quinta-feira, 28 de outubro de 2021

PINHEIRO - MARANHÃO

Pinheiro é um município do estado do Maranhão, Brasil, localizado na microrregião da Baixada Maranhense e mesorregião do Norte Maranhense. Sua área é de 1.512,968 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 83.777 habitantes. A cidade é conhecida por ser terra natal do ex-Presidente da República José Sarney.
Economia
A economia do município é baseado na agricultura e na pecuária.
Agricultura
A agricultura oferece boa fonte de renda, sendo os principais produtos agrícolas cultivados no município: arroz; feijão; milho e mandioca.
Pecuária
A pecuária tem boa projeção, onde o número efetivo de cabeças de gado é de 37.327, as quais fornecem 851.000 litros de leite por ano. A criação de suínos tem um número de 5.026 e as aves contam 177.000. Em menor número, estão os equinos e ovinos.
Ainda em relação a pecuária pinheirense é oportuno ressaltar a criação bubalina, a qual já foi muito destacada, chegando a existir aproximadamente 36.000 cabeças, nos anos 1970 a 1980.
Cultura
As manifestações culturais de Pinheiro são: Carnaval, Reveillon, Festejos de Santo Inácio, Regata de Ramos, desfiles de 7 de Setembro, Jogos Escolares (JEPS), Festas Juninas, Bumba-meu-boi, Tambor de Crioula, capoeira, Festival de Músicas Pinheirense (FESMAP) e o Aniversário de Pinheiro.
Educação
No ensino básico privado, possui o tradicional Colégio Pinheirense, a filantrópica Fundação Bradesco e no âmbito público destaca-se o Instituto Federal do Maranhão. No ensino superior, possui campus da Universidade Federal do Maranhão e da Universidade Estadual do Maranhão. Também conta com uma unidade do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA).
Saúde
O município conta com o Hospital Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson Lago.
Geografia
Limite
Limita-se ao norte, com os municípios de Santa Helena e Central, ao Sul com Pedro do Rosário e Presidente Sarney; ao leste com Bequimão, Peri Mirim, Palmerândia e São Bento e, a oeste, com Presidente Sarney e Santa Helena.
Relevo
Pinheiro apresenta topografia variável. Com campos altos e baixos e cobertura vegetal de matas, cerrados, campos alagados, chapadas e matas de cocais.
Clima
O clima do município é tropical, quente e úmido, sendo que a zona da chapada oferece clima mais ameno. As estações do ano são apenas duas – chuvosa (chamada localmente de inverno)- que vai de janeiro a junho, e seca (chamada de verão) – de julho a dezembro.
Hidrografia
As águas do Rio Pericumã são utilizadas para o abastecimento da população após serem tratadas pela Caema, e delas são tirados os pescados, fonte principal de alimentação Pinheirense. A população ribeirinha o utiliza como meio de transporte diariamente, com lanchas motorizadas, com horário de chegada e saída para diversas localidades circunvizinhas. Em seu curso, foi construída a Barragem do rio Pericumã.
Lazer
- Balneário Maria Santa: é um local de eventos as margens do rio Pericumã
- Rio Pericumã: rio que circunda a cidade e onde a maior parte da população retira seu sustento
- Campos: considerado o pantanal maranhense, com as primeiras chuvas as gramíneas brotam e outras espécies florescem deixando a paisagem bela. Com a elevação do nível do rio (Pericumã) uma vasta área alaga permitindo a prática do ecoturismo, atividade ainda pouco explorada na região.
- Carnaval: é considerado o melhor carnaval do Maranhão. Recebe turistas de várias cidades brasileiras.
- Parque do Babaçú: a 2 km do Centro, o parque é voltado a pratica de esportes e lazer, com praça de alimentação que inclui restaurante.
- Praça da Matriz: encontramos a Igreja de Santo Inácio de Loyola e o anfiteatro.
- Praça Centenário e Praça Sarney: as mais frequentadas da cidade.
- Complexo Poliesportivo: possui quadras de futebol de areia, volei de praia e circuito de motocross.
- Estádio Costa Rodrigues: onde acontece o Campeonato Pinheirense entre outros eventos.
Monumentos históricos
- Prédio mais antigo: está localizado na Praça Padre Newton, no bairro da Matriz. Em estilo colonial, foi sede do Poder Legislativo e da Intendência. Propriedade da família de Adão Amorim.
- Obelisco: a construção foi um presente da Associação Comercial do Maranhão, para a cidade de Pinheiro, durante as comemorações do Centenário da Princesa da Baixada em 1956.
- Busto de José Sarney: foi inaugurado em 24 de abril de 1980, em uma praça que também leva o seu nome, por ocasião do cinquentenário do ex-presidente da República José Sarney, nascido em Pinheiro.
- Busto de Elisabetho Carvalho: homenagem do município ao desembargador, fundador do "Jornal Cidade de Pinheiro" e ex-prefeito Elisabetho Barbosa de Carvalho.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

PACATUBA - CEARÁ

Pacatuba é um município da Microrregião de Fortaleza, na Mesorregião Metropolitana de Fortaleza, no Ceará, no Brasil. Faz parte da Grande Fortaleza. É a 19° cidade mais populosa do Ceará, com 71.079 habitantes em 2018.
Etimologia
O topônimo Pacatuba vem da língua tupi e significa "ajuntamento de pacas", através da junção dos termos paka ("paca") e tyba ("ajuntamento").
História
A história de Pacatuba se mistura com a dos primeiros habitantes destas terras: os índios pitaguaris, potiguaras e outras tribos pertencentes ao grupo linguístico macro-tupi, como os jenipapos-canindés. A eles, somaram-se os portugueses religiosos e militares que vieram habitar a região devido aos processos de aldeamento e catequização e visando a resguardá-la contra invasões de outros povos europeus.
Como proteção contra as invasões de outros europeus, em 1683, foi concedida, através de sesmarias, aos membros da família Correia (originários do Rio Grande do Norte), o sítio chamado Pacatuba. O povoamento da cidade se iniciou nessa época. Numa segunda concessão, em 1693, foram destinadas terras a outros posseiros. A freguesia, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, foi criada em 5 de novembro de 1869. Em 1876, com a construção da Estrada de Ferro Fortaleza-Baturité, Pacatuba recebe duas estações de trem. Foi o terceiro município cearense a libertar os escravos. Em 18 de março de 1842, passou a ser distrito de Maranguape. Em 8 de outubro de 1869 (comemorada como a data de criação da cidade), tornou-se vila. O município foi criado oficialmente em 17 de agosto de 1889.
Geografia
Clima
Tropical quente semiárido brando com pluviometria média de 1.433 mm com chuvas concentradas de janeiro a junho.
Hidrografia e Recursos Hídricos
As principais fontes de água fazem parte da bacia do Rio Cocó, sendo elas os riachos do Gavião, Alegrete, Salgado, da Água Fria e outros tantos. Existem ainda diversos açudes, dentre eles Açude Gavião.
Relevo
A maior parte do município situa-se nas planícies litorâneas, no entanto uma parte é localizada na Serra da Aratanha.
Vegetação
Vestígios de Mata Atlântica, caatinga.
Subdivisão
O município é dividido em quatro distritos: Pacatuba (sede), Monguba, Pavuna, Senador Carlos Jereissati.
Economia
Embora Pacatuba não faça parte do Distrito Industrial de Fortaleza, com 26 indústrias, nos últimos 20 anos a agricultura passou a ser uma atividade secundária por conta da baixa atratividade fiscal e da falta de políticas públicas de apoio ao pequeno produtor, bem como a baixa infra estrutura hídrica de alguns distritos da cidade como Pavuna, Monguba, Comunidade dos Macacos. O Município sofre com o êxodo de seus operários para a Cidade vizinha Maracanaú e para a Capital.
O principal corredor comercial de Pacatuba se localiza no Conj. Carlos Jeireissati onde consta pequenos e médios comércios de mistas atividades. Pacatuba possui ainda três Auto Escolas. Duas empresas de transporte coletivo e uma cooperativa fazem rota pelo Grande Jereissati. Nos últimos anos Pacatuba viu a cidade de Maracanaú que é mais nova que ela contar com uma vasta zona comercial e um shopping center. Em 2012 Pacatuba passou a contar com uma das estações do metrô de Fortaleza, a estação Carlitos Benevides, a última estação da Linha Sul.
Pacatuba possui riquezas naturais que alimentam o setor de Ecoturismo como a Bica das Andréias, Voo Livre, Voo de Parapente, Montanhismo e Trilhas.
Na área social e de Economia Solidária, se destacam os trabalhos realizados pelo Centro de Ação Comunitária do Ceará CACC-Pacatuba, que atua diretamente com a população através de cursos, palestras, simpósios, debates e fortalecimento dos Movimentos Sociais em Pacatuba e da Economia Popular e Solidária. Com ajuda de universitários e de voluntários oferece atividades que proporcionam aos Pacatubanos noções sobre Cooperativismo, Empreendedorismo social, Voluntariado a partir de uma visão social humanista, inovadora e moderna. Acredita nos postulados da Economia heterodoxa
Cultura
Os principais eventos culturais são: Dia do Município (8 de outubro); Paixão de Cristo (Semana Santa); Festa de Nossa Senhora do Carmo (16 de julho); Festa de Nossa Senhora da Conceição (8 de dezembro).
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

