sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Cataguases - Minas Gerais



Cataguases é um município brasileiro localizado no estado de Minas Gerais.
Fundação - Em se tratando da fundação de Cataguases, se destaca Guido Thomas Marllière - apontado como o fundador da cidade. A região começou a se erguer conforme as diretrizes de Guido, pois ele se empenhara na elaboração de um delineamento estrutural urbano sofisticado e particularizado para a região.
A cidade recebeu também imenso apoio de estruturação advindo da família Vieira. Primeiramente o major Joaquim Vieira da Silva Pinto fundou a fazenda da Glória em distrito de mesmo nome e o filho dele, coronel José Vieira de Resende e Silva, fundou posteriormente a fazenda do Rochedo, nas proximidades do distrito de Sereno.
A denominação Cataguases causa controvérsias quanto ao verdadeiro sentido: uns alegam ser o nome escolhido por José Vieira em homenagem ao riacho que banhava a casa dele e possuía este nome em sua cidade natal (atual cidade de Prado). Para alguns o nome significa “terra de gente boa”, para outros é “povo que mora no país das matas”.
Polo Industrial - Muito conhecida por suas indústrias, Cataguases conta com parque industrial e diversas indústrias espalhadas pelo seu território. Destacam-se a Companhia Industrial Cataguases; a Cataguazes de Papel; a Mineradora Rio Pomba Cataguases; a Companhia Manufatora; o Grupo Zollern, dentre outras. É também na cidade que está localizada a sede do Grupo Energisa, importante empresa do setor elétrico.
Cultura - Considerada como cidade histórica de Minas Gerais, Cataguases gravou seu nome no cinema brasileiro com Humberto Mauro; nos anos 1920, alcançou grande repercussão com a revista e o Movimento Verde (Rosário Fusco, Guilhermino César, Francisco Inácio Peixoto, Ascânio Lopes, Henrique de Resende, Oswaldo Abritta, dentre outros).
Cataguases esteve à frente no Movimento Moderno de arquitetura na década de 1940, muito por incentivo de Francisco Inácio Peixoto e José Pacheco de Medeiros Filho, que levaram à cidade diversos arquitetos e artistas modernos para desenhar uma nova estética e consequente mentalidade para a cidade. Importantes nomes como Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, Burle Marx, Joaquim Tenreiro, Djanira, José Pedrosa, Jan Zach, deixaram seus traços na cidade.
Em 1941, chega a Cataguases o padre Solindo José da Cunha na Igreja Santa Rita de Cássia (hoje Santuário de Santa Rita de Cássia) – e com ele a ousadia de um novo templo, inaugurado apenas em 1968. O projeto de Edgar Guimarães do Valle traz o arrojo da nave livre, do vão central sem colunas. Na parte frontal externa, “A vida de Santa Rita”, painel de Djanira.
Diversos prédios modernos foram construídos na época e em 1995, o IPHAN decidiu pelo tombamento de uma poligonal no centro da cidade de aproximadamente 60 quadras face à importância de seu patrimônio arquitetônico.
Na década de 1960, contou com diversos movimentos culturais de vanguarda, destacando-se o Centro de Arte de Cataguases (CAC), do qual participaram Carlos Moura, Paulo Martins, Silvério Tôrres, Antônio Jaime Soares (entre outros) e o Centro de Arte Experimental de Cataguases (CAEC), liderado por Silvério Tôrres, tendo como principais integrantes Eucília Santos, Toninho Linhares e Clério Benevenuto; além de um grupo de poesia liderado pelos irmãos Joaquim e Pedro Branco, orbitado por Ronaldo Werneck, do qual também participaram Lina Tâmega Del Peloso, Márcia Carrano, Sebastião Salgado, Arabella Amarante.
Destaque para a produção do filme "O anunciador, o homem das tormentas", de Paulo Martins, que teve início no final da década de 1960 e lançamento no início dos anos 70, vez que se trata de um dos pouquíssimos filmes underground feitos em todo o mundo.
São destaques os trabalhos do escritor Luiz Ruffato, vencedor do Prêmio Jabuti com "Eles Eram Muitos Cavalos", e também do artista plástico Luiz Lopez, com suas séries de obras sobre o tema "campo de futebol". A beleza da cidade e a efervecência cultural evidenciam os trabalhos fotográficos de Vicente Costa, Humberto Ribeiro e Juliano Carvalho.
Destaca-se também as recentes aquisições escultóricas, com obras públicas de Amílcar de Castro e Sonia Ebling.
A cidade, que desde o início do século passado mantém acesa a chama literária, realiza desde 2009, o FELICA (Festival Literário de Cataguases) e que já é uma grande referência literária em toda Zona da Mata Mineira.
Atualmente, Cataguases mantém o o perfil de cidade do cinema realizando anualmente o Festival Ver e Fazer Filmes, que conta com a participação de produtores convidados de várias partes do país e até do exterior para a produção e exibição de curtas.
Cataguases se destaca no campo cultural pelo investimento nas artes, realizado e patrocinado pelas empresas Companhia Industrial Cataguases, Energisa e Bauminas. Destacam-se o Instituto Francisca de Souza Peixoto, a Fundação Ormeu Junqueira Botelho e a Casa de Cultura Simão.
Fonte para o texto: Wikipédia.