segunda-feira, 31 de julho de 2023

MONTE ALEGRE - PARÁ

Monte Alegre é um município brasileiro do estado do Pará, Região Norte do país. Localiza-se a uma latitude 02º00'28" sul e longitude 54º04'09" oeste.  Sua população, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020, era de 58.162 habitantes.
Etmologia
O nome "Monte Alegre" é devido o aspecto topográfico da região.
História
A Aldeia Gurupatuba, foi o núcleo original do município de Monte Alegre. criado pelos padres da Piedade com índios Gurupatuba. Antes residiam à margem do rio Gurupatuba, posteriormente foram transferidos para a região, onde atualmente é o município de Monte Alegre, no Baixo Amazonas.
No desenvolvimento da catequese no início da colonização portuguesa no Pará, foi entregue aos religiosos da Piedade grande parte das terras da margem esquerda do rio Amazonas, para a fundação de missões e reduções de índios, núcleos que constituíram as primitivas origens dos centros de população da Amazônia.
Em 1709, uma Carta Régia transfere as terras do rio Jarí aos padres da Companhia de Jesus, excluiu os religiosos das Mercês e da Piedade, que já catequizavam na margem esquerda do rio Amazonas.
Constituída freguesia sob pedido de São Francisco de Assis; foi elevada a vila, por Francisco Xavier de Mendonça Furtado, com a denominação de Monte Alegre em 1758; a vila foi elevada à categoria de município em 1880.
Geografia
Clima

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1981 a menor temperatura registrada em Monte Alegre foi de 18,5 °C, em 1° de outubro de 2016, e a maior atingiu 37 °C, em 1° de novembro de 2012. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 153,4 milímetros (mm), em 9 de abril de 2011. Maio de 2009, com 673,6 mm, foi o mês de maior precipitação.
Economia
A partir de 1840, a recuperação da economia do município passou a ser a maior preocupação em Monte Alegre, a qual restabelecia-se gradualmente passando a produzir café, cacau e algodão e implantando novas fazendas de criação de gado na região dos lagos e às margens dos principais rios da região, o Amazonas, o Maicuru e o Gurupatuba. 
Considerando os aspectos econômico e social, a realidade de Monte Alegre permaneceu praticamente inalterada por quase um século. Contudo, por volta da segunda metade do século XX, o contexto histórico do município foi substancialmente alterado. 
Com o reflexo dos grandes projetos instalados na Amazônia (apesar de que nenhum deles tenha se fixado especificamente nessa área), o município passou a desenvolver-se, mais intensamente, sob os aspectos econômico, político e social, acarretando no gradual crescimento populacional registrado em Monte Alegre.
Monte Alegre é um município de grande relevância na região, que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pelo alto crescimento econômico. O baixo potencial de consumo e a baixa regularidade das vendas no ano são os pontos de atenção.
Turismo
As principais atrações turísticas de Monte Alegre são: Parque Estadual Monte Alegre e Serra do Itauajuri.
Referências para o texto: Wikipédia ; Site Caravela .

