quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Atibaia - São Paulo

Atibaia é um município localizado no estado de São Paulo, Brasil.
Topônimo
Já antes da fundação do atual município de Atibaia, este era o nome dado ao sítio onde hoje se encontra o município. Larga controvérsia tem havido entre os tupinólogos que têm procurado definir o verdadeiro significado desta palavra.
Segundo frei Francisco dos Prazeres Maranhão, em seu glossário de palavras indígenas, o nome Tybaia significa "rio da feitoria".
Para João Mendes de Almeida, em seu Dicionário Geográfico da Província de São Paulo, teve origem no rio que lhe empresta o nome, concluindo: "Atibaia, corruptela de Tipai, "rio alagado". Por isso, os antigos diziam Tipaia e não Atibaia, de Ti, "rio"; Pa, aférese de iupá, "lagoa, alagadiço" e I, preposição significando "em", alusiva a correrem várzeas extensas por entre alagadiços".
Devido à presença de uma serra em Atibaia, a origem do nome pode estar na corruptela Tipai, "morro dependurado". De ti, "montão" e pai, "dependurado".
Teodoro Fernandes Sampaio diz que Atibaia, antigamente Tibaya, como escreveu Manuel Aires de Casal, significa "água saudável" (ty-b-aia), podendo ainda ser "água trançada, revolta ou confusa". O mesmo autor ainda aponta os significados possíveis de "pomar saudável" (atyb-aia) e "sítio saudável" (tyb-aia).
Plínio Ayrosa, em valiosa colaboração para o jornal O Estado de S. Paulo, conclui que "Tibaia significa "água salobra, acre, ruim, poluída". Mas esse mesmo tupinólogo, em seu livro Primeiras Noções de Tupi, define: "Atibaia – (Ty-Baio) – o "rio manso de águas tranquilas, de água agradável ao paladar".
O Vocabulário na Língua Brasílica, obra de um jesuíta do século XVI publicada por Plínio Ayrosa em 1938, aponta, como origem, o termo tupi atybaîa, com o significado de "madeixa de cabelo que os índios têm sobre as orelhas". Eduardo de Almeida Navarro se posiciona a favor dessa explicação, especulando que, talvez, os índios da região tivessem essa característica física.
Hoje, se escreve e se diz "Atibaia". As formas "Tybaia", "Thibaya", "Atubaia" etc. já estão fora do domínio de nosso povo.
História
A história do município de Atibaia está diretamente ligada à atuação dos bandeirantes, desbravadores de terras virgens que lideravam pequenas comitivas exploradoras, em busca de índios e pedras preciosas. Partindo, em sua maioria, de São Paulo, o destino preferido era Minas Gerais e seus tesouros. Como a viagem era longa e árdua, exigia muitas paradas para descanso e reabastecimento. A primeira delas, ainda nas proximidades de São Paulo, ficava numa colina banhada por um rio, que os índios chamavam de tubaia ou atubaia (em língua indígena: "água agradável ao paladar").
Logo, um dos bandeirantes, exímio conhecedor da região e descendente de uma das mais conhecidas famílias da vila de São Paulo, Jerônimo de Camargo fixou-se no local, fundando uma fazenda de gado e construindo uma pequena capela sob a invocação de São João Batista, inaugurada no dia 24 de junho de 1665, data que marcou a fundação do município. Vindo do sertão com um grupo de índios guarus catequizados, por ordem da Câmara Municipal de São Paulo, o padre Mateus Nunes de Siqueira instalou-os ao lado do sítio de São João Batista.
Nesse momento, o local fixou-se como parada obrigatória para quem seguia em direção a Minas Gerais e o povoado começou a desenvolver-se lentamente.
A capela passou a ser capela curada (ter padre próprio) em 1679. Em 1687, recebeu a visita do Padre Providencial, que celebrou missa na igrejinha.
Jerônimo de Camargo faleceu em Jundiaí, no início de 1707, porém seu trabalho teve sequência por meio de seus descendentes nas fazendas de gado, inclusive em relação à luta pela emancipação do vilarejo. Quarenta anos depois, por alvará de 13 de agosto de 1747, a aldeia tornou-se "freguesia" e assim nasceu o distrito de São João de Tybhaia (conforme a grafia da época).
Pouco mais de duas décadas mais tarde, a corte portuguesa elevou o distrito de Tibaia à categoria de vila e município, por portaria de 27 de junho de 1769. No ano seguinte, foi instalada a primeira Câmara Municipal, com grandes solenidades no levantamento do pelourinho. Independente e com administração própria, a vila progrediu rapidamente. De fato, em pouco tempo tornou-se uma espécie de celeiro da capital paulista, graças ao grande desenvolvimento da pecuária e da cultura de cereais, principalmente de trigo.
Pela Lei Provincial 26, em 22 de abril de 1864, recebeu o título de município. Em 20 de dezembro de 1905, pela Lei Estadual 675, o município de São João de Atibaia passou a denominar-se apenas Atibaia.
Uma sequência de grandes melhorias — como a instalação de redes de água, esgoto e luz elétrica, as inaugurações do Grupo Escolar José Alvim e do Hotel Municipal, a criação da primeira indústria têxtil, o alargamento das ruas, o ajardinamento das praças — vieram com a proclamação da república, com o início de uma fase de grande desenvolvimento de Atibaia, que mudaram significativamente o perfil da pobre vila de São João do Atibaia e deram origem à Atibaia que conhecemos hoje.
