quarta-feira, 30 de outubro de 2024

POÇÕES - BAHIA

Poções é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população é de 48.293 habitantes, segundo o Censo demográfico do Brasil de 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Está localizada numa depressão em forma de bacia. O centro comercial situa-se na parte baixa, enquanto na parte alta concentram-se as residências. Vários bairros compõem a sede municipal, a exemplo dos bairros Alto do Recreio, Indaiá, Alto da Vitória, Santa Rita, Primavera, Tiradentes, Lagoa Grande, Bela Vista, Centro, Urbis, Tigre, Santa Rita, Açude, Lagoa Grande, Poçõenzinho, Joaquim Mascarenhas, Alto Paraíso, Pituba, entre outros.
Toda a água disponível na cidade vem da chamada "Barragem de Morrinhos", que nasce no Rio das Mulheres, e tem por finalidade abastecer a cidade e alguns municípios próximos. A barragem foi construída pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), na década de 1950; a mesma está situada no distrito de Morrinhos, daí o nome.
História
O povoamento do município de Poções e sua exploração pelo colonizador europeu datam da segunda metade do século XVIII, mais precisamente por volta de 1732, quando o coronel André da Rocha Pinto tomou rumo pelo Rio de Contas até o Rio Verde e a cabeceira do Rio São Mateus.
O município de Poções foi emancipado da Imperial Vila da Vitória (Vitória da Conquista) pela Lei Provincial nº 1.986, de 26 de junho de 1880. Porém, somente foi instalada a Câmara Municipal em 1883.
As origens do município de Poções, datam de 1732, quando o povoamento das cabeceiras do Rio de Contas e a vida civil e administrativa, nutridos pelas exigências da mineração, incentivaram a exploração das regiões circunvizinhas.
Surgiu então, uma bandeira chefiada pelo coronel André da Rocha Pinto que, sentindo a necessidade de penetração em vários pontos, se dividiu em outras, cada qual tomando rumo diverso pelo Rio de Contas até o Rio Verde e cabeceiras do Rio São Mateus.
Uma delas, a dirigida pelo coronel André, desceu pelo Rio de Contas até perto de sua foz, a fim de explorar a mata no vale do rio.
A canoa que os conduzia submergiu, mas salvaram-se numa ilha, de onde foram levados por jesuítas que tinham uma fazenda nos arredores de Porto Seguro.
Alguns anos depois, o coronel André da Rocha Pinto incendiou o cartório da então Vila do Príncipe, hoje cidade de Caetité, incorrendo, assim, na ira do vice-rei, que ordenou que lhe levassem a cabeça do criminoso.
Temeroso e revoltado com a prepotência do vice-rei, o coronel André reuniu uma bandeira de duzentos homens e veio homiziar-se no lugar denominado 'Passagem da Conquista', nas proximidades da atual sede do município.
Conhecedor profundo da região, resolve tentar a exploração das minas do 'Timorante', distante 5 léguas para os lados das matas.
Depois de algum tempo de trabalho, sente necessidade de ferramenta adequada e bastante munição.
Resolve enviar o filho, acompanhado de quarenta homens, para irem abrindo picada até Ilhéus, aonde deveriam abastecer-se com o produto do ouro que levavam para tal fim.
O mensageiro, porém, chegando àquela cidade, ali permaneceu por dois anos, em verdadeira orgia, sustentando todo seu pessoal a peso de ouro.
Encontra este o extenso roteiro, no qual o seu falecido pai mencionava enigmaticamente o lugar onde enterrara todo mineral apurado durante os dois anos de sua ausência.
Por informação, tem conhecimento de que o velho, certo dia, despachara das minas todo o pessoal que ali trabalhava, ficando em sua companhia apenas um escravo, o qual desapareceu misteriosamente.
De posse de alguns dados, continuou o herdeiro na tentativa de localizar a grande fortuna, porém, por mais que escavasse nos pontos que lhe pareciam indicados, nada pode encontrar, regressando desanimado à Ilhéus.
Corria o ano de 1782.
Governava a capitania da Bahia D. Afonso Miguel Gonçalves, Marquês de Valença, quando surgiu João Gonçalves da Costa.
Descobriu este, os campos da Conquista e rechaçou os índios que infestavam a zona.
Fundou a povoação, depois de ter feito uma estrada entre Ilhéus e aquela região, tão cheia de feras que, num só mês, o sertanista matou 24 onças.
Ao fazer este percurso, o famoso bandeirante já encontrou em Poções três habitantes irmãos.
Estabeleceu-se nesta região o seu filho bastardo sargento-mor Raimundo Gonçalves da Costa, que escolheu para sede do seu vasto domínio o hoje arraial de Santo Antonio de Morrinhos, distante 8 quilômetros da vila e apenas 2 quilômetros da Serra da Visão, foi até o rio Novo, em 1818.
De todos os filhos do coronel João Gonçalves da Costa, o sargento mor foi o que mais se distinguiu pela bravura, tornando-se o mais intrépido conquistador dos sertões.
Faleceu em 1830, no então arraial da Vitória.
Em 1840, surge na região o português de nascimento, coronel Raimundo Pereira de Magalhães, com 15 anos de idade, tendo encontrado ainda vestígios das explorações anteriores, principalmente o desejo dos habitantes descobrirem o tesouro enterrado pelo velho bandeirante André Rocha Pinto.
Sobre isto, o jovem português ouviu de um velho negro centenário, porém em perfeito juízo, que dizia ter sido escravo do coronel André, sendo molecote na ocasião da morte deste, mas que se lembrava perfeitamente disso, por ter assistido às pesquisas do 'Senhor Moço' em procura do tesouro, assim como das palavras que, repetidas sempre pelo velho, indicavam o rumo ao tesouro: ' Do cemitério para baixo, de passagem para cima, pedra do norte a sul nem mais, para trás, da estrada para cima me verás'.
Confere-se pois, ao coronel André da Rocha Pinto a primazia da penetração inicial na região que hoje integra o município de Poções, que fazia parte do antigo e bravio sertão da Ressaca, da comarca de Jacobina.
Por volta de 1840, foi fundada uma povoação, por Thimóteo Gonçalves da Costa e seus filhos Bernardo e Roberto Gonçalves da Costa, após a conquista dos indígenas residentes no local pelo capitão-mor João Gonçalves da Costa, que doou o terreno onde foi construída uma capela sob a invocação do Divino Espírito Santo.
As obras da capela foram iniciadas em 03 de agosto de 1830, continuadas em 1842 pelo capitão-mor João Dias de Miranda, e terminadas pelo capitão Antonio Coelho Sampaio.
Formação Administrativa 
A freguesia foi criada com a denominação de Divino Espírito Santo, conforme Lei Provincial nº 1848, em 16 de setembro de 1878.
A Lei provincial nº 1.986, de 26 de junho de 1880, criou o município de Poções com sede no arraial do mesmo nome e com território desmembrado do de Vitória.
Verificou-se a fundação do novo município em 25 de abril de 1883.
Com a transferência da sede para ali, pela Lei nº 522, de 17 de setembro de 1903, a qual suprimiu o município de Poções, transferindo a sede para o município de Boa Nova, que foi elevada à categoria de vila pela mesma Lei.
Por força da Lei Estadual nº 1.238, de 20 de maio de 1918, a sede municipal retornou a Poções, sendo restabelecido, por conseguinte, o município desse nome, o qual aparece nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, constituído de 2 distritos: Poções e Boa Nova.
A Lei estadual nº 1.468, de 14 de maio de 1921, novamente extinguiu o município de Poções, transferindo a sede para Boa Nova e a Lei nº 1.564, de 21 de julho de 1922, restabeleceu-o, com território desmembrado de Boa Nova.
A reinstalação do município ocorreu a 29 de setembro de 1922.
De acordo com a divisão administrativa correspondente ao ano de 1933, Poções se compõe dos distritos de Poções, Nova Laje, Ibicuí, Campos Sales e Iguaí.
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937 e no quadro anexo ao Decreto Lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, o referido município se divide em 8 distritos: Poções, Água Bela, Água Fria, Campos Sales, Ibicuí, Iguaí, Nova Laje do Gavião e Umburanas.
Pelo Decreto Estadual nº 11.089, de 30 de novembro de 1938, o distrito de Nova Laje do Gavião adquiriu o território do extinto distrito de igual nome, do município de Conquista e passou a denominar-se Vista Nova.
Pelo Decreto Estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, a vila foi elevada à categoria de cidade.
No quadro territorial estabelecido pelo supracitado Decreto Estadual nº 11.089, para vigorar no quinquênio 1939-1943, Poções compreende os distritos de: Poções, Água Bela, Campos Sales, Ibicuí, Ibitupã(ex-Umburanas), Iguaí, Nova Canaã (ex-Água Fria) e Vista Nova (ex-Nova Laje do Gavião).
Em virtude do Decreto-Lei Estadual nº 141, de 31 de dezembro de 1943, o topônimo do município de Poções foi modificado para Djalma Dutra.
Segundo o quadro territorial vigorante em 1944-1948, fixado pelo citado Decreto-Lei nº 141 e confirmado pelo Decreto Estadual nº 12.978, de 1º de junho de 1944, Djalma Dutra compõe-se dos seguintes distritos: Djalma Dutra, Água Bela, Lucaia (ex-Campos Sales), Ibicuí, Ibitupã, Iguaí, Nova Canaã e Vista Nova.
Por força do artigo 30 das disposições transitórias da Constituição do Estado da Bahia de 1947, readquiriu o município a sua antiga denominação Poções.
Sua composição administrativa, de acordo com a Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953, é de seis distritos: Poções, Bom Jesus da Serra, Lucaia, Nova Canaã, Periperi de Poções e Vista Nova, tendo perdido os distritos de Ibicuí e Iguaí que obtiveram autonomia.
A sede do distrito de Água Bela foi em 1953 transferida para o povoado de Bom Jesus, passando o distrito a chamar-se Bom Jesus da Serra.
Infraestrutura
Transportes

