sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

JEQUIÉ - BAHIA

Jequié é um município brasileiro do estado da Bahia. Está a 365 km de Salvador, no sudoeste da Bahia, na zona limítrofe entre a caatinga e a zona da mata. Em 2019 a cidade tinha uma população estimada em 155.966 habitantes.
História
Origens
A palavra Jequié deriva do Tupi, JEQUI: cesto afunilado, usado como armadilha para peixes, tendo como variações cacuri, jequiá, jiqui, jiquiá, juquiá, jequié.
O município se desenvolveu a partir da movimentada feira que atraía comerciantes de todos os cantos da região, no final do século XIX. Pertencente ao município de Maracás de 1860 a 1897, Jequié abastecia as regiões Sudeste e Sudoeste da Bahia, assim como a bacia do Rio de Contas. Com sua crescente importância como centro de comércio, a cidade cresce então linearmente às margens do Rio de Contas que, na época, era mais volumoso e estreito, e cercado por uma extensa mata.
O município de Jequié é originado da sesmaria do capitão-mor João Gonçalves da Costa, que sediava a fazenda Borda da Mata. Esta mais tarde foi vendida a José de Sá Bittencourt, refugiado na Bahia após o fracasso da Inconfidência Mineira. Em 1789, com sua morte, a fazenda foi dividida entre os herdeiros em vários lotes. Um deles foi chamado Jequié e Barra de Jequié.
Pelo curso navegável do Rio de Contas, pequenas embarcações desciam transportando hortifrutigranjeiros e outros produtos de subsistência. No povoado, os mascates iam de porta em porta vendendo toalhas, rendas, tecidos e outros artigos trazidos de cidades maiores. Tropeiros chegavam igualmente a Jequié carregando seus produtos em lombo de burro. O principal ponto de revenda das mercadorias de canoeiros, mascates e tropeiros deu origem à atual Praça Luís Viana, que tem esse nome devido a uma homenagem ao governador da Bahia que emancipou a cidade.
Ali veio a desenvolver-se a primeira feira livre da cidade que, a partir de 1885, ganhou mais organização com a decisão dos comerciantes italianos: José Rotondano, José Niella e Carlos Marotta, de comprarem todo o excedente dos canoeiros e de outros produtores.
Emancipação política
Em pouco tempo, Jequié tornou-se distrito de Maracás, e dele se desmembrou em 1897, tendo como primeiro intendente (prefeito) Urbano Gondim. A partir de 1910 é que se torna cidade e já se transforma em um dos maiores e mais ricos municípios baianos. O nome "Jequié" é uma palavra indígena para designar "onça", em alusão a grande quantidade desses animais na região. Outros historiadores já afirmam que o topônimo tem origem no "jequi", um objeto afunilado, muito utilizado pelos índios mongoiós para pescar no Rio de Contas.
Jequié: capital da Bahia
Importante episódio da história estadual foi a decisão inusitada tomada pelo então Presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Aurélio Rodrigues Viana que, assumindo o governo em 1911, decretou a mudança da capital do estado, de Salvador para Jequié, ocasionando imediata reação do Governo Federal, que bombardeou Salvador e forçou a renúncia desse mesmo governador, que adotara a medida. Jamais tendo se constituído de fato, o gesto entretanto marcou a História da Bahia, como um dos mais tristes, sobretudo pelo o bombardeio da capital, provocando o incêndio da biblioteca pública, onde estava guardada a maior parte dos documentos históricos de Salvador.
Destruição e recomeço
Depois da terrível enchente de 1914, que destruiu quase tudo em Jequié, a feira, o comércio e a cidade passaram a desenvolver-se em direção às partes mais altas. Após a enchente, Jequié ficou conhecida como a "Chicago Baiana", pois essa cidade norte-americana também foi destruída, em 1871, e teve que recomeçar quase do zero. A diferença é que Jequié acabou em água e Chicago em fogo. Em 1919, o então intendente Antero Cícero dos Santos, inaugurou o cemitério municipal São João Batista, no atual bairro do Joaquim Romão.
Desenvolvimento urbano e crescimento econômico
No dia 1 de setembro de 1923 foi instalada a agência do Banco do Brasil em Jequié. Primeiro funcionou no saudoso "Sobrado dos Grillos", depois foi para a Avenida Rio Branco, em seguida para a Praça Ruy Barbosa, e nos dias atuais funciona na Rua da Itália. A cidade foi a primeira da região sudoeste da Bahia a ter uma agência do Banco do Brasil.
Apesar das ações de desmatamento que acabaram por assorear o Rio de Contas, impossibilitando a navegação, a cidade seguiu firme em direção ao progresso e, em 1927, festejou a chegada da "Estrada de Ferro Nazareth". Nesse tempo, Jequié era a quarta cidade mais importante da Bahia e teve no comerciante Vicente Grillo o seu grande benemérito. Em 1930, com o advento da Revolução, o então intendente (prefeito) Geminiano Saback teve que deixar o cargo, interrompendo assim o seu projeto de pavimentar a cidade.
Durante a gestão do advogado Virgílio de Paula Tourinho (1934-1937), a cidade entrou em um rush de obras jamais visto. A feira foi deslocada da Praça Ruy Barbosa para a Praça da Bandeira, onde antes havia um mangueiro. As ruas do centro foram calçadas e a zona de meretrício foi deslocada do Beco do Cochicho (Rua Damião Vieira) para a antiga Ladeira do Maracujá, hoje parte da Rua Manuel Vitorino, que na época ficava fora do perímetro urbano.
Com a reforma ortográfica de 1943, um grupo de intelectuais propôs a mudança da grafia do nome da cidade para "Jiquié", ideia que não vingou. Em 1948, a retirada de uma gameleira centenária, situada na Praça Ruy Barbosa, causou grande comoção popular. No mesmo ano, artistas e intelectuais cantam e publicam poesias para homenagear a árvore desaparecida.
Durante as décadas de 40 e 50, foram aterradas as várias lagoas que existiam nas proximidades do centro. Segundo o discurso apresentado pelos políticos da época, elas atrapalhavam no crescimento da cidade. Foi um grave erro. Tal atitude, somada com a destruição da mata ciliar do Rio de Contas, contribuiu para aumentar o aquecimento climático de Jequié. Entre as muitas lagoas aterradas, podem ser citadas a Lagoa do Maringá (atualmente um largo), a Lagoa da "Manga do Costa" (hoje Centro de Abastecimento Vicente Grillo), e a Lagoa que se localizava ao fundo do Jequié Tênis Clube. Nesta última, em fins dos anos 30, havia prática de esportes como remo, natação e outras recreações.
Em 1954, o então prefeito Lomanto Júnior inaugurou, na Praça da Bandeira, o Mercado Municipal de Jequié, um dos melhores do interior do estado.
Economia
A pecuária e a agricultura foram a base de todo desenvolvimento de Jequié. O município tem uma diversidade produtiva no que refere à agricultura, destacando-se o cacau, o café, a cana-de-açúcar, maracujá, melancia entre outros.
No setor pecuário sua força se concentra principalmente na bovinocultura e caprinocultura, sem desmerecer os galináceos, a equinocultura, a ovinocultura e suinocultura.
O setor mineral é contemplado com a exploração de jazidas de granito das variedades "Kashmir Bahia" e "Verde Bahia". Possui ainda reservas de ferro, mármore e calcário.
Outro fator importante na economia do município é o Poliduto de derivados de petróleo e álcool, da BAJEQ/Petrobrás, que proporcionou a implantação das bases de distribuição das maiores empresas do setor, tais como: Petrobrás, Esso, Shell, Petroserra e outras. Tendo Jequié à condição de principal centro de distribuição de derivados de petróleo indo até parte de Minas Gerais e Espírito Santo. A capacidade de armazenamento da base de distribuição é de 57.000 barris de álcool, 40.000 barris de gasolina, 154.000 barris de óleo diesel e 288.000 barris de GLP - gás de cozinha. Capacidade essa que já está quase que triplicada com a implantação da unidade de retribuição das principais distribuidoras de combustível do país.
O comércio da cidade é bem diversificado e absorve boa parte das pessoas empregadas. O município tem uma posição estratégica na microrregião e é responsável por parte de seu abastecimento. Jequié possui 302 empresas do setor industrial (micro, pequena, média e grandes empresas), 1.020 do setor de comércio, 1.230 do setor de prestação de serviços e sete agências bancárias: Banco do Brasil, (2) Caixa Econômica Federal, Bradesco, (2) Itaú e Banco do Nordeste, além de duas cooperativas de crédito que atuam como instituição financeira: Sicoob e Unicred. A cidade ainda conta com um Distrito Industrial formado por 37 empresas voltadas para produção de alimentos, calçados, confecções, madeira, plásticos, tanques, pias e sabões de velas, que emprega ao todo 7.276 funcionários (SUDIC, out/2016). Entre 2006 e 2008 foram injetados mais de dez milhões de reais no comércio de Jequié com a aquisição de materiais de construção para o maior projeto habitacional do Estado, com a construção de 604 casas populares.