Turismo
O Monumento Natural Estadual da Pedra Grande é um dos pontos turísticos de Atibaia. Localiza-se a 1.450 metros acima do nível do mar. No alto de uma colina, aflora um enorme monólito que permite em algumas ocasiões, a prática de voo livre, asa delta, paraglider, escalada, rapel e mesmo de um magnífico mirante para toda Atibaia e regiões vizinhas a ela.
A partir da Pedra Grande, é possível ver, em dias com boa visibilidade, sete municípios.
Existem dois acessos principais que levam ao cume da Pedra Grande, um para carros e outros através de trilhas.
Acesso para carros - Na Rodovia D. Pedro I - SP-065 sentido Jacareí, pegue à direita no primeiro retorno após passar por Atibaia (após passar a última entrada). Você vai ter acesso a uma rua de terra, a partir desse ponto tem-se placas indicativas até o cume. O trajeto possui aproximadamente dez quilômetros.
Acesso via trilhas - Existem três trilhas principais, catalogadas, que levam ao cume da Pedra Grande. Todas partem de um mesmo ponto, situado no final do Bairro Arco-íris, bairro que fica em frente ao Pouso de Asa Delta. As três trilhas são: Minha Deusa (aprox. 2,4 km), Mangueira (aprox. 2,6 km) e Monges (aprox. três km), que seguem caminhos: à esquerda, centro e à direita, respectivamente, a partir de seu início comum. O ideal para subidas é sair cedo e sempre levar água consigo, para evitar desidratação. Nas trilhas Minha Deusa e Mangueira, tem-se duas nascentes de água. Caso suba pela trilha dos Monges (considerada a mais bonita), para se ter acesso à nascente, dever-se-á retornar uns quinze minutos quando esta se encontra com a Mangueira.
Inaugurado em 2008 num dos pontos mais aconchegantes e belos do município, o Teleférico de Atibaia, liga o Lago do Major à parte alta do município, num percurso de 550 metros, passando por sobre o lago, sobre o balneário, sobre um espelho d’água, próximo ao Centro de Convenções e, ainda, com uma bela vista da paisagem local e do Morro da Pedra Grande. Com equipamento de última geração, proporciona um agradável convívio com a natureza, com muita segurança e tranquilidade.
Juntamente com o "passeio de charrete", é uma boa opção de lazer para os turistas, bem como para os habitantes de Atibaia.
Cultura
Em anos recentes a cidade de Atibaia vem se afirmando como um importante polo cultural em diversas áreas tais como audiovisual, cinema de curta metragem, resgate da cultura paulista, entre outros eventos. Vários destes eventos fazem parte do calendário permanente da cidade, tais como: Congada, com grupos locais e de todo país (durante o ciclo natalino); Revelando São Paulo (primeira semana de janeiro); Carnaval a moda antiga (marchinhas e blocos) na praça da matriz; Festival de curta metragem (maio); Festival de inverno (atrações musicais diversas). Muitos destes eventos foram organizados seguindo sob uma agenda coordenada pela secretaria de cultura da cidade, refletindo em uma melhora significativa na gestão, divulgação e participação assídua de público heterogêneo. Porém sem a cunha de eventos de "público de massa" típicos de ações intermediadas pelo poder público.
Estância Climática
Atibaia é um dos 12 municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Climática, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Referência para o texto:Wikipédia.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Rio Fortuna - Santa Catarina

Rio Fortuna é um município brasileiro do estado de Santa Catarina.
Cercada por belos vales e montanhas, ao pé da Serra Geral, a pequena Rio Fortuna fica a cerca 200 quilômetros (via BR-101) da capital, Florianópolis. Sua população (de 4.446 habitantes, conforme dados do Censo 2010) vive, em grande maioria, nas áreas rurais. A cidade é conhecida por sua diversificação agrícola, com o cultivo de fumo, madeiras (eucalipto) e a criação de peixes, suínos e gado. Na economia, a cidade é destaque no setor leiteiro, desde a produção do leite até o processamento da matéria-prima, transformada em queijos, bebidas lácteas, doce de leite, entre outros. Na indústria também é forte a presença do setor de madeiras e fabricação de móveis e a geração de energia, impulsionada pela construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Rio Fortuna possui ainda inúmeros pontos turísticos não explorados. São fontes de águas termais, cachoeiras, rios e belos montes e montanhas. Dos pontos mais altos da cidade, é possível avistar os paredões da Serra Geral. Belezas que encantam aos olhos de quem as vê, mas que ainda não oferecem acesso facilitado, nem estrutura adequada. Com forte presença de católicos, a cidade tem como principal evento a tradicional Festa do Padroeiro São Marcos, realizada no final de abril, que recebe visitantes de todo estado, atraídos pela hospitalidade dos moradores, pela saborosa gastronomia e pelo motocross, que em 2013 voltou a estar na programação do evento. A cada dois anos, em agosto, a cidade também realiza a Expofortuna, uma feira/exposição que tem como objetivo mostrar aquilo que a cidade produz de melhor. Intercalado com a Expofortuna, ocorre a festa alemã da cidade, a Gemeindefest, oportunidade em que se resgata os costumes e tradições dos primeiros colonizadores destas terras.
História - Os índios pertencentes a tribo xöklen foram os primeiros moradores do município.
A colonização das terras que hoje pertencem a Rio Fortuna iniciou por volta do ano de 1872, com filhos de imigrantes vindos, em grande maioria, de São Bonifácio e, em menor quantidade, vieram descendentes de alemães de Anitápolis, Tubarão e São Pedro do Sul (atual Armazém).
