Sousa é um município brasileiro localizado no interior do estado da Paraíba, distante 432 quilômetros a oeste de João Pessoa, capital estadual. Pertence à Região Geográfica Intermediária de Sousa-Cajazeiras e à Região Geográfica Imediata de Sousa.
Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 69.997 habitantes, sendo o sexto mais populoso do estado. Ocupa uma área de 728 km².
A cidade de Sousa polariza oito municípios da 10ª Região Geoadministrativa da Paraíba: Aparecida, Lastro, Marizópolis, Nazarezinho, Santa Cruz, São Francisco, São José da Lagoa Tapada e Vieirópolis. É o principal polo do Noroeste estadual, tal como o principal polo de lacticínios industrializados do oeste do estado e principal sítio zooarqueológico.
Etimologia
Situada às margens do rio do Peixe, Sousa foi primeiramente batizada "Jardim do Rio do Peixe". Fundada pelo padre Bento Freire de Sousa e pelo capitão-mor José Gomes de Sá, ambos originários de Sousa, Portugal, batizaram-na segundo o que preconizava a Carta Régia de 22 de junho de 1766, que os administradores de vilas denominassem as novas localidades com nomes de lugarejos e cidades de Portugal, o que deixa clara a origem do atual nome.
História
O início da colonização do oeste da Paraíba, da região das margens do rio do Peixe, por colonos vindos da Bahia, Pernambuco e São Paulo, ocorreu no fim do século XVII, após conquistarem a amizade dos índios Icós. O desbravamento dos sertões nos séculos XVI e XVII foi gradativo, exigindo dos exploradores sertanistas empreenderem um grande esforço para dominar terras menos conhecidas e mais distantes do litoral. Um deles, o sertanista Sargento Mor Antônio José da Cunha em 1691, descobriu um riacho denominado "Peixe" habitado pela nação indígena Icó Pequeno. Em 1708, José da Cunha pleiteou uma sesmaria sendo atendido pelo então governador João da Maia da Gama para, posteriormente, outros sertanistas ali se instalarem com suas fazendas. Coube ao franciscano Frei João de Matos Serra, nos idos do ano de 1700, aldear os índios sobreviventes dando os primeiros passos para a organização da futura Vila.
Em 1723, chegaram os sacerdotes Francisco e Teodósio de Oliveira Ledo, passaram o território para a Casa da Torre da Bahia, e se tornaram senhores dos vales constituídos pelos rios do Peixe e Piranhas. O processo de habitação aconteceu vagarosamente com os moradores das ribeiras dos rios e dos paulistas que iam chegando para situarem suas fazendas com rebanhos e agricultura. Já nessa época, o lugarejo contava com uma população de 780 habitantes.
A fertilidade atraiu moradores interessados no cultivo das terras, Nesta região Bento Freire de Sousa e José Gomes de Sá também situaram as suas fazendas. Assim, o povoado desenvolvia-se e, em 1730, contava com 1.468 habitantes, segundo informações do Cabido de Olinda. Esse crescimento chamou a atenção de Bento Freire que, residindo na Fazenda Jardim, tomou a iniciativa de organizar um povoado. Bento Freire pleiteou uma concessão, deslocando-se à Bahia a fim de obter da Casa da Torre a doação da sesmaria cujas terras seriam patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios. Conquistado o pleito, coube a Bento Freire erguer a primeira capela em louvor a Nossa Senhora dos Remédios - atual Igreja do Rosário dos Pretos. Bento Freire tornara-se o primeiro administrador do patrimônio da "Freguesia de Nossa Senhora dos Remédios do Jardim do Rio do Peixe elevando-o a povoado.
As terras do antigo Jardim do Peixe pertenciam ao Coronel Francisco Dias D'Ávila e sua mãe D. Inácia D'Araújo Pereira, família fidalga da Casa da Torre da Bahia, que as doaram ao patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios em 1740 por solicitação de Bento Freire. Porém, o processo estendeu-se até 1756 com muitas idas e vindas de Bento Freire à Bahia quando, finalmente em 1760, obteve a sentença que legalizou, em definitivo, a constituição do patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios. Bento Freire administrou o Patrimônio até 1765, coroando com sucesso um esforço de quase meio século de lutara para erguer o que viria a ser o município de Sousa.
O povoado do Jardim do Rio do Peixe, nome primeiro do habitat, foi elevado à categoria de Vila por decisão do Reino, expressa por força de autoridade da Carta-Régia de 22 de Julho de 1766. Mesmo ostentando a condição de distrito, permaneceu o povoado com o seu nome primitivo. Em 1784, a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios foi desmembrada da Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pombal.
