quinta-feira, 30 de novembro de 2023

ITAPAJÉ - CEARÁ

Itapajé é um município do estado do Ceará, no Brasil. Sua população de acordo com o Censo do IBGE, de 2022, era de 46.426 habitantes.
Etimologia
O topônimo Itapajé vem da língua tupi. Significa "feiticeiro de pedra", através da junção dos termos ita (pedra) e pajé (feiticeiro). Sua denominação original era Riacho do Fogo, depois Povoado de Nossa Senhora da Penha, Vila Constituinte, Santa Cruz de Uruburetama, São Francisco de Uruburetama, São Francisco e, desde 1931, Itapajé.
O mesmo termo também foi utilizado posteriormente para nomear o navio brasileiro Itapajé, utilizado no transporte de carga e de passageiros, torpedeado pelo submarino alemão U-161, em 26 de setembro de 1943, no litoral do estado de Alagoas. O nome Itapajé designava ainda um antigo porto na atual cidade de Itarema, no período colonial, época das charqueadas no Ceará.
História
As terras do atual município de Itapajé localizam-se na região centro-sul da Serra de Uruburetama, onde habitavam os índios Guanacés, Apuiaré e outras etnias de línguas Tupi e Tapuia.
A primeira descrição da região da Serra da Uruburetama encontra-se em "Relação do Maranhão de 1608", do padre jesuíta Luís Pereira Figueira, que relata sua incursão na "Serra dos Corvos", junto com o padre Francisco Pinto, em 1607, com a 'Missão do Maranhão' que tinha como objetivo de catequizar os índios Tabajaras da Serra da Ibiapaba.
Ocupação Europeia
No final do século XVII, com a definitiva ocupação da terras da Capitania do Siará Grande pelos portugueses, esta região começou a ser ocupada pela Lei de Sesmarias. O início da colonização da Serra da Uruburetama se deu quando, em 1720, foi concedida ao Capitão-Mor das Entradas Bento Coelho de Moraes e à sua neta Maria da Assunção uma data de sesmaria no centro da Serra da Uruburetama. Em 1739, Maria da Assunção recebe de seu avô a porção de terras entre o rio Mundaú e o rio Caxitoré, após seu casamento com Hilário Pereira Cordeiro. Já em 1750, o casal vende a data de sesmaria a Manoel Gomes Ramos, que a recebe em concessão no dia 7 de agosto de 1750.
No final do século XVIII, o Frei Vidal da Penha, em uma das suas visitas de desobriga (visita de um padre a um local que não tem padres), plantou, no reduto, o seu tradicional cruzeiro. No local erigiu-se a Capela de Nossa Senhora da Penha, primeiro nome do povoado que se formava no seu entorno com a chegada de portugueses que visavam à implantação a pecuária na região.
Em 1849, o povoado de Nossa Senhora da Penha é elevado à categoria de vila, com a denominação de Vila da Constituinte, pela Lei Provincial nº 502, de 22 de dezembro de 1849. A vila tornou-se a sede do município de Santa Cruz da Uruburetama em 1850, que teve seu território formado através do desmembramento de terras dos municípios de Fortaleza, Canindé e Itapipoca. Em 1859, a sede do município é transferido para a vila de São Francisco de Uruburetama, através da Lei Provincial nº 88, de 20 de julho daquele ano.
Itapajé entrou para história do Brasil como a segunda cidade a libertar escravizados, no dia 2 de fevereiro de 1883.
Antigas Denominações
Ao longo do tempo, Itapajé, que teve sua sede inicial no distrito de Santa Cruz, Itapajé, recebeu inúmeras denominações. Inicialmente fazia parte da Vila do Forte (atual Fortaleza), e era referenciada em diversos documentos oficiais como povoado de Nossa Senhora da Penha:
- Antes de 1800: Povoado de Nossa Senhora da Penha da Uruburetama, parte da Vila do Forte, atual Fortaleza (de acordo com documentos eclesiásticos antigos);
- 1818: Povoado de Santa Cruz, parte da Vila do Forte;
- 1846: Santa Cruz, parte do município da Imperatriz (atual Arapari, Itapipoca);
- 1849: Vila da Constituinte (atual Santa Cruz, Itapajé), elevado à categoria de município;
- 1850: Santa Cruz da Uruburetama;
- 1859: São Francisco da Uruburetama (sede do município transferida para a atual localização de Itapajé);
- 1893: São Francisco;
- 1931: São Francisco, voltando à categoria de povoado e anexado ao município do Arraial (atual Uruburetama);
- 1933: São Francisco, restaurado como município;
- 1943: Itapagé;
- 1989: Itapajé.
Geografia
Clima

Tropical quente semiárido, com pluviometria média de 836 mm com chuvas concentradas de janeiro a abril. Em 2011, segundo os dados da FUNCEME, a precipitação anual foi em torno de 95,3 mm.
Em Itapagé, a estação com precipitação é opressiva e de céu encoberto; a estação seca é abafada, de ventos fortes e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 20 °C a 34 °C e raramente é inferior a 19 °C ou superior a 35 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Itapagé e realizar atividades de clima quente é do meio de junho ao meio de outubro.
Hidrografia e recursos hídricos
As principais fontes de água são:
- Rios: Caxitoré e Itapajé, que deságuam no Rio Curu.
- Riachos: Camocim, Capim Açu, Eldorado, Ipu, São Joaquim e outros.
- Açudes: Caxitoré, 1 Adutora e 56 Poços. A Barragem do Ipu, construída durante o mandato do ex- prefeito Padre Marques, com recursos do governo do estado e inaugurado em 11 de maio de 2013, sua capacidade prevista é 4.850.000 m³.
Relevo e solos
Localizada na Serra de Uruburetama, tem, com principais elevações, as serras do Mulungu, de Uruburetama e das Vertentes.
O solo é composto de Luvissolos, Neossolos Litólicos, Planossolos solódicos e Argissolos.
Vegetação
Embora localizada na Serra de Uruburetama, a caatinga é a vegetação predominante, juntamente com resquícios de Mata Atlântica nas áreas de altitudes das serras.
Subdivisões
O município é dividido em onze distritos: Itapajé (sede); Aguaí; Iratinga; Santa Cruz; Baixa Grande; Soledade; Pitombeira; Serrote do Meio; São Tomé; Armador e Mulungu.
Economia
- Agricultura: algodão, banana, caju, mandioca, milho,feijão e manga. Pecuária: bovino, suíno e avícola.
- Artesanato: bordado.
Ainda encontram-se três indústrias sediadas no município: uma pequena indústria de doces, uma de confecções e uma, de maior porte, de fabricação de calçados.
Turismo
O turismo é uma das principais fontes de renda devido as atrações naturais tais como: Pedra do Frade, Piscina Natural (Soledade), Pedra da Caveira, Pedra das Noivas, Pedra dos Ossos; além de bicas naturais, trilhas para caça e serras verdes.
Cultura
Os principais eventos são:
- Aniversário da Assembleia de Deus Templo Central (20 de Julho)
- Encontro com Deus (Comunidade de Nova Vida)
- Festa do Padroeiro (São Francisco de Assis).
- Dia do Município.
- Festival de Quadrilhas Juninas
- Torneio Itapajeense de Motocross
- Grupos de jovens da Pastoral da Juventude
- Festa de Nossa Senhora da Penha no Distrito de Cruz
Futebol
Quando o Itapajé Futebol Clube se encontra na 2ª Divisão do Campeonato Cearense, torcedores de várias localidades se deslocam para o município para o estádio municipal Raimundo Vieira, principalmente para acompanhar as equipes do Fortaleza Esporte Clube e do Ceará Sporting Club, as duas maiores agremiações futebolísticas do Estado e donos das maiores torcidas.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

