segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

JOÃO MONLEVADE - MINAS GERAIS

João Monlevade é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se a leste da capital do estado, distando desta cerca de 110 km. Ocupa uma área de 99,158 km², sendo 29,1 km² em área urbana, e sua população em 2018 era de 80.413 habitantes.
História
Origens e pioneirismo

Até o começo do século XIX, a região do atual município de João Monlevade não passava de uma área com densa mata fechada. Até que, em agosto de 1817, chega à região o engenheiro francês Jean-Antoine Félix Dissandes de Monlevade. Naquele local, localizado na então Província de Minas Gerais, Jean comandou um estudo mineralógico e geológico do solo do lugar, pesquisa a qual resultou na descoberta de vastas jazidas propícias para a produção de ferro.
Após isso, o francês percorreu várias comarcas, como Sabará, Caeté e São Miguel de Piracicaba, onde adquiriu algumas sesmarias e construiu uma forja Catalã, além de sua moradia, o Solar Monlevade, em 1818. Montou uma fábrica, obtendo grande sucesso, sendo uma das maiores do período imperial, produzindo desde enxadas até freios para animais. Em 1935, foi implantada outra grande indústria, a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira (atual ArcelorMittal Aços Longos), com ajuda do engenheiro Louis Ensch, o que provocou um grande desenvolvimento da cidade. Destacam-se então, nos anos seguintes, as construções de 3 mil residências, do Hospital Margarida e da Matriz São José do Operário, além de obras em estradas e escolas e evolução do comércio local. O lugar passou a se chamar Centro Industrial do Distrito de Rio Piracicaba e Carneirinhos.
Evolução política e administrativa
Aquele lugar pertencia ao município de Rio Piracicaba. Em 27 de dezembro de 1948, pela lei estadual nº 336, foi criado o distrito de João Monlevade, recebendo essa denominação em homenagem ao engenheiro que desbravou aquela região. O distrito foi elevado à categoria de município pela lei estadual nº 2764, de 30 de dezembro de 1962, sendo instalado em 1º de março de 1963, composto apenas pelo Distrito-Sede. Porém foi somente em 29 de abril de 1964 que Monlevade conseguiu oficialmente autonomia de município.
Sua primeira eleição foi realizada em 1965, quando, em 5 de dezembro desse mesmo ano, tomaram posse os primeiros vereadores (eram 13 no total, sendo Sebastião Batista Gomes o presidente da câmara, João Amaro Gomes o vice e Ronaldo Frade o secretário), além do prefeito, Wilson Alvarenga, e seu vice-prefeito, Josué Henrique Dias. A Comarca de João Monlevade foi criada em 1975 e instalada em 1979.
Depois da emancipação
O desenvolvimento urbano da cidade exigiu uma melhora na infraestrutura urbana de João Monlevade. Além do Hospital Margarida e do Ginásio Monlevade, que foram construídos na década de 50, outras grandes criações que surgiram naquele período foram a Associação Comercial, a Fundação Educacional (futura FUNCEC) e a instalação da Telecomunicações de Minas Gerais (Telemig) e da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que trouxeram à cidade, respectivamente, fornecimento de telefonia e energia elétrica. Entre as décadas de 1970 e 80 houve um maior investimento no setor cultural, como a construção do Estádio Municipal Louis Ensch.
Hoje a predominância do espaço rural foi e está sendo substituída pelo urbano, para atender às exigências da expansão urbana, dada pelo aumento das atividades produtivas na cidade (indústria, comércio e serviços) e pelo aumento da demanda habitacional, gerado pela concentração populacional. O limite entre o campo e a cidade está deixando de ser visível e a população do campo vem decrescendo a cada ano.
Geografia
A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 99,158 km², sendo que 29,104 km² constituem a zona urbana. Situa-se a 19º48′36” de latitude sul e 43º10′26” de longitude oeste e está a uma distância de 110 quilômetros a leste da capital mineira. Seus municípios limítrofes são Bela Vista de Minas, a leste; São Gonçalo do Rio Abaixo, a oeste; Rio Piracicaba, a sul; e Itabira, a norte.
O município pertence à Bacia do Rio Doce, além de ser banhado pelos rios Piracicaba e Santa Bárbara. Como na maioria dos municípios mineiros, João Monlevade é rodeada por várias montanhas e rochas. Alguns pontos da cidade cresceram para os morros sem um plano diretor direcionado para uma urbanização em consonância com o meio ambiente, características geofísicas que fazem com que o município sofra com deslizamentos de terra durante o período chuvoso. Em alguns pontos a falta de áreas verdes ainda atrapalha o escoamento das águas das chuvas, causando enchentes e inundações.
Inserido no bioma da Mata Atlântica, grande parte da vegetação original do município foi devastada na década de 1930 com a construção da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira. Mas, para amenizar os impactos ambientais e evitar um possível estresse ambiental, na década de 40 a empresa organizou um programa de reflorestamento. Atualmente vários projetos ainda são realizados e planejados, como, anualmente, entre o final de maio e início de junho, a realização da Semana do Meio Ambiente. São realizadas palestras nas escolas e para a população, caminhadas ecológicas e plantio de mudas de árvores em várias partes da cidade.
Clima
O clima monlevadense é caracterizado como tropical subquente semiúmido (tipo Cwa segundo Köppen), com temperatura média compensada anual de 21 °C e pluviosidade média de 1.400 mm/ano, concentrados entre os meses de outubro e abril, sendo dezembro o mês de maior precipitação. A estação chuvosa compreende os meses mais quentes, enquanto que a estação seca abrange os meses amenos. O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 23,4 ºC, enquanto que no mês mais frio, julho, a média é de 17,7 °C. Apesar da queda da temperatura no inverno, eventos de frio em demasia não são comuns. Outono e primavera, por sua vez, são estações de transição.
Economia
Na indústria, a principal fonte de renda é a ArcelorMittal Aços Longos, que atualmente pertence ao maior grupo siderúrgico do mundo. Este setor foi vital para o surgimento e o desenvolvimento do município e entorno. João Monlevade ainda possui cerca de 2.500 pequenas indústrias e prestadores de serviços, que vêm contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do município, em especial nos ramos de forjaria, prestação de serviços, serralheria, usinagem, caldeiraria e construção civil. Em 2000, 7.254 pessoas estavam ocupadas no setor industrial.
O comércio de João Monlevade concentra-se num bairro distante da Belgo, o bairro de Carneirinhos, embora haja pequenos núcleos comerciais em outros bairros, como no bairro Loanda. A maioria do comércio da cidade é do setor de vestuário e calçados, mas também há grande movimentação no setor de serviços, eletrônicos, automóveis e supermercados. Considerada cidade-polo regional devido ao seu comércio diversificado em João Monlevade encontram-se também grandes redes nacionais do varejo como Ricardo Eletro, Magazine Luiza e Ponto Frio.
Educação
O ensino de João Monlevade se destaca como um dos melhores de Minas Gerais, tendo, segundo a Secretaria de Educação do município, uma das 10 melhores taxas do IDEB do estado (idem médias acima) e uma das 50 do país. É o mesmo baseado em escolas públicas e particulares, além de quatro entidades que mantém ensino em nível superior na cidade, sendo estas: a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), a Fundação Comunitária Educacional e Cultural de João Monlevade (FUNCEC) e o Centro Educacional de João Monlevade (CEJM).
Cultura
Artes cênicas

Durante o ano são diversos espetáculos no anfiteatro do CEJM e em espaços públicos. Há duas companhias de teatro atuantes; a Cia. Tetral O Salto e a Cia. do Infinito de Teatro. Frequentemente realizam intervenções e espetáculos na cidade, sendo que ambas já representaram Monlevade em outras cidades do estado. A Cia Teatral O Salto realiza desde outubro de 2011 o Projeto Cultural Domingo na Praça que consiste em levar espetáculos teatrais para as praças da cidade, com o objetivo de descentralizar e fomentar a cultura do teatro. Desde a estreia o projeto já foi em 10 diferentes praças e milhares de pessoas ja assistiram aos espetáculos. E junto a esse crescimento no cenário local, surgiu a necessidade da formação de uma Associação Cultural. Em agosto de 2011 surgiu a Acordar Associação Cultural do Médio Piracicaba, que possui entre seus membros diferentes linguagens artísticas, teatrais, musicais, líricas e plásticas. A cidade em 2011 recebeu o 1° Festival de Artes Cênicas, com artistas locais, regionais e de Minas e outros estados brasileiros.
Ainda há outras instituições com fomento ao setor cultural do município. A Casa da Cultura, por exemplo, realiza desde 2010 o "Concurso Literário Prêmio Valores da Nossa Gente", com objetivo de incentivar a leitura e a escrita. Este mesmo instituto também é quem organiza os concursos "Valores da Nossa Gente", com foco para a área da literatura, e "Olhares", de fotografia. Ainda há o Programa ArcelorMittal Cultural, promovido pela ArcelorMittal João Monlevade que realiza apresentações teatrais ao público; e o Festiaço, que abre à população um espaço para que bandas e/ou músicos regionais possam se mostrar.
O artesanato também é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural monlevadense. Em várias partes do município é possível encontrar uma produção artesanal diferenciada, feita com matérias-primas regionais e criada de acordo com a cultura e o modo de vida local. Alguns grupos, como a Associação dos Artesãos de João Monlevade (Artejom), reúnem diversos artesãos da região, disponibilizando espaço para confecção, exposição e venda dos produtos artesanais. Normalmente essas peças são vendidas em feiras, exposições ou lojas de artesanato. Na cidade destaca-se a feira de artesanato da Praça do Povo, realizada desde 2003.
Turismo e eventos
Monlevade ainda conta com diversos pontos turísticos, como: a Serra do Seara, que é onde está o ponto mais alto do município, oferecendo pista para voos livres, além de ser uma importante reserva ecológica e ambiental;
- O Floresta Clube Henry Meyers, que promove bailes, festas, visitas ambientais por entidades, práticas esportivas como rapel e passeios ecológicos, em uma área verde com cerca de 100 mil m²; e o Parque Municipal do Areão, que é o parque de exposições da cidade, cuja área já comportou mais de 25 mil pessoas, tendo ainda uma pequena reserva ambiental conhecida por suas trilhas;
- A Forja Catalã, construída por Jean-Antoine Félix Dissandes de Monlevade na década de 1910 para poder abrigar-se na região; além do Cemitério Histórico, construído por volta do século XIX para o sepultamento dos corpos de escravos que trabalhavam na Forja Catalã. 
- A Igreja Matriz São José do Operário, que, fundada em 25 de setembro de 1948, onde o nome da igreja Matriz foi em homenagem aos operários da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira (atual ArcelorMittal), é a única igreja no mundo construída em formato de "V", assim construída para parecer um "cálice" e celebrar a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial, na frente da igreja há uma imagem de um bispo com as mãos em formato de um V. A escada, externa à Igreja e que dá acesso a mesma, é em formato de cálice. Também faz parte do entorno, uma gruta dedicada à Nossa Senhora de Lourdes. 
- Fazenda Solar Monlevade, propriedade do Sr. Jean Antoine Felix Dissandes de Monlevade. Construída no início do século XIX, pelos escravos, cuja edificação imponente dominou a paisagem do Vale do Piracicaba e, que, varando os tempos, tornou-se o marco histórico e o símbolo maior da civilização plantada pelo pioneiro francês
Esportes
Assim como em grande parte do Brasil, o esporte mais popular em João Monlevade é o futebol. Na cidade há diversos clubes, como o Real Esporte Clube, que foi fundado 7 de setembro de 1957, sendo inicialmente apenas um time de futebol. Em 1977 foi transformado em clube recreativo social e, em 1983, foi criado o Centro Esportivo Domingos Silvério Sobrinho, que, além do campo de futebol, conta com quadras de peteca, piscinas, salas de ginástica e clínica de fisioterapia. Outras conhecidas áreas usadas para a prática de esportes são o Embaúbas Tênis Clube e a Arena Esportiva.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