A sede municipal é cortada pela BR-116. Comumente referida como "Rio-Bahia", a rodovia federal é o principal eixo rodoviário. Também é cortada pela rodovia estadual BA-262. Esta liga a sede do município a Itabuna, passando por Nova Canaã, Iguaí, Ibicuí, Ponto de Astério, acesso à BA-263 (rodovia Vitória da Conquista-Itabuna), até a BR-101. O município, desde a sede, é ainda servido por rodovia asfaltada (atualmente cheia de buracos) até a sede do município de Bom Jesus da Serra.
Dispõe de linhas regulares de ônibus para Salvador, Vitória da Conquista e para todo o país com acesso às principais rodovias do país. O município dispõe de aeroporto com pista asfaltada para aeronaves de até 50 passageiros. Os aeroportos mais próximos para aviões de médio e grande portes são os de Vitória da Conquista, Ilhéus e Salvador.
Clima
Em Poções, o verão é longo, morno, abafado e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável, seco e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 15 °C a 28 °C e raramente é inferior a 13 °C ou superior a 31 °C.
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Poções e realizar atividades de clima quente é do início de maio ao início de outubro.
A estação morna permanece por 5,5 meses, de 21 de outubro a 6 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 27 °C. O mês mais quente do ano em Poções é fevereiro, com a máxima de 28 °C e mínima de 19 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,4 meses, de 8 de junho a 21 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 24 °C. O mês mais frio do ano em Poções é julho, com a mínima de 15 °C e máxima de 23 °C, em média.
Economia
Poções é um município de grande relevância na região que se destaca pelo alto crescimento econômico e pela alta regularidade das vendas no ano.
De janeiro a abril de 2024, foram registradas 277 admissões formais e 267 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 10 novos trabalhadores.
Até maio de 2024 houve registro de 20 novas empresas em Poções, sendo que a maioria delas atua com estabelecimento fixo. Neste último mês, 10 novas empresas se instalaram.
Educação
Atuam no município as seguintes instituições: Faculdade Anhanguera; Faculdade Estácio; Faculdade Líbano; Unopar; Pós-Graduação São Camilo; CS; FASPEC. FASPEC; UNYLEYA; Múltipla Escolha Centro Educacional; Cruzeiro do Sul EAD Poções; UniCesumar Poções; Polo UAB Poções.
Eventos Culturais
Poções é uma cidade vibrante e cheia de cultura, e há uma série de eventos culturais que acontecem ao longo do ano. Um dos eventos mais populares é o “Festival de Inverno”, que acontece no mês de julho. O festival é uma celebração da música, dança e arte local, com apresentações ao vivo, exposições e atividades para toda a família.
Outro evento cultural importante em Poções é a “Festa de São João”. Esta festa tradicional acontece no mês de junho e é uma celebração animada com danças folclóricas, comidas típicas e fogos de artifício. É uma ótima oportunidade para experimentar a cultura local e se divertir com os moradores da cidade.
Turismo
Poções é uma cidade rica em história e cultura, e há várias atrações turísticas que valem a pena visitar. Uma delas é a Igreja Matriz de Santo Antônio, uma bela igreja construída no século XIX, com uma arquitetura impressionante e detalhes ornamentados. A igreja é um marco importante na cidade e oferece uma visão fascinante da história local.
Outra atração turística popular em Poções é o Parque Municipal da Cachoeira do Rio Pardo. Este parque é um paraíso natural, com trilhas para caminhadas, cachoeiras deslumbrantes e uma vegetação exuberante. É o lugar perfeito para os amantes da natureza e para aqueles que desejam relaxar e desfrutar de paisagens deslumbrantes.
No turismo, outros destaques são: Reserva Florestal do Poço Escuro. Natureza e vida selvagem; Cristo de Mário Cravo; Monumentos e estátuas; Museu Cajaíba; Solar dos Fonsecas; Museu Pedagógico da Universidade do Sudoeste da Bahia; Monumento aos Ex- Pracinhas da Segunda Guerra Mundial; Monumento Jaci Flores; Catedral Nossa Senhora das Vitórias; Festa do Divino Espírito Santo; Praça do Divino; Praça da Bandeira; Terminal Rodoviário de Poções; Praça Coronel Raimundo Pereira Magalhães; Praça Monsenhor Honorato Nascimento; Balneário e Pesque Pague Bernadino; Clube Recreativo de Poções; Igreja Matriz do Divino Espírito Santo; Praça Agripino Borges e Parque de Exposição de Poções.
Esportes e Atividades ao Ar Livre
Para os amantes de esportes e atividades ao ar livre, Poções oferece uma variedade de opções emocionantes. Uma delas é a prática de trilhas e caminhadas nas montanhas da região. Com paisagens deslumbrantes e uma natureza exuberante, as trilhas em Poções são perfeitas para os aventureiros e amantes da natureza.
Além disso, a cidade também possui um clube de golfe de renome, onde os entusiastas do esporte podem desfrutar de uma partida em um campo bem cuidado. O clube oferece instalações de primeira classe e vistas panorâmicas, tornando-o um destino popular para os amantes do golfe.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Weather Spark ; Resumos .

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

BARRAS - PIAUÍ

Barras é um município brasileiro do interior do estado de Piauí, Região Nordeste do país. Situa-se na Microrregião do Baixo Parnaíba Piauiense e na Mesorregião do Norte Piauiense, distante 120 km a norte de Teresina, capital estadual. Possui uma extensão territorial de 1.722,508 km². Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2022 sua população foi estimada em 47.938 habitantes, sendo o sexto maior município do Piauí e o segundo da microrregião, atrás apenas de Piripiri.
O município tem uma taxa de urbanização de 49,33%. No ano de 2.009 o município possuía 25 estabelecimentos de saúde. Em 2.010, seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) era de 0,595, considerado baixo e abaixo da média piauiense, ocupando o quadragésimo nono lugar no ranking estadual, ao lado dos municípios de São Lourenço do Piauí, Eliseu Martins e São Pedro do Piauí.
História
Barras foi fundada em meados do século XVIII, pelo coronel baiano Miguel Carvalho de Aguiar, quando este iniciou a construção da primeira capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição.
No que se refere ao nome da fazenda primitiva que deu origem a atual cidade de Barras, documento datado de 16 de novembro de 1762 faz  referência à fazenda das Barras com mais de quatro léguas de terras, e nunca fazenda Buritizinho. É provável que esta buritizinho não seja a fazenda primitiva que deu origem à cidade de Barras.
Décimo terceiro município mais rico do Piauí, Barras conta com 23,6% de coleta de esgoto.
Pela Lei n° 127, de 24 de setembro de 1841, Barras foi elevada à categoria de Vila sendo instalada a 09 de abril de 1842, gozando de plena independência administrativa. Portanto, emancipada na forma da lei, desmembrando-se do município de Campo Maior-PI.
A primeira Câmara Municipal foi instalada sobre a presidência do Major Silvério da Cunha Castelo Branco então presidente da câmara municipal da cidade de Campo Maior- PI, que veio dar posse a primeira Câmara Municipal constituída no município de Barras. As casas Legislativas municipais estavam fundamentadas, naquele período, nas ordenações Manuelinas e, mais tarde, nas Ordenações Filipinas.
As Câmaras Municipais são instituições antigas que herdamos dos colonizadores portugueses e que passaram a existir oficialmente em nosso país a partir de 1532, que exerciam funções Legislativa, executiva e judiciária.
Pelo Decreto de n° 01, de 28 de dezembro de 1889, do então governador do Estado do Piauí, o barrense Gregório Taumaturgo de Azevedo a vila de Barras do Marataoã recebeu o título de cidade.
A cidade de Barras surgiu a partir da fazenda Buritizinho. No local havia uma capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição, que se tornou sua padroeira. Contudo, no que se refere ao nome da fazenda primitiva que deu origem a atual cidade de Barras, documento datado de 16 de novembro de 1762 faz referência à fazenda das Barras com mais de quatro léguas de terras, e nunca fazenda Buritizinho.
A localidade foi elevada à condição de vila e passou a se chamar Barras do Marataoã, em alusão ao rio que recebe os visitantes na sua entrada e por estar situada entre barras de rios e riachos. Quando foi elevada à categoria de cidade, a vila passou a se chamar apenas Barras. Conhecida também como a Terra dos Governadores.
Geografia
Barras localiza-se na bacia hidrográfica do Rio Longá e é banhada por este e pelo Rio Marataoã, além de vários riachos. Boa parte da cidade está na margem esquerda do Marataoã.
A cidade está localizada em terrenos da província geotectônica Parnaíba (ou Província Sedimentar do Meio Norte), datados da era paleozoica, do período carbonífero. Possui altitude de cerca de 88 metros.
Predominam na região a vegetação de caatinga e da mata dos cocais na faixa centro oeste do território.
Hidrografia
A hidrografia de Barras está assim composta: Rio Longá; Rio Marataoã; Riacho D’Anta; Riacho da Porção; Riacho do Baixão; Riacho do Jucá e Riacho Santo Antônio.
Clima
Em Barras, a estação com precipitação é quente e de céu encoberto; a estação seca é escaldante e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 22 °C a 38 °C e raramente é inferior a 21 °C ou superior a 40 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Barras e realizar atividades de clima quente é do fim de junho ao fim de agosto.
Economia
De acordo com o levantamento do ano de 2.014 feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) de Barras é o 1.713° maior do Brasil e o 13° maior do Piauí.
Setor Primário
O setor primário é o que apresenta o segundo menor valor bruto entre os três setores que compõem o PIB, representado pelo que é produzido na agricultura e na agropecuária. O Censo Agropecuário de 2006, mostrou que o município detinha um rebanho de 18.584 bovinos, 25.055 caprinos, 738 asininos, 1.914 equinos, 286 muares, 7.087 ovinos e 23.983 suínos. Contou-se também com 120.496 aves, com uma produção de 63.000 mil dúzias de ovos de galinha. Obteve-se, ainda, uma produção de 23.000 litros de leite de vaca cru.
Ainda conforme os dados do levantamento de 2.006, os destaques na produção da lavoura temporária foram as plantações de cana-de-açúcar (2.517 toneladas, valor produzido R$ 448.000 mil); feijão fradinho (360 toneladas, valor produzido R$ 397.000 mil); mandioca (3.010 toneladas, valor produzido R$ 413.000 mil); milho (1.811 toneladas, valor produzido R$ 911.000 mil).
Na lavoura permanente tiveram destaque o cultivo da banana (88 toneladas, valor produzido R$ 40.000 mil); laranja (61 toneladas, valor produzido R$ 50.000 mil).
Setor Secundário
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2.014 o setor da indústria foi o menor produtor de riqueza para o município. Cerca de R$ 13.035.000 milhões do seu Produto Interno Bruto era correspondente a tudo gerado pelo setor secundário.
Setor Terciário
O serviço público municipal (Prefeitura) é o maior empregador do município. Conforme as Contas Regionais, divulgadas pelo IBGE em 2.014, o setor terciário é o maior produtor de riqueza do município, correspondendo a aproximadamente 35% da economia barrense, equivalendo a um valor bruto de R$ 94.513.000 milhões de reais. Segundo o Atlas do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, 9,06% do pessoal ocupado trabalhava na construção civil, 0,34 % nos setores de utilidade pública, 10,04 % no comércio e 27,51 % no setor de prestação de serviços.
O comércio de Barras é muito diversificado e descentralizado, tendo a região central da cidade como o principal polo comercial da cidade, concentrando pelo menos uma loja de rede nacional (Cacau Show) e várias lojas de rede regional, como o Comercial Carvalho, Armazém Paraíba e Macavi. Nas avenidas que circundam o perímetro urbano, é perceptível a presença do comércio de alimentos em geral, materiais de construção, peças e serviços automotivos. Os bairros barrenses dispõem de estruturas de baixa/média complexidades de comércio. Barras é considerada uma cidade-polo para pelo menos sete municípios vizinhos (Cabeceiras do Piauí, Boa Hora, Batalha, Matias Olímpio, Campo Largo do Piauí, Porto e Nossa Senhora dos Remédios), o que faz da cidade um centro atacadista de alimentos e serviços.
Educação
Barras possui uma infraestrutura educacional sólida, com escolas de ensino fundamental e médio, além de instituições de ensino superior. A cidade também abriga bibliotecas e centros culturais, que promovem atividades relacionadas à leitura, artes e música.
Cultura
A cidade é sede da Academia de Letras do Vale do Longá.
Barras PI possui uma rica história e cultura, que remonta aos tempos coloniais. Um dos principais pontos turísticos da cidade é a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, construída no século XIX e considerada um patrimônio histórico. Além disso, Barras PI abriga o Museu do Rio Longá, que conta a história da região através de exposições e acervos.
Turismo
Os principais pontos turísticos de Barras sâo: Praça São Cristóvão; Estádio Municipal Juca Fortes; Orla do Marataoan; Mercado Municipal Aurélio Carvalho; Lagoa Azul Barrense; Terminal Rodoviário de Barras; Museu Histórico Municipal Luiz Saffi; Museus de história; Memorial do rio Tietê - Barra Bonita; Ponte Campos Salles; Teleférico de Barra Bonita; Praça do Artesanato de Barra Bonita; Teatro Professora Zita de Marchi e Mirante De Barra Bonita.
Outros pontos turísticos de relevância em Barras são:
- Porto da Barra - É a praia ideal para as pessoas que querem um banho de mar tranquilo, indicada para a prática de esportes náuticos, como a canoa havaiana e SUP. Próximo ao Farol, na praia da Barra, formam-se piscinas naturais na maré seca.
- Águas do Taquari - O Riacho que divide Barras PI do município de Esperantina é um atrativo neste período de inverno e atrai dezenas de banhistas. Fica acerca de 45 km na região Norte perto de Esperantina PI.
- Barragem da Localidade Sossego - Uma passagem molhada que fica localizada na região da mata barrense e é um ótimo atrativo para banhista no período de inverno e semana Santa. Local do Riachão afluente do rio Marathaoan.
- Águas do Ininga - Banho no riacho Ininga acerca de 5 km no rumo para Nossa Senhora dos Remédios PI pela PI 212, perto da Fazendinha. Barras PI  ficou muito conhecida há décadas pelas 06 barras de rios e riachos por isso Barras de Marataoan.
- Centro histórico em Barras - Um passeio pelo centro histórico e uma visita a sede da prefeitura municipal não podem faltar no seu roteiro em Barras e, se você gosta de cachaça, tem a cidade tem a cachaça Isaurinha para aproveitar e outras artesanais, além da famosa cajuína de Barras.
- Cachoeira da Lapa - A região também é repleta de pequenas corredeiras, principalmente em um dos trecho do rio Longá na região do Assentamento Lagoa Preta. A Cachoeira da Lapa, uma das mais bonitas da região de Barras está a uma distância de 20km do centro de Barras pela PI-212.
- Mercado Municipal - É um ótimo lugar para encontrar produtos locais, como artesanato, alimentos e roupas. Além disso, a cidade também abriga feiras de artesanato, onde é possível adquirir peças únicas feitas por artesãos locais.
- Eventos e Festivais - Barras é conhecida por seus eventos e festivais animados. Um dos mais populares é o Carnaval de Barras, que atrai turistas de todo o país com seus desfiles de escolas de samba e blocos de rua. Além disso, a cidade também realiza festas juninas, festivais de música e eventos esportivos ao longo do ano.
- Esportes e Atividades ao Ar Livre - Os moradores de Barras são apaixonados por esportes e atividades ao ar livre. A cidade possui quadras esportivas, campos de futebol e academias ao ar livre, onde é possível praticar exercícios físicos. Além disso, Barras PI também oferece opções de trilhas, ciclismo e pesca esportiva.
Referências para o texto: Wikpedia ; Weather Spak ; Resumos .

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

MARACAJU - MATO GROSSO DO SUL

Maracaju é um município do estado de Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste do Brasil. Graças à agricultura e pecuária, Maracaju acabou se desenvolvendo muito nos últimos anos, tendo como base as culturas de soja, milho e cana de açúcar, além da pecuária forte na região.
É o maior produtor de grãos de Soja e Milho do Mato Grosso do Sul e o 11º maior produtor de Soja do Brasil, possuindo a 3ª maior economia do estado. Também foi importante ponto de passagem para a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que vinha de São Paulo via Campo Grande. A cidade é conhecida pela sua tradicional Festa da Linguiça de Maracaju.
Conforme censo do IBGE, de 2022, sua população era de 45.047 habitantes
Topônimo
"Maracaju" é um termo oriundo da língua tupi. Significa "água de maracá", através da junção de mbara'ká ("maracá") e 'y ("água, rio"). É uma referência à Serra de Maracaju.
História
Depois do afastamento dos jesuítas espanhóis, que tiveram as suas reduções desmanteladas por ação dos bandeirantes paulistas, a principiar por Antônio Raposo Tavares, nos arbores do século XVI, a região de vacaria, no planalto da Serra de Maracaju, onde se localiza o município, somente voltou a ser povoado quando, no primeiro lustro do século XX, Gabriel Francisco Lopes e seus irmãos Joaquim e José redescobriram aqueles campos, procedendo da então província de Minas Gerais, atravessando a região de Paranaíba. Gabriel Lopes trouxe, logo depois, o seu sogro Antônio Gonçalves Barbosa, que veio acompanhado pelo irmão Ignácio Gonçalves Barbosa e suas famílias, se estabelecendo nos campos que rapidamente se tornaram famosos, atraindo novas levas de mineiros que, em 1860, se instalaram na região sudoeste do planalto, fundando os núcleos que receberam a denominação de Água Fria e Santa Gertrudes.
A invasão do Paraguai por ocasião da Guerra do Paraguai, em 1864-1870, determinou o abandono das terras já cultivadas e dos extensos campos de pastagens, onde se iniciava a formação regular de rebanhos, tendo os colonos retornado a Minas Gerais e ao sudoeste de Mato Grosso, até a cessão das hostilidades e consequente retirada dos invasores. João Pedro Fernandes, radicado no lugar denominado São Bento, no atual município de Sidrolândia, em 1922 transferiu-se com o seu comércio-farmácia Santa Rosa ao povoado pertencente ao Município de Nioaque, na margem direita do Rio Brilhante. Algum tempo depois, em consequência de um surto de malária, resolveu estabelecer-se na zona que hoje compreende a cidade de Maracaju, ali instalando a sua farmácia, atendendo assim apelo dos habitantes da redondeza. Data de 1923 a fundação do núcleo que hoje é a cidade de Maracaju. Espírito esclarecedor e empreendedor, João Pedro Fernandes compreendeu a necessidade de instalar uma escola que preenchesse a lacuna então existente. Contando com o apoio dos moradores da região, organizou ele a "Sociedade Incentivadora da Instrução de Maracaju" instalada em 25 de dezembro de 1923. Nestor Pires Barbosa entregou, por doação à sociedade, 204 hectares de terras, para o fim especial de, nelas, serem construídas casas para abrigo das crianças que frequentassem a escola. Mais tarde, foram adquiridos mais duzentas hectares, situadas às margens do Córrego Montavão, sendo, então, edificado um confortável prédio para o funcionamento da escola. A nova povoação que assim surgiu recebeu o nome de Maracaju, topônimo do planalto e da serra em que se localizava.
Os primeiros moradores da região de Maracaju foram: João Pedro Fernandes, Francisco Bernardes Ferreira, dona Fé Fernandes, Marcos dos Santos, José Pereira da Rosa, Gilberto Teixeira Alves, José Adrião Juquita, Antônio José Fereira, Melanio Garcia Barbosa, José Pereira da Rosa Filho, Antonio Ferreira Ribeiro, Vitor Constantino Evanof, Antônio Aracaju, Saraiva Pereira da Rosa, Firmo Garcia de Limo, Olimpio Camargo, Bartolomeu Bueno da Costa, Abadio Romualdo, João Batista Pereira da Rosa, João Galberto Ferreira, Manoel Retamoso, Carlos Ferreira Tito, Arakaki Tokiti e Delfino Pereira Antonio. A Resolução 912 criou o município de Nioaque, o distrito de Paz de Maracaju, em 8 de Julho de 1 924. O crescente desenvolvimento da localidade em poucos anos de vida, determinou a sua elevação a categoria de Município com território desmembrado do município de Nioaque, pela Lei 987, de 7 de julho de 1928, sendo instalada precisamente dois meses depois, isto é, 7 de setembro de 1928. A mesma Lei 987 transferiu para Maracaju a sede da comarca de Nioaque, ficando o município que dava nome reduzido a termo da mesma comarca. O primeiro prefeito municipal que assumiu na data de sua instalação foi João Pedro Fernandes, um dos principais fundadores da cidade, a qual naquele mesma data, recebia a iluminação elétrica em funcionamento inaugural. A Lei 1.031, de 1 de Outubro de 1929, eleva o então povoado à categoria de cidade e dá denominação de Maracaju à comarca de Nioaque com sede em Maracaju. O Decreto nº 115, de 31 de Dezembro de 1937, por medida econômica, reduziu a comarca de Maracaju a termo de Campo Grande. Na divisão jurídica e administrativa do estado vigorante a 31 de Dezembro de 1937, aparece só o Município de Maracaju, com dois distritos: o homônimo, como sede e o de Vista Alegre, criado este pela Resolução 892, de 13 de Julho de 1923. Em 1941, foi instalada, na cidade, a agência do Banco do Brasil e, em 25 de Abril de 1944, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil inaugurou a estação ferroviária de Maracaju, localizada a três quilômetros da cidade, realizações que muito contribuíram para o maior desenvolvimento da mesma (mas o primeiro trem de passageiros teria chegado apenas em 1946), sendo que a linha ficou ativa até 1 de junho de 1996.
Por força do Decreto-Lei Federal 5.839, de 21 de Setembro de 1943, passou a constituir, juntamente com outros municípios, o Território Federal de Ponta Porã, voltando a ser reincorporado ao Estado de Mato Grosso em 1946, por determinação das disposições Constitucionais Transitórias, que extinguira o mencionado Território. Como território federal, a cidade de Maracaju foi designada como capital, determinação essa que foi transferida, posteriormente, para a cidade de Ponta Porã. Na divisão Territorial do estado para vigorar no quinquênio 1949-1953, estabelecida pelo Decreto 583, de 24 de Dezembro de 1948, o Município de Maracaju, com sede da comarca de igual topônimo, era constituído de dois distritos: o da sede e de Ervânia, antiga Vista Alegre. Além dos primeiros moradores de Maracaju, ainda contribuíram, para seu progresso e desenvolvimento, os seguintes cidadãos: Nestor Pires Barbosa, Soriano Corrêa da Silva, Ataliba Pereira da Rosa, João Marcondes de Oliveira, Totó e Chico Marcondes, Francisco Alves Terra, João Vicente Muzzi, Américo Carlos da Costa, Antonio de Moraes Ribeiro, Adolpho Alves Ferreira, Adalberto Garcia de Souza, Arthur Ferreira Ribeiro, José Ferreira de Lima, Franklin Ferreira Ribeiro, Hypolito Alves Ferreira, Manoel Olegário da Silva, João da Matra Corrêa da Silva, José Ferreira Azambuja, Balbino Corrêa de Lima, Joaquim Ferreira Lucio, Horacio Halves Ferreira, Antonio Baptista de Souza, Gumercindo Garcia Barbosa, Marcos Roberto Ferreira, Jovino Faustino Silvério e muitos outros.
A partir de 1972 começam a chegar os imigrantes holandeses e o município passa a ser o berço da imigração holandesa no estado. Em 1977, o município passou a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul.
Geografia
Localização

O município de está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no sudoeste de Mato Grosso do Sul (Microrregião de Dourados). Localiza-se na latitude de 21º36’52” Sul e longitude de 55°10’06” Oeste. 
Distâncias
•    160 km da capital estadual (Campo Grande)
•    1 183 km da capital federal (Brasília).
Geografia Física
Solo

A predominância, no município de Maracaju, é de latossolo de textura argilosa, com a fertilidade natural variável. Aparecem, ainda, os neossolos e o latossolo vermelho-escuro.
Relevo e Altitude
Está a uma altitude de 384 m. Composto por dissecados tabulares, extremo norte, cuestas e dissecados colinosos assim como a sul do município. Acompanhando estes dissecados, encontram-se algumas áreas escarpadas. Encontra-se na Região dos Planaltos Arenítico-Basálticos Interiores com a unidade Planalto de Dourados e a Região dos Planaltos da Borda Ocidental da Bacia do Paraná com a Unidade Planalto de Maracaju. Apresenta relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva, com relevos elaborados pela ação fluvial.
Clima, Temperatura e Pluviosidade
Está sob influência do clima tropical (AW). O clima predominante do município é úmido a sub-úmido.
Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 16 °C a 32 °C e raramente é inferior a 8 °C ou superior a 37 °C.
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Maracaju e realizar atividades de clima quente é do fim de abril ao início de setembro.
A precipitação pluviométrica anual varia de 1 500 a 1 750 milímetros, excedente hídrico anual de oitocentos a 1 200 milímetros, durante cinco a seis meses e deficiência hídrica de 350 a quinhentos milímetros durante quatro meses.
Hidrografia
Está sob influência da Bacia do Rio da Prata. Os Principais rios são o Rio Brilhante – rio formador, com o Rio Dourados, do Rio Ivinhema; limite entre os municípios de Maracaju e Sidrolândia, Maracaju e Rio Brilhante e o Rio Santa Maria – afluente, pela margem direita, do Rio Brilhante, no município de Maracaju; nasce na Serra de Maracaju, faz divisa entre o município de Maracaju e os de Ponta Porã, Dourados e Itaporã.
Vegetação
Se localiza na região de influência do cerrado e campos de vacaria. Predomina no município a pastagem plantada, seguida da lavoura. Remanescente das fisionomias do bioma Cerrado: Campo Cerrado e Campo Sujo; e Floresta Estacional. Apesar de pouco expressivos, integram a cobertura vegetal do município.
Fuso horário
Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação ao Meridiano de Greenwich.
Área
Ocupa uma superfície de 5 298,840 km2.
Economia
Maracaju é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. Tem sua economia baseada na agropecuária. De janeiro a abril de 2024, foram registradas 2,3 mil admissões formais e 2 mil desligamentos, resultando em um saldo de 240 novos trabalhadores. Até maio de 2024 houve registro de 96 novas empresas em Maracaju, sendo que 7 atuam pela internet. Neste último mês, 24 novas empresas se instalaram, sendo 3 com atuação pela internet.
Comércio
Maracaju tem um comércio razoavelmente desenvolvido.
Educação
O município é atendido pelas seguintes instituições: Faculdades de Maracajú: UNICESUMAR; Escola Politécnica Brasileira; UNIASSELVI; Unopar - Anhanguera; UNIFACS; UNIP e Estácio.
Cultura
- Museu Tecnológico regional de Maracaju - O Museu Histórico Regional de Maracaju conta a história da colonização e fundação da cidade.
- Museu das Maquinas de Maracaju - ASCOMAR - O museu das Maquinas conta a história do desenvolvimento do agronegócio em Maracaju através da exposição de maquinas agrícolas.
Turismo
Eventos
- Festa da Linguiça -
A cidade é conhecida como a Capital da linguiça. A iguaria típica, conhecida como Linguiça de Maracaju, diferente das tradicionais feitas de carne de porco, é preparada de forma artesanal usando carne bovina. Receita desenvolvida pelos seus cidadãos. Todo ano, é realizada a Festa da Linguiça de Maracaju. Com receita especial, o embutido ficou famoso ao entrar no Guinness World Records como a maior linguiça contínua do mundo. No ano de 2005, foram produzidas vinte toneladas desta iguaria. Comemora-se, no dia 11 de junho, o aniversário do
- Festa de São Sebastião.
- Showtec - Evento este que já é considerado o maior evento desta área no estado e está sendo considerado também como um dos maiores eventos de tecnologia do agronegócio a nível de Brasil.
- EXPOMARA - Acontece todo ano, na primeira semana de junho. A EXPOMARA é a feira agropecuária do município de Maracaju.
- CTG Nova Querência - No turismo cultural acontece todo ano a festa comemorativa do dia do gaúcho, celebrado no dia 20 de setembro.
- Comunidade Quilombola São Miguel - O Quilombo Sao Miguel, em Maracaju-MS, foi certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares.
- Praça Central Nestor Pires Barbosa - A Praça Nestor Pires Barbosa fica no centro de Maracaju e possui toda infraestrutura nova, com piso, calçamento, banheiros, além de belo paisagismo.
- Rotatória da Figueira - Assim conhecida pela sociedade local a “figueira” na verdade é uma “seringueira”.
- Parque Ecológico Aristeu Lopes do Nascimento
- Casa do Artesão - O espaço casa do artesão proporciona melhores condições de trabalho e conforto aos consumidores, além de um ambiente bonito e acolhedor. Venham prestigiar os trabalhos inspirados no símbolo de Maracaju, que é o papagaio da cabeça amarela, e levem essa boa lembrança da cidade.
- Encontro Estadual de Laço Comprido - Evento de competição esportiva em diversas modalidades de laço e categorias, atraindo laçadores de várias regiões, além de diversas atrações musicais e com cantores nacionais e estaduais, conta também com bailes e almoços, tem duelo de Amazonas (mulheres) e duelo do Rei da Soja (homens), são quatro dias de programação, começando na quinta e finalizando no domingo. Esse evento é estadual e ocorre uma vez por ano.
- Feira Noturna - Feira de artesanato e gastronomia foi criada com objetivo de gerar renda e lazer. A Prefeitura resgata a feira noturna em Maracaju como forma de valorizar os feirantes e artesãos.
- Feira do Produtor (Agricultura Familiar) - Local aonde se pode encontrar produtos oriundos da agricultura familiar (hortaliças, frutas, legumes e produtos derivados de origem animal) além da venda de produtos alimentícios artesanais (pães,salgados, bolos, entre outros).
- Campeonato de Kartcross Estadual - Kartcross é uma variante do automobilismo sobre veículos simples, de quatro rodas, monopostos dotados de motores de dois ou quatro tempos, similares aos cartes (karts), porém desenvolvido para competições off-road, ou seja, em terra, fora do asfalto.
Referência para o texto: Wikipedia ; Weather Spark ; Caravela .

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

CAPÃO BONITO - SÃO PAULO

Capão Bonito é um município do estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se a uma altitude de 730 metros. Possui uma área de 1641 km2, sendo o 5º maior município do estado. O município é formado pela sede e pelos distritos de Apiaí-Mirim e Turvo dos Almeidas. Sua população, em 2022, de acordo com o censo do IBGE, era de 46.337 habitantes.
Topônimo
"Capão" é uma palavra de origem tupi. Possui duas etimologias possíveis:
- "mato redondo", através da junção dos termos ka'a ("mata") e pu'ã ("redondo").
- "intervalo de mata", através da junção dos termos ka'a ("mata") e pa'um ("intervalo").
História
Presença Ameríndia no Alto Paranapanema

Os primeiros registros da presença humana na região correspondem a pequenos assentamentos com uma grande diversidade de ferramentas de pedra produzidos pela técnica de lascamento, bem como objetos confeccionados a partir de matéria prima orgânica (como osso e madeira). Entre os artefatos líticos produzidos podem ser destacados os raspadores uni faciais de grandes dimensões, bastante utilizados para atividades de descarne de animais. Esse período de ocupação teria se iniciado há entre 11 mil e 9 mil anos, sendo associado às tradições tecnológicas Umbu e Humaitá.
A região do Alto Paranapanema também apresenta uma grande quantidade de sítios arqueológicos associados à Tradição Tupiguarani, datando entre 2000 e 1870 anos antes do Presente as primeiras evidências de ocupação da área por grupos produtores de cerâmica. Além disso, na região também foram identificados sítios arqueológicos com cerâmica da tradição Itararé-Taquara, o que levou alguns pesquisadores a considerarem-na uma área de grande fluxo de populações indígenas. Dominando a agricultura de cultivares ricos em carboidratos como o milho e a mandioca, os grupos ceramistas apresentavam uma densidade demográfica maior, sendo os ancestrais dos atuais povos falantes de idiomas Tupi-Guarani e Macro-Jê. De acordo com muitos pesquisadores, o vale do Rio Paranapanema teria sido um dos principais eixos de expansão dos Tupis e Guaranis em direção ao sul.
Já a presença Kaingang (também conhecidos como Guaianãs ou Guaianazes) entre os vales dos rios Tietê e Paranapanema pode ser entendida a partir de dois cenários. O primeiro, enquanto ocupação recente, já que esse território provavelmente era ocupado por grupos hostis aos Kaingang, como os Kayapó meridionais e Tupi. Com o esvaziamento populacional provocado pelo apressamento indígena a partir do século XVI e XVII, os Kaingang teriam ocupado partes dessa região. A outra hipótese pressupõe um estabelecimento mais antigo dos Kaingang na região, vindos do sul de Minas Gerais, anterior mesmo à ocupação Tupi do vale do Paranapanema.
A presença dos Kaingangs nos territórios do Alto Vale do Paranapanema perdurou até o século XIX, sendo inclusive registrada pelo viajante francês Auguste Saint-Hilaire. Outro indício da presença contínua desses grupos na região, bem como das tensões entre estes e as vilas locais pode ser visto em um ofício da Câmara da Vila de Itapeva ao Governo da Província de São Paulo, datado de 20 de março de 1823. Tal documento tinha como objetivo informar a realização de patrulhas armadas, as quais expulsavam os Kaingang para áreas mais afastadas, aprisionando e escravizando inclusive os que já estavam catequizados.
Ao longo do século XIX, a região do Alto Paranapanema recebeu três levas de migrações guaranis, todas de caráter messiânico. Duas destas teriam alcançado a região de Itapetininga, permanecendo por um período relativamente curto. Essa passagem de grupos guaranis na região está de acordo com os relatos – datados da década de 1830 – que apontam uma aliança entre estes e habitantes da vila de Itapeva, em oposição aos Kaingang que habitavam a área. Eram conhecidos pelos moradores dessas vilas como “Botocudos”, devido ao uso de tembetás. Em carta endereçada ao Governador da Província de São Paulo, datada de 1834, o Sargento-Mor João de Almeida Leite dava o seguinte relato sobre os "Botocudos":
"Tenho a satisfação de comunicar a V. Excia. Que os aborígenes botocudos continuam a manter conosco as relações as mais amigáveis (...) e já não importunam com suas exigências e peditórios gratuitos (...). Eles trazem do mato porções de cera, couros, e dentre estes alguns já curtidos, e por este gênero permutam os de que precisam (...). Pelo número e valor destes selvagens, a nação goianã se viu obrigada a recuar da fronteira deste município (...); São estes botocudos uma espécie de guarda avançada que temos no sertão, muitos deles já falam passavelmente nosso idioma"
Em meados do século XIX, contudo, o avanço colonizador sobre as terras guaranis também ocorreu, gerando novos processos de dispersão demográfica e mesmo de aldeamento dos indivíduos remanescentes. De acordo com as fontes disponíveis, João da Silva Machado, o barão de Antonina, teria estabelecido um pequeno grupo de guaranis em suas terras, entre os rios Verde e Itararé (território atualmente localizado no município de Itaporanga, cerca de 153 km de Capão Bonito), aldeamento que teria contado com cerca de 400 indivíduos em 1847.
Início da Colonização Portuguesa e fundação da Freguesia Velha
O processo de colonização europeia do Alto Paranapanema se insere, portanto, no contexto das expedições bandeiristas do início do século XVIII, quando são descobertos veios de ouro na região de Apiaí e margens de cursos d’água, como o rio das Almas. Antes mesmos dessas descobertas, em meados do século XVII, expedições de bandeirantes como Domingos e Antônio Rodrigues da Cunha já haviam percorrido com frequência os caminhos locais, datando da década de 1690 a abertura da estrada que ligava a região meridional da América Portuguesa e a Capitania de São Paulo. Ainda que bem menos intenso do que os ciclos mineiros de Goiás, Cuiabá e Minas Gerais, o garimpo foi responsável pela fundação de povoados como a Freguesia Velha, em 1746. Fundado originalmente às margens do rio Pananapanema, no entanto, logo o povoado seria transferido para uma área mais próxima de onde a lavra do ouro ocorria.
Visto que o principal caminho de ligação da vila de Sorocaba com os núcleos coloniais do sul atravessava o Alto Paranapema, tais povoados muitas vezes serviam como pouso para tropeiros em viagem no chamado Caminho de Coritiba. Data desse período o surgimento daquele que se tornaria o maior núcleo populacional local, Itapetininga, originalmente um arraial pertencente à vila de Sorocaba. Paralelamente, a chamada Freguesia Velha – nome que se manteve popular entre os habitantes, apesar das tentativas oficiais de batizá-la como Nossa Senhora da Conceição do Paranapanema – logo se deparou com o esgotamento do ouro de aluvião, o que gerou um abandono gradual desse primeiro assentamento. A origem do nome oficial é em função da construção de uma capela em honra à Nossa Senhora da Conceição, sendo o padre Manoel Luiz Vergueiro considerado o fundador do povoado.
Ainda assim, o breve ciclo do ouro nessa região da Serra de Paranapiacaba foi relevante o suficiente para ainda constar em documentações cartográficas de fins do século XVIII, como o Mapa Corographico da Capitania de São Paulo. Nele são citadas as minas de ouro das cercanias da Freguesia Velha, citada oficialmente como “Freguesia de Paranapanema”, bem como as minas do Vale do Ribeira, também em declínio produtivo acentuado na época. No mapa em questão, também constam as freguesias de Itapetininga e Itapeva (“Ytapeba ou Faxinal”), assim como a rota principal utilizada pelos tropeiros, a qual atravessava as duas localidades.
Apesar de não estar no trajeto identificado no Mapa Corographico como parte do chamado “Caminho de Coritiba”, a localidade de Freguesia Velha também era eventualmente procurada enquanto pouso de viajantes. Por conseguinte, na década de 1840, o povoado é novamente transferido de local, se afastando de forma definitiva das áreas das minas auríferas, consideradas já praticamente exauridas. Os principais incentivadores dessa mudança teriam sido o tenente-coronel José Ignácio Ferreira, o fazendeiro Pedro Xavier dos Passos (também conhecido como "Sucuri") e o vigário Joaquim Manoel Alves Carneiro. Após comprar terras anteriormente pertencentes ao Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, Pedro Xavier teria doado cerca de 150 braças quadradas à Capela de Nossa Senhora da Conceição. A mudança do principal referencial eclesiástico da freguesia, assim como os esforços para construção de um novo edifício religioso, teriam sido decisivas para o deslocamento da população, a qual já somava cerca de 5 mil habitantes. Em homenagem ao doador das terras, a freguesia foi rebatizada com o nome da fazenda, sendo agora conhecida como Capão Bonito do Paranapanema. Segundo os relatos da época, o nome da fazenda foi dado em virtude da existência de um bonito capão de mato em formato de coração. A fundação da freguesia foi oficializada a partir da Lei Provincial n. 3, de 24 de janeiro de 1843.
Até então pertencente à vila de Itapetininga, a freguesia de Capão Bonito do Paranapanema foi elevada à condição de vila em 2 de março de 1857, através da Lei Provincial n. 17. O nome atual do município só seria oficializado na segunda década do século XX, através da Lei Estadual n. 1840 de 27 de dezembro de 1921. Remanescentes materiais do período de mineração ainda podem ser observados em sítios arqueológicos como Encanado I e Encanado II. Situados no município vizinho de Ribeirão Grande, antigo distrito de Capão Bonito localizado nas proximidades do antigo núcleo de Freguesia Velha, ambos os sítios são representativos das primeiras empreitadas de mineração do ouro nas margens do Rio das Almas.
Geografia
O município possui uma área de 1.641 km², estando localizado na zona fisiográfica do Paranapiacaba. Vale do Alto do Paranapanema, estado de São Paulo. Situado a 222 quilômetros da cidade de São Paulo. Sua altitude é de 730 metros
Com relevo acidentado a cidade possui enorme potencialidade para ecoturismo. Capão Bonito é conhecida como "Portal da Mata Atlântica", contando com diversas cachoeiras e grutas. Em virtude dos grandes trechos de floresta preservados no município, parte de seu território é considerado patrimônio natural do estado de São Paulo. Tombado em 1986 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT), o Conjunto das Serras do Mar e de Paranapiacaba abarca outros 46 municípios paulistas, destacando-se pelo seu grande valor geológico, geomorfológico, hidrológico e paisagístico, funcionado funcionar como regulador das qualidades ambientais e dos recursos hídricos da área litorânea e reverso imediato do Planalto Atlântico. A área tombada corresponde a 1.208.810 hectares e inclui parques, reservas e áreas de proteção ambiental, esporões, morros isolados, ilhas e trechos de planícies litorâneas.
Hidrografia
A hidrografia da cidade está composta do Rio Paranapanema, Rio Paranapitanga e Rio das Almas.
Clima
Seu clima é subtropical, com média máxima de 22 °C e média mínima de 14 °C.
Em Capâo Bonito, o verão é longo, morno, abafado e de céu quase encoberto; o inverno é curto, ameno e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 12 °C a 28 °C e raramente é inferior a 8 °C ou superior a 31 °C.
Baseado no índice de turismo, as melhores épocas do ano para visitar Capâo Bonito e realizar atividades de clima quente são do fim de março ao fim de maio e do meio de agosto ao meio de setembro.
Cultura
Comidas típicas

Bolinho de frango e o delicioso "rojão", feito com carne suína e temperos regionais são o orgulho gastronômico da região de Capão Bonito. Na culinária da cidade destaca-se também o virado à paulista, o torresminho.
Ensino superior
Capão Bonito possui uma Faculdade de Tecnologia, FATEC, atualmente com o curso de Tecnologia em Silvicultura e Agroindústria.
Economia
Capão Bonito é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo.
De janeiro a abril de 2024, foram registradas 1,5 mil admissões formais e 1,4 mil desligamentos, resultando em um saldo de 35 novos trabalhadores.
Até maio de 2024 houve registro de 55 novas empresas em Capão Bonito, sendo que 5 atuam pela internet. Neste último mês, 10 novas empresas se instalaram.
A economia do município está baseada em uma Produção agrícola diversificada e pecuária; nas Indústrias de madeiras, celulose e papel; a Mineração de granito e de mármore rosa, conhecido mundialmente como Granito Capão bonito e no Comércio de vestuário
Turismo
Os melhores pontos turísticos em Capão Bonito são: Terminal Rodoviário Antonio Enei Neto; Parque das Águas; Estádio Dr. José Sidney da Cunha; Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição; Praça do Tropeiro; Floresta Nacional de Capão Bonito; Rancho João de Barro; Cachoeira das Conchas; Pesqueiro Quatro Lagos; Cachoeira do Paranapitanga; Praça Cunha Bueno e Centro de Convenções de Capão Bonito.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

