quinta-feira, 10 de maio de 2018

Imagens do Brasil - Joinville - Santa Catarina


Joinville é um município localizado na região norte do estado de Santa Catarina. É a maior cidade do estado, à frente da capital Florianópolis, e é a terceira mais populosa cidade da Região Sul do Brasil.
Um estudo apontou Joinville como a segunda melhor cidade para se viver no Brasil. Joinville ostenta os títulos de "Manchester Catarinense", "Cidade das Flores", "Cidade dos Príncipes", "Cidade das Bicicletas" e "Cidade da Dança". É ainda conhecida por sediar o Festival de Dança de Joinville (considerado o maior festival de dança do mundo), a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (a única no mundo fora da Rússia) e o Joinville Esporte Clube.
A cidade foi criada ao mesmo tempo que Blumenau (segunda metade do século XIX), com grupo étnico semelhante ao da sua cidade contemporânea. O povo germânico, que veio de uma região com baixas temperaturas para um país com temperaturas elevadas, impôs sua determinação na construção da cidade conhecida pela sua população trabalhadora e pelas indústrias metal-mecânica, de tecidos, de alimentos, softwares, eletrodomésticos, computadores e máquinas.
O primeiro nome de Joinville foi Colônia Dona Francisca, cuja história se iniciou quando a princesa Francisca de Bragança, irmã de Pedro II do Brasil, casou-se em 1843 com o príncipe francês Francisco Fernando de Orléans, recebendo este o título de príncipe de Joinville. O nome da cidade foi mudado para Joinville, em homenagem ao príncipe, que recebeu aquelas terras como dote.
Em 1848, o casal negociou as terras pelo menos em parte, com a Sociedade Colonizadora Hamburguesa, pois o pai de Francisco, o rei da França Luís Felipe havia sido destronado e a família encontrava-se em dificuldades financeiras. O empreendedorismo dos imigrantes alemães, suíços e noruegueses construiu e deu continuidade ao seu crescimento, tornando Joinville uma das maiores potências regionais.
A cidade se destaca por importantes museus e pontos de interesse histórico, tais como o Museu de Arte de Joinville, Museu Nacional de Imigração e Colonização, Estação da Memória, Museu Casa Fritz Alt, Museu da Bicicleta de Joinville, Galeria de Artes Victor Kursancew, Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville e Casa da Memória.
História
Origens e povoamento - Os registros dos primeiros habitantes da região de Joinville datam de 4800 a.C. por conta dos mais de 40 sambaquis e sítios arqueológicos do município lá encontrados. O homem-do-sambaqui praticava a agricultura, mas tinha na pesca e coleta de moluscos as atividades básicas para sua subsistência.
Índios tupis-guaranis (especificamente, carijós) ainda habitavam as cercanias quando chegaram os primeiros imigrantes europeus. No século XVIII, estabeleceram-se, na região, famílias de origem portuguesa, com seus escravos negros, vindos provavelmente da capitania de São Vicente (hoje estado de São Paulo) e da vizinha cidade de São Francisco do Sul. Adquiriram lotes de terra (sesmarias) nas regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista, Itaum, Morro do Amaral e aí passaram a cultivar mandioca, cana-de-açúcar, arroz e milho, entre outros produtos.
A história de Joinville tem ligação com a princesa do Brasil Francisca de Bragança, que se casou, em 1843, com Francisco Fernando de Orléans, Príncipe de Joinville, terceiro filho do rei Luís Filipe I. Ela ganhou como prêmio de casamento, 25 léguas cúbicas, em plena Mata Atlântica, que se situavam na região do município que ganhou o nome de um dos descendentes do monarca francês.
Porém, depois que o rei Luís Filipe I foi destronado em 1848 e o Príncipe de Joinville se refugiou na Inglaterra, foi que apareceu a ideia de colonizar esse terreno. O Príncipe de Joinville e o senador Christian Mathias Schroeder (que ganhou sem custo algum oito léguas cúbicas) aceitaram organizar a colônia, que seria habitada por europeus.
As pessoas que idealizaram foram, além dos já referidos, Léonce Aubé, Jerônimo Francisco Coelho, João Otto, Ottokar Doerffel, Frederico Brustlein e demais indivíduos. Porém, o imenso reconhecimento compete aos imigrantes (quase todos agricultores), que passaram a chegar desde 1851. 
A barca Colon transportou os imigrantes iniciais. Eram 191 no total, a maioria de suíços, além de alemães e noruegueses. De acordo com o historiador Apolinário Ternes, o projeto iniciou‐se um ano antes da chegada da barca Colon, que partiu de Hamburgo em 1851. Em 1850, veio o vice-cônsul Léonce Aubé, acompanhado de duas famílias de trabalhadores braçais, mais o engenheiro responsável das primeiras benfeitorias e demarcações do que viria a ser a nova colônia, e também do cozinheiro franco-suíço Louis Duvoisin. Louis Duvoisin veio ao Brasil anos antes com a expedição do 1842, o Benoît Jules Mure, na instalação fracassada do Falanstério do Saí. A barca Colon partiu de Hamburgo levando os primeiros imigrantes. No dia 9 de março do mesmo ano, a barca chegou ao local e foi fundada a Colônia Dona Francisca. A população foi reforçada com a chegada da barca Emma & Louise, com 114 pessoas. Em 1852, foi decidido que, em homenagem ao príncipe François, a cidade passaria a se chamar Joinville.
Uma residência foi construída para administrar os bens do Príncipe de Joinville, com um caminho de palmeiras em frente à casa. A casa que foi construída é atualmente o "Museu Nacional de Imigração e Colonização", e a via à sua frente tornou-se a Rua das Palmeiras, hoje atrativo turístico da cidade.
Imigração, formação administrativa e história recente - A malária, doença desconhecida na Europa, foi causa de morte de muitos dos imigrantes. Porém, a imigração andou para frente de qualquer maneira com a chegada de novas levas de alemães, tendo Joinville progredido muito devido a isso; em 1858 se elevou à categoria de freguesia. Criou-se o município por meio da Lei nº 566, de 15 de março de 1866, com o nome de São Francisco Xavier de Joinville que, em seguida, se reduziu para Joinville. O novo município foi instalado em 7 de janeiro de 1869.
Se a agricultura era a fonte de renda que predominava nos primórdios de Joinville, na atualidade mais de cem indústrias do município são a sua principal atividade econômica.
Economia - A abastada classe de industriais da região criou, logo no início do século XX, a Associação Comercial e Industrial de Joinville (atual Associação Empresarial de Joinville). Hoje, a região produz 18,9 por cento do produto interno bruto global do estado de Santa Catarina.
Joinville é cortada por várias rodovias e linhas férreas que também contribuíram para tornar a cidade o 3º maior polo industrial da Região Sul do Brasil. Apesar do progressivo aumento do setor terciário, a atividade industrial continua com grande relevância, laborando, na sua cintura industrial, grandes conglomerados do setor metal-mecânico, químico, plásticos, têxtil e de desenvolvimento de software, tornando-a um grande polo dessa tecnologia.
Sendo a cidade mais importante industrialmente em Santa Catarina, muitos dos mais importantes grupos econômicos do país, de diversos setores, estão presentes, tais como a Cipla, Buschle & Lepper, Amanco (antiga Akros), Schulz S.A, Franklin Electric (Schneider), Neogrid, Docol, Döhler, Embraco, Ciser, Lepper, Tigre, Tupy, Totvs, Britânia, KaVo Dental, Krona, General Motors, Whirlpool, Wetzel, Laboratório Catarinense, Siemens, entre outras.
Joinville é o maior polo metalúrgico do Brasil, sendo a metalúrgica Tupy a maior do Mundo. Outra marca importante para a cidade é que ela é o maior polo industrial de ferramentaria do país.
Educação
Joinville orgulha-se de ter a melhor educação pública de Santa Catarina, reconhecida pelo Ministério da Educação. 
No ensino superior, predominam os cursos de engenharia, sobretudo na Universidade do Estado de Santa Catarina e na Universidade Federal de Santa Catarina, devido às empresas de bens de consumo existentes na cidade. Por outro lado, a cidade carece de cursos voltados a áreas essenciais como as de licenciatura, obrigando muitos de seus moradores a mudarem-se para a capital, Florianópolis ou mesmo outros estados. Entre as principais instituições de ensino superior de Joinville estão o Instituto Federal de Santa Catarina, a Universidade do Estado de Santa Catarina, a Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Universitário - Católica de Santa Catarina, Universidade da Região de Joinville, entre outras.
Cultura
A cidade se destaca por importantes museus e pontos de interesse histórico, tais como o Museu de Arte de Joinville, Museu Nacional de Imigração e Colonização, Estação da Memória, Museu Casa Fritz Alt, Museu da Bicicleta de Joinville, Galeria de Artes Victor Kursancew, Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville e Casa da Memória.
Inúmeros eventos culturais são marcantes na cidade. A Festa das Flores acontece há 75 anos. O Festival de Dança de Joinville - reconhecido como o maior do mundo em seu gênero (consta no Guinness Book) - chega a sua 32ª edição em 2014. A Coletiva de Artistas de Joinville acontece há 31 anos ininterruptos. Recentemente, a cidade passou a sediar também um festival de música instrumental, o Joinville Jazz Festival.
Uma filial da Escola do Teatro Bolshoi, a única fora da Rússia, é destaque na formação de bailarinos e bailarinas, oferecendo formação de qualidade a estudantes carentes. A produção artística acontece em centros culturais, museus, casa da cultura, centro de eventos, mercado público, teatros, na Cidadela Cultural Antarctica (antiga fábrica de cervejas), e também em escolas, universidades, associações de moradores, igrejas e praças públicas.
A Joinville contemporânea se caracteriza por ser rica na diversidade cultural de seu povo. O aspecto pluralista permite as mais diferentes expressões, das mais diversas culturas e etnias formadoras, da dança clássica ao hip hop, dos corais étnicos à música lírica, da música clássica ao chorinho, do pop rock à música sertaneja e gauchesca. O carnaval de rua, aberto a todos, foi resgatado em 2005. Hoje, a Rua Visconde de Taunay é uma via gastronômica, devido ao movimento noturno e à quantidade de bares e restaurantes no local. Filho de joinvilense, o músico carioca Mú Carvalho, tecladista do grupo instrumental A Cor do Som, emprestou o nome da cidade a uma de suas composições, gravada em seus CDs solo Óleo sobre Tela e Ao Vivo.
Referência para o texto: Wikipédia.