Macaíba é um município brasileiro, localizado na Região Metropolitana de Natal, no estado do Rio Grande do Norte, na Região Nordeste do país. Possui uma área territorial de aproximadamente 510,092 km². É o quinto município mais populoso do estado, depois de Natal, Mossoró, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante, com uma população estimada para o ano de 2021 em 82.828 habitantes, de acordo com dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Está localizado às margens do Rio Jundiaí, é uma cidade vizinha à capital, Natal, distanciando-se dessa em 27 km por estradas. Devido à sua importância para a região, dispõe de uma ampla rede de serviços e de comércio, tendo agências do Banco do Nordeste (BNB), Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O município destaca-se também por sua grande importância histórica, tendo como principal destino turístico o Solar Ferreiro Torto, construído no ano de 1614, como o engenho Potengi que, em setembro de 1989, foi tombado, como patrimônio histórico pelo Governo do Rio Grande do Norte. Outros destinos turísticos da cidade são a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a Capela de São José (mais antiga da cidade), o Solar da Madalena, a Capela da Soledade, a casa onde nasceu Henrique Castriciano, o Obelisco Augusto Severo, o Casarão dos Guararapes e o Solar Caxangá.
Dentre as personalidades brasileiras nascidas em Macaíba estão a poetista Auta de Sousa; o político, jornalista, inventor e aeronauta Augusto Severo; o político e ex-ministro da Justiça e Negócios Interiores, no Governo Afonso Pena, Augusto Tavares de Lyra e o advogado, político, escritor e educador Henrique Castriciano.
História
O nome Macaíba vem do tupi makaîuba "macaúba", referindo-se à palmeira Acrocomia intumescens.[8] Esse nome foi dado por Fabrício Gomes Pedroza (fundador de Macaíba e detentor de uma das maiores fortunas do Rio Grande do Norte) em 26 de outubro de 1855.
Sua primeira denominação foi Coité, referência à predominância desse tipo de vegetação no local. As boas condições do solo e o clima com pluviosidade favorável propiciaram o desenvolvimento da atividade agropecuária. Sua posição estratégica, a caminho de Natal, impulsionou o comércio. O posterior advento das linhas ferroviárias, no entanto, reduziu a importância de sua economia.
De seu território desmembraram-se os municípios de São Paulo do Potengi, São Gonçalo do Amarante e parte de São Tomé.
Geografia
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, Macaíba pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Macaíba, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Leste Potiguar. Está a 27 km do centro da capital potiguar, Natal, e a 2 402 km da capital federal, Brasília.
Inserido na Região Metropolitana de Natal, Macaíba possui uma área territorial de 510,092 km² (0,9659% da superfície estadual), dos quais 27,84 km² em área urbana, constituída pelo Centro e mais dezesseis bairros. Tem como limites: São Gonçalo do Amarante e Ielmo Marinho a norte; Boa Saúde, Vera Cruz e São José de Mipibu a sul; Natal e Parnamirim a leste e, a oeste, Bom Jesus, São Pedro e novamente Ielmo Marinho.
O relevo de Macaíba, com altitudes inferiores a cem metros, é constituído pelos tabuleiros costeiros ou planaltos rebaixados, logo sucedidos pela depressão sublitorânea. Às margens dos rios estão as planícies fluviais, que inundam nos períodos de cheia. Geologicamente, está situado em área de abrangência do Grupo Barreiras, caracterizado pela presença de sedimentos de areia, arenitos e siltito da Idade Terciária, com idade estimada em sete milhões de anos. A oeste está o embasamento cristalino, onde são encontradas rocha granito-gnáissicas e sedimentos de anfibolito, migmatito e xistos, originários do período Pré-Cambriano médio, entre um bilhão e 2,5 bilhões de anos.