Monumentos
A cidade tem monumentos, sendo o principal deles é o Obelisco de Jequié, localizado na Praça Ademar Nunes Vieira, também conhecida por "Praça da Bíblia", bairro Jequiezinho.
Imigrações
Imigração italiana em Jequié
Jequié é a cidade baiana que mais recebeu imigrantes italianos no estado da Bahia, embora a colônia tenha entrado em decadência a partir de meados do século XX. Diferente do que aconteceu com a colônia italiana de Itiruçu, por exemplo, que apesar da miscigenação com brasileiros de diversas etnias, houve uma certa conservação de costumes..
Os italianos radicados em Jequié vieram principalmente de Trecchina (pronuncia-se Tréquina), na região da Basilicata. O pioneiro foi o já citado José Rotondano (nome de origem: Giuseppe), que viu em Jequié um grande potencial econômico, na época arraial de passagem para tropeiros. Com o tempo vieram mais conterrâneos seus, que foram de significativa importância para o crescimento da cidade. Tanto, que na década de 1930 o italiano Vicente Grillo era um dos homens mais ricos da Bahia, e Jequié era a quarta cidade do estado em economia.
Outros imigrantes
Além dos italianos, Jequié acolheu imigrantes de outras nacionalidades, principalmente sírios, libaneses, judeus e espanhóis. A maioria foram atraídos pelo sucesso que a colônia italiana vinha obtendo na época. Embora em menor número, esses imigrantes também foram de grande importância para o crescimento da cidade, onde boa parte se dedicaram ao comércio. Entre os espanhóis destaca-se o engenheiro Apolinário Peleteiro, que ostentava grande prestígio durante a primeira metade do século XX. Dos judeus e sírio-libaneses, é possível mencionar as famílias: Cohim, Morbeck, Saback, Salomão, Erdens, dentre outras.
Aportuguesamento de prenomes e sobrenomes
Um fato muito interessante foi o "aportuguesamento" de prenomes e sobrenomes estrangeiros. Muitos imigrantes viam nessa prática uma forma de se "familiarizarem" com o país que os acolhia. A intenção do estrangeiro era ser aceito, com mais facilidade, pelas pessoas com quem passariam a conviver.
Com isso, quase todos os italianos de prenome Giuseppe tiveram a grafia modificada para José. É o caso do comerciante Giuseppe Rotondano que chegou em Jequié ainda no século XIX. Outro caso similar foi o do empresário Vincenzo Grillo, que teve o prenome modificado para Vicente. Já o também italiano Andrea Leto preferiu ser conhecido como André.
Os sobrenomes também foram modificados, por causa dos frequentes erros de escrivães em cartórios. A família Senhorinho, por exemplo, tem origem um tanto obscura, e talvez foi fruto desses erros de cartório. Provavelmente, a palavra é uma corruptela da italiana Signorino. Da mesma forma, os sobrenomes espanhóis Peletero e Sanchéz, viraram Peleteiro (com i) e Sanches (com s e sem acento). Semelhantemente ocorreu com a família judaica Cohen, que teve a grafia modificada para Cohim.
Educação
A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) tem seu Campus Jequié que se destaca por sua marca da excelência reconhecida nacionalmente como um polo do ensino superior com destaque nas áreas de Educação e Saúde. Atualmente, o campus possui 16 cursos de graduação, sendo oito bacharelados (Ciências Biológicas, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Química e Sistemas de Informação) e oito licenciaturas (Ciências Biológicas, Educação Física, Dança, Letras, Matemática com Enfoque em Informática, Pedagogia, Química e Teatro).
Na Pós-Graduação, o campus conta com 6 Programas em distintas áreas: Educação Científica e Formação de Professores (Mestrado); Genética, Biodiversidade e Conservação (Mestrado); Química (Mestrado); Relações Étnicas e Contemporaneidade (Mestrado); Enfermagem e Saúde (Mestrado e Doutorado); e Profissional em Química (Mestrado).
Para uma formação acadêmica sólida e de qualidade, os alunos são estimulados a atuarem tanto no campo do ensino, como nas áreas de pesquisa e extensão, em busca de uma formação de excelência. Nesse sentido, o campus conta com projetos e programas de extensão e de pesquisa em todas as áreas de ensino. Em relação à estrutura física, Jequié conta com uma multicampia: os pavilhões administrativos, os de salas de aulas e os de laboratórios estão localizados no campus Professor Milton Rabello; já as clínicas odontológicas ficam no campus Professor Wilson Rocha.
Outros espaços de destaque na Universidade são a Biblioteca Jorge Amado (BJA), que disponibiliza livros, periódicos e mídias nas mais diversas áreas do conhecimento, estando adaptada para acesso e uso de pessoas com deficiência; o Órgão de Educação e Relações Étnicas (Odeere), lugar de resgate histórico e de pesquisa sobre a cultura afro-brasileira; o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH), que presta serviços de apoio jurídico, psicológico, pedagógico para pessoas em situação de vulnerabilidade social; o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão para Pessoas com Deficiência (Naipd); o Restaurante Universitário (RU); o Ginásio de Esportes; a Clínica de Fisioterapia; o Centro Interdisciplinar de Pesquisa Agroambiental (Cipam); a Creche Casinha do Sol; o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Práticas em Saúde (Nepp-Saúde), anexo ao Hospital Geral Prado Valadares (HGPV); o Auditório Waly Salomão; a Sala Zero de Teatro e de Dança; o Anfiteatro Professor Manoel Sarmento Filho; entre outros. Atualmente, o campus possui 16 cursos de graduação, sendo oito cursos de bacharelado em Ciências Biológicas; Enfermagem; Farmácia; Fisioterapia; Medicina; Odontologia; Química e Sistemas de Possui também oito cursos de licenciatura: Ciências Biológicas; Educação Física; Dança; Letras; Matemática (com Enfoque em Informática); Pedagogia; Química e Teatro. 
Cultura
A Academia de Letras de Jequié foi fundada em 20 de junho de 1997 e reúne intelectuais da cidade.Surgiu do esforço do escritor caetiteense, radicado em Jequié, Luiz Neves Cotrim e do oftalmologista e escritor Ivonildo Calheira, aos quais somaram-se o dicionarista Dermival Rios, o jornalista Eusínio Soares, o historiador Emerson Pinto de Araújo, o odontólogo Milton Rabelo, as juízas Lúcia Prisco, Maria Eleonora, o ex-governador Lomanto Júnior e outros. Feitas as reuniões preparatórias, Ivonildo Calheira foi eleito seu primeiro presidente e permaneceu no cargo por 11 anos ininterruptos. Em agosto de 2008, o bioquímico e poeta Leonam Oliveira tomou posse como presidente da ALJ, ficando no cargo até o ano de 2010. Em eleição realizada dia 15 de setembro de 2010 foi aclamado o professor Adilson Gomes para presidir a ALJ no biênio 2010-2011. Em 14 de maio de 2014, o professor Jorge Barros, eleito por unanimidade, tomou posse para presidir a entidade no biênio 2014-2015. Com a renúncia deste, o lexicógrafo e escritor Dermival Ribeiro Rios, então vice-presidente, assumiu interinamente os rumos da entidade até a noite de 18 de maio de 2017 quando o poeta e cronista Júlio Pereira Lucas Neto, eleito pela maioria dos votos, tomou posse para presidir a entidade durante o biênio 2017-2019.
Esporte
Associação Desportiva Jequié é um time de futebol da cidade de Jequié Bahia. Foi fundado em 20 de novembro de 1969. Seu mascote é um bode. Seu uniforme é camisa amarela com listras azuis e brancas, calção azul e meias azuis. Seu estádio, Valdomiro Borges, o “Valdomirão”, tem capacidade para 10 mil pessoas. Em 1994 o ADJ chegou ao 3º Lugar na 1ª Divisão do Campeonato Baiano. No ano de 2017 o ADJ foi campeão da 2ª divisão do campeonato bahiano, ganhando os dois jogos disputados na final (1x4 e 3x1) contra a equipe do Cajazeiras. Foi uma verdadeira festa na cidade já que o time não tem grandes feitos no meio do esporte.
Jequié também tem tradição no Futsal ou Futebol de Salão. Sempre formou boas equipes em disputas de torneios, campeonatos e outros, inclusive em nível de Brasil, como o caso do Jequié Tênis Clube que disputou Taça Brasil de Futebol de Salão Masculino nos anos 80; o Colégio Piaget na 2ª Divisão da Taça Brasil de Futsal Masculino Sub-17 em 2010 e nos últimos anos vem sendo bem representado pelo Jequié Esporte Clube com o 3º Lugar na 1º Divisão da Taça Brasil de Futsal Feminino Sub-17 em 2013 e o 3º Lugar na Taça Nordeste Futsal Feminino em 2015, além inúmeros títulos baianos juvenis e boas campanhas.
