fazendas e fez de tudo para evitar a debandada de seus descendentes. Uma das filhas de Porfírio casou-se com Sidrônio Antunes de Andrade, que era catarinense de Lages.
Anos mais tarde, em função da morte de sua esposa, em 1926, Sidrônio resolveu lotear a fazenda São Bento, que recebeu de herança, mas que acabou concretizando apenas em 31 de março de 1942, quando colocou para vender seus lotes já muito demarcados, e batizou a nova povoação de Sidrolândia. A partir daí, o núcleo começou a se desenvolver rápido e surgiram várias construções residenciais e muitos estabelecimentos comerciais. Em 25 de abril de 1944 foi inaugurada na povoação de Sidrolândia, com o nome de Estação de Anhanduí, a estação telegráfica e ferroviária da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, num ramal que liga Campo Grande à Ponta Porã, se transformando num dos esteios do progresso da nova localidade. A localidade desenvolveu-se de tal forma que levou o Governo do Estado a criar, pela Lei nº 207 de 1 de fevereiro de 1948, o Distrito de Paz de Sidrolândia, tendo como primeiro Juiz de Paz Abílio dos Santos e Lucas do Vale, que foi nomeado escrivão do primeiro cartório, fundado em 19 de março de 1949. Em 11 de dezembro de 1953, pela Lei Estadual nº 684, é elevado a categoria de município, desmembrado de Campo Grande e instalado em 1 de janeiro de 1954. Em 18 de novembro de 1958, pela Lei Estadual nº 1.160, é criado o Distrito de Capão, que é incorporado ao Município de Campo Grande. Com a criação do estado de Mato Grosso do Sul, em 1977, houve um desenvolvimento maior em razão de se localizar próximo à capital do estado, Campo Grande. No mesmo ano é reincorporado a Sidrolândia. Em 15 de julho de 1997 é criado o distrito de Quebra Côco.
Geografia física
Solo

Verifica-se a ocorrência predominante de Latossolo de textura argilosa, normalmente de elevada fertilidade natural, há ocorrência expressiva de Latossolo Vermelho-Escuro de textura média associado a Neossolos, ambos com baixa fertilidade natural. Ocorrência de manchas de Neossolos.
Seu solo é 65% argiloso, 22% misto e 13% arenoso.
Clima, temperatura e pluviosidade
Está sob influência clima tropical (AW). Clima Predominantemente chuvoso de savana, sendo úmido a sub-úmido. Os meses mais secos são junho, julho e agosto e os mais chuvosos, novembro, dezembro e janeiro. A precipitação pluviométrica varia de 1.500 a 1.750mm anuais e são regulares, com período seco, inferiores há quatro meses, correspondendo à deficiência hídrica de 350 a 500mm. O excedente hídrico anual é de 800 a 1.200mm durante cinco a seis meses
Possui temperaturas que variam de 22 a 35 graus.
Hidrografia
A hidrografia de Sidrolândia está sob influência da Bacia do Rio da Prata. Rios do município:
- Rio Anhanduí: afluente pela margem direita do rio Pardo. Conhecido também por Anhanduí-Guaçu (ou Açu), com 390 km de extensão e 70 km navegáveis. Nasce da confluência dos córregos Prosa e Segredo, no centro da cidade de Campo Grande. Faz divisa com o município de Campo Grande.
- Rio Brilhante: rio formador, com o rio Dourados, do rio Ivinhema. Limite entre os municípios de Maracaju e Sidrolândia.
- Rio Serrote: divide os municípios de Sidrolândia e Rio Brilhante.
- Rio Vacaria: afluente pela margem esquerda do rio Brilhante, nasce próximo à área urbana de Sidrolândia. Limite entre os municípios de Sidrolândia e Nova Alvorada do Sul.
Vegetação
A cobertura vegetal original do município era o Cerrado aberto denso (Cerradão) e a floresta Aluvial, que ocupavam as margens dos cursos d'água. Atualmente estas formações deram lugar às pastagens plantadas e lavouras e há poucas áreas onde pode ser encontrado o Cerrado original.
Sidrolândia tem como cobertura vegetal também uma densa formação de erva-mate.
Economia
Os principais setores da economia local são as indústrias de têxtil e alimentício.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

JURUTI - PARÁ

Juruti é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente à Mesorregião do Baixo Amazonas, no norte brasileiro.
Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 59.961 habitantes.