No dia 4 de junho de 1800, o Ouvidor Geral José da Silva Coutinho, instala oficialmente, a Vila Nova de Sousa através da Resolução do então Governador de Pernambuco, data de 26 de março de 1800 após pleito da comunidade através de requerimento encabeçado por Patrício José de Almeida, Matias de Figueiredo Rocha e Pe. Manoel Vieira da Silva. Um dia antes, o Capitão Alexandre Pereira de Sousa fez uma doação de terras para o patrimônio do crescente povoado. Foi através da Lei Provincial de nº 28, de 10 de julho de 1854 que a Vila de Sousa foi elevada à categoria de cidade passando, na oportunidade, a denominar-se Sousa, conhecida hoje por "Cidade Sorriso".
Geografia
O relevo do município está incluído na chamada Depressão Sertaneja, com a predominância de superfícies planas cercadas por eventuais áreas mais de maior altitude. Quanto à pedologia, dois tipos de solo são predominantes, sendo eles o podzólico vermelho-amarelo equivalente eutrófico e o vertissolo, havendo áreas menores dos solos litólico eutrófico e bruno não cálcico. Tanto este último quanto os podzólicos, na nova classificação brasileira de solos, constituem os luvissolos, os solos litólicos são os neossolos e os vertissolos mantiveram sua denominação original.
Esses solos, por serem pouco profundos, são cobertos por uma vegetação xerófila de pequeno porte, a caatinga, que perde suas folhas na estação seca. Sousa abriga o Monumento Natural Vale dos Dinossauros, sítio arqueológico e unidade de conservação estadual criada pelo decreto 23.832 de 27 de setembro de 2002, que abriga a maior incidência de pegadas de dinossauros no mundo e fósseis de mais de oitenta espécies, com idade estimada em cerca de cem milhões de anos.
O município encontra-se com toda sua área territorial inserida na sub-bacia do Rio do Peixe, dentro da bacia hidrográfica do Rio Piranhas–Açu, sendo atravessado pelos rios do Peixe (este cortando a cidade), Piranhas Velho e Piranhas, além de vários outros riachos. O principal reservatório é o Açude São Gonçalo, no distrito homônimo, com capacidade para 40.582.277 m³. Este reservatório foi projetado por engenheiros dos Estados Unidos e teve sua construção sido iniciada em 1922, sendo inaugurado em 1936, contando com a participação do presidente Getúlio Vargas. Além de São Gonçalo, outros açudes do município são: Juá, dos Patos e Velho, além das lagoas da Estrada, de Forno e da Vereda.
Clima
O clima sousense é tropical semiárido, do tipo Bsh segundo Köppen, com temperaturas elevadas e chuvas concentradas entre os meses de janeiro e abril.
Conforme dados da Agência Executiva de Gestão de Águas do Estado da Paraíba (AESA), desde dezembro de 1910, quando teve início o monitoramento pluviométrico na cidade, o maior acumulado de chuva em 24 horas chegou a 178 mm em 6 de fevereiro de 1981.
É no município de Sousa, mais exatamente no distrito de São Gonçalo, onde o Sol mais brilha no Brasil, ultrapassando 3 200 horas/ano de insolação. Conforme dados da estação meteorológica operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no distrito, a menor temperatura registrada no local foi 12,2 °C em 27 de junho de 2008 e a maior atingiu 39,8 °C em 16 de julho de 1997.
Economia
A economia da cidade é bastante diversificada, embora tenha o setor de serviços o maior responsável pela arrecadação de impostos no município. A cidade se destaca também na produção de coco.
Ainda no ramo agrícola, o projeto do Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa, conta com inovação produtiva no setor biodinâmico, em projetos de grande e pequeno porte, com destaque à recente retomada da cultura algodoeira no estado, através do Grupo Santana, empresa potiguar proprietária de mais de 1000 hectares do perímetro.
No Ramo industrial Sousa se destaca como uma das cidades mais industrializadas da Paraíba, com pouco mais de 164 indústrias.
Cultura
Sousa conta com o Centro Cultural Banco do Nordeste, um grande equipamento financiado pelo Banco do Nordeste, que se compara ao dos grandes centros e conta com biblioteca, biblioteca virtual, teatro e cinema.
Futebol
A cidade conta com os clubes de futebol local, como o Sousa Esporte Clube e a Sociedade Esportiva de Sousa.
Feriados
Em Sousa há dois feriados municipais, além de oito feriados nacionais e três pontos facultativos. Os feriados municipais são o dia 10 de julho, data de aniversário do município, e o dia 8 de setembro, dia da padroeira.