ALFENAS - MINAS GERIAS

Alfenas é um município brasileiro localizado no sul do estado de Minas Gerais. Localizado na Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas e na Microrregião homônima. De acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sua população estimada em 2020 era de 80.494 habitantes.
História
O topônimo Alfenas surgiu em referência a uma família pioneira do lugar. Conforme Adilson de Carvalho, os membros da família Martins Alfena foram os primeiros moradores do local onde surgiu a cidade de Alfenas, território então pertencente à Freguesia de Cabo Verde, em cujos livros da Matriz foram lançados, até fevereiro de 1801, todos os registros de batizados, casamentos e óbitos da região que constituiria depois a cidade de Alfenas. É certo que a ocupação do território se deu por diversas pessoas, através de desbravadores sertanistas, devendo muitos deles terem por lá passado antes disso. O que Adilson defende é que os Martins Alfenas foram os pioneiros a se fixarem no local, tendo prioridade sobre Domingos Vieira da Silva. É incontestável que o local da "Fazenda Pedra Branca" era propriedade do Capitão Joaquim Martins Borralho, tanto que o local veio a ser chamado "dos Alfenas" e não "dos Vieiras". Numa época em que se valorizava muito a precedência, os antigos Vieiras jamais teriam permitido esta denominação se não reconhecessem a precedência dos Martins Alfenas.
Os irmãos: José Martins Alfena, Joaquim Martins Borralho, João Martins Alfena e Antônio Martins Maciel, juntamente com seus primos Francisco Martins Barbosa e Capitão Joaquim Martins Borralho (este, irmão de Francisco Martins Barbosa), foram os pioneiros do lugar. O irmão Francisco Martins Alfena (1743-1774) não foi para a região da futura cidade de Alfenas, por ter falecido antes; porém, sua filha Dorotéia Maria de Jesus, tutelada do tio José Martins Borralho, aí se radicou, casando com Antônio José Ramos, filho de Bento de Siqueira Leme (dono de parte da Fazenda Boa Vista) e de Francisca Leme da Silva. Em 8 de outubro de 1784, o Alferes José Martins Borralho obteve sesmaria, ao pé da Serra da Esperança, entre o Ribeirões Sapé e Águas Verdes. Em 1787, esta família já estava instalada na região, quando, na Matriz de Cabo Verde, foi batizado Manuel, filho de Francisco Martins Barbosa e Ana Gertrudes de Oliveira.
A Fundação 18 de Março (FUNDAMAR), de Paraguaçu, por incentivo do bibliófilo José Mindlin, colocou a disposição uma cópia digital do “Album Chorographico Municipal do Estado de Minas Geraes”, obra rara editada em 1927, pelo Serviço de Estatística da Secretaria de Estado da Agricultura, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil, composto por mapas e desenhos a bico de pena do casario, cachoeiras e monumentos das 178 cidades mineiras. No mapa referente a Alfenas, o local registrado como “Vieiras” está bem destacado da sede, englobado, em parte, no então distrito de Serrania. Também no mapa de Três Pontas, do mesmo “Album Chorographico”, vê-se o “Morro Cavado”, sede da Sesmaria da Pedra Branca, de Domingos Vieira da Silva.
Quanto à grafia do Nome de Família: Martins Alfena ou Martins Alfenas, é óbvio que quando se refere a uma só pessoa, fala-se no singular: Martins Alfena; quando se refere a mais de uma pessoa, fala-se: os Martins Alfenas. Artur Nogueira Campos, no magistral artigo NOMES PRÓPRIOS – Flexão, Ortografia e Indexação Alfabética (CAMPOS, Arthur Nogueira – NOMES PRÓPRIOS – Flexão, Ortografia e Indexação Alfabética – in Revista da ASBRAP Nº 2 – Rumograf – 1995 – p. 261-166), muito bem fundamentado nas melhores gramáticas da língua portuguesa, afirma que se os substantivos comuns são flexíveis, os próprios também são; flexionam-se segundo o gênero, o número e o grau. E, citando Aurélio Buarque de Holanda, diz: "Os nomes próprios personativos, locativos e de qualquer natureza, sendo portugueses ou aportuguesados, estão sujeitos às mesmas regras estabelecidas para os nomes comuns". Citando também o Dicionário de Questões Vernáculas, do respeitado filólogo Napoleão Mendes de Almeida, diz: " O plural dos nomes próprios segue as mesmas regras dos nomes comuns: os Andradas, os Ferreiras, os Sotomaiores, as Peixotas, os Meneses, os Luíses, as Ineses, os Queiroses, os Joães, os Loureiros de Melo, dois Rafaéis, vários Canalettos, os Miguel-Ângelos (Miquelângelos) do Vaticano".
Os nomes pessoais, os prenomes, os sobrenomes ou nomes de família, os patronímicos, os apelidos, os hipocorísticos, as alcunhas, os ápodos, os cognomes, os epítetos, os pseudônimos, os títulos, os toponímicos e os topônimos são todos flexíveis segundo as mesmas regras autorizadas para os substantivos comuns.
Continuando com Napoleão Mendes de Almeida, o autor observa no inciso 2, que nos nomes compostos, só um elemento do composto varia quando só ele é variável: o Pires de Camargo, os Pires de Camargo; o Oliveira Pires, os Oliveiras Pires. Tal é o caso do sobrenome Martins Alfena ! Ora, Martins já está no plural, portanto não pode variar, restando a flexão numérica apenas ao nome Alfena. Portanto diz-se os Martins Alfenas ou a família Martins Alfena, ou os Alfenas ou a família Alfena. Esta é a norma culta da língua Portuguesa, que os antigos tanto prezavam. Portanto não procede a afirmação contida em Pioneiros Desconhecidos : "Os Martins Alfena (sic) também foram pioneiros. Trouxeram o seu nome da Alfena portuguesa. Aqui foi-lhe acrescentado um ‘S’, que tornou o nome mais elegante e mais sonoro" (cf. AYER, Aspásia Vianna Manso Vieira – Pioneiros Desconhecidos –Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais – Volume XX – Imprensa Oficial-BH-MG – 1986 - p. 96).
Primeiros tempos
Em 1791, o Alferes José Martins Alfena e Bento de Siqueira Leme fundaram a Fazenda Boa Vista e, neste mesmo ano, estavam batizando seus escravos na Capela das Candongas, nome pelo qual o Arraial de Nossa Senhora da Ajuda (Três Pontas) também era conhecido[6] (por associação à “Fazenda das Candongas” , também chamada “Fazenda das Bandeirinhas”, à margem do Ribeirão das Candongas, logo adiante do Córrego da Urtiga, no caminho que liga Três Pontas a Campos Gerais), e onde os moradores do Bairro do Sapucaí também frequentavam. Em 1794, já estabelecido na Fazenda Boa Vista, o Alferes José Martins Alfena levou ao batismo sua filha Teresa, sendo padrinho o Alferes Domingos Vieira da Silva, que ainda era morador em Três Pontas, posto que em 25 de setembro de 1793, requerera sua Sesmaria da Pedra Branca que abrangia a "Chapada" e o "Morro Cavado" , da qual tomou posse definitiva a 17 de outubro de 1794, constando como cessionário o irmão Bento Ferreira de Brito (Arquivo Público Mineiro: SC.256, pag. 204 e 204-verso; Arquivo do Museu Regional de São João Del Rei: Ano de 1794, Caixa 23). Assim, depreende-se que só se estabeleceu no vale do Rio Muzambo, depois disto. Em 1792 ainda consta como morador em Lavras, tendo, assim, chegado à região depois dos Martins Alfenas. Em 1793, Domingos Vieira da Silva escreveu uma carta para o Alferes Manuel Pereira, comentando sua visita e desejando melhoras ao amigo que estava doente. A carta é assinada em Três Pontas, onde certamente residia. É de se supor que o primeiro contato dos Martins Alfenas com Domingos Vieira da Silva tenha se dado em Aiuruoca, onde, residia sua primeira mulher Ana Vilela de Assunção e os pais desta. Provavelmente, foram os Martins Alfenas que estimularam Domingos a se mudar para a região do Sapucaí. Em 1806, no inventário de sua primeira mulher, Domingos e seus filhos são citados como moradores da Vila de Nossa Senhora da Assunção de Cabo Verde. Juntamente com os Martins Alfenas, foi fundamental a participação de Domingos Vieira da Silva na construção do arraial e da capela. O mesmo autor refere que, em 1799, fora erigida uma pequena ermida, dedicada a Nossa Senhora das Dores, a qual foi demolida para dar lugar a uma Capela concluída em 1801, e que passou a ser denominada "Capela de São José e Nossa Senhora das Dores", do que se conclui a participação do Alferes José Martins Alfena e sua família, devotos de São José, na reconstrução do templo. Alguns pesquisadores julgam ter sido uma única construção. Em pouco tempo a capela já era conhecida por "São José e Dores dos Alfenas".