Em 15 de abril de 1909, por meio do decreto número 789, Rio Fortuna passou à condição de distrito pertencente ao município de Imaruí, e nessa época a localidade pouco evoluiu devido à distância da sede.
Em de 3 de janeiro de 1921, com a assinatura da lei número 107, foi criado o distrito de Rio Fortuna, agora pertencente ao município de Tubarão e o distrito passou a ter um intendente.
Pelo decreto-lei número 86, de 31 de março de 1938, a sede foi elevada à categoria de vila de Tubarão.
Pela lei estadual número 1.022 de 30 de dezembro de 1953, Rio Fortuna passou a ser distrito do recém-criado município de Braço do Norte e, enquanto pertenceu à cidade vizinha, Rio Fortuna passou a ter direito a representantes na Câmara de Vereadores.
Em de 21 de junho de 1958, pela lei estadual 348, Rio Fortuna foi emancipado, passando a ter independência administrativa e mais verbas. Adolfo Boeing foi nomeado prefeito interino por seis meses, até Marcos Vandresen ser eleito para o cargo.
Economia - A base econômica do município está calcada na agricultura familiar e na pecuária (principalmente leiteira, sendo o município um dos maiores produtores de leite no estado) com destaque também para o cultivo de fumo, milho, feijão e florestas de pinus e eucalipto.
Sua economia já dependeu unicamente da agricultura, mas hoje se baseia também na extração de fluorita, mineral do qual o município possui uma das maiores reservas, de grande valor econômico pois, além de sua utilização na indústria siderúrgica, é a principal fonte de flúor para a indústria química; na piscicultura; e na indústria de transformação, como as indústrias de laticínios (a mais importante cadeia econômica do município) e de beneficiamento de madeira, atualmente as principais fontes de oportunidade de trabalho urbano.
Referências para o texto: Wikipédia e Site da Prefeitura.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Paty do Alferes - Rio de Janeio

Paty do Alferes é um município no interior do estado do Rio de Janeiro. Segundo as normas ortográficas vigentes da língua portuguesa, este topônimo deveria ser grafado como Pati do Alferes. Prescreve-se o uso da letra "i" para palavras de origem tupi-guarani.
História
Em 1700, Garcia Rodrigues Pais, filho de Fernão Dias Paes Leme, o Caçador de Esmeraldas, abriu o Caminho Novo ligando as Minas Gerais e o porto do Rio de Janeiro. Este caminho passaria, nos anos seguintes, a ser a principal rota de comunicação de escoamento do ouro produzido nas Minas Gerais e o rota dos imigrantes para o interior, substituindo o antigo caminho, que terminava em Paraty.
Paty do Alferes começou, então, a se desenvolver em ritmo acelerado no século XVIII a partir da ocupação de terras da sesmaria de Pau Grande. Viajantes como Monsenhor Pizarro e Frei Antonil percorreram o Caminho Novo no século XVIII e deixaram descrições de uma região que apenas servia de passagem entre o porto do Rio de Janeiro e as ricas Minas Gerais, com grandes florestas virgens e com índios coroados que por elas perambulavam.
O Capitão Francisco Tavares era o dono da fazenda onde se ergueu a primeira capela da região. O Bispo Antônio de Guadalupe, em uma viagem em 1726, transformou a localidade em curato para melhor atender espiritualmente os cristãos da região. O Capitão Francisco Tavares doou, depois, o terreno em que foi erguida a primeira igreja matriz, no ano de 1739, criando-se, assim, a freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Alferes.
As terras férteis banhadas pelo Ribeirão de Ubá e pelo Rio do Saco primeiro acolheram o plantio da cana-de-açúcar e a criação de porcos, cuja carne era salgada e vendida no Rio de Janeiro. Também eram vendidos mantimentos aos viajantes que seguiam pelo Caminho Novo.
A freguesia de Conceição do Alferes foi elevada ao posto de vila por um alvará expedido pelo rei Dom João VI em 4 de setembro de 1820. Entretanto, apesar das fazendas de café cada vez mais prósperas, o povoado contava com apenas quatro casas. Além disto, havia uma disputa política entre os dois maiores proprietários da região, o capitão-mor Manuel Francisco Xavier, da Fazenda Cachoeira e o sargento-mor, depois padre, Inácio de Sousa Vernek, da Fazenda Piedade. A briga familiar, que durou até 1824, fez com que vários colonos deixassem a região. O primeiro presidente da Câmara Municipal (equivalente hoje ao cargo de prefeito) foi Laureano Correia e Castro, futuro Barão de Campo Belo.
O cientista Auguste de Saint-Hilaire passou pela região em 1823 e a descreveu no livro Viagem pelas províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais, relatando minuciosamente as construções, os hábitos e as tecnologias usadas para a manufatura do açúcar nas fazendas e engenhos da região. A plantação de café substituiu rapidamente a cana-de-açúcar, com intensa derrubada de florestas virgens. O clima propício, as terras férteis nunca antes cultivadas, adubadas pelas cinzas das queimadas e a mão de obra composta na maior parte por escravos africanos jovens foram os fatores que permitiram a alta produtividade das lavouras de café de Pati do Alferes no meio do século XIX. Os lucros foram crescentes com o aumento contínuo do consumo de café na Europa e nos Estados Unidos, o que tornou os fazendeiros da região pessoas muito ricas.
