Maringá é um município brasileiro
do estado do Paraná, sendo uma cidade média-grande planejada e de urbanização
recente e a terceira maior do estado e a sétima mais populosa da região sul do
Brasil. Destaca-se pela qualidade de vida oferecida a seus moradores e por ser
um importante entroncamento rodoviário regional. É considerada uma das cidades
mais arborizadas e limpas do país.
Planejada pela empresa Companhia
de Melhoramentos do Norte do Paraná, em 10 de maio de 1947, Maringá foi uma
vila e depois, distrito do município de Mandaguari, sendo elevada à categoria
de município pela Lei nº 790, de 14 de fevereiro de 1951, desmembrando-se
daquele município.
Com traçado urbanístico
inicialmente planejado e modernista, pelo urbanista Jorge Macedo Vieira,
seguindo o princípio de Ebenezer Howard de cidade-jardim, sofreu crescimento
acelerado nas décadas seguintes. Ainda assim, o município mantém índices de
qualidade de vida elevados, preservando no perímetro urbano grandes áreas de
mata nativa como o Horto Florestal, o Parque dos Pioneiros (bosque II) e o
Parque do Ingá, sendo este último aberto ao público. Inclui ainda fragmentos
menores como o Parque do Cinquentenário, ou áreas particulares e uma grande
rede de áreas de conservação de fundos de vale.
Etimologia - Segundo a Nova
História da MPB - Volume 22, o nome do município se deu porque os operários
cantavam a música Maringá, Maringá (de Joubert de Carvalho) noite e dia,
durante seus trabalhos. Fato é que, na placa da Rua Joubert de Carvalho, está
escrito: "Compositor da música que deu o nome à cidade".
História
Fundação - O município tem origem
com a colonização do norte do Paraná, que teve início no fim do século XIX. A
região, que era predominantemente ocupada por florestas de mata atlântica,
atraiu a atenção de produtores rurais paulistas e mineiros devido à presença da
"terra roxa" – do italiano, terra rossa (vermelha) -, originada da
decomposição do basalto e extremamente fértil. O principal interesse dos
fazendeiros era a aumentar a área de produção de café. Para solucionar os
problemas de logística da região, um grupo de fazendeiros da região, liderados
pelo paulista Antonio Barbosa Ferraz, promoveu a construção de uma estrada de
ferro ligando a cidade paranaense Cambará, no “norte velho”, a Ourinhos, no
interior de São Paulo.
Em 1923, uma comitiva liderada
por Edwin Samuel Montagu, ex-secretário de finanças do tesouro do Reino Unido,
veio ao Brasil para negociar uma dívida que o país possuía junto a credores
britânicos. Entre os membros da comitiva estava Simon Joseph Fraser, o 16º
Lorde Lovat da Escócia, que viajou para procurar terras férteis para cultivar
algodão para a indústria têxtil britânica. Lorde Lovat visitou propriedades do
interior paulista e, seguindo a trilha das fazendas de café, chegou ao norte do
Paraná.
Colonização - A fertilidade da terra roxa que
atraíram paulistas e mineiros à região alguns anos antes também agradou o
britânico, que decidiu investir na plantação de algodão na região e fundou a
empresa Brazil Plantation Sindicate, empresa responsável pelo gerenciamento de
suas propriedades em terras brasileiras, que mais tarde foi absorvida pela
Companhia de Terras Norte do Paraná, que planejou a colonização da região com a
formação de quatro núcleos urbanos, que teriam aproximadamente 100 km de
distância uns dos outros: Londrina, Maringá, Cianorte e Umuarama.
Planejamento urbanístico - O
projeto da cidade de Maringá é datado de 1943 e assinado pelo urbanista
paulista Jorge de Macedo Vieira, adepto do conceito de "Cidade
Jardim" elaborado pelo britânico Ebenezer Howard e responsável pelo
projeto de vários bairros de São Paulo. O traçado do município foi desenhado
com largas avenidas, canteiros que valorizavam o paisagismo e ruas que seguiam
a inclinação natural do relevo o mais fielmente possível. O planejamento
contemplava também a divisão da cidade por zonas, de acordo com a função. A
região central concentraria o centro cívico, a Zona 1 seria destinada ao
comércio e à prestação de serviços, as Zonas 2, 4 e 5 seriam residenciais,
enquanto as Zonas 3, 6 e 7 seriam zonas residenciais operárias, e assim por
diante. A cidade foi planejada para comportar até 200 mil habitantes.
Composição étnica - A região de
Maringá apresenta grande influência de imigrantes japoneses, devido ao grande
número, estes, formaram a ACEMA; Maringá também teve influência de imigrantes
italianos e alemães, na qual os alemães também se reuniram e formaram uma
associação, a associação teuto-brasileira. Depois outros grupos de imigrantes
foram chegando, como os portugueses, poloneses, espanhóis, ucranianos, árabes,
judeus, entre outros, formando a nossa atual sociedade.
A distribuição étnica da
população residente em Maringá é composta por brancos (70,84%), pardos (22%),
amarelos (3,66%), negros (3,40%), pardos (19,6%), amarelos e indígenas (0,11%).
Economia - Maringá se destaca
hoje pelo setor de comércio e prestação de serviços. A agricultura continua a
ser fundamental para Maringá, apesar de sua importância ter diminuído nos
últimos anos. A atividade agrícola diversificou-se, e além do café, hoje se
plantam milho, trigo, algodão, rami, feijão, amendoim, arroz, cana-de-açúcar, e
principalmente, soja.
Fonte para o texto: Wikipedia