sexta-feira, 23 de julho de 2021

LORENA - SÃO PAULO

Lorena é um município brasileiro do estado de São Paulo na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Localiza-se a uma latitude 22º43'51" sul e a uma longitude 45º07'29" oeste, estando a uma altitude de 524 metros. Sua população estimada no ano de 2020 era de 89.125 habitantes, e sua área territorial é de 414,16 km² após a emancipação política de Canas, seu último distrito.
História
O município teve sua origem num povoado que surgiu no final do século XVII, como uma necessidade de apoio às expedições dos bandeirantes e viajantes na travessia do rio Paraíba em busca do ouro em Minas Gerais. Lorena era na época, um importante entroncamento de vários caminhos: o Caminho Geral do Sertão (saindo de São Paulo em direção a Lorena); o Caminho das Minas (de Lorena, passando pelo vale do Embaú em direção a Ouro Preto); o Caminho "Velho" (de Lorena até Paraty e dali, por mar, até o Rio de Janeiro) e o Caminho "Novo" da Piedade (de Lorena, por terra até o Rio de Janeiro).
Origem do nome
Inicialmente a região compreendida entre Taubaté e Lorena era conhecida pelos índios puris como Ipacaré. Após o início do povoamento, Ipacaré começou a designar uma região gradativamente menor até denominar apenas a região de Lorena. Porém os registros históricos também denominam Ipacaré como sendo um rio da região que por vezes era chamado de Pacaré, Hepacaré e Guaipacaré e provavelmente referem-se ao rio que hoje tem o nome de Taboão. Havia também a alusão de que o povoado existente na região chamava-se Guaipacaré, mas pelos que navegavam o rio, o nome dado ao porto dessa região era Hepacaré. Há ainda a referência aos nomes de Aypacaré, Aguapacaré, Goapacaré e Guapacaré, também designando a mesma região.
Embora haja a menção de que Guaipacaré ou Hepacaré signifique em tupi o "lugar das goiabeiras", aparentemente, a palavra mais aceitável para a designar a região seria Guapacaré: que em tupi (guâ-upa-caré) significa a lagoa torta da baixada, ou braço do rio, em referência ao braço do rio Paraíba que existiu naquela região.
Século XVII
O povoado ou arraial que deu origem à cidade de Lorena surgiu ao redor de um porto fluvial localizado na margem direita do rio Paraíba, conhecido como Guapacaré. Deste porto, as expedições dos bandeirantes atravessavam o Paraíba até a margem esquerda e seguiam em direção aos vales do Embaú e Passa Vinte até atravessar a serra da Mantiqueira em direção a Minas Gerais.
Os primeiros moradores da região desse porto, se estabeleceram ali na segunda metade do século XVII. Em 1695 ou um pouco antes, já morava na região o bandeirante Bento Rodrigues Caldeira com sua família de "mais de cem pessoas". As "roças de Bento Rodrigues" podem ser consideradas como o embrião inicial de Lorena.
Na época, o arraial desse porto situava-se em território da freguesia de Guaratinguetá[8] e era o último núcleo de povoamento no nordeste da capitania de Itanhaém, que posteriormente, tornou-se a capitania de São Paulo.
Século XVIII
Entre os primeiros moradores, além do bandeirante Bento Rodrigues Caldeira, pode-se citar João de Almeida Pereira, seu vizinho, Pedro da Costa Colaço e Domingos Machado Jácomo que em 1705 construíram uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Piedade. A capela, filial da matriz da Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, foi construída próxima ao porto, para que os viajantes pudessem orar antes de partir para Minas Gerais ou na volta rumo a São Paulo ou ao litoral.
Em 1718, por ordem de D. Francisco de São Jerônimo, Bispo do Rio de Janeiro, o povoado foi elevado à categoria de freguesia, com o nome de freguesia de Nossa Senhora da Piedade. Sendo que o seu primeiro pároco foi o padre Pedro Vaz Machado, que a governou até 1720.
Uma vez criada a freguesia, os moradores demoliram a capela e construíram a nova igreja matriz, localizada no mesmo largo porém um pouco mais distante da margem do Paraíba. A matriz dá as costas para cidade e a explicação é o fato da capela original ter sido construída de frente para o rio, para "receber" os viajantes que o atravessavam, enquanto o povoado localizado na mesma margem do rio onde estava a capela só poderia se estender para trás dela.
Em 1788, os moradores enviam um requerimento para governador da capitania de São Paulo solicitando a transformação da freguesia em vila. A razão para isso era que, com a prosperidade da freguesia, havia a necessidade de controlar melhor os caminhos, o fluxo de mercadorias e a população, que já havia crescido. Além disso, gerava a possibilidade de aumento de arrecadação de impostos e de homens para o serviço militar. Dessa forma em 6 de setembro de 1788, o governador defere o pedido, expedindo uma portaria. Em 14 de novembro de 1788 é erigido o pelourinho, símbolo da autonomia municipal, e portanto nessa data, a freguesia de Nossa Senhora da Piedade foi elevada à categoria de vila, obtendo a sua emancipação política de Guaratinguetá, passando a receber o nome de Lorena, em homenagem ao governador da capitania de São Paulo, o Capitão-general Bernardo José de Lorena (mais tarde, Conde de Sarzedas).
Século XIX
Em 1816, vinte e oito anos depois de criado seu município, Lorena sofre seu primeiro desmembramento: Areias se emancipava, levando consigo todas as terras hoje pertencentes a Areias, Bananal, Silveiras, Queluz, São José do Barreiro e Lavrinhas, num total de 2.487 km², ou seja, uma área correspondente a dois terços da área original do município lorenense. Mais tarde, houve o desmembramento de Cruzeiro, em 1871; Cachoeira Paulista em 1880 e Piquete em 1891.
Conhecida como a "cidade das palmeiras imperiais", recebeu a Monarquia Imperial Brasileira, desde, Dom Pedro I, cujo caminho esta foi para a Proclamação da Independência. Depois recebeu a visita do Imperador Dom Pedro II, Princesa Isabel e seu marido, o Conde D'eu, que se hospedaram na suntuosa residência do Sr. Conde Moreira Lima.
Em 1842, como punição ao envolvimento no movimento revolucionário (revoltas liberais de 1842), Lorena foi, juntamente com outros municípios (Silveiras, Areias, Queluz e Bananal), privada das garantias constitucionais e incorporada à Província do Rio de Janeiro, pelo decreto no 18 de 18 de junho de 1842. A volta à província de São Paulo se deu pelo decreto no 216 de 29 de agosto de 1843.
Em 1856, a vila de Lorena foi elevada à categoria de cidade, por meio da lei provincial nº 21 de 24 de abril de 1856.
A primeira iluminação pública que a cidade recebeu ocorreu em 1865, com a instalação de 24 lampiões de azeite, por iniciativa do presidente da câmara, Coronel Castro Lima. Estes permaneceram por 10 anos, quando em 1875 foram substituídos por 50 lampiões a querosene.
Em 1866, torna-se comarca, da qual faziam parte Silveiras e São José do Barreiro, por meio da lei no 61 de 20 de abril de 1866.
Em meados do século XIX, durante o auge da cultura cafeeira, Lorena atingiu uma das fases mais prósperas de sua economia, tendo tido sua aristocracia do café, ali tendo vivido mais de 10 titulares do império. Entre estes pode-se citar Joaquim José Moreira Lima Junior (conde de Moreira Lima), D. Carlota Leopoldina de Castro Lima (viscondessa de Castro Lima), Antônio Moreira de Castro Lima (barão de Castro Lima), Francisco de Paula Vicente de Azevedo (barão da Bocaina), Antônio Rodrigues de Azevedo Ferreira (barão de Santa Eulália)
Hidrografia
A hidrografia de Lorena é constituída pelo Rio Paraíba do Sul, Rio Piaguí e Ribeirão Taboão.
Economia
Lorena é uma cidade que possui uma localização estratégica entre 3 (três) dos principais centros consumidores do país, respectivamente, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, segundo dados do IPC Marketing Editora.
Ainda segundo o estudo, a cidade esta contida no fenômeno da interiorização no consumo que percorre o Brasil, um fenômeno que não é novo, e que vem se evidenciando desde 2015 quando a movimentação do consumo fora das Capitais bateu os 70%. No Brasil o consumo no interior alcança 70,15% de tudo que será consumido pelos brasileiros em 2017, pouco acima de R$ 2,9 trilhões, já considerando o atual cenário de retração econômica nacional.
Além de contar com uma infraestrutura rodoviária e ferroviária que interliga essas capitais em seus respectivos estados, possui em suas proximidades 4 dos 9 principais portos do Brasil: Santos, Itaguaí, Rio de Janeiro e São Sebastião, necessários para o suprimento de importantes matérias primas na região, bem como para o escoamento de produtos para o exterior. O Porto de São Sebastião é o de maior proximidade.
Outro fator, inclusive atrativo de industrias é o destaque de ser uma cidade universitária com três universidades, sendo uma unidade da Universidade de São Paulo - USP com cursos na área de engenharia química, bioquímica, materiais, ambiental, produção e física, FATEA e UNISAL, estas últimas voltadas para a área de humanas. A presença de três centros de ensino de excelência é, também, um fator de atração de novas indústrias.
A cidade possui um shopping Eco Valle Shopping, com inicio de funcionamento em meados de 2013.
Floresta Nacional de Lorena
A floresta nacional de Lorena é um reservatório de Mata Atlântica, localizada entre a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, no estado de São Paulo. Situa-se próxima ao município de Lorena.
É considerada uma unidade de conservação de uso sustentável pela portaria nº 246, de 18 de julho de 2001. Distante aproximadamente 180 km da cidade de São Paulo, abrange uma área de 249,31 hectares.
Anteriormente tendo sido doado pela prefeitura de Lorena ao Ministério da Agricultura, o local foi totalmente reflorestado com espécies nativas, como angico, pau-jacaré, ingá, diversos tipos de ipês, pérola vegetal, mirindiba, paineira, pau-viola, jacarandá-da-bahia, pau-brasil, jequitibá, escova-de-macaco, palmito, quaresmeira, cedro, sapucaia, entre outras. É administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Educação
A cidade de Lorena é uma cidade universitária, possuindo 3 (três) universidades com importante destaque na região, além de vários polos de outras universidades. As principais unidades com cursos presenciais, são: USP (Universidade de São Paulo), Unifatea (Centro Universitário Teresa D’Ávila) e UNISAL(Centro Universitário Salesiano de São Paulo).
- Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo EEL/USP - A Escola de Engenharia de Lorena, ou EEL é um Campus da USP, com duas Áreas distintas: Uma no Bairro do Campinho e outra Área no Bairro Santa Lucrécia. Esse Campus da USP denomina-se Escola de Engenharia de Lorena (EEL/USP).Originou-se da incorporação extinta Faenquil (Faculdade de Engenharia Química de Lorena) à USP em 2006. A Faenquil era uma instituição de ensino e pesquisa Estadual que oferecia os cursos de Engenharia Química, Engenharia Bioquímica, Engenharia de Materiais e Engenharia Industrial Química.