SANTO ESTEVÃO - BAHIA

Santo Estêvão é um município brasileiro do estado da Bahia. 
A cidade se apresenta com 242 metros de altitude. Faz parte do Vale do Paraguaçu. Sua população era de 52.276 habitantes de acordo com o Censo do IBGE de 2022, distribuídos em 366,597 km² de área.
História
No século XVIII, chega ao Brasil navio com imigrantes portugueses, entre eles o padre José da Costa Almeida, vindo fixar-se em terras do município de Cachoeira do Paraguaçu, às margens do rio Cavaco, com aproximadamente 3 léguas de terra, possuindo uma sesmaria, na região hoje conhecida por Santo Estevão Velho, onde construiu a sede da fazenda e uma pequena Capela sob o orago de Santo Estevão, imagem trazida de Portugal.
Tempo depois, em 1739, fugindo da seca que assolava a região, o padre José da Costa Almeida envereda sem destino à procura de água doce para si e seu rebanho. Quilômetros depois ele é surpreendido por uma verde vegetação e um forte manancial, porém a água era salobra, levemente salgada, daí o nome “riacho do salgado”. Deixando os animais e empregados às margens do Riacho do Salgado, o padre José da Costa Almeida sobe o morro e descobre o planalto onde hoje é a Praça da Lua. Constrói então sua segunda sede, com casa, currais e pequena capela igualmente a primeira, sob o orago de Santo Estevão. Vai buscar a imagem do santo que estava na primeira capela, para colocar na nova. Só que no dia seguinte não se sabe como, a imagem havia voltado para a primeira capela. Este fato repetiu-se duas vezes. Na terceira vez o padre não insistiu, deixando a imagem onde estava e trazendo outra de Santo Antônio de Lisboa, em Portugal, dando origem, naquela época, ao nome do lugar Santo Estevão Novo.
Construída a capela em 1751 e dedicada a Santo Estevão, foi, em 1754, elevada à categoria de freguesia de Santo Estevão de Jacuípe. 
Sua formação territorial de inicio, 20 léguas de circunferência, estava situada entre os rios Paraguaçu e Jacuípe, este limitando-se ao norte com a de Nossa Senhora do Rosário da Cachoeira, e aquele ao sul, dividindo-a da de São Pedro de Muritiba.
Devido ao descaso do Padre José da Costa Almeida, que não ficara contente com a elevação da capela à freguesia, ficou ela em ruínas. 
O povoado Santo Estevão Novo só veio a desenvolver-se depois do ano de 1757, ano em que o 1º vigário, padre Antônio Rodrigues Nogueira, descrevendo a freguesia de Santo Estevão de Jacuípe, relata: “aqui não há povoação, nem rebanho junto, porque tudo são ovelhas desgarradas pelas distâncias em que moram uns dos outros”. Também nessa época, o referido vigário fez referência à capela inicial que estava arruinada e que “só não são deixados de administrar os sacramentos aos paroquianos porque os administro em casa de palha onde resido”. Parte daí o movimento para construção da igreja Matriz, que foi concluída muitos anos depois.
No ano de 1751 foi criada a freguesia de Santo Estêvão. Em 1827, tornou-se Distrito da Paz. Nessa época Santo Estêvão fazia parte de Cachoeira. Em 12 de julho de 1921 ocorreu a emancipação política de Santo Estêvão, desmembrando o novo município do território pertencente à Cachoeira. Em 21 de setembro do mesmo ano ocorreu a efetivação do novo município, sendo esta data feriado municipal.
Formação Administrativa
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, figura no município de Cachoeira o distrito de Santo Estêvão do Jacuípe. Assim permanecendo nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920.
Foi elevado à categoria de município, com a denominação de Santo Estêvão do Jacuipe, pela Lei Estadual n.º 1.481, de 12 de julho de 1921, sendo desmembrado de Cachoeira. Sede no antigo distrito de Santo Estêvão do Jacuípe. Constituído do distrito sede. Instalada em 21 de setembro de 1921.
Pelos Decretos Estaduais n.º 7.455, de 23 de junho de 1931, e n.º 7.479, de 08 de julho de 1931, o município de Santo Estevão do Jacuípe tomou a denominação de Santo Estêvão.
Pelo Decreto Estadual n.º 8.389, de 17de abril de 1933, é criado o distrito de Patos e anexado ao município de Santo Estêvão.
Em divisão administrativa referente ao no de 1933 o município é constituído de 2 distritos: Santo Estêvão e Patos. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 141, de 31 de dezembro de 1943, retificado pelo Decreto Estadual n.º 12.978, de 1º de junho de 1944, o distrito de Patos tomou a denominação de Ipecaetá.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944 a 1948 o município é constituído de 2 distritos: Santo Estêvão e Ipecaetá. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1
º1950.
Pela Lei Estadual n.º 628, de 30-12-1953, é criado o distrito de Cavunge, com terras desmembradas do distrito de Ipecaetá, e anexado ao município de Santo Estêvão.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955 o município é constituído de 3 distritos: Santo Estêvão, Ipecaetá e Cavunge. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960.
A Lei Estadual 1.726, de 19 de julho de 1962, desmembra do município de Santo Estêvão dos distritos de Ipecaetá e Cavunge, para constituírem o novo município de Ipecaetá.
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963 o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.
Geografia
Santo Estêvão tem a topografia em forma de tabuleiros, assim como Feira de Santana e clima comum ao agreste baiano.
Santo Estêvão tem, uma geografia semelhante a de estados como Goiás e Tocantins, por ser de topografia plana. Em certas épocas do ano, devido ao tempo seco, muitos agricultores chegam a perder cabeças de gado. Sua urbanização é maior que 50%.

Clima
Em Santo Estêvão, o verão é longo, quente, opressivo e de céu quase encoberto; o inverno é curto, morno, abafado e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 18 °C a 35 °C e raramente é inferior a 15 °C ou superior a 38 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Santo Estêvão e realizar atividades de clima quente é do fim de maio ao meio de outubro.
A estação quente permanece por 5,7 meses, de 12 de outubro a 3 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 34 °C. O mês mais quente do ano em Santo Estêvão é fevereiro, com a máxima de 35 °C e mínima de 22 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,5 meses, de 3 de junho a 20 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 30 °C. O mês mais frio do ano em Santo Estêvão é julho, com a mínima de 18 °C e máxima de 29 °C, em média.
Economia
Santo Estêvão é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pelo elevado potencial de consumo.
No ano, o município acumula mais admissões que demissões, com um saldo de 196 funcionários, onde destacam-se positivamente a fabricação de calçados, as farmácias, óticas e perfumarias e as atividades de assistência a portadores de distúrbios psíquicos, deficiência mental e dependência química. Além disso, houve incremento de 25 novas empresas na cidade.
Cultura
A comemoração do São João é um dos pontos de maior referência na cultura do município, elogiado pelos moradores e turistas. Santo Estevão atrai uma multidão quando o assunto é festa de junina. A cidade se ilumina e ganha estrutura de um autêntico arraiá. Por dia, a praça recebe mais de 30 mil pessoas. Essa época é o ápice da cultura no município.
Toda a festa e agitação acontecem na Praça Sete de Setembro, no centro. Para os turistas que não conhecem a cidade, as bandeirolas são um guia para o palco principal. Este recebe atrações do autêntico pé de serra, forró e sertanejo universitário, que atrai principalmente os jovens. A praça fica lotada. As barracas, com as diversas e saborosas comidas típicas, servem de reabastecimento para o público que curte e dança ao som das melhores bandas.
A comemoração do dia de Santo Estevão, o padroeiro da cidade, no dia 26 de dezembro também é muito comemorado por fieis tanto da zona rural como da zona urbana.
Educação
Os jovens acreditam que através da educação conseguirão melhorar sua qualidade de vida, sendo que muitos estudantes estão cursando cursos técnicos e nível superior, tanto no polo presencial da UNEB Ead do município, quanto na UEFS em Feira de Santana. Atualmente alguns estudantes fazem mestrado e doutorado na UEFS e na UFBA. Santo Estêvão abriga as seguintes instituições de ensino superior: Universidade Anhanguera; Pós-Graduação São Camilo; Unialphaville; UNYLEYA; Instituto Líbano; Escola Politécnica Brasileira e Unopar.
Turismo
Santo Estevão, a Joia do Paraguaçu é conhecida pela sua beleza, ruas e avenidas amplas e arborizadas, suas lagoas, parques e jardins e pela exuberância do Rio Paraguaçu, onde está sendo construído o maior Complexo Turístico da região. Santo Estevão é marcada pela hospitalidade e alegria do seu povo. Um município dotado de completa infraestrutura, o que tem atraído muitos investidores, impulsionando assim a economia local. Margeada pela principal rodovia, a BR-116, com acesso duplicado, Santo Estevão se tornou um rota privilegiada. Quem aqui chega, se apaixona. Difícil não se encantar com essa cidade que respira cultura, felicidade e muito aconchego.
O Município Santo Estêvão faz parte da Zona Turística Caminhos do Sertão e integra o Mapa do Turismo Brasileiro registrado no Sistema de Informações do Mapa do Turismo Brasileiro, certificado pelo Ministério do Turismo por meio do Programa de Regionalização do Turismo e dos Interlocutores Estaduais do PRT.
Os principais pontos turísticos de Santo Estêvão são: Avenida Getúlio Vargas; Centro de Abastecimento; Centro Cultural Temístocles Pires de Cerqueira; Cruzeiro do Monte; Igreja Matriz; Lagoa de Plinio; Praça Sete de Setembro e Porto Castro Alves.
Cultura
Santo Estêvão tem diversas festas populares, tais como:
- Janeiro - Festa da Lapinha com Dona Chica da Conga.
- Fevereiro - Lavagem do Porto Castro Alves.
- Março - Encontro de Cultura e Arte.
- Abril - Encenação da Via Sacra – Na Semana Santa.
- Junho - Forró da Modesto Gusmão com shows musicais e apresentação de quadrilhas juninas; Festival de Quadrilhas Juninas com shows musicais e barracas com comidas típicas; Quermesse da Vila com shows musicais e barracas com comidas típicas – 13 de Junho; São João da Praça – Shows musicais com artistas nacionais, estaduais e locais; São João nas Comunidades – Shows musicais, barracas com comidas e bebidas.
- Julho - Festa do Milho e da Agricultura Familiar com shows musicais e barracas com comidas típicas.
- Setembro - Festa da Colheita; FLISE – Festa Literária com shows municiais, participação de autores e artistas locais, estaduais e nacionais; Encontro Cicloturístico; Aniversário de emancipação política de Santo Estevão, Show musicais com artistas, nacionais, estaduais e locais, com barracas de comidas e bebidas – (21 setembro).
- Dezembro - Festa do Padroeiro; Festa da Bíblia.
A Feira Literária de Santo Estêvão
Um momento esperado na agenda de festividades de nossa cidade, a Festa Literária de Santo Estevão, no interior da Bahia, é um convite para que possamos mergulhar no fabuloso universo da literatura e reconhecer as diferentes manifestações artísticas e culturais que formam o mosaico de nossas identidades.
Um espaço potente, em que a construção de saberes e o compartilhamento de experiências se destacam como movimentos fundamentais para a defesa da arte e da cultura, a FLISE é um emaranhado de cores, linguagens, texturas e sons que desfilam pelas ruas da cidade e invadem as ondas de nossa imaginação, enquanto os artistas povoam a praça e promovem o encontro de gerações.
A zona rural se aproxima da zona urbana. Jovens e idosos se abraçam. Homens e mulheres caminham pela feira de mãos dadas. Pretos e brancos convocam suas memórias e constroem a história. A praça é mesmo do poeta. Um palco para as chegadas e partidas, um livro aberto para que todos os versos sejam escritos e as cantigas de amigo e de bem-dizer transbordem as margens do papel e ganhem vida em cada esquina.
A praça, este ano, habitará todos os campos da rede, estará diante dos seus olhos, na distância apenas de um clique. A festa continua e a literatura permanece viva. Afinal, a mão que planta é a mão que escreve e as sementes que repousam sobre o solo trazem flores e frutos, no aniversário dos cem anos dessa terra.
Esportes
Na área esportiva, a cidade tem um extenso e concorrido calendário onde se incluem:
- Março - Campeonato de Futebol Amador e o campeonato de Futebol Sub 20.
- Abril - Torneio de Vôlei Masculino e Feminino, e Passeio Ciclístico
- Maio - Etapa do Campeonato Baiano de Jiu Jitsu e a Etapa do Campeonato Baiano de Águas Abertas – Travessia no Rio Paraguaçu.
- Junho - torneio de handebol aqui em nossa cidade.
- Julho - edição da Copa de Bairro.
- Agosto - Etapa do Campeonato Baiano de Futsal. Também tem Passeio Ciclístico e o Torneio de Futebol Feminino.
- Setembro - mês de aniversário da cidade, tem Passeio Ciclístico e cicloturismo, tem o Campeonato de Futebol Master e mais uma edição da Copa Rural
- Outubro - Etapa do Campeonato Baiano de Canoagem
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Weather Spark ; IBGE ; Prefeitura de Santo Estêvão .