Em Jequié também cresce muito o ciclismo, dentre as várias modalidades, a cidade conta com grandes nomes do MTB, XC, Speed e Downhill que representam o nome da cidade e do estado em competições na Bahia e Brasil. A vertente do ciclismo mais forte em Jequié é o Downhill. Foi uma das cidades pioneiras do Downhill na Bahia, através da Equipe No Rastro de propriedade dos pilotos Péricles Maia e Daniel Rodrigues. A sua primeira competição de de DH (Downhill) foi na Trilha da Vaca Louca (Fazenda Maravilha II) de propriedade da Família Borges. A cidade abriga os melhores pilotos de Downhill da Bahia, inclusive o primeiro Campeão Baiano de Downhill, Luciano Bastos, proprietário da loja Aro 10. O primeiro Campeonato Baiano de Downhill foi organizado pelos representantes da Federação Baiana de Ciclismo Péricles Maia e Wagner Figueiredo (Guiné), sendo a final do campeonato sediada em Jequié. Na sequência em 2011, Jequié faz mais um nome como Campeão Baiano de Downhill, o piloto Péricles Maia se consagra Campeão Baiano de Downhill 2011, Vice-Campeão Nordestino de Downhill e Vice-Campeão Baiano de Bicicross, sendo o único piloto que atualmente representa Jequié na modalidade.
No Cross Country (XC) nomes como Mazinho, "Perna", Au, Alexandre e outros tem se destacado no cenário Baiano. No Speed quem se destacava é o piloto Aristides Junior, mais conhecido como (Gú). Piloto ficou em 2011 entre os cinco melhore pilotos baianos.
Outras modalidades que crescem na cidade são, Dirt Jump e Street, que são modalidades mais extremas, onde saltos e manobras com a bicicleta são contados. A Equipe No Rastro é também a pioneira da modalidade na cidade, com eventos como o No Rastro Mega Urban, No Rastro Dirt Fight e o Mega Urban Bola de Neve.
Referência para o texto: Wikipédia .

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

CAXIAS - MARANHÃO

Caxias é um município no estado do Maranhão, no Meio-Norte, no Brasil. É a quinta mais populosa cidade do estado, com uma população de 164.880 habitantes, conforme dados do IBGE de 2019. Sua área é de 5.150,667 quilômetros quadrados, o que a torna a terceira maior cidade do Maranhão. É cortada pelo rio Itapecuru e seus afluentes.
É um dos maiores centros econômicos do estado graças a seu grande desempenho industrial, e um importante centro político, cultural e populacional do estado do Maranhão. Caxias tem uma arquitetura herdada do século XIX e início do século XX no estilo português, embora uma boa parte de seu patrimônio histórico venha se perdendo ao longo dos anos.
Caxias é conhecida como "terra das águas cristalinas", destacando-se como uma "cidade portadora de futuro", pois, em seu entorno, gravitam muitos municípios, sendo uma região dotada de um riquíssimo lençol freático, muita vegetação e um período de chuvas bem definido no ano, sendo o período de estiagem conhecido como brobró (uma referência à última sílaba dos meses de estiagemː setembro, outubro, novembro e dezembro), favorecendo a indústria, o agronegócio e o turismo.
História
Até o século XVII, a região era habitada pelos índios timbiras e gamelas. A partir de 1615, os portugueses escravizaram esses índios. Vários nomes foram conferidos à regiãoː Guanaré (denominação indígena), São José das Aldeias Altas, Freguesia das Aldeias Altas, Arraial das Aldeias Altas, Vila de Caxias e, finalmente, em 1836, Caxias. "Caxias" era um homônimo da Quinta Real de Caxias, que se localizava perto de Lisboa. A última batalha da Balaiada ocorreu na cidade, o que fez com que o líder militar Luís Alves de Lima e Silva recebesse, posteriormente, o título de "Duque de Caxias".
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1971 e a partir de 1976, a menor temperatura registrada em Caxias foi de 15,3 °C , em 10 de agosto de 1963 e 24 de julho de 1991, e a maior atingiu 43,6 °C, em 13 de novembro de 2016. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 235,2 milímetros (mm), em 20 de abril de 2009, superando o recorde anterior de 143,7 mm, em 27 de dezembro de 1985. Abril de 2009, com 790,9 mm, foi o mês de maior precipitação.
Economia
O polo industrial do município abriga industrias do setor secundário, sendo o principal setor de crescimento da economia da cidade no início da década de 2010.
Infraestrutura
A cidade conta com diversas redes hoteleiras e redes de lojas de departamento. Caxias conta com diversas agências bancárias do Banco do Brasil (2 agências), Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco Santander (Brasil), Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, além de contar com pontos de atendimento das empresas de crédito Crefisa, do Agibank e da Help (Banco BMG).
A cidade é entrecortada principalmente pela rodovia BR-316, que liga a capital do Maranhão, São Luís, à capital do Piauí, Teresina. Além das rodovias estaduais (MA-127, MA-034, MA-349) que ligam Caxias a outras regiões do Estado. Há um terminal rodoviário, denominado Terminal Rodoviário Nachor Carvalho. A rodovia MA-034 liga Caxias a Coelho Neto e Buriti Bravo. A MA-127 conecta cidade com São João do Sóter e a MA-349 a conecta a Aldeias Altas.
A cidade possui uma linha ferroviária, a Ferrovia São Luís-Teresina: Linha tronco - km 372,642 (1960) MA-3678, inaugurada em 5 de abril de 1895, com uso atual para transporte de mercadorias, como combustíveis, cimento e ferro gusa. O prédio ferroviário reformado data de 1915. No aspecto fluvial, Caxias possui o rio Itapecuru, que é navegável para embarcações de pequeno porte, havendo de se ressaltar que a parte mais navegável se inicia em Caxias. A cidade também possui um aeródromo. Atualmente, é muito frequentado por aeromodelistas e aviões de pequeno e médio porte. Possui localização estratégica por se tratar de uma porta leste para o Maranhão.
Saúde
Caxias conta com uma extensa rede de prestação de serviços de saúde, constituída por hospitais, clinicas, policlínicas e postos diversos postos de saúde. Na rede pública a cidade conta com o Hospital Regional de Caxias, Maternidade Carmosina Coutinho, Hospital Geral Municipal Gentil Filho, Hospital Infantil Municipal Dr. João Viana. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caxias, situada no bairro Pirajá é considerada a maior do estado do Maranhão, com 21 leitos e capacidade média de atendimento de urgência e emergência de 1.000 pacientes por dia.
O Hospital Regional de Caxias Dr. Everaldo Ferreira Aragão possui Unidade de Internação Clínica e Cirúrgica, UTI e ambulatório. Dispõe de 119 Leitos de Internação, 12 Leitos de UTI, 04 Salas Cirúrgicas e 03 leitos RPA. É administrado pela EMSERH e tem como especialidades: Clínica Médica, Clínica Cirurgia Geral, Oncologia, Ortopedia, Intensivistas, Proctologia, Nefrologia, Urologia, Buco-maxilo, Neurologia, Angiologia, Cirurgias reparadoras, Cardiologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Serviço Social, Psicologia, Nutrição e Enfermagem.
Na rede particular Caxias contempla diversas clinicas e policlínicas, consultórios odontológicos, com destaque para a Casa de Saúde e Maternidade de Caxias, Hospital da Visão, Hospital Centro Médico Uniplam.
Educação
A cidade dispõe de três instituições de ensino superior privadas e duas públicas: Universidade Estadual do Maranhão, Faculdade do Vale do Itapecuru (FAI), Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão (Facema), Universidade Anhanguera-Uniderp (CEAD) e Universidade Aberta do Brasil (UAB), que ofertam diversos cursos> Ainda possui o Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) e a Escola Técnica Nossa Senhora das Graças, que oferecem aprendizagem do ensino médio técnico.
Cultura
Caxias tem uma arquitetura herdada do século XIX e início do século XX no estilo português, ainda conservando boa parte de seu patrimônio histórico.
O Palácio do Comendador Alderico Silva, o Palácio Episcopal de Caxias e o Memorial da Balaiada são alguns dos mais belos monumentos arquitetônicos da cidade.
Tem, como seus filhos ilustres, poetas como Gonçalves Dias, Coelho Neto, Teófilo Dias, Vespasiano Ramos e outros artistas como César Marques, o escultor modernista Celso Antônio Menezes, o dramaturgo e criador do Teatro Profissional do Negro (TEPRON) Ubirajara Fidalgo, o idealizador da Bandeira Nacional Raimundo Teixeira Mendes, o senador e deputado federal Joaquim Antônio da Cruz, os comendadores da República Federativa do Brasil Salvador Moura e Alderico Silva, e o criador do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento João Christino Cruz, entre outros.