Atualmente a EEL/USP oferece cursos de graduação em Engenharia Física, Engenharia Ambiental, Engenharia de Produção, Engenharia Bioquímica, Engenharia de Materiais e Engenharia química e possui cerca de 2 mil alunos.
Objetivando formar novos pesquisadores e possibilitar a especialização aos profissionais de ensino superior, a EEL mantem programas de pós-graduação nas áreas de Biotecnologia Industrial (mestrado e doutorado), Engenharia Química (mestrado), Engenharia de Materiais (mestrado e doutorado), Engenharia da Qualidade (especialização) e Engenharia Química (mestrado). Desenvolve atividades de pesquisa em áreas estratégicas para o desenvolvimento nacional como Biotecnologia Industrial, Supercondutores Anisotrópicos, Engenharia Química, Meio Ambiente, Materiais Especiais, Qualidade e Química Fina.
Atualmente a EEL visando ao intercâmbio científico e tecnológico, mantém convênios e acordos de cooperação com diversas instituições nacionais e internacionais criando desta forma maior interação entre pesquisa e extensão.
- Centro Universitário Salesiano de São Paulo - Unidade de Ensino de Lorena - A cidade de Lorena conta também com o Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) - Campus Lorena, que está em mais de 20 países e apresenta o Curso de Direito reputado como um dos cinco melhores do Estado de São Paulo
No ensino médio conta com uma série de Escolas Técnicas estaduais e privadas abrangendo diversas áreas, com destaque para o Colégio Técnico em Química (COTEL), mantido dentro das instalações da USP.
Na educação básica Lorena se destaca entre as melhores da nação, superando índices considerados ideais pela ONU.
A Unidade de Ensino de Lorena do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, fundada como a Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena, inaugurada em março de 1952, tornou-se, em 1997, uma das unidades do Centro UNISAL, e foi a primeira faculdade criada no Vale do Paraíba. O campus de Lorena do Centro Universitário Salesiano de São Paulo chama-se São Joaquim e possui mais de 5 mil alunos nos cursos de graduação, extensão, Pós-graduação lato sensu e no Mestrado em Direito. A forte presença do UNISAL na comunidade é um dos diferenciais da Instituição. Por meio do SPA – Serviço de Psicologia Aplicada, do NPJ – Núcleo de Prática Jurídica e da Oficina Pedagógica, atende centenas de pessoas da comunidade lorenense. Advogados do UNISAL, auxiliados por estagiários do Curso de Direito, atendem moradores de Lorena e cidades vizinhas que necessitam de orientação ou serviço jurídico, mas não têm condições de contratar um advogado. Além disso, Professores e estagiários do curso de Psicologia fazem o atendimento psicológico de crianças, jovens e adultos carentes. Há atendimentos também em hospitais, escolas, creches e asilos de Lorena e cidades vizinhas. O curso de Direito da unidade de Lorena tem mais de 20 anos de existência, sendo um dos mais tradicionais do Vale do Paraíba e, apesar de não ser o mais antigo, é o melhor e mais eficiente de todos, o que pode ser constatado por índices objetivos, como o elevadíssimo índice de aprovação dos seus alunos no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, a maior nota no ENADE de todos os cursos de Direito do Vale do Paraíba, excelente avaliação do Ministério da Educação. O UNISAL ministra cursos sequenciais, cursos de graduação, de pós-graduação lato sensu e stricto sensu (especialização e mestrado), de aperfeiçoamento e de extensão em suas quatro Unidades, localizadas em Americana, Campinas, Lorena e São Paulo, onde está a sede.
- Centro Universitário Teresa D’Ávila - Unifatea - E também, finalizando, a Unifatea, conhecida antigamente como FATEA (Faculdades Teresa D'Ávila), que possui curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, Publicidade e Propaganda, além de Rádio e TV.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 20 de julho de 2021

SÂO SEBASTIÃO - SÃO PAULO

São Sebastião é um município do estado de São Paulo, localizado na microrregião de Caraguatatuba. Sua população foi estimada no ano de 2019 em 88.980 habitantes. A área total do município é de 402,395 km². O município é formado pela sede e pelos distritos de Maresias e São Francisco da Praia.
Estância balneária
São Sebastião é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo Estado de São Paulo, por cumprir determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar a seu nome o título de Estância Balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
História
É a cidade mais antiga do litoral norte. Antes da colonização portuguesa, a região de São Sebastião era ocupada por índios Tupinambás e Tupiniquins, sendo a serra de Boiçucanga uma divisa natural das terras das tribos.
A ocupação portuguesa ocorre com o início da História do Brasil, após a divisão do território em Capitanias Hereditárias. Em 1608, aproximadamente, João de Abreu e Diogo de Unhate alegando "estarem na Capitania há muitas décadas, serem casados, terem filhos e terem ajudado às suas custas, nas guerras contra franceses, ingleses e índios inimigos" obtiveram sesmaria em São Sebastião sendo eles os sesmeiros que iniciaram a povoação com agricultura, pesca e alguns engenhos de madeira de cana-de-açúcar sendo, pois, os responsáveis pelo desenvolvimento econômico e a caracterização como núcleo habitacional e político. Isto possibilitou a elevação do povoado à categoria de vila em 16 de março de 1636 e a emancipação político-administrativa (elevação à categoria de cidade) em 20 de abril de 1875.
Geografia
Seus limites são Caraguatatuba a Norte, o Oceano Atlântico a Leste, Bertioga a Sul e Salesópolis a Noroeste.
A Ilha de São Sebastião, cujo território corresponde ao do município de Ilhabela, fica defronte à costa leste de São Sebastião. Nessa costa é que se localiza o centro comercial da cidade. Por entre a cidade e a ilha está o canal de São Sebastião, que tem em sua largura mínima apenas 3 km, onde a travessia pode ser feita pela Travessia São Sebastião-Ilhabela de balsas.
No canal fica o porto de São Sebastião e o oleoduto da maior unidade da Transpetro (a subsidiária da Petrobras responsável pelo transporte de petróleo e demais combustíveis), responsável por 80% do combustível exportado pelo país. Já a costa sul conta com praias de turismo, como Toque-Toque, Maresias, Boiçucanga e Barra do Saí.
Praticamente tudo na cidade está localizado nas estreitas áreas planas entre o mar e as montanhas, exceto por torres de telefonia celular e torres de transmissão elétrica. Na porção central da cidade, essas áreas não chegam a mais do que 3 km de largura, mas podem chegar ao dobro nas regiões menos povoadas à oeste. A maior parte da cidade se concentra entre a Praia da Enseada (a última antes de Caraguatatuba) e a Praia de Guaecá. De Toque-Toque à Boraceia (a última antes de Bertioga), há muitos hotéis, casas de veraneio e casas noturnas. O Rio Guaratuba faz a fronteira com Bertioga, enquanto que o Rio Juqueriquerê faz a fronteira com Caraguatatuba.
Três distritos formam o município: Distrito de São Sebastião, Distrito de São Francisco da Praia e Distrito de Maresias.
A cidade possui um clima oceânico, com uma temperatura média anual de 23 °C. A maior parte das montanhas e das ilhas são cobertas pela Mata Atlântica.
Ilhas
Existem algumas ilhas espalhadas pelo litoral da cidade, todas resultantes de atividades vulcânicas. A maior e mais famosa é a Ilha de São Sebastião, na qual está localizada a cidade de Ilhabela. Outras ilhas são.
- Ilhas de Toque-Toque - Do norte ao sul, a Ilha de Toque-Toque Grande é a primeira depois de Ilhabela, e localiza-se em frente ao morro à esquerda da praia homônima. Não há praias nem pessoas por lá, mas o local é visitado para mergulho. A Ilha de Toque-Toque Pequeno, mais ao sul, é menor, igualmente desabitada e lembra uma tartaruga quando vista da Praia de Santiago.
- Arquipélago de Alcatrazes - Formado por cinco ilhas maiores, sendo a principal denominada ilha de Alcatrazes, possui, além desta, as ilha da Sapata, do Paredão, do Porto ou do Farol e do Sul, além de quatro ilhas menores (ilhotas não nominadas), cinco lajes conhecidas como: Dupla, Singela, do Paredão, do Farol e Negra, além de dois parcéis (Nordeste e Sudeste).
- Ilha dos Gatos e das Couves - A Ilha dos Gatos, localizada a 1,8 km da Ponta da Baleia (um morro entre a Paia de Camburi e a Praia da Baleia) e a Ilha das Couves, localizada a 2,4 km da costa e a apenas 600 metros ao sul das Ilhas são ambas desertas, mas visitadas por turistas para mergulho livre, e por pescadores para capturar robalos. Ambas as ilhas possuem ruínas no topo de seus morros: na Ilha das Couves, há uma ruína de uma pousada que começou a ser construída em 2008, mas foi embargada pela Marinha do Brasil; já na dos Gatos, há ruínas de uma mansão que teria sido construída nos anos 1920 pelo então presidente dos EUA John Davison Rockefeller, mas que foi interditada pelo governo federal nos anos 1950. A Ilha dos Gatos é local de observação de baleias, que podem ser vistas no inverno.
- As Ilhas - Apesar do nome, As Ilhas são compostas por apenas uma ilha, que se difere das outras ilhas por ter uma praia, que é frequentemente visitada por turistas da Barra do Sahy e da Praia de Juqueí, ambas localizadas a cerca de 2,4 km da ilha.
- Ilha do Montão de Trigo
Hidrografia
A hidrografia da cidade é composta de: Rio Camburi;  Rio Silveiras e Oceano Atlântico
Economia
Em 2011 o PIB de São Sebastião foi de 2.892.006 mil reais.
Pontos turísticos
Além das 36 praias existentes, a cidade tem alguns lugares para visitar, como a Igreja Matriz de São Sebastião, o Museu de Arte Sacra, o Museu do Mar no Balneário dos Trabalhadores, o Convento da Nossa Senhora do Amparo e o Convento Franciscano. O centro da cidade pode ser dividido em duas partes: uma, antiga, o centro histórico, em torno da Igreja matriz, cheia de casas do Brasil Colonial, que hoje abrigam bares, restaurantes, hotéis e repartições públicas. A outra parte, moderna, localiza-se próxima ao mar, num aterro. É um dos principais pontos de encontro dos moradores da cidade, tendo como principal logradouro a Rua da Praia, onde está localizada a pista de skate da cidade, que tinha sido considerada a maior do Brasil, com 7.000 m²,, além do teatro municipal. Há também muitas sorveterias, restaurantes, bares, feiras de artesanato e uma grande praça.