TREMEMBÉ - SÃO PAULO

Tremembé é um município brasileiro do estado de São Paulo, Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, Sub-região 2-Taubaté. É uma das dez cidades que integram a Região Imediata de Taubaté-Pindamonhangaba, sendo esta uma das cinco sub-regiões que integram a Região Intermediária de São José dos Campos. Localiza-se a uma latitude 22°;57'30" sul e a uma longitude 45º;32'58" oeste, estando a uma altitude de 560 metros. Sua população conforme o último censo do IBGE, em 2022, era de 51.173 habitantes.
História
Palavra de origem tupi - Tirime'mbé "Tere-membé", que pode ser 'Escoar Molemente' tanto significar água afamada, água boa para a saúde. A cidade foi batizada com esse nome, por causa tanto da quantidade de água ou cursos dela em sua geografia. O que podemos dizer é que há muitos possíveis significados pesquisados, como no Sul, tremembé significar terreno alagado ou bacia encharcada. Em todos os seus possíveis significados, sempre se relaciona a excesso de água ou algo parecido.
Primitivamente Tremembé já foi ocupada pela tribo dos Guaianazes ou bugres. Os Guaianazes pertencem ao grupo dos Tupis, obviamente o motivo do possível significado do nome da cidade. 
 O município por muito tempo sofreu com enchentes, causada principalmente pelo transbordamento do Rio Paraíba, inundando principalmente a várzea da cidade, conhecida hoje como aterrado, o que durante muito tempo destruiu plantações de arroz, principal fonte financeira da cidade. O curso do rio nessa parte da cidade, foi mudado na década de 70 pelo governo por esses motivos.
Supõe-se que os primeiros vestígios de povoação de Tremembé tenham sido simultâneos aos de Taubaté, por volta de 1600. Mas sabe-se que, em 1669, o capitão mor Manuel da Costa Cabral, descendente dos nobres Cabral de Portugal, conseguiu permissão para erigir uma igreja no local onde já havia uma capela, em terras de sua propriedade. Assim surgiu o templo do Senhor Bom Jesus de Tremembé, que se tornou o Santo Padroeiro da povoação. Em 1672 foi celebrada a primeira missa.
O Santo Milagroso logo teve sua fama espalhada. Com isso, peregrinos começaram a surgir, e muitos romeiros acabaram se estabelecendo ao redor da Igreja; também as condições climáticas e geográficas os favoreciam. A Lei Provincial n° 1, de 20 de fevereiro de 1866, elevou o povoado a freguesia. Em 19 de agosto de 1890, tornou-se distrito policial, e pelo Decreto Estadual n° 132, de 3 de março de 1891, pelo então juiz de Paz, José Monteiro de Queirós, foi elevado a Distrito de Paz. Foi elevado a município pela Lei n° 458, em 26 de novembro de 1896, promulgada pelo presidente do estado, Manuel Ferraz de Campos Sales, desmembrando-se de Taubaté, graças aos esforços persistentes do coronel Alexandre Monteiro Patto.
A Lei Estadual n° 1038, de 19 de dezembro de 1905, elevou Tremembé à categoria de cidade. De acordo com a divisão administrativa dos anos de 1911 a 1933, e as territoriais, de 31 de dezembro de 1937, a Lei Estadual n° 9073, de 31 de março de 1938 e o Decreto Lei n° 14.334, de novembro de 1944, fixaram os quadros da divisão territorial, administrativa e judiciária do estado de São Paulo, o município de Tremembé consta de um só distrito, e de igual nome, e pertence ao termo judiciário da Comarca de Taubaté.
A Lei Estadual n° 8506, de 27 de dezembro de 1993, transforma em Estância Turística o município de Tremembé. A Lei Complementar n° 877, de 29 de agosto de 2000 eleva a categoria de Comarca Judiciária de Primeira Entrância.
Estância turística
Tremembé é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Feriados Municipais
Dia 26 de novembro (Dia do Município) e 6 de agosto (Dia do Padroeiro).
Geografia
Possui uma área de 191,094 km². A maior extensão é de leste a oeste. O seu território é marcado pela existência de áreas de várzeas onde são cultivadas grandes lavouras de arroz. Estas áreas são protegidas por leis ambientais que impossibilitam a sua ocupação de forma desordenada e urbana.
Em 2006, o rio Una transbordou, dessa vez no Bairro Padre Eterno, mudando seu curso e inundando casas.
Os municípios limítrofes são Pindamonhangaba a norte e leste, Taubaté a sul, Monteiro Lobato a oeste e Santo Antônio do Pinhal a noroeste.
Abriga a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Pedra Branca, de 183 ha, criada em 1987.
Outro traço marcante geológico do Município é a grande quantidade de Xisto Betuminoso existente. Além disso, existe grande exploração de areia ao longo do rio Paraíba que acarreta alarmantes danos ao meio ambiente.
Hidrografia
A hidrografia de Tremebé está composta pelo Rio Paraíba do Sul e pelo Rio Una.
Clima
Em Tremembé, o verão é quente, abafado, com precipitação e de céu encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 12 °C a 31 °C e raramente é inferior a 9 °C ou superior a 35 °C.
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Tremembé e realizar atividades de clima quente é do meio de abril ao fim de setembro.
Economia
Tremembé é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo.
De janeiro a abril de 2024, foram registradas 1,5 mil admissões formais e 860 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 685 novos trabalhadores.
Até maio de 2024 houve registro de 43 novas empresas em Tremembé, sendo que 17 atuam pela internet. Neste último mês, 10 novas empresas se instalaram, sendo 4 com atuação pela internet.
Turismo
São atrações turísticas da cidade, as seguintes.
– Estação Ferroviária Dr. Paulo de Frontin
A Estação Ferroviária desativada Dr. Paulo de Frontin é palco dos principais eventos do município. Localizada na praça Geraldo Costa e ladeada pelo Museu Municipal Histórico Cultural Laurindo de Paula e pelo Centro de Eventos Professora Amélia Ribeiro dos Santos, foi inaugurada em 1914, como extensão à Estrada de Ferro Central do Brasil e desativada na década de 1950. Essa mesma extensão foi resultado do trabalho dos monges Trapistas que se instalaram no município da Estância Turística de Tremembé no período de 1904 a 1931. Que reivindicaram o trecho de via férrea para a promoção do escoamento da produção de arroz em direção aos centros consumidores. A estação hoje figura como principal atrativo histórico cultural do centro político-administrativo tremebeense. Herança do período trapista, permanece como símbolo da primeira cidade do Vale do Paraíba Paulista a ter rizicultura como produção agrícola.
– Santuário e Basílica do Senhor Bom Jesus
O Santuário Basílica do Senhor Bom Jesus teve sua origem em uma capela para culto à Nossa Senhora da Conceição. Em 1663, esta capela recebeu a imagem do Senhor Bom Jesus, que ali permaneceu até 1672, quando foi transferida para uma capela própria. O crescente número de fiéis criou a necessidade de sucessivas ampliações da capela, que por volta de 1795 atingiu as proporções atuais. Em 1907, três anos após a chegada dos monges trapistas à cidade, foi criada a Paróquia do Senhor Bom Jesus de Tremembé (desmembrada da Paróquia de São Francisco das Chagas de Taubaté) e a Igreja do Bom Jesus, elevada à Matriz Paroquial, recebeu também o título de Santuário Arqui Episcopal, concedido por Dom Duarte Leopoldo e Silva (na ocasião arcebispo de São Paulo). Em 23 de novembro de 1974, o Santuário do Bom Jesus recebeu o título de Basílica Menor, dado pelo Papa Paulo VI. O título expressa uma especial vinculação do templo com a Igreja de Roma, podendo usar as chaves pontifícias em seus emblemas.
– Romaria Fluvial dos Pescadores
Partindo das margens do Rio Paraíba do Sul, na região do bairro do Padre Eterno em Tremembé, a Romaria Fluvial é conduzida em grupos de embarcações de pequeno porte que percorre 47 quilômetros rumo ao centro urbano de Aparecida do Norte. Esse tradicional evento católico tremembeense ocorre há mais de 30 anos e foi idealizado pelo pescador Benedito “Seu Tico” Teodoro, e acontece desde 1989 sempre no segundo domingo de julho. Seu Tico foi responsável pela organização por 17 anos consecutivos até seu falecimento. O evento é realizado em formato de romaria, em comemoração ao dia de São Pedro (o protetor dos pescadores). A saída ocorre às 07 horas da manhã das margens do Rio Paraíba do Sul do na região do Bairro do Padre Eterno (Tremembé) e com encerramento nas proximidades do Porto Itaguaçu (local onde foi encontrada a imagem da padroeira do país), no bar do Peixe em frente ao Santuário Nacional.
– Carmelo da Santa Face e Pio XII
Mosteiro Carmelita em que existe o Memorial Madre Carminha, dedicado à preservar a história da religiosa em fase de beatificação com diversos objetos que pertenceram a ela. Entre eles, a cama, um breviário de oração, um terço, o hábito religioso, além de um piano e uma viola que ela tocava, entre outros objetos. Também existe no local uma “Sala dos Milagres” onde os devotos deixam fotos, cartas e objetos de graças alcançadas pela intercessão da religiosa. Os espaços podem ser visitados de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. E aos sábados durante a missa realizada às 17h, e aos domingos, na missa das 10h30. Na área externa do mosteiro há uma capela e um museu com os pertences da Venerável. Espaço aproveitado também com uma loja de produtos artesanais e área de lazer familiar preparada para acolher os que vem até o Mosteiro prestigiar as apresentações culturais e religiosas. Nas dependências do mosteiro é organizada a festa litúrgica no domingo de Cristo Rei.
– Feira do Artesanato de Tremembé
A Feira do Artesanato de Tremembé acontece quinzenalmente na região central da cidade. Revezando entre as duas principais praças, a Luis Balmes (Praça da Basílica) e a Geraldo Costa (Praça da Estação), a feira é um espaço para a exposição e comercialização da arte, cultura e do folclore tremembeense, sendo realizada sempre aos finais de semana (sábados e domingos das 9:00h às 16:00h). Visitar a Feira do Artesanato de Tremembé é estar em contato com a cultura, a história e os costumes da nossa gente.
– Museu Histórico e Cultural Laurindo de Paula
O Museu Histórico e Cultural Laurindo de Paula de Tremembé foi criado em 2021 e é o 1º e único museu municipal da cidade. O prédio histórico é um antigo casarão do início do século XX e que serviu de morada para o administrador da antiga estação ferroviária, Dr. Paulo de Frontin.
Seu aspecto histórico se funde com a modernidade do Centro de Eventos do município. No seu interior é possível encontrar obras de artistas locais, fósseis descobertos em Tremembé, artigos históricos e religiosos que revivem a história do município.
– Bica da Água Santa
A Água Santa de Tremembé é um  importante ponto turístico, histórico e religioso da cidade datado de 1869. Conta a tradição, que a imagem foi entalhada na madeira por um velhinho desconhecido que havia chegado a Tremembé, o senhor que pouco saía de casa e não mantinha relacionamento com ninguém, resolveu construir uma pequena cabana às margens do rio Paraíba.
Certo dia o velhinho desapareceu, quase tão misteriosamente como surgiu. Ninguém teve notícia de seu destino. Os curiosos foram até a choupana, e ali encontraram a imagem do Senhor Bom Jesus. O caso foi tido então como miraculoso e que Deus, na pessoa do velhinho, foi quem trouxe a imagem.
Quando fizeram a remoção da imagem, um pequeno fio de água brotou aos pés do Bom Jesus, dando origem à conhecida bica da Água Santa.
– Horto Municipal
Tremembé possui também locais de contemplação a natureza como o Horto Municipal que é um refúgio verde ao lado do centro da cidade, onde crianças e adultos podem entrar em contato com a natureza e apreciar espécies arbóreas nativas.
No espaço ainda é possível fazer piqueniques, caminhar à beira do lago, assistir peças de teatro infantil e as crianças podem brincar no playground.
Os adultos podem usufruir da pista de caminhada e corrida, além dos aparelhos na academia ao ar livre e quiosques.
Todos os domingos o Horto de Tremembé recebe o projeto Cultural MANHÃS DE ALEGRIAS, com apresentações de artes cênicas, gincanas, música e oficinas artesanais.
– Ponte do Rio Paraíba
Segundo pesquisadores, a primeira ponte sobre o Rio Paraíba foi construída em 1923 e era toda de madeira, e historicamente a construção foi feita, provavelmente, por Euclides da Cunha, que projetou várias obras no Vale do Paraíba. Mais tarde, a ponte foi reformada e recebeu reforço de materiais mais resistentes.
Apesar de a ponte antiga estar desativada para o trânsito de veículos, o local é hoje um importante ponto de parada dos ciclistas e turistas que visitam o município devido a sua bela vista para a Serra da Mantiqueira.
O local funciona como um verdadeiro mirante a céu aberto, sendo um dos principais cartões postais da cidade. Dizem os visitantes que a vista do pôr do sol da Mantiqueira é uma das mais belas da região na ponte do Paraíba.
– Bica da Glória
Segundo arquivo particular do historiador Laurindo de Paula, a bica foi construída em data não precisa. A referida fonte é composta por quatro pontos de saída de água, que servia para o abastecimento dos moradores de Tremembé e cidades vizinhas. A Bica está localizada à Avenida Luiz Gonzaga Neves, entremeada pelos bairros Parque Nossa Senhora da Glória, Jardim Santana, Jardim Bica da Glória, Parque das Fontes e Jardim Bom Jesus.
De propriedade do Patrimônio Municipal, essa fonte é considerada uma das mais antigas da cidade, contando atualmente com jardins, gramados e bancos. É considerada um dos locais mais aprazíveis da cidade de Tremembé.
Atualmente a fonte está desativada devido a contaminação da água.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela ; Prefeitura Municipal .

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

ATALAIA - ALAGOAS

Atalaia é um município brasileiro localizado no estado de Alagoas. Pertencente à Mesorregião do Leste Alagoano e à Microrregião da Mata Alagoana, localiza-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 48 quilômetros. Sua população, conforme censo do IBGE de 2022, era de 37.512 habitantes, sendo assim um dos mais populosos do estado de Alagoas e o primeiro de sua microrregião. Sua área é de 534,2 km², sendo que 1,7041 km² estão em perímetro urbano.
A cidade fica a 48 km da capital do estado, Maceió. Tradicional cidade alagoana, Atalaia tem sua história marcada não somente pelo episódio da destruição do Quilombo dos Palmares, mas também pelo fato de, em suas terras, ter surgido a primeira usina de açúcar de Alagoas, uma das maiores do Brasil, em sua época: A Usina Brasileiro.
Origem do nome
Há duas hipóteses para a origem do nome "Atalaia". A primeira afirma que o nome se deve ao fato de que as tropas comandadas por Domingos Jorge Velho, contratado para destruir o Quilombo dos Palmares ficavam de "atalaia" (vigilância). Porém, essa hipótese não é bastante aceita pelos historiadores, pois o nome do município foi dado por D. José I somente em 1764, em homenagem, provavelmente ao Visconde de Atalaia, fidalgo português muito amigo de D. José I. Esta é a hipótese mais aceita. Contribui para isso o fato de que Atalaia começou a ser povoada por volta de 1692, tendo tido como primeiro nome Arraial dos Palmares. Portanto, até o ano de 1764, não há menção nos registros históricos do nome Atalaia.
História
O território fez parte do Quilombo de Palmares e, com a destruição deste, os vencedores receberam, em doação, as terras conquistadas, cabendo a Domingos Jorge Velho seu território que então veio a se formar povoado, com a construção de igreja dedicada a Nossa Senhora das Brotas, padroeira do lugar e festejada no dia 2 de fevereiro. A cidade chegou a conhecer um período de prosperidade que, mais tarde, se arrefeceu de modo que perdeu a relevância econômica regional.
A ocupação das terras onde hoje situa-se o município iniciou-se por volta de 1692 por Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista contratado pelo então Governador da Província de Pernambuco Fernão de Souza Carrilho para destruir o Quilombo dos Palmares. Domingos Jorge Velho havia recebido do governo português a promessa de uma sesmaria (seis léguas de terra), como recompensa pela destruição do Quilombo dos Palmares. Com a destruição de Palmares, e a consequente morte de Zumbi dos Palmares, em 20 de novembro de 1695 o bandeirante esperou o cumprimento da promessa, e se estabeleceu no atual bairro da Cidade Alta, de onde ficava de vigilância (atalaia), durante a luta contra os negros palmarinos. O bandeirante batizou a nova povoação de Arraial dos Palmares.
Lá, por volta de 1697, Domingos Jorge Velho mandou construir a Capela de Nossa Senhora das Brotas - a primeira edificação de Atalaia - santa que considerava como sua protetora. Esta é ainda hoje a padroeira de Atalaia. Para tentar agradar à Coroa Portuguesa, Domingos Jorge Velho lhe envia carta comunicando o desejo de que a povoação iniciada por ele passasse a se chamar Vila Real de Bragança, para que a mesma ficasse sob a proteção da Casa de Bragança, para que mais rápido se desenvolvesse. Porém, o pedido foi negado por D. José I. No final de 1700, Domingos Jorge Velho morre sem, no entanto, receber da Coroa Portuguesa o decreto de doação da sesmaria. Apesar do crescimento da povoação, o Arraial dos Palmares não era reconhecido pelas autoridades. Somente em 12 de março de 1701, o Governador da Província de Pernambuco recebe Carta Régia determinando a criação oficial do arraial, porém com o nome de Arraial de Nossa Senhora das Brotas. No entanto, este nome não caiu no gosto dos habitantes, permanecendo os habitantes utilizando a denominação Arraial dos Palmares. Somente em 1716, os filhos e a esposa de Domingos Jorge Velho recebem o decreto que doa a sesmaria onde hoje localiza-se Atalaia, como recompensa pela destruição dos Palmares.
Durante o governo do 10º Ouvidor da Província de Alagoas, Manuel Álvares, os habitantes do Arraial dos Palmares, por seu intermédio, solicitaram ao governo português a elevação do arraial à categoria de vila. D. José I atendeu em parte às reivindicações da população, elevando o Arraial dos Palmares à categoria de vila, porém, com o nome de Vila de Atalaia, em homenagem ao Conde de Atalaia, seu amigo particular. Este decreto data de 1 de fevereiro de 1764, considerada a data de sua fundação. Foi a quarta vila criada em Alagoas, depois de Porto Calvo, Marechal Deodoro (antiga Alagoas) e Penedo. Em 5 de março de 1891 Atalaia é elevada à categoria de cidade, pelo governador Manuel de Araújo Góes.
Clima
Em Atalaia, o verão é longo, quente e de céu parcialmente encoberto; o inverno é curto, agradável, com precipitação e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo e de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 19 °C a 32 °C e raramente é inferior a 18 °C ou superior a 35 °C.
Baseado no índice de praia e piscina, a melhor época do ano para visitar Atalaia e realizar atividades de clima quente é do meio de agosto ao fim de outubro.
A estação quente permanece por 5,3 meses, de 31 de outubro a 10 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 31 °C. O mês mais quente do ano em Atalaia é março, com a máxima de 32 °C e mínima de 23 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,7 meses, de 9 de junho a 1 de setembro, com temperatura máxima diária em média abaixo de 28 °C. O mês mais frio do ano em Atalaia é julho, com a mínima de 20 °C e máxima de 27 °C, em média.
Economia
Atalaia é um município de grande relevância na região que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pelo alto crescimento econômico.
De janeiro a abril de 2024, foram registradas 270 admissões formais e 1,5 mil desligamentos, resultando em um saldo negativo de -1262 novos trabalhadores.
Até maio de 2024 houve registro de 16 novas empresas em Atalaia, sendo que uma delas atua pela internet. Neste último mês, 3 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet.
Cultura
O Museu do Banguê, onde são colecionadas antigas e interessantes peças de engenhos é uma das marcas da vida cultural na cidade, que foi o quarto núcleo de povoamento de Alagoas e cidade mãe dos municípios de União dos Palmares, Capela, Cajueiro, Viçosa, Pindoba, Chã Preta e Murici.
Turismo
Terra tradicional do pitu (camarão de água doce), Atalaia tem nas festividades sua marca pessoal. Os destaques ficam com a festa da padroeira Nossa Senhora das Brotas (2 de fevereiro), as cavalhadas e vaquejadas nos parques Graziela Thianny e Vicente Basílio, além dos tradicionais bailes do Centro Social Atalaiense.
A praia de Barra Grande, em Maragogi, lidera a preferência do público com 21,3% do total dos interessados, o tour por São Miguel dos Milagres foi a escolha de 20,8% das pessoas, já a Praia do Gunga em Roteiro com o city tour por Maceió finalizam o top 3, com 15,3% das escolhas.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Weather Spark ; SECULT - Secretaia Municipal de Cultura .

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

RIBEIRÃO - PERNAMBUCO

Ribeirão é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Sua população, conforme censo do IBGE em 2022, era de 33.507 habitantes.
História
Ribeirão originou-se em decorrência da existência do Engenho Ribeirão.
A cidade de Ribeirão fazia parte da cidade vizinha Gameleira, e com passar do tempo teve sua independência conquistada. Os habitantes se chamam ribeirãoenses. Localizada próximo a cidade de Palmares, Água Preta e Xexeu, a 30 km da cidade de Vitória de Santo Antão mais desenvolvida aos arredores, e 90 km da capital Recife.
A cidade é conhecida como “canaviais”, segundos historiadores e pesquisadores este título está relacionado ao seguinte acontecimento: no início do século XVII os portugueses traziam negros africanos de suas colônias para utilizar sua mão de obra escrava nos engenhos de açúcar, esses negros eram vendidos como mercadorias qualquer entre os senhores e viviam em condições piores do que animais. Na região norte de Ribeirão, habitava o senhor de engenho mais rico de toda região da Mata Sul de Pernambuco e uma das suas escravas acabou engravidando de outro escravo, sua senhora desatava crianças é como punição de seu ato, planejava cortar sua cabeça na frente de outros escravos para conscientizá-los acerca dos seus comportamentos pecaminosos. Apreensiva, a escrava conseguiu a ajuda de outros escravos para fugir, correu para dentro os canaviais e lá entrou em trabalho de parto e em seguida, faleceu. A criança foi encontrada chorando, ao lado do corpo da sua mãe por capatazes da fazenda entre os canaviais, dizem que seus delicadamente olhos azuis comoveram a alma dos capatazes e deram o nome de Princesa dos Canaviais, por ser muito bela e por nascer em um berço esplêndido; o canavial. Poucos conhecem esta história que aconteceu no solo de Ribeirão, o lugar onde nasceu a princesa dos canaviais. Mais tarde esse título de Princesa dos canaviais foi denominado o “slogan” da cidade
Ribeirão tem um grande desenvolvimento na produção de cana de açúcar, e todo mês quando termina o tempo de moagem da cana tem uma comemoração para a cidade, a famosa festa da cana no mês de janeiro.
Cronologia
- 19 de agosto de 1895 - Lei Municipal de Gameleira cria o Distrito de Ribeirão.
- 1 de julho de 1909 - Lei Estadual 911 eleva à categoria de Vila
- 11 de setembro de 1928 - Elevação à categoria de cidade e criação do município.
- 9 de dezembro de 1938 - Incorporação do distrito de Aripibu e mudança de nome do distrito de Caxangá para José Mariano.
- 14 de fevereiro de 1945 - Criação da Comarca de segunda entrância de Ribeirão.
- 26 de dezembro de 1958 - É criado o distrito de Estreliana, ex povoado, e anexado ao município de Ribeirão pela Lei Municipal nº 245.
- 15 de outubro de 1969 - Extinção do distrito de Estreliana e incorporação de seu território ao distrito sede pela Lei Municipal nº 559.
Clima
Em Ribeirão, o verão é longo, quente e de céu quase encoberto; o inverno é curto, morno, com precipitação, de ventos fortes e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 21 °C a 32 °C e raramente é inferior a 19 °C ou superior a 34 °C.
Baseado no índice de praia e piscina, a melhor época do ano para visitar Ribeirão e realizar atividades de clima quente é do fim de julho ao fim de outubro.
A estação quente permanece por 5,2 meses, de 4 de novembro a 12 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 31 °C. O mês mais quente do ano em Ribeirão é fevereiro, com a máxima de 32 °C e mínima de 24 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,7 meses, de 10 de junho a 1 de setembro, com temperatura máxima diária em média abaixo de 29 °C. O mês mais frio do ano em Ribeirão é julho, com a mínima de 21 °C e máxima de 28 °C, em média.
Economia
Ribeirão é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios. O baixo potencial de consumo e a baixa regularidade das vendas no ano são fatores de atenção.
De janeiro a abril de 2024, foram registradas 519 admissões formais e 685 desligamentos, resultando em um saldo negativo de -166 novos trabalhadores.
Até maio de 2024 houve registro de 9 novas empresas em Ribeirão, sendo que uma delas atua pela internet. Neste último mês, 3 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet.
Eventos Culturais
Ribeirão é conhecida por seus eventos culturais, que acontecem ao longo do ano e atraem visitantes de toda a região. Festivais de música, dança e teatro são realizados regularmente na cidade, oferecendo uma programação diversificada para todos os gostos. Além disso, há também eventos tradicionais, como festas religiosas e comemorações locais, que proporcionam aos visitantes a oportunidade de conhecerem a cultura e as tradições da cidade.
Festas e Eventos
Em Ribeirão, suas festas e eventos acontecem ao longo do ano e atraem visitantes de toda a região. O Carnaval é uma das festas mais populares, com desfiles de blocos e trios elétricos animando as ruas da cidade. Além disso, há também festas juninas, festivais de música e eventos esportivos, que proporcionam diversão e entretenimento para todas as idades.
Carnaval: Ao longo dos anos vem mantendo uma tradição, com as Cambindas de Ribeirão um bloco carnavalesco que vem nas ruas lembrando o tempo da escravidão que todos os integrantes se pintam de preto com direito a rei e a rainha e saiam nas ruas horando essa tradição que já dura mais de 40 anos.
Turismo
Pontos turísticos: Banho Mina da Pedra; Minas EcoPark.
Paróquia de Nossa Senhora Sant’Ana: Com o tombamento da Capela do Engenho de Ribeirão e para não ficar paralisados os ofícios religiosos, foi improvisada uma capela em uma residência existente ao lado da Prefeitura (atual), alguns tempos depois, transferida para a praça Barão das Águas Clara, no local onde hoje funciona o Fórum, em quanto tudo isto acontecia Dona Fortunata Nicodemos, senhores Caetano Nicodemos e Alfredo Moreira saiam em comissão angariando fundos para a construção da Igreja. Feito o tombamento de Capela Ribeirão, fizeram a avaliação do terreno chegando a conclusão do seu valor de 200.000 (Duzentos mil reais), entretanto D.Fortunata Nicodemos em contato com a CIA Geral de Melhoramento de Pernambuco, então aconteceu a permuta daquele terreno por um em outro local, e pelo mesmo preço. No dia 30 de janeiro de 1923, foi realizada a permuta do terreno escolhido com uma área de 16 metros de frente e 40 metros de fundo na praça 14 de Julho, hoje 11 de Setembro, mas é bom deixar claro que só foi feita esta permuta graças a arte parlamentar e o prestígio de Dona Fortunata Nicodemos. Hoje são 64 Anos de Paroquia Sant’ Ana que se tornou a Padroeira da Cidade de Ribeirão.
- Igreja Matriz de São Sebastião: a Igreja Matriz é um dos pontos turísticos que valem a visita. É uma bela construção histórica que encanta os visitantes com sua arquitetura e detalhes. Além disso, há também o Engenho São Pedro, um antigo engenho de açúcar que preserva a história da região e oferece visitas guiadas.
- Parque Municipal: Outro ponto turístico interessante; um espaço verde onde é possível fazer caminhadas, piqueniques e aproveitar a natureza.
Praias
Ribeirão é privilegiada por estar localizada próxima ao litoral, o que significa que as praias são uma das principais atrações da cidade. A Praia de Ribeirão é uma das mais famosas e oferece uma bela paisagem, com areias brancas e águas cristalinas. Os visitantes podem desfrutar de um dia relaxante na praia, tomando sol, nadando ou praticando esportes aquáticos.
Passeios de Barco
Uma das melhores maneiras de explorar a região é através de passeios de barco. Ribeirão oferece várias opções de passeios, que permitem aos visitantes conhecerem as belezas naturais da cidade e seus arredores. Os passeios de barco geralmente incluem visitas a ilhas, manguezais e recifes de coral, onde é possível observar a fauna e a flora local. Além disso, alguns passeios oferecem a oportunidade de fazer mergulho ou snorkel, permitindo que os visitantes explorem as águas cristalinas e observem a vida marinha de perto.
Trilhas e Ecoturismo
Para os amantes da natureza e da aventura, Ribeirão oferece diversas trilhas e opções de ecoturismo. A região possui uma rica biodiversidade, com áreas de mata atlântica preservada e rios que cortam a paisagem. Os visitantes podem explorar trilhas que levam a cachoeiras, mirantes e áreas de preservação ambiental, proporcionando uma experiência única em contato com a natureza. Além disso, há também opções de passeios de bicicleta, quadriciclo e cavalgadas, que permitem aos visitantes explorarem a região de forma mais intensa.
Esportes
Ribeirão oferece diversas opções de prática esportiva para os moradores e visitantes. Há quadras de tênis, campos de futebol, academias e piscinas, que permitem a prática de diferentes modalidades esportivas. Além disso, a cidade possui uma ciclovia, que é ideal para quem gosta de pedalar e explorar a região de bicicleta. Para os amantes de esportes aquáticos, há também opções de surf, stand-up paddle e pesca esportiva.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Weather Spark  ; Prefeitura Municipal de Ribeirão ; Resumos .