Literatura
A Academia Caxiense de Letras (ACL) é um ponto de cultura do cenário caxiense e maranhense, também conhecida como "A casa de Coelho Neto". Fundada em 15 de agosto de 1997, conta com 40 membros efetivos e realiza atividades de cunho educacional e cultural.
Contém um acervo de mais de 4 mil livros, dentre eles destaca-se uma coleção de 16 livros raros do escritor caxiense Coelho Neto.
A Academia realiza anualmente uma exposição de arte denominada Expoarte, evento que congrega todas as manifestações artístico-culturais da cidade, além de editar, publicar e lançar obras de seus membros.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

PALHOÇA - SANTA CATARINA

Palhoça é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Faz parte da região metropolitana de Florianópolis, no litoral do estado. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 168.259 habitantes, sendo o décimo município mais populoso do estado.
Etimologia
Palhoça é uma construção cuja cobertura é feita de palha, própria para o armazenamento da mandioca. Caetano Silveira de Mattos, juntamente com seus homens, foi o construtor desse tipo de habitação, em 1793. É por isso que Palhoça, município litorâneo da Região Metropolitana de Florianópolis, recebeu esse nome. 
História
Fundação e início da colonização
Em 31 de julho de 1793 o então governador João Alberto Miranda Ribeiro enviou o ofício nº 7 ao Conde Rezende, Vice-Rei do Brasil, considerado a "Certidão de Nascimento" de Palhoça.
Casas Iluminadas
Em 1928 as lâmpadas não obedeciam aos mesmos padrões de hoje, sua capacidade de luminosidade era marcada na lâmpada em "Velas" e a soma de três lâmpadas poderia ser 82 velas ou 73 velas. Uma lâmpada poderia ser 32 velas ou 25 velas. Não havia na lâmpada a especificação em Watt como as lâmpadas de hoje. O sistema era simples, um livro com o nome de todos moradores, em ordem alfabética, que possuíam lâmpadas instaladas na suas casas, com as seguintes informações: Nome do contribuinte, quantidade de lâmpadas, soma total de velas, valor a ser pago, mês de cobrança e um campo para as observações. No campo "observações" a pessoa encarregada pela cobrança anotava as alterações ocorridas e os casos especiais, como por exemplo: "Conserva só 2 lâmpadas acesas" ou "Diminuiu 15 velas paga 8$300" ou ainda se o morador incluir mais uma lâmpada "Mais 16 velas. Paga 17$100" Não havia medidor de energia, o consumo era cobrado pela soma de velas das lâmpadas. Predominava uma relação de honestidade e alta confiança entre a sociedade da época e a empresa fornecedora. O preço era de 1$000 (mil-réis) para cada 10 velas, ou seja, uma lâmpada de 32 velas custava 3$200 mensais. Somente as famílias mais abonadas e residentes nos locais onde passava a rede elétrica poderiam ter o privilégio de possuir lâmpadas em suas residências.
Primeira escola
Em 3 de maio de 1870 o vice-presidente da província Dr. Manoel Vieira Tosta sancionou a lei nº 629 da Assembleia Legislativa, criando a primeira escola do sexo masculino na sede do arraial de Palhoça. A Escola foi inaugurada com a matrícula de 15 alunos. Durante seus primeiros vinte e sete anos o cargo de professor foi exercido por José Rodrigues Lopes. Em abril de 1897 José Rodrigues Lopes obteve sua aposentadoria, sendo José Lupércio Lopes o professor sucessor.
Em 1918 Palhoça possuía 29 escolas estaduais.
Primeira capela
A primeira capela de Palhoça foi edificada com invocação de Nossa Senhora do Parto. Na foto de 1928 observa-se a capela integrada ao pequeno centro comercial entorno da Praça 15 de Novembro, onde atualmente encontra-se o Jardim Governador Ivo Silveira.
Geografia
Localizado na Grande Florianópolis, Palhoça faz divisa com São José, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz e Paulo Lopes. As tradições são majoritariamente de origem açoriana. É a cidade que mais cresce na Grande Florianópolis.
Palhoça possui ainda um dos maiores mangues da América do Sul. O município possui um litoral bem recortado e cheio de belezas naturais, propício para o desenvolvimento de turismo na alta temporada de verão, entre os meses de dezembro e fevereiro.
Os principais destinos turísticos são a Praia do Sonho, Ponta do Papagaio, Praia da Pinheira e a Praia da Guarda do Embaú - sendo essa última conhecida nacionalmente pela pratica do surfe e eleita várias vezes entre as 10 praias mais bonitas do Brasil.
Economia
As indústrias e o centro comercial da cidade estão localizados na região norte. O bairro da Ponte do Imaruim destaca-se pelo comércio, enquanto o bairro Jardim Eldorado destaca-se pelas indústrias. No sul de Palhoça, a economia baseia-se na pesca e no turismo.
Palhoça possui o Shopping Center Via Catarina.
Educação
Instituições de ensino superior em Palhoça: Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); Faculdade de Desenvolvimento de Santa Catarina (FADESC); Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça (FATENP); Universidade Castelo Branco; Faculdade Municipal de Palhoça (FMP); Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC); Serviço de aprendizagem para o Comércio (SENAC)
Cultura
Folclore
- Bandeira do Divino - Semanas antes da Festa do Divino Espírito Santo, um grupo de pessoas percorre a cidade visitando as casas e colhendo ofertas para a festa. Uma senhora ou moça conduz a Bandeira presa a um mastro de dois metros, tendo a figura de uma pombinha bem na ponta da haste, com várias fitas coloridas pendentes. Às vezes a Bandeira é acompanhada de canto com música de rabeca, violão, cavaquinho e tambor, cujas batidas anunciam a aproximação da Bandeira.
- Festa do Divino Espírito Santo - A festa é uma representação da coroação dos imperadores dos tempos do Brasil Império. Uma família da cidade (com muita honra) é sorteada para ser a festeira. No dia da festa, o cortejo acompanhado da banda de música, percorre as ruas da cidade com o Imperador, Imperatriz e os pagens vestidos a caráter e vai se instalar num trono, onde permanece o dia todo presidindo o cerimonial. A festa é acompanhada de missa, barraquinhas, queima de fogos, leilão, baile e outras atividades. A sede do Município e Enseada de Brito são os locais onde anualmente se realiza a festa.
- Boi-de-mamão - É a representação dramática de cenas da vida campestre. Boi, cavalo, cavaleiro, curandeiro, urubu e cantadores. Boi-de-mamão é o nome dado em Santa Catarina ao auto do Bumba-meu-boi. Entre as diversas origens do nome, a mais aceita é a que diz que, antigamente, era usado um mamão verde para confeccionar a cabeça do boi, donde teria surgido o nome do boi e se espalhado por todo o litoral catarinenses. O Grupo é formado essencialmente pelo boi, o vaqueiro Mateus, o urubu, o feiticeiro, que benze o boi depois deste ser derrubado por Mateus beliscado pelo urubu, o cavalinho, a cabra,o cabrito. Em alguns locais ainda aparece o urso e a maricota. A Bernúncia, típica de Santa Catarina, que para alguns representa o bicho-papão, termina a dança, que é representada ao ar livre, com um grupo de cantadores e acompanhamento de percussão, chocalhos, reco-recos e pandeiro, algumas vezes acrescidos de cavaquinho e acordeão. Para cada animal há um canto típico.
Pau-de-fitas - É apresentado por um grupo geralmente de quatro a oito casais, que executam evoluções em torno de um pequeno mastro com longas fitas. Durante as evoluções os casais fazem diversos trançados e destrançados com as fitas. Um grupo de músicos acompanha a apresentação com cantorias.
Terno-de-reis ou Folia de reis - Do Natal até 6 de janeiro (dia dos Reis Magos), costuma aparecer em Palhoça os “ternos-de-reis”, para reverenciar o nascimento de Jesus. O terno-de-reis é constituído por um grupo de geralmente quatro a oito pessoas, que percorre as casas pedindo ofertas em dinheiro ou bebidas. As músicas cantadas pelo Terno são de fundo religioso e folclórico.
Pão-por-Deus - Tradição quase desaparecida, o pão-por-Deus é um meio de comunicação romântica, onde as mensagens de amor, amizade e simpatia, escritas nas mais variadas figuras de papel, em recortes geométricos, transmitem os mais diversos pedidos.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

TIMON - MARANHÃO

Timon é um município brasileiro do estado do Maranhão, sendo a terceira cidade mais populosa, com uma população de 167.619 habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017. Está conurbado à capital do vizinho estado do Piauí, Teresina, fazendo parte da Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina. O município é sede da Região de Planejamento do Médio Parnaíba (Lei Complementar 108/2007).