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

NAVIRAÍ - MATO GROSSO DO SUL

Naviraí é um município no estado do Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste do Brasil.
Foi fundada em 16 de abril de 1952 por vários pioneiros brasileiros e japoneses e emancipada em 1963. De ocupação inicial indígena, Naviraí, nos anos 1950, era apenas um campo desabitado. Foi a partir daí que começaram a chegar por avião e por barco os primeiros colonizadores de origem europeia. Em 1955, com a construção da estrada que liga Naviraí a Dourados, começou a se desenvolver mais rápido.
Atualmente, de acordo com o Censo do IBGE de 2022, a população da cidade é de 50.457 habitantes.
Os nascidos em Naviraí são denominados naviraienses. O município é conhecido pela sua diversidade de culturas, tendo influências japonesas, portuguesas, sul-americanas (paraguaias) e indígenas.
Naviraí também é centro episcopal graças à uma diocese presente no município.
O turismo vem sendo decisivo no desenvolvimento do mercado de trabalho local. Naviraí é um importante destino turístico nacional graças aos seus vários eventos e belezas naturais. No mercado turístico, Naviraí faz parte do chamado Cone-Sul de Mato Grosso do Sul. Entre os eventos importantes do município, os mais importantes são o Navi Folia (carnaval de rua do município), Exponavi (Exposição Agropecuária e Industrial de Naviraí, feira mais tradicional do cone-sul do estado), Fejunavi (festa junina do município) e Nippon Fest (evento baseado na cultura do Japão, com gastronomia e música típicas). 
Etmologia
Há duas versões sobre a origem do nome de Naviraí. A primeira versão indica que, quando chegaram na região os primeiros colonizadores europeus e encontraram os primeiros exploradores da erva-mate, já havia o pequeno rio de águas cristalinas chamado de Naviraí. De origem guarani, o nome Naviraí possui a seguinte definição: Na = impregnar-se; Virã (prefixo) = roxo/arroxeado; Í (sufixo) = pequeno; Ivira'i = arbusto pequeno; I (sujeiro = rio, arroyo, ou seja, Pequeno Rio Impregnado de Arbustos Roxos ou Rio Impregnado de Pequenas Árvores Arroxeadas.
Já a segunda versão, defende que Naviraí é um nome de origem castelhana que quer dizer natividade ou nascimento.
Naviraí tem algumas alcunhas que a descrevem, tais como Corredor do Mercosul (por ficar próximo a países vizinhos tais como o Paraguai), Capital do Cone Sul (principal cidade da região onde se localiza), Melhor traçado urbano de MS. O nome da cidade é abreviado geralmente para Navy. 
História 
A cidade de Naviraí foi um projeto urbanístico da Colonizadora Vera Cruz Mato Grosso Ltda de criar, em pleno território do então Mato Grosso, uma nova Canaã. Em 1952, chamou-se inicialmente povoado Vera Cruz, em função da colonizadora homônima, e desde 1958 possui o nome atual, quando Naviraí foi elevada a distrito. A partir de então, a cidade se desenvolveu e tornou-se uma das mais importantes de Mato Grosso do Sul graças aos seus primeiros empreendedores. Grande parte veio acreditando que a região se tornaria um grande polo regional de uma região rica. 
Em poucas décadas de fundação, foram três fases econômicas principais que podem ser divididos da seguinte forma: fase da extração da madeira e produção agrícola (notadamente o plantio de café); fase do grande ciclo da madeira e a modernização da agricultura (ciclo do algodão) e criação de gado; fase de desenvolvimento da agroindústria e a prestação de serviços (1990 em diante). 
Pré-fundação 
Fim da Guerra do Paraguai e conquista da região pelo Brasil 
Ao final da Guerra do Paraguai, não houve um tratado de paz entre os países envolvidos (Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai). Embora a guerra tenha terminado em março de 1870, os acordos de paz não foram concluídos de imediato. As negociações foram obstadas pela recusa argentina em reconhecer a independência paraguaia. O Brasil não aceitava as pretensões da Argentina sobre uma grande parte do Grande Chaco, região paraguaia rica em quebracho (produto usado na industrialização do couro). A questão de limites entre o Paraguai e a Argentina foi resolvida através de longa negociação entre as partes. A única região sobre a qual não se atingiu um consenso — a área entre o rio Verde e o braço principal do rio Pilcomayo — foi arbitrada pelo presidente estado-unidense Rutherford Birchard Hayes, que a declarou paraguaia. O Brasil assinou um tratado de paz em separado com o Paraguai, em 9 de janeiro de 1872, obtendo a liberdade de navegação no rio Paraguai. Foram confirmadas as fronteiras reivindicadas pelo Brasil antes da guerra. Estipulou-se também uma dívida de guerra que foi intencionalmente subdimensionada por parte do governo imperial do Brasil mas que só foi efetivamente perdoada em 1943 por Getúlio Vargas, em resposta a uma iniciativa idêntica da Argentina. O reconhecimento da independência do Paraguai pela Argentina só foi feito na Conferência de Buenos Aires, em 1876, quando a paz foi estabelecida definitivamente.
Em 13 de setembro de 1943, foi criado o Território Federal de Ponta Porã pelo presidente Getúlio Vargas, que abrangia os municípios de Dourados (que, até então, incluía Naviraí), Porto Murtinho, Miranda, Nioaque, Bela Vista, Ponta Porã, Maracaju e Bonito (sendo Ponta Porã sua capital). Este durou apenas três anos (1943 a 1946), sendo reintroduzido ao estado de Mato Grosso em 7 de janeiro de 1947.
Fundação 
A ocupação do distrito de Naviraí se inicia com a fase de consolidação da economia cafeeira no País Oitenta anos após a anexação do território pelo Brasil, a cidade de Naviraí foi criada com base em projetos privados bem-sucedidos de colonização com projeto baseado nas mais avançadas normas de desenvolvimento de sua época, sendo um modelo técnico de traçado urbano que demonstrasse um estilo de funcionalidade racional. O desenvolvimento de Naviraí inicialmente foi muito mais pela ação dos desbravadores, migrantes e imigrantes de várias partes do Brasil e exterior do que pelo desenvolvimento dos provedores e técnicos da Colonizadora Vera Cruz Mato Grosso, fundada em 16 de abril de 1952 por empresários japoneses e brasileiros. Chamado inicialmente de povoado Vera Cruz, pois era alcançado apenas por via fluvial através do Rio Amambai, começou a ser povoado por diversos povos a partir de então. Os primeiros núcleos familiares começaram a construir seus ranchos de tronco e sapê onde se localiza atualmente o Rancho São Lucas, que já era habitado anteriormente pelos índios guaranis. No ano seguinte, surgiram as primeiras serrarias e várias fábricas de beneficiamento de madeira, então bastante abundante nesta região.
Nos anos 1950, o acesso à região era praticamente inexistente. Apenas no ano de 1955 foi concluído um acesso rodoviário precário que fez a ligação inicialmente de Vera Cruz à cidade de Dourados e, com isso, começou um desenvolvimento mais acelerado a partir de então. A localidade de Vera Cruz passa a ser distrito com o novo nome de Naviraí (nome que permanece até hoje), em 22 de dezembro de 1958, pela Lei Estadual nº 1195. Nessa mesma época, seu território passa a ser subordinado ao novo município de Caarapó, que foi desmembrado de Dourados. Intensificação do povoamento e criação do município de Naviraí 
É inegável que as ações da Colonizadora Vera Cruz proporcionaram, ao núcleo naviraiense, características únicas com relação a outros centros urbanos fundados no resto do Brasil. A fama de cidade moderna e planejada conhecida atualmente (inclusive pelos visitantes e turistas que a frequentam) já era conhecida desde a sua fundação, com inspiração no conceito de uma cidade planejada. E realmente o Produto Naviraí foi idealizado especialmente para ser um grande negócio tanto para a colonizadora quanto para os que aí vivem e investem. Essa situação tomou forma entre os anos 1960 e 1970 e Naviraí tornou-se um atrativo para todas as pessoas que se estabeleciam, trabalhando nas matas ou lavouras, e também comerciantes que viam oportunidade de montar um negócio baseando-se na grande quantidade de matérias-primas e falta de produtos finais, especialmente para venda.
O processo acelerado de urbanização contribuiu para o surgimento de inúmeras oportunidades de trabalho, atraindo migrantes de diversas regiões do Brasil, especialmente dos vizinhos estados do Paraná e São Paulo, proporcionando enriquecimento para alguns e sobrevivência para outros. A atividade comercial logo se mostrou próspera no primeiro ciclo de desenvolvimento, uma vez que a atividade agrícola e a extração de madeira eram forças motoras do crescimento da cidade e eram enviadas principalmente para os grandes centros consumidores.
Em 11 de novembro de 1963, Naviraí foi elevado à categoria de município pela Lei Estadual nº 1.944, sendo desmembrado do município de Caarapó e instalado em 16 de maio de 1965. Em 29 de novembro de 1973, a Lei Estadual nº 3.437 elevou Naviraí à categoria de Comarca. Em 1977, o município passa a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul.
Geografia
Solo
O solo é fértil e constituído de latossolo vermelho-escuro (conhecido popularmente por terra roxa) com caráter álico. Junto a importantes linhas de drenagens, são encontrados Argissolos de textura arenosa/média e, mais próximos a estas, Planossolos.
Relevo e altitude
A altitude média na sede do município é de 362 m. O relevo do município de Naviraí pertence à formação Caiuá, de idade cretácea superior. Apresenta três tipos de relevo: Relevo plano geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva; Relevos elaborados pela ação fluvial e Áreas planas resultante de acumulação fluvial sujeita a inundações periódicas.
Clima
O município está sob influência do clima tropical (AW) e está bem próximo da linha divisória com o trópico de capricórnio, sendo caracterizado pelo verão chuvoso e inverno seco.
O período de chuvas tem início em setembro e termina em março ou abril com maiores precipitações em dezembro e janeiro. A precipitação média anual varia entre 1.400 mm e 1 700 mm. O mês mais chuvoso é janeiro.
A temperatura mínima pode baixar de zero grau e a máxima pode ultrapassar os 40 ºC, sendo a temperatura média em torno de 22 °C.
Hidrografia
O Aquífero Guarani passa por baixo de Naviraí, sendo o município detentor da maior porcentagem do Aquífero dentro do território brasileiro. Os Rios do município são: Rio Paraná; Rio Amambai; Rio Curupaí; Rio Ivinhema e Rio Laranjaí. 
Outros rios 
- Rio Amambai - afluente pela margem direita do rio Paraná; limite entre os municípios de Iguatemi e Naviraí, Naviraí e Itaquiraí. Possui 340 km de extensão, sendo 90 km navegáveis. 
- Rio Curupaí - afluente pela margem direita do rio Paraná. Bacia do rio Paraná. Faz divisa entre o município de Jateí e Naviraí. 
- Rio Ivinhema - afluente pela margem direita do rio Paraná e limite entre os municípios de Taquarussu e Jateí, com a extensão de 200 km, era totalmente navegável (hoje, só pouco mais de 100 km). É formado pela confluência dos rios Brilhante e Dourados. 
- Rio Laranjaí - afluente pela margem direita do rio Ivinhema, no município de Naviraí; sua nascente é anterior a uma linha seca de limites no município de Juti. 
Vegetação
A cidade localiza-se na região de influência do Cerrado (savana), revelando a presença de fisionomias desta região e domínio também da Mata Tropical. Sua principal característica são as árvores emergentes deciduais como: peroba, cedro, angico vermelho e canafístula.
Fauna
A região de Naviraí se localiza em uma floresta tropical (Mata Atlântica) sendo formada principalmente por árvores de grande porte. Nela vivem muitas espécies de animais, como onças, macacos, jaguatiricas e tucanos. É grande também a variedade de insetos e de peixes.
Economia
Em 1953, por intermédio de vários pioneiros, foram inauguradas as primeiras indústrias de madeira na região, por causa da abundância de madeira e lenha. Dezesseis anos após a emancipação do município, em 1979, empresários visionários e progressistas resolveram implantar o Sistema Pró-álcool em Naviraí.
Atualmente é o principal centro do cone sul do estado, cuja principal atividade econômica é a agropecuária.
Naviraí é sede de algumas corporações de renome regional e até nacional tais como Cooperativa Agrícola Sul-Matogrossense, e Erva Mate Campanário.  
Várias indústrias veem, em Naviraí, um campo favorável para a instalação de suas fábricas, pois o município é um grande celeiro de matéria-prima, o que significa um baixo custo de produção.
Com localização estratégica, aproxima os grandes centros comerciais do Brasil e América do Sul e é importante porta de entrada dos turistas procedentes do estado, de outras regiões, do Paraguai, Argentina, Uruguai e em direção ao Pantanal. Destacam-se monumentos, praças, parques, balneários e as festas regionais entre elas as juninas.
Turismo
Os Principais pontos turísticos da cidade são: o Parque Natural Municipal do Córrego Cumandaí; o Parque Infantil Cantinho do Céu; o Parque Sucupira; a Praça dos Pioneiros; a Praça Euclides Antônio Fabris e a Praça Jardim Paraíso
Os locais onde ocorrem eventos e apresentações localizados na cidade são: Arena Beer -  casa de shows e Parque de Exposições Tatsuo Suekane.
O Calendário de eventos da cidade contempla: Fejunavi: festa junina do município; Coopercountry: festa de rodeio do município; Exponavi: a Exposição Agropecuária e Industrial de Naviraí; Motocycle: evento motociclístico anual do município; Festa dos Caminhoneiros: evento direcionado aos caminhoneiros e Navi Folia: carnaval de rua do município.
Um dos destaques do turismo rural no município é o Assentamento Juncal, com oferecimento dos seus produtos hortifrutigranjeiros.
Educação
A rede profissionalizante de ensino é um complemento da rede fundamental de ensino que forma alunos para função empregatícia e profissional.
No ensino superior, as Faculdades presenciais na cidade são as seguintes: Anhanguera Educacional (Anhanguera): pertencente ao Grupo Kroton Educacional; Faculdades Integradas de Naviraí: fundada em 1987; Instituto Federal de Mato Grosso do Sul: faculdade que oferece tanto cursos técnicos quanto superiores; Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul: fundada em 1994 e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul: o câmpus de Naviraí iniciou as atividades em 2009.
Cultura
Basicamente, a cultura naviraiense é vinculada aos migrantes e imigrantes que aportaram na cidade em diversas épocas. Do Brasil, destacamos a cultura paranaense, gaúcha, catarinense, paulista e mineira. Do exterior, destacamos a cultura japonesa, árabe e de países vizinhos como a paraguaia. Em Naviraí o artesanato apresenta detalhes em tela e escultura típicas da região. Um local de destaque para compra de produtos artesanais é o Mercado Municipal. Há também a Feira de Artesanato do município.
Os gêneros musicais típicos de Naviraí são, em grande parte, provenientes do Paraguai, também tendo influências de outras regiões do Brasil, sendo que os principais são: Chamamé; Guarânia; Moda de viola; Polca paraguaia;  Sertanejoe Vanerão.
As danças típicas de Naviraí têm origens diversas, mas grande parte se origina de danças semelhantes do Paraguai e Região Sul do Brasil. Destacam-se o Chupim; a Mazurca; a Palomita; a Polca de Carão; o Toro Candil; o Xote aos Pares e o Xote Inglês.
Naviraí é uma cidade que pensa o futuro, inclusive na questão de eventos culturais. Os principais eventos culturais são realizados nos seguintes locais: a Casa de Cultura de Naviraí; o Mercadão de Naviraí e o Museu Ambiental.
Esporte
A cidade de Naviraí sempre teve glórias no futebol. Atualmente Naviraí possui um time de futebol chamado Clube Esportivo Naviraiense. O time foi campeão estadual da série B em 2007, e da série A em 2009 e também disputou o Campeonato Brasileiro da Série D, em 2009, e a Copa do Brasil, em 2010 e 2011.
Naviraí é uma cidade que possui um bom número de praças esportivas. Um deles é o Estádio Virotão, que é a principal praça esportiva da cidade, com capacidade para 5 mil torcedores. Na cidade também há o Estádio Pacolão, de menor tamanho.
Naviraí possui um ginásio municipal, o Poliesportivo de Naviraí, situado entre as avenidas Amambai e Glória de Dourados
A cidade também realiza, todos os anos, sua etapa do campeonato estadual de motocross. A cidade possui um dos melhores motódromos do Estado, que se situa ao lado do Estádio Virotão.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO

São José do Rio Pardo é um município brasileiro do estado de São Paulo. Sua população, conforme censo do IBGE de 2022, era de 52 204 habitantes.
História
Segundo Rodolfo José Del Guerra, historiador e cronista da cidade, em seu livro “São José do Rio Pardo: história que muitos fizeram”:
    “(…)em 4 de abril de 1865 alguns fazendeiros se reuniram, traçando os planos para edificar a capela, primeira etapa para a criação da futura freguesia.
    A 30 de maio de 1873, o Vigário Capitular do Bispado de São Paulo assinou documento autorizando bênção e celebração da missa e dos demais ofícios divinos na Capela de São José do Rio Pardo, filial da Matriz do Espírito Santo do Rio do Peixe. A primeira missa só foi celebrada em 19 de março de 1874.
    A Capela Curada de São José foi elevada à categoria de freguesia em 14 de abril de 1880, pela Lei nº 70, da Assembleia Provincial. São José do Rio Pardo, desanexou-se da vila de Caconde, passando à de Casa Branca, constituindo-se em paróquia, confirmada pelo Bispo de São Paulo, em 1 de fevereiro de 1881.
    Pela Lei nº 49, de 20 de março de 1885, a freguesia foi elevada à categoria de vila, vinte anos depois daquela primeira reunião dos fundadores. Mas outra lei determinava que sem o edifício da Casa de Câmara e Cadeia, construído às expensas dos respectivos povos, a Vila não poderia ser instalada.
    Chegou 1889, o ano da Proclamação da República. Um acontecimento político, ocorrido em 11 de agosto, três meses antes da Proclamação, ressoou, projetando nacionalmente a Vila de São José do Rio Pardo. O episódio teve seu prelúdio em junho, quando membros da Sociedade Italiana XX de Setembro, infiltrada de republicanos, depois de uma festa de assentamento da pedra fundamental de sua sede, saíram às ruas, cantando a Marselhesa, defrontando-se com monarquistas. Houve agressão, confusão e envio de tropas. Dois meses passados, depois de aparente paz, a contenda recomeçou. Na noite de 10 de agosto, o Hotel Brasil, do republicano Ananias Barbosa, foi atacado pela polícia, depois de uma reunião e homenagens ao pregador republicano e líder, Francisco Glicério… A 11 de agosto de 1889, os republicanos (…) apoderaram-se do edifício da Casa da Câmara e Cadeia, que representava a força e a lei, hasteando, a bandeira revolucionária de Júlio Ribeiro, proclamando a República, sob o som da proibida Marselhesa.”
São José do Rio Pardo foi uma região das mais produtivas do café, o "ouro verde", e contava com dezenas de fazendas monocultoras que durante o século XIX usaram a mão de obra do escravo africano, que foi sistematicamente substituída pelo imigrante italiano, que após a "Quebra" da Bolsa de Nova Iorque adquiriram seus quinhões de terra que hoje compõe a geografia agropastoril do município.
No início do Século XX, São José do Rio Pardo acolheu grande quantidade de imigrantes, principalmente italianos. Também foi no município que Euclides da Cunha escreveu sua obra prima, Os Sertões, durante o período em que viveu e trabalhou no município, entre 1898 e 1901.
Euclides da Cunha
O escritor de Os Sertões redigiu o livro em 1902, juntamente com a construção da Ponte de São José do Rio Pardo. A chamada Casa de Zinco, feita de folhas de zinco, na qual Euclides escreveu e projetou suas obras está localizada à beira do rio Pardo e ao lado de sua ponte, protegida por uma casa de vidro.
Devido à concepção d´Os Sertões nesse município, a Casa de Cultura Euclides da Cunha promove a Semana Euclidiana e a Maratona Euclidiana dos dias 9 a 15 de agosto; trata-se de eventos destinados a alunos das escolas do município e de outros.
Geografia
Relevo

