sábado, 6 de maio de 2017

Imagens do Brasil - Três Corações - Minas Gerais



Três Corações é um município brasileiro do estado de Minas Gerais.
História - O distrito de Três Corações do Rio Verde deve sua criação ao decreto datado de 14 de junho de 1832. A Lei Provincial nº. 3.197, de 23 de setembro de 1884, criou o Município com denominação de Três Corações do Rio Verde e território desmembrado de Campanha, tendo-se verificado a instalação a 10 de julho de 1885. Em virtude da Lei Provincial nº. 3.387, de 10 de julho de 1886, elevou-se a categoria sede do município e também do distrito, que teve sua criação confirmada pela Lei Estadual nº. 2, de 14 de setembro de 1891. Por força da lei nº. 843, de 1923, o município passou a denominar-se simplesmente Três Corações.
Etimologia - A versão oficial provém da Capela erigida por Tomé Martins em louvor aos Sacratíssimos Corações de Jesus, Maria e José. Entretanto duas outras versões, de cunho mais poético, falam sobre o nome Três Corações. A primeira é sobre o amor de Jacira, Jussara e Moema por três boiadeiros vindos de Goiás, que as deixaram a chorar. A segunda versão fala das curvas caprichosas do Rio Verde, que atravessa o município, desenhando três corações em seu caminho sinuoso.
Antigos nomes - Rio Verde; Porto Real Passagem do Rio Verde; Aplicação do Rio Verde; Três Corações do Rio Verde.
As primeiras notícias sobre as terras onde hoje se situa o município de Três Corações datam de 1737, quando Cipriano José da Rocha, ouvidor de São João del-Rei, informa que, quando de passagem pela região, encontrou roças e catas de mineração na região da Aplicação do Rio Verde.
Por volta de 1760, o português Tomé Martins da Costa se estabelece na barranca direita do Rio Verde, embriagado pelo ouro abundante existente em suas lavras. Após adquirir novas terras, constrói a fazenda do Rio Verde e manda erigir uma capela sob a invocação dos Santíssimos Corações de Jesus, Maria e José.
No ano de 1764, de passagem pela região em viagem de inspeção e demarcação de limites, o governador da capitania de Minas Gerais, D. Luís Diogo Lobo da Silva, visita Tomé em sua fazenda, encontrando alguns casebres ao redor da capela.
Em 1790, o capitão Domingos Dias de Barros, genro de Tomé Martins da Costa, pede licença para construir uma ermida no lugar da antiga capela, que é inaugurada em 1801, tendo seu altar-mor trabalhado pelo mestre Ataíde.
Em 14 de julho de 1832 é instalada a freguesia dos Três Corações do Rio Verde e a paróquia dos Três Sacratíssimos Corações. Em 6 de setembro de 1860, grandes comemorações na elevação a Vila da Freguesia dos Três Corações do Rio Verde e na inauguração da Igreja Matriz. Em 1873, o Presidente da Província de Minas Gerais sanciona Lei incorporando à Vila o território pertencente à Freguesia.
O grande passo para o pleno desenvolvimento do município seria, entretanto, dado no ano de 1884, quando a Vila recebe a visita do Imperador D. Pedro II e a Família Imperial, para a inauguração da estrada de ferro Minas & Rio. Inaugurada oficialmente em 22 de junho deste ano, fazia a conjunção entre a Vila e a cidade de Cruzeiro, no estado de São Paulo. A repercussão desta visita foi de tamanha relevância que, três meses depois, em 23 de setembro de 1884, a Vila seria emancipada, sendo elevada à categoria de cidade.
Em 7 de setembro de 1923, com a Lei 843, Três Corações do Rio Verde passa a denominar-se apenas Três Corações.
Milho, café e leite são produzidos no município e seu Distrito Industrial, às margens da BR 381 (Rodovia Fernão Dias) detém um grande número de empresas de médio e grande porte, tais como a Mangels, São Marco, Total Alimentos, Federal-Mogul (antiga TRW), Descartáveis Zanatta, Heringer, entre outras. É nesta cidade que nasceu o ex-jogador de futebol e atleta do século, Pelé.

Fonte: Wikipedia

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Imagens do Brasil - Conservatória - Rio de Janeiro



Conservatória é o sexto distrito do município de Valença, no estado do Rio de Janeiro.
Anteriormente denominado Santo Antônio do Rio Bonito, situa-se em um vale da Serra do Rio Bonito. Faz divisa com o estado de Minas Gerais, com os distritos de Santa Isabel do Rio Preto, Parapeúna, Pentagna, Valença (sede do município de mesmo nome) e com o município de Barra do Piraí.
Famoso por suas serenatas, tradição conservada pelo turismo, e pela observação de OVNIs na Serra da Beleza.
Conservatória cresceu e prosperou durante o ciclo do café da economia brasileira, a partir do século XIX. A cidade foi um importante elo na produção e circulação do produto, abrigando mais de 100 fazendas que plantavam o café e o escoavam pelo antigo caminho ferroviário que vinha das Minas Gerais e ia para a Corte, na cidade do Rio de Janeiro, de onde seguia para o porto e outras cidades do país.
O primeiro registro da localidade data do final do século XVIII, a partir de um relato de 1789, em que Conservatória era reserva dos índios Araris, "elegantes e desembaraçados", segundo o naturista Saint Adolph. Diversas histórias justificam a origem do nome, sendo que a mais corriqueira diz que o lugar era conhecido como "Conservatório dos índios", um lugar onde os Araris se recolhiam para se recuperar de doenças que dizimavam as tribos. Em 1826, existiam cerca de 1.400 índios aldeados na reserva. Foram exterminados pelos desbravadores colonialistas. Vestígios dos Araris, como artefatos em cerâmica e algumas ossadas, já foram encontrados em escavações feitas em diversos locais da região.
Serenata e paixão - A prosperidade econômica do final do século XIX deu início a outra tradição na vila: a das serenatas - a música cantada sob o sereno.
Um dos grandes motivadores da tradição da música na cidade é o Museu da Seresta, que tem acervo de músicas de serestas, criado pelos irmãos Joubert Cortines de Freitas e José Borges de Freitas Neto, já falecidos, e reunindo os seresteiros às sextas-feiras e sábados à noite, que de lá saem para cultivar o hábito, raramente quebrado, de cantar pelas ruas da cidade.
Em 1998, Conservatória comemorou 120 anos de serenatas. Conta a história que a tradição nasceu com um romântico professor de música e tocador de violino, Andreas Schmidt, que, em uma noite enluarada no silêncio do vilarejo, atraiu espectadores, e o professor Andreas passou a ter como rotina tocar seu violino na praça, nas noites estreladas.
Certa vez, em 1938, Antonio Castello Branco, um abastado fazendeiro de Santa Isabel, distrito vizinho, que vivia uma paixão não correspondida por uma moça de Conservatória, resolveu demonstrar seu amor conforme a tradição. Colocou seu piano de cauda em cima de um caminhão e percorreu mais de 20 quilômetros em estrada de terra esburacada, só para tocar e cantar sob a janela da amada. Acabou em casamento.
Conservatória mantém suas características bucólicas de arraial, pacata e tranquila, cujos moradores de fala branda, afáveis e educados preservam seus costumes e se reúnem, vez por outra, para manter a tradição das festas juninas em seu pequeno vilarejo o que o torna um pólo de atração turística no estado do Rio de Janeiro.
Algumas das antigas fazendas ainda estão preservadas, outras mudaram sua atividade produtiva, mas a beleza do lugar abriram outros caminhos de sucesso para Conservatória.
Um dos símbolos da história do lugar que está logo na entrada na cidade: a antiga "Maria Fumaça", da Rede Mineira de Viação, que puxava os vagões de passageiros e também o trem com a produção de café, hoje estacionada em frente à antiga Estação Ferroviária de Conservatória, atual rodoviária. A linha ferroviária e a estação, inauguradas por D. Pedro II em 21 de novembro de 1883, foram extintas. Por aquela ferrovia, o vilarejo se interligava com o Rio e Minas, partindo de Barra do Piraí - município do qual Conservatória foi distrito de 1943 a 1948, quando passou a pertencer a Valença - e chegando até Baependi, após Santa Rita do Jacutinga, em Minas.
Com o fim da ferrovia, Conservatória ficou isolada dos grandes centros. O acesso, por Barra do Piraí, Santa Isabel, Valença ou São José do Turvo, era precário, por estradas de terra, com cerca de 30 quilômetros, que muitas vezes ficavam interditadas na época das chuvas. Nem mesmo essas dificuldades, no entanto, afastaram os amantes das serestas e da cidade, que permaneceram fiéis à tradição, frequentando e divulgando o lugar.
Nos anos 1980, teve início a pavimentação do trecho de estrada ligando Barra do Piraí à Ipiabas, facilitando o trajeto até a cidade. Em 1998, finalmente, foi inaugurada a pavimentação por asfalto do trecho de 15 quilômetros entre Ipiabas e Conservatória, reforçando o desenvolvimento turístico da cidade e abrindo novas perspectivas econômicas para a região.

Fonte: Wikipedia