segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Imagens do Brasil - Belo Horizonte - Minas Gerais


Belo Horizonte é um município brasileiro e a capital do estado de Minas Gerais. 

História 
A fundação da capital - Até o século XVII, o atual estado de Minas Gerais era habitado por índios do tronco linguístico macro-jê. A partir desse século, essas tribos foram quase exterminadas pela ação dos bandeirantes procedentes de São Paulo, que chegaram à região em busca de escravos e de pedras preciosas. 
Em 1711, a carta de sesmaria foi obtida por João Leite da Silva Ortiz, com a concessão da área que "começava do pé da Serra do Curral, até a Lagoinha, estrada que vai para os currais da Bahia, que será uma légua, e da dita estrada correndo para o rio das Velhas três léguas por encheio". 
Em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída de fato em 1718 em torno de capela ali construída pelo Padre Francisco Homem, filho de Miguel Garcia Velho. Elevado à condição de freguesia em 1780, mas ainda subordinado a Sabará, o Curral del Rei englobava as regiões (ou curatos) de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria (Esmeraldas), Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do Paraopeba, Brumado, Itatiaiuçu, Morro de Mateus Leme, Neves, Aranha e Rio Manso. 
Com a extinção dos curaos, a jurisdição do Curral del Rei viu-se novamente reduzida ao primeiro arraial. 
A então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, não apresentava alternativas viáveis ao desenvolvimento físico urbano, o que gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade. O governador Augusto de Lima encaminhou a questão ao Congresso Mineiro, que, reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição Estadual, a disposição de que a mudança da capital ocorresse para local que reunisse as condições ideais. Cinco localidades foram sugeridas: Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte. A comissão técnica, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, julgou em igualdade de condições Belo Horizonte e Várzea do Marçal, decidindo-se ao final pela última localidade. Voltou o Congresso a se pronunciar, e depois de novos e extensivos debates, instituiu-se que a capital fosse construída nas terras do arraial de Belo Horizonte. Em 1893, o arraial foi elevado à categoria de município e capital de Minas Gerais, sob a denominação de Cidade de Minas. 
O projeto de Aarão Reis - Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades brasileiras planejadas (algumas fontes a citam como primeira. 

Economia 
Um dos maiores centros financeiros do Brasil, Belo Horizonte é caracterizada pela predominância do setor terciário em sua economia. Mais de 80% da economia do município se concentra nos serviços, com destaque para o comércio, serviços financeiros, atividades imobiliárias e administração pública. 
Setor secundário - Desde os anos 1970, ocorreu a chegada de grandes empresas multinacionais de bens de capital e a migração de indústrias para a área mineira da SUDENE, devido aos incentivos fiscais. A instalação da Refinaria Gabriel Passos, em 1968, aliada à instalação da FIAT Automóveis, em 1973, a primeira montadora fora do eixo Rio-São Paulo, estabeleceu um grande polo industrial no estado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 
Setor terciário - Com um diversificado setor de comércio e de prestação de serviços e contando com uma desenvolvida rede de hotéis, restaurantes e agências bancárias, Belo Horizonte é um dos principais polos de turismo de negócios do país, sediando importantes eventos nacionais e internacionais. 
Recentemente, o município tem se destacado por sua capacidade de desenvolver duas modalidades de turismo: o turismo de eventos e o turismo cultural. 

Infraestrutura 
Saúde - Belo Horizonte dispõe de um total de 36 hospitais, sendo um municipal, dois federais, sete estaduais e o restante filantrópicos e privados. 
Educação - Com 672 estabelecimentos de ensino fundamental, 587 estabelecimentos de ensino infantil, 251 escolas de nível médio e 49 instituições de nível superior, a rede de ensino da cidade é uma das mais extensas do país. Ao total, são 639.352 matrículas e 153.284 docentes registrados. Belo Horizonte conta também com 55 instituições de ensino superior que oferecem 704 cursos/habilitações. Destacam-se importantes universidades públicas e privadas, muitas delas consideradas centros de referência em determinadas áreas. As instituições públicas de ensino superior sediadas em Belo Horizonte são: a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), a Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e o IFMG , embora o último só tenha sua reitoria localizada em Belo Horizonte e não ministre aulas na capital mineira. Entre as instituições privadas, destacam-se instituições como a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e a Fundação Dom Cabral. 

