quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

OLÍMPIA - SÃO PAULO

No videoclipe ora apresentado, vamos conhecer um pouco do município de Olímpia, localizado no interior do estado de São Paulo. Localiza-se no norte paulista e integra a Região Metropolitana de São José do Rio Preto. Ocupa uma área aproximada de 803 km², sendo que cerca de 20 km² estão em perímetro urbano, e sua população era de 55.075 habitantes, segundo o Censo 2022, do IBGE.
É conhecida popularmente como a "Capital Nacional do Folclore", pelo Festival do Folclore, onde grupos de vários estados do país se reúnem para mostrar danças típicas de suas regiões, e por "Cidade Menina Moça". Também é reconhecida nacionalmente no setor do turismo por seus parques aquáticos, que atraem, anualmente, milhões de turistas. O município é formado pela sede e pelos distritos de Baguaçu e Ribeiro dos Santos.
Os primeiros indícios da presença humana no território paulista datam de um período entre 11 e 7 mil anos atrás, de acordo com as pesquisas arqueológicas mais recentes.
Há cerca de dois mil anos, os tupi-guaranis, vindos da Amazônia, migraram para todo o litoral brasileiro e diversos rios da Bacia do Prata. Esses povos amazônicos, por serem grupos de maior densidade populacional, começaram a sobrepujar ou integrar as antigas populações caçadoras-coletoras da bacia hidrográfica do rio Grande, introduzindo a agricultura do milho, mandioca e outros cultivares na região. Essas populações também foram pioneiras no uso e produção de cerâmica, novidade tecnológica que facilitava o armazenamento de alimentos. Das diversas tradições tecnológicas ceramistas conhecidas, ao menos três já foram identificadas em sítios arqueológicos localizados em Olímpia: Tupiguarani, Aratu-Sapucaí e Uru.
Quando Olímpia foi ocupada por mineiros, em meados do século XIX, muitos dos sitiantes se estabeleceram em localidades anteriormente ocupadas por grupos indígenas, provavelmente pela disponibilidade de recursos, como acesso aos ribeirões e fertilidade das terras.
No caso de Olímpia, a etnia indígena predominante era a dos guaranis. No território municipal, os remanescentes desses indígenas incluem aldeias destruídas ou semidestruídas, panelas, potes, vasos, urnas funerárias e antigos cemitérios. No local em que hoje fica a sede municipal, havia uma grande taba.
A região de Olímpia começou a ser povoada em meados do século XIX. A primeira onda de ocupação foi de migrantes vindos de Minas Gerais, que seguiram o curso do Rio Grande até chegarem à região do município, ali criando fazendas. Os relatos afirmam que o primeiro a se fixar no território municipal foi Antônio Joaquim Miguel dos Santos, mineiro de Caldas, por volta de 1857, juntamente de sua família e de 60 negros escravizados. Antônio mandou erguer um cruzeiro e construir uma grande casa de pau-a-pique enquanto sede de sua fazenda, razão pela qual o local também ficou inicialmente conhecido como “Taperão”.
A fundação do município de Olímpia propriamente dito está ligada ao processo de ocupação recente do oeste e norte paulista, a partir da expansão das lavouras de café no final do século XIX e início do XX.
Em 2 de março do ano de 1903, foi levantado um cruzeiro, por iniciativa de habitantes da beira do Ribeirão Olhos d’Água, sendo escolhido São João Batista como padroeiro da localidade. Com isso, até os dias atuais a Igreja Matriz da cidade de Olímpia é consagrada a esse santo cristão.
O povoado de São João Batista dos Olhos d´Água foi feito como uma cidade planejada e surgiu no contexto de ocupação recente do oeste e norte paulista, a partir da expansão das lavouras de café e ferrovias no final do século XIX e início do XX. Em formato de xadrez, o planejamento urbano de Olímpia previa ruas cortando-se em ângulos retos, com todas as quadras apresentando as mesmas dimensões, sendo utilizado o Ribeirão Olhos D’Água como eixo para o traçado das vias.