IJUÍ - RIO GRANDE DO SUL

Ijuí é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2019, era de 83.475 habitantes.
Devido à diversidade étnica da cidade, resultado da imigração de mais de doze povos europeus, o município é conhecido também como capital da cultura do Rio Grande do Sul, razão pela qual realiza anualmente a Festa Nacional das Culturas Diversificadas (Expo FENADI).
Por ser uma cidade universitária e com amplos recursos hospitalares, possuindo um dos melhores hospitais do interior do Rio Grande do Sul, Ijuí tem um fluxo de aproximadamente 120.000 pessoas, sendo o maior e mais importante centro populacional da região.
História
A Colônia de Ijuhy foi fundada em 19 de outubro de 1890, Ijuhy significa na língua guarani, “Rio das Águas Claras” ou “Rio das Águas Divinas”. Recebeu imigrantes de várias nacionalidades, coordenada inicialmente pelo Diretor Augusto Pestana, Ijuí teve grande impulso em seu desenvolvimento quando, a partir de 1899, foi incentivado o assentamento de colonos com conhecimento de agricultura, vindos principalmente de colônias mais antigas do Rio Grande do Sul. Em 31 de janeiro de 1912 de acordo com Decreto nº  1.814, obteve a Emancipação Político-Administrativo do município de Cruz Alta.
Hoje, é conhecida por Terra das Culturas Diversificadas, Cidade Universitária, Colmeia do Trabalho, Terra das Fontes de Água Mineral e Portal das Missões. Localizada no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, em um entroncamento rodoviário que é passagem obrigatória para o Mercosul e a 395 km da capital, Ijuí é uma cidade que possui expressão em nível estadual. Todas as suas potencialidades são expressas através de uma firme economia baseada no seu forte setor agropecuário, em seu comércio, indústrias e serviços; de seu ensino qualificado, conferido por escolas da cidade e pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJUÍ e de sua saúde, amparada por hospitais muito bem equipados, que dispensam auxílio integral a toda região.
Também em Ijuí está localizada a matriz da COTRIJUI - Cooperativa Agrícola & Industrial, uma das maiores cooperativas do Rio Grande do Sul, que abrange mais de 38 municípios do estado e a Imasa Indústria de Máquinas Agrícolas LTDA..
O principal jornal da cidade, por várias décadas, foi o Correio Serrano, editado pela mesma empresa que o Die Serra-Post, em alemão.
A cidade pode ser acessada através da BR-285, Ijuí/São Borja ou Ijuí/Vacaria, RS-155, Ijuí/Três Passos, RS-342, Ijuí/Cruz Alta ou Ijuí/Três de Maio, RS-514, Ajuricaba e RS-522, Ijuí/Santiago.
Ijuí é conhecida por reunir variados grupos étnicos, sendo daí conhecido como Terra das Culturas Diversificadas. Pode-se citar os seguintes: afro-brasileiros, índios, portugueses, franceses, italianos, alemães, poloneses, austríacos, letos, holandeses, suecos, espanhóis, japoneses, russos, árabes, libaneses, lituanos, ucranianos, entre outros.
Na Expo-Ijuí, feira de amplo destaque na região e no estado, é possível conhecer o comércio, indústria, agropecuária, vestuário, artesanato da região e do estado. Juntamente na Expo-Ijuí é realizada a Fenadi - Festa Nacional das Culturas Diversificadas onde pode-se visitar e provar pratos típicos destas etnias, assim como apreciar danças e apresentações das mesmas, o que possibilita conhecer um pouco dos costumes das terras natais dos antepassados que ali chegaram.
Clima
O clima do município é subtropical (ou temperado) úmido, com quatro estações distintas, temperaturas altas no verão e invernos frescos ou relativamente frios. A temperatura média anual está em torno dos 20 °C e as chuvas se distribuem regularmente durante o ano. No verão, predominam as chuvas convencionais e no inverno as chuvas frontais, com bastante uniformidade. A queda de neve é incomum, mas ocorreu um caso memorável em 1965, quando a cidade cobriu-se de branco.
Saúde
A cidade de Ijuí possui quatro hospitais, destacando-se a associação filantrópica Hospital de Caridade de Ijuí - HCI, fundada em 1935 por iniciativa da própria comunidade. Hoje a região de abrangência dos serviços prestados pelo HCI corresponde a um universo de aproximadamente de 1,5 milhões de pessoas distribuídas em 125 municípios, o que representa cerca de 12% da população do estado[8]. Nos últimos anos o HCI se especializou em serviços de alta complexidade, através do CACON - Centro de Alta Complexidade em Oncologia, e o mais recente Instituto do Coração.
O Hospital Bom Pastor - HBP, fundado em 1981, nasceu inicialmente com o objetivo de atender os associados da Cotrijuí e hoje atua de forma independente como associação hospitalar filantrópica. Atualmente, o Hospital Bom Pastor está em fase final da construção de um novo hospital onde além do atendimento geral, contará com especializações em Geronto/Geriatria, Saúde Mental, Psiquiatria e Dependência Química.
As estruturas do HCI e Hospital Bom Pastor servirão para atender as demandas do curso de Medicina, aprovado pelo MEC em 2017 e com previsão para início das aulas no primeiro semestre de 2018.
Em 18 de março de 2005 foi inaugurado o moderno Hospital Unimed Ijuí, cuja estrutura é tida como referência dentro do sistema Unimed.
Na rede de saúde municipal, existem 53 unidades de saúde do SUS distribuídas pela cidade.
Esporte
O município está bem estruturado na área de esportes e educação física, possuindo mais de 43 quadras de esportes, onde são praticados os mais diversos tipos de atividades esportivas. A administração municipal organiza, através do CMDL (Coordenadoria Municipal de Esporte e Lazer), o maior campeonato de futebol amador do Estado, além de incentivar a realização de eventos de outros tipos de esporte. Na área do esporte profissional, o Esporte Clube São Luiz, participou em 1991, da Copa Governador do Estado conquistando o vice-campeonato. Participa anualmente do Campeonato Gaúcho de Futebol Profissional, promovido pela Federação Gaúcha de Futebol. O clube ganhou muito prestígio na região nos anos 1950 e 1960. No ano de 2013 o São Luiz alcançou relativo sucesso no campeonato estadual, alcançando a final de um turno e sendo Campeão do Interior.
Economia
A agricultura caracteriza-se pelas culturas anuais, especialmente soja, trigo e milho. A pecuária constitui-se basicamente na criação de gado de corte e gado leiteiro. A agropecuária, nos últimos anos, tem alcançado crescimento importante na produção de leite, ovos, mel, cera e lã. O setor primário do município - agricultura e produção mineral – representa até 2003;um percentual de 12,90 da economia do município. A bacia leiteira do município produz aproximadamente 20 milhões de litros anualmente. O crescimento agrícola de Ijuí sobrepujou o setor industrial no último ano. O setor industrial especializou-se na construção de máquinas e implementos agrícolas e produtos alimentícios. Mais recentemente, está crescendo a produção de confecção e vestuário.
O setor industrial em Ijuí possui uma grande influência na economia da região, representando em 2003;um percentual de 13,51% da economia do município. No setor terciário, houve um crescimento significativo em razão da comercialização de máquinas e equipamentos vinculados a agricultura, tais como: máquinas, equipamentos eletrônicos, adubos, pesticidas, inseticidas. Outros serviços vinculados ao desenvolvimento da cidade - supermercados, estabelecimentos comerciais dos mais diversos tipos, lojas de calçados, farmácias, etc. – também estão em franca ascensão.
Observa-se crescimento anual do setor terciário na economia de Ijuí, onde o comércio varejista e o atacadista chegaram a um percentual de 55% e os serviços com 18,54% em 2003. O município de Ijuí ancorou sua economia basicamente na agricultura e num parque industrial bastante desenvolvido em relação à economia regional. Nos últimos anos, observou-se um crescimento bastante acentuado no setor terciário, transformando Ijuí em cidade polo regional.
Turismo
Folclore
As tradições e os costumes dos índios, europeus, asiáticos e africanos, resumiu-se num destacado centro de folclore. A diversificação étnica com a formação do caboclo local (o mestiço de português com os índios) está culturalmente integrada às tradições e costumes da região, onde demonstram com o orgulho o espírito de brasilidade.
Em 1943, foi fundado em Ijuí a primeira Entidade Tradicionalista, que depois da fundação do 35CTG, passou a Centro de Tradições Gaúchas. A cozinha regional, os trajes, as danças, e as diferentes culturas espelham as diversas bases étnicas do Rio Grande do Sul, os principais CTG's da cidade que participam de rodeios e concursos por todo o Estado, CTG Clube Farroupilha, G.F Fogo de Chão, G.F Chaleira Preta, CTG Laureano de Medeiros, CNN Piazito Carreteiro, CTG Avô Maragato e GF Chão Batido.
A cidade também é conhecida dentro do meio tradicionalista gaúcho em diversas modalidades individuais por possuir os primeiros vencedores da modalidade Dança de Salão no ENART (maior festival amador da América Latina) Leonardo Veiga e Andréia Hampp, e também conta com participantes da modalidade de chula, como Jean Diniz, Bi campeão do ENART (2007 e 2008) e campeão do Rodeio Internacional da Vacaria, e Luciano Scheer, vice-campeão do ENART (2010), além de contar com bons chuleadores na modalidade Juvenil e Mirim.
As fachadas de diversos prédios de igrejas e de algumas residências mantém as tradições dos antepassados, resistindo aos avanços de nossos dias. Carnaval, futebol, “Canto Farroupilha” (música típica riograndense), Semana do Imigrante Alemão, “Semana Farroupilha”, ExpoIjuí, Natal das Etnias, Feira do Livro, são algumas das manifestações culturais do município.
Artesanato
O artesanato em Ijuí tem duas dimensões: o trabalho e a cultura. As criações na área de cerâmica, pintura, bordados, crochê, porcelana, couros, madeira, chifre, milho, palha de trigo, vidro e papel, demonstram toda a criatividade do povo ijuiense. Os artesãos estão organizados em associação e participam de diversas feiras e exposições a nível regional e estadual, além de possuírem na cidade dois locais onde o artesanato é comercializado.
Gastronomia
A alimentação em Ijuí constitui-se basicamente em pratos típicos riograndenses: churrasco, “carreteiro”, feijão, arroz, carne, legumes e frutas. A agricultura regional é diversificada, destacando-se a batata, a mandioca, legumes, frutas e verduras, grandemente consumidas pela população. A mistura étnica, representada por alemães, austríacos, poloneses, italianos, afro-brasileiros, portugueses, árabes, holandeses e suecos e outros, tem influenciado os cardápios, diversificando e qualificando a alimentação da população da cidade de Ijuí.
Grupos étnicos
Em virtude da diversidade étnica que originou a população ijuiense, havia a vontade de expressar toda essa miscigenação cultural. Foi assim que em 1985 criou-se o Movimento Étnico e, em 1987, foi realizada a 1ª Festa Nacional das Culturas Diversificadas Fenadi. Esse evento é responsável pelo resgate dos costumes, da gastronomia, da música, da dança e de toda memória cultural de onze etnias que estão organizadas em casas típicas no Parque Wanderley Burmann.
Alemães, austríacos, afro-brasileiros, árabes, espanhóis, holandeses, italianos, letões, portugueses, poloneses, suecos e japoneses, revelam um legado cultural que proporciona, anualmente, uma viagem de conhecimento ao visitante.
Usina Velha
A Usina Velha em Ijuí foi uma usina hidroelétrica inaugurada em 1923. Foi inicialmente projetada para atender as necessidades do município durante dez anos, no entanto a demanda por energia aumentou tanto que apenas cinco anos depois já era necessária a instalação de um segundo grupo gerador.
Este segundo grupo foi instalado em 1932 e na década de 1940, foi instalado um gerador a diesel. A usina tinha capacidade para produzir 500;Kw de potência, mas conseguia produzir 300 MWh/mês, o que equivale apenas ao consumo da iluminação pública. Suas instalações oferecem também um belo passeio oferecendo uma boa infraestrutura para receber os visitantes: quiosque, locomóvel, área de descanso, banheiros, estacionamento, e um mirante para apreciar a vista da queda de água com aproximadamente 11,20 m.
Em 2017, foi aprovada a sua desativação junto ao governo municipal para a construção de uma nova usina no Rio Potiribu, tendo assim um melhor aproveitamento dos recursos hídricos e do potencial de geração de energia elétrica.
Usina do Passo de Ajuricaba
A Usina do Passo de Ajuricaba foi inaugurada em 1959, em função da crescente necessidade na produção de energia elétrica que ocorria devido à industrialização da região.Localiza-se na Vila Floresta, com acesso pela BR-285, km 330 e pela RS 155, km 5.
Fazenda São José
A Fazenda São José está localizada a 15 km do centro da cidade e tem acesso pela RS-342, no Distrito de Alto da União. Oferece 290 hectares de área verde junto à natureza num local com mata nativa. Atualmente a maior parte de suas terras são ocupadas com algumas culturas como soja e trigo, com apenas uma parte restante utilizada para o gado. Há algum tempo servia como hotel-fazenda, disponibilizando muitas atividades diferentes.
Museu Antropológico Diretor Pestana
O museu antropológico Diretor Pestana constitui um centro de preservação da memória regional. Situa-se na Rua Germano Gressler, 96, no Bairro São Geraldo. Possui aproximadamente 25 mil peças relacionadas ao índio pré-missioneiro e encontradas na região. A seção antropológica possui 3900 peças que contam as histórias do povo ijuiense, índios e de toda região. Beleza e encantamento revelam-se no resgate de história passadas, desde sua fundação o museu é mantido pela Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado – Fidene, foi criado em 25 de maio de 1961, junto ao Centro de Estudos e Pesquisas Sociais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí – FAFI com o objetivo de resgatar e preservar a memória regional, promover a cultura, a educação e o lazer.
Educação
A educação de Ijuí e fortemente destacada no âmbito nacional, cidade onde se localiza a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), classificada entre as cinco melhores Universidades do Estado e décima melhor Universidade Privada do País, segundo dados do MEC em 2009. A UNIJUÍ é uma universidade comunitária de caráter regional, oferecendo mais 45 cursos e abrigando mais de 12.000 alunos (2005) e uma Faculdade FAGEP que oferece 4 cursos. O Serviço Nacional Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) oferecem cursos profissionalizantes para o mercado de trabalho local e regional.
Desde 2008 o município de Ijuí conta com mais uma Faculdade, a Faculdade América Latina, que tem como mantenedores a Sociedade Educacional Santa Tereza, de Caxias do Sul, e a Faculdade Esade, de Porto Alegre.
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
A Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, UNIJUÍ, fundada em 1957, tem sede com campi em Ijuí, Santa Rosa, Panambi e Três Passos, além dos núcleos universitários de Santo Augusto e Tenente Portela. Ela consolidou sua existência na incessante busca da socialização do conhecimento humano e do desenvolvimento regional, e oferece mais de trinta cursos de graduação e pós-graduação com infra-estrutura qualificada.
Parque de Exposições Wanderley Burmann
É considerado um dos maiores do estado e está localizado no km 454 da rodovia BR-285, distante 4 km da cidade de Ijuí, possuindo uma área de 15 hectares.
Nesse espaço, cada visitante dos diversos eventos que lá ocorrem, podem usufruir de amplo estacionamento arborizado e sinalizado com capacidade para 2000 veículos e 100 ônibus.
O segmento dos produtores tem a sua disposição 403 espaços para exposição, dos quais 246 são internos, distribuídos em cinco pavilhões destinados ao comércio, indústria, vestuário, artesanato e produtos diversos.
Fonte para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 19 de outubro de 2021