História
A ocupação de Timon começou com o estabelecimento das comunicações entre a Vila da Mocha, hoje Oeiras, no Piauí, e Aldeias Altas, hoje Caxias, no Maranhão, ainda no século XVIII. A Passagem de Santo Antônio, como se chamava o ponto de travessia no Rio Parnaíba, situava-se a montante de Timon, distante treze km da sede. Até 1779, era o único aglomerado humano existente, inserido no traçado da estrada real que ligava os dois estados. Com a instalação de Teresina, em meados do século XIX, ganhou importância o porto de São José do Parnaíba (mais tarde das Cajazeiras), por situar-se privilegiadamente defronte a nova capital do Piauí. Foi então que, fazendeiros de diversas regiões e aventureiros vindos com os jesuítas que colonizaram as Aldeias Altas, estabeleceram-se ao longo de uma outra estrada, aberta para ligar Teresina àquele povoado maranhense.
Em 1855, o presidente da Província do Maranhão, Eduardo Olímpio, promulgou uma lei elevando o povoado `a categoria de vila, que passou a chamar-se São José do Parnaíba. Em 1863 em atendimento à solicitação dos conselheiros da Vil de Matões, foi revogada a lei anterior. No ano seguinte, novamente na condição de povoado, passou a ser chamado São José das Cajazeiras.
Proclamada a República, em 1889, o primeiro governador do estado do Maranhão sancionou, a 22 de dezembro de 1890, a lei que eleva o povoado de São José das Cajazeiras à categoria de vila com o nome de Flores.
Em 10 de abril de 1924, foi elevada à categoria de cidade, mantendo o nome de Flores, através da Lei nº 1.139, assinada pelo governador Godofredo Mendes Viana.
Em 1943, por exigência do IBGE que não admitia duas cidades homônimas, o Governador Paulo Ramos editou o Decreto-Lei nº 820, mudando o nome para Timon, numa homenagem ao intelectual maranhense João Francisco Lisboa, que deixou uma obra com o título Jornal de Tímon (numa referência ao célebre filósofo da Antiga Grécia).
Geografia
O município está situado na microrregião geográfica de Caxias, Mesorregião do Leste Maranhense e Região de Planejamento do Médio Parnaíba, à margem esquerda do rio Parnaíba, limitando-se ao leste com Teresina capital do Piauí ao norte e ao oeste com o município de Caxias, e ao sul com o município de Matões. Ressalta-se que Timon está inserido no projeto “Grande Teresina”, como o segundo maior município, tornando-se assim um ponto estratégico para o desenvolvimento dessa região. O município é constituído de dois distritos, a sede propriamente dita e o povoado de Buriti Cortado. Esta divisão ocorre apenas para fins estatísticos.
Foi a segunda cidade do Nordeste a possuir uma usina de reciclagem. Possui um comércio pouco desenvolvido devido a proximidade do centro comercial da cidade vizinha, Teresina, capital do Piauí. No entanto, Timon tem passado por um processo de expansão da área urbana e do comércio, sobretudo ao longo da Rodovia BR-316, que corta a cidade no sentido norte-sul. Timon passou recentemente a ser o terceiro município em população do estado, superando Caxias. É o 169º no país, em contingente populacional, e o quarto em arrecadação de ICMS no estado.
Clima
Timon possui um clima quente o ano inteiro, com a temperatura média variando pouco no ano inteiro, onde podem algumas vezes chegar os 40 °C, e a mínima raramente é inferior a 25 °C. Até mesmo o mês mais frio da cidade (fevereiro), tem uma temperatura anual alta: máxima de 32 °C e mínima de 23 °C. O mês mais quente é outubro e a temperatura média é de 37 °C ao dia e 25 °C à noite (às vezes pela manhã).
A chuva influencia muito na temperatura da cidade, os meses mais frios (dezembro-abril) são os mais chuvosos, assim, a umidade na cidade e a água fria diminuem a temperatura, então nesses meses a temperatura vai ser mais baixa. Dentre esses meses, o mais chuvoso é abril, chove cerca de 287 mm. O período mais seco (junho-setembro), possui temperaturas mais elevadas. O mês mais seco é agosto, chove aproximadamente apenas 13 mm.
Uma peculiar característica das chuvas da cidade é por serem rápidas (normalmente não ultrapassam os 30 minutos) e bastante fortes (grande força da água e ventos). A incidência de raios também é muito comum.
Economia
O município de Timon ainda possui uma economia voltada basicamente para os pequenos negócios, para o setor informal e para a agricultura de subsistência.O setor do comércio e serviços é o que mais cresce e já representa 60% da economia do município, passando inclusive a recentemente apresentar a sua população lojas de reconhecimento nacional como: Lojas Ricardo Eletro; Multi Cred Empréstimos e Financiamentos, Farmácias Big ben; Farmácias Pague Menos; Armazém Paraíba; Comercial Barroso, Lojas Maia, Gabriella, Infoart's Soluções e Serviços,Lia Modas, Pizzaria Picanharia Navona,Lojas Americanas,Subway, Mix Mateus, Drogaria Mateus, Posto Mateus, Nazária, Tambasa Logística, Cocais Shopping, Espaço Center casa de eventos, Shopping Cidade Timon, entre outros. A maioria da população economicamente ativa(55%) trabalha em Teresina, que fica na outra margem do rio Parnaíba.
O comércio e a prestação de serviços são as principais atividades geradoras de receita do município.
No setor industrial destacam-se principalmente a indústria ceramista, movelaria e frigoríficos.
O turismo e a agricultura, são atividades com grande potencial de desenvolvimento.
Destaque na agricultura é a visão empresarial da Cropterra, concessionária da marca John Deere, empresa norte-americana de maquinas agrícolas, que a pouco inaugurou suas instalações no município.
Fruto de uma parceria com o Governo do Estado, o Parque Empresarial de Timon foi implantado. Possui área total de 120 hectares, doados pela Prefeitura de Timon ao Estado do Maranhão. Centenas de empresas manifestaram interesse em instalar seus empreendimentos no local. Os investimentos das empresas para se instalarem no Parque Empresarial de Timon giram em torno de meio bilhão de reais. Cerca de 3 mil empregos diretos serão gerados através da instalação do parque, em sua primeira fase. O local terá estrutura de condomínio empresarial, oferecendo espaço seguro com vigilância motorizada e vídeo-monitoramento, saneamento básico, paisagismo, transporte público, subestação de energia, ciclovia, centro de eventos, estacionamento para caminhões, internet de fibra ótica, entre outros.
Educação
Timon possui as seguintes instituições de ensino:
Faculdade São José (FSJ): é tida como uma faculdade de prestígio dentro da cidade de Timon.Suas turmas de Direito são em média formadas por quase que 70% de teresinenses.Oferece também curso de Administração e de Ciências Contábeis.
- Universidade Estadual do Maranhão (UEMA): oferece cursos de Pedagogia, Letras, Administração e Ciências Contábeis. O centro também oferece cursos a distância através do programa "UEMA NET".
- Instituto de Ensino Superior Múltiplo (IESM): oferece cursos de: Pedagogia, Ciências Contábeis, Letras Línguas - Portuguesa e Inglesa, Enfermagem, Educação Física,Administração e destaca-se por ser a única faculdade do leste maranhense a oferecer o curso de Zootecnia.
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA): oferece o curso superior de Ciências Biológicas. Oferece cursos de ensino médio integrado em Eletromecânica, Eletroeletrônica, Administração e Edificações.
- Instituto de Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA): Onde os alunos matriculados no ensino integrado ao médio tem acesso aos cursos: equipamentos biomédicos, serviços jurídicos e informática biomédica.
Cultura
Pontos turísticos
A cidade de Timon conta com vários segmentos artísticos, associações de cunho culturais e um número muito grande de artistas na literatura, na música, nas artes plásticas, na dança e no teatro. Neste último segmento, nos últimos anos houve um progresso notável. O Grupo Proposta de Teatro (criado em 1990), por exemplo, recentemente participou do ENTEPOLA - Encontro de Teatro Popular Latino Americano, que aconteceu em Colatina-ES e contou com a participação de grupos da Espanha, da Argentina e de vários Estados do Brasil, sendo o Grupo Proposta de Teatro o único do Maranhão a participar do evento, com apenas três grupos do Nordeste.
Existem cerca de 55 balneários no município de Timon, um dos pontos fortes em relação ao turismo, pois possuem um forte potencial de atração. A culinária também é outro ponto forte.
Esportes e lazer
Em Timon há vários clubes de futebol amadores, mas poucos profissionais. No futebol, destaca-se o Timon Esporte Clube, que se encontra na segunda divisão do campeonato maranhense e o Esporte Clube Timon, que disputa, pela primeira vez, a primeira divisão do campeonato Piauiense. No esporte amador, há a Associação dos Peladeiros do Parque Alvorada, clube que além do esporte, promove várias ações sociais na região do Parque Alvorada e suas Adjacências. No futsal amador, o Futebol Clube Barceloninha chega a fazer vários amistosos fora da cidade ao longo do ano.