Entretanto, o crescimento urbano ocorreu mais acelerado na então freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Vassouras, na beira da recém-aberta Estrada da Polícia, enquanto que, na vila de Conceição do Alferes, o crescimento ocorreu na zona rural, dentro dos limites das grandes fazendas. Considerando tal fato, em 1833, os vereadores concordaram em transferir a sede da vila para a localidade de Vassouras e Conceição do Alferes voltou a ser uma freguesia, embora seus fazendeiros tenham permanecido atuando ativamente na política local.
Topônimo
Acredita-se que o nome Pati do Alferes venha da união do nome do posto militar de alferes (no Brasil, equivalente ao posto de segundo-tenente) ao vocábulo indígena dado a uma palmeira abundante na região - o pati - que começou a se delinear às margens do Caminho Novo. Ademais, registros históricos apontam para dois alferes de ordenança, Leonardo Cardoso da Silva e Francisco Tavares (depois capitão), cujas propriedades viriam a ser conhecidas como Roça do Alferes. Também havia muitos patis que davam nome à toda região desde a serra até as margens do Rio Paraíba do Sul. O nome vem do tupi árvore que se eleva, designando uma palmeira da família Syagrus (Syagrus pseudococos), também chamada de palmito-amargoso. Ao longo dos anos, a grafia foi alterada para pa'ti, paty e finalmente para pati. Assim, a antiga Roça dos Alferes passou a ser chamada de Pati do Alferes para distinguir-se da localidade de Pati, atual Andrade Pinto, em Vassouras.
Economia
O grande crescimento econômico aumentou a necessidade de mão de obra e intensificou o tráfico de escravos africanos. Em 1838, houve uma fuga em massa de escravos liderados por Manuel Congo que espalhou medo entre os fazendeiros. A revolta foi duramente reprimida pela Guarda Nacional sediada em Valença e comandada pelo futuro segundo Barão de Pati do Alferes.
Uma nova Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição foi inaugurada em terra doada pelo capitão-mor de ordenança Manuel Francisco Xavier e sua esposa, Dona Francisca Elisa Xavier, futura Baronesa da Soledade, os mesmos donos da Fazenda Freguesia, atual Aldeia de Arcozelo, onde se iniciou a Revolta de Manuel Congo.
Enriquecida pelas plantações de café, nasceu uma aristocracia rural formada por nobres intimamente ligados à corte, como o Visconde de Ubá, o Barão de Capivari, o Barão de Guaribu, dentre muitos outros.
A riqueza do Ciclo do Café é citada em antigos e importantes relatos de viajantes, cientistas e estudiosos que passaram por Pati do Alferes nessa época, como Charles Ribeyrolles, Auguste de Saint-Hilaire, Visconde de Taunay, José Matoso Maia Forte e Alberto Lamego.
Com o esgotamento dos solos e sem matas virgens para derrubar, as plantações de café tornaram-se pouco produtivas. A nobreza rural empobreceu e emigrou. A região entrou em grande decadência econômica no final do século XIX. Iniciou-se, então, a pecuária leiteira e produção de laticínios na região. Imigrantes italianos, alemães e japoneses, embora em pequeno número, introduziram técnicas agrícolas que revitalizaram a economia regional.
O excelente clima da região passou a ser conhecido nacionalmente com a propaganda feita pelo grande médico infectologista, Miguel da Silva Pereira, nos anos de 1930. Muitos turistas procedentes da cidade do Rio de Janeiro começaram, então, a passar temporadas de verão na região.
A Fazenda Freguesia, local da revolta de Manuel Congo, voltou à cena em 1965 quando Pascoal Carlos Magno ali criou a Aldeia de Arcozelo, hoje totalmente degradada
Emancipada em 1987, Pati do Alferes manteve uma grande produção agrícola, tendo sido considerada, no seculo passado, o maior produtor de tomate do estado do Rio de Janeiro e o terceiro do Brasil.
Turismo e cultura
Aldeia Arcozelo - Era a antiga Fazenda Freguesia, onde ocorreu a mais importante revolta de escravos da região, liderada por Manoel Congo. Depois, passou a ser propriedade do Visconde de Arcozelo.
João Pinheiro Filho, seu último proprietário, doou, em 1958, a Fazenda Arcozelo para o embaixador Pascoal Carlos Magno criar um centro permanente de realizações artísticas teatrais, onde - sob sua gerencia - ocorreram algumas edições do FESTIVAL DE TEATRO DE ESTUDANTES por ele organizado.
Atualmente, a Aldeia de Arcozelo é administrada pela Fundação Nacional de Arte, do Ministério da Cultura, com visitação suspensa.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Pati do Alferes - A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Pati do Alferes é um monumento arquitetônico profundamente representativo do mais importante período histórico da região. Foi tombada em 1973 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Sua construção foi iniciada em 1840, a partir de uma doação de terras e recursos financeiros do capitão-mor de ordenança Manuel Francisco Xavier e de sua esposa, Dona Francisca Elisa Xavier, futura Baronesa da Soledade.
Foi construída em estilo colonial com estruturas em madeira e paredes frontais de pau a pique. Seu interior é decorado com importantes peças de mobiliário e ícones, tais como as imagens de Nossa Senhora da Conceição e de Nossa Senhora do Rosário, ambas do século XIX, que, ainda hoje, adornam os altares.
Foi inaugurada em 31 de maio de 1844 e era administrada pela Irmandade de Nossa Senhora da Conceição. A administração por monges franciscanos começou em 1937.