No ano de 1799 foi construída a primeira capela, por portugueses imigrantes. A capela, construída em homenagem a "Nossa Senhora das Dores e São José", constituía o marco de uma sesmaria doada a Domingos Vieira da Silva pela Rainha de Portugal, D. Maria I, que foi chamada, pelo sesmeiro, de "Pedra Branca". José Nicodemos de Figueiredo, genealogista e historiador de Boa Esperança, Minas Gerais, provou que a sesmaria da Pedra Branca, recebida por Domingos Vieira da Silva, localizava-se no atual município de Campos Gerais, estendendo-se até a divisa de Três Pontas, e nunca esteve no território de Alfenas. Somente nas obras de Aspásia é que se encontra a designação São José e Dores da Pedra Branca. É importante que se registre que apesar de sua fazenda chamar "Pedra Branca", o Capitão Joaquim Martins Borralho não deu esta denominação ao local. Sobre a obra de Aspásia, historiadores e pesquisadores da Prefeitura de Alfenas afirmaram que "ao ler seu livro, ficaram-nos algumas interrogações, suas indicações bibliográficas não são precisas: muitas delas não nos permitem precisar as fontes em que se baseou e nem mesmo sua localização". O Capitão Joaquim Martins Borralho, falecido em 1827, teve seu inventário e testamento concluídos em 1832, documentos nos quais é declarada a propriedade da "Fazenda Pedra Branca, no Distrito e Curato da Capela São José e Dores do termo da Vila de São Carlos do Jacuí". Segundo historiadores da Prefeitura de Alfenas, a dita "Fazenda Pedra Branca" (próxima ao Córrego da Pedra Branca), que deu origem a Alfenas, seria a mesma fazenda mencionada por Ayer, com a ressalva de que ela pertenceu a Joaquim Martins Borralho e não a Domingos Vieira da Silva. Contudo, Waldemar de Almeida Barbosa informa que único documento existente de doação de patrimônio data de 22 de julho de 1805 e refere-se a Francisco Siqueira Ramos e sua mulher Floriana Ferreira de Araújo como doadores de um terreno em considerável extensão confrontando com os Martins Alfenas, e acrescenta que a capela foi construída por membros da família Alfena, proprietários da Fazenda Pedra Branca. Conforme este historiador, ao redor dessa capela, foi criado um pequeno arraial. A Capela permaneceu como filial da Matriz de Cabo Verde até 14 de julho de 1832, quando a Regência Trina Permanente criou a Freguesia de São José dos Alfenas. Em 7 de outubro de 1860, a Freguesia foi elevada a categoria de vila, como nome de Vila Formosa de Alfenas. A 15 de outubro de 1869, a vila passou à categoria de cidade,com o nome de Formosa de Alfenas, depois, a 23 de setembro de 1871, simplificado para Alfenas, para não confundir com outra de mesma denominação, em Goiás. Assim vemos que, desde o início, o nome da família Martins Alfena está ligado à fundação e à evolução do local. Figueiredo, usando também da Genealogia, como ciência auxiliar da História, elucidou outro equívoco de Aspásia Vianna Manso Vieira Ayer que afirmou que Domingos Vieira da Silva era “ligado a Funchal, na Ilha da Madeira por tradição familiar, nascido no Concelho de Braga, junto a Vieira do Minho, origem de seu pai o fidalgo português Domingos Vieira e Maria da Silva, portuguesa também de nobre estirpe. Domingos Vieira e (da) Silva nasceu no Distrito do Concelho de Braga, pois seu pai, Domingos Vieira, tinha origem nas terras de Vieira do Minho, há poucos quilômetros de Braga, e sua mãe Maria Silva, no distrito de Silva, também pertencente ao Concelho de Braga”. Os estudos Genealógicos provaram que Domingos Vieira da Silva nasceu na freguesia de Brito, Concelho de Guimarães, sendo filho de Francisco Vieira da Silva (natural de Brito) e de Catarina Luís (natural de Guimarães).[9] Em referência à mãe alegada por Aspásia (“Maria Silva portuguesa também de nobre estirpe”) ter sua “origem no Distrito de Silva, também pertencente ao Concelho de Braga”, observa-se que o local denominado “Silva” mais próximo de Braga é a freguesia de Silva, no Concelho de Barcelos. Também quanto ao falecimento de Domingos há confusão pois os registros dão seu óbito a 11 de maio de 1811, na Fazenda São Tomé, em Caldas, porém há de se considerar que parte do território de Alfenas foi desmembrado daquele município. Carlos Eduardo Rovaron, em sua dissertação de mestrado “História da ocupação da Caldeira Vulcânica de Poços de Caldas (séc. XVIII-XIX)”, apresentada, em 2009, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo escreve que : “De Caldas foram desmembrados os município de Andradas-MG, Alfenas-MG, Poços de Caldas-MG, Cabo Verde-MG, Campestre-MG, Ibitiura de Minas-MG e Santa Rita de Caldas-MG. Se levarmos em conta os desmembramentos que ocorreram em Santa Rita de Caldas, Alfenas e Cabo Verde, podemos ter uma ideia da vastidão do território da Caldas antes do primeiro desmembramento ocorrido em 1860 - o de Alfenas”.
Em relação à Família Martins Alfena, sabe-se que é a mesma Família Martins Borralho, da Freguesia de São Vicente da Alfena, Portugal, cujo antepassado mais antigo deste ramo, até agora estudado, foi Isabel Martins Borralho (filha de Manuel Martins e de Maria Duarte) que, a 12 de novembro de 1694, casou-se com Manuel Antônio (filho de António Brás e de Isabel Francisca), na mesma freguesia, segundo pesquisa de Celso do Lago Paiva, tendo pelo menos oito filhos: Maria Martins Borralho, Ana Ferreira, Manuel Martins Borralho, Águeda Martins Borralho, Vicente Martins Borralho, Francisco Martins Borralho, António Martins Borralho e José Martins Borralho. Dois filhos deste casal, José e Francisco, passaram para o Brasil, estabelecendo-se nas Minas Gerais do século XVIII. Seguindo o costume português, acrescentaram o toponímico de seu local de origem ao apelido (sobrenome) de família.
Segundo Marta Amato, a família Martins Alfena, em Minas Gerais, começa em Aiuruoca com estes dois irmãos, José Martins Borralho e Francisco Martins Borralho, naturais da freguesia de São Vicente da Alfena, Concelho de Valongo, Distrito, Comarca e Diocese do Porto, na província de Douro Litoral, Portugal. No século XIX, este nome se estendeu à cidade de Alfenas.
Quanto ao sobrenome Alfena, Marcos Rodrigues Chaves afirma que em Genealogia, chamamos os nomes de família de Apelido. Aliás, ao contrário do Brasil, onde generalizou-se chamar de apelido aos cognomes e alcunhas, em Portugal esta a é denominação corrente dos sobrenomes. Era costume generalizado dos portugueses que emigravam acrescentar o nome de seu local de origem ao apelido (sobrenome) de família. Exemplo muito conhecido é o de João Francisco Junqueira, patriarca daquela nobre linhagem, que nasceu em 1727, na freguesia de São Simão da Junqueira, Concelho de Vila do Conde, no Distrito do Porto.
Assim também procederam os membros da família Martins Borralho, da Freguesia de São Vicente de Alfena, cujos descendentes tomaram o apelido Martins Alfena como seu nome de família. Tal origem do sobrenome Alfena sempre foi conhecida pelos descendentes desta família, portanto não procedem as informações de Alexandre da Silva Mariano, em discurso de 14 de junho de 1932; de Romeu Vieira e Nelson Ferreira Lopes, dizendo: "....arbusto da família das oleínas, abundante no lugar onde residiam os Martins", dando a entender que os Martins acrescentaram o nome Alfena ao seu apelido por causa da existência de alfeneiros em sua propriedade. Além do que, o celebrado agrônomo Celso do Lago Paiva afirmou em suas pesquisas que no Brasil nunca foram encontrados Alfeneiros verdadeiros.
Economia
No século XIX, a economia de Alfenas estava assentada na pecuária (bovinos, suínos, aves, toucinho, laticínios) e na agricultura de abastecimento (grãos, fumo, cana, algodão). Alcir Lenharo afirma que “o Sul de Minas foi o principal abastecedor do mercado carioca, para o qual produzia e exportava grande quantidade de gado em pé, além de porcos, galinhas, carneiros, toucinhos, queijos e cereais”. (As tropas da moderação. São Paulo: Edições Símbolo, 1979). A importância do transporte fluvial foi atestada por Bernardo Saturnino da Veiga, que em seu “Almanach Sul-Mineiro para 1874” (pag. 4 e 5), informa que “Alfenas também mantinha ativo comércio com áreas vizinhas, servindo-se dos rios Sapucaí e Machado. Por meio de barcos de remos, localidades como Passos, Piumhi, Pouso Alegre e Itajubá recebiam de Alfenas algodão, toucinho, fumo, rapaduras, aguardente e toda sorte de mantimentos; em contrapartida, Alfenas recebia destes municípios principalmente sal e outros gêneros”. Somente a partir da metade do século XIX, é que o café foi introduzido na região, como uma opção de renda a mais para os proprietários rurais. O crescimento da cafeicultura gerou lucro que permitiu o aumento do número de escravos, entre 1870 e 1880. Maria Lúcia Prado Costa informa que no ano de 1876, Alfenas estava na oitava posição em número de escravos, no Sul de Minas; em 1883, passou ao quinto lugar e, em 1885, ao quarto (Fontes para a história social do Sul de Minas: os trabalhadores de Paraguaçu e Machado-1850-1900. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2002, p. 37). O crescimento econômico permitiu o desenvolvimento urbano e social, sendo que o mesmo “Almanach Sul-Mineiro para 1874” (pag. 2) assim descrevia o município de Alfenas,cujo território incluía o município sede e os seguintes distritos ou termos: São Sebastião do Areado (atualmente, Areado), Carmo da Escaramuça (atualmente, Paraguaçu), Douradinho (atualmente, distrito de Machado), São Francisco de Paula do Machadinho (atualmente, Poço Fundo), Machado, São Joaquim da Serra Negra (atualmente, Alterosa), Retiro de São João Batista do Barranco Alto (atualmente, Barranco Alto, distrito de Alfenas ) e Água Limpa (atualmente, Serrania). No ano de 1874, a cidade de Alfenas possuía cerca de trezentas casas, oito ruas e quatro praças, das quais a da Matriz e a do Rosário constituíam o centro da pequena cidade.
Em 30 de agosto de 1911, foi criado o Distrito de Fama, então destacado porto de navegação comercial, que pertenceu a Alfenas, até 7 de setembro de 1923, quando passou ao território de Paraguaçu.
Marcos Lobato Martins registra que a economia foi se modificando e se moldando, sendo a cafeicultura responsável pela coexistência do trabalhador escravo com o trabalhador livre, seja o caboclo meeiro, seja o imigrante, principalmente o italiano. Entre o final do século XIX e o começo do XX o café se impôs como agricultura de exportação, mas sempre coexistindo com a pecuária e as culturas tradicionais. Somente, no decorrer do século XX, é que ocorreu a industrialização da cidade.
Geografia
Relevo