Praias
- Distrito de Maresias - Praia de Boraceia Norte; Praia de Jureia Norte; Praia do Engenho; Praia Barra do Una; Praia Juqueí; Praia Preta; Praia da Barra do Sahy; Praia da Baleia (São Sebastião); Praia de Camburi (São Sebastião); Praia de Camburizinho; Praia Boiçucanga; Praia de Maresias; Praia de Paúba e Praia de Santiago (São Sebastião).
- Distrito de São Sebastião-Sede - Praias de Toque-Toque Grande e Toque-Toque Pequeno; Praia de Guaecá; Praia de Barequeçaba; Praia Grande (São Sebastião); Praia Preta do Norte
Praia do Porto Grande; Praia Deserta (São Sebastião); Distrito de São Francisco da Praia; Praia Pontal da Cruz; Praia Arrastão; Praia Cigarras; Praia de São Francisco e Prainha (São Francisco da Praia).
Sítio Arqueológico São Francisco
Localizado na Praia da Figueira, está dentro do Parque Estadual da Serra do Mar . Possui vestígios arquitetônicos de uma antiga fazenda.
Cultura
Carnaval
O Carnaval do município é organizado pela ASEC Associação Sebastianense das Entidades Carnavalescas em parceria com a Prefeitura Municipal de São Sebastião , que promovem os desfiles de blocos e escolas de samba na Rua da Praia. Participam do Carnaval as escolas de Samba Acadêmicos de São Francisco, Ki-Fogo, Mocidade da Topolândia e X-9 do Canto do Mar.
Espaços Culturais
No ano de 2011, dois espaços culturais foram inaugurados, no município, como forma de resgate da cultura caiçara: o Centro Cultural Batuíra e o Espaço de Cultura Adélia Barsotti. O Centro Cultural Batuíra conta com o auditório Beatriz Puertas Moura (homenagem à poetisa caiçara), com 45 lugares, onde acontecerão apresentações literárias, musicais e espetáculos teatrais.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 16 de julho de 2021

SANTA INÊS - MARANHÃO

Santa Inês é um município brasileiro do estado do Maranhão, Região Nordeste do país. Sua população é de 83.238 habitantes e densidade de 202,76 hab/km² segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2015. A cidade fica a 243 km da capital do estado, São Luís.
Possui uma área de 600,479 km² , dos quais 3,845 km² estão em zona urbana e Santa Inês é um município privilegiado por ter vários acessos rodoviários: (BR-316 e BR-222), ferroviário: Estrada de Ferro Carajás (CVRD), e aeroviário: Aeroporto Regional João Silva (SJBY) com pista homologada em pavimento asfáltico de 1500 x 30 metros.
O município de Santa Inês está em um lento processo de conurbação com o município de Pindaré-Mirim. Juntos, contam com cerca de 115 mil habitantes.
História
Conhecida primitivamente como “Ponta da Linha”, por estar localizada, em 1884, no final da via férrea construída pela Companhia Progresso Agrícola para percorrer as plantações de cana-de-açúcar que abasteciam o Engenho Central, em Pindaré-Mirim, Santa Inês deve sua origem a esse importante empreendimento agroindustrial.
A rua do Comércio, antes chamada de rua da Boiada, era o caminho percorrido pelas carroças de bois que carregavam a cana-de-açúcar para o engenho situado em Pindaré; esta, devido ao engenho central, foi uma das primeiras cidades do Maranhão a receber luz elétrica.
Com o encerramento das atividades produtivas do Engenho Central, por volta de 1910, a população de “Ponta da Linha” passou a dedicar-se à cultura de algodão, arroz, milho e mandioca, porém continuou dependendo de Pindaré-Mirim, a quem era subordinado administrativamente e por onde sua produção era escoada. Muito procurado por famílias nordestinas, que constituem atualmente, com seus descendentes, mais da metade da população local, o povoado cresceu rapidamente, a ponto de, no início da década de 60, tornar-se mais importante, em termos demográficos e econômicos, do que a sede do município a que pertencia.
Em 14 de março de 1967, o antigo povoado de “Ponta da Linha”, já então conhecido como Santa Inês, conquistou sua autonomia. Beneficiado pela passagem da BR-222 e da Estrada de Ferro Carajás em sua sede, o município de Santa Inês é atualmente um dos mais importantes do Estado, tanto pela força de seu comércio e de sua agricultura, como pela instalação, em seu território, de um distrito industrial que abriu largas perspectivas para seu desenvolvimento.
Cultura e lazer
Cultura
- Carnaval: Os carnavais de Santa Inês são considerados um dos melhores do estado. Anualmente milhares de pessoas de outras partes do estado se juntam aos santainesenses na folia. A tradição do município é que todo domingo de carnaval, aconteça na cidade o Arrastão Ponta da Linha, que é quando todos os blocos carnavalescos se juntam e percorrem as principais ruas da cidade. Anualmente essa folia junta mais de 20 mil brincantes.
- Festas Juninas: As festas juninas no município são realizadas no Parque da Raposa, espaço que pode comportar até 10 mil pessoas. Todo ano o Parque da Raposa lota de brincantes dessa festa; lá anualmente se apresentam vários bois da região e do estado.
:- Artesanato: Na cidade existem vários artesãos que trabalham com barro; seus trabalhos ficam expostos e à venda na Avenida da Amizade, no sentido Pindaré-Mirim, também existem vários pintores de tela na cidade.
Lazer
O lazer na cidade se dá principalmente com as baladas noturnas, as praias de água doce, lagos e parque aquáticos.
Clima
O clima na cidade de Santa Inês é quente e úmido, possuindo duas estações: uma chuvosa, que vai desde a segunda quinzena do mês de dezembro até a primeira semana de junho, e outra seca, que vai da segunda semana de junho até a primeira quinzena de dezembro. Os meses de maiores precipitações são março e abril e os menores são julho e agosto. Entre os meses de maio e agosto é muito comum os dias serem quentes e as madrugadas e as primeiras horas da manhã serem frias com temperaturas entre 18 C° e 21 C°. Nesta época também é muito comum se formarem nevoeiros pela cidade, reduzindo a visibilidade e causando transtornos para motoristas que trafegam pelas estradas e pelo centro da cidade. Entre os meses de setembro e novembro também é comum acontecer a famosa chuva de manga como é conhecida na cidade, que são repentinas, rápidas e intensas precipitações fora de época, geralmente acompanhadas de vento muito forte, trovoadas e por vezes granizo.
Turismo
As principais atrações são as praias e os lagos. Por exemplo o Lago do Remanso: Lago de extrema beleza natural com cerca de 11 km de comprimento. Também nos meses de fevereiro, junho e dezembro a cidade formiga de turistas a procura de suas festas, que atualmente são consideradas uma das maiores do estado. Perdendo apenas para São Luís e Imperatriz.
As atrações turísticas em Santa Inês são: Praça Santo Antônio (Praça da Família); Praça Pastor Meton Soares e  Igreja da Matriz
Educação
Santa Inês tem se destacado como um polo regional de educação. A cidade recebe diariamente alunos de cidades vizinhas tais como Pindaré-Mirim, Pio XII, Santa Luzia, Bela Vista, Igarapé do Meio, Zé Doca e Bom Jardim. Há dois anos o Congresso Nacional aprovou a Proposta de Lei N° 7246/10 que "Autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Centro-Norte Maranhense ,com sede no Município de Santa Inês, Estado do Maranhão."
Na área do ensino técnico se destaca o Instituto Federal do Maranhão e na área do ensino superior se incluem: Universidade Aberta do Brasil; Universidade Estadual do Maranhão; Universidade Estadual Vale do Acaraú; Universidade Federal do Centro - Norte Maranhense (em estruturação); UNIVIMA; Sistema COC; Faculdade Carlos Franca e Faculdade Latino Americana De Educação.
Economia
A economia do município gira em torno, principalmente, do comércio. Santa Inês é a sede comercial para vários municípios em um raio de 200 km. Além do comércio outros setores que se destacam são a prestação de serviços, agricultura e recentemente o setor imobiliário.
Esporte
Anualmente na cidade ocorrem vários torneios de futebol, handbol entre outros torneios, um dos principais deles é o JESI (Jogos Escolares de Santa Inês), onde vários atletas de escolas públicas e privadas do município se enfrentam. Santa Inês também possui um time de futebol, o Nacional, que treina e joga no estádio municipal, o Estádio Artemas Santos conhecido como Binezão.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 13 de julho de 2021

ARUJÁ - SÃO APULO

Arujá é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na Região Metropolitana de São Paulo e Alto Tietê. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 91.157 habitantes.
Topônimo
O topônimo "Arujá" é derivado de ribeirão Arujá, ribeirão à margem do qual a cidade se desenvolveu. "Arujá" é um termo de origem tupi que significa "abundância de arus (um tipo de sapo)", pela junção de aru (aru) e îá (repleção, fartura, abundância).
História
A cidade desenvolveu-se em torno da devoção à imagem do Senhor Bom Jesus de Arujá, encontrada por indígenas no lugar onde está a atual Igreja Matriz da cidade, no ano de 1741.
Ainda pertencendo a Mogi das Cruzes, Arujá foi elevada a freguesia em 8 de junho de 1852, e, neste mesmo ano, a distrito de paz. Em 30 de novembro de 1938, foi incorporado ao município de Santa Isabel. Arujá foi, finalmente, elevado a município em 18 de fevereiro de 1959.
A data oficial do Dia do Município é a sua elevação a freguesia: 8 de junho. O primeiro prefeito foi Júlio Barbosa de Souza, de 1960 a 1963.
Geografia
Arujá possui 58,7 km² de área urbana, 39 km² de área rural e 52% de seu território é considerado área de proteção de mananciais da Região Metropolitana de São Paulo. Possuindo 86.430 habitantes que dão continuidade ao seu desenvolvimento iniciado em 1781, com a construção da capela dedicada ao Senhor Bom Jesus de Arujá por José de Carvalho Pinto.
Seu ponto mais alto fica no bairro do Mirante, mais precisamente no campo de futebol do bairro, onde jaz sobre uma altitude de 900 metros acima do nível do mar. O ponto mais baixo fica na Rodovia Pedro Eroles, a Rodovia Mogi-Dutra, a SP-088, na altura do quilômetro 37.5, número 5.353, no logradouro onde está a fábrica BoxColor, onde o relevo jaz a 690 metros acima do nível do mar. Seu centro fica a uma altitude média de 790 metros de altitude. Localiza-se numa altitude média de 755 metros. Arujá é o local mais elevado da Rodovia Presidente Dutra, local este, onde a rodovia alcança cerca de 830 metros de altitude, sendo o ponto mais baixo desta rodovia em São João de Meriti no Rio de Janeiro, a apenas 5 metros acima do nível do mar.