Referência para o texto: Wikipédia .
Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 69.997 habitantes, sendo o sexto mais populoso do estado. Ocupa uma área de 728 km².
A cidade de Sousa polariza oito municípios da 10ª Região Geoadministrativa da Paraíba: Aparecida, Lastro, Marizópolis, Nazarezinho, Santa Cruz, São Francisco, São José da Lagoa Tapada e Vieirópolis. É o principal polo do Noroeste estadual, tal como o principal polo de lacticínios industrializados do oeste do estado e principal sítio zooarqueológico.
Etimologia
Situada às margens do rio do Peixe, Sousa foi primeiramente batizada "Jardim do Rio do Peixe". Fundada pelo padre Bento Freire de Sousa e pelo capitão-mor José Gomes de Sá, ambos originários de Sousa, Portugal, batizaram-na segundo o que preconizava a Carta Régia de 22 de junho de 1766, que os administradores de vilas denominassem as novas localidades com nomes de lugarejos e cidades de Portugal, o que deixa clara a origem do atual nome.
História
O início da colonização do oeste da Paraíba, da região das margens do rio do Peixe, por colonos vindos da Bahia, Pernambuco e São Paulo, ocorreu no fim do século XVII, após conquistarem a amizade dos índios Icós. O desbravamento dos sertões nos séculos XVI e XVII foi gradativo, exigindo dos exploradores sertanistas empreenderem um grande esforço para dominar terras menos conhecidas e mais distantes do litoral. Um deles, o sertanista Sargento Mor Antônio José da Cunha em 1691, descobriu um riacho denominado "Peixe" habitado pela nação indígena Icó Pequeno. Em 1708, José da Cunha pleiteou uma sesmaria sendo atendido pelo então governador João da Maia da Gama para, posteriormente, outros sertanistas ali se instalarem com suas fazendas. Coube ao franciscano Frei João de Matos Serra, nos idos do ano de 1700, aldear os índios sobreviventes dando os primeiros passos para a organização da futura Vila.
Em 1723, chegaram os sacerdotes Francisco e Teodósio de Oliveira Ledo, passaram o território para a Casa da Torre da Bahia, e se tornaram senhores dos vales constituídos pelos rios do Peixe e Piranhas. O processo de habitação aconteceu vagarosamente com os moradores das ribeiras dos rios e dos paulistas que iam chegando para situarem suas fazendas com rebanhos e agricultura. Já nessa época, o lugarejo contava com uma população de 780 habitantes.
A fertilidade atraiu moradores interessados no cultivo das terras, Nesta região Bento Freire de Sousa e José Gomes de Sá também situaram as suas fazendas. Assim, o povoado desenvolvia-se e, em 1730, contava com 1.468 habitantes, segundo informações do Cabido de Olinda. Esse crescimento chamou a atenção de Bento Freire que, residindo na Fazenda Jardim, tomou a iniciativa de organizar um povoado. Bento Freire pleiteou uma concessão, deslocando-se à Bahia a fim de obter da Casa da Torre a doação da sesmaria cujas terras seriam patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios. Conquistado o pleito, coube a Bento Freire erguer a primeira capela em louvor a Nossa Senhora dos Remédios - atual Igreja do Rosário dos Pretos. Bento Freire tornara-se o primeiro administrador do patrimônio da "Freguesia de Nossa Senhora dos Remédios do Jardim do Rio do Peixe elevando-o a povoado.
As terras do antigo Jardim do Peixe pertenciam ao Coronel Francisco Dias D'Ávila e sua mãe D. Inácia D'Araújo Pereira, família fidalga da Casa da Torre da Bahia, que as doaram ao patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios em 1740 por solicitação de Bento Freire. Porém, o processo estendeu-se até 1756 com muitas idas e vindas de Bento Freire à Bahia quando, finalmente em 1760, obteve a sentença que legalizou, em definitivo, a constituição do patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios. Bento Freire administrou o Patrimônio até 1765, coroando com sucesso um esforço de quase meio século de lutara para erguer o que viria a ser o município de Sousa.
O povoado do Jardim do Rio do Peixe, nome primeiro do habitat, foi elevado à categoria de Vila por decisão do Reino, expressa por força de autoridade da Carta-Régia de 22 de Julho de 1766. Mesmo ostentando a condição de distrito, permaneceu o povoado com o seu nome primitivo. Em 1784, a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios foi desmembrada da Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pombal.