Em grande parte composto por rochas cristalinas, constituída de uma superfície elevada caracterizada por sucessão de morros e garupas que vêm de Poços de Caldas, seguindo em direção das Calhas dos rios Grande e Sapucaí, com alturas variáveis de 800 a 1 000m.
Clima
Situado nos limites meridionais da zona intertropical e, sob influência da elevada altitude da região, o clima da região é do tipo tropical mesotérmico. A temperatura anual é de 19 °C. Verão e a primavera são as estações mais quentes, com máximas diárias variando de 28 a 30 °C, outubro e novembro são os meses mais quentes chegando de 36 a 37 °C e mínima de 9 e 10 °C. Apresenta raras temperaturas abaixo de 0 °C, que podem resultar em geadas. Em relação ao regime de chuvas, o clima é úmido, com precipitação média anual de aproximadamente 1.590 mm.
Recursos hídricos
- Bacia hidrográfica do Rio São Tomé -
Termina no lago de Furnas, cuja nascente fica no bairro Serra Escura bairro este também chamado de Serra Negra no município de Machado.
- Vale do Rio Sapucaí, da bacia do Rio Paraná e de alguns de seus afluentes foram inundados pelo reservatório de Furnas, que circunda o município, exceto pelo limite sul.
Rios e córregos
- Ribeirão Cacus
- Córrego da Laje
- Represa de Furnas ("braço sul", no curso do Rio Sapucaí) - 1ª Usina Hidrelétrica de Furnas Centrais Elétricas, na bacia do Rio Grande.
Fauna
Abriga diversas espécies de aves conhecidas como: biguatinga, garça, irerê, gavião-carijó, saracura-preta, frango-d'água, saracura-três-potes, saracura-do-brejo, quero-quero, asa-branca, tuim, jandaia, anu-preto, anu-branco, coruja-do-mato, martim-pescador, joão-de-barro, maria-branca, bem-te-vi, tico-tico,urubu, sanhaço-cinzento, tiziu, pássaro-preto-de-brejo, dó-ré-mi.
Abriga também mamíferos silvestres como: capivara, veado-mateiro, macaco-prego, cachorro-do-mato, lontra, paca, cutia, morcego, gambá e outros. Sendo que alguns destes podem ter migrado para outras áreas.
Flora
É uma floresta do tipo Estacional Semidecidual e Ombrófila Mista. Espécies que ocorrem nesta vegetação: açoita-cavalo, angico, cedro, canela, sassafrás, massaranduba, canjerana, amoreira, jatobá, óleo copaíba, jequitibá, peroba rosa e guatambu. Nas matas ciliares, capixingui, ingá, pinheiro do brejo e ipê do brejo, árvores esparsas e cobertura de arbustos e sub-arbustos apresentando o marolo, barbatimão, espinheira santa, cagaita, ipê do cerrado e pau santo como exemplo.
Educação
Ensino superior

Acidade contacom as seguintes instituições: Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas; Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG; Centro Universitário Internacional - UNINTER; Universidade Norte do Paraná - UNOPAR; Universidade Paulista - UNIP
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

CURVELO - MINAS GERAIS

 
Curvelo é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se na região central mineira e sua população em 2019 era de 80.129 habitantes. Seu nome tem origem em um dos seus primeiros moradores, o padre Antônio de Ávila Curvelo. Ocupa o 14º lugar no ranking das 50 cidades pequenas brasileiras que apresentam melhor desenvolvimento econômico, segundo estudos recentes.
História
Por volta de 1700, já à época da decadência da produção aurífera, o lugarejo que existia às margens do ribeirão Santo Antônio, que é um dos cursos de água que cortam o município de Curvelo, servia de pouso aos viajantes que utilizavam os rios São Francisco e Guaicuí em seu itinerário entre as capitanias da Bahia, de Pernambuco e de São Vicente.
Em 1714 a região do atual município de Curvelo, até então juridicamente vinculada à Capitania de Porto Seguro (que mais tarde seria incorporada pela capitania da Bahia), passa a subordinar-se à Comarca de Sabará, por sua vez pertencente à recém-criada capitania de São Paulo e Minas de Ouro.
Em 16 de março de 1720, poucos meses antes da criação da capitania de Minas Gerais, cria-se a freguesia com o nome de Santo Antônio da Estrada e o Padre Antônio de Ávila Curvelo, oriundo do que é hoje Matias Cardoso mas já residente no lugarejo, é seu primeiro vigário. O nome do município é, portanto, um antropotopônimo.
O arraial de Curvelo desmembrou-se de Sabará e tornou-se município autônomo por decreto da Regência de 13 de outubro de 1831, tendo por sede a vila homônima. Contudo, apenas em 30 de julho de 1832 instalou-se a Câmara de Vereadores, então pré-requisito para o exercício da emancipação político-administrativa, e apenas em 7 de dezembro do mesmo ano houve a ereção do pelourinho, símbolo da autonomia do poder municipal. Por fim, em 15 de novembro de 1875, a vila foi elevada à categoria de cidade por lei provincial assinada pelo presidente da província de Minas Gerais, o paulista Pedro Vicente de Azevedo.
Não há um consenso sobre o dia oficial do aniversário da cidade. A data do desmembramento de Sabará, 13 de outubro, foi feriado municipal em 1948 apenas e é a que consta na bandeira e no brasão da cidade. Em 2005, a Câmara Municipal realizou despesas com a celebração do dia 30 de julho, denominado "dia da emancipação político-administrativa", mas em 2011 escolheu-se a data de 16 de dezembro para a solenidade de comemoração de instalação da primeira câmara municipal. A data da elevação à categoria de cidade, 15 de novembro, foi a utilizada como referência para a comemoração do primeiro centenário, e ela consta em placa instalada na ocasião em praça localizada aos fundos da Matriz de Santo Antônio, no centro da cidade.
Destacou-se durante longos anos na cotonicultura, sendo considerada a "terra do ouro branco". Sua rica indústria têxtil receberia prêmio internacional na Itália, em Turim, no ano de 1911. Teve, e ainda tem, grande evidência em outros setores, como agropecuária, educação, comércio, serviços, cultura e saúde.
É a cidade-mãe de muitos distritos hoje emancipados, tais como Morro da Garça, Inimutaba, Presidente Juscelino e Santana de Pirapama. É também o berço de uma das mais elegantes facas brasileiras, denominada "Curvelana" e que teria surgido por volta de 1880-90.
Geografia
Tem localização privilegiada numa região servida por importantes sistemas rodoviários, onde se destaca a rodovia BR-040 que faz a ligação entre Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, a BR-135 (Trajeto Rio/Bahia) e BR-259 (Acesso à Diamantina).
O município também é cortado por uma das ferrovias mais importantes do país, a Linha do Centro da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, além da Variante de Curvelo da Ferrovia Centro Atlântica (FCA). A ferrovia interliga o município à Belo Horizonte, ao Rio de Janeiro e às cidades de Montes Claros e Monte Azul, no norte do estado. Desde 1996, a Linha do Centro da antiga EFCB está concedida à FCA para o transporte de cargas na região, enquanto que a Variante de Curvelo foi construída pela concessionária para desviar em um curto trecho, o trajeto ferroviário original para fora do perímetro urbano da cidade, sendo inaugurada em 1997
O município está situado na chamada Depressão Sertaneja-São Francisco, de relevo ondulado, mas onde não há serras propriamente ditas, entre as bacias do rio São Francisco, rio das Velhas, rio Paraopeba, Cipó e Bicudo. Curvelo é cortada por diversos ribeirões que desaguam nestes rios, sendo os mais importantes o Maquiné, o Picão, o Almas, o Meleiros, o Santo Antônio e o Riacho Fundo.
Possui reservas minerais de Ardósia, Calcário, Zinco, Cristais e Quartzo.
Clima
O clima de Curvelo é classificado como tropical de altitude (tipo Cwa segundo Classificação climática de Köppen-Geiger), característica advinda de sua altitude média de 672 metros acima do nível do mar e da latitude de 18,45ºS e longitude de 44,25ºW. Sendo assim, o período de verão registra chuvas e temperaturas elevadas, enquanto o inverno é seco com temperaturas mais baixas. A temperatura é amena a quente durante o ano.
A menor temperatura registrada em Curvelo foi de 3 °C em 18 de julho de 2000, mas o recorde mínimo absoluto desde 1912 foi de 1,2 °C em 26 de junho de 1918. Já a maior temperatura foi 39,9 °C em 29 de outubro de 2007.
Vegetação
A vegetação original do município é o cerrado, com cerradões e matas de galeria, além de faixas de Mata Atlântica, todos modificados pela expansão das pastagens de gado vacum e das áreas de plantação de eucaliptos. Na sede do município a arborização é feita predominantemente com sibipirunas, oitis e ipês.
A presença de frutos típicos do cerrado se faz notar na culinária, especialmente o pequi, consumido tanto em pratos salgados quanto os doces de corte ou de colher, comuns na região. Além do pequi, são comuns nas feiras da cidade o araticum, a mangaba, o jenipapo e o jatobá, onde também se vendem garrafadas com folhas e raízes de plantas da região.
Turismo
Entre os principais locais turísticos, existem:
- Centro Cultural de Curvelo - Localizado no prédio da antiga estação ferroviária da Estrada de Ferro Central do Brasil reformado, abriga um museu, um espaço de multimídia, biblioteca e galerias de arte.
- Basílica de São Geraldo -  É a segunda Basílica dedicada a São Geraldo no mundo - a primeira está em Materdomini (comuna de Caposele), na Itália, onde o santo está enterrado. A Oitava de São Geraldo acontece na última semana de agosto, com encerramento pela arrojada procissão de São Geraldo no primeiro domingo de setembro, quando a cidade recebe uma multidão de romeiros de todas as partes do país e até do exterior.
- Matriz de Santo Antônio - Benzida em 1877, tem como forte atração o altar-mor entalhado pelo mestre Chico Entalhador.
- Forró de Curvelo - Promovido por entidades, clubes de serviço e a prefeitura, é realizado em data que transita o entre o último fim de semana de junho e o primeiro fim de semana de julho. Durante os quatro dias de festa, são armadas barracas em praça pública com direito a grandes shows de artistas nacionais, concursos de música popular, danças e outras brincadeiras. Todas as barracas oferecem pratos típicos com cardápios variados. O Forró de Curvelo é um evento em âmbito estadual, envolvendo não só as cidades próximas, mas também trazendo turistas da capital, de cidades mais afastadas e até de outros estados.
- Parque de Exposições Ernesto Salvo - É o local onde realiza-se, anualmente, há mais de 60 anos, a tradicional Exposição Agropecuária e Industrial de Curvelo.
- Lapa do Mosquito - Uma das gruta exploradas pelo dinamarquês Peter Wilhelm Lund, aguarda mapeamento e adequação para visitação pública.
- Autódromo Internacional Circuito dos Cristais.
Além desses, há também a Praça Benedito Valadares; a Praça Tiradentes; a Praça Voluntários da Pátria (Praça da Basílica), a Praça Central do Brasil; a Feira do Bairro Bela Vista; o Estádio Salvo Filho; o Clube Recreativo Curvelano (Sede Campestre); e a Feira da Estação.
Referência para o texto: Wikipédia