Etimologia
Juruti é um topônimo de origem tupi que significa "colo firme" em alusão ao aspecto das aves leptotila (a qual fica com o pescoço tenso no momento de seu canto), espécie encontrada em grande quantidade no período da formação do município.
História
A região onde se encontra o município de Juruti historicamente em períodos distintos teve seus territórios habitados pelas etnias pocós e condurís os quais eram povos nativos de todo o Baixo Amazonas (oeste do Pará). De acordo com registros do naturalista Domingos Soares Ferreira Pena, no local onde se estabeleceu a Missão Jesuíta de Nossa Senhora da Saúde fora uma aldeia dos índios mundurucus, localizada sobre as praias brancas do Lago Juruti.
Inicialmente os índios foram catequizados por missionários Capuchinhos e assim fundaram o que seria o atual município de Juruti em 1818, que esteve sujeito à direção de um missionário com poderes paroquiais. O padre Antonio Manuel Sanches de Brito, o "missionário com poderes paroquiais", dispunha de poderes administrativos equivalentes ao atual cargo de "Presidente da Câmara de Vereadores". A missão dos Capuchinhos possuía uma pequena igreja, que havia sido construída pelos indígenas da região, que em tudo dependia do auxilio da fazenda pública do Pará.
Elevação a freguesia
O município teve a categoria elevada a freguesia sob o nome de "Nossa Senhora da Saúde", dado pelo governo da província do Grão-Pará, em execução à Lei Geral do Império do Brasil, de 29 de novembro de 1832, que a considerou como fazendo parte do Termo de Faro nas sessões do Conselho do Governo da província do Pará. Quando foi realizada a divisão da província do Grão-Pará em termos e comarcas - Grão-Pará, Baixo Amazonas e Alto Amazonas em 25 de junho de 1833, pelo Decreto-Lei nº 20, a localidade adquiriu categoria de freguesia, ficando integrada ao Termo de Faro (atual município de Faro). Nessa época, estabeleceu-se também, o limite ocidental da então criada freguesia de Nossa Senhora da Saúde de Juruti, na serra de Parintins, com os estados do Pará e Amazonas.
Em 1855 era vigário da freguesia de Juruti o padre João Monteiro da Cunha que, em obediência a Lei Geral do Império do Brasil nº 601, de 18 de setembro de 1850, e de seu regulamento baixado com o Decreto nº 1.318, de 30 de janeiro de 1854, recebeu e registrou as declarações de posse de terras na freguesia com número superior a 300 até na serra de Parintins.
Transferência da sede municipal
Em 3 de dezembro de 1859, de acordo com o relatório do Presidente da Província do Pará, Miguel de Frias e Vasconcelos, foi enviado a sua ordem o engenheiro Primeiro Tenente Joaquim Rodrigues de Moraes Jardim, com instruções precisas e necessárias de estudar os lugares possíveis e escolher o ponto mais conveniente para que então pudesse ser feito o assento da nova povoação da freguesia de Nossa Senhora da Saúde. Foi escolhido o lugar na margem direita do rio Amazonas, entre a ponta do Maracá-Açú e a boca do igarapé do Balaio, com a justificativa de "reunir as melhores vantagens e condições favoráveis para o assentamento da nova povoação", pois sua elevação era "bastante considerável" ficando "segura das maiores enchentes que o Rio Amazonas podia apresentar", sendo o terreno "bastante sólido", o que proporciona "melhores condições para a edificação de prédios". Outro fator para escolha do assentamento, estava na disposição de mão-de-obra escrava dos índios Mundurucus, que poderiam ser utilizados na construção da freguesia. Este fato colaborou para a extinção dos povos indígenas da região de Juruti.
No ano de 1872, em execução ao Decreto Imperial nº 1.083, a freguesia de Nossa Senhora da Saúde apresentou um candidato indicado pelos missionários para concorrer a uma vaga na câmara de vogais de Óbidos (Câmara de Vereadores) para representar a freguesia.
Com a Lei Provincial do Pará nº 930, de 15 de julho de 1879, Juruti passou a ser ponto de escala da navegação a vapor subvencionada pela província do Pará, que se estendeu posteriormente até Santa Júlia.
Emancipação política
Em 9 de abril de 1883, sob a Lei Provincial do Pará de nº 1.152, Juruti foi elevado à categoria de município. Foi instalado oficialmente o município em 9 de março de 1885, por delegação do Governador da Província, Rufino Enéas Gustavo Galvão.