Ciência e tecnologia
Belo Horizonte conta com várias instâncias oficiais também se dedicam ao fomento do setor da tecnologia e da ciência, como o Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD), a Fundação João Pinheiro (FJP), a Fundação Ezequiel Dias (FUNED), o Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR), o Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC)[180] e a Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte.
Também as universidades locais têm grande empenho na área, onde se destacam a Fundação Christiano Ottoni (FCO) e o Centro de Pesquisa Professor Manuel Teixeira da Costa (CPMTC-IGC-UFMG), que é um órgão complementar do Instituto de Geociências da UFMG. 

Cultura 
Cinema - Atualmente Belo Horizonte ainda conta com diversas salas de cinema em várias partes da cidade, especialmente no interior de grandes shoppings. Dos antigos cinemas de rua, poucos ainda operam com a mesma função. Os poucos filmes produzidos na cidade são, muitas vezes, curtas-metragens produzidos, por vezes, por produtoras e gravadoras da própria cidade. São comuns filmes que expressam cenas do dia-a-dia, o chamado cinema popular. 
Música - Muitos artistas reconhecidos no país e no exterior surgiram em Belo Horizonte. O Clube da Esquina é um movimento musical originado em meados da década de 1960 e desde então seus membros influenciam a cultura da cidade e do estado,tendo artistas importantes no cenário regional ou nacional, como Tavinho Moura, Wagner Tiso, Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Márcio Borges, Fernando Brant e o 14 Bis. Outros artistas importantes surgidos no cenário da cidade são Paulinho Pedra Azul, Vander Lee, Skank, Pato Fu (selecionada pela revista Time como uma das 10 melhores bandas do mundo), Sepultura, Jota Quest, Tianastácia, a dupla César Menotti e Fabiano e os corais Ars Nova e Madrigal Renascentista. Há também os que apostam em criatividade, como o grupo Uakti. Eles criam seus próprios instrumentos musicais usando materiais como PVC, madeira, metais e vidro. Seu nome é baseado num mito dos índios Tukano e reflete o sentimento indígena presente em seus trabalhos. 
Literatura e teatro - Foi na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional, dentre eles Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault, que se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira. 
No teatro, os grandes expoentes são o Grupo Galpão e o Giramundo Teatro de Bonecos. Há muitos grupos artísticos brasileiros notáveis que têm sua origem em Belo Horizonte, como o Grupo Primeiro Ato e o Grupo Corpo. 
Já se tornou uma tradição na cidade a realização de encontros, mostras e festivais artísticos. Anualmente, são realizados o Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua (FIT-BH), o Festival Internacional de Teatro de Bonecos, o Festival Internacional de Dança (FID), o Festival Internacional de Corais (FIC), o Festival de Arte Negra (FAN), o Festival Internacional de Curtas e a Mostra de Cinema Mundial - Indie Brasil. Bienalmente, são realizados o Encontro Mundial de Artes Cênicas (ECUM), o Encontro Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa, o Festival Mundial de Circo do Brasil (FMCB) e o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ). 
Artes visuais - A Escola Guignard, dirigida pelo artista Alberto da Veiga Guignard, formou artistas importantes no circuito mineiro, nacional e internacional das artes plásticas. Destacam-se Amílcar de Castro, Farnese de Andrade, Leda Gontijo, Franz Weissmann, Mary Vieira, Maria Helena Andrés, Mário Silésio, Yara Tupynambá e Inimá de Paula. 
Hoje a cidade possui grande quantidade de museus e galerias de arte, que exibem uma parte da história da arte moderna brasileira. Destacam-se o Museu de Arte da Pampulha, que é integrante do Conjunto Arquitetônico da Pampulha e enfoca tendências artísticas variadas em mostras, pesquisa e conceituação, sendo seu acervo composto por obras da arte contemporânea brasileira; o Museu Histórico Abílio Barreto, cujo acervo é um conjunto de itens que constitui um texto múltiplo e revelador dos vários sentidos e trajetórias da cidade, expondo documentos textuais, iconográficos, bidimensionais e tridimensionais referentes às origens, formação e desenvolvimento de Belo Horizonte; e o Museu de Artes e Ofícios, que é o primeiro empreendimento museológico brasileiro dedicado integralmente ao tema do trabalho, das artes e ofícios no país.

Fonte do texto:Wikipedia