CARPINA - PERNAMBUCO

Carpina é um município da Zona da Mata Norte, no estado de Pernambuco, no Brasil. Dista 45 quilômetros da capital do estado, Recife, e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 85.131 habitantes.
Topônimo
"Carpina" procede do tupi antigo karapina, que era o nome de uma variedade de pica-pau. O termo passou a ser aplicado também ao ofício de carpinteiro, por ambos trabalharem a madeira. O termo foi incorporado à língua portuguesa, junto com sua variante, "carpina". Por volta de 1822, um carpinteiro de nome Francisco de Andrade Lima se instalou na região. Por conta desse fato, a região passou a ser chamada de "Chã (planície, planalto) do Carpina". De 1901 a 1938, a cidade foi chamada de Floresta dos Leões. Nesse ano, adotou o nome Carpina, em referência a seu nome original, Chã do Carpina.
História
Ocupação indígena
Por volta do ano 1000, a Zona da Mata Norte de Pernambuco foi ocupada por tupis procedentes da Amazônia, que expulsaram os antigos habitantes tapuias, falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. No século XVI, quando os primeiros europeus chegaram à região, a mesma era habitada pelos ramo tupi dos tabajaras.
Antecedentes da ocupação territorial de origem europeia
Muito embora o atual território municipal de Carpina esteja situado principalmente na bacia hidrográfica do rio Capibaribe, admite-se que teria recebido maior influência daqueles que buscavam as matas setentrionais do atual estado de Pernambuco, na esperança de encontrar o desejado, mas nem sempre rendoso, pau-brasil. Logo que as matas litorâneas foram dizimadas e, nos vales dos rios, implantou-se a atividade canavieira, aqueles colonos que não dispunham de recursos suficientes para a implantação de engenhos dedicavam-se a atividades complementares e dependentes daquela atividade principal. Desta forma, o pastoreio, que se desenvolveu ao lado da agricultura no primeiro século de colonização europeia, viu-se obrigado a buscar outras regiões onde pudesse crescer sem prejudicar a agricultura nascente, acarretando a interiorização da pecuária e sua fixação no Agreste e no Sertão.
Dentre as atividades complementares dependentes da açucareira, além da pecuária já citada, sobressaía-se a atividade madeireira, necessária à confecção de caixas para o embarque do açúcar para a coroa. Ora, as matas litorâneas continuam sendo erradicadas, tanto pela procura do "pau das tintas quanto pela expansão canavieira que, vencendo a barreira dos vales fluviais, subia pelas encostas, dominando a paisagem".
Sobre esse plano de fundo, os madeireiros, que desenvolviam sua atividade naqueles locais onde a matéria-prima ocorresse em abundância, viam-se forçados a procurar melhores sítios ainda não cobiçados pelos "nobres do açúcar".
Os colonizadores da capitania de Itamaracá, notadamente aqueles que se fixaram no vale do rio Goiana, foram os primeiros descendentes de europeus a desbravarem aquelas áreas, onde o rio Tracunhaém cortava a terra coberta de matas, em busca de terras para a agricultura de subsistência. Lado a lado com esses pioneiros, os madeireiros seguiam a mesma trilha, alcançando as cabeceiras daquele rio.
Por outro lado, os pecuaristas se viam na contingência de buscarem rotas para suas boiadas capazes de fornecerem condições de sobrevivência não só para os boiadeiros e tangerinos, como para o próprio gado. Com efeito, essa necessidade levou ao traçado das rotas seguindo os cursos dos rios que desemborcavam no litoral. Dentre esses, se situa o rio Capibaribe, em cuja bacia hidrográfica localizam-se dois terços do território municipal.
Pelo anteriormente exposto, podemos concluir que o território, onde se localiza o atual município de Carpina, teve sua ocupação determinada por duas vias de acesso: uma pelo norte, partindo de Goiana e seguindo o rio Tracunhaém e ultrapassando suas nascentes; outra pelo sul, uma das rotas oficiais dos caminhos das boiadas, a que partia do litoral e acompanhava o rio Capibaribe.
Ocupação de origem europeia
A ocupação do território onde se localiza o município de Carpina foi determinada por duas vias de acesso: uma pelo norte, a partir de Goiana, seguindo o rio Tracunhaém; outra mais ao sul, partindo do litoral e acompanhando o rio Capibaribe, uma das rotas oficiais dos "caminhos das boiadas". Os primeiros desbravadores a chegar, a partir da segunda metade do século XVII, foram os exploradores do pau-brasil e os criadores de gado; em seguida, surgiram os engenhos de cana-de-açúcar. A atividade madeireira sobressaía-se como complementar e dependente da açucareira, pela necessidade de confecção de caixotes para o acondicionamento do açúcar a ser embarcado para a Coroa.
Desenvolvimento
Com a abertura da estrada de ferro para Limoeiro, em 1881, a chã do Carpina passou a ser uma estação intermediária. O movimento ferroviário incrementava o comércio da estação, embora incipiente, porém promissor. Logo a seguir, fazendo entroncamento na Chã do Carpina, abriu-se o ramal para Nazaré. Os dois eventos tiveram marcante contribuição no desenvolvimento inicial: quer pela estação da linha tronco com destino a Limoeiro, quer pela implantação do ramal.
A atividade comercial que se iniciou e se desenvolveu no local provocou a construção de moradias, no início, de taipa, cercadas pelas roças e cultura de subsistência. Conta-se que, por volta de 1888, um dos moradores, João Batista de Carvalho, teve a iniciativa de desapropriar uma área, coberta de mocambos e roçados, para, aí, abrir a primeira praça de Chã de Carpina. Essa iniciativa foi combatida na época especialmente por aqueles que tiveram seus bens desapropriados, o que não é difícil de entender. Hoje, o local é a principal praça da cidade.
Crescimento e consolidação
Esse distrito do Chã do Carpina consta dos quadros de apuração do recenseamento geral de 1 de setembro de 1920 como integrante do município de Nazaré. A denominação de Floresta dos Leões foi dada ao distrito pela lei municipal (Paudalho) de nº 12, datada de 15 de dezembro de 1901, numa homenagem a João Souto Maior, líder da Revolta Pernambucana de 1817, apelidado de Leão de Tejucupapo, e a seus seguidores, os leões, que se haviam refugiado na chã do Carpina, depois de um combate com as tropas governistas.
A localidade foi elevada à categoria de vila pela lei estadual de nº 991, de 1 de julho de 1909. Lá, em pleno centro da cidade, existe um monumento com a caricatura de um leão. A lei nº 1.931, de setembro de 1928, criou o município, com a denominação de Floresta dos Leões, que permaneceu até 1938, quando foi substituída pela de Carpina, em face do decreto-lei estadual de nº 235, de 9 de dezembro de 1938. Sua instalação ocorreu em 1 de janeiro de 1929.
Administrativamente, o município é formado pelos distritos de: Carpina (sede) e dos povoados de Caramuru e Caraúba Torta. O município comemora sua emancipação política anualmente no dia 11 de setembro (FIDEP,1982).
A emancipação política
O funcionário público e jornalista Francisco José Chateaubriand Bandeira de Melo pediu permissão para mudar o nome de "Chã do Carpina" para "Floresta dos Leões" ao então presidente da república, Afonso Pena, que excursionava pelo Nordeste do Brasil. Aceito o pedido, o presidente doou um conto de réis para ajudar na compra do leão de bronze que se vê no monumento erguido na Praça de São José, inaugurado em setembro de 1909. Em 1923, o deputado Armando Gayoso apresentou, à câmara de vereadores, o projeto de lei 1.372, que sugeria a emancipação do município. O projeto não foi aprovado pelo governador Sérgio Loreto para não desagradar políticos de Paudalho e Nazaré. Foram muitos embates, muitas reuniões no Engenho Limeira Grande, até chegar-se à condição de município. Os emancipadores, como Odair Santana, homens valorosos que protagonizaram a independência de Carpina, entraram para a história pela maneira incansável com que lutaram para alcançar a liberdade tão desejada. A luta incessante desses homens só conseguiu atingir os seus objetivos no ano de 1928. Em justa homenagem, seus nomes ficaram perpetuados em praças, ruas e avenidas da cidade.
A Vila da Floresta dos Leões foi levada à categoria de cidade pela Lei Estadual nº 1 931, de 11 de setembro de 1928, e instalada em 1 de janeiro de 1929. Desmembrada dos municípios de Paudalho e Nazaré da Mata, passou a chamar-se Floresta dos Leões. Em 1938, a localidade voltou ao nome de origem - Carpina, durante o Estado Novo, Governo de Getúlio Vargas, por sugestão do jornalista Mário Melo. A mudança de nome não agradou aos leo-florestanos.
Hidrografia
O município de Carpina encontra-se inserido nos domínios das bacias hidrográficas dos rios Goiana e Capibaribe. Seus principais tributários são os rios Tracunhaém, Capibaribe e Itapinassu além dos riachos: Bonito, das Bestas e Flores. Os principais corpos de acumulação são os açudes Carpina (270 000 000 metros cúbicos) e Curtume. Os principais cursos d'água no município têm regime de escoamento perenizado e o padrão de drenagem é o dendrítico.
Clima
- Tipo de clima: Tropical
- Precipitação pluviométrica: 1.111,8 mm
- Temperatura média anual: 24,6 °C
- Meses chuvosos: maio a agosto
Turismo
Feriados municipais
- 6 de Janeiro - Dia de Reis - A Festa de Reis é a primeira grande festa do ano em Carpina, na primeira semana. Logo depois das festas de final de ano, acontecem apresentações de pastoril e bumba meu boi e feira de produtos e comidas típicas.
- 19 de Março - São José (padroeiro da cidade) -  Para essa comemoração religiosa, que, geralmente, tem a duração de 9 a 13 dias, todos os dias tem-se adoração e reza-se o terço de forma reflexiva. Tem-se, também, procissões e celebrações eucarísticas, geralmente com a presença de padres das cidades circunvizinhas, do Bispo da Diocese da Cidade de Nazaré da Mata, além dos padres da Escola Salesiana Padre Rinaldi e do Pároco da Matriz de São José, onde é realizado todas as atividades religiosas em Homenagem ao Padroeiro da cidade do Carpina, São José.
- 13 de Junho - Santo Antônio (padroeiro do Bairro Santo Antônio) - Durante 13 dias seguem as festividades do padroeiro na Matriz de Santo Antônio.
- 11 de Setembro - Emancipação política - Neste dia, realiza-se um desfile cívico em comemoração à emancipação da cidade, com participação de igrejas, militares e dezenas de escolas da região e mesmo de estados vizinhos, como a Paraíba.
Bibliotecas
Biblioteca Pública Municipal Doutor Geraldo Calábria Lapenda, inaugurada em 28 de junho de 2006
Esportes
A cidade de Carpina possui um clube no Campeonato Pernambucano de Futebol, o Clube Atlético Pernambucano, que joga de mandante no Estádio Municipal de Carpina. Outros clubes da cidade sãoː o Santa Cruz Futebol Clube do Carpina, o Carpina Sport Club, o Carpinense Esporte Clube, o Korujão Clube de Carpina e o GE Petribu.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