A instalação do município se deu por ordem do capitão João Rodrigues, presidente da câmara de Óbidos, onde declarou empossados os primeiros vogais (vereadores) para atuarem na Câmara Municipal de Juruti. Os vogais (vereadores) empossados foram: Marceonilo Alves Pontes, José Cavalcante Rodrigues de Souza, Antônio Bertoldo de Souza, João Paulo da Silva, Manuel Mâncio de Souza e Inácio José Santarém.
Instabilidade política e perda da emancipação
Com a proclamação da República, o governo provisório do estado dissolveu a câmara municipal, criando em seguida um conselho de intendência municipal, para o qual nomeou como Presidente, Dário Rodrigues de Souza; e vogais Joaquim Felipe Batista Gonzaga, Joaquim José de Souza, José Bento Lobo, José Pereira da Costa, Sesino Tavares e José Edmundo Jeffrey. Foi um período de conturbada crise política, em função da transição entre o período monárquico e o republicano.
A Lei Estadual de nº 687, de 23 de março de 1900, deu melhoras ao distrito de Juruti-Velho, dando-lhe a denominação de vila Muirapinima.
Em consequência de dissecções políticas no município, conjuntamente com os de Quatipuru e Oriximiná, foi extinto o município de Juruti, pela Lei de nº 729, de 3 de abril de 1900, anexando o respectivo território aos municípios de Faro e Óbidos, permanecendo extinto por 13 anos.
Restauração da emancipação e crescimento populacional
O legislativo estadual do Pará, com a Lei de nº 1.295, de 8 de março de 1913, sancionada pelo Governador Enéas Martins, restabeleceu o antigo município de Juruti. O Decreto de nº 3.053, de 31 de janeiro de 1914, marcou o dia 1º de março de 1914 para eleição do intendente de vogais do conselho municipal de Juruti.
No dia 3 de maio de 1914 teve o lugar a reinstalação do município, marcado pelo Decreto Estadual do Pará nº 3.083, com a posse do intendente e vogais eleitos. Em 1920, o município de Juruti aparece formado por somente o distrito-sede.
Sofreu, porém, em face do Decreto Estadual nº 6, de 4 de novembro de 1930, nova supressão, ficando-lhe o território sob a administração direta do estado. Tais disposições, de supressão do município jurutiense, foram confirmadas no Decreto Estadual nº 78, de 27 de dezembro de 1930.
Já a Lei Estadual nº 8, de 31 de outubro de 1935, ao relacionar os municípios do Pará, inclui, entre eles, o de Juruti. Nessa categoria de município existente, figura nos quadros da divisão territorial de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, subdividido, neste último, em 2 distritos: Juruti e Lago Grande de Vila Franca.
No ano de 1942, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, e da xenofobia contra os japoneses, houve uma imigração de nipônicos para Juruti a partir de uma colônia destes já existente na vila Amazônia, no município de Parintins, no estado do Amazonas. Os japoneses (ou koutakuseis), como se autodenominavam, por serem alunos da Kokushikan Koutou Takushoko Gakko, a Escola Superior de Colonização, encontraram em território jurutiense tanto refúgio quanto terras mais férteis.
Na divisão territorial que o Decreto-Lei Estadual nº 4.505, de 30 de dezembro de 1943, fixou para vigorar no quinquênio 1944-1948, apresenta-se integrado, como anteriormente, por unicamente o distrito-sede.
Fatos recentes
Nas décadas de 1980 e 1990 ocorreu o fenômeno das terras caídas no município de Juruti. Esse fenômeno fez grandes mudanças na cidade, principalmente no que diz respeito à questão econômica e infraestrutura.
Em meados dos anos de 2004 e 2005 instala-se no município de Juruti um projeto de mineração, chamado de "Projeto Juruti", que explora minério de bauxita.
Pela Lei Municipal nº 941, de 31 de outubro de 2006 o município está dividido administrativamente em quatro distritos: Sede, sendo a própria cidade Juruti; Tabatinga, com sede na vila de Tabatinga; Castanhal, com o sede na vila Castanhal, e; Juruti-Velho sendo sua sede a vila de Muirapinima.
Em 2011 a região oeste do Pará, lutou pela sua emancipação política e administrativa, com o objetivo de criar o estado do Tapajós. No plebiscito sobre a divisão do estado do Pará, a população local votou maciçamente pela divisão, tendo mais de 90% de aprovação. Entretanto, o peso demográfico da Região Metropolitana de Belém se sobrepôs ao anseio local, e a divisão para criação do Tapajós foi rejeitada
Geografia
O município detém uma grande e preservada área de floresta, onde predomina o bioma de floresta tropical amazônica, ombrófila densa, cujo tipo de vegetação é caracterizado como mata perenifólia cujo dossel é de até 50 m, com árvores emergentes de até 40 m de altura.
Clima
Em Juruti, o verão é curto, quente e de céu encoberto; o inverno é longo, morno, com precipitação e de céu quase encoberto. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 24 °C a 33 °C e raramente é inferior a 23 °C ou superior a 37 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Juruti e realizar atividades de clima quente é do meio de junho ao fim de agosto. Segundo a o clima de Juruti é de área de monções (Am), que é caracterizada por chuva intensa e muito calor.
Economia
Uma das grandes fontes de renda do município é a mineração, que gera muitos róialtis para o caixa da prefeitura. O principal minério extraído em Juruti é a bauxita, que têm suas minas exploradas pela multinacional estadunidense Alcoa. A área de lavra do minério está localizada nos platôs Capiranga, Mauari e Guaraná, numa área de floresta densa, nas cabeceiras do igarapé Juruti Grande.
Outras fontes de renda do município incluem o extrativismo vegetal, que se assenta, principalmente, na exploração da madeira e na comercialização do açaí in natura. O extrativismo animal também possui grande destaque, com a pesca artesanal.
Outras atividades incluem o setor de comércio e serviços e o beneficiamento de farinha.
Infraestrutura
O município conta com uma ferrovia, a Estrada de Ferro Juruti, que funciona majoritariamente para transporte de cargas minerais da Mina de Bauxita de Juruti até o Porto de Juruti.
O Porto de Juruti, às margens do rio Amazonas, é um dos maiores do estado do Pará, tendo capacidade de receber até mesmo navios de grande calado, como os Panamax.
A sede municipal dispõe de uma pista de pousos, o Aeroporto de Juruti (SJOH).
Educação
O município possui um campus da Universidade Federal do Oeste do Pará, que oferta, em período regular, os cursos de agronomia e engenharia de minas.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

ASSÚ - RIO GRANDE DO NORTE

Assú é um município brasileiro no interior do estado do Rio Grande do Norte, situado na Região Nordeste do país. Localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 210 km.
Ocupa uma área de pouco mais de 1.300 quilômetros quadrados, sendo o quarto maior município potiguar, em território, e sua população no ano de 2021 era de 58.743 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo então o oitavo mais populoso do estado e primeiro de sua microrregião.
Toponímia
O nome "Assu" tem origem no termo "Taba-açu" (que significa "Aldeia Grande") usado para designar essa parte do território, então região de vida de população autóctone janduís, reunida dentro do grande grupo étnico tapuia.
De acordo com as atuais regras de ortografia da língua portuguesa, a grafia correta é Açu, pois prescreve-se o uso da letra "ç" para palavras de origem tupi, bem como não se acentuam oxítonas terminadas em u (a exceção de palavras terminadas com u onde esta vogal encontra-se sozinha na sílaba). Ao longo dos anos, a grafia foi alterada para Assu e finalmente para Açu. Esse forma, com a grafia correta, é a utilizada pelos órgãos federais, como o IBGE, para se referir ao município. Do mesmo vocábulo vem açuense, que é o natural do município. Contudo, a Prefeitura da cidade utiliza em documentos oficiais o termo Assu e, às vezes, Assú.
História
Até meados do século XVIII, a terra rica em lavoura e pecuária do vale do rio Açu era habitada pelos janduís, nome do chefe indígena que se estendeu à tribo. Nessa época, os portugueses já haviam começado a explorar os potenciais da região, gerando amplo conflito de interesses com os índios. O homem branco partia para a criação bovina, enquanto os janduís consideravam legítima a caça ao gado.
Devido à intensidade das lutas entre brancos e índios, um grande conflito, conhecido como a Guerra dos Bárbaros, marcou a década compreendida entre 1687 a 1697.
Em 1696, Bernardo Vieira de Melo, então governador da Capitania do Rio Grande, colocou-se à frente de uma pequena expedição e fundou à margem esquerda do rio Açu (ou Piranhas) o Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres, ponto de reforço para a conquista do sertão. Bernardo Vieira instalou-se com seus soldados no novo arraial, iniciando o aldeamento dos índios e assegurando o estabelecimento dos colonos. Surgiu daí o povoado conhecido como São João Batista da Ribeira do Céu.
A pecuária pode retomar seu crescimento ao final dos conflitos, desenvolvendo-se rapidamente e tornando-se importante atividade econômica. Nesse período, as oficinas de carne seca e a indústria de extração da cera de carnaúba representavam a base da economia da região.
O município foi criado por Ordem Régia em 22 de julho de 1766. Inicialmente foi denominado de Vila Nova da Princesa, em homenagem à princesa Dona Carlota Joaquina de Bourbon, que se casou com D. João VI em abril de 1785.
A Lei Provincial nº 124, de 16 de outubro de 1845, concedeu à Vila Nova da Princesa foros de cidade com o nome de Açu.
Geografia
O município de Açu está localizado no estado do Rio Grande do Norte, na Mesorregião do Oeste Potiguar e Microrregião do Vale do Açu. Os municípios limítrofes são: Serra do Mel, Carnaubais, Mossoró, Upanema, Paraú, Jucurutu, São Rafael, Itajá, Ipanguaçu, Afonso Bezerra e Alto do Rodrigues.
Solo
De acordo com o IDEMA, predominam dois tipos de solo na área do município: litólicos eutróficos e bruno não cálcico. Sua aptidão para a atividade agrícola é regular e restrita para pastagem natural. Nas áreas correspondentes a bruno não cálcico, as terras são aptas para culturas especiais de ciclo longo (algodão arbóreo, sisal, caju e coco). Na parte centro / norte as terras são indicadas para preservação da fauna e flora ou para recreação.
No atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos são encontrados no município, principalmente os latossolos, argissolos, chernossolos e neossolos.
Hidrografia
A hidrografia de Assú está assim composta: Rio Açu; Açude de Mendubim; Lagoa do Piató; Gruta dos Pingos e Rio Panon (temporário)
Clima
Açu possui clima semiárido (Bsh na classificação climática de Köppen-Geiger), quente e seco.[11] A temperatura média anual é de 27,1 ºC, sendo janeiro e dezembro os meses mais quentes, com temperatura média de 27,8 ºC, e julho o mais frio, com média de 25,5 ºC. O índice pluviométrico é baixo, de aproximadamente 600 milímetros (mm) anuais, concentrados entre os meses de fevereiro e maio.
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), referentes ao período entre 2003 e 2013, o maior acumulado já registrado em 24 horas na zona urbana de Açu foi de 152 milímetros em 19 de fevereiro de 2007. Em um mês o maior volume registrado foi de 323,7 milímetros em abril de 2008.
Economia
O setor terciário é o mais relevante para a economia do município. O setor secundário é o segundo mais relevante para a economia do município.
Atrações e destaques
- Chapada do Palheiro
- Trilhas pelas grutas e cavernas da Lagoa do Piató
- Delta do Rio Açu
- Carnaubais
- Monumentos históricos
- Artesanato (palha de carnaúba, bordados, macramé, pintura em tela, ponto de cruz, fuxico, tapeçaria, cerâmica, vagonite, madeira, reciclagem de jornal).
- Lagoa do Piató, que já foi o principal eixo da economia do Vale do Açu, deixou de receber água do rio Piranhas/Açu com a conclusão da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, em 1983, no município de Assu.
- Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, foi construída pelo DNOCS, forma o Açude Açu, o segundo maior reservatório de água construído pelo DNOCS, com capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Está localizada no Rio Piranhas (também chamado Rio Açu), 6 km a montante da cidade de Açu, no Rio Grande do Norte.
- Comunidade Mendubim, ao redor do Açude Mendubim.
- Praça São João Batista, já foi a mais bela praça do Rio Grande do Norte, foi perdendo a sua 'importância' aos poucos por falta de investimentos; mas ainda é um grande ponto de encontro dos jovens da cidade. É lá que ocorre o Mais Antigo São João do Mundo, organizado pela prefeitura da cidade.
Educação
Ensino Superior
Destacam-se em Assú: Universidade Cesumar (Unicesumar); Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN); Universidade para o Desenvolvimento do Pantanal e da Região do Mato Grosso (UNIDERP); Faculdade Católica Nossa Senhora das Vitórias (FCNSV)
Esporte
Futebol

A Associação Sportiva Sociedade Unida (ASSÚ) é o único time profissional do município, fundado em 10 de janeiro de 2002.
Conta com um estádio de futebol, o Edgar Borges Montenegro, de propriedade da Liga Desportiva Açuense.
Referência para o texto: Wikipédia .