Domingos Martins é um município do estado de Espírito Santo, no Brasil. É promovida como "Cidade do Verde", por contar com bastante mata atlântica.
O município foi fortemente colonizado por alemães, pomeranos e italianos. É predominantemente dependente da agricultura, turismo e mercado imobiliário. Como atrativo turístico, destaca-se a Pedra Azul, que é um grande afloramento de gnaisse com 1.822 metros e que apresenta uma coloração azulada, dependendo da incidência de luz solar. A região é muito visitada por pessoas da capital do estado, Vitória, tanto para o turismo como para a procura por imóveis, e seus arredores, por estar localizada na região metropolitana da capital.
História - Até princípios do século XIX, a região era habitada por índios botocudos. Em 1816, foi construída uma estrada de tropeiros ligando Vila Rica (a atual Ouro Preto), passando pelo atual território do município. Foram construídos quartéis ao longo da estrada batizados com nomes de cidades portuguesas, o que deu origem às atuais localidades de Melgaço e Barcelos.
A partir de meados do século XIX, a região foi colonizada por alemães, pomeranos e italianos, que deixaram a Europa para começar uma vida nova no Brasil.
Os primeiros a chegar foram os alemães, em 1847, quando fundaram, em Santa Isabel, neste município, a primeira colônia alemã no Espírito Santo. O grupo era formado por 39 famílias, sendo 23 católicas e 16 luteranas, vindas da região montanhosa do Hunsrück ("Costa do Cachorro"), na Prússia Renana, das cidades de Koblenz, Lötzbeuren e Traben-Trarbach, em número de 163 pessoas.
Em 1859, somaram-se aos primeiros colonos outros alemães, provenientes da região do Hesse do Reno. Entre 1857 e 1873, ocorreu o fluxo de pomeranos para a região de Santa Leopoldina e Melgaço.
Os pomeranos vieram da região que ficava situada entre o norte da Alemanha Ocidental e a Polônia. Ela fazia parte da Alemanha desde 1200. Durante o feudalismo, estava vinculada ao Reino da Prússia, mas, a partir de 1945, dois terços da Pomerânia foram anexados à Polônia e a outra parte ficou na Alemanha.
Embora haja registros sobre a chegada de pomeranos ao Espírito Santo entre 1829 e 1833, para participarem da construção e limpeza da estrada projetada Vitória (ES) – Ouro Preto (MG), eles não fundaram colônias nem se estabeleceram de imediato no Estado. Muitos nem permaneceram na região.
O fluxo de pomeranos para as regiões de Santa Leopoldina e Melgaço se deu mais tarde, entre 1857 e 1873, num total aproximado de 2.143 pessoas. Os pomeranos que hoje se encontram em Domingos Martins se concentram mais em Melgaço (na Sede e na localidade de Califórnia) e em Paraju (na Sede e nas localidades de Tijuco Preto e Rio Ponte). Eles vieram da província pomerana das regiões de Koslin, Kolberg, Greifswald e outras. Chegaram à colônia de Santa Isabel subindo o rio Santa Maria da Vitória até a cachoeira de Santa Leopoldina.
A partir de 1859, vieram, também, os primeiros italianos para a colônia de Santa Isabel. Nessa época havia em Santa Isabel, 27 italianos, mas o maior fluxo de italianos para a região começou em 1875. A ocupação italiana concentrou-se no distrito de Aracê. No início do século XX (por volta de 1900) apareceram na região os primeiros imigrantes italianos. A sua chegada ocorreu por caminhos até então desconhecidos pelos alemães e que foram desbravados a partir de outras direções. Uma primeira leva chegou pelo lado de São Floriano, subindo de Alfredo Chaves pela região de São Bento de Urânia. Eles chegaram até o alto de Pedreiras e começaram a atrair outras famílias que foram adquirindo a posse dos alemães que voltavam para a região de São Rafael. Uma outra leva chegou por trás da Pedra Azul, passando por Castelinho em direção a São Paulinho.
A colônia progrediu gradativamente e logo emancipou-se de Viana. Foi elevada à condição de freguesia em 1869 e distrito policial em 1878. No dia 20 de outubro de 1893, o município de Santa Isabel desmembrou-se de Viana por meio do Decreto Estadual 29.
Pela Lei Estadual 1.307, de 30 de dezembro de 1921, o município de Santa Isabel passou a denominar-se Domingos Martins, em homenagem ao herói capixaba Domingos José Martins, que nasceu em 9 de maio de 1781 no município de Itapemirim e que participou como líder da Revolução Pernambucana, tendo sido fuzilado em 12 de junho de 1817 na Bahia.
Economia - A agricultura é a base da economia, destacando-se o fato do grande cultivo de frutas que somente se adaptam a climas temperados, o destaque é o morango, mas também há o cultivo da uva e da maçã, além da forte presença do café (da variação arábica, adaptada a climas mais frios) e das hortaliças.
Economicamente, o turismo é muito importante, assim como o mercado imobiliário, Domingos Martins possui um dos maiores índices de liquidez imobiliária da Região Sudeste. Estima-se uma demanda imobiliária na casa de dez mil imóveis residenciais, sendo o metro quadrado na área urbana compatível com grandes metrópoles como São Paulo e Rio de janeiro. Isso deve-se ao clima ameno, a tranquilidade, índices de criminalidade muito menores em comparação à grandes cidades, e sua distância da capital muito pequena, de apenas quarenta e dois quilômetros, todos esses fatores fazem com que a procura por imóveis na região (e aumento dos preço) esteja na contramão da tendência das capitais, ou seja, enquanto as capitais estão com seus preços por metro quadrado estabilizadas, ou em queda, Domingos Martins está em forte curva de subida de valorização. Além disso, a capital também abriga a sede da fábrica "Refrigerantes Coroa", e algumas produções caseiras de biscoitos típicos (da tradição alemã), além do turismo, a cidade atrai muitos turistas, graças ao clima frio, às cachoeiras, ao rafting, trilhas e rapel, além da tranquilidade e da natureza. A cidade também é uma grande produtora de água mineral.
Residiu em Domingos Martins, Roberto Kautsky, conhecido como grande colecionador de orquídeas. Ele descreveu várias novas espécies encontradas na região.
Atualmente a cidade de Domingos Martins conta com uma empresa de grande porte chamada E&L Produções de Software, a maioria dos funcionários desta empresa são moradores locais. Sendo assim a empresa gera centenas de empregos na região, ajudando não só na economia do município como também a de municípios vizinhos.
Referência para o texto: Wikipédia.