O clima é tropical de altitude, tipo Cwa. Pois a pluviosidade não é constante e existe estação seca no inverno, e estação úmida e relativamente quente no verão. Apesar de estar muito próximo ao trópico de capricórnio, o clima ainda se comporta como tropical de altitude, sofrendo a ação das massas atlânticas e polares e de sua própria altitude. A temperatura anual gira em torno dos 18Cº, sendo julho o mês mais frio (média de 14 °C) e fevereiro, o mais quente (média de 22 °C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1.400 mm.
Arujá é um município que apresenta uma preservação ambiental bastante visível, sendo considerada um dos "pulmões" de área verde no estado e na Região Metropolitana de São Paulo. E possui um sistema de coleta seletiva de lixo desenvolvido, considerado o melhor da Região do Alto Tietê. O que faz o município ter a alcunha de "Cidade Natureza".
Seus limites são Santa Isabel a norte e nordeste, Mogi das Cruzes a sudeste, Itaquaquecetuba a sul e Guarulhos a oeste e noroeste.
Hidrografia
Constituem a hidrografia de Arujá: Rio Parateí; Rio Jaguari e Rio Baquirivu-Guaçu.
Índice de desenvolvimento humano
Arujá é o município mais rico da Região do Alto Tietê de acordo com a Fundação Seade e o Instituto do Legislativo Paulista da Assembleia Legislativa dos Estado de São Paulo. O município integra o grupo dois na pesquisa que integra todos os 645 municípios do Estado de São Paulo, neste grupo está incluído os municípios mais ricos e também inclui na Região do Alto Tietê os municípios de Mogi das Cruzes e Suzano. A lista é elaborada com base nos indicadores sociais de cada município.
População idosa
O município de Arujá foi considerado, em 2009, o melhor da Região do Alto Tietê em relação a qualidade de vida dos idosos, ocupando a 167º lugar do ranking estadual paulista. Os dados são do Índice Futuridade elaborado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados e pela Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social. O desenvolvimento dessa ferramenta teve a colaboração de um grupo consultivo formado por especialistas nas mais diversas áreas de atenção do idoso, que contribuíram para a elaboração de instrumentos para realizar ações voltadas aos idosos e sensibilização em relação ao processo de envelhecimento entre os paulistas.
Condomínios
O município de Arujá possui diversos condomínios de classe média e classe alta. De acordo com a prefeitura local, existem oito condomínios registrados com mais de duas mil residências.
A criação dos primeiros condomínios ocorreu por volta dos anos 1950, influenciada pela inauguração da Rodovia Presidente Dutra. Outros motivos que levaram a classe média e a classe alta a migrar para Arujá foram os problemas de trânsito e de segurança nos lugares onde habitavam. A maior parte desses condomínios era, anteriormente, apenas chácaras de final de semana. Com o tempo, as administrações municipais tomaram a decisão política de aprovar somente condomínios de alto padrão. Diferentemente de um dos seus municípios vizinhos, Itaquaquecetuba, optou por loteamentos mais simples, voltados para as classes populares.
Educação
O município dispõe de várias escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio municipais, estaduais e particulares, uma unidade da Escola Técnica Estadual em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e uma faculdade de teologia cristã, a FLAM (Faculdade Latino Americana de Teologia Integral).
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 9 de julho de 2021

TIMÓTEO - MINAS GERAIS

Timóteo é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no Vale do Rio Doce e pertence à Região Metropolitana do Vale do Aço, estando situado a cerca de 200 km a leste da capital do estado. Ocupa uma área de pouco mais de 144 km², sendo aproximadamente 35 km² em área urbana, e sua população em 2020 era de 90.568 habitantes.
História
Colonização da região
A exploração da região conhecida inicialmente como Sertões do Rio Doce teve início no final do século XVI, em expedições à procura de metais preciosos, no entanto o desbravamento dessas terras foi proibido no começo do século XVII, a fim de evitar contrabando do ouro extraído nas redondezas de Diamantina. O povoamento foi liberado em 1755, porém a existência de indígenas no Vale do Rio Doce era vista como um obstáculo para a exploração. Isso fez com que, no início do século XIX, fossem criados "quartéis" com o objetivo de fortalecer a proteção aos colonos pela chamada "4ª Divisão do Rio Doce", na qual situava-se o atual município. Havia a presença dos índios borun, também chamados de botocudos, que habitavam a vasta Mata Atlântica local. Em 1820, a região de Timóteo era conhecida como Alegre e encontrava-se subordinada ao Quartel Onça Pequena, com sede em Jaguaraçu. Data dessa ocasião a estadia de Guido Marlière, comandante geral das divisões do rio Doce e responsável pela catequização dos índios pelo leste mineiro em alternativa ao massacre sistemático dos nativos, visando a facilitar a colonização.
Apesar da proibição dos ataques a indígenas em 1831, os nativos já se encontravam praticamente extintos do Vale do Rio Doce, conforme consta em documentos de 1832, o que serviu como um incentivo à estadia de forasteiros e à colonização. Data de 11 de setembro de 1831 a chegada de Francisco de Paula e Silva (conhecido por Chico Santa Maria, por ser natural de Santa Maria de Itabira), que se estabeleceu juntamente com sua família e numerosos escravos nas proximidades do atual bairro Alegre. Chico Santa Maria recebera três sesmarias (Alegre, Limoeiro e Timóteo) na região banhada pelo curso hidrográfico chamado por ele de "Ribeirão de Timóteo", onde desenvolveu a agricultura e a criação de gado e recebia tropeiros em busca de descanso. A origem da denominação "Timóteo" é atribuída ao sobrenome de um tropeiro que se instalou na localidade, onde abriu uma venda que se tornou um importante ponto de referência, ficando conhecida também como "Paragem do Ribeirão do Timóteo". Outra versão refere-se a um desbravador que decidiu homenagear um sobrinho europeu, de nome Timóteo.
Por volta de 1840, Alegre já se consolidava como um povoado, vindo a ser anexado à Freguesia de Santana do Alfié. Nas décadas seguintes, houve a compra de terras por Manoel Archanjo de Andrade (por volta de 1855), Antônio Pacífico Fraga (1877) e pelos irmãos João e Manoel Lino de Sá, naturais de Joanésia, que compraram posses de José Luiz de Paula, herdeiro de Francisco de Paula e Silva (em 1885). Os domínios do falecido Chico Santa Maria foram repartidos aos seus filhos e netos em 1890. Data de 1895 a criação do Grupo de Congado Nossa Senhora do Rosário, por Manoel Berto de Lima. Em 1907, Francisco Malachias doou um terreno dedicado a São Sebastião no local onde está situada a atual Praça 29 de Abril, no Centro-Sul, que veio a ser utilizado para a construção de uma pequena igreja de madeira. Dessa forma, o povoamento passou a ser conhecido como São Sebastião do Alegre.
Formação urbana
A locação da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) pelo leste mineiro vinha estimulando o desenvolvimento populacional nas áreas próximas da ferrovia em construção, assim como viria a ocorrer na região do Vale do Aço entre as décadas de 1910 e 1920. Em 1921, fixou-se no atual bairro Horto, em Ipatinga, o farmacêutico Raimundo Alves de Carvalho, com objetivo de atender às obras da EFVM. Raimundo adquiriu terras em São Sebastião do Alegre, tendo doado o terreno para a construção da primeira escola do povoado, a Escola Rural Mista de São Sebastião do Alegre, em 1922, ano em que também ocorreu a instalação da primeira agência de correios. Em 1925, foi inaugurada a Escola Mista Municipal de Timotinho (como era conhecida a região do bairro Ana Moura), também em terras cedidas pelo boticário. Ambas as escolas foram incorporadas mais tarde pelo Grupo Escolar Dona Angelina Alves (atual Escola Municipal Angelina Alves de Carvalho), cujo nome homenageia a mãe de Raimundo Alves. Paralelamente, o povoado foi incorporado ao distrito de São José do Grama (atual Jaguaraçu), com a criação deste em 7 de setembro de 1923, então pertencente a São Domingos do Prata. Em 1928, o farmacêutico instalou nas proximidades do povoado a chamada Fazenda Dona Angelina, na margem do rio Piracicaba.
No começo da década de 1930, instalou-se em Coronel Fabriciano um escritório da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, que buscava centralizar a exploração de madeira e produção de carvão da região do rio Doce com o objetivo de alimentar os fornos de suas usinas em João Monlevade. A implantação dessa empresa trouxe negociação de terras em grande escala pela região visando a extrair a madeira das matas, culminando em vastas áreas desmatadas. A preocupação de Dom Helvécio Gomes de Oliveira em preservar a Mata Atlântica nativa culminou na criação do Parque Estadual do Rio Doce em 1944, sendo a primeira unidade de conservação de Minas Gerais. Pelo decreto estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, o antigo povoado de São Sebastião do Alegre deixou de pertencer a Jaguaraçu e foi elevado à categoria de distrito, sendo então anexado a Antônio Dias com a denominação de "Timóteo". A instalação ocorreu em 1º de janeiro de 1940, tendo como primeiro juiz de paz Joaquim Ferreira de Souza.
A localidade era beneficiada pelas paradas de trem da Estrada de Ferro Vitória a Minas nas estações Baratinha (inaugurada em 9 de junho de 1924), Ana Matos (26 de agosto de 1925) e Sá Carvalho (26 de agosto de 1925). A disponibilidade de ferrovia, cursos hídricos e matas para a extração de madeira foram fatores decisivos para que os estudos da Itabira Iron, sob liderança do norte-americano Percival Farquhar e dos empresários mineiros Amyntas Jacques de Moraes e Athos de Lemos Rache, apontassem Timóteo como o melhor local para a implantação de seu complexo siderúrgico, levando à fundação da Acesita (Aços Especiais Itabira) em 31 de outubro de 1944. Um empréstimo com o Banco do Brasil era a garantia da consolidação do empreendimento. Em 3 de junho de 1947, foi inaugurada a Estação Acesita, atendida pelas paradas da EFVM.
Originalmente, Itabira havia sido definida para receber o complexo, o que não foi possível devido ao relevo acidentado do município. O minério de ferro extraído em Itabira poderia ser escoado rumo à fábrica em Timóteo por meio da EFVM, que também possibilitaria contato com os complexos portuários do litoral do Espírito Santo. O local escolhido para a construção da fábrica foi a Fazenda Dona Angelina, comprada e adquirida de Raimundo Alves de Carvalho. Também era prevista a construção de uma vila industrial para 2 mil habitantes, enquanto que a população do povoado era de apenas 200 residentes. O projeto urbanístico foi concebido pelo engenheiro Romeu Duffles Teixeira, contratado em 1946, apesar de não ter sido executado exatamente como foi idealizado. Em 27 de dezembro de 1948, o então distrito de Timóteo foi incorporado ao município de Coronel Fabriciano, emancipado nessa mesma data sob influência do impulso recebido pela chegada da Acesita.
Expansão econômica e emancipação
A locação da Acesita incentivou a chegada de operários e funcionários de várias partes do Brasil e mesmo imigrantes, consolidando assim o processo de urbanização tanto de Timóteo quanto da vizinha Coronel Fabriciano. Nos anos seguintes a empresa foi a responsável pela construção de diversos conjuntos residenciais destinados a servir como abrigo aos funcionários, que mais tarde deram origem a bairros como Quitandinha (o mais antigo), Bromélias, Funcionários, Vila dos Técnicos e Olaria. Em 1949, ocorreu a primeira corrida de gusa da Acesita. Sua presença representa o impulso da vocação industrial do atual Vale do Aço, reforçada pela implantação da Usiminas no distrito fabricianense de Ipatinga, no final da década de 1950.
Em 1950, atingindo a marca de 11.813 habitantes, Timóteo passou a contar com abastecimento de água tratada e em 1952, houve a instalação do Hospital Acesita (atual Hospital e Maternidade Vital Brazil). Em 1958, já existiam 2.734 residências construídas pela empresa. No entanto, ela passou a cobrar dos trabalhadores pelas moradias em 1964. Os bairros reproduziam a hierarquia dos empregados; o bairro Funcionários, por exemplo, era destinado aos médicos, engenheiros e funcionários com cargo de chefia, construído mais próximo da usina e com habitações de padrão relativamente melhor. Além de escolas, também foram construídas quadras esportivas e clubes, onde passaram a ser organizados torneios esportivos, bailes e apresentações de teatro.
O movimento a favor da autonomia política de Timóteo teve início ainda em 1947 e apesar de ter fracassado em primeiro momento, foi reformado em 1954. Posteriormente, seu desmembramento chegou a ser aprovado pela Câmara Municipal de Coronel Fabriciano e efetivado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) mediante a lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, assim como ocorreu com o distrito de Ipatinga. No entanto, a emancipação dos distritos foi vetada pelo governador José de Magalhães Pinto sob influência de uma aliança política com o então prefeito fabricianense Cyro Cotta Poggiali. A prefeitura de Fabriciano não queria perder a renda originada pela Acesita e Usiminas e o governador afirmava que pretendia manter uma unidade política, administrativa, econômica e financeira desse polo siderúrgico.
Uma quebra de aliança entre o prefeito fabricianense e Magalhães Pinto, no entanto, fez com que o governador reconsiderasse o veto, favorecendo que uma nova comissão conseguisse a aprovação da emancipação de Timóteo pela Secretaria de Interior do estado em 28 de abril de 1964. No mesmo processo também houve a emancipação do distrito de Ipatinga, desmembrado de Coronel Fabriciano, além de João Monlevade e Bela Vista de Minas. A notícia da independência dos distritos foi anunciada em um palco montado no Centro de Fabriciano por volta do meio-dia da mesma data, sendo oficializada com a publicação no Diário Oficial do dia seguinte, 29 de abril. Em seguida, Virico Fonseca foi empossado como intendente, porém José Antônio de Araújo foi o primeiro prefeito eleito, tendo assumido o cargo em 3 de dezembro de 1965.
Desenvolvimento urbano
A responsabilidade da Acesita sobre os bens prestados à população foi transferida à prefeitura em 1969. Até então, a população que habitava o núcleo urbano ao redor da empresa era quase que exclusivamente composta pelos operários, haja vista que, a princípio, a infraestrutura construída era destinada exclusivamente a seus trabalhadores e suas famílias. Essa situação levou à divisão da zona urbana em dois agrupamentos: um composto pelos bairros construídos pela empresa, região que cresceu ao redor do Centro-Norte e ainda hoje é conhecida como "Acesita", e o outro formado a partir das ocupações originais do antigo povoado de São Sebastião do Alegre (região do Centro-Sul), que por sua vez é referido como "Timóteo". Uma vez que a região do Centro-Sul recebeu poucos investimentos por parte da Acesita, esta área apresentou taxas relativamente maiores de pobreza e carência. Uma tentativa de integração entre os dois núcleos foi a construção do bairro Primavera, através de uma parceria entre a prefeitura e o governo estadual, na década de 70, em uma área doada pela Acesita.
Paralelamente ao desenvolvimento da original vila operária, foi notável o crescimento das áreas periféricas da cidade por parte da população não industrial entre as décadas de 1960 e 70, atraída pelo progresso local, culminando em ocupações periféricas relativamente recentes em bairros como Ana Moura, Alvorada, Limoeiro e Macuco, além do distrito Cachoeira do Vale, às margens da BR-381, criado em 13 de maio de 1976. Essa localidade, situada em uma baixada banhada pelo rio Piracicaba, foi severamente afetada pelo transbordamento do curso hidrográfico durante as enchentes de 1979. Naquele ano tiveram início as primeiras preocupações da administração municipal com impactos de enchentes, porém o distrito continuou sendo afetado de forma recorrente por episódios de cheia do rio, uma vez que se encontra no seu leito de inundações.
Entre 1979 e 1981, realizou-se um plebiscito que propôs a alteração da denominação do município para "Acesita" que, apesar de ter conquistado 12.861 votos a favor da mudança e 4.908 contra, não procedeu devido à reprovação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O progresso populacional e econômico da cidade, no entanto, viu-se relativamente estagnado ao longo da década de 80, em função de uma crise que se abatia sobre todo o país. De 55 empresas que planejavam se instalar em Timóteo, apenas sete consolidaram requerimento de recursos. Dívidas acumuladas pela Acesita foram um dos fatores decisivos para sua privatização, assinada em 23 de outubro de 1992. Posteriormente houve uma redução de despesa com pessoal e cargos e a modernização de sua mão de obra, porém o número de demissões dificultava a absorção do efetivo demitido pela economia local, mesmo que as destituições tenham ocorrido gradualmente até 1994.
História recente
No começo da década de 1990, a criação do primeiro Plano Diretor Municipal, com a intenção de ordenar o planejamento urbano e suas questões ambientais, aliado à privatização da Acesita, contribuiu com o desvinculo da administração pública e seu foco voltado à empresa. Ainda assim, ela manteve investimentos em arte e equipamentos culturais na sociedade, com destaque às ações da Fundação Acesita (atual Fundação Aperam-Acesita), instituída em 1994. Também permaneceu como proprietária de vastas terras no município, tanto em seu perímetro urbano quanto rural.
Em 2007, a Acesita foi adquirida pelo grupo ArcelorMittal, sendo seu nome modificado para ArcelorMittal Timóteo. Em janeiro de 2011, passou a fazer parte do grupo Aperam, ocorrendo uma nova mudança de nome, para Aperam South America. Apesar das mudanças, uma parte considerável da população timotense continua a se referir à usina, bem como a todo o Centro-Norte de Timóteo (bairros próximos ao complexo), como "Acesita", dada a grande influência histórica da empresa nessa região. Uma confusão comum a forasteiros é a impressão de que Timóteo e "Acesita" são nomes de duas cidades diferentes, visto que o centro administrativo do município se encontra no Centro-Sul, em outra área do perímetro urbano. A antiga denominação da empresa ainda dá nome a logradouros e estabelecimentos comerciais.
Relevo e hidrografia
Timóteo está inserida na depressão interplanáltica do Vale do Rio Doce, cujo relevo é resultado de uma dissecação fluvial atuante nas rochas granito-gnáissicas do período Pré-Cambriano. O conjunto apresenta rochas do complexo gnáissico-magmático-metamórfico, que incluem biotita-gnaisse, rochas graníticas e granito-gnaisse. O relevo é heterogêneo, sendo 50% do território timotense de terras onduladas, enquanto que 30% são áreas montanhosas e nos 20% restantes os terrenos são planos.
As maiores elevações podem ser encontradas a oeste, onde a altitude chega aos 864 metros no Pico do Ana Moura. Por outro lado, as menores altitudes são notadas nas margens dos rios, ao passo que a altitude mínima, de 225 metros, está localizada na foz do rio Piracicaba no rio Doce. O ponto central do município se encontra a 350 metros. A posição do rio Piracicaba, no limite norte da cidade, e o relevo plano em suas proximidades serviram como pretexto para a instalação da Estrada de Ferro Vitória a Minas e da Acesita e, posteriormente, para o estabelecimento do perímetro urbano de Timóteo, que foi forçado a se expandir em direção às altitudes mais elevadas. Dessa forma, é considerável a ocupação e o surgimento de bairros, em especial de classes baixas, em áreas com forte declividade. A região do Parque Estadual do Rio Doce, a leste e sul do território municipal, por sua vez, apresenta alternância entre colinas e planícies fluviais.
O rio Piracicaba banha a cidade, na divisa com Coronel Fabriciano, sendo assim integrante de sua sub-bacia que, por sua vez, está inserida na bacia do rio Doce. A foz do rio Piracicaba no rio Doce se encontra no limite do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), na divisa com Ipatinga. No subsolo, abaixo da foz do rio Piracicaba, está localizado um aquífero aluvionar, que é de onde é extraída a água utilizada para o suprimento da maior parte do Vale do Aço. De forma geral, o território municipal é abrangido por cinco sub-bacias menores, sendo elas dos córregos Atalho, Celeste e Limoeiro e ribeirões Belém (190 km²) e Timotinho (39 km²). O ribeirão Timotinho é o principal que corta a cidade e sofre gravemente com a poluição e a ocupação desenfreada de suas margens, favorecendo a ocorrência de enchentes durante o período chuvoso. O Parque Estadual do Rio Doce, por sua vez, é cortado pelo curso do rio Doce e abriga em seu interior centenas de pequenas nascentes, além de constituir um dos maiores sistemas lacustres do mundo.
Clima
O clima timotense é caracterizado como tropical quente semiúmido (tipo Aw segundo Köppen), com temperatura média anual de 23 °C e pluviosidade média de 1.430 mm/ano, concentrados entre os meses de outubro e abril. A estação chuvosa compreende os meses mais quentes, enquanto que a estação seca abrange os meses mornos. Outono e primavera, por sua vez, são estações de transição. A passagem entre os períodos seco e chuvoso é marcada por tempestades e amplitude térmica elevada, sobretudo entre o fim do inverno e a primavera.
As precipitações caem principalmente sob a forma de chuva e, esporadicamente, de granizo, com registro desse fenômeno em 28 de agosto de 2014, destelhando centenas de casas e estabelecimentos. As chuvas podem ainda vir acompanhadas de descargas elétricas e fortes rajadas de vento.
Ecologia e meio ambiente
A vegetação nativa pertence ao domínio florestal Atlântico (Mata Atlântica), cujo bioma original ocupa 116,17 km², o que equivale a 80,46% da área do município. Cabe ressaltar que 53,2 km² da área municipal são protegidos pelo Parque Estadual do Rio Doce (PERD), que foi criado em 1944, como uma forma de proteger a mata nativa que ainda restava frente ao avanço do desflorestamento para alimentar os complexos industriais locais. Além de abranger um dos maiores sistemas lacustres do mundo, a unidade de conservação constitui a maior reserva de Mata Atlântica de Minas Gerais, estendendo-se ainda pelos municípios de Dionísio e Marliéria. A biodiversidade também é notável, comportando 325 espécies de aves e 77 espécies de mamíferos, inclusive espécies em extinção, como onça-pintada, macuco e mono-carvoeiro.
Ademais, Timóteo conta com uma área de proteção ambiental (APA), que aliada a áreas de preservação dos municípios vizinhos, constitui um corredor ecológico entre outras regiões do Vale do Aço ao PERD. A APA Serra do Timóteo, como é chamada, é considerada uma zona de amortecimento do PERD e foi reconhecida em 2003, porém ela sofreu ocupações irregulares e invasivas com a expansão urbana dos bairros Alphaville, Macuco e Recanto Verde. O Projeto Oikós, que está situado na malha urbana, constitui uma área de revegetação da Aperam South America integrada à Serra do Timóteo e ao Parque Estadual do Rio Doce que atende às escolas e à comunidade da região com visitas, palestras, atividades ecológicas e dinâmicas por meio da Fundação Aperam-Acesita, contando com trilhas e áreas de lazer dedicadas às crianças. A presença do Parque Estadual do Rio Doce contribui para que Timóteo apresente um índice de cerca de mil metros quadrados de área verde por habitante, um dos maiores do Brasil. Com foco à conservação ambiental, também destacam-se campanhas de conscientização ecológica que envolvem a população e programas de arborização de logradouros. O município possui um Plano Integrado de Arborização Urbana, visando ao planejamento e o manejo de espécies arbóreas na cidade de modo que haja a devida interação com a população e o ambiente
Economia
Agropecuária
Em 2018, a pecuária e a agricultura acrescentavam 823,87 mil reais na economia de Timóteo.
Indústria e prestação de serviços
A indústria, em 2018, era o setor mais relevante para a economia do município. 1 393 038,07 mil reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto do setor secundário. Boa parte desse valor se deve à presença da Aperam South America, destacando-se como a maior produtora de aço inoxidável e elétrico da América do Sul, com uma capacidade anual de produção de 800 mil a 900 mil toneladas de aço bruto (em placas). Em 2015, empregava mais de 3 200 funcionários em Timóteo e no norte mineiro, na Aperam Bioenergia, e cerca de 20% de sua produção era exportada. O estabelecimento do complexo industrial foi o responsável por atrair empresas fornecedoras, complementares e de prestação de serviços às atividades produtivas tanto em Timóteo quanto nos municípios ao redor.
Timóteo possui dois distritos industriais, sendo um o Distrito Industrial Limoeiro, localizado entre os bairros Limoeiro e Alphaville, e o outro às margens da BR-381, entre o núcleo industrial da Aperam e o distrito Cachoeira do Vale. Dentre outros ramos industriais, fazem-se presentes a confecção de artigos e acessórios de vestuário, extração e manipulação de minerais não-metálicos, fabricação de móveis e artefatos mobilísticos, produção de alimentos e bebidas, fabricação de máquinas e fabricação de produtos oriundos da metalurgia. Segundo estatísticas do ano de 2010, 0,43% dos trabalhadores do município estavam ocupados no setor industrial extrativo e 22,64% na indústria de transformação.
Em 2010, 8,72% da população ocupada estava empregada no setor de construção, 0,92% nos setores de utilidade pública, 15,30% no comércio e 44,20% no setor de serviços e em 2018, 1.032.628,82 mil reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto do setor de serviços e 386.680,97 mil reais do valor adicionado da administração pública. O movimento comercial em Timóteo possui uma representatividade especial no Centro-Norte, onde a então Acesita estabeleceu um centro comercial para atender a antiga vila operária na década de 1960. Essa região, atualmente conhecida como Acesita, é considerada uma centralidade metropolitana que exerce um considerável grau de polarização na RMVA, em função da presença de serviços públicos e comércio que atraem consumidores das cidades próximas. Uma expansão do fluxo comercial foi registrada de forma mais recente nos bairros Funcionários e Timirim, que possuem fácil acesso ao Centro-Norte
Infraestrutura
Saúde
A rede de saúde de Timóteo inclui 15 unidades básicas de saúde, um posto de saúde, um hospital geral e um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), segundo informações de 2018.
O Hospital e Maternidade Vital Brazil, antigo Hospital Acesita, está localizado no bairro Timirim e foi construído pela atual Aperam South America na década de 1950. A unidade de saúde é considerada referência regional para a realização de partos, além de obstetrícia e ortopedia. O Centro de Saúde João Otávio, situado no bairro Olaria, é mantido pela administração municipal e realiza atendimentos médicos clínicos e emergenciais.
Educação
Cabe ressaltar que 13,8% dos estudantes de Timóteo frequentam a escola em outra cidade, enquanto que é considerável a demanda de alunos nas instituições de ensino do município que residem nas cidades vizinhas. O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET), cujo campus está localizado no Centro-Norte, atende a uma demanda regional, fornecendo gratuitamente o ensino médio concomitante ao técnico e cursos superiores. Em 2013, além do CEFET, o município dispunha de duas unidades de ensino técnico e sediava um campus da UNIPAC, faculdade particular. A Aperam South America mantém um Centro de Formação Profissional, onde disponibiliza cursos técnicos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a possibilidade de estágio na empresa. Por meio da Fundação Aperam-Acesita, a Aperam ocasionalmente também oferece cursos de qualificação.
Cultura
Os primeiros investimentos destinados ao lazer foram construídos pela antiga Acesita, com a intenção de incentivar a fixação de seus trabalhadores na vila operária. A princípio foram organizadas festividades cívicas, campeonatos de futebol e, posteriormente, houve a criação de clubes, a exemplo do Elite Clube e do Clube do Operário, onde também eram realizadas apresentações teatrais e musicais. O Cine Marabá, antigo Cine Acesita, foi criado na década de 1950 e transferido para um novo prédio no centro comercial da vila operária (atual Centro-Norte) na década de 70, porém veio a ser desativado e transformado em estabelecimento comercial na década de 90. O Centro-Sul, por sua vez, já abrigava tradições culturais mais antigas, a exemplo do Grupo de Congado Nossa Senhora do Rosário, que é datado de 1895, ou do carnaval de rua, na década de 40.
Após a emancipação, em 1964, a administração pública intensificou os investimentos em praças e centros de esporte pela cidade. Timóteo conta com um conselho municipal de cultura e conselho de preservação do patrimônio, sendo ambos paritários e de caráter deliberativo e fiscalizador. Também há legislações municipais de proteção ao patrimônio cultural material, ministradas por uma secretaria municipal exclusiva, que é o órgão gestor da cultura no município. Apesar da administração pública do setor cultural, a Aperam South America, por meio da Fundação Aperam-Acesita, também mantém investimentos em arte e equipamentos culturais, incluindo sob recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A pontuação de políticas culturais do município para o cálculo do ICMS Cultural, válida para exercício em 2020, foi de 1,40 em uma escala que vai de 0 a 4, valor que era o menor dentre os municípios da RMVA. A pontuação total, considerando variantes como conservação, despesas e quantidade de bens tombados e/ou registrados, foi de 3,20.
Manifestações e espaços culturais
A cidade possui um folclore rico e diversificado. Há existência de equipes artísticas de coral, folclore e grupos musicais de acordo com o IBGE em 2012. Uma de suas principais manifestações culturais é o Grupo de Congado Nossa Senhora do Rosário, que foi introduzido por Manoel Berto de Lima em 1895 e realiza apresentações em homenagem à Nossa Senhora do Rosário em ocasiões festivas. As comemorações do carnaval, por sua vez, tiveram suas origens na atual Praça 29 de Abril, no Centro-Sul, onde os moradores passaram a se reunir para dançar usando máscaras e fantasias incentivados pelas marchinhas que ouviam nos rádios à pilha, em meados dos anos 1940. Na década de 60, essas festividades vieram a ocorrer nos clubes da cidade, evoluindo com a formação de escolas de samba e blocos carnavalescos. Na década de 1980, a prefeitura, em parceria com a Acesita, começou a organizar um carnaval de rua no Centro-Norte, envolvendo os carnavalescos da cidade. Apesar de sua realização não ser regular, chegou a atrair mais de 40 mil pessoas, envolvendo desfiles de blocos e espetáculos musicais.
A Festa de São Sebastião (padroeiro municipal), a Corrida Rústica de São Sebastião, a Festa do Rosário (com a participação do grupo de congado), as celebrações do aniversário da cidade no mês de abril, a Festa de Nossa Senhora Aparecida e a Cantata de Natal da Fundação Aperam-Acesita são outros exemplos de manifestações culturais populares que podem ser encontradas no município. No dia de Corpus Christi, tapetes são confeccionados nas ruas dos bairros pelas paróquias, mantendo as celebrações cujas origens remontam a 1930. O artesanato também é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural timotense, sendo que, segundo o IBGE, as principais atividades artesanais desenvolvidas são os trabalhos que envolvem frutas e sementes, madeira e metal.
Dentre os espaços culturais destinados à manutenção e à preservação das manifestações populares, destaca-se a existência de bibliotecas mantidas pelo poder público municipal, teatros, estádios, ginásios poliesportivos, clubes, associações recreativas e arquivo público, segundo o IBGE em 2005 e 2012. Sob recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Aperam South America, sob intermédio da Fundação Aperam-Acesita e em parceria com a prefeitura e outros órgãos locais, ocasionalmente organiza uma programação diversificada que envolve a realização de oficinas e espetáculos culturais. O Centro Cultural da Fundação Aperam-Acesita (antiga casa de hospedes da Acesita), que foi aberto em outubro de 1994, abriga em seu interior um teatro, um museu da empresa e áreas destinadas a exposições, cursos e aulas de teatro que também são disponibilizadas à comunidade. No entanto, a instituição estende sua atuação com eventos nas escolas e principais praças e áreas livres da cidade, abertos à população em geral.
Marcos e atrativos
Timóteo faz parte do Circuito Turístico Mata Atlântica de Minas Gerais, que foi oficializado em 2010 pela Secretaria de Estado de Turismo com o objetivo de estimular o turismo nas cidades integrantes. Dentre os atrativos naturais, destaca-se o Pico do Ana Moura, que é o ponto mais elevado do município, alcançando os 864 metros de altitude. Seu topo é aberto à visitação e, além de antenas de comunicação, conta com rampa de decolagem para voo livre, sendo utilizado também para escaladas.
Na região do bairro Petrópolis, situado em um dos principais acessos do Pico do Ana Moura, encontram-se hotéis fazenda, chácaras e trilhas que são utilizadas para caminhadas e motociclismo e propiciam o turismo rural. Também cabem ser ressaltadas as matas do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), que são tombadas como patrimônio cultural municipal. No centro de educação ambiental do Projeto Oikós, que é mantido pela Aperam South America e se encontra integrado ao PERD, é possível visitar uma amostra da Mata Atlântica conservada, disponibilizando trilhas, mirantes, circuito de arvorismo e biblioteca.
A zona urbana concentra uma gama de atrativos que são considerados como principais marcos da cidade, seja pela importância patrimonial ou identificatória. A Igreja São José Operário da Praça 1º de Maio, também chamada de "Igreja São José de Acesita" ou "Igrejinha do Centro", foi construída pela Acesita para a celebração das atividades religiosas dos fiéis da vila operária da empresa e teve sua inauguração em 1947. O público que é recebido em algumas celebrações, que chega a ultrapassar 1.500 pessoas, não é suportado pelo tamanho do templo, que comporta cerca de 100 pessoas sentadas e 300 em pé, o que obriga a realização de algumas atividades do lado de fora. Isso incentivou propostas de expansão e reformas, que não se consolidaram devido a seu "valor histórico, paisagístico e simbólico" reconhecido pela Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, além de um projeto da ampliação da igreja para o subsolo de modo que não alteraria as características arquitetônicas da edificação. O impasse sobre o tamanho da igreja foi resolvido com a construção de um novo templo na Rua 20 de Novembro, na mesma região do antigo, cuja pedra fundamental para início das obras foi lançada em 2 de agosto de 2018.
A Igreja Matriz de São José (Igreja do Timirim), que representa a sede da Paróquia São José, encontra-se no alto do bairro Timirim e teve sua construção iniciada em 1950. Concluída somente 27 anos depois, foi baseada na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A Igreja Matriz de São Sebastião, sede da Paróquia São Sebastião no Centro-Sul, por sua vez, teve sua edificação iniciada em 1950 para substituir a antiga igreja de pau a pique da localidade, que havia sido construída em 1915 em substituição à primeira capela do povoado. No trevo de acesso para Coronel Fabriciano pela antiga ponte da BR-381, está localizado o Monumento Sinergia, que foi projetado pela escultora Wilma Noel. Instalado na década de 1990, representa as administrações municipais das três principais cidades do Vale do Aço (Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo), sendo assim conhecido também como monumento "Três Cidades".
No bairro Timirim, encontra-se a chamada Praça do Coliseu, que foi projetada pelo arquiteto Éolo Maia e construída em 1983. Nela está situado um teatro de arena, onde são realizadas atividades culturais. No mesmo ano, Éolo Maia também projetou a Escola Estadual Percival Farquhar, situada no bairro Vale Verde, cujo prédio se destaca pelas estruturas autoportantes de tijolos maciços. O Forno Hoffmann, situado no bairro Novo Horizonte, foi construído em 1945 e serviu para a produção de tijolos destinados à edificação das residências da vila operária da então Acesita. Desativado na década de 60, foi usado posteriormente como casa noturna, mas precisou ser isolado devido ao estado de conservação. Apesar de ter sido abandonado e sofrido desabamento de paredes e do telhado, o local é utilizado para estudos e ocasionalmente recebe atividades culturais e ocupações.
A mata do Parque Estadual do Rio Doce e a Escola Estadual Percival Farquhar, já mencionadas, são consideradas patrimônios culturais municipais. Além destas, são tombadas a antiga Escola Técnica de Metalurgia, construída pela Acesita em 1963 e desativada em 1994, quando seu prédio foi adquirido pela prefeitura; a "biquinha", onde os moradores do então povoado de São Sebastião de Timóteo extraíam água para uso, no começo do século XX; e a Escola Estadual Getúlio Vargas, situada no bairro Funcionários e inaugurada em 1948. Em relação a bens móveis, o único tombamento existente em 2013 era o do Oratório do Divino Espírito Santo. Dentre outros espaços de cultura que cabem ser ressaltados estão as praças 29 de Abril e 1º de Maio, no Centro-Sul e Centro-Norte, respectivamente, que estão entre as principais áreas de lazer e de promoção de eventos da região.
Esportes
Timóteo disponibiliza uma série de espaços e equipamentos destinados às práticas esportivas, dentre clubes, campos de futebol e ginásios, mas o futebol foi a modalidade mais beneficiada pelos primeiros incentivos ao esporte na cidade devido a sua popularidade. O Florestino Social Clube foi o primeiro clube de futebol do atual município, fundado na região do Centro-Sul em 12 de outubro de 1938. No entanto, a antiga Acesita foi a responsável pela realização dos primeiros campeonatos e pela formação do Acesita Esporte Clube, na década de 1940, visando a fornecer lazer aos trabalhadores da empresa, o que incentivou a criação de novas equipes.
As equipes que se formaram até a década de 1960 receberam incentivos da Acesita para se sustentarem, porém o Acesita Esporte Clube foi o time mais bem sucedido do município. Disputou competições profissionais do campeonato mineiro e é um dos recordistas de títulos dentre os principais campeonatos amadores das ligas municipais. Na mesma ocasião, a empresa ampliou os investimentos em outras modalidades esportivas, com a realização de torneios e a construção da sede social do Acesita Esporte Clube e da praça de esportes da Associação de Lazer dos Funcionários da Acesita (ALFA), concluída na década de 80. O ALFA, no entanto, foi desativado e teve sua área vendida em 2019. Desde a década de 50, já existiam o Elite Clube e o Clube Operário, porém a estrutura do Elite era focada em bailes e eventos, enquanto que o Operário, destinado às classes mais baixas de trabalhadores, privilegiava as práticas esportivas. Os investimentos em praças e centros de esporte pela cidade também foram intensificados pela administração pública após a emancipação do município.
A sede social do Acesita Esporte Clube, o Clube Campestre, conta com piscinas, quadras de basquete, vôlei, futebol de salão e tênis, além do Estádio José de Oliveira Freitas, o Jucão. O clube disponibiliza, além da recreação, cursos de algumas dessas modalidades esportivas e a escola de futebol do Acesita. Outros estádios de futebol da cidade são o Joaquim Cirilo, o campo do Vila Nova, no bairro Quitandinha; e o General Ney Futuro Rocha, no bairro São Cristóvão. O Ginásio Iorque José Martins, que foi inaugurado em 1986 e reinaugurado em junho de 2016, após ter sido desativado devido a problemas hidráulicos no ano 2000, disponibiliza quadras poliesportivas, quadra de areia e pista de caminhada. Também cabe ressaltar a existência de programas de incentivo à prática esportiva pelas crianças e adolescentes mantidos pelo poder público e campeonatos que envolvem escolas públicas e particulares, que se enfrentam em partidas de diversos esportes.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 6 de julho de 2021

PLANALTINA - GOIÁS

Planaltina é um município brasileiro do estado de Goiás. Faz parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE). Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 90.640 habitantes.
História
As primeiras penetrações na região de Planaltina foram feitas por bandeirantes paulistas, à procura de ouro. No século XVIII, a região era uma exploração aurífera na então província e por ali passava a Estrada Real.
Formação administrativa
- Distrito criado com a denominação de Mestre D’Armas pela Lei ou Resolução Provincial n.º 615, de 02-04-1880, no município de Formosa.
- Elevado à categoria de vila com a denominação de Mestre D’Armas, por Decreto Estadual n.º 52, de 19-03-1891, sendo desmembrado de Formosa. Sede na povoação de Mestre D’Armas. Constituído do distrito sede. Instalado em 28-02-1892.
- Pela Lei n.º 363, de 22-07-1910, o município de Mestre D’Armas passou a denominar-se Altamir.
- Em divisão administrativa referente ao ano de 1911 o município já denominado Altamir é constituído do distrito sede.
- Pela Lei Estadual n.º 541, de 14-06-1917, o município de Altamir passou a denominar-se Planaltina.
- Em divisão referente ao ano de 1933 o município de Planaltina é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.
- Pela Lei Municipal n.º 113, de 05-12-1958, foram criados os distritos de Córrego Rico e São Gabriel, ambos ex-povoados, e anexados ao município de Planaltina.
- Em divisão territorial datada de 1-VII-1960 o município é constituído de 3 distritos: Planaltina, Córrego Rico e São Gabriel de Goiás.
- Pela Lei Estadual n.º 5.988, de 06-10-1965, o município de Planaltina passou a denominar-se São Gabriel de Goiás.
- Pela Lei Estadual n.º 6.553, de 17-02-1967, o município voltou a denominar-se Planaltina.
- Em divisão territorial datada de 1-I-1979 o município é constituído de 3 distritos: Planaltina, Córrego Rico e São Gabriel de Goiás. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.
Índices e dados
- Escolas: 58 com 20.225 alunos (2017)
- Ensino superior: Polo virtual da UEG
- Índice de Desenvolvimento Humano: 0,669 (2017)
- Taxa de alfabetização: 85.6% (2016)
- Taxa de mortalidade infantil : 15,98 (2017)
- Estabelecimentos de Saúde do SUS: 26 (2009)
Geografia
Distritos - Planaltina; Córrego Rico e São Gabriel de Goiás.
Economia
A economia é baseada em agricultura (9.000 hectares em 2006), milho, mandioca e frutas cítricas), criação de gado (62.000 cabeças em 2006), serviços, administração pública (1.328 trabalhadores em 2003), e pequenas indústrias. Em 2017 existem 5 instituições financeiras instaladas na cidade (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e BRB). O município de Planaltina, ocupa a posição de 3571º no ranking nacional de PIB per capita, e a posição 246º no estado de Goiás. O salário médio mensal no município é de 2,4 salários mínimos (2015). Porcentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até 1/2 salário mínimo é de 36,5%. (2010).
Saúde
A cidade possui o hospital público (Hospital Municipal Santa Rita de Cássia) e dois particulares (Hospital Bio Vidas e Hospital Nossa Senhora D'Abadia), que atendem também pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Turismo
Planaltina conta com dois eixos de turismo, que atraem pessoas de todo o país:
- A Lagoa Formosa, (formadora do Rio Maranhão) com seus vários clubes, balneários e hotéis, que atraem visitantes das cidades da região.
- A Rampa de Voo Livre do Vale do Paranã, entre Planaltina e Formosa que é considerada por praticantes do esporte como a melhor rampa de voo livre do país. Compreende voos entre a rampa e a Esplanada dos Ministérios em Brasília, distante 80 km.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 2 de julho de 2021

MANHUAÇU - MINAS GERAIS

Manhuaçu é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se na Zona da Mata Mineira e sua população estimada em 2020 era de 91.169 habitantes. Ocupa uma área de 628,318 km², sendo cortado pelas rodovias MG-111, BR-262 e BR-116. A cidade está a 290 km de Belo Horizonte.
Etimologia
O topônimo Manhuaçu é de origem tupi. Segundo Teodoro Fernandes Sampaio, significa "chuva grande", com base na junção dos termos aman'y e asu. Hélio Consolaro diz que o termo é originário da junção dos termos tupis mandi ("peixe"), yuba ("amarelo") e asu ("grande"). Outros confirmam o história que Manhu é igual a "rio" e que Açu significa "grande": ou seja, "Manhuaçu" significaria "Rio Grande". O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro diz que o termo talvez provenha de amynyîûasu, termo tupi que significa "algodoeiros grandes" (amynynîu, algodoeiro + ûasu, grande).