São João Batista dos Olhos d´Água foi elevada à categoria de distrito de Barretos, com o nome de Vila Olímpia, em 18 de dezembro de 1906, pela Lei Estadual número 1035, sendo a sede distrital elevada à categoria de vila pela Lei Estadual número 1038, de 19 de dezembro do mesmo ano. A filha de Antônio Olímpio, Maria Olímpia, deu nome à localidade e posteriormente ao município.  
A cidade se desenvolveu graças à economia cafeeira e à expansão das ferrovias pelo oeste e norte de São Paulo, que tinham como objetivo principal o escoamento desse cultivar produzido no interior do estado.
Com o crescimento econômico e demográfico do distrito de Vila Olímpia, este é desmembrado de Barretos em 7 de dezembro de 1917, através da Lei Estadual número 1571, que também concedeu foros de cidade à Sede Municipal. A instalação do Município verificou-se em 7 de abril de 1918, com a formação oficial da comarca datando de 19 de dezembro de 1919, através da Lei Estadual número 1689.
Na década de 1980, o parque aquático Thermas dos Laranjais é inaugurado e o turismo passa a ser uma importante fonte de renda e empregos para Olímpia. Mais recentemente, têm sido criados atrativos "secos", para diversificar o turismo. Atualmente, a cidade é conhecida como a "Orlando brasileira”.
A Hidrografia de Olímpia está constituída pelo Rio Turvo, Rio Cachoeirinha e Ribeirão Olhos d'Água.
Quanto ao Clima em Olímpia, a estação com precipitação é quente, abafada e de céu quase encoberto; a estação seca é morna e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 15 °C a 32 °C e raramente é inferior a 11 °C ou superior a 37 °C.
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Olímpia e realizar atividades de clima quente é do fim de abril ao início de setembro.
A estação quente permanece por cerca de 3 meses, de 4 de setembro a 1 de dezembro, com temperatura máxima média diária acima de 31 °C. O mês mais quente do ano em Olímpia é outubro, com a máxima de 32 °C e mínima de 21 °C, em média.
A estação fresca permanece por cerca de 2 meses, de 10 de maio a 23 de julho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 28 °C. O mês mais frio do ano em Olímpia é junho, com a mínima de 15 °C e máxima de 27 °C, em média.
O Setor terciário é o mais relevante da economia de Olímpia, merecendo destaque também o setor industrial e a agropecuária.
Olímpia promove anualmente o Festival Nacional do Folclore, a mais importante mostra de manifestação folclórica do País.
A cidade possui o Museu de História e Folclore "Maria Olímpia", com acervo de cerca de 3 mil peças e que conta com uma locomotiva maria-fumaça, que de 1940 a 1950 fez o elo entre Olímpia e a região.
O município, atualmente, tem o turismo como principal setor econômico.
Em 3 de julho de 2014 foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo o projeto de lei que transforma Olímpia em Estância Turística, passando a ser beneficiada pelo repasse de verbas do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias Turísticas, cuja principal finalidade é o desenvolvimento de infraestrutura da cidade, a fim de melhor atender olimpienses e turistas.
Acompanhando o desenvolvimento do turismo na cidade, novos parques e atrações foram surgindo, como o parque aquático Hot Beach, o parque Vale dos Dinossauros e o Museu de Cera.
Em 2 de setembro de 2021, foi instituído o Distrito Turístico de Olímpia, o primeiro do Estado de São Paulo, após a aprovação da lei que cria os distritos turísticos em São Paulo, pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O objetivo é fomentar e atrair investimentos para o setor do turismo nas áreas abrangidas pelo distrito.
De acordo com o Theme Index Report 2021, os parques aquáticos de Olímpia figuram entre os maiores, em termos de visitação, na América Latina.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .