Laranjeiras é um município brasileiro do estado de Sergipe. É uma cidade próxima à Região Metropolitana de Aracaju, e uma das poucas onde ainda se pode ver a força da arquitetura colonial. Ruas, casarios, igrejas, tudo respira a mais pura história. Laranjeiras já foi a mais importante cidade sergipana. Berço da cultura, educação, política e da economia sergipana, a cidade era denominada como a "Atenas sergipana". Local de luxo e requinte durante o Império, lá vivia toda a aristocracia açucareira da província. Nesta cidade também foi fundada a primeira escola de Sergipe, o Colégio Nossa Senhora Sant'Anna.
A agricultura e a indústria são a base da economia laranjeirense. Com destaque para a lavoura de cana-de-açúcar. A cidade conta ainda com grandes indústrias como a Petrobrás/Fafen, fábrica de fertilizantes e nitrogenados, Votorantim, fábrica de cimento, e a Usina São José do Pinheiro, produtora de álcool e açúcar.
Atrações turísticas e culturais - Laranjeiras é uma cidade tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, desde 1996, e também governado pelo o estado de Sergipe há mais tempo devido à beleza de suas ruas, de suas igrejas e de seu casario construído em modelo português nos séculos XVII, XVIII e XIX. Além de que possui monumentos tombados individualmente. A Universidade Federal de Sergipe incluiu o Curso de Bacharelado em Arqueologia na cidade por se tratar de um sítio arqueológico a céu aberto. O Campus localiza-se no centro histórico de Laranjeiras, no Quarteirão dos Trapiches, ao lado do Mercado.
Eventos culturais e turísticos - Os maiores eventos festivos da cidade são e encontro cultural, o Combate Lambe-sujos e Caboclinhos e o Micareme.
Os eventos culturais e turísticos incluem: Encontro Cultural; Festa de Reis; Festa do Bom Jesus dos Navegantes; Festa sacra com procissão no rio que corta o centro histórico da cidade, quando blocos de frevo tocam pelas ruas da cidade; Semana Santa/Grupo de Penitentes; Micareme; Manifestações afro-brasileiras com lavagem da Igreja Senhor do Bonfim; Festa do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus (novena e procissão); Festival de música; Corte do Inhame Nagô; Combate do Lambe Sujo e Caboclinho.
Parintins é um município brasileiro no interior do estado do Amazonas.
As primeiras viagens exploratórias da Coroa Portuguesa em Parintins foram registradas somente em 1796. Assim como as demais localidades da Amazônia, a região era habitada por diversas etnias indígenas, entre eles os Tupinambás, que deram origem ao nome da ilha em que se encontra o município, a ilha Tupinambarana. O primeiro nome recebido por Parintins, já na categoria de freguesia, foi Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana, em 1833. O nome da Freguesia só foi alterado em 1880, quando a sede passou a chamar-se "Parintins", em homenagem aos povos indígenas parintintins, um dos inúmeros que habitavam a região.
O município é conhecido principalmente por sediar o Festival Folclórico de Parintins, uma das maiores manifestações culturais preservadas da América Latina. Localiza-se à margem direita do rio Amazonas. A vegetação, típica da região amazônica, é formada por florestas de várzea e de terra firme, tendo, ao seu redor, um relevo composto por lagos, ilhotes e uma pequena serra. A principal forma de transporte entre Parintins e os demais municípios é o fluvial, além do aéreo.
Tupinambarana foi aceita e elevada à missão religiosa, em 1803, pelo capitão-mor do Pará, o Conde dos Arcos, que incumbiu sua direção ao frei José das Chagas, recebendo a denominação de Vila Nova da Rainha.
A eficiente atuação de frei José provocou um surto de progresso e desenvolvimento na localidade, mediante a organização da comarca do Alto Amazonas. Em 25 de junho de 1833, pelo decreto-lei nº 28, passa à freguesia, com o nome de Freguesia de Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana. Era ainda Tupinambarana simples freguesia quando iniciou a revolução dos Cabanos no Pará, e se alastrou por toda a província. O seu vigário, padre Torquato Antônio de Souza, teve atuação destacada durante a sedição, servindo de delegado dos legalistas no Baixo Amazonas. Tupinambarana, talvez porque estivesse bem defendida, foi poupada aos ataques dos Cabanos.
Em 24 de outubro de 1848, pela lei provincial do Pará nº 146, elevou a freguesia à categoria de vila, com a denominação de Vila Bela da Imperatriz, e constituiu o município até então ligado a Maués. Em 15 de outubro de 1852, pela lei nº 02, foi confirmada a criação do município. Em 14 de março de 1853, deu-se a instalação do município de Parintins. Em 24 de agosto de 1858 foi criada pela lei provincial a comarca, compreendendo os termos judiciários de Vila Bela da Imperatriz e Vila Nova da Conceição. Em 30 de outubro de 1880, pela lei provincial nº 499, a sede do município recebeu foros de município e passou a denominar-se Parintins. Em 1881 foi desmembrado do município de Parintins o território que constituiu o município de Vila Nova de Barreirinha.
A divisão administrativa de 1911, figurou o município com quatro distritos: Parintins, Paraná de Ramos, Jamundá e Xibuí. Em 1933, aparece no quadro da divisão administrativa com um distrito apenas – o de Parintins. Em 1 de dezembro de 1938, pelo decreto-lei estadual nº 176, é criado o distrito da Ilha das Cotias, passando assim o município a constituir-se de dois distritos: Parintins e Ilha das Cotias.
Em 24 de agosto de 1952, pela lei estadual nº 226, a comarca de Parintins perdeu os termos judiciários de Barreirinha e Urucará, que foram transformados em comarcas. Em 19 de dezembro de 1956, pela lei estadual nº 96, foi desmembrado do município de Parintins o distrito da Ilha das Cotias, que passou a constituir o município de Nhamundá. A partir de 10 de dezembro de 1981, pela emenda constitucional nº 12, o território de Parintins é acrescido do distrito de Mocambo.
Festas populares
O Festival Folclórico de Parintins é o mais popular do município e uma das maiores manifestações culturais do Brasil.
Outras festas populares em Parintins incluem: Festa de Soltura de Quelônios (janeiro); Encenação da Paixão de Cristo (abril); Temporada de Festas e Ensaios dos Bois Bumbás – Caprichoso e Garantido (abril a junho); Festival Folclórico e Festival de Quadrilhas – Comunidade do Zé Açu – 12 a 30 de junho; Festival Folclórico de Parintins (acontece no último final de semana do mês de junho); Festa de Nossa Senhora do Carmo – Padroeira do Município (6 a 16 de julho); Festival de Pesca do Peixe Liso – Comunidade do Paraná do Espírito Santo (agosto); Festival de Verão do Uaicupará (setembro); Festival de Verão do Cabury (setembro); Festival Folclórico (junho); Campanha "Jesus, Água da Vida" (junho); Festival de Música Sacra – Femusa (setembro); Festival do Beijú – Agrovila do Mocambo (setembro);Aniversário de Fundação do Município de Parintins (15 de outubro) com o Festival de Toadas (13, 14 e 15 de outubro); Festival de Pastorinhas (23 de dezembro); Carnailha (carnaval) - fevereiro; Festa do Jaraqui - Vila Amazônia.
São José dos Campos é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, localizado no Vale do rio Paraíba do Sul.
São José dos Campos foi elevado à categoria de vila em 1767. No decorrer do século XIX a agricultura desenvolveu-se no município, com destaque para o café, principalmente a partir da década de 1880. Na segunda metade do século XX a indústria ganhou força, sendo este o momento em que a cidade descobre sua vocação para a área da tecnologia.
O município é a sede de importantes empresas, como: Panasonic, Johnson&Johnson, Ericsson, Philips, General Motors (GM), Petrobras, Monsanto, Embraer (sede), entre outras. Possui também relevantes centros de ensino e pesquisas, tais como: o DCTA, o INPE, o Cemaden, o IEAv, o IAE, o IFI, a UNESP, o ITA, a FATEC, a UNIVAP, o IP&D e a UNIFESP, sendo um importante tecno polo de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da América Latina. O Parque Tecnológico de São José dos Campos, o maior do tipo no país, sedia unidades de pesquisa de grandes empresas, sendo a única cidade do mundo com centros de pesquisas das três maiores fabricantes mundiais de aeronaves, a Embraer, a Boeing e a Airbus.
Além da importância econômica, São José dos Campos é um importante centro cultural do Vale do Paraíba. A Reserva Ecológica Augusto Ruschi, o distrito de São Francisco Xavier e o Banhado se configuram como grandes áreas de preservação ambiental, enquanto que o Parque Santos Dumont, o Parque da Cidade e o Parque Vicentina Aranha são relevantes pontos de visitação localizados na zona urbana, além dos projetos e eventos culturais realizados pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), órgão responsável por projetar a vida cultural joseense.
História
Séculos XVII e XVIII — Povoamento - Quando o rei Felipe II de Portugal assinou a lei de 10 de setembro de 1611 que reconhecia a liberdade dos índios (mas admitindo-lhes o cativeiro, em caso de guerras ou de antropofagia) e que regulamentava os aldeamentos indígenas nos pontos que melhor conviessem aos interesses do Reino de Portugal, muitos indígenas do Planalto de Piratininga, onde se localizava a Vila de São Paulo de Piratininga, se deslocaram para o interior da Capitania de São Vicente, para os sertões.
Entre os onze antigos aldeamentos dos padres da Companhia de Jesus ao redor da Vila de São Paulo de Piratininga e por eles administrados, figurava, no vale do rio Paraíba do Sul, a leste da Vila de São Paulo, a Aldeia de São José, localizada próximo ao Rio Comprido, a dez quilômetros de onde hoje se situa o Centro da atual cidade de São José dos Campos.
Em 1710, a Capitania de Itanhaém e a Capitania de São Vicente (que, a partir de 1720, passou a se chamar Capitania de São Paulo, com a transferência da capital para São Paulo de Piratininga), passaram a integrar a nova Capitania de São Paulo e Minas do Ouro. A Aldeia de São José progredia mais e mais, passando a ser denominada Vila Nova de São José, tornando-se vila em 1767.
Em 27 de julho de 1767, pelo ouvidor e corregedor Salvador Pereira da Silva, foi criada a nova vila com o nome de Vila Nova de São José, depois Vila de São José do Sul, e, mais tarde, Vila de São José do Paraíba. No mesmo dia 27 de julho, foram eleitos os três primeiros vereadores da nova vila, os quais eram índios, dando início à sua autonomia administrativa. A nova vila foi desmembrada do termo da Vila de Jacareí - sem ter sido antes freguesia. A freguesia só foi criada pela Ordem de 3 de novembro de 1768 e instalada em 1769.
Século XIX — Crescimento econômico - Em 22 de abril de 1864, pela lei provincial nº 27, a Vila de São José foi elevada à categoria de cidade. A Lei provincial nº 47, de 4 de abril de 1871, mudou-lhe a denominação de "Vila de São José do Paraíba" para São José dos Campos. Pela Lei provincial n° 46, de 6 de abril de 1872, foi criada a Comarca de São José dos Campos.
A partir de 1871, o município passou por duas fases distintas: o desenvolvimento agrícola — com forte preponderância da cultura do café — e a criação da estância climática, consequência natural de seus bons ares. Nesta época, há o desenvolvimento da cultura cafeeira no Vale do Paraíba Paulista que começa a ter alguma expressão a partir de 1870, já contando, inclusive com a participação de São José. No entanto, foi no ano de 1886, já contando com o apoio de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, a Estrada de Ferro D. Pedro II, que mais tarde foi chamada de Estrada de Ferro Central do Brasil, inaugurada em 1877, que a produção cafeeira joseense teve seu auge, mesmo num momento em que já acontecia a decadência dessa cultura na região, conseguindo ainda algum destaque até por volta de 1930.
Século XX — Desenvolvimento estrutural e populacional - Na década de 1910, surge a primeira ponte sobre o rio Paraíba, uma ponte metálica de 80 metros de comprimento, ligando o centro da cidade e o Bairro de Santana à zona norte do município e a Minas Gerais. Esta ponte foi elogiada como moderna, em 1917, no "Primeiro Congresso Paulista de Estradas de Rodagem", que teve suas atas publicadas em livro homônimo. A inauguração da primeira rodovia que atravessava o Vale do Paraíba deu novo impulso à região.
A Estrada São Paulo-Rio, inicialmente ligou São Paulo a Bananal, em 1924, construída pelo presidente do estado de São Paulo Dr. Washington Luís. Em 1928, já como presidente da república, o Dr. Washington Luis concluiu a rodovia até a cidade do Rio de Janeiro. Essa estrada ainda existe, no trecho paulista, com diversas denominações como SP-62, SP-64, SP-66 e SP-68 e é conhecida como "Estrada Velha".
Na década de 1920, surgem as primeiras unidades industriais: os Lacticínios Vigor, a Fábrica de Louças Santo Eugênio, a Cerâmica Paulo Becker, a Tecelagem Parahyba e a Cerâmica Weiss.
A procura do município de São José dos Campos para o tratamento de tuberculose pulmonar iniciou-se neste século, devido às condições climáticas supostamente favoráveis.
Entretanto, somente em 1935, quando o município foi transformado em Estância Climática e depois Estância Hidromineral, que São José passou a receber recursos oficiais que puderam ser aplicados na área sanatorial.
Vocação tecnológica - O processo de industrialização do município toma impulso a partir da instalação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), em 1950, e posteriormente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e também com a inauguração da Rodovia Presidente Dutra em 1951, possibilitando assim uma ligação mais rápida entre Rio de Janeiro e São Paulo, pela primeira vez, em estrada asfaltada, e cortando a parte urbana de São José dos Campos. Nessa mesma época, doaram-se terrenos às margens da nova rodovia, onde se instalaram várias fábricas, iniciando-se a industrialização da cidade. Novo impulso foi dado com a duplicação da Rodovia Presidente Dutra, obra iniciada em 1964 e concluída em 1967.
Em 1969, a criação da Embraer, originada em um setor de desenvolvimento de aeronaves do CTA, chamado PAR, coloca a cidade em uma nova era de desenvolvimento tecnológico, gerando muitos empregos e mão-de-obra especializada, sendo atualmente a maior empregadora da cidade, e fazendo com que a cidade seja considerada a Capital do Avião. Fundamental para o desenvolvimento da Embraer foi a mão-de-obra especializada formada pelo ITA.
Em 1977, a inauguração da Refinaria Henrique Lage (REVAP) trouxe mais empregos e tecnologia à cidade. Também, neste ano, a cidade recuperou sua autonomia administrativa, voltando a eleger seus prefeitos devido à Lei Estadual n° 1402/1977 pela qual o município deixou de ser estância hidromineral, as quais tinham seus prefeitos municipais nomeados pelo Governador do Estado.
Em 1994 é inaugurado um novo acesso da cidade de São Paulo à região de São José dos Campos, a rodovia Carvalho Pinto, um prolongamento da Rodovia Ayrton Senna inaugurada em 1982. A conjunção desses fatores permitiu que o município caminhasse para o potencial científico-tecnológico em que se encontra.
São José dos Campos é um centro de referência no Vale do Paraíba, Sul de Minas, Sul Fluminense e Litoral de São Paulo, sendo também referência de São Paulo e em todo país, na área de estudos, medicina, trabalho e serviços diversos. Em São José está instalado um parque tecnológico estadual, com empresas, instituições de ciência e tecnologia, e instituições de ensino e de pesquisa na área de tecnologia atuando nas áreas de aeronáutica, energia, saúde, recursos hídricos e saneamento, espacial, e ferroviária.
Economia
A principal fonte econômica está centrada no setor secundário, com suas várias indústrias instaladas, porém o comércio também representa uma relevante parcela de participação na economia da cidade.
Setor primário - Apesar da pouca representatividade na economia municipal o município é considerado como um polo potencial para a agroindústria e a geração de alimentos para a demanda de supermercados e feiras-livres da região, estado, país e ainda do Mercosul, em decorrência de sua localização. Para balancear a atividade agropecuária de São José dos Campos, foi criado pela prefeitura o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, que tem como objetivo implementar uma política pública para melhor atender à demanda do mercado que chega a 3 milhões de consumidores de toda a região do cone leste paulista. A principal empresa agropecuária da região é a Cooperativa de Laticínios de São José dos Campos (COOPER).
Setor secundário - São José dos Campos é um importante tecno pólo de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da América Latina.
A cidade possui grande participação no comércio exterior, sendo o segundo município maior exportador de produtos industrializados do Brasil, atrás apenas da capital paulista e à frente de São Bernardo do Campo. As principais exportadoras da cidade são a Embraer, a General Motors e a Ericsson. Dentre os produtos exportados incluem-se aviões, veículos automotivos, aparelhos de telefonia celular, peças de aviões, helicópteros, autopeças e produtos médicos, principalmente para a Argentina, Estados Unidos, China, e Alemanha.
Setor terciário - São José dos Campos é considerado como um centro regional de compras e serviços, destacando-se: Center Vale Shopping, Vale Sul Shopping, Shopping Colinas, Shopping Centro, Shopping Faro, Aquarius Center, Shopping Esplanada, Espaço Andrômeda Shopping e o JK Centro Comercial, além de haver filiais de grandes redes nacionais de lojas, tais como Carrefour, Pão de Açúcar e Lojas Americanas.
Estrutura urbana
Saúde - As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e os hospitais têm atendimento 24 horas e estruturas de complexidade intermediária, atendendo às urgências hospitalares. Nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) são organizados programas de prevenção a várias doenças e de planejamento e acompanhamento familiar, além de atender à população com serviços básicos. Nas unidades especializadas estão especialistas que dão atendimento prioritário a setores específicos da saúde (dependendo da necessidade do paciente). O Resgate Saúde é o serviço que tem a função de atender às emergências a vítimas de acidentes, sendo criado pela Secretaria de Saúde em conjunto com o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.
Educação - A Lei Municipal nº 3.939, de 21 de março de 1991, criou a Secretaria Municipal de Educação, que tem como objetivo coordenar e assessorar administrativa e pedagogicamente o sistema escolar de São José dos Campos. São exemplos de programas coordenados pela Secretaria com foco voltado à população a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que é a rede de ensino gratuita e voltada para adultos que não concluíram o ensino fundamental, e a rede de Educação Especial, onde alunos que têm deficiência física são conduzidos por professores especializados.
Ciência e tecnologia - Como polo de indústrias aeroespaciais, de telecomunicações e automotivas, o município atrai grande contingente de visitantes com interesse voltado para a tecnologia que se desenvolve, tais como o Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento (IPDM), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), sendo que dentro deste estão incluídos o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto de Fomento Industrial (IFI) e o Centro de Computaçâo da Aeronáutica de São José dos Campos (CCASJ).
A cidade ainda conta com seus parques tecnológicos, onde se concentram várias instâncias oficiais que também se dedicam ao fomento do setor da tecnologia e da ciência. O Parque Tecnológico Univap conta com a parceria de empresas nas áreas de Aeronáutica, Espaço e Projetos de Engenharia; Saúde, Biotecnologia e Produtos Médico-Hospitalares; Tecnologia da Informação e Desenvolvimento de Software; Geo-processamento e Sensoriamento Remoto Satélite e Radar; Serviços de Apoio. O Parque Tecnológico de São José dos Campos possui centros de desenvolvimento tecnológicos nas áreas de energia aeronáutica, saúde, e recursos hídricos e saneamento ambiental; e possui um centro empresarial com empresas atuantes nos setores de tecnologia da informação e comunicação, instrumentação eletrônica, geoprocessamento, aeronáutica, e biomedicina.
Cultura
A responsável pelo setor cultural de São José dos Campos é a Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. A Secretaria de Esportes e Lazer também é responsável por outras áreas (mais específicas) da cultura joseense, tais como atividades de lazer e práticas desportivas.
Artes cênicas - A cidade conta com vários espaços dedicados à realização de eventos culturais das áreas teatral e musical. O Teatro Municipal de São José dos Campos foi inaugurado em 1978, então como um cinema, sendo transformado em teatro em 31 de julho de 1989 e reinaugurado em 2001. Com capacidade para receber cerca de 500 pessoas, possui infraestrutura para eventos diversificados, como apresentações de dança, música, teatro e palestras. O Cine Santana foi criado no dia 12 de outubro de 1952 com uma capacidade de 800 espectadores, sendo inaugurado como cinema, porém com o surgimento das salas de cinema nos shoppings, além do crescimento da televisão e do início da comercialização de videocassetes, foi fechado no final da década de 1980. Em 1994 o prédio foi relocado pela Fundação Cultural e atualmente é usado como teatro para artes cênicas e dança. A FCCR criou ainda 12 "espaços culturais" espalhados em cada parte da cidade. Neles são realizados cursos e oficinas gratuitos à população, com atividades relacionadas ao artesanato, música, dança e culinária. Também destaca-se o Estúdio Nosso Som, projeto criado em 1999 onde pequenos músicos da cidade gravam seus CDs para demonstração, sendo que lá eles recebem a estrutura necessária.
O Festivale é organizado em setembro, sendo o principal festival de teatro da região, onde são realizados espetáculos de rua e palco, teatros com bonecos e peças infanto-juvenis. Ainda há outros com destaque regional e por vezes estadual, tais como o Festival da Mantiqueira, com foco à área da leitura, o Festival de Bandas e Fanfarras, o projeto Teatro nos Parques e a Festa do Mineiro, onde há exposição de artesanato e comidas típicas de Minas Gerais.
No município também há outras instituições com foco ao desenvolvimento cultural joseense, que são patrocinadas pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo. A Cia. Jovem de Dança cria núcleos de dança, seja amador ou profissional, compostos por jovens já iniciados na formação em dança, sendo que foi criada em 2005. O Coro Jovem também foi criado em 2005 e reúne jovens da cidade, porém é voltado para a área do canto. A Orquestra Sinfônica de São José dos Campos (OSJC) foi criada em 2002, sendo uma orquestra com cunho erudito. Tanto o Coro Jovem quanto a orquestra foram extintos no fim de 2016 e início de 2017.
Atrativos naturais e arquitetônicos - Além dos atrativos cênicos, São José dos Campos ainda possui uma gama de monumentos históricos, atrativos naturais e lugares para visita. O Parque da Cidade teve seus jardins planejados por Burle Marx, e abriga ainda a antiga residência de Olivo Gomes, com projeto arquitetônico de Rino Levi. Foi transformado em Parque Municipal em 1996, sendo que nesta área estava a antiga Fazenda da Tecelagem Parayba. A Reserva Ecológica Augusto Ruschi tem área total de dois milhões e meio de metros quadrados e possui vegetação característica de mata atlântica e mata de altitude, sendo estas características seus principais atrativos. Seu território foi sendo adquirido aos poucos, entre os anos de 1902 e 1932. Em 1979 foi transformado em reserva florestal e no ano de 1982 em área de preservação ambiental. O Parque Santos Dumont está na região do centro da cidade, sendo que foi inaugurado em 23 de outubro de 1971 e conta ainda com espaços para prática de esportes. O distrito de São Francisco Xavier, localizado aos pés da Serra da Mantiqueira, é bastante frequentado por turistas que vão em busca de suas cachoeiras, trilhas e montanhas para escalada. O Parque Vicentina Aranha situa-se em meio ao perímetro urbano, sendo que foi inaugurado em 27 de julho de 2007 e abriga em seu interior um extenso bosque com espécies vegetais nativas da mata atlântica.
A Fundação Cultural Cassiano Ricardo é a responsável por reger os espaços públicos culturais de São José dos Campos, dentre eles os museus. O Museu de Arte Sacra foi inaugurado no dia 17 de dezembro de 2007 e possui um acervo religioso com mais de 50 peças, dentre imagens, objetos litúrgicos, oratórios, livros religiosos, bandeiras de procissão. O Museu do Folclore reúne acervos e exposições do folclore da região do Vale do Paraíba.
Outro museu da cidade é o Memorial Aeroespacial Brasileiro, que foi criado por parceria entre a Associação Brasileira de Cultura Aeroespacial e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O local conta com aviões e foguetes em exposição na área externa. Próximo a um lago, um monumento foi erguido em homenagem aos pesquisadores mortos no acidente ocorrido no Centro de Lançamento de Alcântara, na maioria, funcionários do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA). Há, ainda, um galpão que expõe a história da instalação do ITA. O lugar ainda é usado para que empresas, tanto pequenas e médias quanto grandes, e instituições produtoras de tecnologia possam divulgar seus trabalhos, oferecendo também espaço para reuniões, convenções e eventos de ordem tecnológica.
Vila Velha é um município brasileiro do estado do Espírito Santo localizado na Microrregião de Vitória.
O município foi fundado em 23 de maio de 1535 pelo português Vasco Fernandes Coutinho, donatário da Capitania do Espírito Santo, e foi sede desta até 1549, quando a capital foi transferida para Vitória. Figura-se então como a cidade mais antiga do estado, possuindo várias construções históricas, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o Forte de São Francisco Xavier de Piratininga, o Farol de Santa Luzia e o Convento da Penha, sendo este último um dos principais pontos turísticos do Espírito Santo, construído entre os séculos XVI e XVII e tombado como patrimônio histórico cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1943.
Atualmente, tem um grande porte industrial, e é o segundo maior centro comercial do estado, depois da capital, Vitória. Possui 32 quilômetros de litoral, sendo praticamente todo recortado por praias, as quais constituem importantes ícones turísticos e paisagísticos, como a Praia da Costa, de Itapoã e de Itaparica. Anualmente, também realizam-se diversos eventos que fortalecem ainda mais a presença de turistas, como a Festa da Penha, em homenagem a Nossa Senhora da Penha, considerado o terceiro maior evento religioso do Brasil; o Festival do Chocolate, em que a Chocolates Garoto, uma das maiores e mais antigas indústrias de Vila Velha, expõe seus trabalhos; além do Jesus Vida Verão.
História
No século XVI, quando os primeiros colonizadores portugueses chegaram à região da atual Vila Velha, a mesma era disputada por três grupos indígenas diferentes: os goitacás (procedentes do sul), os aimorés (procedentes do interior) e os tupiniquins (procedentes do norte). O donatário português da capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, chegou na atual Prainha (chamada, na época, pelos indígenas, de Piratininga), a bordo da caravela Glória, junto com 60 homens, em 23 de maio de 1535, fundando a então "Vila do Espírito Santo" (atual cidade de Vila Velha), assim chamada por ser domingo de pentecostes. A cidade passou a ser a capital da capitania.
Devido aos constantes ataques indígenas, franceses e holandeses à cidade fundada por Coutinho, os portugueses decidiram, em 1551, transferir a capital da capitania para a atual cidade de Vitória, na Ilha de Santo Antônio, na Baía de Vitória. Em 1558, chegou, à Prainha, frei Pedro Palácios, natural de Medina do Rio Seco, na Espanha. Alguns anos mais tarde, foi encarregado da construção de uma ermida no alto do morro da Penha. Palácios encomendou, de Lisboa, uma imagem de Nossa Senhora que daria origem ao culto a Nossa Senhora da Penha. A pequena ermida foi sendo erguida aos poucos até se transformar no Convento da Penha, hoje o monumento religioso mais importante da arquitetura capixaba.
Pouco se conhece sobre a história de Vila Velha do século XVI ao século XIX. Neste período, destacam-se o término da construção do Convento da Penha e, ainda, os ataques de holandeses contra as fazendas de açúcar, no século XVII. Sabe-se que a cidade pouco se desenvolveu durante este período, sendo que um relatório do governo da província registrou registrou 2.120 habitantes no lugar em 1827. O acesso à capital, Vitória, cidade que, ao contrário, da primeira cidade do Espírito Santo, encontrava-se em constante desenvolvimento, era bastante dificultado.
Naquela época, o sustento era oriundo da agricultura, baseada no trabalho escravo de índios e negros. Na região do atual bairro Aribiri, havia um quilombo de escravos, o qual deu origem, no começo do século XX, a um povoado e, anos mais tarde, ao bairro.
Em 1890, foi criado definitivamente o município, com a instauração da Constituição do Espírito Santo, deixando de denominar-se "Vila do Espírito Santo" para chamar-se "Vila Velha". Na década a seguir, foi elaborada a planta da cidade e, posteriormente, ocorreram alargamentos e criação de ruas e outras obras de infraestrutura, começando a atrair investidores comerciais, mas somente após a construção da Ponte Florentino Avidos, no final da década de 1920, que liga Vila Velha a Vitória, é que houve uma maior dinamização da economia municipal. A inauguração da fábrica da Chocolates Garoto, ocorrida neste mesmo período, também foi um pretexto para o desenvolvimento, atraindo um maior contingente de pessoas e, posteriormente, crescimento do comércio. O bonde da cidade, que foi criado em 1912, passou a dar lugar aos veículos a partir da década de 1950. Em 21 de abril de 1931 Vila Velha chegou a ser anexada ao município de Vitória, porém foi recriada em 1938. Em 1943 foi novamente anexada e recriada quatro anos mais tarde, sendo oficializada pela Lei estadual n° 479, de 31 de janeiro de 1959.
Em 1950, a população já era de cerca de 24.000 habitantes, porém até a década de 1960 Vila Velha esteve estreitamente ligada à capital Vitória. Grande parte da população que morava em Vila Velha, ou em alguns distritos do município, trabalhava ou estudava em Vitória. A construção de escolas, estabelecimentos comerciais e o fortalecimento da economia reverteu essa situação. Também começou a investir-se no turismo, com a melhoria da infraestrutura das praias e regularização da rede hoteleira, e na construção de seus terminais portuários.
Atualmente, a cidade se destaca por sua importância turística e histórica. O Convento da Penha se tornou o principal atrativo do município e um dos principais patrimônios históricos e religiosos tanto do Espírito Santo quanto do Brasil. A presença de várias praias, algumas conhecidas, como a praia da Costa e da praia de Itapoã, eleva a relevância da cidade. Também marca presença em seu mercado imobiliário forte e se configura como polo de confecção, crescendo cada vez mais no setor de comércio exterior, graças a seus terminais portuários, sendo que passam pela cidade aproximadamente 90% das mercadorias que são escoadas pelo Espírito Santo.
Etnias e imigração
Os primeiros imigrantes chegaram ao atual município na época da colonização, dividindo espaço com os indígenas. Com a fundação da nova capital da então Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho trouxe consigo outros 60 homens, sendo a maioria deles portugueses, tendo aportado poucos anos mais tarde também pequenas quantidades de espanhóis e holandeses. No final do século XIX e principalmente durante o século XX a oportunidade de emprego voltou a atrair imigrantes, sendo que a entrada de pessoas de outros países foi mais intensa na década de 1960. Estima-se que 75% dos imigrantes neste período tenha sido de italianos, cujo destino eram as propriedades de particulares, uma vez que a região não possuía colônias agrícolas como no interior capixaba.
Economia
O Produto Interno Bruto de Vila Velha é o 81º maior de todo o Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a cidade possuía, no ano de 2010, 13.621 unidades locais e 13.198 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes. A agricultura, que serviu como sustento de Vila Velha por muito tempo, desde a época da fundação da cidade, perdeu força no decorrer do século XX, dando lugar ao comércio, ao turismo e à industria.
Setor Primário - A agricultura é o setor menos relevante da economia de Vila Velha. De todo o produto interno bruto da cidade, 12.171 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Também se destaca a pesca marítima, sendo que existem cerca de mil pescadores e 548 embarcações cadastradas, com uma média mensal de 250 toneladas de pescado capturado.
Na lavoura temporária, são produzidos principalmente a cana-de-açúcar, a mandioca, o milho e o feijão. Já na lavoura permanente destacam-se o coco, a borracha em forma de látex coagulado, a laranja, o café e o palmito.
Setor secundário - A indústria ganhou força na cidade a partir da instalação da fábrica da Chocolates Garoto, que foi fundada em agosto de 1929, sendo hoje uma das maiores do país. Além da Garoto, a cidade se destaca e tem potencialidade nas áreas da indústria de comércio exterior e sistema portuário, de indústrias leves (alimentos, confecções e bebidas), e da construção civil.
O Terminal Portuário de Vila Velha é um dos maiores do Sudeste brasileiro, sendo que o Espírito Santo é considerado como uma área privilegiada para o desenvolvimento da atividade, por localizar-se na porção central do Brasil e ter fácil conexão com o resto do país. Dele, são exportados, para vários estados e países, produtos siderúrgicos, mármores e granito, café, automóveis, granéis sólidos, bobinas de papel e celulose.
Setor terciário - No setor terciário os destaques são o comércio e o turismo. Grande parte dos estabelecimentos comerciais de Vila Velha são micro e pequenas empresas. Alguns projetos realizados pela prefeitura, em parceria com o estado ou com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), visam a incentivar e orientar o trabalho do micro e pequeno empresário.
Os principais pontos comerciais são as diversas feiras livres de Vila Velha, presentes em vários pontos da cidade; o chamado Polo de Moda da Glória, situado no bairro Glória, reunindo mais de 900 lojas distribuídas em várias ruas e dezenas de galerias onde encontram-se bijuterias, bolsas, cintos, moda praia, roupas em jeans, malhas e tecidos; além do centro da cidade e ao longo da orla marítima. Nas avenidas situadas na orla também se concentram a grande maioria das pousadas, hotéis e restaurantes das mais variadas classes econômicas.
Educação
A Secretaria Municipal de Educação tem como objetivo coordenar e assessorar administrativa e pedagogicamente o sistema escolar de Vila Velha. São exemplos de programas coordenados pela Secretaria com foco voltado à população a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que é a rede de ensino gratuita e voltada para adultos que não concluíram o ensino fundamental, e uma rede de educação especial, onde alunos que têm deficiência física são conduzidos por professores especializados em salas adaptadas.
Cultura
A responsável pelo setor cultural de Vila Velha é a Secretaria de Cultura e Turismo do município, que tem como objetivo promover o turismo na cidade e planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural e a inclusão social. A Secretaria de Esportes e Lazer também é responsável por outras áreas (mais específicas) da cultura vila-velhense, tais como atividades de lazer e práticas desportivas. Visa ao apoio e incentivo ao esporte em Vila Velha e à criação e execução de ações dedicadas ao setor.
A instituição da Lei Vila Velha Cultura e Arte (lei 4 573, de 13 de novembro de 2007) fez com que fosse concedido apoio fiscal para a realização de projetos culturais que impliquem na divulgação das manifestações artísticas e culturais na cidade e na afirmação do processo e das estruturas de criação. Artes cênicas e eventos
O teatro está presente no município desde a época da colonização. Há documentos que revelam peças escritas pelos jesuítas no final do século XVI, como a encenação "Na visitação de Santa Izabel" (1597), elaborada pelo padre José de Anchieta. Teatros de rua eram comuns naquela época, voltando a ter bastante popularidade em Vila Velha no decorrer do século XX. Atualmente a cidade conta com vários espaços dedicados à realização de eventos culturais das áreas teatral e musical. O Teatro Municipal Élio Vianna, antiga sede da Prefeitura, projetada em 1960 pelo Arquiteto Élio Vianna, foi transformado em teatro em 1992, hoje tendo capacidade para mais de 300 pessoas, incluindo 10 camarotes. O Teatro do Colégio Marista tem capacidade para 480 pessoas, sendo parte de um complexo esportivo e cultural que conta com ginásio, hall e quadras cobertas.
Também organizam-se diversos festivais teatrais. Um dos principais é o Festival de Teatro Infantil, que ocorre anualmente desde 1999. São realizadas diversas peças infantis encenadas por companhias teatrais de várias partes do Espírito Santo e do Brasil, em que os atores interagem com o público, em sua maioria crianças. Apesar de o foco do festival estar em Vila Velha, alguns espetáculos também ocorrem em Vitória. Há ainda o Festival de Dança, realizado desde 2011 pelo Teatro do Colégio Marista, e a Semana Arte Por Toda Parte, também organizada pelo Teatro Marista desde 2011, com realização de desfiles e espetáculos teatrais, musicais e de dança. O Grupo Experimental de Teatro Amador (Geta), em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, organiza periodicamente projetos de teatro com oficinas de interpretação que são oferecidas gratuitamente à população.
Além dos eventos teatrais, também há: o Carnaval de Vila Velha, com desfiles de várias escolas de samba da cidade e ainda realização de shows; a Festa da Penha, em homenagem a Nossa Senhora da Penha, criada pelo Frei Pedro Palácios e hoje considerada a terceira maior festa religiosa do Brasil em que milhares de católicos e turistas participam das festividades, que envolvem procissões, romarias e shows religiosos nas ruas da cidade e no Convento da Penha; o aniversário da cidade, que é comemorado com shows e desfiles cívicos, e apesar de ser celebrado em 23 de maio, as festividades ocorrem durante uma semana; o Festival do Chocolate, que é organizado desde 2009 e expõe os trabalhos e criações da Chocolates Garoto, sendo que é um dos maiores do ramo no Brasil e em algumas edições chega a atrair mais de 180 mil visitantes com cerca de 800 quilos de chocolate comercializados; o Vila Velha Verão, integrado ao Festival de Bandas Independentes, que é uma série de eventos onde são organizadas oficinas culturais, mostras de artesanato e shows com bandas regionais, a fim de que estas divulguem seus trabalhos e o Reveillon, quando são realizados shows com artistas regionais ou conhecidos nacionalmente, havendo ainda queima de fogos de artifícios em vários pontos da cidade. No cenário gospel destaca-se o Jesus Vida Verão, com shows de diversos artistas evangélicos, tanto regionais quanto nacionalmente conhecidos, sendo realizado anualmente desde 1992.
Patrimônio histórico e atrativos arquitetônicos
Vila Velha conta com uma grande variedade de atrativos com valor arquitetônico e histórico. O principal é o Convento da Penha, que está situado no alto de um penhasco 154 metros de altitude, sendo uma das igrejas mais antigas do Espírito Santo, cujas obras avançavam aos poucos e tiveram início em por volta de 1558, a mando de frei Pedro Palácios. Foi tombado como patrimônio histórico cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1943. Grande parte do interior é revestido com madeira em cedro, sendo entalhado pelo escultor português José Fernandes Pereira entre 1874 e 1879. O altar-mor, atualmente composto por mais de 200 peças feitas de 19 tipos diferentes de mármore, foi construído por volta de 1800, originalmente no estilo rococó, passando por restaurações em 1910 e novamente entre janeiro de 2009 e 17 de dezembro de 2011.
O complexo do convento abrange uma área de 632,226 metros quadrados, havendo uma série de outros monumentos e atrativos, tais como a Gruta do Frei Pedro Palácios, vão formado pela natureza do monte onde fica o Convento, sendo que alguns historiadores afirmam ser a primeira residência do frei Pedro Palácios. Em 1562 construiu uma Capela dedicada a São Francisco de Assis, no local hoje denominado Largo do Convento (Campinho), e no final do século XX surgiram ainda o Museu e a loja de alimentos e pequenos presentes. Do convento é possível se ter uma visão panorâmica de Vila Velha, Vitória e avistar ao longe o Oceano Atlântico.
Além do convento, destacam-se ainda diversos outros atrativos na cidade. O Sítio Histórico da Prainha é um complexo que agrega diversos pontos históricos com novas construções levantadas sobre a região aterrada do município. Ali se encontram o 38º Batalhão de Infantaria, a Escola de Aprendizes-Marinheiros do Espírito Santo, o Forte de São Francisco Xavier de Piratininga, o Museu Homero Massena, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, o obelisco a Vasco Fernandes Coutinho, a Praça da Bandeira e o Museu Casa da Memória, que possui documentos valiosos sobre a colonização do município.
O Santuário Divino Espírito Santo foi construído em 1956, por dom José Joaquim Gonçalves, tendo sido inaugurado em 21 de abril de 1967 e sendo hoje considerado um dos maiores do Brasil. A Ponte da Madalena foi construída em 1896 e liga a reserva de Jacarenema à Praia Barra do Jucu. Seu nome é em homenagem à Banda de Congo da Barra do Jucu, que ficou famosa pela música "Madalena do Jucu", de Martinho da Vila. O Museu Ferroviário trata-se da antiga Estação Pedro Nolasco, construída em 1927, reunindo hoje um acervo no qual sobressaem a velha Maria-Fumaça, o vagão de madeira, o trólei, o telégrafo, fotografias, entre outros. O Farol de Santa Luzia foi construído em 1870, estando no final da Praia da Costa. Mede 12 metros de altura, com 9 m² de base. Sua luz, produzida por lâmpada de 3000 watts, atinge 17 milhas marítimas.
Praias
Vila Velha conta com mais de 30 quilômetros de litoral, sendo as principais praias do município:
- Barra do Jucu: É um pequeno balneário localizado a 15 quilômetros do centro vila-velhense. Antiga vila de pescadores, guarda até hoje as características de vila. Fica próxima à foz do Rio Jucu, onde nos fins de tarde a atração é a revoada das garças boiadeiras. Possui inúmeras praias, muito frequentadas por surfistas e adeptos ao esporte. No local acontecem campeonatos de surfe, alguns deles de nível nacional.
- Praia da Barrinha: Situada à margem esquerda da foz do Rio Jucu, a 12 km do centro de Vila Velha. O acesso à praia é feito pela Ponte da Madalena, construída em 1896. Na foz do rio há grande movimento de pescadores.
- Praia da Concha: São 70 metros de areia situados atrás do morro da Concha, também próxima à foz do Jucu. É mais utilizada para mergulho, uma vez que possui pouca formação de ondas.
- Praia da Costa: É considerada como a mais movimentada da cidade e uma das mais conhecidas do Espírito Santo, estando cercada de edifícios de alto padrão e grande quantidade de restaurantes e hotéis. Está a menos de três quilômetros do centro de Vila Velha, e nela está instalado um sistema de iluminação que permite banhos e prática de esportes no período noturno.
- Praia de Itaparica: Vizinha à Praia da Costa, é considerada uma continuação desta, porém com ondas mais propícias à prática do surfe. Também concentra uma maior quantidade de bares e quiosques em seu calçadão.
- Praia de Itapoã: Outra continuação da Praia da Costa, porém com grande monitoramento de maio a setembro, época de reprodução das andorinhas-do-mar de bico amarelo e de bico vermelho, espécies típicas do local. Nela também disponibilizam-se barcos para passeios.
- Praia de Piratininga: Situa-se próxima ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro.
- Balneário Ponta da Fruta: Composto por praias, lagoas de água doce e restaurantes, situado próximo à divisa com Guarapari. Surgiu como uma vila de pescadores, hoje havendo predomínio de pousadas e áreas de camping.
- Prainha: Está situada entre o 38º Batalhão de Infantaria e a Escola de Aprendizes-Marinheiros do Espírito Santo, sendo o local onde foi declarada a fundação de Vila Velha, em 1535. Abriga um Terminal Aquaviário muito usado como atracadouro para barcos de pesca.
- Praia do Ribeiro: São 200 metros de areia estão entre o Morro do Moreno e o Farol de Santa Luzia, sendo onde residiu o fidalgo português Vasco Fernandes Coutinho, primeiro donatário da Capitania do Espírito Santo. É utilizada para caminhadas, não sendo recomendado o uso para banhos.
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza localizada na região centro-oeste do estado de Goiás, na Chapada dos Veadeiros. Até o final de maio de 2017, o parque abrangia uma área de 65 514 ha de cerrado de altitude, dos quais aproximadamente 60 % ficam em Cavalcante e os demais 40 % em Alto Paraíso de Goiás.
O parque foi criado através do Decreto Nº 49.875, emitido pelo então Presidente da República, Juscelino Kubitschek, em 11 de janeiro de 1961. Em dezembro de 2001 o parque foi incluído na lista do Patrimônio Mundial pela UNESCO. Atualmente sua administração está a cargo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
História - O povoamento da região começou em torno de 1750, com a implantação da propriedade do Sr. Francisco de Almeida, chamada de Fazenda Veadeiros, onde atividades de pecuária e do cultivo de trigo e café se aglomeraram em pequena escala.
Em 1892, a Comissão Exploradora do Planalto Central, comandada pelo astrônomo Luís Cruls, expedicionou pela chapada e região, com a finalidade de delimitar e fazer levantamento da área que deveria receber a futura capital do Brasil.
Século XX - Antes disso, em 1912, foi descoberta a primeira jazida de cristal de rocha da região, o que originou um surto de atividade garimpeira, incluindo a fundação do Povoado de São Jorge. Tal atividade foi se tornando menos interessante ao longo da segunda metade do século XX, especialmente depois da criação do parque nacional.
Em 1931, a serviço do correio aéreo nacional, o brigadeiro Lysias Rodrigues passa por Veadeiros, vindo de São Paulo em direção a Belém. Seus diários foram publicados no livro O roteiro do Tocantins. Em 1926, a chapada foi atravessada pela Coluna Prestes.
Em 11 de novembro de 1961, o então Presidente da República, Juscelino Kubitschek, através do Decreto n° 49.875, cria o parque, com o nome de Parque Nacional do Tocantins. Sua área original era de 625 mil ha, cerca de dez vezes maior que a área atual. Com o tempo, parte das terras foi sendo perdida por disputas judiciais. Em 1972, perdendo as terras às margens do rio Tocantins, o parque adotou o nome atual.
Século XXI - A partir de junho de 2017, com a assinatura do Decreto de 5 de junho de 2017, pelo Processo nº 02070.000116/2011-10 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, a UC passou a proteger 240 mil hectares. De acordo com notas técnicas do ICMBio, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, a expansão passará a proteger 17 espécies de flora e 32 espécies de fauna ameaçadas de extinção, como o lobo-guará, a onça-pintada e o pato-mergulhão. Também seriam protegidas 466 nascentes na região, que é conhecida como “a caixa d'água do Planalto Central”, com influência em bacias hidrográficas como a Amazônica e a do São Francisco. Recursos Naturais
Hidrografia - A Chapada dos Veadeiros é um importante centro dispersor de drenagem, com a maioria de seus rios escavando vales em forma de "V". O principal é o rio Preto, um afluente do rio Tocantins, que forma várias cachoeiras ao longo de seu curso, com destaque para dois saltos respectivamente 80 e 120 m de altura.
Fauna e Flora - Entre as espécies da fauna que habitam o parque, cerca de 50 são classificadas como raras, endêmicas ou sob risco de extinção na área. No tocante à flora, já foram identificadas 1.476 espécies de plantas no parque, das 6.429 que existem no bioma do cerrado.
No cerrado aberto, as espécies vegetais mais proeminentes são o pau-terra-vermelho (Qualea multiflora), a cajueiro-bravo-do-campo (Curatella americana), o murici-rói-rói (Byrsonima cocaldsifolia), o caju-do-cerrado (Anacardium humile) e as mandioqueiras (Qualea spp). Nas matas de galeria, destacam-se o pau d'arco roxo (Tabebuia ipe), copaíba, aroeira e tamanqueira (Stryphnodendron sp). Há ainda a ocorrência de jerivá e viuvinha (Jacaranda brasiliana) e, nos baixios, de buriti e babaçu.
Entre os mamíferos, podemos destacar quatro ameaçados de extinção: o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), o veado-campeiro (Ozotocerus bezoarticus), seu predador natural, onça-pintada, e o maior canídeo americano, o lobo guará. As aves mais destacadas a ema, o urubu-rei, e o gavião.