RIO ANTIGO 6

A cidade foi, sucessivamente, capital da colônia portuguesa do Estado do Brasil (1763-1815), depois do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), do Império do Brasil (1822-1889) e da República dos Estados Unidos do Brasil (1889-1968) até 1960, quando a sede do governo foi transferida definitivamente para a recém-construída Brasília. 
O litoral do atual estado do Rio de Janeiro era habitado por índios do tronco linguístico macro-jê há milhares de anos. Por volta do ano 1000, a região foi conquistada por povos de língua tupi procedentes da Amazônia. Um destes povos, os tamoios, também conhecidos como tupinambás, ocupava a região ao redor da Baía de Guanabara no século XVI, quando os portugueses chegaram à região. 
A Baía de Guanabara, à margem da qual a cidade foi fundada, foi descoberta pelo explorador português Gaspar de Lemos em 1 de janeiro de 1502. No entanto, em 1 de novembro de 1555, os franceses, capitaneados por Nicolas Durand de Villegagnon, apossaram-se da Baía da Guanabara, estabelecendo uma colônia na ilha de Sergipe (atual ilha de Villegagnon). Lá, ergueram o Forte Coligny, enquanto consolidavam alianças com os índios tupinambás locais. Enquanto isso, os portugueses se aliaram a um grupo indígena rival dos tupinambás, os temiminós e foi com o auxílio destes que atacaram e destruíram a colônia francesa em 1560. Os franceses só foram completamente expulsos da região pelos portugueses em 1567. Persistindo a presença francesa na região, os portugueses, sob o comando de Estácio de Sá, acompanhado por um grupo de fundadores incluindo também D. Antônio de Mariz, desembarcaram num istmo entre o Morro Cara de Cão e o Morro do Pão de Açúcar, fundando, a 1 de março de 1565, a cidade de "São Sebastião do Rio de Janeiro". Uma vez conquistado o território, em uma pequena praia protegida pelo Morro do Pão de Açúcar, edificaram uma fortificação de faxina e terra, o embrião da Fortaleza de São João. A expulsão e derrota definitiva dos franceses e seus aliados indígenas, no entanto, só se deu em janeiro de 1567. 
A vitória de Estácio de Sá, subjugando elementos remanescentes franceses (os quais, aliados aos tamoios, dedicavam-se ao comércio e ameaçavam o domínio português na costa do Brasil), garantiu a posse do Rio de Janeiro, rechaçando, a partir daí, novas tentativas de invasões estrangeiras e expandindo, à custa de guerras, seu domínio sobre as ilhas e o continente. A povoação foi refundada no alto do antigo Morro do Castelo, que se localizava no atual centro da cidade. O morro foi removido em 1922 como parte de uma reforma urbanística. O novo povoado marcou o começo de fato da expansão da cidade. 
Durante quase todo o século XVII, a cidade acenou com um desenvolvimento lento. Uma rede de pequenas ruelas conectava entre si as igrejas, ligando-as ao Paço e ao Mercado do Peixe, à beira do cais. A partir delas, nasceram as principais ruas do atual Centro. Com cerca de 30.000 habitantes na segunda metade do século XVII, o Rio de Janeiro tornara-se a cidade mais populosa do Brasil, passando a ter importância fundamental para o domínio colonial. 
Em 1763, o ministro português Marquês de Pombal transferiu a sede da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. 
A vinda da corte portuguesa, em 1808, marcaria profundamente a cidade, então convertida no centro de decisão do Império Português, debilitado com as guerras napoleônicas. Após a Abertura dos Portos, tornou-se um proeminente centro comercial. Nos primeiros decênios, foram criados diversos estabelecimentos de ensino, como a Academia Militar, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios e a Academia Imperial de Belas Artes, além da Biblioteca Nacional - com o maior acervo da América Latina - e o Jardim Botânico. O primeiro jornal impresso do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, entrou em circulação nesse período. Foi a única cidade no mundo a sediar um império europeu fora da Europa. 
Após a Independência do Brasil (1822), a cidade tornou-se a capital do Império do Brasil, enquanto a província enriquecia com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Em 1823, o Rio de Janeiro recebeu o título de Muito Leal e Heroica por carta imperial de D. Pedro I, por seus habitantes terem apoiado o então príncipe regente em sua decisão de permanecer no Brasil, no que viria ser conhecido como Dia do Fico. De modo a separar a província da capital do Império, a cidade foi convertida, no ano de 1834, em Município Neutro, passando a província do Rio de Janeiro a ter Niterói como capital.
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segunda-feira, 11 de outubro de 2021