- Centro da Juventude de Timon - Inaugurado pelo falecido Ex-Governador Jackson Lago em 31/03/2009 possui anfiteatro, quadra poliesportiva, pista de skate, auditório, sala de música, já passaram vários eventos importantes como 1° Circuito de Miniramp do Piauí e o mais recente que aconteceu no dia 1º de maio o campeonato de luta de braço.
Referência para o texto: Wikipédia .

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

LINHARES - ESPÍRITO SANTO

Linhares é um município do estado do Espírito Santo, no Brasil. Sua população estimada em 2018 é de 170.364 habitantes. Possui uma área de 3504 km². Linhares é a principal cidade do norte capixaba, com alto índice de desenvolvimento humano e industrial, contando com centenas de empresas moveleiras, petróleo, gás entre muitas outras, fazendo a cidade ter destaque nacional e internacional. Considerada atualmente como uma das melhores cidades capixabas para investimento financeiro, Linhares encontra-se em ampliação imobiliária sediando inclusive empresas importantes do ramo. Também é a cidade com maior extensão litorânea e maior extensão territorial do estado.
Por apresentar vantagens competitivas, logística privilegiada e uma série de outros atrativos, Linhares desponta como maior pólo de desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo tendo muito destaque nacional. A economia diversificada confere ao município o status de importante cenário para atração de investimentos.
Em 2019 Linhares foi a cidade no Espírito Santo que mais gerou empregos diretos e indiretos até o fim do 1º semestre, com mais de 2500 vagas preenchidas, superando de longe toda região metropolitana de Vitória junta.
Com grande poder industrial em setores como moveleiro, motores, petróleo, gás, bebidas também no comércio, lazer e entretenimento, Linhares exerce grande influência dentro e fora do Espírito Santo. Sua influência é alta em todo norte e noroeste do estado, sul da Bahia e até leste de Minas Gerais.
Linhares é destaque mundial quando se fala em “água”. Apelidada de “cidade das águas”, a cidade norte capixaba é a cidade que mais possui lagoas na América Latina, chegando a marca de 90 lagoas, dentre elas a maior do Brasil, a lagoa Juparanã e a mais profunda do país, a lagoa das Palmas.
Também na cidade é presente o rio Doce, onde tem o seu encontro com o oceano Atlântico. Além de muitos outros rios. A cidade também é a que mais possui praias em todo Espírito Santo, em um total de mais de 100 km de litoral. Destaca-se que somente em Linhares é presente 84% do total de toda água doce do Espírito Santo.
História
Origens
A vigilância ao tráfico de ouro através do rio Doce deu origem ao Povoado de Coutins iniciado pelo senhor Sebastião Ortolani e sua esposa, a senhora Natália Zucoloto, onde, em 1800, foi implantado o quartel militar, com o mesmo nome, que fazia a proteção da navegação do rio Doce. Os índios do grupo botucudo, nação tapuia ou gê, primeiros donos das terras, resistiam tenazmente a qualquer colonização branca na área, até que sucumbiram diante do poderio das armas às suas, sendo que os colonizadores os dizimaram totalmente.
O primeiro povoado foi inteiramente destruído por ataques dos índios botocudos. E em 1809, outro povoado foi levantado no mesmo lugar, recebendo o nome de Linhares, em homenagem a Dom Rodrigo de Sousa Coutinho, o conde de Linhares. O povoado ficava situado num platô em forma de meia-lua, às margens do rio Doce. No leste e no oeste do povoado ficavam situados dois quartéis militares para avisar a população de prováveis ataques dos indígenas: Um quartel estava situado onde hoje é o Bairro Aviso (daí o nome). O outro, localizava-se nas proximidades de onde fica hoje o Colégio Estadual.
Em 1819, foi feita, por ordem de Francisco Alberto Rubim, uma "Vista e Perspectiva do Povoado de Linhares", e nela, vê-se também a primeira igreja, construída sob o patrocínio de Rubim. O povoado foi construído em volta de uma praça quadrada (atual Praça 22 de Agosto), que guarda até hoje seu traçado original. Nessa praça que os índios dançavam e cantavam no passado.
Formação administrativa
Em abril de 1833, em execução a uma Provisão de Paço Imperial o povoado é elevado a condição de vila, sendo sede do município do mesmo nome - Linhares - sob a proteção de N. S. da Conceição. Provisão de Paço corresponde, hoje, a um decreto do Presidente da República. Em 22 de agosto do mesmo ano, realizou-se a primeira sessão solene da Câmara de Vereadores do município de Linhares, dando "início a sua vida político-administrativa". Nessa época, o Brasil era império, o Espírito Santo uma província, e era vila, a sede dos municípios; não existindo prefeito, os municípios eram administrados pela câmara de vereadores.
Naquela época toda área da região era coberta pela Mata Atlântica, que aos poucos, e no decorrer de um século, foi devastada dando lugar a povoamentos, pastoreio e agricultura.
O território do município de Linhares abrangia os que são hoje os municípios de Linhares, Rio Bananal, Colatina, Baixo Guandu, Pancas, São Gabriel da Palha, Sooretama e partes de Ibiraçu, Santa Teresa e Itaguaçu.
No final do século XIX, a Vila de Linhares entrou em decadência e o povoado de Colatina, que pertencia ao município de Linhares, conheceu rápido crescimento graças à colonização italiana com o plantio de café e a inauguração dos trilhos da Estrada de Ferro Vitória - Minas. Assim, por decreto de 30 de dezembro de 1921, ficou criado o município de Colatina, englobando a vila e o antigo município de Linhares. Esse fato contribuiu mais ainda com a decadência de Linhares verificada durante os 22 anos seguintes.
Clima
O clima da região pode ser classificado segundo a classificação climática de Köppen como Tropical Aw, apresentando um verão chuvoso e quente e um inverno seco e ameno. O outono e a primavera são estações de transição entre o inverno e o verão e vice-versa. Na primavera começa a umidade do verão e o outono começa a secura do inverno.
A menor temperatura registrada em Linhares foi de 10 °C em 1º de junho de 1979 e 11 de agosto de 1997, e a maior atingiu 39,1 °C em 25 de fevereiro de 2006. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 200,7 mm em 20 de novembro de 2001.
Economia
Linhares é o 3º maior produtor de café do Brasil e o maior do Espírito Santo em levantamento de 2018, segundo o IBGE. O município produziu mais de 42 mil toneladas deste mesmo produto, tendo um aumento de 128% em relação aos anos anteriores tendo a maior colheita do município dos últimos 26 anos. A cidade ficou atrás apenas dos municípios mineiros de Patrocínio (82,8 mt) e Três Pontas (43,3 mt).
O município também destaca-se por ser o maior produtor de mamão do estado (como o Espírito Santo é o maior produtor do Brasil, que é o maior exportador de papaia do mundo, então Linhares está entre os maiores exportadores desse fruto para o mundo). Além disso, Linhares destaca-se por sua indústria moveleira, pela produção de álcool, pela produção de cacau, pela produção de confecções e pela produção de petróleo e gás natural. Em Linhares, situa-se a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), uma das maiores unidades de tratamento de gás do país. Ultimamente, a cidade tem recebido grandes investimentos de infraestrutura, devido aos recursos provindos da exploração de petróleo e gás. Isto tem atraído diversas empresas e modificado a economia que, até a década de 1990, tinha forte ligação à atividade agrícola. Linhares tem crescido acima da média estadual e nacional, tanto economicamente quanto populacionalmente. Segundo os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Linhares é a 2ª cidade mais populosa do interior do estado do Espírito Santo, com 169.048 habitantes (IBGE - 2017). Até 2020, a expectativa é de que a população salte para aproximadamente 200.000 habitantes. Devido ao rápido crescimento e desenvolvimento, a cidade tem expandido seu setor imobiliário, que tinham foco voltado somente para a região metropolitana (Grande Vitória). A construção de diversos hotéis e edifícios tem modificado aos poucos o skyline da cidade e, além disso, diversos loteamentos residenciais estão sendo construídos na cidade. A cidade conta com alguns hipermercados e um shopping center, com lojas de grandes marcas, além de cinema e praça de alimentação.
Investimentos em redes hoteleiras vêm mudando o cenário de Linhares nos últimos anos. A cidade vem recebendo nas últimas décadas um elevado número de construções de prédios e condomínios para moradias por toda a cidade, fazendo a cidade sem igual no norte do estado.
Cultura e lazer
Acontece em Linhares na primeira semana de junho a festa de Caboclo Bernardo, herói que salvou 128 marinheiros de um naufrágio na foz do rio Doce, no final do século XIX. Convergem para a Vila de Regência todos os anos tradicionais bandas de Congo do estado com o intuito de prestar homenagens ao herói.
