São Joaquim é um município brasileiro do estado de Santa Catarina.
A cidade conta com uma grande diversidade étnica, composta principalmente por descendentes de portugueses, alemães, italianos e japoneses.
História
Teriam sido estancieiros gaúchos os primeiros civilizados a se fixar em terras do Município.
Período colonial - Brasil colônia - Registra-se, por volta de 1750, o nome de Bento do Amaral Gurgel Anes, futuro 2.ª capitão-mor da vila de N. S.ª dos Prazeres de Lajes, que se casou com a fazendeira Catarina Fragoso, proprietária no lugar denominado "As Tejucas". No decênio 1755/65, Manoel da Silva Ribeiro e seus filhos Inácio e Pedro instalaram-se na "sesmaria e fazenda do Pelotas". Mais tarde a fazenda do Socorro coube a João da Silva Ribeiro, ao casar-se este com a filha de Mateus José de Souza. O entrelaçamento das famílias pioneiras fez surgir extenso feudo rural, ampliado em 1818 e 1820 com o casamento dos irmãos Manoel e Firmino Rodrigues Nunes com filhas de João da Silva Ribeiro. Em 1866 iniciou-se a abertura de estradas ligando o povoado a Lajes e Laguna, o que possibilitou maior progresso. A iniciativa é atribuída a Manoel Joaquim Pinto, estancieiro paulista, celebrado como o fundador da atual cidade.
Período Imperial Bragantino (Monarquia dos Bragança) - A instalação da 1ª Câmara Municipal foi em 7 de maio de 1887 onde foram eleitos como vereadores Matheus Ribeiro de Sousa, Marcos Batista de Sousa, José Alves de Sá, José Rodrigues de Sousa, João de Deus Pinto de Arruda, Aureliano de Sousa e Oliveira (Neto) e Policarpo José Rodrigues.
Formação administrativa
Distrito - São Joaquim da Costa da Serra - em 1871, com território desmembrado da Freguesia de Lajes, foi Município, sob a mesma designação, em 1886. Em 1924, a vila recebia foros de cidade. A partir de 1956, quando perdeu o distrito de Urubici, o Município é formado por três distritos: São Joaquim (sede), Bom Jardim da Serra e Urupema. Sede de Comarca desde 1891, elevada a 2.ª entrância em 1954.
Economia
A economia do município teve grande impulso com a cultura de frutas de clima temperado, como a maçã, iniciada na década de 1970. Hoje, São Joaquim é o maior produtor da fruta no Estado,e um dos maiores produtores do Brasil, contando com mais de 1000 pequenos produtores. O turismo também é importante para a cidade, por conta do clima frio e da possibilidade de precipitações de neve, algo inexistente em grande parte do Brasil. O município vem se destacando também pelos vinhos de altitude que estão alcançando nível internacional tais como: Villa Francioni, Sanjo , Quinta da Neve, Quinta da Santa Maria, Suzin, Pericó, entre outros.
Pontos turísticos
- Vinícola Villa Francioni: a principal vinícola da cidade.
- Belvedere: escadaria com uma linda vista panorâmica da cidade e dos verdes campos que a circundam.
- Casa da Cultura: na Praça Cesário Amarante.
- Cascata do Pirata: cascata com queda livre de 15 metros, no Rio Postinho, distante 17 quilômetros do centro; localiza-se na Fazenda Refúgio do Pirata.
- Exponeve: feira permanente de artesanato e produtos da terra, instalada no pavilhão comercial do Parque Nacional da Maçã.
- Igreja matriz: localizada na Praça João Ribeiro, totalmente construída em pedra basalto; apresenta esculturas de profetas bíblicos e de Adão e Eva na parte externa da igreja.
- Monumento Manoel Joaquim Pinto: obra de autoria do escultor Élson Kiotaka Outuki, que destaca o ciclo histórico, econômico e cultural da fundação de São Joaquim pelo bandeirante paulista Manuel Joaquim Pinto; localizado na Praça João Ribeiro, anexo à prefeitura municipal.
- Museu de Artes de São Joaquim: acervo com obras de artistas como Martinho de Haro, Rodrigo de Haro, Tereza Martorano, Yolanda Bathke e Suzana Scóss Bianchini entre outros.
- Florada das Cerejeiras: ocorre ao final do inverno e inicio da primavera, conferindo uma beleza ímpar a cidade; existem várias cerejeiras pelo município, porém o maior conjunto delas encontra-se na EPAGRI.
- Museu Histórico Municipal: espaço de Assis Chateaubriand, com retrospectiva de São Joaquim e acervo histórico.
- Museu ao ar livre: ciclo madeireiro, colonizadores e tropeirismo com exposições temáticas de resgate da memória do município; na rua Major Jacinto Goulart, 168.
- Parque Nacional da Maçã: com 214 mil metros quadrados, localiza-se a dois quilômetros do centro; possui áreas para camping, cancha de laço, pavilhões de exposições e palco para shows; no local são realizados feiras e leilões agropecuários e a famosa Festa Nacional da Maçã.
- Pesque e Pague Capão da Lagoa: artesanal no sistema pesque-pague; sua infraestrutura dispõe de restaurante e área de lazer com churrasqueiras; localizado na estrada do Luizinho, a sete quilômetros da cidade.
- Snow Valley: criado por um casal de estadunidenses, o local é administrado hoje pelos seus filhos; com trilhas ladeadas de xaxins gigantes, as caminhadas conduzem a uma típica floresta serrana, rica em fauna e flora; possui cascatas de até seis andares de altura, pontes rústicas, além de um saudável ar puro; localizado às margens da SC-438, distante dez quilômetros da cidade, em direção à Serra do Rio do Rastro.
- Epagri: possui um belo lago e várias cerejeiras ao seu redor; pés de maçãs também são encontrados no local, formando um belo local para se visitar e admirar.
Clima
O clima do município é temperado marítimo (Cfb), com verões frescos e baixas temperaturas no inverno e precipitações bem distribuídas ao longo ano, sem a existência de uma estação seca. Juntamente com Urupema e Bom Jardim da Serra, no mesmo estado, e São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, São Joaquim é considerada a cidade mais fria do Brasil (perde para Urupema e Bom Jardim nas mínimas absolutas). Durante os meses de inverno, é comum a ocorrência de geadas - todos os meses estão sujeitos ao fenômeno, sendo mais comum de março a novembro, com uma média de 86 dias por ano.
Ocasionalmente, nos dias de frio mais intenso, ocorrem precipitações sob a forma de neve. No entanto, esta não aparece muitas vezes ao ano, com média de 5 a 7 dias na região em invernos normais, sendo poucas vezes intensa, pois a latitude da cidade é relativamente baixa para propiciar precipitações nivais mais abundantes e com maior frequência. Nos invernos de 1990 e 2013 foram registrados 12 dias com neve na região, com grande acúmulo em alguns dias. A neve já foi registrada de abril a outubro, tendo a mais precoce ocorrido nos dias 16 e 17 de abril de 1999 e a mais tardia no dia 3 de outubro do mesmo ano, no distrito do Cruzeiro (na cidade foi em 30 de setembro de 1980). O período mais favorável é em julho e agosto.
Referência para o texto: Wikipédia.