LAJEADO - RIO GRANDE DO SUL

 
Lajeado é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, situado a 113 km da capital, Porto Alegre. Pertence à região geográfica intermediária Santa Cruz do Sul-Lajeado e à região imediata de Lajeado, sendo sua cidade mais populosa. A população estimada pelo IBGE em 2020 era de 85.033 habitantes, distribuídos em apenas 91,591 km², o que torna Lajeado uma das dez cidades com maior densidade populacional do estado.
História
O nome Lajeado vem do ponto de referência que se dava às sesmarias. No Rio Taquari e no Arroio do Engenho, as águas formavam cascatas sobre lajeiros, daí o nome da cidade. Entretanto, em virtude da barragem de Bom Retiro do Sul, os lajeados do Taquari, bem como suas cascatas, estão submersos.
Antônio Fialho de Vargas foi o fundador e patriarca de Lajeado. Tendo sido um dos primeiros a estabelecer-se por Lajeado, adquirindo fazendas e estabelecido casa, senzala e demais dependências, além de ter promovido a colonização local. As terras foram inicialmente comercializadas pela imobiliária Batista Fialho & Cia.
Primeiramente, pertenceu o município de Lajeado ao de “Vila Príncipe” (Rio Pardo), criado pelo Alvará Régio de 27 de abril de 1809, juntamente com Porto Alegre, Rio Grande e Santo Antônio da Patrulha. Eclesiasticamente, ficou submetida à Freguesia de Taquari.
Uma vez criada a Freguesia de Estrela pela Lei 875 de 2 de abril de 1873, a ela foi incorporada o território de Lajeado pela Lei 916 de 24 de abril de 1874. Pela Lei 963 de 29 de março de 1875, foi instituído como 2° Distrito de Paz da Freguesia de Estrela, compreendendo o território situado a margem direita do Rio Taquari (Lajeado, Arroio do Meio, Encantado e Guaporé).
Pela Lei 1.044 de 20 de maio de 1876 foi criado o município de Estrela, dele fazendo parte o Distrito de Lajeado.
Mais tarde em 27 de maio de 1881, pela Lei Provincial 1.351, foi criada uma freguesia no 2° Distrito de Paz de Estrela, sob a invocação de Santo Inácio. Finalmente pelo Ato 57 de 26 de janeiro de 1891 foi criada a Vila de Lajeado, cuja instalação deu-se em 25 de fevereiro do mesmo ano.
Até 20 de outubro de 1891, a nova comunidade foi administrada por uma Junta Municipal, presidida por Frederico Henrique Jaeger. A 15 de novembro de 1891, foi empossado o 1° Conselho Municipal, e eleito o intendente Frederico Heineck.
A 20 de fevereiro de 1892, foi dissolvido o Conselho Municipal pelo então governador do Estado e nomeada uma Comissão para gerir os negócios da comunidade. A 19 de agosto de 1892, tomou posse do cargo de Intendente Provisório Bento Rodrigues da Rosa que administrou o município até 1894, quando foi substituído por Joaquim de Moraes Pereira. Em 1895 este foi substituído por Júlio May.
Pelo Decreto 618 de 6 de maio de 1903, instituiu a Comarca do Vale do Taquari, com sede em Lajeado, abrangendo o termo de Estrela.
Em 20 de dezembro de 1939, foi a Vila de Lajeado elevada à categoria de cidade.
Colonização de Lajeado
A colonização de Lajeado remonta a 1853, com o estabelecimento da Colônia Conventos, fundada por Antônio Fialho de Vargas. Ficava esta colônia situada no lugar denominado Conventos Velhos, próximo a atual sede do município, onde por volta de 1830 se estabelecera José Inácio Teixeira, “dono de muitos escravos” que construiu casas e adquiriu alguns lotes de terras repassando tudo para Antônio Fialho de Vargas. Em 1835 já havia muitos moradores em ambas as margens do Rio Taquari. Fialho de Vargas fez grandes derrubadas de matos e vendeu lotes de terras a pessoas de outros municípios que atraídos pela grande quantidade de terras para lavouras, mudaram-se e fixaram residência no território que aos poucos foi se desenvolvendo.
Em 1855 recebia a Colônia Conventos os primeiros imigrantes e, em 1857, já possuía 168 habitantes, dos quais 81 homens e 87 mulheres, sendo 49 deles chegados naquele ano da Europa. No ano seguinte chegavam mais 20 colonos, ficando assim distribuída a população segundo religião e a nacionalidade: 76 brasileiros e 112 alemães, sendo 71 católicos e 117 protestantes. Deste total, 100 eram do sexo masculino e 88 do feminino. A colônia produzia feijão, milho, batatas, trigo, favas e cevada.
No ano de 1860 a população já havia aumentado para 231 indivíduos.
Houve também imigração italiana, notadamente nos antigos distritos de Marques de Souza, Progresso e Fão, iniciada anos mais tarde. Também houve colonização de luso-brasileiros em menor escala.
Idiomas regionais
O Riograndenser Hunsrückisch, ou hunriqueano riograndense em português, é uma língua minoritária sul brasileira de origem germânica falada desde tempos pioneiros em Lajeado bem como por milhares de pessoas espalhadas por vários outros municípios do estado do Rio Grande do Sul e mesmo em regiões adjacentes.
Geografia
Uma das célebres características da cidade é o rio Taquari, o qual consiste-se em um importante modal locomotivo voltado ao transporte de carga muito utilizado antigamente e provém água aos habitantes, fatores que possibilitaram a fundação bem como o desenvolvimento da cidade e região. O rio marca, também, a divisa entre o município de Estrela.
O tamanho de seu território geográfico é relativamente restrito, resultado da emancipação de vários municípios à sua volta. Atualmente, Lajeado possui aproximadamente 90 quilômetros quadrados e é uma cidade predominantemente urbana, com área rural restrita a cerca de 2% de seu território.
Educação
A Universidade do Vale do Taquari - Univates é a principal instituição de nível superior do município, com 12.455 estudantes e 526 professores contratados no segundo semestre de 2017. Além dela, a cidade conta com um polo de ensino da Uniasselvi.
Economia
Suas principais atividades econômicas são voltadas à indústria alimentícia. É conhecida por ser a "capital do Vale do Taquari", tendo em vista a importância socioeconômica no mesmo.
Lajeado é um polo da alimentação, contando com grandes empresas do setor, como Brasil Foods e Minuano (frangos), Granja Cageri (ovos de galinha e codorna), Docile Alimentos e Florestal Alimentos (balas e doces), Fruki (refrigerantes) e Sorvebom (sorvetes). Além disso, a cidade conta com uma distribuidora de combustíveis de nível estadual (Charrua) e uma universidade (Univates).
Está situado no município, na BR-386, um dos maiores shoppings do Rio Grande do Sul, o Shopping Lajeado, que possui grandes marcas de lojas e restaurantes como Lojas Renner, Burger King, Lojas Americanas e Subway. O Shopping também possui as únicas quatro salas de cinema do Vale do Taquari, sendo uma 3D.
Esporte
Lajeado é a cidade de origem do patinador Marcel Ruschel Stürmer, primeiro brasileiro a ser tetracampeão dos Jogos Pan-americanos (2003, 2007, 2011 e 2015). Marcel venceu também os Jogos Mundiais de 2013.
A cidade tem um dos mais tradicionais times de futebol do estado, o Clube Esportivo Lajeadense, vice-campeão estadual de 2013, que atualmente disputa a Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho.
A equipe de basquete da cidade, o Bira, é hexacampeão gaúcho masculino da modalidade e campeão da Copa Brasil Sul de 2012.
A Associação Lajeado de Futsal (Alaf) foi campeã da Liga Sul de Futsal em 2014 e disputou a Liga Nacional de Futsal nos anos de 2015 e 2016.
Turismo
Possuindo uma ampla área de turismo, Lajeado destaca-se por ser uma cidade limpa e com vários locais de lazer.
Os principais pontos turísticos da cidade são: Parque Professor Theobaldo Dick, mais conhecido como Parque dos Dick; Praça da Matriz; Igreja da matriz Santo Inácio de Loiola, em frente à praça; Casa de Cultura; Parque do Engenho, local destinado a estudos de biologia; Ciclovia na beira do rio Taquari; Jardim botânico de Lajeado; Parque histórico.
A cada dois anos acontece a feira mais importante da região, a Expovale, no mês de novembro.
Cultura
A população de Lajeado é formada por descendentes de alemães e italianos, principalmente.
A cidade conta com o Parque Histórico, onde foram realocadas casas típicas alemãs da região, construídas na época da imigração, e onde foi gravado o filme "A Paixão de Jacobina".
- Parque Histórico - Local onde foram instalados, em dimensões originais, vários prédios antigos do tipo "enxaimel", uma característica das habitações dos primeiros colonizadores alemães do município. O conjunto arquitetônico do Parque Histórico forma uma autêntica "aldeia-museu", com escola, salão de baile, ferraria, moinho e todos os demais prédios que formavam uma "colônia" dos tempos dos pioneiros. No prédio destinado ao Museu do Livro Antigo será oferecido acesso a um verdadeiro acervo histórico (documentos, livros, retratos), que servirá de fonte de pesquisa regional, nacional e internacional. Além de seu valor histórico-cultural, este é um local destinado à realização de eventos de lazer e gastronomia. O Parque está localizado ao lado do Parque do Imigrante e foi inaugurado no dia 8 de novembro de 2002.
Atrações culturais
- Casa da Cultura - O prédio foi inaugurado em 21 de agosto de 1900 onde funcionava a Prefeitura Municipal. Em 1984 o prédio foi tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado e passou oficialmente a chamar-se Casa de Cultura do Município de Lajeado onde, atualmente, também funciona a Secretaria de Cultura e Turismo da cidade e o Museu Municipal Bruno Born. Onde ocorrem exposições, cursos, palestras e outras atividades culturais.
Biblioteca João Frederico Schaan - Atualmente, a biblioteca conta com mais de 20000 volumes e atende cerca de 300 pessoas diariamente. Possui ainda uma ala infantil, um auditório para 60 pessoas, gabinetes para pesquisa individuais e em grupos.
Arquivo Histórico Municipal - Funciona no mesmo prédio da Biblioteca Pública Municipal, com acervo de documentos, fotos e mapas antigos da cidade. São fontes primárias de pesquisa sobre os mais diversos assuntos, atendendo a estudantes, historiadores, antropólogos, sociólogos e aos público em geral.
Igreja Matriz Santo Inácio - Destaca-se pela sua beleza interior, onde encontramos 36 anjos adoradores, 6 lustres suspensos, imagens em gesso, bancos de madeira com capacidade para 860 fiéis sentados. Além disso, possui uma torre de 65,6m, acompanhada de duas menores e três sinos altamente sintonizados. Na sua fachada há um relógio que pode ser visto de quase todos os pontos do centro da cidade
Torre e igreja evangélica - Símbolo de Lajeado, a torre histórica com características neogóticas e 27 metros de altura foi inaugurada em 12 de fevereiro de 1928 e atualmente encontra-se ao lado da Igreja Moderna, no centro da cidade. No seu interior destaca-se a imagem de Cristo Crucificado, esculpida em madeira.
Parque do Imigrante - Com uma área de 62.000m², trata-se de um parque de eventos, com uma infraestrutura para grandes feiras, exposições e competições esportivas. Possui três ginásios de esporte, churrasqueira, pavilhão para exposição agropecuária e restaurante.
Museu Histórico Bruno Born - No museu encontram-se objetos relacionados às imigrações italiana e alemã.
Museu de Ciências Naturais da Univates - Dividido por áreas de pesquisa: Arqueologia, Entomologia, Ecologia, Botânica e Paleobotânica, Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, Zoologia de Vertebrados. A Sala de Exposição tem área de 130 metros quadrados onde são expostos os resultados das atividades de pesquisa. O acervo total é de aproximadamente 25 mil peças.
Centro Cultural Univates - Inaugurado em 2014, o espaço conta com cerca de 10 mil m² de construção, abrigando um Teatro, com 1.160 lugares, e uma Biblioteca, com espaço para 300 mil livros, salas especiais e áreas de lazer. A estrutura moderna do Teatro permite a realização de todos os tipos de espetáculo, enquanto a Biblioteca figura entre as mais modernas e tecnológicas do país.
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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