O tipo de solo predominante é o latossolo, do vermelho-amarelo distrófico, profundo e bastante drenado, com alto grau de porosidade e textura média, porém pouco fértil e não muito bem drenado. A oeste estão os solos podzólicos vermelho-amarelos, semelhantes aos latossolos, contudo são menos drenados. Há também os planossolos a noroeste e, a nordeste, estão pequenas áreas de areia quartzosa e solo indiscriminado de mangue, este coberto pelos manguezais, como o próprio nome indica, com espécies adaptadas ao alto grau de salinidade. Na nova classificação brasileira de solos, a areia quartzosa é chamada de neossolo, os solos podzólicos são os luvissolos e as demais classes permaneceram com suas denominações. Macaíba está em uma área de transição entre os biomas da Mata Atlântica e da caatinga, possuindo 92% do território no último e 8% no primeiro
Na hidrografia, o município possui 71,95% de sua área na bacia hidrográfica do rio Potenji e o resto na bacia do rio Piranji. A cidade é cortada pelo Rio Jundiaí, que nasce na Serra Chata, em Sítio Novo, no agreste do Rio Grande do Norte, e desemboca no rio Potenji, após passar pela zona urbana de Macaíba, a sete quilômetros do Oceano Atlântico, percorrendo uma extensão total de 85 km. Sua bacia hidrográfica engloba onze municípios potiguares e cobre uma área de 803 km². Também passam pelo território municipal os riachos Água Vermelha, Lamarão, Taborda e do Sangue. As principais lagoas são: dos Cavalos, Grande e do Sítio. O principal reservatório é a Barragem Tabatinga, com capacidade para 89.835.677,53 m³ e construída no curso do Jundiaí com o objetivo de controlar a vazão do rio e, assim, conter as enchentes na zona urbana.
O clima macaibense é o tropical chuvoso, do tipo Aw na classificação climática de Köppen-Geiger), com chuvas concentradas entre os meses de março e julho. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), entre 1931 e 1963 a menor temperatura registrada em Macaíba foi de 14,6 °C em 29 de setembro de 1936 e a maior atingiu 35,5 °C em 27 de março de 1937
Infraestrutura básica
O serviço de abastecimento de água de Macaíba é feito pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), que possui um escritório local na cidade, e a concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica é a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN), do Grupo Neoenergia, presente em todos os municípios do Rio Grande do Norte. A voltagem nominal da rede é de 220 volts. Em 2010, o município possuía 89,42% de seus domicílios com água encanada,[58] 99,08% com eletricidade[59] e 79,76% com coleta de lixo.
Em 2017, na última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), a rede de abastecimento de água da cidade tinha 223 quilômetros de extensão, com 13.552 ligações ou economias, das quais 12.999 residenciais. Em média eram tratados 10.694 m³/dia de água, sendo que 5.929 m³ chegavam aos locais de consumo, resultando em um índice de perdas de 44,6%. O índice de consumo per capita chegava a 455,4 litros diários por economia.
O código de área (DDD) de Macaíba é 084 e o principal Código de Endereçamento Postal (CEP) é 59280-000. Há cobertura de quatro operadoras de telefonia: Claro, Oi, TIM e Vivo. No último censo, 72,2% dos domicílios tinham apenas telefone celular, 11,36% celular e telefone fixo, 1,49% apenas o fixo e 14,96% não possuíam nenhum.
A frota municipal no ano de 2020 era de 25.369 veículos, dos quais 10.710 motocicletas, 9 949 automóveis, 1.480 caminhonetes, 932 caminhões, 463 camionetas, 376 motonetas, trezentos ciclomotores, 293 reboques, 271 semirreboques, 164 micro-ônibus, 161 utilitários, 154 caminhões-trator, 93 ônibus, dez tratores de rodas, oito triciclos e cinco sidecares. Por Macaíba passa a rodovia federal BR-304, que liga Natal a Mossoró, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, e a Fortaleza, a capital do Ceará, bem como a BR-226, que se entronca com a BR-304 (km 281) na chamada Reta Tabajara, zona rural do município.
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