O ponto mais alto do município é o Morro da Antena (canal 2), com 1.050 metros de altitude. O município encontra-se inserido no Planalto Atlântico, definido como uma das províncias geomorfológicas do Estado de São Paulo por ALMEIDA (1964) corresponde, geologicamente, a faixas orogênicas antigas com litologias de rochas cristalinas pré-cambrianas, cortadas por rochas intrusivas básicas e alcalinas mesozóico-terciárias. Quanto às formas o modelado dominante no Planalto Atlântico constitui-se por topos convexos, elevada densidade de canais de drenagem e vales profundos. É a área do Domínio dos Mares de Morros .
Clima
O clima de São José do Rio Pardo é tropical de altitude (Cwa). A temperatura máxima já registrada no município, foi de 36,4 °C em 26 de setembro de 2003, e a mínima foi de 0,5 °C, em julho de 1994. O clima do município é amenizado por sua localização geográfica no vale do Rio Pardo, entre as montanhas da Serra do Cervo (braço da Serra da Mantiqueira). A média das temperaturas máximas varia entre 25 °C e 30 °C durante o ano, e média das mínimas cai para próximo de 10 °C no inverno. As chuvas se concentram na primavera e verão (entre outubro e março), sendo janeiro, em média, o mês mais chuvoso. O inverno é seco e apresenta grande amplitude térmica. Massas de ar polar oriundas da Antártida limpam o céu e derrubam a temperatura em alguns dias, podendo criar condições para a ocorrência de geadas. Julho é o mês menos chuvoso e mais frio.
Vegetação
A forma de vegetação predominante no município é a floresta estacional semidecidual, conhecida também como Mata Atlântica de Interior. A característica mais marcante desta floresta é que ela perde suas folhas na estação seca, e principalmente de maio a setembro. Outra característica importante desta região é a presença de uma transição do Cerrado para Floresta Estacional, com a presença de matas com características tanto de Cerrado quanto de Floresta (ecótono). Segundo último levantamento vegetacional realizado pelo Instituto Florestal do Estado de São Paulo, São José do Rio Pardo carece de áreas florestais de grande porte, sendo mais comuns no município pequenos fragmentos de vegetação em topos de morros e fundo de vales.
Fauna
Por estar localizado em uma área de transição vegetacional, São José do Rio Pardo abriga uma rica fauna. Já foram avistados na região exemplares de onça-parda (Puma concolor), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), este último muito comum nas fazendas. Nas últimas décadas houve um declínio da população de peixes, provocado pelo barramento do Rio Pardo para geração de energia elétrica. Peixes introduzidos pelo homem, como a tilápia, predominam nos rios do município.
Conservação da biodiversidade
Apesar de estar inserido em uma área de grande importância biológica, poucos estudos são feitos no município no sentido de estimar e conhecer a real biodiversidade local. Não existe nenhum parque ou área protegida para conservar os resquícios de mata existentes no município. A ONG Grupo Ecológico Nativerde atua em prol do meio ambiente no município.
Aeroporto
A cidade conta com o Aeroclube de São José do Rio Pardo, SP (ICAO SIPA) Coordenadas 21 38 41S/046 56 00W Pista 14 – (1200 x 18 ASPH 7/F/B/X/T) – 32
Educação
O município possui duas instituições de ensino superior: a Faculdade Euclides da Cunha (FEUC) e um campus da Universidade Paulista (UNIP), além de uma unidade da Escola Técnica Estadual (Etec de São José do Rio Pardo) do Centro Paula Souza (Ensino Médio, Ensino Médio Integrado - Informática para Internet, Ensino Técnico: Administração, Química, Informática e Segurança do Trabalho) e também o Centro Universitário Uninter e de uma extensão do Conservatório de Tatuí.
Economia
São José do Rio Pardo é um município de grande relevância na região que se destaca pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são os pontos de atenção.
No ano de 2023, o município acumula mais admissões que demissões, com um saldo de 1916 funcionários, onde destacam-se positivamente o transporte de carga (110), as lavouras temporárias (90) e as obras de infraestrutura para energia elétrica (73). Além disso, houve incremento de 213 novas empresas na cidade.
Turismo
Privilegiada pela natureza, São José do Rio Pardo é contemplada por diversos pontos turísticos a céu aberto, dentre eles a estátua do Cristo Redentor – no topo de uma montanha que emoldura a cidade; o Recanto Euclidiano – onde história, tradição e memória se encontram às margens do Rio Pardo; a Ilha de São Pedro – atrativo singular do turismo do interior paulista; cachoeiras, fazendas históricas e muitos outros para se conectar à natureza.
No espaço urbano, o Museu Rio-Pardense (espaço atualmente em reforma, fechado para visitação) conta um pouco da rica história da cidade e sua importância na cultura do café no Estado; a Casa Euclidiana – maior acervo brasileiro sobre a vida e obra do escritor Euclides da Cunha; o Centro Cultural Ítalo-Brasileiro – que preserva a história da imigração e a cultura italiana; a Ponte Metálica Euclides da Cunha; a Igreja Matriz e tantos outros espaços e atrativos de natureza artística, intelectual e cultural da cidade.
- Ilha de São Pedro - Situada praticamente no centro da cidade, é local de grande interesse turístico, sendo um dos mais visitados da cidade. Abriga um mini zoológico e um parque florestal. Recentemente passou por uma ampla reforma em suas instalações, que passou a contar com uma grande sala multiuso, apropriada para exposições de arte, apresentações musicais, aulas de educação ambiental, entre outras atividades. No mesmo local será instalada uma cafeteria, para apoio e alimentação dos visitantes. O acesso à Ilha se faz através de ponte pênsil.
- Cristo Redentor - Imponente estátua construída em Campinas e trazida desmontada para esta cidade, nos anos 40. Colocada num dos morros circundantes, tem ao todo 17 metros, sendo 5 do pedestal, que abriga pequena capela. Os 17 metros lembrariam as 17 letras do nome de São José do Rio Pardo. Descortina-se de lá excelente panorama. É ponto de grande interesse turístico, a que se chega por estrada asfaltada, com amplo espaço para estacionamento de veículos.
- Praça dos Três Poderes - A Praça dos Três Poderes reúne os poderes: legislativo, executivo e judiciário do município. Neste mesmo quarteirão, até 1908 existiu o primeiro Cemitério Municipal. Após a sua completa remoção, no local foi construído o Jardim do Artese, idealizado pelo artista e construtor Paschoal Artese, em 1914. Com a expansão da cidade, o espaço deixado pelo primeiro Cemitério Municipal e pelo Jardim do Artese foi ocupado pelo conjunto harmonioso de belos prédios dos Três Poderes: o Legislativo, com a Câmara Municipal, o Executivo, com a Prefeitura Municipal e o Judiciário, com o Fórum Jovino de Sylos, inaugurados em 15 de agosto de 1968, com a presença do Governador Abreu Sodré e secretários de Estado
- Alto da Fortaleza (Fortaleza Jesus, Maria e José) - Localizava-se à margem esquerda do Rio Jacuí, na altura da foz do Rio Pardo, então limite da região das Missões Jesuíticas, no local hoje conhecido como Alto da Fortaleza, na cidade.
Centro Regional de Cultura
- Cruz da Batalha do Barro Vermelho - Atacadas, as forças imperiais, pela retaguarda e de surpresa, feriu-se neste o local, no dia 30 de abril de 1838, o mais sangrento combate da Revolução Farroupilha. O local é assinalado por uma Cruz de pedra inaugurada por iniciativa do jornalista Guilherme de Paulo Barroso ao ser completado o centenário do feito.
- Igreja Bom Jesus dos Passos - A construção da Igreja Senhor dos Passos, iniciada em 1815 originou-se de um anseio, da irmandade de Caridade Senhor Bom Jesus dos Passos, sua atual mantenedora, de construir um templo para nele abrigar a imagem de sua devoção. Em 1872 foi reformada .
- Ponte do Couto - Ponte em arcos romanos, projeto de 1848 do engenheiro João Martinho Buff, e construção de  Antonio Luiz da Costa Esteves, em torno da qual existe a lenda do “Tesouro do Menino Diabo”. Era importante por ligar a zona colonial com a cidade e o porto do rio Jacui, por onde era escoada a produção, sua construção foi demorada, tendo ocorrido até um desmoronamento de suas paredes no inicio das obras.
- Praia dos Ingazeiros - Na confluência dos rios Pardo e Jacui, à 2km do centro da cidade, onde se realizam o campeonato Praiano e a Festa do Peixe, dotada de excelente infraestrutura, bares e barcos para passeio.
- Rua da Ladeira - Atual Rua Julio de Castilhos, foi a primeira rua calçada no RS, o que ocorreu no ano de 1813. Utilizando o trabalho escravo, segue o modelo da Via Appia Romana, com escoamento no centro do calçamento. Por ter sido a primeira rua calçada tem conservado o estilo original. Foi tombada pelo Patrimônio Histórico e artístico nacional em 1954.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Prefeitura da cidade de São José do Rio Pardo ; ATURVARP .