Frei Aurélio Stulzer, um de seus párocos mais atuantes, realizou reformas para a comemoração do centenário em 1944. Com a restauração, foi trazida para a igreja matriz uma imagem de Nossa Senhora da Piedade, feita no século XVIII, que era padroeira da Fazenda Piedade, pertencente ao Coronel Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, o segundo Barão de Pati do Alferes. Nesta ocasião, também foram inauguradas a Praça da Matriz e a Galeria dos Fundadores.
A Igreja Matriz conta ainda com o Espaço Cultural Frei Aurélio Stulzer, que pode ser visitado aos sábados e domingos das dezesseis às dezessete horas e trinta minutos.
Atualmente deteriorada, infestada de cupins, a igreja encontra-se fechada por ordem do IPHAN em lastimável estado de abandono.
As missas estão, precariamente, sendo realizadas no Salão Paroquial ao lado da Matriz.
Caminho do Imperador - O Caminho do Imperador, que penetra em plena Mata Atlântica, é usado por amantes da ecologia para a prática de esportes como caminhadas, cavalgadas ou trilha de bicicletas.
Origina-se de parte do Caminho Novo de Minas aberto por Garcia Rodrigues Paes no início do século XVIII. Um documento de 1810 menciona um caminho que somente podia ser percorrido a cavalo ou a pé, atravessando a Mata Atlântica entre Pati do Alferes e Corrego Seco, atual Petrópolis.
A partir da criação de Petrópolis em 1843 e da chegada dos imigrantes alemães em 1845, as autoridades do governo provincial decidiram transformar o caminho em uma estrada carroçável. O relatório do presidente da província do Rio de Janeiro, datado de 5 de maio de 1851, justificava as obras devido à necessidade de suprir a colônia com a produção agrícola daqueles campos mais férteis e menos acidentados, além de estimular a fabricação de carros e seges (carruagens).
O projeto original passou por diversos governos e inúmeras correções até que, em 1858, a obra foi concluída sob a orientação do engenheiro Oto Reimarus, com um percurso de 33 km contados a partir da Estrada do Contorno.
Charles Ribeyrolles percorreu o Caminho do Imperador logo que este foi aberto e o descreveu em seu livro Brasil Pitoresco citando panoramas que são esplêndidas pinturas e cenários magníficos que dão vistas à Baía da Guanabara.
O Imperador D. Pedro II percorreu diversas vezes o caminho cavalgando, surgindo, daí, o nome Caminho do Imperador.
Centro Cultural Maestro José Figueira - A produção artística e cultural de Paty do Alferes conta com a estrutura do Centro Cultural Maestro José Figueira, um dos maiores da região.
Além da arrojada arquitetura, em suas instalações modernas e versáteis realizam-se diversos eventos do município: exposições, apresentações teatrais, cursos, exibição de vídeos etc.
A biblioteca é formada por mais de 40.000 títulos, uma sala especializada em literatura brasileira e acesso à internet com monitoramento.
Dentro do complexo, há um teatro com 110 lugares usado esporadicamente.
Museu da Cachaça - O Museu da Cachaça é o primeiro no gênero no país.[carece de fontes] Seus idealizadores, Íris e Iale Renan, inauguraram o museu em 1991.
Foram necessários anos de pesquisas em bibliotecas e aquisição de centenas de garrafas compradas em todos os cantos do Brasil para montar um acervo vasto e peculiar, que é apresentado aos seus visitantes junto com quadros, coleções de crônicas e artigos, livros especializados, trovas populares, um antigo mini alambique, dentre muitos outras atrações da história da cachaça.
No Museu da Cachaça, também estão instaladas uma indústria artesanal de aguardente, duas adegas e um bar para degustação gratuita.
Como trata-se de uma instituição privada as visitas são cobradas.
Raia de Malha - A malha é um jogo bem difundido entre a comunidade local, sendo realizados diversos torneios. Atualmente existem, aproximadamente sessenta jogadores cadastrados no Clube de Malha de Pati do Alferes. As regras utilizadas são um tanto diferentes das do resto do Brasil e de Portugal.
A pista da malha tem quarenta metros de comprimento. As malhas usadas habitualmente pelos jogadores de Pati do Alferes são retangulares com peso que varia de quinhentos a 2.800 gramas.
A malha pode ser jogada individualmente ou em duplas. O jogo consiste em alcançar o maior número de pontos derrubando os pinos ou se mantendo dentro de um dos dois círculos concêntricos (o menor com quarenta cm de diâmetro e o maior com 1,30 cm de diâmetro) onde são colocados os dois pinos e demarcados na extremidade da pista. Cada pino derrubado equivale a dez pontos. O jogador, conseguindo colocar a malha no círculo menor, ganha vinte pontos e, no círculo maior, ganha dez pontos, independente de derrubar o pino ou não. O somatório das jogadas determina o vencedor e as partidas são definidas pelo número de pontos, com o máximo de cem pontos, no torneio de duplas.
Eventos
Festa do Tomate - A consagração da produção agrícola local ocorre anualmente na semana do feriado de Corpus Christi com a realização da Festa do Tomate, quando o distrito de Avelar recebe um fluxo médio de 40.000 pessoas por dia.
A festa originou-se de uma semana técnica promovida por técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (EMATER-RIO) e da CEASA-RJ no Mercado Produtor em 1979. O objetivo inicial era apenas o realizar um encontro de aprimoramento técnico dos produtores rurais de Paty do Alferes com eventos paralelos de entretenimento.