Turismo - O acesso ao parque se dá pelo Povoado de São Jorge, que está ligado à cidade de Alto Paraíso de Goiás por uma estrada asfaltada de 36 km. Guias para o acompanhamento dos visitantes do parque podem ser encontrados no povoado próximo à entrada do parque, no Centro de Atendimento ao Turista (CAT) de São Jorge. A visitação do parque, acompanhada por guias é, contudo, opcional. Entre as principais atrações do parque estão os dois saltos do rio Preto, com respectivamente 80 e 120 m de altura, os canyons do rio Preto, quedas d'água em paredes rochosas de um estreitamento do rio, e as cachoeiras carioquinhas, uma formação de piscinas naturais ideal para banhos leves e hidromassagem.
Além das trilhas do próprio parque, há diversas atrações turísticas em terras particulares, no entorno do parque. Elas incluem:
-Vale da Lua: formações rochosas cinzentas esculpidas pelo rio São Miguel, que possuem um aspecto "lunar".
- Cachoeiras Almécegas: Duas cachoeiras, uma de 50 e outra de 15 metros, em que a água escorre por rochas íngremes. Próximo ao centro de Alto Paraíso.
- Raizama: conjunto de cachoeiras ideal para a prática de canyoning e rapel.
- Águas termais: piscinas naturais com água a cerca 38 graus de temperatura.
- Cachoeira do Abismo e Mirante da Janela: cachoeira com vista para um vale e um mirante com formação rochosa que se assemelha a uma janela, com vista para os Saltos I e II.
Cultura popular
Misticismo - A Chapada dos Veadeiros, especialmente na região de Alto Paraíso possui um forte turismo místico. Dentre os motivos, pode-se citar as exuberantes paisagens, a abundância de aflorações de quartzo (o que faz a chapada ser vista como um centro de concentração de energia) e o fato de ela ser cortada pelo paralelo 14, o mesmo que passa por Machu Picchu.
A ocupação mística da região começou pouco antes da criação do parque. Em 1957, chega uma missão espiritual vinda de Recife, que funda a Fazenda Bona Espero, uma instituição filantrópica que ensina o esperanto.
Lavras é um município brasileiro da região do Campo das Vertentes, pertencente ao estado de Minas Gerais.
História
Início do povoamento -Francisco Bueno da Fonseca, líder de uma revolta contra um desembargador português em São Paulo em 1712, veio, junto de seus filhos e outros sertanistas, a se estabelecer na região dos rio Capivari e rio Grande abaixo pelos anos de 1720 ou 1721. Estes primeiros habitantes eram paulistas da vila de Santana do Parnaíba, e poucos anos depois de sua chegada, fundariam o arraial dos Campos de Sant'Ana das Lavras do Funil, em 1729. Nesta região, a família de Bueno da Fonseca estava empenhada na busca do ouro e também na abertura de novos caminhos até às Minas dos Goiases. Em 1737 os exploradores receberiam do governador Martinho de Mendonça uma carta de sesmaria confirmando a ocupação da terra, que se despontava na agricultura e pecuária.
Em 18 de junho de 1759, Bartolomeu Bueno do Prado, neto do famoso Anhanguera e genro de Francisco Bueno da Fonseca, partiu do povoado à frente de sua tropa de quatrocentos homens, convocados de toda a capitania, para desbaratar a confederação quilombola do Campo Grande. A influência dos capitães-mores da família Bueno da Fonseca contribuiu para o rápido desenvolvimento do povoado: em 1760 este já possuía mil habitantes, o dobro de Carrancas, o que determinou a transferência da sede paroquial para a localidade mais populosa. Em 1813 o arraial fora elevado à categoria de freguesia, quando do desmembramento de Carrancas. Possuía então 6 capelas curadas e 10.612 almas.
Século XIX - Já na época do Império, a freguesia obteve sua emancipação política e administrativa passando à condição de vila, em 1831, e cidade, em 1868, quando houve alteração na toponímica municipal de "Lavras do Funil" para "Lavras". Em relatório apresentado à Câmara informou o fiscal Manuel Custódio Neto que em 1832, ao instalar-se a vila, esta era constituída de 245 prédios e não havia calçamento em nenhuma de suas ruas. De edifícios públicos apenas existiam nesse tempo a igreja matriz, a capela do Rosário e a das Mercês. Possuía Lavras três escolas particulares de primeiras letras, com um total de 62 alunos. Segundo o recenseamento de 1834, o município de Lavras possuía 11.322 habitantes. Um dos acontecimentos mais marcantes deste período foi a participação de Lavras na Revolução Liberal de 1842. Por pouco mais de um mês, entre 14 de junho e 22 de julho daquele ano, liberais e conservadores mantiveram seus respectivos quartéis no largo da Matriz de Sant'Ana, atual Praça Dr. Augusto Silva. Os liberais derrotados se refugiaram ou foram presos, sendo posteriormente anistiados pelo governo imperial.
Época de Ouro - O final do Século XIX e início do Século XX foi um momento de rápido desenvolvimento em Lavras, a começar pelas novas ligações fluviais e ferroviárias criadas. Em 18 de dezembro de 1880 foi inaugurada a navegação fluvial de 208 km entre os portos de Ribeirão Vermelho (município de Lavras) e de Capetinga (município de Piumhi), feita pelo barco a vapor "Dr. Jorge". Em 14 de abril de 1888 a Estrada de Ferro Oeste de Minas era inaugurada a primeira estação em Ribeirão Vermelho, e em 1º de abril de 1895 inaugurava-se a estação na cidade de Lavras. Mais tarde, em 1911, seria criado uma linha de bondes, sendo Lavras uma das poucas cidades do interior do Brasil a possuir esse sistema de transporte.
Após a Proclamação da República, Lavras se consolidou como um dos principais polos regionais de Minas Gerais, sendo o berço de Francisco Sales, importante político da República Velha. Nesta época, vários educandários foram criados, como o Instituto Evangélico (fundado em 1892 por Samuel Rhea Gammon), o Colégio Nossa Senhora de Lourdes (fundado em 1900 por freiras da Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade), o Grupo Escolar de Lavras (fundado em 1907 pelo professor Firmino Costa) e a Escola Agrícola de Lavras (fundada em 1908). Foi por causa da qualidade de sua educação que Lavras tornou-se conhecida como "terra dos ipês e das escolas", lema criado pelo jornalista Jorge Duarte.
Fim do Século XXe novo milênio - Nas décadas de 1980 e 1990, o município impulsionou sua economia com a criação de um distrito industrial, instalando fábricas como a Cofap, inaugurada em fevereiro de 1988. Outro acontecimento relevante foi a transformação da ESAL - Escola Agrícola de Lavras, na Universidade Federal de Lavras, em dezembro de 1994, cuja ampliação trouxe milhares de estudantes oriundos de outras regiões do Brasil. Na virada do novo milênio, a construção da Usina Hidrelétrica do Funil, concluída em 2002, modificou a paisagem rural de Lavras através do lago formado pela barragem.
Economia
O setor agropecuário do município se destaca especialmente pela produção de café e leite, apesar da presença de outras culturas agrícolas, como soja, milho e feijão) e da criação de gado de corte.
A indústria se encontra em franco desenvolvimento, em partes, graças às condições favoráveis de que a cidade dispõe. Dentre elas se destaca a proximidade com São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Os setores metalúrgico, agroindustrial e têxtil são os principais ramos industriais de Lavras.
O Distrito Industrial 1, com 561.000 m², encontra-se totalmente ocupado, inclusive por empresas de âmbito internacional como a Magneti Marelli/Cofap. O Distrito Industrial 2 encontra-se pronto em infraestrutura e já sendo ocupado. Além disso, está sendo adquirido pela prefeitura uma área de 3.000.000 m², às margens da rodovia Fernão Dias, para implantação do Distrito Industrial 3. Recentemente foi firmada uma parceria entre a UFLA - Universidade federal de Lavras, a prefeitura de Lavras e o Governo do Estado de Minas Gerais para a instalação do LavrasTec (Parque Cientifico e Tecnológico de Lavras).
A cidade, como pólo regional, possui um comércio bastante ativo e diversificado, com aproximadamente 800 estabelecimentos cadastrados pela Associação Comercial e Industrial, um shopping center, com uma área de 70.000m², 2 salas de cinema, praça de alimentação, anfiteatro, diversas lojas e hipermercado da rede Rex integrado. A cidade hoje conta com supermercados e hipermercados de 4 grandes redes (Rex, GF, Bretas, e ABC), restaurantes tradicionais e renomados típicos de Minas Gerais e também especialistas na venda de sanduíches como o Subway, grandes redes de varejo como Lojas Cem, Magazine Luiza, Casas Bahia, Ponto Frio, Pernambucanas, Lojas Americanas, Edmil, dentre outras lojas locais e uma grande variedade de agências bancarias: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (2 agências), Bradesco, Santander (2 agências), Itaú (3 agências), Mercantil do Brasil e Sicoob. Além disso, conta com muitas galerias espalhadas pelo centro da cidade.
Educação
De acordo com dados do IBGE, a cidade conta com 18.671 alunos no Ensino Básico. Ensino Superior - Universidade Federal de Lavras (UFLA); Centro Universitário de Lavras (UNILAVRAS); Faculdades Adventistas de Minas Gerais (FADMINAS); Faculdade Presbiteriana Gammon (FAGAMMON); Universidade Anhanguera-Uniderp- Polo de apoio presencial; UNIP Universidade Paulista - Polo de apoio presencial; UNOPAR Universidade Norte do Paraná - Polo de apoio presencial; UNINTER Centro Universitário Uninter - Polo de apoio presencial; Instituto Prominas; IMPEO - Instituto Mineiro de Pesquisa e Ensino Odontológico.