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

SANTA ROSA - RIO GRANDE DO SUL

Santa Rosa é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. É conhecida como o "Berço Nacional da Soja".
História
Santa Rosa foi criada como uma colônia de imigrantes europeus em 1915, principalmente imigrantes italianos, alemães e russos. O dialeto alemão tradicionalmente falado na região é o Riograndenser Hunsrückisch.
Principais eventos
Os principais eventos na cidade de Santa Rosa são: Feira Nacional da Soja (FENASOJA); Encontro Estadual de Hortigranjeiros; Musicanto, Festival Sul-Americano de Música Nativista;
Festival Santa Rosa em Dança; Festa das Etnias; Festa do Leitão no Rolete; ExpoCruzeiro - Feira Comunitária do bairro Cruzeiro; Oktoberfest de Santa Rosa; Canto Livre - Festival Estudantil da Canção; Santa Rosa Mostra Cinema; Feira do Livro; Indumóveis.
Educação
A cidade possui um campus do Instituto Federal Farroupilha - IFFar, Campus Santa Rosa, o qual oferece gratuitamente bacharelados e licenciaturas, também cursos técnicos nas modalidades integrado e subsequente.
O município também possui universidades particulares, sendo um campus da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), cuja reitoria está localizada na cidade de Ijuí. No mesmo ramo encontramos a Faculdades Integradas Machado de Assis- FEMA que oferece três campus para o ensino particular de qualidade, a instituição tem vários cursos superiores.
Cultura
Grupos de Dança
Santa Rosa conta com 2 grandes grupos de danças urbanas: Cia. Santa Rosa em Dança que é mantida pela Secretaria de Cultura e Cia. Street Art que é a antiga Cia. Movimentos. Ambos os grupos já passaram por vários festivais importantes, um deles é o Festival Internacional de Hip Hop que acontece em Curitiba - PR. Já conquistaram inúmeros prêmios.
Esporte
O principal clube esportivo de futebol de Santa Rosa é o Juventus Atlético Clube.
Turismo
Na área de turismo Santa Rosa integra natureza e história, eventos e celebridades para atrair visitantes e disponibilizar novas opções de desenvolvimento. A região, integrada de rotas turísticas que incluem as Missões, a rota do Rio Uruguai e o Salto do Yucumã, conta com o carisma de Xuxa e a hospitalidade de seu povo para transformar cultura em festa e lazer.
Santa Rosa possui inúmeros pontos de turismo e lazer, entre eles destacamos os nossos balneários, sociedades recreativas, Parque Fazenda e as belíssimas cascatas, o Santuário da Natureza, no Parque Municipal de Exposições, onde foi transplantada a árvore lunar, uma sequoia americana germinada em solo lunar.
- Museu da Soja, localizado no parque de exposições. Conta a história da soja em nosso município.
- Estátua do goleiro Taffarel, homenagem ao ex-goleiro campeão do mundo pela Seleção Brasileira de futebol foi criado na cidade, Cláudio Taffarel. Está localizada no centro da cidade.
- Museu Municipal, localizado ao lado da feira de hortigranjeiros, na antiga estação, apresenta móveis, vestimentas, peças, enfim retrata muito da história de Santa Rosa. A entrada é franca.
- Casa da Xuxa, a casa onde nasceu Maria da Graça Xuxa Meneghel, foi adquirida e restaurada pela Prefeitura Municipal para abrigar o "Memorial Xuxa Meneghel". Atualmente está desativado. Também foi construído o Pórtico da Xuxa na entrada da avenida onde está situada a casa.
Outras atrações
O município conta também, com inúmeros monumentos de cunho religioso, histórico, esportivo e cultural, como: 150 anos de existência da Brigada Militar; Arquitetura Militar (19º RCMec); Busto de Eduardo Meneghel (Parque Municipal de Exposições); Busto e Carta Testamento de Getúlio Vargas (Praça da Bandeira); Busto de José Bonifácio (Praça da Independência); Carro de combate blindado (Praça 10 de Agosto); Centenário da imigração alemã (Praça Berlim); Monumento do esporte em homenagem à Cláudio Taffarel (Rótula da Exp. Weber/Travessa Butantã); Ermida da Padroeira (Jardins do Colégio Liminha); Estátua de Cristóvão Colombo (Av. Borges de Medeiros), única da América Latina em tamanho natural, comemorativa ao centenário da imigração italiana; Estátua “A Mãe” (Praça da Bandeira); Gruta de Nossa Senhora das Dores (Igreja da Sagrada Família no Bairro Cruzeiro); Gruta de Nossa Senhora das Graças (Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus); Homenagem a Bíblia (Praça da Independência); Imigrante alemão (Praça Berlim); Largo Paul Harris; Marco de Fundação do Município de Santa Rosa (Colégio Liminha); Monumento ao Expedicionário Weber (Praça da Bandeira); Mosteiro da Transfiguração; Santuário da natureza – Árvore Lunar (Parque de Exposições)
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

AQUIRAZ - CEARÁ

Aquiraz é um município brasileiro no litoral do estado do Ceará, Região Nordeste do país. Sua população estimada em 2019 foi de 80 271 habitantes.
Etimologia
O topônimo "Aquiraz" vem do tupi-guarani e significa "Água Logo Adiante". Sua denominação original era Aquiraz, em 1710, "São José de Ribamar do Aquiraz" e desde 1915, novamente Aquiraz. Já o livro Na cidadela das letras sugere que provém do termo tupi Akirá ("gordo"), nome de uma tribo indígena que habitou a região.
História
A história de Aquiraz mistura os primeiros habitante destas terras, os índios potyguara e outras tribos pertencentes ao tronco tupi como os jenipapo-kanyndé, com os portugueses religiosos e militares que vieram habitar esta região visando à catequização dos índios e à proteção do território contra invasões de outros povos europeus. A localidade de Aquiraz conheceu a presença dos portugueses depois que estes resolveram explorar as terras ao norte da ponta do Iguape, na qual foi construído o Reduto Novo.
Aquiraz é conhecida como "a primeira capital do Ceará". Em seu perímetro central, situado em torno da bucólica praça Cônego Araripe, a qual tem traçado de missão jesuítica, encontram-se as principais edificações de interesse histórico arquitetônico do local. Entre elas, podemos citar a imponente Igreja Matriz de São José de Ribamar, construída no século XVIII. O templo apresenta ecletismo no estilo, predominando os traços barrocos e neoclássicos, frutos das várias modificações que passou ao longo dos anos. Destaca-se no nicho central do altar-mor a imagem do padroeiro São José de Ribamar, calçado de botas, relembrando o bandeirante audaz.
Outro monumento importante é a antiga Casa de Câmara e Cadeia iniciada no século XVIII e concluída no ano de 1877. Atualmente, o prédio sedia o Museu Sacro São José de Ribamar, fundado em 1967, sendo considerado o primeiro museu sacro do Ceará e o segundo do Norte-Nordeste. Seu acervo compõe-se de mais de 600 peças de caráter religioso datadas dos séculos XVII , XVIII e XIX, alusivas à fé do povo cearense. O antigo sobradão tem sua arquitetura original bastante conservada, pode-se observar as grades das antigas selas no pavimento inferior, e o assoalho reforçado com vigas de carnaúba na parte superior onde antes funcionava a câmara, o fórum e a prefeitura municipal. A peça mais importante do acervo é uma cruz processional de prata cinzelada datada do século XVIII, herança dos jesuítas que estiveram em Aquiraz.
O Mercado da Carne, hoje Mercado das Artes, século XIX, outrora centro comercial da cidade, impressiona o visitante pela particular técnica de construção, a qual prima pelo uso da carnaúba e do tijolo adobe. Sua parte central era o local de comercialização da carne, a harmonia geométrica da armação do telhado deixa transparecer o caráter arrojado do estilo. Os antigos pontos comerciais, situados na parte externa, foram durante décadas, o coração do comércio da cidade, fato que perdurou até o tombamento do prédio em 1988.
A Casa do Capitão-mor é um raro exemplar do casario setecentista do estado. Conhecida também como casa da Ouvidoria, nome do primeiro núcleo judiciário do Ceará, o singelo edifício é feito com paredes de pau-a-pique, reforçada com amarras de couro de boi, uma referência material ao ciclo econômico das charqueadas, o qual predominou na região durante o século XVIII. A riqueza de detalhes confere ao "antigo palácio" uma atmosfera nostálgica; relembrando um passado distante, marcado por histórias de botijas, fugas de escravos e pela bravura e sagacidade do respeitado e temido "Capitão-Mor".
Os jesuítas que permaneceram por 32 anos (1727-1759), fundaram no local, hoje chamado "sitio colégio", o famoso "Hospício dos Jesuítas". Hospício, no linguajar da época, significava "posto de hospedagem", era lá aonde os padres missionários vinham recuperar suas forças para depois prosseguirem com sua missão de catequizar os aborígenes nos mais longínquos confins da capitania.
A residência apostólica também abrigou o primeiro centro de ensino do estado e seu primeiro seminário, constituindo-se num dos únicos polos difusores da cultura daquele tempo. O que restou do extinto estabelecimento são apenas as ruínas da antiga capela de Nossa Senhora do Bom sucesso, construída em 1753. Há ainda quem acredite numa famosa "maldição". Segundo a lenda, quando os jesuítas foram expulsos, eles profetizaram que um dia o mar haveria de passar sete metros acima das torres da igreja matriz, espalhando o caos por toda a vila. Todos os bens da ordem foram confiscados, porém reza a tradição que parte dessas riquezas permanece escondida em algum recanto daquela velha habitação.
Os escombros das antigas Pontes Imperiais ainda podem ser contemplados nas margens do rio Pacoti. Conta-se que elas foram erguidas com material retirado das fundações do antigo "hospício", quando este foi demolido em 1854.
A riqueza da aristocracia portuguesa de outrora ainda permanece a vista nas ruas do centro de Aquiraz, onde suntuosos casarões remetem aos modelos arquitetônicos de Portugal e do sertão. Algumas influências Mouras prevalecem intactas nas fachadas dos prédios, refletindo assim a opulência daqueles idos, conferindo um estilo "sui generis" ao casario da cidade.
Geografia
Clima
Tropical quente subsumido com pluviometria média de 1532 mm, com chuvas de janeiro a junho.
Hidrografia e recursos hídricos
As principais fontes de água são: Rio Pacoti, e Rio Catú e o Açude Catú.
Economia
Turismo
Atualmente, Aquiraz possui o segundo maior parque hoteleiro do Ceará, segundo dados da Secretaria Estadual do Turismo. 
Os principais atrativos naturais são os seus 36 km de praias (Porto das Dunas, Prainha, Praia Bela, Praia do Japão, Praia de Marambaia, Presídio, Iguape, Barro Preto e Batoque). A sede do município é guardiã de um rico patrimônio histórico, colocando o município em lugar de destaque no cenário nacional. 
Sua ocupação inicial era de casas de veraneio, dada à proximidade de Fortaleza. Recentemente, Aquiraz tem recebido investimentos privados de pequeno, médio e grande porte, e o poder público tem investido em projetos de infra-estrutura e qualificação da mão-de-obra, com o objetivo de preparar o município para a demanda crescente de turistas. Vale destacar também o empenho da Secretaria de Turismo do município em organizar toda a cadeia produtiva que se beneficia do turismo, atraindo eventos importantes e sendo protagonista da principal regata de jangadas do Estado, agregando cultura e arte - o Navegarte. 
O turismo é uma importante fonte de renda, devido a cidade velha, sua arquitetura barroca portuguesa e o Museu Sacro São José de Ribamar.
Produção Agrícola
A produção agrícola municipal é montada em bases tradicionais. Os produtos com maior destaque, em termos de área cultivada e representatividade estadual, são a castanha de caju, o coco da baía e a cana de açúcar. A partir de 1997, entrou na pauta agrícola do Município, o cultivo das frutas: manga e mamão. As culturas de subsistência - feijão, milho e mandioca também fazem parte da produção agrícola.
Produção Pecuária, Avícola e Extrativa
No tocante à criação animal, o Município tem melhor representatividade no Estado com destaque no criatório bovino, suíno e eqüino, mantendo praticamente constante, esses plantéis, quando na maioria dos Municípios do Estado, houve declínio com as irregularidades climáticas. A produção avícola ocupa primazia dentro do setor agropecuário do Município, em termos de arrecadação do ICMS, é responsável pela absorção do maior número de empregados do setor e fonte de abastecimento alimentar local. A atividade extrativa do Município resume-se a produção da cera da carnaúba e a extração de lenha, usada como fonte de geração de energia.
Indústria
O setor industrial de Aquiraz vem apresentando um razoável crescimento no tocante ao número de empresas. A quase totalidade dessas empresas enquadra-se na categoria indústria de transformação, além do ramo da construção civil e no ramo de extrativo mineral. Ao longo do período de 1990/97, a estrutura industrial do Município concentrava-se nos segmentos de minerais não metálicos, mobiliário, vestuário, produtos alimentares e bebidas. A partir de 1996, houve uma maior diversificação nas indústrias de transformação e a criação de empresas de utilidade pública. A partir de 1996, instalaram-se no Municípios duas novas indústrias, a White Stone do Brasil S/A e a indústria de Bebidas Antárctica do Ceará S/A. A White Stone tem como linha de produção a extração beneficiamento e comercialização de granito e outras pedras ornamentais, oriundas de jazidas próprias ou de terceiros. A indústria de Bebidas Antárctica (hoje Ambev) instalou-se em dezembro de 1997.
Tem 23 indústrias, entre as quais cabe destacar a Usibras, e a Granja Regina.
O Centro de Distribuição da JBS Foods foi instalado no município em novembro de 2015.
Comércio
O setor terciário do Município de Aquiraz tem predominância do segmento do comércio. São fortes os vínculos mercantis com a cidade de Fortaleza, para onde escoa a produção agrícola e artigos industrializados, importando, desta, produtos manufaturados. As principais mercadorias nos fluxos comercias de Aquiraz são os produtos de gênero alimentícios, artigos de vestuário, material para construção em geral e veículos, peças e acessórios. 
Serviços
O setor de serviços é responsável por um incremento de 2,43% na arrecadação do ICMS do Município no ano de 1998, tendo crescido à uma taxa média de 38,53% ao ano, entre 1997 e 1998. O maior faturamento de ICMS dentre essas empresas, se dá nas empresas de saneamento, limpeza urbana e construção. 
Cultura
Os principais eventos são:
- Festejos do Coo-padroeiro São Sebastião. Suas comemorações são realizadas no mês de janeiro, na praça matriz da cidade;
- São José de Ribamar, o padroeiro. Suas comemorações são realizadas no mês de Março, também na praça matriz da cidade;
- Festa de São Francisco de Assis Porto Das Dunas;
- Feira Metropolitana do Artesanato;
- Festa de Nossa Senhora dos Navegantes;
- Festival de Dança do Coco.
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quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