Grupos folclóricos: Banda de Congo de Pedrolândia; Banda de Congo São Benedito, de Regência; Banda de Congo São Benedito, de Povoação; Banda de Congo do Guaxe; Grupo de Folia de Reis de Povoação; Grupo de Folia de Reis de Bebedouro; Grupo de Folia de Reis de Linhares V; Grupo Musical Lira 8 de Dezembro.
Turismo
Está localizada no município de Linhares um dos maiores resquícios da Mata Atlântica do Brasil, contando com a Floresta Nacional de Goytacazes, a Reserva Biológica de Comboios, a Reserva Biológica de Sooretama, além da Reserva Natural Vale (maior reserva particular de Mata Atlântica do país). Esta última é o único local onde ainda é encontrada uma árvore rara da Mata Atlântica, a Buchenavia pabstii, em extinção. Devido à sua topografia extremamente plana, Linhares tem 69 lagoas, algumas de grande porte, como a lagoa Juparanã, com 26 km de extensão por até 5,5 km de largura. As lagoas oferecem um importante atrativo turístico, sendo visitadas por milhares de pessoas constantemente.
Linhares é de fácil acesso, pela proximidade da capital (Vitória), dotada de porto e aeroporto.
A cidade é cortada ao meio pela BR-101, a principal rodovia brasileira. Por ter sido planejada, a cidade possui ruas amplas e longas, bem pavimentadas. As quadras são regulares. A cidade, como todo o município, é plana, com pequenas colinas levemente onduladas. Cercada de florestas, o centro da cidade é visitado por pássaros silvestres e outros animais.
Devido aos seus recursos naturais e sua localização, a cidade está em pleno desenvolvimento. As praias (Pontal do Ipiranga, Povoação e Regência) atraem turistas por serem ótimas para a prática de surf, pesca oceânica e tranquilidade junto à natureza. O litoral de Linhares possui a principal unidade do Projeto TAMAR de preservação das tartarugas-marinhas do estado, localizado na Reserva Biológica de Comboios a sete quilômetros da Vila de Regência, por ser um local de reprodução desses animais. O rio Doce, o maior do estado e um dos maiores da Região Sudeste, tem sua foz no município (Praia de Regência) e atravessa a cidade de Linhares. A foz do Rio Doce forma um espetáculo natural que atrai a visita de muitos turistas. Outro atrativo do litoral de Linhares é a Praia de Barra Seca, onde é praticado o naturismo. Na área próxima existe infraestrutura com pousadas para receber os visitantes.
Pontos turísticos
Igrejinha velha
No ano de 1800, o governador da Capitania do Espírito Santo, Antônio Pires da Silva Pontes, subiu o rio Doce, a partir da sua foz. Iniciou-se então a difícil convivência entre os brancose os índios botucudos (que chamavam o rio Doce de Vatu) que destruíram o primeiro povoado.
Em 1809, o governador Manoel Vieira de Albuquerque Tovar fundou na região uma povoação sobre os escombros do antigo Quartel Coutins e deu-lhe o nome de Linhares, em homenagem a dom Rodrigo de Souza Coutinho, o conde de Linhares. O povoado ficava situado num platô em forma de meia-lua, às margens do rio Doce. No leste e no oeste do povoado ficavam situados dois quartéis militares para avisar a população de prováveis ataques dos indígenas: um quartel situava-se onde hoje é o Bairro Aviso (daí surgiu o nome). O outro localizava-se nas proximidades de onde se encontra o Colégio Estadual atualmente.
Um ano depois, o povoado foi elevado à categoria de paróquia. Em 1813, Linhares recebeu o padre Pedro do Rosário Ferreira.
Em setembro de 1817, foi iniciada a construção da primeira Igreja Católica de Linhares, que recebeu como padroeira Nossa Senhora da Conceição. À época, Linhares contava com 305 moradores.
A capitania do Espírito Santo foi governada entre os anos 1812 a 1819 por Francisco Alberto Rubim.
O governador Rubim foi parabenizado por D. João VI pelos esforços empreendidos em favor do desenvolvimento do Espírito Santo, como: a abertura de estradas, a expansão de lavouras, o incentivo à mineração e o melhoramento das condições de navegação. Rubim também levantou importantes construções no Espírito Santo, como: a Casa de Misericórdia e a reforma do Forte São João. Todas essas melhorias incentivaram a vinda de imigrantes.
Em 1819 é feita, por ordem de Francisco Alberto Rubim, uma “Vista e Perspectiva do Povoado de Linhares” e a construção da primeira igreja, patrocinada por Rubim. O povoado foi construído em volta de uma praça quadrada – atual Praça 22 de Agosto – que mantém até hoje o seu traçado original. Nessa local que os índios dançavam e cantavam no passado.
Em 1825, a Igreja quase foi destruída por um vendaval e os cupins acabaram com seus escombros em 1857.
Em 1859, Francisco Ravara concluiu uma capela, onde, segundo indícios, dom Pedro II participou de uma missa, celebrada em 5 de fevereiro de 1860. Esta igreja, onde hoje é a igrejinha da Rua da Conceição, foi concluída em 1888, sob o nome de “Matriz de Pereira Carvalho”. Nos primórdios da cidade, diversos padres, frades e cônegos passaram pela região. Mas, apenas em 1944, Linhares ganhou um padre que passou a residir no local, o padre Aníbal Ademar Vieira da Cunha.
Questões políticas
Por volta do ano de 1840, Linhares fazia parte de um território tão extenso que encampava os atuais municípios de Colatina, Baixo Guandu, Pancas, São Gabriel da Palha e parte de Ibiraçu, Santa Tereza e Itaguaçu.
A vila, à época chamada “Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Linhares”, foi criada em 21 de agosto de 1833, sendo que a primeira sessão da Câmara de Vereadores aconteceu logo no dia seguinte. Nesta época, Linhares contava com 713 habitantes. Em 1841, Linhares perdeu a condição de vila e passa a pertencer a Colatina. Nestes cerca de 200 anos, Linhares recebeu pessoas ilustres como o Imperador dom Pedro II, em 1860, e o presidente Getúlio Vargas em 1954.
Em 1943, o governador Jones dos Santos Neves sanciona um decreto recriando o município de Linhares e nomeando o primeiro prefeito: Roberto Calmon.
Em 1947, o então prefeito Manoel Salustiano de Souza instituiu o dia 8 de dezembro como feriado municipal por se tratar o Dia da Padroeira. Em 18 de setembro de 1960, o cônego Henrique Zampereti, juntamente com o bispo dom João Baptista da Motta e Albuquerque, lança a pedra fundamental da Igreja Matriz de Linhares, dedicada a Nossa Senhora da Conceição.
Praça 22 de Agosto
O povoado de Linhares foi construído em volta de uma praça quadrada (atual Praça 22 de Agosto), que guarda até hoje seu traçado original.
A Praça 22 de Agosto fica no coração do circuito histórico de Linhares, em uma área de cerca de 20 mil metros quadrados, berço do processo de civilização do município. Foi ao redor dela, contam os historiadores, que o antigo povoado se desenvolveu, no início do século XIX. A praça mais tradicional do município de Linhares ficou fechada por um período para reforma e foi entregue a população em abril de 2011.
A principal novidade da nova praça fica por conta de uma biblioteca com um acervo de 23 mil livros. O espaço conta com sala de informática, sala para crianças, sala de projeção audiovisual e ambiente climatizado.
A praça também ganhou duas quadras para a prática de esportes como vôlei, handbol, basquete e futsal, além de outra exclusiva para tênis, com piso rápido, todas dotadas de arquibancadas. Há também na praça uma pista para caminhada, playground e espaço para jogos de mesa, como dominó, dama e baralho e uma academia popular aberta ao público.
As áreas verdes e a piscina, resgatam aspectos da velha praça e três esculturas, lembrando um índio, um homem branco e um negro, homenageiam as três raças que estiverem presentes no processo histórico de colonização. D. Pedro I, que em 1860 visitou a cidade, tendo marcado presença, inclusive, no local da praça, ganhou um busto, e uma cruz homenageia os 500 anos do Brasil.
Quem visita o local conta com acesso gratuito à internet, que estão instalados na praça. O espaço conta também com um palco uma concha acústica com 900 metros quadrados para apresentação de shows e outros eventos.
Antigo casarão da família Calmon
O casarão da família Calmon, situado na rua da Conceição, hoje considerado centro antigo da cidade, continua imponente naquela rua, como se desafiasse o tempo. Ao seu lado, de frente e atrás, muita coisa mudou. O velho casarão que pertence ainda à família Calmon, chegou a abrigar um imperador (D. Pedro II) bem como o presidente Getúlio Vargas, algumas semanas antes de seu suicídio.
Do Brasil de outrora, o projeto herdou os beirais curtos que não protegeu as paredes da ação das chuvas. O desenho proporcional da fachada (com o bloco mais alto no centro) e os balaústres rendilhados adornando os janelões mostra que o projeto fez muito sucesso no início do século passado, quando foi erguido por aqui. O legado português se faz notar ainda na moldura das janelas e nas cornijas (arremates dos beirais).