GRAVATÁ - PERNAMBUCO

Gravatá é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localiza-se a 84 km da capital Recife.
História
O município de Gravatá teve origens numa fazenda, em 1808, pertencente a José Justino Carreiro de Miranda, local esse que servia como hospedagem para os viajantes que iam comercializar o açúcar e a carne bovina, principais produtos da época, que eram levados em embarcações do Recife até o interior para as cidades de Caruaru, Pesqueira, Arcoverde, entre outras cidades do agreste e sertão pernambucanos. Como a navegação pelo rio Ipojuca era difícil, os comerciantes eram obrigados a fazer paradas estratégicas para evitar também que o gado perdesse peso.
Uma dessas paradas ficou conhecida como Crauatá, denominação, que deriva do tupi Karawatã ("mato que fura"), por conta da predominância de uma planta do gênero da família das bromélias, também chamada caraguatá, caroatá, caroá e gravatá.
Foi nos fins do século XVIII - 1797 ou princípios de 1798 que José Justino Carreiro de Miranda tomou posse da Fazenda Gravatá que, por muito tempo, serviu de hospedagem para viajantes e, como consequência natural, surgiram dois arruados, um em cada margem do rio.
Em 1816 iniciou-se a construção de uma capela dedicada a Sant'Ana que, em 1822 provavelmente em 26 de Julho, dedicado pela Igreja Católica a Sant'Ana, seria concluída por seu filho João Félix Justiniano. Em seguida, as terras foram divididas em 100 lotes e vendidas aos moradores, dando início ao povoado de Gravatá, sendo um distrito do município de Bezerros.
Finalmente no dia 25 de Maio de 1857, 35 anos de pois da inauguração da capela, pela Lei Provincial 422 foi a povoação elevada a Freguesia de Gravatá. Foi o primeiro vigário encomendado da nova freguesia o padre Joaquim da Cunha Cavalcanti, sendo feito o registro competente no Livro 1 de Casamentos desse ano. No Termo de Abertura está o nome do provisor Francisco José Tavares da Gama e a data de 7 de Setembro de 1857, quando chegou o padre interino. A inscrição datal da paróquia foi feita com solenidade no mesmo dia da chegada do tonsurado, da fundação efetiva do grande sonho dos católicos gravataenses. Na ocasião foi levado a efeito o primeiro batizado oficial destas terras. Foi do parvolo José, nascido no mês de julho desse ano e filho legítimo de Firmino José e Maria da Conceição. Vinte dias mais tarde, a 27 do dito mês, verificava-se o primeiro casamento, que foi, conforme documento do ato, realizado "no oratório privado do engenho "Penon", e oficiado pelo padre Francisco Seabra d'Andrade,- com certeza convidado de outra paroquia - sendo os noivos Manuel Tomás da Silva e Inez Francisca Lisboa. Um dos seus tataranetos dos Cablocos Nordestinos e Tupi-Guarani o Sr. Firmino José e de Dona Maria da Conceição é o Jornalista Carlos Amaro Gomes, residente na cidade do Ipojuca/PE e sua família participou da formação da cidade, no litoral sul de Pernambuco, na década de 60.
Em 13 de junho de 1884, a sede do município foi elevada à categoria de cidade (Lei Provincial nº 1.805), porém sua emancipação política só veio a ocorrer após a Proclamação da República, pela Lei Orgânica dos Município, de 15 de março de 1893, quando a cidade adquiriu sua autonomia municipal e elegeu o seu primeiro prefeito, Antônio Avelino do Rego Barros.
No final do século XIX, com a inauguração da Ferrovia Great Western Railways, ligando o Recife ao sertão pernambucano, a cidade tomou considerável impulso e, aos poucos, foi definida sua vocação para o turismo, sobretudo com a construção da BR-232, em 1950, o que permitiu um melhor acesso, encurtando o tempo de viagem e vencendo o desafio da Serra das Russas. Atualmente comemora a emancipação do município no dia 15 de março.
Geografia
A população de Gravatá, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 84.699 habitantes, distribuídos em uma área de 506,785 km².
Situa-se às margens do Planalto da Borborema onde ergue-se através dos contrafortes da Serra das Russas ao leste, e sua altitude média é de 447m. Tendo picos, que ultrapassam esta, como na Serra do Maroto, no Alto do Cruzeiro etc. Seu relevo é acidentado, formado por falésias (falhas geológicas, provocadas pela erosão continuada de anos), tendo algumas regiões planas, em especial, as que margeiam o Rio Ipojuca.
Por ser uma região de transição entre o Sertão e a Zona da Mata, podem ser encontrados diversos exemplares tanto da Mata Atlântica, quanto da Caatinga. Enfim a vegetação da cidade é composta pela caatinga, formada por plantas caducifólias (que perdem as folhas devido aos fatores físicos externos, por exemplo, baixas temperaturas, falta de umidade etc.), plantas xerófilas (plantas com capacidade de armazenar água, e que possuem folhas especiais, com uma espessa camada de ceras [lipídios], que impedem/minimizam a evaporação) e plantas hiperxerófilas, e por plantas da mata atlântica.
O município está inserido na bacia do rio Ipojuca e do rio Capibaribe, além do rio Amaraji.
O clima de Gravatá é considerado semiárido (tipo Bsh na classificação climática de Köppen-Geiger), com influência da Serra das Russas, que, devido à sua altitude, provoca chuvas orográficas, impedindo chuvas mais abundantes no município. A temperatura média anual de 22 °C, com mínimas chegando a 15 °C nos meses mais frios, enquanto na época mais quente as temperaturas máximas podem chegar próximas de 30 °C. A precipitação média anual é de 725 milímetros (mm), concentrados entre março e julho, sendo julho o mês de maior precipitação (108 mm).
Economia
Tem como principais atividades econômicas a agricultura (abacaxi, milho, algodão, batata doce, tomate, tangerina, feijão, banana, mandioca, morango), o comércio varejista e a pecuária.
Conhecido como importante polo moveleiro do Estado, concentra um grande número de fabricantes de móveis rústicos e semirrústicos em madeira maciça, além de fibras naturais como junco, vime, ratã e cana-da-índia.
Um grande celeiro de artistas, onde muitos trabalham com o artesanato manual, com peças de todos os gêneros, desde a tradicional bonequinha da sorte passando pelos brinquedos educativos em madeira, peças em alumínio e até telas e esculturas.
Importante polo de cultivo de hortaliças e legumes do agreste pernambucano, especialmente no setor de orgânicos, produz e comercializa, em média, duas toneladas semanais, em feiras da cidade e ainda de Caruaru e Recife. Também tem papel de destaque no cultivo de plantas e flores, com a produção de diversos tipos de rosas, crisântemos e outras espécies de flores, que garante ao município o título de maior produtor de flores temperadas do Nordeste.
No setor da criação animal, destaca-se por sua vocação de criador de animais selecionados. Cavalos das raças manga larga marchador e quarto de milha; rebanho bovino das raças leiteiras Jersey, Gir, Girolando e Guzolando, ovino das raças Santa Inês, Suffolk e Texel e caprino com planteis de Bôer importados do Canadá, Estados Unidos, Alemanha e África do Sul. Além de inúmeros canis, com as raças rottweiler, boxer e cocker spaniel.
Turismo
Gravatá tem como ponto forte a arquitetura secular dos casarios, a rede hoteleira, lojas de moveis e artesanatos, As Flores e a sua gastronomia diversificada que vai dos requintados restaurantes italiano, suíço e regionais à tradicional comida de boteco.
Eventos
Todos os finais de semana, se organizam trilhas e atividades de rapel pela antiga via férrea e as pontes. As atividades mais comuns são a trilha de 6 km pelos trilhos abandonados, e o rapel negativo de 50m de altura, organizados por várias empresas particulares.
Todo mês ocorrem eventos católicos que são promovidos na Canção Nova de Gravatá, localizada na BR 232, km 81 (via local). São programações com palestras, formações e shows.
O município tem-se destacado como um grande polo de turismo de eventos do estado, aquecendo a economia durante todo o ano.
Em janeiro, no segundo domingo, promove a sua tradicional Festa de Reis, .
Em fevereiro, blocos carnavalescos fazem a semana pré-carnavalesca e animam os foliões da cidade e os turistas que vem se hospedar na cidade, dentre os blocos de carnaval existe o tradicional bloco do Zé Pereira fundado há mais de cem anos que sai no sábado de carnaval, além do Carnaval da Rua do Norte, chamado Norte em Folia, e outras troças como o Bloco Pó-troça (desde 1987) que sai no domingo de carnaval do bairro novo para o centro da cidade. O Gravatá Jazz Festival é realizado durante os dias de Carnaval e é um atrativo a mais para quem quer fugir da folia e curtir uma boa música com o clima frio de Gravatá.
Durante a Semana Santa, em abril, Gravatá é um dos maiores polos de animação do estado, estando incluída no Roteiro da Paixões. Nesse período, atores locais encenam a Paixão de Cristo e são promovidos grandes shows musicais, no Pátio de Eventos, com atrações de todos os gêneros. (Estima-se que 500 mil pessoas em média visitam a cidade nesta época).
No mês de maio, abre-se espaço para o turismo religioso, com as Festividades de Frei Damião. Uma grande caminhada sai da Igreja Matriz de Sant'Ana e vai até a Capela do Riacho do Mel, onde Frei Damião celebrou sua primeira missa no Brasil.
Em junho, o São João, que apesar de explorado há pouco tempo, já é considerado um dos maiores e melhores do país.
Na segunda quinzena, no Pátio de Eventos, totalmente decorado com bandeirinhas e balões, são realizados concursos de quadrilha matuta e shows de artistas nacionais, além de atrações locais e regionais. (Neste período, a visitação à cidade chega a marca de 500 mil pessoas).
Em julho é comemorado o mês da padroeira da cidade, Sant'Ana, com missa todos os dias e procissão no dia 26, que lhe é dedicado.
Na primeira semana de agosto, acontece a Feira da Estação, encerrando o Circuito do Frio, evento realizado pelo Governo do Estado, que percorre cidades de Pernambuco com oficinas e apresentações culturais e musicais.
Em outubro (geralmente), realiza-se anualmente o Encontro Pernambucano de Veículos Antigos, que reúne mais de 200 modelos exclusivos e impecáveis.
Em dezembro, as principais ruas e praças da cidade são contempladas com uma decoração e iluminação toda especial para o Natal. Artistas de todos os estilos academias de dança, corais, teatro e bandas se apresentam nas praças do centro da cidade no grandioso evento: Natal de Paz e luz em 14 dias de festividades.
Atrativos
Alto do Cruzeiro, onde se encontra a estátua do Cristo Redentor. O seu acesso pode ser pelos 365 degraus da denominada Escadaria da Felicidade. De lá pode-se provar a gastronomia em restaurantes locais além de observar o pôr-do-sol.
Polo Moveleiro, onde são comercializados os móveis rústicos em madeira maciça, tais como maçaranduba, angelim e outros.
Parque Monsenhor Cremildo Batista de Oliveira (Parque da Cidade). O espaço é mais uma opção de lazer para moradores e turistas que visitam o município.O ponto turístico tem 37 mil m², sendo uma pista de Cooper de 1100 m de comprimento, uma área de bicicross com 2200m², uma pista de skate com 500m², um espelho d’água, um anfiteatro com capacidade para 1500 pessoas, praça de artes, biblioteca, posto de enfermagem, lojas e estacionamento com 140 vagas.Foi inaugurado no dia 16 de março de 2014,pelo ex-governador Eduardo Campos,autoridades,e personalidades do município.
Estação do Artesão, localizada na antiga estação ferroviária, ao lado do Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar, onde os artesãos locais comercializam suas peças.
Mercado Cultural, construído em 1911, o antigo “Mercado de Charque” oferece gastronomia e cultura diversificada.
Memorial da Cidade (Casa da Cultura), localizado no antigo prédio da Cadeia Pública.
Cachoeira da Palmeira, a 15 km da cidade, é explorada comercialmente.
Arquitetura, com suas construções dos séculos passados, como a Sede da Prefeitura (1908), a Igreja Matriz de Sant'Ana (1810), os casarios da avenida Joaquim Didier e a Capela do Cruzeiro, que dão um charme todo especial à cidade.
Ponte Cascavel, localizada na altura da Serra das Russas próximo ao km 82 da BR-232, possui cerca de 48 metros de altura e foi construída pelos ingleses no início século 19 para sustentar a antiga via ferroviária, que ligava Recife ao sertão. Hoje a ponte é destino para quem quer liberar a adrenalina e se aventurar num esporte radical, o rapel.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

UNAÍ - MINAS GERAIS

Unaí é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, situado na região Sudeste do país, fundada em 1873 com a denominação de Rio Preto e, em 1943 foi elevado a cidade e seu nome mudado para Unaí. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 83.808 habitantes.
Etimologia
A palavra "Unaí" que designa o nome do município é uma anagrama feito a partir da palavra Tupi-Guarani "Iuna", nome dados pelos índios ao rio que corta a região, cujo significado é Água-Escura. Essa foi a solução dada pelos antigos moradores da região para evitar confusão com nomes de outra cidades da região, que já haviam utilizado o termo, como o caso de Rio Preto.
História
Em Unaí (Minas Gerais) destaca-se o sítio arqueológico Gruta do Gentio II, que registra vestígios de povos caçadores-coletores de mais de 10.000 anos, e de povos horticultores de quase 4.000 anos, que cultivavam, segundo abundantes vestígios vegetais: milho, amendoim, cabaça e abóbora. No município, se tem o registro da mais antiga cerâmica brasileira fora da Amazônia, datada de 3.500 anos.
Na época da chegada dos primeiros europeus ao território brasileiro, a porção central do Brasil era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés, entre outros povos.
Ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, inúmeras expedições compostas por descendentes de portugueses (os chamados bandeirantes) percorreram a região em busca de ouro, pedras preciosas e mão de obra escrava indígena.
No século XIX, o fazendeiro Domingos Pinto Brochado se instalou, junto com seus familiares, numa área perto do Rio Preto chamada Capim Branco. Em 1873, esse povoado foi elevado à categoria de distrito pertencente a Paracatu, com o nome de Rio Preto. Em 1923, o distrito teve seu nome alterado para Unaí, que é uma tradução, para a língua tupi, do antigo nome do distrito, Rio Preto. Em 1943, Unaí se emancipou do município de Paracatu.
Em 28 de janeiro de 2004, três auditores fiscais do trabalho e o motorista que os conduzia foram assassinados na zona rural do município durante uma fiscalização em fazendas da região, num crime que ficou conhecido nacionalmente como a Chacina de Unaí.
Geografia
Situado na mesorregião do Noroeste de Minas Gerais e na microrregião de Unaí, tem uma área de 8492 quilômetros quadrados.
Entre os principais acidentes geográficos, destacam-se: Gruta do Tamboril, com aproximadamente 1.178 metros de desenvolvimento; Gruta do Gentio; Lapa do Sapezal ou Gruta da Moeda; Cachoeira da Jiboia (140 metros de queda livre); Cachoeira do Queimado;
Cachoeira do Rio Preto (dois quilômetros do centro do município); Gruta do Quilombo (o nome teve origem ainda no século XIX, quando os negros descontentes com as severas condições de trabalho nas minas de ouro de Paracatu refugiavam-se na gruta); Serra Geral do Rio Preto; Serra do Pico; Serra do Jataí; Córrego do Forró; Pedra do Canto, localizada na Fazenda Pedra, tem o formato do chapéu de Napoleão. Serra Geral do Rio Preto, divisor das micro bacias dos rios Preto e Urucuia. Serra do Pico e Serra do Jataí, alongadas e paralelas, separam vertentes do Ribeirão Roncador e do Canabrava. Além da Gruta do Gentio II, destacam-se as grutas Gentio I, Gruta do Tamboril e a Gruta Sapezal ou Lapa da Moeda, de cerca de 80 metros de diâmetro com várias formações de estalactites e estalagmites, além de um lago de água azul. Dista quarenta quilômetros da cidade de Unaí e se localiza dentro de uma montanha em terras particulares.
Grande ênfase pode ser dada à Cachoeira da Jiboia, que está localizada a cerca de oitenta quilômetros de Unaí. A cachoeira é formada pelo Ribeirão Jiboia e possui aproximadamente 140 metros de queda livre.
Hidrografia
O município está localizado na bacia do rio São Francisco e sua bacia hidrográfica é composta de: Rio Preto; Rio São Marcos; Ribeirão Soberbo; Ribeirão do Carmo; Ribeirão Aldeia; Ribeirão Roncador; Ribeirão Canabrava.
Em Unaí, está localizada a Usina Hidrelétrica de Queimado.
Clima
O clima é tropical úmido com temperaturas variando entre máximas de 31 °C e mínimas de 18 °C. A temperatura média compensada anual é de 24 C. O índice pluviométrico é cerca de 1 400 milímetros (mm).
Esportes
A proximidade de Unaí com o Distrito Federal fez com que a cidade tivesse um clube de futebol, o Unaí Esporte Clube que disputou o Campeonato Brasiliense.
Educação
Na área do Ensino Superior, destacam-se: Factu (Particular); Faculdade CNEC Unaí (Particular); Facisa (Particular); Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros, campi Unaí); UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri).
Economia
Agricultura e pecuária
Unaí tem sua economia calcada desde o início de sua emancipação política na agricultura e pecuária, sendo um dos maiores produtores de grãos do Brasil tendo destaque ora como maior de feijão, ora como maior produtor de milho, além de um grande volume de soja, arroz, sorgo, trigo e outras culturas. É também um município com grandes áreas destinadas à plantação de hortifrúti. Possui granjas que fornecem frangos à região.
Já na pecuária, o destaque vem tanto para o gado de corte quanto para o leiteiro. No que diz respeito ao gado de corte, a região de Unaí conta com inúmeras propriedades rurais que se dedicam à criação de gados, tendo sua produção comercializada tanto nos mercados interno e externo. Já com relação à pecuária leiteira, o destaque vem para o manejo e criação de gado leiteiro, o que faz da cidade a terceira maior bacia leiteira do Brasil, atrás de Castro-PR (1° lugar) e Guaxupé-MG (2° lugar). No estado de Minas Gerais, é o 2° maior produto de leite. Unaí alcançou o 1º lugar na produção de grãos em Minas Gerais, com o registro de 798 500 toneladas. Em 2004, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística deu a Unaí o título de maior produtor de feijão do Brasil.
Turismo
Apesar de ter vários atrativos naturais como grutas e cachoeiras, o turismo ecológico em Unaí ainda não é muito explorado. Dentre esses atrativos, na área de esportes de aventura destacam-se: Pedra do Canto; Cachoeira da Jiboia; Cachoeira do Rosário; Lapa do Sapezal ou Gruta da Moeda; Gruta do Tamboril; Cachoeira do Rio Preto; Cachoeira do Zico Esteves; Cachoeira do Bebedouro; Cachoeira São Miguel; Lapa da Foice; Gruta do Curral; Gruta do Gentio; Gruta Bart Cave, entre outras do Sistema Areia; Gruta da Ritinha do Mamoeiro; Trilha do Zé Pauzinho; Gruta do Sapezal
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