Dois anos depois, inspirado na Festa da Uva de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, o evento passou a ser conhecido como Festa do Tomate. Ainda era uma uma pequena confraternização de produtores e técnicos agrícolas, onde as grandes atrações eram mágicos e leilões de animais.
No ano da emancipação de Paty do Alferes, 1987, a Festa do Tomate passou para a administração municipal. Desde então, passaram a ser contratados artistas de renome para apresentação nos eventos.
Com a inauguração do Parque de Exposição Amaury Monteiro Pullig, no distrito de Avelar, em 1995, a Festa do Tomate tornou-se a maior do gênero no estado do Rio de Janeiro.
Além de shows de artistas famosos, a programação inclui atividades da área agrícola como o Concurso Leiteiro e de Qualidade do Tomate, eventos esportivos tais como os Torneios de Vôlei e de Corrida Rústica, concursos de culinária do tomate e eleição da Rainha da Festa.
Expo Orquídeas e Bromélias - O Brasil possui a maior diversidade de orquídeas e bromélias do mundo. Pati do Alferes promove anualmente a Exposição de Orquídeas e Bromélias, onde são apresentadas as variadas espécies cultivadas pelos produtores de toda a região. Durante a realização do evento, a cidade recebe uma média de 20 000 visitantes, número este que vem crescendo a cada ano.
A Expo Orquídeas e Bromélias traz para o município grandes nomes dos orquidários nacionais, juntamente com a apresentação de shows musicais, praça de alimentação e muito mais.
Festa do Doce - A Festa do Doce é um festival gastronômico realizada sempre no feriado da Semana Santa. A festa acolhe mais de dez mil visitantes ao município para se deliciarem com uma imensa variedade de produtos feitos artesanalmente.
Outra atração da festa são as apetitosas receitas de geleias, bombons e conservas, tendo como base a fruta que divulga o município por todo o país, o tomate, com degustação e venda nos estandes montados na antiga estação ferroviária.
Na Festa do Doce, são realizadas apresentações de shows musicais, com bandas de Pati do Alferes e da região, jogos, brincadeiras e apresentações teatrais para os maiores admiradores da Festa do Doce: as crianças.
Referência para o texto: Wikipédia.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Viçosa - Rio Grande do Norte

Viçosa é um município brasileiro do interior do estado do Rio Grande do Norte, localizado na microrregião de Pau dos Ferros.
História - A história de Viçosa se inicia no século XIX, a partir de 1841, com a fundação de uma fazenda de criação de gado às margens do riacho Forquilha, nas proximidades da serra homônima. Mas o povoamento da localidade se consolidou somente a partir do século XX, com a chegada de agricultores. A partir de então, o povoado de Viçosa desenvolve-se lenta e gradualmente, com economia baseada na agropecuária.
Em 28 de dezembro de 1963, Viçosa deixa de ser povoado e se torna um novo município do Rio Grande do Norte, desmembrado de Portalegre, através da lei estadual n° 3.045, sancionada pelo governador Aluízio Alves. A instalação do município aconteceu em 9 de janeiro de 1964 com a posse do primeiro prefeito, Silvestre Gomes Pinto. Desde então, o município é constituído apenas pelo distrito-sede.
Topônimo - Uma das versões acerca da etimologia do nome do município afirma que o nome "Viçosa" foi dado pelo juiz de direito de Olinda, em Pernambuco, Miguel Carlos Caldeira de Pina Castelo Branco, que, subindo a serra de Portalegre, sentiu-se encantado com as paisagens locais e afirmou: “Outra Viçosa”, em alusão à vila portuguesa homônima, residência dos Duques de Bragança.
Cultura - Na expressão cultural viçosense, são realizados diversos eventos ao longo do ano, sendo a principal delas a festa da padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que acontece no mês de setembro ou outubro, iniciando-se com a missa de abertura e se estendendo durante nove noites de novena, encerrando com a tradicional procissão por algumas ruas da cidade com a imagem da padroeira, contando também com a programação sociocultural. Outros eventos importantes são as festas juninas; a Jornada Esportiva e Cultura de Viçosa (JOCERVS), que antecede a festa de emancipação política do Viçosa, comemorada no final de dezembro, além da Semana Santa e dos dias das Crianças, das Mães e dos Pais.
Também são realizados eventos com ênfase no setor esportivo, como o Campeonato Municipal de Futsal "Francisco Lioneto". O artesanato é outra forma espontânea da expressão cultural viçosense, tendo como principais atividades com o barro e o bordado, além de materiais recicláveis.
Geografia - O relevo do município, com altitudes predominando entre 200 e 400 metros, é constituído pela Depressão Sertaneja, que compreende uma série de terrenos de transição entre o Planalto da Borborema e a Chapada do Apodi. Viçosa está situado em área de abrangência de rochas metamórficas da Formação Serra de Martins, com idade de aproximadamente sessenta milhões de anos, originárias da idade Terciária inferior, bem como da Formação Jucurutu, do período Pré-Cambriano médio, há aproximadamente um bilhão de anos. Predomina o solo podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico, típico das áreas de relevo ondulado, com alto grau de drenagem e fertilidade e textura média.