JACOBINA - BAHIA

Jacobina, também conhecida como a Cidade do Ouro, é um município brasileiro do estado da Bahia.
Rodeada por serras, morros, lagos, rios, fontes e cachoeiras, Jacobina se apresenta como excelente destino para os apreciadores do turismo ecológico. Situada na região norte da Bahia, no extremo norte da Chapada Diamantina, Jacobina fica a 339 quilômetros de Salvador e se tornou conhecida como a Cidade do Ouro, uma herança das minas de ouro que atraíram os bandeirantes paulistas no início do século XVII.
Além das belezas naturais e das minas, Jacobina possui um rico patrimônio histórico-cultural, que pode ser percorrido com auxílio de guias turísticos. O município conta com mais de 600 leitos, distribuídos em 241 apartamentos de 13 hotéis e pousadas.
O principal polo do ecoturismo jacobinense é a vila de Itaitu.
História
Os primeiros habitantes da região foram indígenas Payayas. Um deles, um velho cacique chamado Jacó, era o mais influente, tendo por companheira uma sábia mulher chamada Bina. Essa memória é narrada por vários moradores.
Em princípios do século XVII, a corrida de bandeirantes e portugueses às minas de ouro descobertas em terras do atual município (ao que se sabe, estas minas foram descobertas por Roberto Dias) foi a origem da corrente inicial do devassamento e povoação de Jacobina. A notícia de exploração de minérios fluir ao lugar numerosos contingentes humanos, vindo de recantos longínquos, para aí se aglomerarem, sedentos de ouro fácil. Um dos primeiros a chegar foi Belchior Dias Moreia. Depois dele, por volta de 1652, quando a mineração já ocupava 700 bateias, ali chegou Antônio de Brito Correia e depois os Guedes de Brito, estes acompanhados de muitos colonos e escravos.
Iniciaram-se, também, por essa época, as atividades suplementares de criação de gado e de culturas agrícolas essenciais. À proporção que novas levas de braço chegavam para o garimpo, o arruado a margem do Itapicuru Mirim ia crescendo rapidamente, reunindo população inicial bastante densa e heterogênea.
Entrementes o progresso opulento que emanava das minas adquiria forma e a Coroa promoveu o barulhento arraial à categoria de vila mediante Carta Régia de D. João V, datada de 5 de agosto de 1720. Com o nome de Vila Santo Antônio de Jacobina a nova povoação integrava as freguesias de Santo Antônio de Pambu e Santo Antônio do Urubu. O lugar escolhido para ser sede foi a chamada Missão de Nossa Senhora das Neves do Sahy (atualmente pertencente ao município de Senhor do Bonfim), aldeia indígena fundada por padres franciscanos em 1697. A instalação deu-se em 2 de junho de 1722, em solenidade presidida pelo coronel Pedro Barbosa Leal, na qualidade de representante do Vice-Rei do Brasil, Vasco Fernandes César de Meneses. Por estar situada em lugar distante das minas, a sede da vila foi mudada, em 15 de fevereiro de 1724, da Missão do Sahy para a Missão do Bom Jesus da Glória, outra aldeia de índios, fundada em 1706 também por missionários franciscanos, que tentaram promover a catequese dos paiaiás. Nesse local, edificaram-se a Igreja e o Convento de Bom Jesus da Glória.
Várias pessoas de outros lugares do Brasil, inclusive estrangeiros, migraram para a região do município ao saberem da exploração de minérios.
A exploração aurífera prosseguia fora do controle oficial e em escala tão crescente que o governo da metrópole, para melhor garantir a arrecadação do seu dízimo, por Provisão do Conselho Ultramarino de 13 de maio de 1726, determinou que o Governador da Província criasse duas casas de fundição, sendo que uma devia instalar-se em Jacobina em 5 de janeiro de 1727 e outra em Minas do Rio de Contas. O resultado foi surpreendente e auspicioso, arrecadando-se, na mina de Jacobina, em apenas dois anos, cerca de 3.841 libras de ouro, não obstante a difícil fiscalização sobre atividade de tal natureza.
A vila de Jacobina estendia-se por cerca de 300 léguas, em terras de propriedade da Casa da Ponte, dos Guedes de Brito, abrangendo desde o Rio de Contas e indo até os limites de Sergipe, incluindo a Cachoeira de Paulo Afonso. As terras onde se encontra atualmente a cidade pertenceram a Antônio Guedes de Brito, Antônio da Silva Pimentel, João Peixoto Veigas e Romão Gramacho Falcão. Em 15 de março de 1837, pela Lei Provincial n.49, o território do município foi acrescido das terras de Mundo Novo, atribuindo-se a José Carlos da Mota o seu primeiro contato com elas.
A partir de 1848, a notícia da descoberta de diamantes na Chapada Diamantina determinou o êxodo de grande número de mineiros, sempre ávidos por novas aventuras. Seguiu-se então prolongada fase de paradeiro, que provocou o declínio das atividades locais, por causa da demora para a elevação da vila à categoria de cidade, o que só ocorreu em 28 de julho de 1880, pela Lei Provincial 2.049, valendo-lhe o título de Agrícola Cidade de Santo Antônio de Jacobina (mais tarde, apenas Jacobina). Sua instalação ocorreu a 11 de janeiro de 1893, no governo de Joaquim Manoel Rodrigues Lima.
Finamente, como fato histórico importante, sobressai-se a atitude da Câmara Municipal, que, reunida extraordinariamente em 21 de outubro de 1822, prestou solidariedade e fidelidade ao Príncipe Regente, por ocasião da Proclamação da Independência.
Formação administrativa
O distrito de Jacobina foi criado em 1720 e o Município a 24 de junho de 1722. A criação da freguesia somente se verificou em 1752. A sede municipal foi elevada à categoria de cidade pela Lei provincial n.º 2.049, de 28 de julho de 1880, com o título de "Agrícola Cidade de Santo Antônio de Jacobina".
O Município é composto de 4 (quatro) distritos e 22 (vinte e dois) povoados.
Geografia
O município localiza-se na zona fisiográfica do Noroeste Baiano, no Território de Identidade do Piemonte da Chapada Diamantina e está entre serras e desfiladeiros. O território está incluído no Polígono das secas. Tida como a capital da Chapada Norte, Jacobina está localizada nas Coordenadas geográficas 11° 10’ de latitude Sul e 40° 30’ de longitude Oeste. Seu bioma é a Caatinga. Limita-se ao norte com Mirangaba, Saúde e Caém; ao sul, com Várzea Nova e Miguel Calmon; ao leste, com Serrolândia, Quixabeira e Capim Grosso; ao oeste, com Ourolândia.
Clima
O clima da cidade é segundo a Classificação climática de Köppen-Geiger do tipo AW - quente, com duas estação definidas (o inverno e o verão).
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes aos períodos de 1961 a 1970, 1973 a 1980, 1986 a 1989 e a partir de 1993, a menor temperatura registrada em Jacobina foi de 9,6 °C em 21 de agosto de 1966, e a maior atingiu 38,9 °C em 19 de dezembro de 1994. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 142,4 milímetros (mm) em 6 de janeiro de 1994. Março de 1997, com 821,7 mm, foi o mês de maior precipitação.
Educação
Entre as principais instituições de ensino superior presentes em Jacobina estão a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) — campus IV, a Faculdade Ages, e o Instituto Federal da Bahia (IFBA), dentre outros.
Cultura
Patrimônio Cultural
O munícipio de Jacobina é rico em patrimônio cultural. Ele tem em seu território quatros bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), ou seja, são reconhecidos quatro Patrimônios Culturais da Bahia em seu território. Destes, dois são tombados pelo Estado, e dois são tombados pela União, sendo: A Capela de bom Jesus da Glória, e a Igreja da Missão (ambos tombados pela União); e a Casa da Praça Castro Alves, n° 61, e a Igreja Matriz de Santo Antônio (estes tombados pelo Estado).
Esportes
Jacobina tem como clube de futebol o Jacobina Esporte Clube. Criado oficialmente em 1º de dezembro de 1993, seu mascote/apelido é Jegue da Chapada. O estádio na cidade do clube é o José Rocha. O clube tem destaque no cenário estadual e atualmente luta pela conquista do seu primeiro título baiano.
Economia
O município tem como principais fontes de renda o comércio (com lojas de roupas, autopeças, postos de combustível, hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais) e a extração de ouro.
Por causa da exploração de ouro realizada no município, ele está no primeiro lugar da lista dos municípios baianos com maior arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) — em 2020, foram mais de R$ 22.9 milhões.
Turismo
A região é favorecida por serras, cânions, cachoeiras e lagos e é um verdadeiro encanto para os fãs do ecoturismo. São inúmeras serras e morros, dentre os quais pode se destacar a Serra do Tombador, o Monte Tabor, o Morro dos Ventos Uivantes e o Pico do Jaraguá. Para as cachoeiras, existem dezenas de quedas, dentre algumas pode-se destacar a do Aníbal, Pirâmide, Véu de Noivas, Andorinhas, Caldeirão, Amores, Esplendor do Sol, Viúva e Paulista, sendo estas as mais procuradas dentre as mais de 45 quedas d’água que estão reunidas no Parque das Cachoeiras, o qual foi criado pela Bahiatursa em parceria com a Prefeitura Municipal e na Estância Ecológica Bandeirantes. É um verdadeiro encanto para os olhos e para as atividades físicas, visto que é ideal para trilhas de mountain bike, trekking, rapel, banhos, acampamentos e muito mais.
Existe na localidade de Itaitu, distrito de Jacobina, a mais alta queda d’água da região, a Cachoeira Véu de Noiva, com 60m de altura de muita adrenalina, que desemboca em um poço ótimo para mergulhos e é uma grande atração turística. O Distrito de Itaitu vem ganhando cada vez mais notoriedade no campo de turismo, dada as suas reservas naturais.
No distrito de Caatinga do Moura, há cavernas e grutas que atraem a atenção de turistas, sendo um local de riquezas históricas e naturais.
A cidade tem muitos festejos, dentre os quais destacam-se a Marujada, que tem mais de 200 anos de história; o grupo dos Capetas, que geralmente sai na Micareta e a Caminhada da Luz, ato de fé cristão realizado na Semana Santa, quando romarias de fiéis sobem o Morro do Cruzeiro sendo um ato de fé cristã.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