No dia 4 de junho de 1800, o Ouvidor Geral José da Silva Coutinho, instala oficialmente, a Vila Nova de Sousa através da Resolução do então Governador de Pernambuco, data de 26 de março de 1800 após pleito da comunidade através de requerimento encabeçado por Patrício José de Almeida, Matias de Figueiredo Rocha e Pe. Manoel Vieira da Silva. Um dia antes, o Capitão Alexandre Pereira de Sousa fez uma doação de terras para o patrimônio do crescente povoado. Foi através da Lei Provincial de nº 28, de 10 de julho de 1854 que a Vila de Sousa foi elevada à categoria de cidade passando, na oportunidade, a denominar-se Sousa, conhecida hoje por "Cidade Sorriso".
Geografia
O relevo do município está incluído na chamada Depressão Sertaneja, com a predominância de superfícies planas cercadas por eventuais áreas mais de maior altitude. Quanto à pedologia, dois tipos de solo são predominantes, sendo eles o podzólico vermelho-amarelo equivalente eutrófico e o vertissolo, havendo áreas menores dos solos litólico eutrófico e bruno não cálcico. Tanto este último quanto os podzólicos, na nova classificação brasileira de solos, constituem os luvissolos, os solos litólicos são os neossolos e os vertissolos mantiveram sua denominação original.
Esses solos, por serem pouco profundos, são cobertos por uma vegetação xerófila de pequeno porte, a caatinga, que perde suas folhas na estação seca. Sousa abriga o Monumento Natural Vale dos Dinossauros, sítio arqueológico e unidade de conservação estadual criada pelo decreto 23.832 de 27 de setembro de 2002, que abriga a maior incidência de pegadas de dinossauros no mundo e fósseis de mais de oitenta espécies, com idade estimada em cerca de cem milhões de anos.
O município encontra-se com toda sua área territorial inserida na sub-bacia do Rio do Peixe, dentro da bacia hidrográfica do Rio Piranhas–Açu, sendo atravessado pelos rios do Peixe (este cortando a cidade), Piranhas Velho e Piranhas, além de vários outros riachos. O principal reservatório é o Açude São Gonçalo, no distrito homônimo, com capacidade para 40.582.277 m³. Este reservatório foi projetado por engenheiros dos Estados Unidos e teve sua construção sido iniciada em 1922, sendo inaugurado em 1936, contando com a participação do presidente Getúlio Vargas. Além de São Gonçalo, outros açudes do município são: Juá, dos Patos e Velho, além das lagoas da Estrada, de Forno e da Vereda.
Clima
O clima sousense é tropical semiárido, do tipo Bsh segundo Köppen, com temperaturas elevadas e chuvas concentradas entre os meses de janeiro e abril.
Conforme dados da Agência Executiva de Gestão de Águas do Estado da Paraíba (AESA), desde dezembro de 1910, quando teve início o monitoramento pluviométrico na cidade, o maior acumulado de chuva em 24 horas chegou a 178 mm em 6 de fevereiro de 1981.
É no município de Sousa, mais exatamente no distrito de São Gonçalo, onde o Sol mais brilha no Brasil, ultrapassando 3 200 horas/ano de insolação. Conforme dados da estação meteorológica operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no distrito, a menor temperatura registrada no local foi 12,2 °C em 27 de junho de 2008 e a maior atingiu 39,8 °C em 16 de julho de 1997.
Economia
A economia da cidade é bastante diversificada, embora tenha o setor de serviços o maior responsável pela arrecadação de impostos no município. A cidade se destaca também na produção de coco.
Ainda no ramo agrícola, o projeto do Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa, conta com inovação produtiva no setor biodinâmico, em projetos de grande e pequeno porte, com destaque à recente retomada da cultura algodoeira no estado, através do Grupo Santana, empresa potiguar proprietária de mais de 1000 hectares do perímetro.
No Ramo industrial Sousa se destaca como uma das cidades mais industrializadas da Paraíba, com pouco mais de 164 indústrias.
Cultura
Sousa conta com o Centro Cultural Banco do Nordeste, um grande equipamento financiado pelo Banco do Nordeste, que se compara ao dos grandes centros e conta com biblioteca, biblioteca virtual, teatro e cinema.
Futebol
A cidade conta com os clubes de futebol local, como o Sousa Esporte Clube e a Sociedade Esportiva de Sousa.
Feriados
Em Sousa há dois feriados municipais, além de oito feriados nacionais e três pontos facultativos. Os feriados municipais são o dia 10 de julho, data de aniversário do município, e o dia 8 de setembro, dia da padroeira.
Referência para o texto: Wikipédia .