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

ROLIM DE MOURA - RONDÔNIA

Rolim de Moura é um município brasileiro do estado de Rondônia. Com uma população de 56.406 habitantes, segundo estimativas do IBGE de 2022, resultando na 6° cidade mais populosa de Rondônia.
História
Em meados dos anos 1970, os governos militares criaram, através da propaganda, com base na Lei de Segurança Nacional, a necessidade de ocupar a Amazônia. Foi daí que, em 1979, originou-se o Projeto de Colonização Rolim de Moura (destinado ao assentamento de colonos excedentes da extensão do Projeto Integrado de Colonização GY Paraná ou Ji-Paraná), implantado na área pelo INCRA, que distribuiu lotes de terras rurais a milhares de famílias. A partir de então as pessoas que chegaram às centenas começaram a erguer a cidade, inicialmente formada de barracos, mucambos, de pau a pique. Rolim de Moura foi elevada a categoria de município através do Decreto Lei Estadual nº 71, de 5 de agosto de 1983, desmembrado da área de Cacoal.
O nome da cidade foi dado em homenagem ao Visconde de Azambuja (ou Dom Antônio Rolim de Moura Tavares), segundo governador da capitania de Mato Grosso, pelos relevantes serviços prestados à região do vale do Guaporé.
Zona Rural
A zona rural rolimourense é traçada por estradas vicinais paralelas numeradas chamadas na região de "linhas". A distância entre uma linha e outra é em média 4 km. No centro da cidade no sentido Norte-Sul passa a linha 184, as demais linhas são paralelas e sua numeração acompanha a quilometragem.
Vegetação
A vegetação dominante é a Floresta Equatorial Amazônica com presenças esparsas de campos e cerrados.
Hidrografia
A hidrografia é representada pelos rios: Anta Atirada, Palha, Bambu, São Pedro e Rolim de Moura. Ambos afluentes do rio Machado, sendo que, o município é cortado ainda, por vários riachos e igarapés.
Clima
Equatorial quente e úmido atua na região. No período entre junho e agosto às massas de ar polar conseguem penetrar na região, assim derrubando os termômetros com temperaturas inferiores aos 20 °C. Esse fenômeno e caracterizado como friagem pode durar de 2 a 7 dias dependendo da situação, mesmo assim a friagem não provoca grandes mudanças nas médias mensais.
Economia
Rolim de Moura é um importante polo regional, sendo a cidade mais populosa e economicamente ativa da Zona da Mata Rondoniense, uma região de influência que abrange os municípios de Alta Floresta d'Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Castanheiras, Nova Brasilândia d'Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Parecis, Santa Luzia d'Oeste e São Filipe d'Oeste e que totaliza uma população de aproximadamente de 151.000 habitantes e área de 19.664 km².
As principais fontes de recursos da microrregião são a agropecuária e a indústria madeireira, as lavouras de relevância são as de arroz, café, milho e feijão, a pecuária extensiva ocupa grande espaço geográfico, sendo que o crescimento do rebanho microrregional, de gado, está estagnado pela superlotação das pastagens, existe um forte movimento de migração do rebanho de corte para o leiteiro devido a instalação de novas indústrias de processamento de leite.
Turismo
Entre os principais eventos que movimentam a economia e o turismo na cidade, estão a "Festa do Milho", evento gastronômico, e a "Feira Agropecuária de Rolim de Moura", uma feira agropecuária com shows, queima de fogos e rodeio profissional em touros.
Educação
Escolas Profissionalizantes 
As escolas profissionalizantes em Rolim de Moura são: Deltal e FASPTEC.
Ensino Superior
No Ensino Superior, a cidade conta com as seguintes unidades: Universidade Federal de Rondônia (UNIR); Universidade Aberta do Brasil (UAB); Faculdade de Rolim de Moura (FAROL) e Faculdade São Paulo (FSP).
Esportes
A cidade tem um representante na primeira divisão do Campeonato Rondoniense de Futebol, o Guaporé Futebol Clube. O clube manda seus jogos no Estádio José Ângelo Cassol, o "Cassolão".
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

HUMAITÁ - AMAZONAS

Humaitá é um município brasileiro localizado no interior do estado do Amazonas. Sua população, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 57.473 habitantes, conforme Censo de 2022.
Situada no entrocamento entre as rodovias Transamazônica e Manaus-Porto Velho, Humaitá é banhada pelo Rio Madeira, sendo uma das principais cidades da hidrovia homônima. A cidade faz parte também do chamado "Arco Norte Amazônico", com grande potencial agropecuário e logístico.
Toponímia
Segundo autores, a palavra vem do Tupi-guarani, significando "A pedra agora é negra" (Hu = negro, ma = agora, itá = pedra). Outros autores apontam para uma possível tradução do Guarani, significando "Pedra Antiga" (yma = antiguidade, itá = pedra). Já por Machado, Etimológico da Língua Portuguesa, o significado seria derivado do tupi (“mbaitá” = Papagaio pequeno) (Machado, 2003, pág. 246). Há também a língua da etnia Parintintin (“mu`tá” = Pau atravessado), pois era comum os antigos ica atrás do primeiro mercado municipal onde existia um buraco, para fazer armadilhas e pegar caça, pescar e avistavam as toras de madeira descendo rio abaixo. (Mª. G. Parintintin, 1994). Mas seu fundador dera este nome devido a uma das batalhas que o Brasil travou contra o Paraguai no Forte Humaitá.
História
Os primeiros habitantes da região foram os indígenas, que praticavam a economia de subsistência, como a caça, a pesca, o extrativismo e a agricultura familiar. Os rios Maici e Marmelo - também chamados de rios Torá e Tenharim - abrigavam a maior parte das etnias indígenas que povoavam o lugar, sendo grandemente numerosos. As principais etnias que habitavam a região eram os Parintintins e os Pirarrãs e outros Muras.
Humaitá remonta suas origens ao ano de 1693, com a fundação da Missão de São Francisco, fundada pelos jesuítas no rio Preto, afluente do rio Madeira.
José Francisco Monteiro, um comerciante, foi um dos primeiros colonizadores da localidade, que chegou à região em busca de riquezas em 15 de maio de 1869. Nesta época, a Missão de São Francisco, fundada pelos jesuítas em 1693, estava instalada num lugar chamado Pasto Grande, no Rio Preto, próximo à atual cidade. Por conta dos constantes ataques dos índios, a sede da freguesia foi transferida em 1888, com o nome de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Belém de Humaitá. A transferência ocorreu por força da Lei nº 790, de 13 de novembro daquele ano, e a transição foi feita pelo comendador.
O município foi criado pelo Decreto Nº 31, de 4 de fevereiro de 1890, tendo sua área territorial desmembrada do município vizinho de Manicoré, através do Decreto-Lei nº 95-A, de 10 de abril de 1891, assinado pelo governador Eduardo Ribeiro. Neste ano também aconteceu a fundação do primeiro jornal da cidade, O Humaythaense (o segundo jornal, O Madeirense, foi fundado anos depois, em 1917), assim como a vinda do primeiro destacamento da Polícia Militar do Amazonas para o município. Em outubro de 1894, no auge do Ciclo da Borracha, Humaitá foi elevada à categoria de cidade.
Geografia
Clima