MACAÍBA - RIO GRANDE DO NORTE

Macaíba é um município brasileiro, localizado na Região Metropolitana de Natal, no estado do Rio Grande do Norte, na Região Nordeste do país. Possui uma área territorial de aproximadamente 510,092 km². É o quinto município mais populoso do estado, depois de Natal, Mossoró, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante, com uma população estimada para o ano de 2021 em 82.828 habitantes, de acordo com dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Está localizado às margens do Rio Jundiaí, é uma cidade vizinha à capital, Natal, distanciando-se dessa em 27 km por estradas. Devido à sua importância para a região, dispõe de uma ampla rede de serviços e de comércio, tendo agências do Banco do Nordeste (BNB), Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O município destaca-se também por sua grande importância histórica, tendo como principal destino turístico o Solar Ferreiro Torto, construído no ano de 1614, como o engenho Potengi que, em setembro de 1989, foi tombado, como patrimônio histórico pelo Governo do Rio Grande do Norte. Outros destinos turísticos da cidade são a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a Capela de São José (mais antiga da cidade), o Solar da Madalena, a Capela da Soledade, a casa onde nasceu Henrique Castriciano, o Obelisco Augusto Severo, o Casarão dos Guararapes e o Solar Caxangá.
Dentre as personalidades brasileiras nascidas em Macaíba estão a poetista Auta de Sousa; o político, jornalista, inventor e aeronauta Augusto Severo; o político e ex-ministro da Justiça e Negócios Interiores, no Governo Afonso Pena, Augusto Tavares de Lyra e o advogado, político, escritor e educador Henrique Castriciano.
História
O nome Macaíba vem do tupi makaîuba "macaúba", referindo-se à palmeira Acrocomia intumescens.[8] Esse nome foi dado por Fabrício Gomes Pedroza (fundador de Macaíba e detentor de uma das maiores fortunas do Rio Grande do Norte) em 26 de outubro de 1855.
Sua primeira denominação foi Coité, referência à predominância desse tipo de vegetação no local. As boas condições do solo e o clima com pluviosidade favorável propiciaram o desenvolvimento da atividade agropecuária. Sua posição estratégica, a caminho de Natal, impulsionou o comércio. O posterior advento das linhas ferroviárias, no entanto, reduziu a importância de sua economia.
De seu território desmembraram-se os municípios de São Paulo do Potengi, São Gonçalo do Amarante e parte de São Tomé.
Geografia
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, Macaíba pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Macaíba, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Leste Potiguar. Está a 27 km do centro da capital potiguar, Natal, e a 2 402 km da capital federal, Brasília.
Inserido na Região Metropolitana de Natal, Macaíba possui uma área territorial de 510,092 km² (0,9659% da superfície estadual), dos quais 27,84 km² em área urbana, constituída pelo Centro e mais dezesseis bairros. Tem como limites: São Gonçalo do Amarante e Ielmo Marinho a norte; Boa Saúde, Vera Cruz e São José de Mipibu a sul; Natal e Parnamirim a leste e, a oeste, Bom Jesus, São Pedro e novamente Ielmo Marinho.
O relevo de Macaíba, com altitudes inferiores a cem metros, é constituído pelos tabuleiros costeiros ou planaltos rebaixados, logo sucedidos pela depressão sublitorânea. Às margens dos rios estão as planícies fluviais, que inundam nos períodos de cheia. Geologicamente, está situado em área de abrangência do Grupo Barreiras, caracterizado pela presença de sedimentos de areia, arenitos e siltito da Idade Terciária, com idade estimada em sete milhões de anos. A oeste está o embasamento cristalino, onde são encontradas rocha granito-gnáissicas e sedimentos de anfibolito, migmatito e xistos, originários do período Pré-Cambriano médio, entre um bilhão e 2,5 bilhões de anos.
O tipo de solo predominante é o latossolo, do vermelho-amarelo distrófico, profundo e bastante drenado, com alto grau de porosidade e textura média, porém pouco fértil e não muito bem drenado. A oeste estão os solos podzólicos vermelho-amarelos, semelhantes aos latossolos, contudo são menos drenados. Há também os planossolos a noroeste e, a nordeste, estão pequenas áreas de areia quartzosa e solo indiscriminado de mangue, este coberto pelos manguezais, como o próprio nome indica, com espécies adaptadas ao alto grau de salinidade. Na nova classificação brasileira de solos, a areia quartzosa é chamada de neossolo, os solos podzólicos são os luvissolos e as demais classes permaneceram com suas denominações. Macaíba está em uma área de transição entre os biomas da Mata Atlântica e da caatinga, possuindo 92% do território no último e 8% no primeiro
Na hidrografia, o município possui 71,95% de sua área na bacia hidrográfica do rio Potenji e o resto na bacia do rio Piranji. A cidade é cortada pelo Rio Jundiaí, que nasce na Serra Chata, em Sítio Novo, no agreste do Rio Grande do Norte, e desemboca no rio Potenji, após passar pela zona urbana de Macaíba, a sete quilômetros do Oceano Atlântico, percorrendo uma extensão total de 85 km. Sua bacia hidrográfica engloba onze municípios potiguares e cobre uma área de 803 km². Também passam pelo território municipal os riachos Água Vermelha, Lamarão, Taborda e do Sangue. As principais lagoas são: dos Cavalos, Grande e do Sítio. O principal reservatório é a Barragem Tabatinga, com capacidade para 89.835.677,53 m³ e construída no curso do Jundiaí com o objetivo de controlar a vazão do rio e, assim, conter as enchentes na zona urbana.
O clima macaibense é o tropical chuvoso, do tipo Aw na classificação climática de Köppen-Geiger), com chuvas concentradas entre os meses de março e julho. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), entre 1931 e 1963 a menor temperatura registrada em Macaíba foi de 14,6 °C em 29 de setembro de 1936 e a maior atingiu 35,5 °C em 27 de março de 1937
Infraestrutura básica
O serviço de abastecimento de água de Macaíba é feito pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), que possui um escritório local na cidade, e a concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica é a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN), do Grupo Neoenergia, presente em todos os municípios do Rio Grande do Norte. A voltagem nominal da rede é de 220 volts. Em 2010, o município possuía 89,42% de seus domicílios com água encanada,[58] 99,08% com eletricidade[59] e 79,76% com coleta de lixo.
Em 2017, na última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), a rede de abastecimento de água da cidade tinha 223 quilômetros de extensão, com 13.552 ligações ou economias, das quais 12.999 residenciais. Em média eram tratados 10.694 m³/dia de água, sendo que 5.929 m³ chegavam aos locais de consumo, resultando em um índice de perdas de 44,6%. O índice de consumo per capita chegava a 455,4 litros diários por economia.
O código de área (DDD) de Macaíba é 084 e o principal Código de Endereçamento Postal (CEP) é 59280-000. Há cobertura de quatro operadoras de telefonia: Claro, Oi, TIM e Vivo. No último censo, 72,2% dos domicílios tinham apenas telefone celular, 11,36% celular e telefone fixo, 1,49% apenas o fixo e 14,96% não possuíam nenhum.
A frota municipal no ano de 2020 era de 25.369 veículos, dos quais 10.710 motocicletas, 9 949 automóveis, 1.480 caminhonetes, 932 caminhões, 463 camionetas, 376 motonetas, trezentos ciclomotores, 293 reboques, 271 semirreboques, 164 micro-ônibus, 161 utilitários, 154 caminhões-trator, 93 ônibus, dez tratores de rodas, oito triciclos e cinco sidecares. Por Macaíba passa a rodovia federal BR-304, que liga Natal a Mossoró, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, e a Fortaleza, a capital do Ceará, bem como a BR-226, que se entronca com a BR-304 (km 281) na chamada Reta Tabajara, zona rural do município.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