História
Emancipado em 5 de novembro 1877, Manhuaçu só passou à condição de cidade alguns anos depois. Nesse período, perdeu uma área territorial que originou mais de 70 municípios da porção leste do estado de Minas Gerais. O primeiro distrito a se emancipar foi Caratinga, em 1890, e os últimos, Reduto e Luisburgo, em 1995. Hoje o município tem 621 km² e continua sendo o maior da microrregião, além de ser polo econômico de prestação de serviços e oferecer uma boa infraestrutura hoteleira para turismo da região Vertente do Caparaó.
Atualmente, além da sede, os distritos são: Dom Corrêa, Palmeiras do Manhuaçu, Ponte do Silva, Realeza, Santo Amaro de Minas, São Pedro do Avaí, São Sebastião do Sacramento e Vilanova, com as vilas de Palmeirinhas e Bom Jesus de Santo Amaro.[carece de fontes]
O nome do município é originado da palavra indígena mayguaçu, que significa rio grande, numa designação dos índios "Puris", os primeiros habitantes, ao rio local. No início de Século XVIII, o bandeirante taubateano, Pedro Bueno Cacunda, estabeleceu-se em Itapemirim, no litoral da Capitania do Espírito Santo. Nesta época não existiam as atuais divisas, só acertadas em 1800. Dessa forma o Bandeirante invadiu, povoou e explorou ouro, em Castelo, Guandu e Manhuaçu onde relatou em suas 3 cartas ao Rei de Portugal de 1734, suas experiências e explorações, descrevendo uma grande nação denominada ,"Puris" que assenhorava o Rio Manhuaçu. A aldeia dos Puris era, onde hoje é a atual cidade de Manhuaçu.
A ocupação e o povoamento da Zona da Mata, onde está Manhuaçu, tem muita relação com os povos indígenas, mas o desenvolvimento do café, sua principal riqueza, aconteceu com grande destaque durante o ciclo do ouro, no Brasil Colônia. Enquanto as regiões de Ouro Preto, São João del-Rei, Mariana e Congonhas se baseavam na extração mineral, a Zona da Mata se dedicava aos produtos agrícolas, justamente para suprir a demanda dos mineradores.
Os primeiros grupos de sertanistas que chegaram às partes dos rios Pomba, Muriaé e Manhuaçu tinham como objetivo a captura dos índios para trabalharem como escravos nas fazendas da capitania do Rio de Janeiro, além de buscas de riquezas minerais e medicinais (como a planta chamada poaia ou ipecacuanha) e, posteriormente, com a intenção de criar fazendas férteis na região.
No início do século XIX, o comércio de poaia se estabeleceu em Manhuaçu, através de Domingos Fernandes Lana que, junto com os índios, abriu caminhos para diferentes locais da área, recebendo o título de desbravador do Manhuaçu.
Alguns anos mais tarde, o guarda-mor Luís Nunes de Carvalho e o alferes José Rodrigues da Siqueira Bueno, vindos de Ponte Nova e Abre Campo (Manhuaçu pertenceu a Ponte Nova até 1877), implantaram as primeiras unidades de exploração agrícola, usando da mão de obra indígena escravizada.
O declínio do ciclo do ouro intensificou o processo de ocupação da Zona da Mata. Em 1830, a pecuária começou a desdobrar-se para o interior do estado e o café foi expandindo-se. Manhuaçu foi influenciado e, já nesse período, adotou o produto como sua principal cultura.
A população deixou a região aurífera e foi para as lavouras de café. Entre 1822 e 1880, a região viu seu número de habitantes saltar de 20 para, aproximadamente 100 mil pessoas.
O café já se tornara, em 1830, o principal produto de exportação de Minas Gerais, sendo a Zona da Mata a maior produtora. Começou pela fronteira com o Rio de Janeiro e depois foi se interiorizando em Minas Gerais.
Na área que hoje corresponde a Manhuaçu, e como forma de "pacificar" os indígenas que lutavam bravamente contra os invasores brancos, em 1843 foi fundado um aldeamento pelo curador Nicácio Brum da Silveira, no local que hoje é o bairro Ponte da Aldeia.
Diversas fazendas foram surgindo, aumentando desta maneira o número de povoadores, que começaram a trazer suas famílias, criando gado bovino e suíno e iniciando o plantio de café. Em 1846, autorizado pelo curador do município, Antônio Dutra de Carvalho alugou alguns índios para a abertura da primeira estrada.
Três foram os fatores decisivos para a rápida expansão cafeeira: a fácil obtenção de terras adequadas ao cultivo; a abundância de pessoas negras escravizadas, dispensadas da mineração; e os altos preços do café no mercado externo.
Contudo, o transporte era um grande obstáculo e aumentava os custos do café. A solução do problema veio em pouco tempo. As estradas de ferro Leopoldina Railway e Dom Pedro II alcançaram os centros comerciais da região e a produção começou a ser escoada mais rápida e facilmente.
O café criou uma enorme dependência, inclusive uma ligação maior com o Rio de Janeiro, já que era o caminho da exportação, mas foi ele também que impulsionou o crescimento urbano na segunda metade do século XIX. Nesse período foram elevados a município: Mar de Espanha (1851), Juiz de Fora e Ubá (1853), Leopoldina (1854), Muriaé (1855), Cataguases (1875), Manhuaçu (1877) e Carangola (1878).
Conforme o Diagnóstico Municipal de Manhuaçu (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais – Sebrae, 1996:14): “A parte que corresponde a Manhuaçu, entre 1860 e 1874, também foi influenciada com a chegada de imigrantes alemães, suíços e franceses, vindos da Colônia de Nova Friburgo (RJ) e do Vale do Canaã (ES)”. Na mesma época, havia três povoados, que nuclearizavam a população residente nas fazendas do atual Manhuaçu: Santa Margarida, São Simão e São Lourenço. Foi neste último que surgiram, em 1872, as primeiras manifestações em prol da emancipação político-administrativa.
A freguesia de Manhuaçu foi criada em 1875 e instituída em 1878, enquanto o município foi criado em 5 de novembro de 1877. Sua sede inicialmente foi em São Simão (hoje Simonésia) e transferida para a Vila de São Lourenço em 1881.
Em 1905, a produção cafeeira da Zona da Mata era significativa, sendo Carangola o maior produtor, com 1,5 milhão de arrobas. Contudo o Rio de Janeiro ainda era o maior produtor nacional, até que a hegemonia fluminense entrou em decadência e foi superada por São Paulo, que antes estava atrás de Minas Gerais. Entre os anos de 1880 e 1930, o café ganhou força na região mineira, foi nesse período em que se desenvolveu a produção de Manhuaçu:
No ano de 1896, a disputa pelo poder local entre dois coronéis, Serafim Tibúrcio da Costa e Frederico Antônio Dolabela, teria provocado consequências negativas na economia.
Após perder as eleições de modo considerado fraudulento, o Coronel Serafim Tibúrcio e seu companheiro Coronel Antônio de Miranda Sette pegaram em armas, proclamando a República de Manhuaçu, inclusive emitindo títulos de crédito em nome da Fábrica de Pilação de Café e nomeando autoridades. A polícia estadual não conseguiu superar os coronéis Tibúrcio e Antônio de Miranda e seus homens. Com o apoio das forças federais, o levante foi derrubado e os revoltosos fugiram pelo vale do Manhuaçu, fundando pequenos povoados como Alegria de Simonésia e até alguns no Estado do Espírito Santo.
Apesar das disputas políticas e das dificuldades, no final do século XIX e início do XX, a população de Manhuaçu já dispunha do jornal O Manhuaçu (criado em 1890), da Estrada de Ferro Leopoldina (1915), da Companhia Força e Luz de Manhuaçu (1918) e do Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais (1920). Ainda hoje, vários casarões dessa fase estão de pé e abrigam famílias, empresas e entidades, no trecho antigo da cidade.
Durante o último século, famílias italianas e das comunidades árabes se mudaram para Manhuaçu, ampliando a diversidade iniciada com a vinda de suíços, franceses e alemães, além de povos de origem africana, indígenas e portugueses que já compunham a população local.
Alteração de grafia
Manhuassú teve sua grafia alterada para Manhuaçu, pela lei nº 336, de 27 de Dezembro de 1948.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Juiz de Fora e Imediata de Manhuaçu. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Manhuaçu, que por sua vez estava incluída na mesorregião da Zona da Mata.
A sede dista por rodovia 290 km da capital Belo Horizonte.
Relevo
A altitude da sede é de 635 m, possuindo como ponto culminante a altitude de 1.730 m.
Clima
O clima é tropical de altitude (tipo Cwa segundo Köppen) com chuvas durante o verão e temperatura média anual em torno de 21 °C, com variações entre 15 °C (média das mínimas) e 27 °C (média das máximas) (ALMG).
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) coletados na estação meteorológica automática da cidade, instalada em 24 de setembro de 2010, a menor temperatura registrada foi de 4,3 °C em 6 de julho de 2013, e a maior atingiu 36,4 °C em 7 de outubro de 2020. O menor índice de umidade relativa do ar foi de 14% nos dias 14 de agosto de 2011 e 10 de setembro de 2012. O maior acumulado de precipitação em 24 horas, por sua vez, foi de 106 mm em 2 de dezembro de 2019.
Hidrografia
O município está inserido na bacia do rio Doce, sendo banhado pelo rio Manhuaçu.
Economia
O café ainda representa boa parte da renda da cidade, sendo característico da região. Mas, hoje, Manhuaçu conta com uma boa prestação de serviços abrindo espaços para novos elementos no setor de varejo. Isso fez com que grandes redes se instalassem na cidade.
Com essas mudanças, em menos de três anos, o comércio local se aprimorou, obrigando pequenas lojas típicas da cidade a investirem maciçamente para atrair os clientes. O setor de prestação de serviços vem crescendo também junto com essa alta: novas empresas relacionadas com cobrança, marketing, TV, rádio, assim como também telefonia fixa e móvel, se instalaram e hoje operam com ganhos muito significativos. A cidade tornou-se um pólo comercial e industrial.
O crescimento exponencial da cidade vem permitindo rápidas construções de grandes edifícios, entre 15 a 20 andares, a região central da cidade, concentra uma grande quantidade de comércio e bancos, fazendo com que nessa região circule milhares de pessoas diariamente.
Com todo esse crescimento, não planejada em seu início, a região tem hoje um fluxo de carros surpreendente, que engarrafam o trânsito diariamente, com milhares de veículos nas ruas. A instalação de grandes mineradoras na região, desperta o interesse de várias empresas de construção civil e rodoviária.
Turismo
O município integra o circuito turístico do Pico da Bandeira.
Referência para o texto: Wikipédia .