Cultura
Entre os principais museus de Lavras destacam-se o Museu Bi Moreira, onde se encontram vários objetos como móveis, fotos, documentos e utensílios em geral relacionados com a história da cidade, e o Museu Sacro de Lavras, com várias obras sacras do século XVIII, localizado no interior da Igreja do Rosário.
No campo musical, a cidade possui quatro corais e uma orquestra, além de uma infinidade de bandas de rock e pagode, entre outros gêneros. Conta com duas bandas de música: a do 8° Batalhão de Polícia Militar e a Euterpe Operária, fundada em 1910. A cidade conta ainda com dois grandes grupos de teatro e com o Teatro Municipal, antiga ferroviária que se tornou o Patrimônio de Apresentação das Artes Cênicas da cidade. A Casa da Cultura, instalada desde 1984 em prédio de meados do Século XIX, tem por finalidade abrigar diversas atividades artístico-culturais do povo lavrense.
Lavras sofre grande influência italiana, sendo mais de 200 famílias descendentes. Anualmente comemora-se uma festa da cultura ítalo-brasileira, com presenças diplomáticas e políticas, nacionais e internacionais. Esse evento proporciona uma interação cultural entre os dois países, recebendo cantores, grupos de danças e muitas outras atrações. Os sobrenomes italianos mais populares na cidade de Lavras são: Pádua, Bertolucci, Mattioli, Zuccari, Cicarelli, Russi, Grandi, Fidelis, Moretti, Menicucci, Olímpio, Zákia entre muitos outros. A maior parte desses sobrenomes sofreram modificações da forma original escrita, devido aos registros de imigração que eram escritos de forma aportuguesada ou errônea.
Aparelhos culturais - Biblioteca Pública Municipal Meirinha Botelho; Casa da Cultura "Bi Moreira";Espaço Cultural "João Pereira de Carvalho"; Feira de Artesanato de Lavras; Museu Bi Moreira; Museu da Imagem e do Som; Museu de História Natural; Museu Sacro de Lavras; Museu do Grupo Escolar (E.E. Firmino Costa);Parque de Exposições de Lavras; Pró-Memória do Instituto Presbiteriano Gammon; Rua da Seresta; Sala de Exposição TG 04-031.
Entidades culturais - Academia Lavrense de Letras; Associação Lavrense dos Artesãos e Arte Culinária; Banda de Música do 8º Batalhão da PMMG; Banda Euterpe Operária; Coral Vozes do Campus; Escola de Música de Lavras; Orquestra de Câmara da UFLA; Lions Club; Meninas Cantoras de Lavras; Rotary Club; Rotaract Club.
Patrimônio protegido por tombamento - Banda Euterpe Operária (forma de expressão); Cruzeiro; Estação Ferroviária Costa Pinto; Estátua – Ceres, deusa da agricultura, da terra e da fertilidade; Estátua O Lavrador; Galpões da Antiga Rede Ferroviária; Igreja de Nossa Senhora do Rosário; Postes do Bonde; Praça Dr. Augusto Silva
Praça Leonardo Venerando Pereira; Prédio da Casa da Cultura; Prédio da Escola Estadual Firmino Costa; Prédio da Escola Municipal Álvaro Botelho; Prédio do Museu Bi Moreira.
Turismo
Lavras faz parte do circuito turístico Vale Verde e Quedas D'Água. Além das opções culturais oferecidas pelos museus, teatros e campi das universidades locais, consideram-se atrativos turísticos os seguintes locais: Área verde Jardim Campestre; Cachoeira do Faria; Cachoeira dos Ipês (situada no ribeirão dos Cruzes; possui uma exuberante queda e entorno e fica a apenas 13 km do centro da cidade); Casa da Cultura; Comunidade do Funil;Estações ferroviárias: Centro Oeste (Zona Norte) e Costa Pinto (Zona Sul); Feira de artesanatos, que ocorre aos domingos, oferecendo uma grande variedade de artesanatos e uma farta gastronomia local; Igreja Matriz de Sant'Ana (Lavras), construída entre 1904 e 1917, principal igreja católica da cidade; Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Lavras), construída entre 1751 e 1754 e conhecida como Matriz de Sant'Ana até 1917, foi tombada pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico em 1948; Lago da Barragem e Usina Hidrelétrica do Funil; Lavras Rodeo Festival; Locomotiva Baldwin, chamada popularmente de "Maria-Fumaça", que levou passageiros de 1929 até 1969, exposta na Praça Doutor José Esteves, nas proximidades da Estação Ferroviária e galpões da antiga RFFSA); Museu Bi Moreira e Museu de História Natural, situados no campus histórico da Universidade Federal de Lavras; Obelisco da Praça Leonardo Venerando Pereira; Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito, reserva florestal mantida pela Associação Abraham Kasinski, a área do parque compreende muitas atrações, como cachoeiras, trilhas para caminhada e arena, pedalinhos, piscinas naturais, tobogã, restaurante, mirante, cachoeira, tirolesa, circuito de arvorismo e playground; Praça Dr. Augusto Silva; Rio Capivari; Serra da Bocaina, ponto culminante do município, de onde se pode ter ampla visão da região e, dependendo da visibilidade é possível avistar as cidades de São Thomé das Letras, Luminárias, São Bento Abade, Ijaci e outras cidades vizinhas; Trilha das Lagoas, uma trilha autoguiada na Universidade Federal de Lavras.
O parque estadual do Jalapão é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza localizada na região leste do estado do Tocantins. O território do parque, com uma área de 158.970,95 ha, está distribuído pelos municípios de Mateiros e São Félix do Tocantins. Criado em 12 de janeiro de 2001, Jalapão é o maior parque estadual do Tocantins. A vegetação no parque é predominantemente a de cerrado ralo e a de campo limpo com veredas.
Sua posição estratégica possui continuidade com a área de proteção ambiental do Jalapão, a estação ecológica Serra Geral do Tocantins e o parque nacional das Nascentes do Rio Parnaíba.
A região é considerada a principal atração turística do estado do Tocantins. Uma de suas características é a produção de artesanato de capim dourado e seda de buriti, que se tornou principal fonte de renda para as comunidades locais e tem sido alvo de estudos e ações para garantir seu uso sustentável, ecológica e economicamente.
Caracterização da área
O Jalapão é uma região árida pontilhada de oásis. Está situada a leste do estado do Tocantins. Possui temperatura média de 30 graus Celsius. Sua área total é de 34 mil quilômetros quadrados. É cortado por imensa teia de rios, riachos e ribeirões, todos de água límpida e transparente.
O Jalapão abrange os municípios de Ponte Alta do Tocantins, Mateiros, São Félix do Tocantins, Lizarda, Rio Sono, Novo Acordo, Santa Tereza do Tocantins, Lagoa do Tocantins e Rio da Conceição, ocupando uma área equivalente ao estado de Sergipe. Passou à condição de parque estadual em 2001.
Os rios Sono, Soninho, Novo, Balsas, Preto e Caracol banham a paisagem árida e rasteira, que varia do cerrado baixo à campina. Matas de galeria surgem próximo de rios, cachoeiras, lagoas, dunas de areia, serras e chapadões de até 800 metros de altura. A jalapa-do-brasil, que deu nome ao Jalapão, pode ser encontrada em toda parte.
Lá, se encontra a comunidade dos Mumbucas - ex-escravos fugidos da Bahia.
Fauna
Composta por veados-campeiros, tamanduás-bandeiras, antas, capivaras, lobos-guarás, raposas, gambás, macacos, jacarés, onças, além de cobras (sucuris, cascavéis e jiboias).
Entre as aves, estão tucanos, papagaios, araras-azuis, siriemas, emas e urubus.
É possível passar dias no Jalapão sem ver uma única pessoa. A densidade populacional é de 0,8 habitantes por quilômetro quadrado.
Capim dourado
O capim dourado é uma espécie de sempre-viva da família Eriocaulaceae (Syngonanthus nitens Ruhland) que ocorre na região do Jalapão, localizado no estado do Tocantins, com a palha do qual se faz artesanatos, tais como: pulseiras, brincos, chaveiros, bolsas, cintos, vasos, peças de decoração entre outros.
Sua característica principal é a cor que lembra a do ouro. A principal localidade, onde começou o desenvolvimento da produção artesanal, é Mumbuca em Tocantins, um vilarejo localizado no município de Mateiros. Atualmente esses artesanatos são produzido em outras localidades da região do Jalapão.
O artesanato de capim dourado chegou ao Jalapão em meados de 1920 pelas mãos de índios Xerente. A arte foi aprendida por moradores da comunidade quilombola da Mumbuca e, desde então, é passada de geração em geração nas comunidades jalapoeiras.
Os pequenos maços de hastes do capim dourado eram costurados com uma fibra fina e resistente obtida de folhas novas da palmeira buriti (Mauritia flexuosa). Essas duas espécies ocorrem naturalmente no Cerrado do Brasil Central e são muito abundantes no Jalapão.
O Capim Dourado só pode ser colhido entre 20 de Setembro e 20 de Novembro para que não entre em extinção. Existem regulamentações no estado do Tocantins que proíbem a saída do material "in natura" da região, somente em peças já produzidas pela comunidade local, visando assim a sustentabilidade ambiental, social e econômica do local.
Posteriormente, o artesanato Capim Dourado foi mostrado pela primeira vez a um grande público em 1993 na primeira FECOARTE (Feira de Folclore, Comidas Típicas e Artesanato do Estado do Tocantins) em Palmas Tocantins.
Incentivados pela primeira-dama do município, Eleusa Miranda Costa, os artesãos apresentaram um trabalho que despertou o reconhecimento do publico em geral e das autoridades presentes, classificando o artesanato de mateiros em primeiro lugar pela originalidade das peças em capim dourado.