SERRINHA - BAHIA

Serrinha é um município brasileiro do estado da Bahia, sendo o 23° com a maior população do estado. A cidade está localizada na mesorregião do Nordeste Baiano e microrregião de Serrinha, a 175 km de Salvador e numa altitude de 379 metros em relação ao nível do mar.
História
A região onde se localiza o município de Serrinha, inicialmente era habitada por índios da nação Cariri, quando no início do século XVII, os colonizadores portugueses abriram a estrada das boiadas que ligava a capital da colônia ao alto sertão do São Francisco.
Em 1716, o local onde fica a cidade era um logradouro da fazenda Tamboatá, pertencente aos herdeiros do fidalgo Miguel de Saldanha. Em 1723, Joana Guedes e seu esposo, João Mascarenhas, venderam a propriedade ao português Bernardo da Silva. A sede da fazenda foi então transferida pare as adjacências de uma pequena serra, passando, dai em diante, a ser conhecida como Serrinha pelos comerciantes de gados e tropeiros que se destinavam ao rio São Francisco. O local tinha a finalidade de criar gado e servir de local de descanso de homens e animais. No período possuía dez casas de telha.
Com o falecimento de Bernardo da Silva, seus herdeiros doaram um pedaço de terra a Santana, em nome da qual foi erguida uma capela (concluída em 1780), tornando-se freguesia em 1838. Surgiu o Município em 1876, após tornar-se centro comercial e agropecuário, recebeu foros de cidade. Foi desmembrado da Vila da Purificação dos Campos (Irará).
A história da cidade pode ser dividida em 3 períodos: o primeiro, entre 1612 e 1891 quando a estrada das Boiadas foi criada; o segundo, após 1890 até 1969, quando Serrinha é elevada a cidade; e o terceiro, quando a cidade se expandiu até os dias de hoje.
Em 1º de junho de 1838, a lei nº 67 criou o Distrito de Paz de Serrinha, e levou a capela à categoria, com paróquia própria, pelo Arcebispo D. Romualdo Antônio Seixas. Pela Lei Provincial nº 1.069 de 13 de junho de 1876, foi o Arraial de Serrinha elevado à categoria de Vila e criado o Município de Serrinha, com território desmembrado da Vila da Purificação dos Campos, sendo instalado a 11 de janeiro de 1877. A Vila de Serrinha recebeu foros de "cidade" pelo Ato estadual de 30 de junho de 1891, assinado pelo Barão de Lucena, fato que constou da data de 4 de junho de 1891 do Conselho Municipal de Serrinha. A instalação solene da cidade ocorreu em 30 de agosto de 1891, segundo consta da Ata do Conselho Municipal de Serrinha do referido dia.
Geografia
Serrinha pertence à Bacia hidrográfica do Rio Inhambupe e sua população é abastecida por mananciais de Biritinga. A vegetação se enquadra nos padrões da floresta estacional.
Clima
O clima do município varia do semiárido ao clima tropical. Enquanto que a temperatura vai de 24°C a 32 °C no verão e no inverno 14 °C a 28 °C.
Economia
Conforme registros na JUCEB (Junta Comercial do Estado da Bahia), possui 282 indústrias, 27º lugar na posição geral do Estado da Bahia, e 1.476 estabelecimentos comerciais, 33º posição dentre os municípios baianos. No setor de bens minerais é produtor de argila, granito, manganês e ouro. Sua agricultura se expressa na produção de manga, caju e cajá. Na pecuária, destacam-se os rebanhos ovinos e suínos, além da criação expressiva de galináceos.
A cidade conta com nove agências bancárias, uma do Banco do Brasil, uma do Banco do Nordeste, duas da Caixa Econômica Federal, uma do Banco Bradesco, Sicoob, Ascoob, Banco Itaú e Banco Santander.
Infraestrutura
Educação
Serrinha é sede do 4° Núcleo Territorial de Educação (NTE), e tem uma vasta oferta de colégios e escolas estaduais. Além disso, a cidade abriga um campus do CJCC e campi de duas instituições de ensino público superior, além de diversas instituições de ensino superior privado, são elas:
- Públicas - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano); Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XI.
- Privadas - Centro Universitário Internacional (UNINTER); Faculdade FAEL; Faculdade Pitágoras; UNIASSELVI; Universidade Salvador (UNIFACS); Universidade Norte do Paraná (UNOPAR); Universidade Paulista (UNIP).
Transportes
Serrinha é cortada pela FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) de transporte de cargas e por quatro rodovias, uma federal e três estaduais que são a BR-116 norte (Serrinha - Feira de Santana), BA-409 (Rodovia do Sisal), BA-233 (Serrinha - Nova Soure) e BA-411 (Serrinha - Barrocas).
Cultura
Serrinha possui manifestações culturais muito diversificadas, que passam pelas folclóricas, pagãs, religiosas ou outras.
Eventos religiosos
- Semana Santa - em toda Quinta-feira Santa (desde a década de 1930), os fiéis se unem em penitência na Procissão do Fogaréu. Eles acendem as tochas para a procissão que percorre o trajeto até o Monte de Nossa Senhora de Santana. A atitude simboliza o acompanhamento a Jesus Cristo ao Jardim das Oliveiras, onde ele se entregou para ser sacrificado. A procissão acontece depois da missa do lava-pés na matriz nova (Igreja Nossa Senhora de Santana). No monte, diante da imagem da padroeira, o padre faz um pequeno sermão para relembrar o significado da penitência. Depois da procissão, haverá representação teatral A Paixão de Cristo. Na sexta-feira, ocorre a via sacra para o Cruzeiro do Monte, Celebração da Paixão e Morte do Senhor e Procissão do Senhor Morto. No sábado, missa da Vigília Pascal, no domingo a tradicional subida ao cruzeiro do monte, Procissão do Encontro, seguida de Missa de Páscoa e da Ressurreição do Senhor.
- Festa da Padroeira - acontece todo mês de julho o novenário em louvor a Senhora Sant'ana, padroeira do município, no dia 26, é realizada a celebração litúrgica na Catedral, seguida da procissão com a imagem da padroeira pelas principais ruas e avenidas da cidade em comemoração ao dia da padroeira. A capela em louvor à santa foi construída em 1780. Nela está enterrado Bernardo da Silva, cuja propriedade deu origem à cidade.
- Dia dos Evangélicos - no dia 30 de Novembro é realizado no centro da cidade um evento gospel e religioso em comemoração do Dia dos Evangélicos.
- Semana Espírita de Serrinha - a Semana Espírita de Serrinha é realizada desde 1959, sempre no mês de agosto. É uma promoção do Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade.
Eventos festivos
- São João - todos os anos acontece a tradicional festa de São João com grandes atrações do forró nordestino e com grandes fogueiras.
Entre o período de 2009 a 2015 a festa junina do São João sai de cena passando a ser comemorado no São Pedro. A partir de 2017 a tradicional festa do São João, retorna ao calendário festivo do município.
- Vaquejada de Serrinha - começou em 1967 quando Valdete Carneiro e Neném de Maroto resolveram criar um evento que significasse a bênção e a confraternização dos vaqueiros da região. Com o passar do tempo a festa ganhou força e prestígio e os prêmios simbólicos tornaram-se valiosos. A estrutura se desenvolveu e comporta mega-shows com a apresentação de artistas nacionais.
- Moto Argola - evento esportivo este realizado todos os meses de Outubro e conta com a participação de centenas de motociclistas do estado e do país[28].
Feriados municipais
- 13 de junho: Aniversário de Emancipação Política.
- 26 de julho: Festa da Padroeira Senhora Santana.
- 30 de novembro: Dia do Evangélico.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

DIAS D'ÁVILA - BAHIA

Dias d'Ávila é um município brasileiro do estado da Bahia. Em 2021 a sua população estimada era de 83.705 habitantes. No mesmo se encontra as melhores fontes de água da Bahia, fato que lhe dá o apelido de "Cidade das Águas". Pertencente a RMS (Região metropolitana de Salvador), e vizinha ao Pólo industrial de Camaçari, a cidade é habitada por uma grande massa de trabalhadores que se mudaram para lá após a implantação e ampliação do Polo Petroquímico de Camaçari.
Antigamente a cidade era considerada umas das melhores cidades de veraneio, pelas suas paisagens e clima agradável, além do seu principal ponto turístico: o Imbassay, localizado pós nascente de um rio, a lama presente era considerada por muitos como medicinal.
Hoje, a cidade é considerada como cidade dormitório, com sua maioria de origem externa, até pelo fato da cidade ter apenas 30 anos desde a sua emancipação política de Camaçari, emancipação esta que até hoje é criticada devido aos limites territoriais estabelecidos para a cidade, que limitou o seu desenvolvimento.
No limite territorial acordado a cidade passou a ter 184 km², sendo este dividido entre a zona urbana (maior concentração da população) e diversos distritos rurais, nos quais se destacam os distritos de Emboacica, Biribeira, Barragem de Santa Helena, Jardins Futurama e Leandrinho.
História
A história deste município funde-se com a da Bahia, sendo Garcia d'Ávila seu fundador.
Emancipação política
Até 1985, a cidade era apenas uma estância, distrito da cidade de Camaçari que devido a seus diversos problemas, não davam conta da manutenção do distrito que até então encontrava-se abandonado. Com isso os próprios moradores requereram a emancipação política da estância.
O trabalho de emancipação, porém, foi árduo, visto que a estância não possuía condições econômicas, nem estruturais para se libertar, o que gerou movimentos que buscaram a melhoria das condições na estância, provando esta ser capaz de se manter. Um grupo de destaque nesse processo foi a Sociedade de Amigos de Dias D’Ávila, criado por volta dos anos 70. O trabalho destes grupo rendeu duas conquistas importantes, a primeira sendo a implantação da 25º delegacia de polícia e a outra, a linha para a capital, ausente até então.
Os limites da estância foram amplamente discutidos, e só então com a confirmação de que a Caraíba Metais estava instalada dentro dos limites do município, foi que se deu o último passo para a emancipação.
No dia 25 de junho de 1984, era publicada a lei que ratificava os limites e criava o município. Porém só em 25 de fevereiro de 1985 foi oficialmente confirmada a emancipação e a criação da cidade de Dias D'Ávila.
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