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

BAIÃO - PARÁ

Baião é um município brasileiro do estado do Pará. Localiza-se a uma latitude 02º47'26" sul e a uma longitude 49º40'18" oeste, estando a uma altitude de 30 metros. Sua população de acordo com o censo do IBGE em 2022, é de 51.641 habitantes. Possui uma área de 3.202 km².
História
Baião, vila criada em 17 de maio de 1833 com a denominação de Tocantins, recebeu a sua atual denominação em 1841 pela Lei Provincial nº. 86. Baião originou-se de um povoado fundado em 1694. O governador e capitão-general do Estado do Maranhão e do Grão-Pará, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, reconhecido como donatário da Capitania do Camutá, entregou como doação ao português Antônio Baião uma vasta Sesmaria, com a condição de que fundasse um povoado. Impôs a Baião, a condição de que tal povoado deveria localizar-se à margem do rio Tocantins e que ele construísse uma casa grande e decente. Antônio Baião aceitou a oferta e cumpriu o compromisso pactuado, fundando o povoado, longe de Camutá, convertendo-o em sede da Sesmaria.
Em 30 de outubro de 1769, o capitão-general e governador, Fernando da Costa de Athayde Teive, consagrou a doação efetuada por Coelho de Carvalho e outorgou ao lugar o nome do sesmeiro, batizando-o de Baião. O encarregado de executar a ordem foi Manoel Carlos da Silva, então Diretor de Índios.
No ano de 1833, o Conselho do Governador da Província, nas suas sessões de 10 a 17 de maio, promulgou uma Resolução através da qual o “lugar Baião” foi elevado à categoria de vila, recebendo a denominação de Nova Vila de Santo Antônio do Tocantins. Na mesma Resolução foi determinada a instalação da sua Câmara Municipal, tendo como presidente o padre Francisco Gonçalves Martins e Pontes, o que veio a acontecer no dia 17 de outubro de 1833. Esse primeiro período legislativo terminou em 1837 – após a pacificação da Cabanagem -, quando nova Câmara foi eleita, sendo Francisco Mendes da Silva o seu novo presidente.
No ano de 1885 irrompeu uma grave crise política no Município, em decorrência da desorganização administrativa, o que forçou o presidente da Província a suspender o presidente da Câmara e alguns vereadores. Assim, no dia 25 do mesmo mês, assumiu a presidência da Câmara, pela sexta vez, o Coronel José Antônio Corrêa de Seixas. O período terminou a 7 de janeiro de 1887, data em que tomou posse a nova vereança, que foi a “última do Império”; esta, em nome do Município, aderiu ao regime republicano, em 1889.
No dia 10 de abril de 1890, o Governo Provisório do Pará, através do Decreto 131, extinguiu a Câmara Municipal de Baião, criando, na mesma data, o Conselho de Intendência Municipal, sendo o Coronel José Antônio Corrêa de Seixas, novamente reconduzido à presidência.
Em 1897, a política paraense atravessava a sua primeira grande crise no período republicano: os seguidores de Antônio Lemos permaneceram na mesma agremiação partidária e os falangiários de Lauro Sodré reuniram-se no recém-criado Partido Republicano Federal. Os reflexos dessa cisão fizeram-se sentir em Baião, onde ambos os partidos apresentaram os seus candidatos a intendente (prefeito) e a vogais (vereadores). O reconhecimento de poderes não foi respeitado e ficou o município com dois intendentes e dois Conselhos Municipais, gerando assim um descontentamento na população. Até que encontraram uma composição política, oportunidade em que formaram um conselho de conciliação, presidido pelo vogal mais votado, João Luís Soares. Exerceram o mandato até 25 de novembro do mesmo ano, quando tomaram posse os novos eleitos, sendo Samuel Benchimol o novo Intendente.
Segundo o historiador Theodoro Braga, esse município de grande extensão patrimonial incorporava as terras de São João do Araguaia, Conceição do Araguaia, Marabá e o Distrito de Alcobaça. Este último, posteriormente, daria lugar ao surgimento de Tucuruí. No ano de 1908, registrou-se a criação dos municípios de São João do Araguaia e de Conceição do Araguaia, com a promulgação das Leis nº 1.069 e 1.091. Mediante a Lei Nº 1.278, de 27 de fevereiro de 1913, foi criado o município de Marabá. No ano de 1930, após a Revolução sua organização político-administrativa voltou a sofrer alterações. O município de Mocajuba foi suprimido e suas terras incorporadas à área jurisdicional de Baião.
Em 31 de outubro de 1935, a Lei Estadual nº 8 reconheceu Baião como Município e, através desse mesmo ato, Mocajuba foi reconduzido à categoria de município.
No ano de 1943, a antiga povoação de Alcobaça que fora conhecida também como Freguesia de São Pedro de Alcântara, de São Pedro de Pederneiras e de Pedro de Alcobaça, mediante o Decreto-Lei nº 4.505, de 30 de dezembro, mudou sua denominação, passando a ser denominado de Tucuruí. Em 1947, a Lei nº 62, no seu artigo 36, outorgou a Tucuruí a categoria de município, desmembrando terras de Baião.
O município de Baião já foi o um dos maiores do mundo, onde sua extensão chegava ao município de Conceição do Araguaia, por exemplo. Municípios importantes do Estado como Tucuruí e Marabá surgiram de vilarejos baionenses. Hoje, o município de Baião é formado pelos distritos-sede de Baião e pelos distritos de Angelinópolis, Joana Peres, São Joaquim de Ituquara e Umarizal do Tocantins.
Localização e Acesso
Baião fica localizado na mesorregião do Baixo Tocantins (Rio que corta a região) na microrregião de Cametá, podendo ser acessado pela PA-151, BR-422 e pelo Rio Tocantins. A distância da capital paraense pela estrada é em torno de 265 quilômetros e pode ser feita através do Porto Arapari, em Barcarena, ou pela rodovia Alça Viária.
O Acesso ao Sul e Sudeste do Estado pode ser feito pela PA-151 até o município de Breu Branco ou pela rodovia transcametá (BR-422) pelo município de Tucuruí.
Clima
Em Baião, a estação com precipitação é morna e de céu encoberto; a estação seca é quente e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 23 °C a 35 °C e raramente é inferior a 22 °C ou superior a 38 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Baião e realizar atividades de clima quente é do meio de junho ao fim de agosto.
A estação de maior precipitação dura 5,4 meses, de 17 de dezembro a 28 de maio, com probabilidade acima de 53% de que um determinado dia tenha precipitação. O mês com maior número de dias com precipitação em Baião é março, com média de 28,5 dias com pelo menos 1 milímetro de precipitação.
Infraestrutura
Transporte

O transporte em Baião está atendido pelas seguintes facilidades: Terminal Rodoviário; Porto de Passageiros; Portos de Cargas e Porto de Travessia de Balsas.
Economia
A Economia do município gira em torno do comércio, atividade extrativista com a produção de pimenta-do-reino, cacau, mandioca, açaí, além da piscicultura e pesca artesanal.
Fatos Interessantes e Curiosidades do Município
- Baião já foi um dos maiores municípios do mundo, tendo uma extensão maior que países como a Holanda, por exemplo. Cidades como Marabá, Tucuruí e Conceição do Araguaia fizeram partes do território baionense antes dos processos de emancipação.
- Baião foi o segundo município do Estado a ter água encanada, instalando seu sistema logo após a implantação na capital, Belém. Uma caixa d’água histórica pode ser visitada ao lado do mercado municipal.
- Baião é um dos municípios com maior número de remanescentes de quilombos, tendo comunidades que ainda mantêm atividades e a cultura dos seus antecedentes.
- Baião tem o Terminal mais moderno e funcional da região, construído em 2010 e inaugurado em 2011. Possui também a Unidade de Educação Infantil mais moderna da região, o que é um orgulho para os pais do município.
Não se tem certeza se o nome ‘Baião’ foi escolhido por ser sobrenome de seu fundador ou se foi escolhido por sua cidade natal ser homônima.
Estrutura Urbana
Saúde

O atendimento à saúde no município consta de: Hospital Municipal São Joaquim; UBS I e II; UBS São Francisco; Dezenas de UBS-USF espalhadas na Zona Rural e CAPS – Centro de Atenção Psicossocial.
Educação
O setor de educação de Baião é composto de 75 Escolas Municipais Ativas (Ensino Fundamental e Infantil); 01 Escola Estadual de Ensino Médio; 02 Escolas Particulares; 01 Creche Pró-infância e 03 em construção; 01 Biblioteca Pública Municipal; 01 Polo da UFPA e 03 Faculdades Particulares
Principais Festividades Culturais e Religiosas
Baião possui diversas vilas e comunidades, por isso, o município tem anualmente dezenas de eventos religiosos em todas as comunidades e em diversas Igrejas. A seguir, os principais eventos tradicionais do município e algumas manifestações religiosas: Carnaval; Círio de Santo Antonio; Círio de São Raimundo Nonato; Círio de Nossa Senhora de Nazaré; Festival do Camarão; Festival da Pimenta; Festival Junino. Louva Baião; Noite dos Evangélicos; Noite dos Católicos; Semana Estudantil; Festival de Verão; Semana da Pátria; Festival de Baião-Aniversário do Município; Festival Batalha dos Botos; Cavalgada; Motocross e Rally da Vaca.
Principais Pontos Turísticos
Os
principais pontos turísticos da cidade são: Igarapé da Encanação; Praias; Praça da Luz (Pau da Gaivota); Praça Matriz Santo Antônio; Igreja Matriz Santo Antonio; Praça João Câncio; Praça de Nazaré; Praça da Bíblia; Igarapé de Calados-Encontro das Águas; Igarapé Santo Antonio; Vila de São Joaquim de Ituquara; Vila de Umarizal; Vila de Joana Peres; Igarapé na Vila Cajú; Igarapé do Tambaí; Balneário do Manteiga; Balneário Sempre com Deus (Organização Conca); Balneário Maracanã (Organização Dona Socorro) e Balneário do Inácio.
Esporte
No esporte, os destaques são: Estádio Municipal; Centro de Treinamanto A.A.C.B. (Motocross); Estádio Norte América; Ginásio Poliesportivo Higino Ramos; Ginásio Poliesportivo Escola Santo Antônio; Ginásio Poliesportivo Escola Levindo Rocha; Quadra do Instituto Imaculada Conceição e Quadra Gamaliel (Ituquara).
Referências para o texto: Wikipédia ; Prefeitura Municipal de Baião ; Weather Spark .