No período colonial, os colonizadores importaram as correntes estilísticas da Europa à colônia brasileira, adaptando às condições materiais e sócio-econômicas locais. Em Linhares não foi diferente e logo a construção ganhou fama pelo estilo renascentista.
Encontram-se no Brasil edifícios coloniais com traços arquitetônicos renascentistas, maneiristas, barrocos, rococós e neoclássicos, porém a transição entre os estilos se realizou de maneira progressiva ao longo dos séculos e a classificação dos períodos e estilos artísticos do Brasil colonial é motivo de debate entre os especialistas.
Projeto Linha Verde
A Linha Verde é um dos principais cartões postais de Linhares, e está localizada na área central e urbana da cidade no bairro Lagoa do Meio, região de entreposto de pesca comunitária. O espaço é propício para o lazer da família, seu principal atrativo é a prática de atividades físicas, como caminhadas e cooper, passeios de bicicleta, e também piquenique já que na lagoa há um calçadão em seu entorno com uma extensa área verde. É visitada principalmente pelos próprios moradores que têm o privilégio de morar perto dessa beleza natural.
Várias pessoas tem o hábito de alimenta com pães, os peixes que existem na lagoa (é importante preservar, evitando jogar lixo na lagoa). A Linha Verde favorece a realização e programação de brincadeiras ao ar livre com as crianças. Próxima dos bairros Palmital, José Rodrigues Maciel, Jardim Laguna e BNH, a Linha Verde é um dos locais mais interessantes da cidade linharense.
Esportes
No futebol profissional, a cidade é representado pelo Linhares Futebol Clube. Atualmente, o Linhares atua na Série B do Campeonato Capixaba, porém promovido à Série A em 2020. Os clubes linharenses conquistaram cinco vezes o Campeonato Capixaba da Série A, o extinto Linhares Esporte Clube foi campeão quatro vezes na década de 1990 e o Linhares Futebol Clube conquistou um título em 2007.
Os dois estádios que a cidade possuía com condições para receber partidas de futebol profissional foram demolidos para construção de supermercados: o Estádio Guilhermão e o Estádio Joaquim Calmon, demolidos em 2003 e 2018, respectivamente.
Linhares destaca-se também por diversas categorias desportivas com ênfase para o handebol masculino e feminino, exportador de talentos para a seleção brasileira como o atleta revelação Vinícius Santos Teixeira.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

JARAGUÁ DO SUL - SANTA CATRINA

Jaraguá do Sul é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Possui uma área de 532,59 km² e uma população estimada, em 2018, de 174.158 habitantes.
História
Em 1864 a princesa Isabel, filha do imperador Pedro II, casou-se com o Gastão de Orléans, Conde d'Eu. Como parte do dote constavam as terras que vieram a formar o município de Jaraguá do Sul.
Ao engenheiro e coronel honorário do Exército Brasileiro, Emílio Carlos Jourdan, amigo do conde d'Eu e da princesa Isabel, ficou encarregado da demarcação das terras em 1875, que se localizavam entre a margem direita do rio Itapocu e a esquerda do rio Jaraguá indo, ao Norte, até o rio Negro. No início eram 12 léguas quadradas, sendo aumentadas posteriormente para 25 léguas quadradas.
Durante o processo da demarcação, Jourdan contratou ferreiros, marceneiros, carpinteiros, pedreiros e lavradores, a maioria vindo do nordeste, para a construção do engenho e a plantação da lavoura de cana-de-açúcar.
Em 1879, O engenheiro Krohne saiu de São Bento para explorar a região, abrindo picada pelo rio Itapocu até Jaraguá. Já os colonizadores Otto Hillbrecht e sua família chegaram em 1897, cursando o rio Itapocu em canoas, seguidos por outros, no mesmo ano.
Com a República, as terras dotais voltaram a ser patrimônio da União, e em 1893 para a jurisdição dos Estados. As terras devolutas na região, à margem direita do Rio Jaraguá, passaram a ser colonizadas pelo Estado a partir de 1891, na região de Garibaldi e Alto Garibaldi com imigrantes húngaros, e nas regiões de Rio da Luz e Rio Cerro com colonizadores alemães, e neste último também com imigrantes italianos.
Durante sua história, Jaraguá pertenceu a São Francisco do Sul, Paraty (atual Araquari) e a Joinville. Somente no século passado, pelo Decreto nº 565 de 26.03.1934, Jaraguá foi desmembrado de Joinville, tornando-se município. Por ocasião da emancipação, o novo município denominou-se simplesmente Jaraguá, sendo seu nome alterado para Jaraguá do Sul em 31 de dezembro de 1943, pelo Decreto-Lei Estadual nº 941, por haver outro município mais antigo com o mesmo nome, localizado no estado de Goiás.
Para Calixto D. Borges, um dos canoeiros de Jourdan, as máquinas para o engenho Jaraguá chegaram no dia 15 de abril de 1876. Sendo esta data contestada e na impossibilidade de precisar a do real estabelecimento de Emílio Carlos Jourdan na localidade, decidiu-se por 25 de Julho de 1876 como a data de fundação de Jaraguá do Sul, dia em que também são homenageados o imigrante, o colono e o motorista.
Topônimo
O topônimo Jaraguá é de origem tupi-guarani e significa "Vale do Senhor" (senhor do vale seria Guajara). É como os índios chamavam o Morro Boa Vista, um dos mais imponentes na cidade.
Economia
Jaraguá do Sul é a quinta maior economia de Santa Catarina, atrás apenas de Joinville, Blumenau, Florianópolis e Itajaí, sendo o terceiro núcleo industrial do estado e sede de algumas das maiores empresas do Brasil nos setores metal-mecânico e de confecções. É conhecida como "Capital Nacional da Malha". Destacam-se também empresas do ramo de tecnologia e prestação de serviços.
Indústria
Sendo colonizada pelas etnias húngara, polonesa, Italiana e alemã que anualmente faz a Schützenfest (Festa dos Atiradores), Jaraguá foi a cidade que mais cresceu economicamente nos últimos 3 anos em Santa Catarina.
Dentre as indústrias sediadas em Jaraguá do Sul podem-se citar a WEG, setor de confecções Marisol, Malwee, Nanete, Elian, Lecimar (Malharia), Metalúrgica Menegotti, CSM (Equipamento pra construção), Duas Rodas, Chocoleite, Arroz Urbano e Bretzke (Alimentos), Argi, HC Hornburg, Riegel (Carroçarias Rodoviárias), Trapp (Equipamentos para jardinagem), Sol Paragliders, Santa Clara (Acrílicos), Estofados Jardim, Bell'Arte, Feeling (Estofados), Orbhes (colchões), Tritec, Fortiplás (Plásticos), Wolf (Borrachas), Marcatto (Chapéus), Eletrogasmaq (peças pra linha branca), Indumak, Raumak (Tecnolgia), Zanotti (Elásticos), Metalnox (Tecnologias e soluções inovadoras para a indústria têxtil e de Foto Produtos). Fato curioso de todas essas indústrias são de origem familiar, e que com o tempo se tornaram grandes complexos industriais.
Clima
O clima da cidade é considerado subtropical, com temperatura média anual ao redor de 21 °C. No verão as temperaturas frequentemente ultrapassam os 35 °C. O inverno é relativamente frio para os padrões brasileiros, com uma média das temperaturas mínimas ao redor de 12 °C nos meses de junho e julho. Geadas ocorrem praticamente em todos os invernos, mas não necessariamente em todos os bairros.
Cultura e esporte
A cultura e o esporte na cidade incluem:
-  Casa Friedel - uma edificação histórica construída com a técnica germânica do enxaimel, que consiste em paredes montadas com hastes de madeira encaixadas entre si.
Bíblioteca Pública Municipal Rui Barbosa
- Schützenfest - Schützenfest, ou Festa dos Atiradores, é uma festa que acontece no mês de novembro em Jaraguá do Sul. Ela faz parte das populares festas que acontecem nesse mês em todo o Estado de Santa Catarina e acontece devido a colonização germânica na cidade. Sendo considerada a maior festa de Atiradores do Brasil. Sempre reúne vários turistas do Brasil e do exterior.
- Femusc - Anualmente a cidade sedia o Femusc – Festival de Música de Santa Catarina –, evento que recebe diversos estudantes de vários países. O evento também promove apresentações musicais durante todos os dias do festival, e acontece nas dependências da Scar – Sociedade Cultura Artística.
Arena Jaraguá - foi inaugurada em 2007 e possui 20.640 m² de área construída. Além de receber eventos esportivos, a Arena Jaraguá também é utilizada para diversos outros tipos de eventos, como shows, feiras, e jogos de Futsal.
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