Quente e úmido com duas estações do ano: uma chuvosa “inverno” que vai de outubro a abril e outra de estiagem “verão” que vai de maio a setembro. No meio do ano, às vezes acontece o fenômeno da “friagem” que é uma queda da temperatura provocada pelo deslocamento da Massa de Ar Polar Atlântica.
Vegetação
O município é coberto pela Floresta Amazônica com sua exuberante riqueza em espécies vegetais e animais. Com a chegada dos missionários no século XVII ainda possuía uma imensa floresta equatorial, porém com a exploração desordenada de madeira, animais e a formação de enormes campos para agricultura e a pecuária, muitas espécies vegetais desapareceram.
Relevo
Humaitá está a 90m acima do nível do mar, possui algumas praias como: Praia de São Miguel e Praia do Paraíso, localizada no rio Madeira; Praia do Ipixuna, localizada a 40 km no rio Ipixuna. Humaitá localiza-se na Planície Amazônica e seu relevo contém:
- Terra firme - terrenos altos que não alagam, onde nascem grandes árvores tanto para venda como para utilização local, como: castanheiras, seringueiras (Havea Brasiliense), cedro, itaúba, louro, pau-rosa, curupira, acariquara, jatobá.
Várzea.
- Terrenos baixos e alagadiços - localizados às margens dos rios, lagos e paranás. As espécies vegetais encontradas são: taxizeiro, marimari, samaúma e a muratinga. Após alagada, ela seca ficando com as terras férteis prontas para agricultura. Exemplos de várzea: Ilha das Pupunhas, Puruzinho, nestes terrenos aparecem extensões de areia (Praias). Existem as praias de São Miguel e Paraíso às margens do rio Madeira, e a Praia do Ipixuna às margens do rio Ipixuna a 40 km de Humaitá.
- Igapós - terrenos mais baixos das margens dos cursos d’água escura, vivem permanentemente alagados, existindo uma vegetação típica, como: apuizeiro, buriti, tarumanzeiro e marajazeiro. E é utilizado também para pesca.
Hidrografia
Rio Madeira, um dos maiores da Bacia Amazônica e de fundamental importância para a vida dos ribeirinhos. Dele se tira a água, o peixe e em alguns lugares o ouro, além de ser um importante meio de transporte. Fazem também parte da hidrografia os rios: Marmelo, Maicí, Machado e Ipixuna, além dos Igarapés Caxiri, Behém, Banheiro, Pupunha, Puruzinho, e dos Lagos: Pupunha, Paraíso, Uruapiara, dos Reis, do Antonio, do Acará entre outros.
Economia
A economia do município está baseada na agropecuária, extrativismo vegetal e indústria, principalmente madeireira. A agropecuária também está em expansão, já a indústria é incipiente.
Turismo
Situada próximo a divisa com o estado de Rondônia e distante da capital do estado Manaus, Humaitá destaca-se por suas belezas naturais. A região também atrai muitos turistas ligados a atividade da pesca.
Pontos turísticos
Os principais pontos turísticos da cidade são: Praia de São Miguel, localizada no Rio Madeira; Praia do Paraíso, também localizada no Rio Madeira; Praia do Ipixuna, localizada a 45 km da cidade, no Rio Ipixuna; Portal Rio Madeira, na entrada da Cidade e Orla de Humaitá, Localizada as margens do Rio Madeira em frente à praça da Matriz e da Catedral
Eventos
Seguem aqui os eventos do município:
- Agrotec.
- Festejos da Padroeira Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
- 15 de Maio (Aniversário de Humaitá).
Cultura
Conhecida como a Terra da Mangaba, Humaitá é um dos berços culturais e intelectuais do Estado do Amazonas. A cidade e riquíssima culturalmente devido à influência das várias culturas que a compõe, como indígena, negra e do sul do país. 
Os principais eventos na cidade são:
- Festival Folclórico de Humaitá - O evento difunde uma das maiores manifestações populares da cultura brasileira, as quadrilhas juninas e os bois bumbas. As agremiações se preparam durante meses para se apresentar no festival, que acontece em agosto. São esperados milhares de pessoas nas duas noite de festas entre população e turistas vinda dos diversos cantos do país. Apenas as agremiações convidadas se apresentam no evento.
- Expohuma (Exposição Agropecuária de Humaitá) - A Expohuma é uma das maiores festas do setor agropecuário no Amazonas, que é realizada anualmente pela Prefeitura de Humaitá, por intermédio das secretarias de Agricultura e Cultura, no período de setembro no Parque de exposições Dr Renato Pereira Gonçalves, localizado no quilômetro 6 da BR-319. O evento é realizado com muita animação, com provas de tiro de laço e tambor, montaria profissional em touros, exposições de animais – bovinos, suínos e equinos –, e exposição de produtos da agricultura familiar.
- “Rainha do Rodeio” - Este concurso tem suas peculiaridades e não basta, apenas, ser bonita e simpática para vencer. Além de desfilar sua beleza na passarela a candidata também tem que mostrar habilidade com o berrante e no manejo com o chicote, o que não são tarefas fáceis.
Ensino
Educação superior

As instituições de ensino superior presentes na cidade são: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas - IFAM; Universidade do Estado do Amazonas - UEA e Universidade Federal do Amazonas - UFAM
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

PIEDADE - SÃO PAULO

Piedade é um município brasileiro do estado de São Paulo, situado na Região Metropolitana de Sorocaba, na Mesorregião Macro Metropolitana Paulista e na Microrregião de Piedade.
Sua população, segundo o IBGE, e de acordo com o Censo de 2022 era de 52.970 habitantes.
História
Piedade foi conhecida como capital da cebola, chegando a ser a maior produtora do Brasil. Hoje, sua agricultura é diversificada destacando-se entre elas a alcachofra, morango e caqui. Também é conhecida pelas suas "cerejeiras do Japão", as quais enfeitam a cidade durante os meses de junho e julho, quando acontece sua florada. Na mesma época, a comunidade Japonesa da cidade comemora a festa da cerejeira.
No mês de maio é realizada a Festa do Kaki Fuyu (variedade muito plantada na região), festividade que reúne várias atrações relativas a colheita do fruto juntamente com o aniversário da cidade.
Geografia
O município encontra-se entre planaltos, no flanco interior da Serra do Mar, em área de preservação ecológica. A altitude varia de 750 a 1227m. Nas partes de vegetação primitiva, é coberto pela mata Atlântica.
Diversos rios, córregos e ribeirões pertencentes às bacias dos rios Tietê, Paranapanema e rio Ribeira de Iguape banham Piedade.
Possui uma área de 746,868 km².
A estrada que liga o centro de Piedade a Tapiraí, possui altitude média acima dos mil metros. O bairro Vila Elvio, junto à Reserva do Jurupará, possui, em sua capela, a altitude de mil metros, com morros relativamente mais altos nas cercanias.
Demografia
A população descende de pioneiros e nativos, não tendo recebido significativa mão de obra escrava. A imigração estrangeira ocorreu no final do século XIX ao início do século XX, com a chegada de japoneses, italianos e espanhóis advindos de outras regiões do estado e que auxiliaram o progresso da cidade. Devida ao clima muito frio e úmido, e também por sua reservas, a cidade recebeu inúmeros imigrantes alemães em busca do ar puro e do clima "europeu" da região. A presença principalmente de alemães, suíços e austríacos, mas também de holandeses, belgas, dinamarqueses, suecos e noruegueses não é organizada, não apresentando assim formação de colônias relevantes. Porém, no caso dos alemães, houve um bairro formado em Piedade com maioria dos habitantes de origem alemã, a Colônia da Roseira. Os alemães tiveram iniciativas importantes, como formação de escola alemã e sua presença na sociedade piedadense pode ser constatada pela existência de inúmeros sobrenomes alemães na região, representados por famílias como: Gunther, Hess, Schumacher, Friedrich, Werner, König, Müller entre outros.

Hidrografia
A hidrografia de Piedade está constituída do Rio Pirapora, Rio Sarapuí e Rio Turvo.
Clima
Em Piedade, o verão é morno, abafado, com precipitação e de céu quase encoberto; o inverno é curto, ameno e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 12 °C a 28 °C e raramente é inferior a 8 °C ou superior a 31 °C.
Baseado no índice de turismo, as melhores épocas do ano para visitar Piedade e realizar atividades de clima quente são do fim de março ao fim de maio e do meio de agosto ao meio de setembro. 
A estação morna permanece por 3,8 meses, de 30 de novembro a 23 de março, com temperatura máxima média diária acima de 26 °C. O mês mais quente do ano em Piedade é fevereiro, com a máxima de 27 °C e mínima de 19 °C, em média. A estação fresca permanece por 2,9 meses, de 15 de maio a 10 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 23 °C. O mês mais frio do ano em Piedade é julho, com a mínima de 12 °C e máxima de 21 °C, em média.  
Economia
Sua economia é essencialmente agrícola, fazendo parte do Cinturão Verde do Estado de São Paulo, abastecendo a metrópole com seus hortifrutigranjeiros. A proximidade do município ao mercado da Grande São Paulo foi responsável pelo significativo desenvolvimento da região.
Apresenta também destaque no turismo, com belezas naturais e diversas pousadas que apresentam como diferencial exatamente o contato com a natureza. O município também possui como atração turística uma fazenda de criação de camarões de água doce.
Piedade é um município com potencial para muitas atividades. Uma das quais está em crescimento acelerado nos últimos anos é a criação de cavalos que, anteriormente, abrangia somente a raça manga-larga, porém, no início do século XXI, o número de cavalos da raça crioula aumentou de forma significativa, assim como a quantidade de proprietários.
Outra fonte que se destaca na economia do município é a produção de alcachofra, sendo o maior produtor dessa hortaliça no Brasil.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

ACARÁ - PARÁ

Acará ou São José de Acará é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente a Microrregião de Tomé-Açu, localizado no norte brasileiro. O município possui uma população estimada em 59.023 habitantes, de acordo com o Censo 2022, do IBGE.
Etimologia
O nome da região Acará advém do rio de mesmo nome, onde Acará vem do tupi e significa "aquele que morde", em referência a peixe geofhagus brasiliensis, popularmente chamado de Cará ou Acará, encontrados nos rios de água doce da região.
História
O povoado foi criado durante a expansão das explorações portuguesas em direção ao interior da Província do Grão-Pará e Maranhão. Ao utilizarem a "estrada natural" do rio Acará, fundaram um núcleo de colonização na região da bifurcação do rio Acará, em seu principal acidente geográfico, entre os rios Acará-Miri (chamado pelos antigos e atuais moradores da cidade de Acará, como rio Pequeno), e Miriti-Pitanga (continuidade do rio Acará, após a cidade, que segue ao sul, para a região do Alto Acará).
Em 1833, com a divisão da Província em comarcas, ficou pertencendo a comarca de Belém.
Conforme João de Palma Muniz e Teodoro José da Silva Braga, em 1839 foi criada a Freguesia do Espírito Santo do Moju, sendo a região banhada pelo rio Acará anexada a esta Freguesia. Em 1840, foi determinado que esta região fosse dividida entre a Freguesia do Espírito Santo do Moju e a Freguesia de Nossa Senhora da Soledade de Cairary.
Em 1858, o povoado foi elevado ao estatus de Freguesia de São José, pelo então governador da Província Francisco Xavier de Mendonça Furtado.
A Freguesia desenvolveu-se devido a navegação fácil e as vastas terras férteis ótimas para a agricultura e, o potencial florestal para a atividade madeireira.
Em 1864, determinou-se que as Freguesias do Espírito Santo do Moju e a de Nossa Senhora da Soledade de Cairary fossem anexadas ao município de Belém e, por conseguinte, a região do vale do Acará também.
Em 1876, devido o desenvolvimento das áreas banhadas pelo rio Acará, levou o Legislativo Provincial criar o município denominado de São José de Acará. Então a Freguesia de São José de Acará foi elevada à categoria de Vila, desmembrando do município de Belém.
Em 1890, no período republicano, o Governo Provisório instalado no Estado, dissolveu a Câmara Municipal do município do Acará, criando o Conselho de Intendência Municipal.
Em 1930, o estatus do município foi alterada, perdendo a autonomia e tendo seu território anexado de volta ao município de Belém. Mas em 1935, foi novamente desmembrado de Belém e reconhecido como município autônomo.
Em 1955, o município de Acará passou por outra tentativa de desmembramento do seu território, para a criação do município de Tomé-Açu. Porém este ato foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Mas não por definitivo, pois em 1959, Ney Carneiro Brasil, líder político do então distrito de Tomé Açu, conseguiu que o governo do Estado promulga-se a Lei Estadual nº 1725, elevando o estatus do distrito para município de Tomé Açu, sendo desmembrado do município de Acará.
Em 1988, ocorreu outro desmembramento do município do Acará, para criação do município de Tailândia.
Neste município foi estabelecido uma colônia de imigrantes japoneses, em destaque para a próspera "Colônia Paes de Carvalho", onde dedicam-se principalmente a agricultura e a plantação de pimenta-do-reino (ouro negro).
Geografia
Hidrografia