ARARIPINA - PERNAMBUCO

Araripina é um município do estado de Pernambuco, no Nordeste do Brasil, fica a 690 quilômetros da capital do estado, Recife. Localiza-se na tríplice divisa, Pernambuco-Piauí-Ceará. É a maior cidade da região do Araripe é também polo em comércio, indústria e educação, possui uma população estimada em 100 mil habitantes e tem o vigésimo sexto maior produto interno bruto do estado de Pernambuco. Araripina, juntamente com Ouricuri, Ipubi, Bodocó e Trindade, constitui o maior polo gesseiro do Brasil, responsável por 95% do gesso consumido no país. Sua produção de mandioca e derivados alimenta partes do Nordeste e representa importante fonte de renda local. Em 2011 Araripina foi consagrado maior produtor de mel do Brasil, quando produziu 780 toneladas de mel no ano
História
Primeiros povoamentos humanos
Indícios de uma antiga e recorrente presença de grupos humanos em regiões próximas à Chapada do Araripe, como o sudeste do atual Piauí, são bastante conhecidos e debatidos na literatura arqueológica. De acordo com algumas pesquisas, o início desse processo de ocupação poderia ter se iniciado há 50 mil ou mesmo 100 mil anos atrás, segundo datações obtidas em diversos sítios arqueológicos localizados no Parque Nacional Serra da Capivara, como o Toca do Boqueirão da Pedra Furada, Sítio do Meio e Tira-Peia.
Esses primeiros grupos humanos eram caçadores-coletores, percorrendo as várias chapadas, serras e vales da região em busca de locais para se assentarem e obterem alimentos. Ao longo dos séculos, deixaram registros de seus antigos acampamentos em áreas a céu aberto, abrigos sob rocha e paredões, sendo frequentemente encontrados sítios de pinturas rupestres na parte setentrional da Chapada do Araripe. Além disso, usavam rochas como silexito, arenito silicificado, quartzito e granito para fazer suas ferramentas, assim como ossos de animais e madeiras. Essas primeiras evidências da presença humana no território atual de Araripina foram encontradas nos sítios Pitombeira, Canudama e São José, embora também possam representar vestígios de ocupações indígenas mais recentes.
De acordo com datações por termoluminescência obtidas em sítios arqueológicos localizados em Araripina, populações indígenas ceramistas e com domínio da agricultura (associadas à Tradição Tupiguarani) teriam habitado de forma contínua a porção pernambucana da Chapada do Araripe entre 530 e 180 anos Antes do Presente. Entretanto, é provável que essa ocupação tenha ocorrido alguns séculos antes, já que há indícios de uma presença ainda mais antiga de povos ceramistas em outras áreas da Chapada.
A ocupação da região onde hoje se localiza Araripina pode ter ocorrido durante períodos mais úmidos e com cobertura florestal mais densa, sendo também mais favorável ao cultivo de plantas domesticadas como a mandioca. Essas condições climáticas teriam permitido uma migração gradual de grupos indígenas provenientes da Amazônia, os quais teriam se utilizado de “corredores” de matas entre o atual Nordeste e a Floresta Amazônica até períodos relativamente recentes, o que teria facilitado o deslocamento desses grupos.
A Chapada do Araripe e seus arredores ofereciam uma variedade grande de ambientes próprios para ocupação humana, permitindo uma movimentação intensa e ocupação recorrente da região por populações indígenas. De acordo com as bases de dados mais recentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), ao menos 8 sítios arqueológicos em Araripna contam com cerâmica Tupiguarani: Santo Estevão I, Cavaco I, Aldeia do Baião, Cavaco II, Torre VIII, Sítio dos Capitão, Jardim II[e Torre VII. Já os sítios Cachoeira, Minador I, Minador II, Minador III, Lagoa do Cascavel Torre I, Torre II e Torre V também contam com vestígios cerâmicos e líticos da presença de povos indígenas em Araripina, embora não contem com informações a respeito da Tradição tecnológica a que pertenceriam. A maioria desses sítios está localizada nas proximidades de riachos, lagoas e outras fontes de água, distando entre 50 metros a 3 quilômetros desses locais, o que facilitaria o cultivo da mandioca e outras plantas domesticadas.
Período Colonial
No século XVI, quando os primeiros europeus aportaram no litoral do atual Estado do Pernambuco, a região da Chapada do Araripe era habitada por grupos indígenas etnicamente diversos. De acordo com os dados históricos e etnográficos disponíveis, a região era habitada pelos Jaicó, Cariú, Cariri e Ichú. Contudo, as fontes acerca das filiações étnicas ameríndias são bastante imprecisas, muitas vezes desconhecidas ou mal compreendidas por cronistas de origem europeia.
Descritos como grupos falantes de idiomas relacionados ao tronco Macro-Jê, os grupos Cariri, Jaicó e Cariú habitavam áreas extensas do interior nordestino, com relatos apontando sua presença desde a Bahia até o Maranhão. Algumas fontes mais antigas se referem a esses grupos como “Tapuias”, termo genérico utilizado para designar populações que não falavam idiomas tupis. Embora existam poucas informações sobre os Ichú, entretanto, sabe-se que habitavam o oeste de Pernambuco, estendendo seu território por boa parte da Chapada do Araripe e áreas baixas mais próximas.
Comparada às regiões mais próximas do litoral, a invasão e colonização portuguesa da Chapada do Araripe se deu de forma um tanto tardia, motivada principalmente pelo avanço gradual das frentes pastoris sobre o interior do agreste e semiárido nordestinos a partir da segunda metade do século XVII. Apesar da baixa fertilidade do solo de caatinga, pobre em nutrientes e de fácil exaustão, o sertão se mostrava adequado para a criação de gado, fornecendo carne para os povoamentos litorâneos da Capitania de Pernambuco e de outras regiões.
Outra possível razão para o começo tardio da colonização europeia do sertão, seria a resistência de populações ameríndias que lá habitavam ou que para lá foram expulsas a partir do século XVI. Do século XVII em diante, o avanço dos pecuaristas, bancados por famílias poderosas das vilas de Salvador, Recife e outros ricos núcleos costeiros, acabaram por assegurar a posse portuguesa sobre o sertão pernambucano e nordestino em geral. Desse longo processo, o qual se estendeu por todo o século XVIII e parte do XIX, deriva a instalação de inúmeras fazendas de gado, algumas das quais eventualmente tornaram-se povoados e vilas. É o caso de Caruaru, Ouricuri, Exu, Salgueiro, Araripina, entre outros municípios pernambucanos contemporâneos.
Fundação de Araripina
Devido à presença de riachos e terras mais adequadas para habitação, muitas das primeiras fazendas e ranchos na região da atual Araripina foram instaladas em locais onde antes havia aldeias ou acampamentos indígenas. Essa reocupação de antigas áreas de habitação indígena foi observada nos sítios arqueológicos Jardim I, Santa Cruz, Torre III e Torre IV, onde vestígios cerâmicos, ferramentas de pedra e manchas de terra preta, tipicamente associadas aos povos ameríndios, foram encontrados junto de fragmentos de louças e cerâmicas históricas, ruínas de residências e outras evidências da presença de colonos. A exceção é o sítio Serrinha, localizado nas margens da Ferrovia Transnordestina, a sul da área urbana de Araripina e mais distante da Chapada, onde somente os vestígios de um antigo rancho colonial foram encontrados.
Com o afluxo gradual de colonos para a região ao longo do século XIX, Ouricuri foi elevada à condição de vila em 1849. Como diversos povoamentos brasileiros baseados na produção agropecuária, Ouricuri ficou caracterizada pelo espalhamento de sua população por bairros rurais que, de tão distantes da sede urbana, foram alçadas à condição de distrito. Foi o caso de São Gonçalo, distrito de Ouricuri oficialmente fundado em 1° de julho de 1893, núcleo populacional que deu origem ao atual município de Araripina.
A origem do distrito também se deu a partir de uma fazenda chamada São Gonçalo, provavelmente fundada em algum momento da segunda metade do século XIX. Seu primeiro dono teria sido o visconde de Parnaíba, rico proprietário de terras de Oeiras, então capital do estado do Piauí. Em 1860, a fazenda foi vendida ao casal Manuel Félix Monteiro e Teotônia Teixeira Leite, que erigiu uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. De acordo com algumas fontes, o padre Ibiapina, famoso missionário cearense que percorreu diversas áreas do sertão nordestino, teria incentivado ou mesmo participado da construção dessa capela. Em algum momento da década de 1870, essa fazenda foi vendida por Teotônia ao cearense Daniel Rodrigues Nogueira, que incentivou a construção de uma dezena de casas ao redor da capela.
Além do já mencionado Daniel Nogueira, há registro de alguns dos primeiros moradores do povoado que posteriormente viraria o distrito de São Gonçalo, os quais deixaram diversos descendentes: Vítor José Modesto, pernambucano de Águas Belas; Francisco das Chagas; Ângelo Dias de Oliveira, natural do Ceará; Antônio Balbino de França e sua esposa, Joana de Lavor Papagaio; Severino Mendes; Henrique Alves Batista; Coronel Antônio Modesto, filho de Vitor José; José Martins de Alencar; José Flor; Antônio Argentino; Alexandre Arraes; Antonio Dias de Maria; Zeferino da Costa Feio; Antonio Pires de Holanda, natural da Paraíba; Severo Cordeiro dos Santos, baiano de Senhor do Bonfim; Manoel Mestre; Boaventura Praxedes de Alencar; João Pedro da Silva, entre outros.
Em 1° de julho de 1909, a Lei Estadual n° 991 elevou o distrito à condição de vila, já então contando com uma escola pública. Em 1922, o bispo de Pesqueira, dom José Lopes, criou a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de São Gonçalo do Sauhen, que, até 1933, ficou sob a responsabilidade do vigário de Ouricuri. A emancipação política se deu dezenove anos depois, quando a Lei Estadual n° 1931, de 11 de setembro de 1928, determinou a instalação do município de São Gonçalo, então constituído de dois distritos: a sede urbana e Morais. O nome atual do município só foi oficializado em 1943, todavia, sendo rebatizado em homenagem à Chapada do Araripe, também conhecida como Chapada dos Exus Pernambucanos.
Desenvolvimento
A cidade de Araripina se desenvolveu muito nos últimos anos por conta de alguns fatores, como por exemplo, por ser o maior município da tríplice fronteira entre os estados de Pernambuco, Piauí e Ceará, a grande produção de gesso na região onde o município é sede de indústrias, mineradoras e fábricas de pré-moldados, a concentração de serviços que são buscados diariamente por a população da zona rural e de cidades vizinhas, na educação, saúde e comercio, o município conta com varias lojas e estabelecimentos comerciais conhecidas na região e no país como as Lojas Americanas, Magazine Luiza, Colchões Ortobom, CVC, Crefisa, Cacau Show, Subway, Atacadão Vitória, Pajeú Autosserviço, Supermercado Brastudo, Lojas Perfil, Casas Bahia e a rede de sorveterias Chiquinho Sorvetes, outra atividade que tem favorecido no crescimento é o cultivo de mandioca que é pioneiro na região, aos complexos eólicos instalados no município e em municípios vizinhos, trazendo geração de emprego, renda e desenvolvimento para o município e região, o município fica consolidado cada vez mais como cidade polo e pujante no desenvolvimento, uma das ultimas instituições que anunciaram a se instalar no município é a Faculdade Paraíso do Ceará - FAP, que foi autorizada pelo MEC e em 2020 irá ofertar o curso de medicina, trazendo consequentemente mais desenvolvimento para o sertão do Araripe. Araripina está entre as 100 cidades mais populosas do nordeste.
Clima
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta delimitação tem, como critérios, o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. No verão, é quente e úmido, com máximas entre 30 °C e mínimas de 20 °C. No inverno, é ameno e seco, com máximas de 28 °C e mínimas de 17 °C. A primavera é o período mais seco e quente da cidade, com máximas podendo alcançar os 37 °C.
O tipo de clima é o semiárido; a precipitação pluviométrica média e de 719 mm; a temperatura média anual é 23,7 °C e os meses chuvosossão dezembro a abril
Educação
Araripina é sede da Gerência Regional de Educação - GRE Sertão do Araripe, tem como jurisdição os municípios de Araripina, Ouricuri, Trindade, Bodocó, Exu, Ipubi, Granito, Santa Cruz e Santa Filomena.
Dentre as Instituições de Nível Superior constam: Universidade Pitágoras (Unopar); Faculdade de Ciências Agrárias de Araripina (FACIAGRA); Faculdade de Formação de Professores de Araripina (FAFOPA); Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Araripina (FACISA); Universidade Paulista (UNIP); Universidade Santo Amaro (UNISA); Faculdade Paraíso CE (FAP); Instituto Superior de Teologia Aplicada (UNINTA) e Faculdade SENAC Polo Araripina.
Cultura e comunicação
Destacam-se as seguintes festas e eventos: Carnaval de Rua; São João; Vaquejada; Novena de Nossa Senhora Da Conceição
Novena de Nossa Senhora Das Dores; Novena de Santana e Triduo ao Senhor da Verônica (santuário)
Esporte
Futebol
A cidade de Araripina possui um clube no Campeonato Pernambucano de Futebol, o Araripina Futebol Clube, que manda seus jogos no Estádio Gilson Tirburtino de Souza
Em 2017, o Araripina Futsal, disputou a Copa de Futsal da TV Grande Rio em Petrolina-PE.
Taekwondo
Na área das artes marciais o taekwondo também tem seu espaço em Araripina, com diverças academias oferecendo treinamento nessa modalidade. Em 2019, representando Araripina, a academia GT Sertão Kukkiwon trouxe 10 medalhas do Campeonato Pernambucano de Taekwondo que aconteceu em Recife, sendo 3 de ouro, 6 de prata e 1 de bronze.
Economia
O principal vetor econômico do município (e da Microrregião do Araripe) é a exploração e comercialização de calcário e principalmente de gipsita, a matéria-prima do gesso, minério do qual a região do Araripe é responsável por 90% da produção brasileira e por cerca de 95% das reservas nacionais.
Araripina possui um distrito industrial com indústrias de fiação de fios de algodão ARTESA - Araripe Têxtil S/A., Fiação Pé de Serra S/A, de calçados ARECA S/A e uma das maiores e mais modernas indústria de fécula e amido, a Maxx Amidos do Brasil. O município também vem se destacando na produção de mel e está ocupando o décimo oitavo lugar no ranking nacional. Outro setor importante é o comércio, que conta com grandes empresas como o Consórcio Regional, as Lojas Americanas, Magazine Luiza, Grupo Pajeú além de outras lojas diversificadas que atrai milhares pessoas de cidades vizinhas.
A cidade de Araripina tem influência em mais de 15 cidades de Pernambuco, Piauí e Ceará em um raio de 100 km o que faz de Araripina um importante centro comercial na região. Um fato curioso que vale ressaltar é que uma grande indústria de bebidas lançou uma cerveja que leva mandioca na sua composição e que esta é cultivada em terras Araripinenses. O plantio e a produção da fécula é aqui, sendo depois exportada para a capital onde é transformada em cerveja.
Referência para o texto: Wikipédia .