Atualmente, as peças já produzidas em capim dourado podem ser encontradas em diversas partes do Brasil, como em vários países.
Barbacena é um município do estado de Minas Gerais, no Brasil. É um grande produtor de frutas e de flores. Se destaca como centro de ensino, com expressiva influência regional, tendo também um comércio diversificado. Barbacena fica na Serra da Mantiqueira.
Características
Barbacena é conhecida em todo o Brasil e também no exterior como a "Cidade das Rosas", em função da grande produção local desta flor. No Brasil, o município também é conhecido como a "Cidade dos Loucos", pelo grande número de hospitais psiquiátricos instalados no local. A cidade atraiu esses manicômios em decorrência da antiga ideia, defendida por alguns médicos, de que seu clima ameno, com temperaturas médias bem baixas para os padrões brasileiros, faria com que os doentes mentais ficassem mais quietos e menos arredios, supostamente facilitando o tratamento.
O município possui parque de exposições e um aeroporto com aeroclube. É sede do Nono Batalhão de Polícia Militar, da 13ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais. Abriga estabelecimentos de ensino como a Faculdade de Medicina de Barbacena, a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, o Instituto Federal do Sudeste de Minas - Barbacena, a Escola de Hotelaria do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, a Universidade Presidente Antônio Carlos, a Universidade do Estado de Minas Gerais, o Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais - Barbacena, além de escolas de ensino fundamental e médio da Rede Salesiana de Escolas (Instituto Maria Imaculada) e Educação Vicentina (Colégio Imaculada Conceição).
Possui mais de trinta bibliotecas, cinco associações culturais e a Academia Barbacenense de Letras. Na cidade, também encontram-se escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, do Departamento de Estradas de Rodagem e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Além da intensa produção de frutas europeias e de rosas, exportadas para o país e o exterior, Barbacena é centro de pecuária, agricultura e da indústria de tecelagem.
História
Origens - A atual cidade de Barbacena nasceu na cabeceira do Rio das Mortes. Era um local habitado por índios puris. A região começou a ser explorada a partir do século XVII por bandeirantes oriundos de São Paulo à procura de ouro, pedras preciosas e mão de obra escrava. Os bandeirantes se estabeleceram no local chamado Borda do Campo, também denominado Campolide, onde erigiram a capela de Nossa Senhora da Piedade.
Era a Fazenda da Borda do Campo, de propriedade, desde o fim do século XVII, dos bandeirantes capitão-mor Garcia Rodrigues Pais e de seu cunhado coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme e, por carta de sesmaria, desde 1703. Ficava às margens do Caminho Novo da Estrada Real para o Rio de Janeiro, empreendimento iniciado às expensas do capitão-mor Garcia Rodrigues Pais em 1698 e que Domingos Leme ajudou a concluir. Garcia Rodrigues Pais também recebeu carta de sesmaria das suas posses antigas na Borda do Campo em 1727. A propriedade, tempos depois, passou às mãos do inconfidente José Ayres Gomes.
Criação da vila - Em 14 de agosto de 1791, foi criada a Vila de Barbacena e erigido o respectivo pelourinho e Câmara pelo Visconde de Barbacena, D. Luís Antônio Furtado de Mendonça, então governador e capitão-general da capitania, que deu à vila o seu próprio título (originalmente, de Barbacena, em Portugal).
A vila teve como sede o antigo Arraial da Igreja Nova de Campolide, compreendendo, ainda, os territórios dos arraiais e freguesias de Nossa Senhora da Conceição do Engenho do Matto e de Nossa Senhora da Glória do Simão Pereira. Foi desmembrada dos territórios das Vilas de "Sam João de El Rey" e de "Sam Joze de El Rey", confrontando com as vilas de Mariana, Queluz (atual Conselheiro Lafaiete), "Sam João de El Rey" e "Sam Joze de El Rey" (atual cidade de Tiradentes).
"Muito Nobre e Leal Vila" - Barbacena, por meio de sua câmara, foi a primeira vila de Minas Gerais a enviar representação a D. Pedro I, então regente, em favor do "Fico" (9 de janeiro de 1822), em 11 de fevereiro de 1822, dirigiu-se a Câmara de Barbacena ao príncipe regente numa representação em que se propunha para ser a sede da Monarquia portuguesa e se ofereciam os barbacenenses para descer "em massa" ao Rio de Janeiro para tomar armas em defesa do Príncipe. Estes atos lhe valeram o título de "muito nobre e leal vila", conferido por decreto, de 24 de fevereiro de 1823 e Alvará de 17 de março do mesmo ano.
Cultura - A cidade tem um calendário de eventos e festividades no qual se destacam o Jubileu de São José realizado em abril, a Exposição Agropecuária, em maio e a Festa das Rosas, em outubro.
Na Casa da Cultura, antigo prédio da primeira cadeia pública, funciona a Biblioteca Pública Municipal e o Conservatório Municipal. O prédio foi tombado pelo IEPHA em 1983, embora tenha recebido diversas reformas até a última década de 80, o que adulterou sua conformação original. A Casa tem história para contar: abrigou o primeiro quartel do século XIX, serviu de casa de detenção dos revoltosos da histórica Revolução Liberal, em 1842, e até 1953 funcionou como espaço prisional. Em seguida, recebeu a Escola Normal do município e, entre 1957 e 1980, sediou a Faculdade de Odontologia de Barbacena.
Economia
Na economia da cidade, destaca-se o setor da agropecuária, principalmente, com o fornecimento de leite e derivados, além, é claro, do plantio de rosas. O município conta com poucas indústrias. As de maior destaque são a RDM Vale do Rio Doce (Beneficiamento de ferro-ligas a base de manganês) e a Saint Gobain (materiais cerâmicos) e também conta com dois abatedouros de frangos e um matadouro de bovinos e suinos. O setor de serviços é suficiente para a subsistência da cidade e região.
Educação
Além do ensino superior, no ensino médio Barbacena possui uma escola entre as melhores do Brasil. No ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) 2008 a instituição federal Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr) ficou em 16º lugar entre as escolas do Brasil, e em 2006 a mesma escola ficou em 8º lugar entre as públicas; em 2008 a escola ficou em 3° lugar entre as escolas públicas do país no ENEM. A partir de 2016, a EPCAr abriu vagas a jovens do sexo feminino, sendo assim, o Curso Preparatório de Cadetes do Ar do ano de 2017 o primeiro a ter mulheres em sua formação. O exame de seleção é de abrangência nacional. Os requisitos mínimos para se matricular na EPCAr são, atualmente, ter no mínimo 14 anos e no máximo 18, no ano da matrícula no curso, além do ensino fundamental completo (pode estar cursando a 8ª/9ª série/ano, no ano em que realizar o exame de admissão). Além da EPCAr existe outra instituição de ensino federal no Município: O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena. O nível educacional na cidade é elevado e a cidade possui uma das melhores relações aluno/vagas do Estado devido a grande quantidade de estabelecimentos de ensino existentes com relação à população local.
Turismo
Os edifícios históricos, de estilo colonial ou barroco, são, sobretudo, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Capela de Santo Antônio - Santa Casa de Misericórdia, Antiga Casa de Saúde, Cadeia Velha, Câmara Municipal, Museu Municipal, Solar dos Andradas, Sobrado dos Vidigal, Sobrado Paolucci, Residência Ânuar Fares e o Sobrado de Olinto de Magalhães.
São também atrativos pontos de visitação pelo seu estilo ou importância histórica: o Fórum Mendes Pimentel, a Igreja Basílica de São José Operário, o Solar Bias Fortes, Solar dos Canedos, Grupo Escolar Bias Fortes, a Fundação Porphíria de José Máximo de Magalhães, Escola Estadual Adelaide Bias Fortes, o Pontilhão Ferroviário, a Escola Preparatória de Cadetes-do-Ar, Escola Agrotécnica Federal "Diaulas Abreu", Santa Casa de Misericórdia, Farmácia Santa Terezinha, Estação Ferroviária, o Colégio Imaculada Conceição, a Casa-museu de Georges Bernanos, o Manicômio Judiciário, Museu da Loucura (no antigo Hospital Colônia), edifício da antiga Sericicultura e o leito da antiga Estrada de Ferro do Oeste de Minas. O cemitério antigo, da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, data da década de 1850, também possui algumas obras de arte.
O ponto mais elevado que permite vista de toda a cidade e adjacências é o mirante, localizado no bairro Monte Mário. A cidade tem restaurantes de comida típica italiana, árabe, oriental e mineira, além de bons serviços de hotelaria. No entanto, sofre efeitos da concorrência de outras cidades históricas mais próximas, como Tiradentes e São João del-Rei que têm investido em gastronomia e eventos relacionados ao cinema.
Em virtude do crescimento desordenado e da falta de conservação das vias públicas e construções históricas, o município perdeu seu charme turístico, embora haja potencial para o turismo de eventos e para aqueles relacionados ao clima frio, por apresentar invernos rigorosos devido aos seus 1.100 metros de altitude e pela sua localização estratégica, próxima à BR 040.
Fazendas históricas - Algumas fazendas próximas, na região, têm ligações históricas com a cidade e com a antiga "Vila" de Barbacena por rememorarem fatos e episódios da sua história:
- Fazenda da Borda do Campo, situada no município de Antônio Carlos, é origem de Barbacena e de todos os municípios dali desmembrados, construída cerca dd 1698, foi um dos locais de reunião dos inconfidentes.
- Fazenda do Campo Verde, desmembrada da antiga Fazenda da Borda do Campo no século XIX.