Banhado pelo rio Acará, cuja nascente é no território de Tailândia e foz na baia de Guajará em Belém do Pará, estende-se margeado pela direita e esquerda por igarapés que formando uma bacia de água doce. Ao atingir a cidade de Acará o rio divide-se em rio Acará-Miri em direção ao município de Tomé Açu e, rio Miriti-Pitanga, que após a cidade de Acará, segue ao sul em direção a região de Alto Acará.
O rio Acará - Miri em direção ao município de Tomé Açu, é chamado pelos antigos e atuais moradores da cidade de Acará, de rio Pequeno.
Clima
Em Acará, o verão é curto, quente e de céu quase encoberto; o inverno é morno, com precipitação e de céu encoberto. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 23 °C a 33 °C e raramente é inferior a 22 °C ou superior a 34 °C.
 A estação quente permanece por 2,5 meses, de 29 de setembro a 14 de dezembro, com temperatura máxima média diária acima de 32 °C. O mês mais quente do ano em Acará é novembro, com a máxima de 33 °C e mínima de 23 °C, em média.
A estação fresca permanece por 3,1 meses, de 20 de janeiro a 23 de abril, com temperatura máxima diária em média abaixo de 31 °C. O mês mais frio do ano em Acará é fevereiro, com a mínima de 23 °C e máxima de 30 °C, em média.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Acará e realizar atividades de clima quente é do fim de junho ao início de outubro.
Economia
O município de Acará tem em suas atividades agropastoris uma considerável gama de produtos, assim como no extrativismo e pecuaria: dendê, carne bovina, pimenta-do-reino, produtos granjeiros, cupuaçu, pupunha, madeira, açaí, frutas diversas, sendo considerado o principal produtor brasileiro de mandioca.
Embora altamente agropastoril, o maior setor envolvido na cidade ainda é o de serviços, seguido então pela agropecuária.
Referências para o texto: Wikipedia ; Weather Spark .

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

MANICORÉ - AMAZONAS

Manicoré é um município brasileiro no interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. Pertencente à mesorregião do Sul Amazonense e microrregião do Madeira, sua população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 53.914 habitantes em 2022, de acordo com o Censo do IBGE. Manicoré está localizada às margens do Rio Madeira; a cidade possui uma posição estratégica entre Manaus e Porto Velho.
Etimologia
A origem da denominação de "Manicoré" provém do rio Manicoré, um dos afluentes do Rio Madeira. Já o rio Manicoré origina-se da palavra Anicoré, uma das tribos indígenas que habitavam a região à época da colonização.
História
As origens de Manicoré remontam a 1637, com a expedição de Pedro Teixeira, um explorador e militar português.
As autoridades do Grão-Pará enviaram ao rio Madeira uma escolta, em 1716, comandada por João de Barros e Guerra, experiente capitão, com a finalidade de punir os nativos. Em 1797, funda-se povoação do Crato, sob ordens do Governador do Grão-Pará, tendo em vista facilitar as transações comerciais entre Pará, Mato Grosso e Goiás. A povoação é transferida para um sítio entre os rios Baetas e Arraias, em 1802.
Em 4 de julho de 1858, através da Lei nº. 96, cria-se a freguesia de São João Batista do Crato. Dez anos depois, em 6 de julho de 1868, a sede de freguesia é transferida para o povoado de Manicoré, Por força da Lei nº. 177, passando a denominar-se Nossa Senhora das Dores de Manicoré. Somente em 4 de julho de 1877 Manicoré é elevado à categoria de Vila e é criado o Termo Judiciário, pela Lei nº. 362.
No ano seguinte, em 1878, é sancionada a Lei nº. 386, que faz de Manicoré a sede da Comarca do Rio Madeira. Em 12 de dezembro de 1881, dá-se a instalação da comarca. A partir de então, Manicoré passou a receber intensa migração de nordestinos, fugidos principalmente da Grande Seca de 1877-1878 e atraídos também pelo Ciclo da Borracha, que teve lugar no Amazonas e em regiões do estado do Acre. Por sua localização geográfica privilegiada, Manicoré era passagem dos migrantes que se destinavam ao Acre. Recebeu foros de cidade em 15 de maio de 1896, pela Lei nº. 137.
História recente
A Lei Estadual nº. 96, de 19 de dezembro de 1955, desmembrou parte do território de Manicoré para formar o município de Novo Aripuanã. Em 10 de dezembro de 1981, através da Emenda Constitucional nº 12, outra parte de seu território é desmembrado, para criar o então município de Auxiliadora que, entretanto, nunca foi instalado, e seu antigo território foi englobado novamente pelo município de Manicoré.
Geografia
Localiza-se a 333 km da capital do estado à margem direita do rio Madeira, sua população está dividida entre a zona rural a e cidade.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1967 a 1990 e a partir de 1993, a menor temperatura registrada em Manicoré foi de 9,4 °C, ocorrida em 17 de maio de 1968, e a maior atingiu 39,8 °C em três ocasiões, sendo a primeira em 11 de novembro de 1983 e as outras duas em 1989, nos dias 14 de agosto e 14 de setembro. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 168 milímetros (mm) em 11 de novembro de 1968. Fevereiro de 1989, com 814,2 mm, foi o mês de maior precipitação.
Esporte
O esporte mais praticado em Manicoré é o futebol, a cidade tem uma equipe chamada CDC Manicoré Esporte Clube, que joga no Estádio Flávia Braudt de Oliveira mais conhecido como Bacurauzão.
Economia
A principal fonte de renda da população provém em parte da produção agrícola, principalmente do cultivo da banana, melancia e da produção de farinha, outras fontes são provenientes do comércio e dos empregos gerados pela prefeitura e estado. O município possui um grande potencial extrativista baseado na borracha e na castanha.
Em 2005, Manicoré era o município maior produtor de banana do Amazonas. Agora também é considerado o maior produtor de Melancia do Estado do Amazonas.
Setor primário
- Agricultura: grande participação na formação do setor. Representa a base da economia, sendo as principais culturas: abacaxi, arroz, batata-doce, feijão, fumo, juta, mandioca e milho. Entre as permanentes destacam-se: abacate, banana, cacau, laranja, limão, tangerina, e melancia. Manicoré é considerada o maior produtor do Norte do Brasil. Destacam-se também a produção de mel, tucumã, citrus e hortaliças em geral.
- Pecuária: concorre notadamente com a criação de bovinos, suínos, caprinos, bubalinos e equinos.
- Pesca: Manicoré conta hoje com uma frota de barcos pesqueiros de porte médio e pescadores autônomos que abastecem a cidade. O excedente é comercializado nas capitais de Manaus e Porto Velho e o peixe de couro exportado para todo Brasil.
- Avicultura: é desenvolvida no que se refere à criação de galinhas.
- Extrativismo Vegetal: os principais produtos são: madeiras em toras, borrachas, castanhas, gomas não elásticas e óleo de copaíba.
- Extrativismo Mineral: o município de Manicoré tem na exploração de ouro e sua principal atividade, várias jazidas de casiterita, no Igarapé Preto, São Francisco e etc.
Setor secundário
- Indústrias: padarias, olarias, serrarias, carpintarias, marcenarias, fábrica de gelo, serralheria, britadora e uma companhia de asfalto.
Setor terciário
- Comércio: varejista.
- Serviços: farmácia, restaurantes, lan house, lanchonetes, sorveterias, salões de beleza, livrarias, barbearias, oficinas mecânicas, oficinas de autos, oficinas de bicicletas, casas de vendas de peças de bicicletas, casa de materiais de construção, agência bancária, hotéis e pensões.
Turismo
A cidade possui vários atrativos turísticos, entre eles o balneário do Atininga distante aproximadamente 10km da cidade, localizado as margens do rio Atininga. Outro Balneário que se destaca pela sua beleza, conforto e segurança é o Balneário do Ademir distante 8km da cidade, localizado na estrada do Inajá em uma propriedade particular, o Balneário oferece diversos serviços para os visitantes (vale a pena conhecer) e as cachoeiras do Rio Manicoré. É conhecida internacionalmente pela pesca esportiva do Tucunaré (peixe amazônico). E a partir de 6 de abril de 2015, passou a ter voos regulares às segundas-feiras e quintas-feiras através da empresa aérea MAP Linhas Aéreas.
Cultura
Como atividades culturais, destacamos a Festa da Melancia,os forrós de rua, que transformam as vias de cidade em verdadeiros celeiros dançantes e o Festival das quadrilhas,onde cada bairro envia seu grupo, dando assim um colorido especial ao evento. Festa do açaí realizada na comunidade do estirão, Rio Manicoré onde o presidente atual é o senhor Hairton Prado Correa.
Aeroporto
A cidade conta com um aeroporto servido pela companhia MAP com voos regulares para Manaus, além de serviço de táxi aéreo.
Referência para o texto: Wikipédia .