quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Ilha de Itamaracá - Pernambuco


A Ilha de Itamaracá é um município brasileiro do estado de Pernambuco, na Região Metropolitana do Recife. A área do município corresponde à totalidade da ilha homônima, situada no litoral norte pernambucano e separada do continente pelo canal de Santa Cruz que, para alguns estudiosos, deu origem ao nome "Pernambuco".
A localidade tem grande relevo na história do Brasil. Na Feitoria de Itamaracá, o administrador colonial Pero Capico — primeiro "Governador das Partes do Brasil" — construiu no ano de 1516 o primeiro engenho de açúcar de que se tem notícia na América portuguesa. A região foi ainda uma das capitanias originais, a Capitania de Itamaracá, posteriormente incorporada à Capitania de Pernambuco.
Topônimo - O nome "Itamaracá" deriva da língua tupi e, dentre outros significados propostos, significa "pedra que canta", a partir da junção dos termos itá ("pedra") e mbara'ká ("chocalho"). Ao longo de sua história, Itamaracá também foi referida pelos nomes: Marília, Yilha-de-Fernão-Buquo, Tamanaquá, Itaparica-das-Flores, Vila Schkoppe e Capitania de Santa Cruz.
História - Os primeiros habitantes seriam náufragos, havendo também registros sobre a passagem dos portugueses João Coelho da Porta da Cruz e Duarte Pacheco Pereira, em 1493 e 1498, respectivamente. Em 1526, já havia uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, de responsabilidade do padre Francisco Garcia, na Vila Velha, localizada à margem esquerda do Canal de Santa Cruz.
A Ilha prosperava à sombra da economia açucareira. Em 1630, a Vila Velha possuía mais de cem prédios, uma Santa Casa de Misericórdia, casa de residência do governador, câmara, cadeia e duas igrejas: a Matriz de Nossa Senhora da Conceição e a de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
O engenho São João da Ilha de Itamaracá, situado às margens da PE-35, foi a casa natal do abolicionista João Alfredo Corrêa de Oliveira. O casarão atual com fachada no estilo arquitetônico neoclássico, que já se encontra em ruínas, foi construído sobre as ruínas do edifício mais velho no século XVIII. Sua moita conserva a primeira moenda a vapor do Brasil, contudo teve seu telhado parcialmente desabado por conta do abandono. O imóvel pertence ao Governo do Estado e teve um projeto de implementação do "Centro de Referência Cultural e Ecológica de Itamaracá" esbarrado por falta de verba. Segundo pesquisas, é possível que o Engenho São João seja o mesmo mencionado em mapas antigos denominados Trapiche e que foi renomeado após a saída dos holandeses.
Os holandeses invadiram a Ilha em 1631 e lá ergueram o Forte Orange, na entrada Sul do canal de Santa Cruz, construído em taipa de pilão. O forte tinha este nome em homenagem ao Príncipe holandês Frederico Henrique de Orange, tio de Maurício de Nassau. A Ilha de Itamaracá serviu de celeiro aos holandeses.
Posteriormente, o Forte passou a ser chamado Fortaleza de Santa Cruz, já sob domínio português.
Em 1763, o rei dom João V comprou a Ilha para a Coroa Portuguesa por 4.000 cruzados.
O distrito foi criado em 1º de maio de 1866, pela Lei Provincial 676. Torna-se cidade a partir de 1º de janeiro de 1959, desvinculando-se de Igarassu, mas seu primeiro hasteamento foi em 15 de novembro de 1973. Pilar é a sua sede e, por caracterizar-se como uma povoação de pescadores, foi elevado à categoria de Vila, por decreto de 25/10/1831.
Cultura - A Ilha de Itamaracá é conhecida por ser o berço de uma das danças mais conhecidas de Pernambuco, a ciranda. Essa dança é caracterizada pela formação de uma grande roda formada a partir de pessoas com as mãos dadas umas às outras, na qual os integrantes dançam um ritmo lento repetido. Essa dança foi criada pelas esposas dos pescadores, que enquanto esperavam seus maridos chegarem do mar, se distraiam com os movimentos.
Turismo -As principais atrações turísticas da Ilha de Itamaracá são.
- Forte Orange - Construído em 1631 pelos holandeses, o forte está localizado à beira-mar e abriga um acervo composto por mapas holandeses e peças da época da invasão.
- Praias do Forte - Coroa do Avião, Enseada dos Golfinhos e Pontal da Ilha. E, para aprender mais sobre a vida marinha, é indispensável uma visita ao Centro de Mamíferos Aquáticos. O lugar é aberto de terça a domingo.
- Vila Velha - Do alto, aprecia-se uma bela vista e se conhece um pouco de história com os casarios e capelas do século XVI.
Referência para o texto: Wikipédia.