A formação vegetal mais comum é a caatinga hiperxerófila, de pequeno porte, sem folhas na estação seca. Entre as espécies mais encontradas estão o facheiro (Pilosocereus pachycladus), o faveleiro (Cnidoscolus quercifolius), a jurema-preta (Mimosa hostilis), o marmeleiro (Cydonia oblonga), o mufumbo (Combretum leprosum) e o xique-xique (Pilosocereus polygonus). Todo o município está situado na bacia hidrográfica do Rio Apodi/Mossoró, sendo cortado pelos riachos são dos Dormentes e da Forquilha.
Turismo - Viçosa possui ainda alguns atrativos turísticos; são eles: a Casa de Cultura Popular Palácio das Louceiras; o Complexo Poliesportivo Dra. Julieta Dantas; a Gruta de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; as nascentes do Olho-d’Água; o Pórtico Municipal; as praças Antônio Gomes da Silva, de Eventos e Manoel Forte Sobrinho e o Riacho dos Dormentes.
Referência para o texto: Wikipédia.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Balsas - Maranhão

Balsas é um município brasileiro do estado do Maranhão.
História - O povoamento da região foi marcado pela presença do Porto das Caraíbas, no rio das Balsas, considerado um ponto privilegiado para o melhor acesso às fazendas do município de Riachão. Com o crescente fluxo de viajantes, foram surgindo pequenos comércios e casas cobertas de palha.
Ao saber da existência do novo núcleo populacional, o baiano Antônio Ferreira Jacobina, mercador de fumo nos sertões transferiu-se para a região. Ele se tornou líder do povoado que, posteriormente, foi elevado à categoria de vila e à de cidade.
A elevação à categoria de vila ocorreu com a denominação de Santo Antônio de Balsas, através da lei estadual nº 15, de 07/10/1892, desmembrado de Riachão.
Foi elevada à condição de cidade com a denominação de Santo Antônio de Balsas, conforme a lei estadual nº 775, de 22/03/1918. Com o decreto-lei nº 820, de 30/12/1943, o município de Santo Antônio de Balsas passou a se chamar simplesmente de Balsas.
Economia - Atualmente, a economia de Balsas é formada pela indústria de grãos e pecuária, tendo como a principal atividade o cultivo de soja, sendo um dos maiores produtores da região Norte e Nordeste do país. Hoje a cidade considerada polo agrícola do Maranhão, é conhecida como a capital da nova fronteira agrícola (MATOPIBA).
Desde 1992, quando começou a funcionar o Corredor de Exportação Norte, toda a produção agrícola do sul do Maranhão passou a escoar para o Porto do Itaqui e o da Ponta da Madeira, em São Luís, por um longo trecho de estrada de ferro operado pela Vale. O cultivo nessa área é realizado em fazendas altamente mecanizadas, com melhores índices de produtividade agrícola por hectare. Tem ainda como benefício a menor distância em relação ao mercado europeu.
Posteriormente, a Ferrovia Norte-Sul integrou a cidade de Anapólis, em Goiás, atravessando o estado do Tocantins e se conectando à ferrovia Carajás, na cidade de Açailândia, ampliando a capacidade de exportação, pelos portos de São Luís, da produção agrícola do Centro-Oeste. Com a construção do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) no porto de Itaqui, ampliou-se a capacidade de armazenamento e exportação de grãos como soja, milho e arroz, utilizando-se da infraestrutura da Ferrovia Carajás e da Ferrovia Norte Sul para escoamento da produção do sul do estado, bem como dos estados de Tocantins e Goiás.
O sul do estado é um dos maiores polos de produção de grãos do país. A região a cada ano alcança novos recordes de produtividade. O principal produto agrícola é a soja, que chegou a 2 milhões de toneladas na última safra, em 2015.
Tal produção coloca o Maranhão como o segundo maior produtor da região, atrás da Bahia. A região sul do Estado concentra a produção de soja, com destaque ao município de Balsas.
Além da soja, também são produzidos em larga escala na região sul: feijão, milho, algodão e arroz.
Em Balsas encontram-se instaladas grandes empresas do agronegócio como a Bunge, Cargill, Algar Agro, Multigrain, SLC Agrícola, Insolo Agroindustrial, Agrex do Brasil, Risa S/A, entre outras que tem grande participação no desenvolvimento da cidade. Além do destaque na soja, Balsas também possui um forte centro comercial varejista e atacadista da região sul maranhense, atendendo consumidores em um raio de 250 km.
Educação - A cidade de Balsas hoje conta com várias Faculdades e Universidades públicas e privadas, dentre elas destacam-se a Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, Faculdade Balsas - UNIBALSAS, Faculdade do Maranhão - FACAM, UNOPAR.
Cultura - O município possui o Estádio Cazuza Ribeiro, com capacidade para 2 mil espectadores, onde são disputados jogos de futebol.
Em se tratando de música, predomina o reggae (influenciado pela cultura da capital do estado), e o Forró (predominantemente nordestino), porém o leque é grande de vários outros ritmos devido à vinda de imigrantes e influência da mídia. No final dos anos 80 e início dos anos 90, muitas pessoas dançavam os famosos "passinhos", isto é, duplas ou grupos de pessoas se juntavam em boates ou festas e faziam movimentos iguais no ritmo das músicas, na sua maioria das vezes eletrônicas. No ano 2000, as pessoas começaram a fazer coreografias de Axé (ritmo baiano).
O primeiro grupo de dança foi o "100% Axé", onde o professor Madison criava, ensinava e apresentava várias coreografias de lambaeróbica em diversos locais, juntamente com algumas de suas alunas. As apresentações eram mais frequentes em época de carnaval, porém, também apareciam em festas juninas, durante as férias de julho na beira rio e também em festas privadas. Além da 100% Axé, também havia grupos de dança de rua. Na atualidade, existe vários professores de dança, academias, assim como diversos outros ritmos. As pessoas procuram manter a forma e ao mesmo tempo se divertir.
Turismo - Existem várias opções de lazer e turismo na cidade de Balsas e em toda a região do Sul do Maranhão. No turismo destacam-se a Cachoeira das Três Marias, Cachoeira do Macapá, Parque Ecológico Santa Luzia. Na região encontram-se outros pontos turísticos como Cachoeira do Cocal e Frutuoso (Riachão), Cachoeiras do Itapecuru e Cachoeira da Pedra Caída (Carolina). No lazer destaca-se a descida de boia do Rio Balsas, Beira Rio, Ponte de Madeira do Rio Balsas, Ponte de Madeira do Rio Maravilha.
O rio é o maior objeto de turismo do município. Além da beleza límpida de suas águas que encanta os olhos, é um local de lazer, esporte e encontros das pessoas que vivem em Balsas.
Em Balsas pode ser encontrado um conjunto de três belíssimas quedas d'água que formam a cachoeira das Três Marias e servem de colírio para os olhos de seus visitantes.
A Cachoeira do Macapá é outro grande atrativo de nossa cidade, com seu belíssimo salto de 600 metros, que impressiona os visitantes pelo seu deslumbrante cenário. A cachoeira ainda guarda uma surpresa: o revoar das andorinhas ao amanhecer e anoitecer.
Quem chega a Balsas é recebido com carinho pelos balsenses, representados pela estátua de Santo Antônio, o santo padroeiro da cidade, que por sua vez dá a benção e proteção a todos.
Referência para o texto: Wikipédia.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Santa Cruz de Cabrália - Bahia

Santa Cruz Cabrália é um município localizado na Costa do Descobrimento, na Mesorregião do Sul Baiano, no estado da Bahia, no Brasil.
História - Santa Cruz de Cabrália disputa com os municípios de Porto Seguro e Prado a primazia de ter sido o local de chegada dos portugueses ao Brasil em 1500.
Abrangendo os municípios de Belmonte, Porto Seguro e Eunápolis, a Costa do Descobrimento possui uma extensão litorânea de 165 km. 35% da população nasceu nesta região; 30% é oriunda de outros municípios do sul da Bahia e os 35% restantes é formado por pessoas que vieram de outros estados brasileiros e até mesmo de outros países, como Portugal, Alemanha, Suiça, Itália, Espanha, França, Argentina e Estados Unidos.
Santa Cruz Cabrália é uma das cidades históricas do estado da Bahia, por nela terem sido realizadas a 1ª (Domingo de Pascoela - Primeiro Domingo após o de Páscoa) e a 2ª (de Posse) Missas no Brasil, ambas celebradas por Frei Henrique de Coimbra,[8] capelão da armada de Pedro Álvares Cabral, em 26 de abril e 1 de maio de 1500, respectivamente, a primeira delas na extremidade sul da Baía Cabrália, mais precisamente no Ilhéu da Coroa Vermelha e a segunda na foz do Rio Mutari.
Santa Cruz Cabrália é uma cidade construída em dois planos, seguindo a tradição portuguesa, tendo sido criada na margem norte da foz do Rio Mutari pelo navegador português Gonçalo Coelho, comandante da segunda expedição ao Brasil, que aportou na Baía Cabrália em 1503 para ali deixar os primeiros missionários, aventureiros e degredados, deixados ao lado da Santa Cruz de Posse, e que trouxe consigo, como observador, o navegador Américo Vespúcio. Neste ano de 1503, o nome mudou de Terra de Vera Cruz para Terra de Santa Cruz.
Oito décadas depois, a Vila de Santa Cruz foi transferida para um platô na foz do Rio João de Tiba, o atual Centro Histórico, como forma de proporcionar à população melhores condições de defesa para os frequentes ataques indígenas.
Na parte alta da cidade, encontram se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída no século XVII, a Casa da Câmara e Cadeia, que abrigou a primeira Intendência do Brasil, prédio do século XVIII, e ainda as ruínas de um colégio jesuíta do século XVI.
A 400 metros, fica o Mirante de Coroa Vermelha, que proporciona uma bela vista panorâmica de toda Cidade Santa Cruz Cabrália.
Pela BR-367, que liga os municípios de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e Eunápolis; o visitante vindo de Eunápolis chegará ao trevo da entrada de Porto Seguro. Seguindo à esquerda para a orla norte, pela Rodovia do Descobrimento, o visitante passará por 22 km de belas praias, até chegar a Santa Cruz Cabrália, na foz do Rio João de Tiba. Aproximadamente 16 km depois do trevo de Porto Seguro, o visitante chega a Coroa Vermelha, um dos diversos distritos de Santa Cruz Cabrália, e local da celebração da primeira missa no Brasil e onde se encontram fixadas diversas famílias de índios pataxós que ali residem, e que vivem do comércio de artesanato indígena. Neste local, vale conhecer tanto o Memorial da Primeira Missa quanto a réplica da cruz feita para esta primeira missa.
Praias - As principais praias de Santa Cruz de Cabrália são: Praia da Coroa Vermelha; Praia da Ponta de Santo Antônio; Praia de Arakakaí; Praia de Guaiú; Praia de Mutari; Praia de Santo André; Praia do Mogiquiçaba; Praia de Apuã e Praia de Lençóis.
Referência para o texto: Wikipédia.