quinta-feira, 27 de julho de 2023

PAROBÉ - RIO GRANDE DO SUL

Parobé é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, situada na Região Metropolitana de Porto Alegre e localiza-se a 70 quilômetros da capital estadual. De acordo com dados do IBGE para o ano de 2019, a população de Parobé era de 58.272 habitantes.
História
Situada na confluência dos rios dos Sinos e Paranhana, mais precisamente em sua margem direita, Parobé surgiu na segunda metade do século XIX do desmembramento da Fazenda de José Martins.
Sua grande propriedade com, aproximadamente, três léguas quadradas, era denominada de Nossa Senhora da Conceição do Funil, devido ao arroio que a atravessava e em cuja margem Martins construiu um belo sobrado.
Ali viveu desde meados do século XIX, entre 1830 até sua morte em 1866. Mas bem antes iniciou-se um processo de divisões sucessivas das terras entre seus descendentes. Alguns lotes ou colônias de terras como eram conhecidas, foram vendidas aos colonos alemães que chegaram em 1846 com Tristão Monteiro.
No final do século XIX havia por aqui uma série de pequenas e médias propriedades rurais atravessadas pela antiga estrada da serra e a estrada para Taquara, mas as principais vias de escoamento da produção continuavam sendo os rios, principalmente o Sinos.
Essa situação começou a mudar com a construção da estrada de ferro da antiga VFRGS, trecho de Novo Hamburgo a Taquara. Em volta da estação dos trens estruturou-se uma povoação. Esta, por falta de uma referência mais expressiva tomou por empréstimo o nome dado à estação, numa homenagem ao Engenheiro João Pereira Parobé, secretário de obras do Estado e responsável pela obra. A partir de sua inauguração, no dia 15 de agosto de 1903 a povoação cresceu rapidamente. Já em 1906, instalou-se o Cartório e Registro Civil e, em 1908, foi elevada a categoria de 3º distrito de Taquara.
Em 1908, Parobé foi elevada, oficialmente, à categoria de 3º Distrito de Taquara. Recebeu seu nome em homenagem ao então secretário de Obras do Estado, engenheiro João José Pereira Parobé, que foi o responsável pela construção da estrada de férrea levando seu nome em 1903, que passava no município.
No dia 25 de novembro de 1981, a Assembleia legislativa aprovou o pedido de emancipação, marcando o Plebiscito para o dia 28 de março de 1982. Nesse dia, 91% dos votantes aprovou e no dia 1º de maio o então Governador Amaral de Souza sancionou a Lei nº 7646, criando o novo município de Parobé. 
A economia baseava-se na produção agrícola, principalmente, a mandioca. Na vila, alguma produção artesanal realizada por carpinteiros, ferreiros, funileiros, sapateiros, uma pequena hospedaria e armazém de secos e molhados abasteciam a população. De mais significativo, havia uma serraria e moinho de grãos, algumas atafonas e a casa atacadista do Sr. Albino Schaefer, que comprava e exportava a maior parte da produção agrícola local.
A sucessiva divisão das propriedades rurais transformou-as em minifúndios, tanto que já não apresentavam condições de sobrevivência para as novas gerações. Alguns jovens migraram em busca de trabalho para cidades como Porto Alegre e, principalmente, Novo Hamburgo.
Outros, com maior espírito empreendedor e algum capital, começaram aqui mesmo a montar as primeiras fábricas, especialmente, de calçados. Abriu-se, então, na década de 40, uma nova fase de crescimento para a vila que, de certa forma, permanece até hoje.
Inicialmente essas fábricas apresentavam trabalho para os moradores da povoação, mas logo começaram a atrair os habitantes da zona rural e de municípios próximos, como Rolante, Santo Antonio, São Francisco de Paula.
Já, num segundo momento, na década de 70, o início das exportações de calçados fez com que as empresas crescessem, aumentando o número de empregos. Uma nova onda de migração trouxe para cá pessoas vindas de municípios mais distantes e, até de outros estados. A população cresceu muito rapidamente fazendo aflorar um sem número de problemas: carência de moradias, escolas, hospital, bancos, telefones, rede de água, pavimentação de ruas etc. Taquara já não tinha condições de atender as necessidades do seu distrito.
O descontentamento tomava conta da população. Formou-se então em 1980, uma comissão emancipacionista, para tornar Parobé um município independente de Taquara. Em consequência, no dia 25 de novembro de 1981, a Assembleia legislativa aprovou o pedido de emancipação, marcando o Plebiscito para o dia 28 de março de 1982. Nesse dia, 91% dos votantes aprovou e no dia 1º de maio o então Governador Amaral de Souza sancionou a Lei nº 7.646, criando o novo município de Parobé.
Economia
Muito antes de sua emancipação, na década de 1900 e 1910, a produção agrícola, mais especificamente a mandioca era a principal economia da vila, além disso, carpinteiros, ferreiros e sapateiros davam seu jeito de lucrar na produção artesanal. Hospedarias e armazéns abasteciam o povo que ali habitava, havendo apenas uma serraria e um moinho de grãos.
A transformação e divisão de terras, transformou a vila em minifúndios, não tendo condições de sobrevivência para as próximas gerações, desde então jovens começaram a migrar e trabalhar em cidades como Porto Alegre e Novo Hamburgo e outros, com mais poder econômico começavam então a instalar suas primeiras empresas calçadistas na vila, desde então, o crescimento no setor calçadista permanece até hoje.
O início das exportações levou ao grande crescimento de empresas e principalmente de empregos na década de 1970, a migração passou a ser significativa de pessoas de municípios distantes e até mesmo de outros estados, esse forte, rápido e contínuo crescimento fez com que Taquara não tivesse mais condições de atender as necessidades da população, já que não tinha escolas, hospitais, bancos, pavimentação de ruas e rede de água no distrito, levando assim a emancipação.
Distrito Industrial
Em abril do ano de 2014, foi implantado o Distrito Industrial da cidade, localizado em "Santa Cristina do Pinhal".
Clima
Em Parobé, o verão é longo, quente e abafado; o inverno é curto e ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 10 °C a 31 °C e raramente é inferior a 4 °C ou superior a 35 °C.
Baseado no índice de turismo, as melhores épocas do ano para visitar Parobé e realizar atividades de clima quente são do início de março ao meio de maio e do meio de setembro ao meio de dezembro.
 A estação quente permanece por 4,0 meses, de 23 de novembro a 22 de março, com temperatura máxima média diária acima de 29 °C. O mês mais quente do ano em Parobé é janeiro, com a máxima de 31 °C e mínima de 21 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,9 meses, de 19 de maio a 14 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 22 °C. O mês mais frio do ano em Parobé é julho, com a máxima de 11 °C e mínima de 20 °C, em média.
 A estação de maior precipitação dura 4,5 meses, de 26 de outubro a 11 de março, com probabilidade acima de 40% de que um determinado dia tenha precipitação. O mês com maior número de dias com precipitação em Parobé é fevereiro, com média de 13,8 dias com pelo menos 1 milímetro de precipitação.
A estação seca dura 7,5 meses, de 11 de março a 26 de outubro. O mês com menor número de dias com precipitação em Parobé é maio, com média de 9,2 dias com pelo menos 1 milímetro de precipitação.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; IBGE .

segunda-feira, 24 de julho de 2023

BUÍQUE - PERNAMBUCO

História
Originalmente, a localidade de Buíque se chamou Vila Nova do Buíque, distrito subordinado a Garanhuns criado por alvará de 11 de dezembro de 1795 e pela lei municipal nº 2, de 19 de janeiro de 1893. Essa condição se manteve por meio século, quando a lei provincial nº 337, de 12 de maio de 1854, elevou o distrito à condição de vila e o desmembrou de Garanhuns; seu território abrangia também as áreas de Pedra, Águas Belas e a maior parte de Inajá. Só após o advento da República a vila ganharia foros de cidade, por força da lei estadual nº 669, de 26 de maio de 1904, que também a rebatizou de Buíque.
Geografia
Compõem o município quatro distritos: Buíque (sede), Carneiro, Catimbau e Guanumbi.
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.
Relevo
Grande parte do município está localizado no Planalto da Borborema. No centro do município há áreas inseridas na Depressão Sertaneja e a noroeste do município, áreas inseridas nas Bacias Sedimentares.
Vegetação
A vegetação predominante é a floresta subcaducifólica e caducifólica e a caatinga em certas áreas.
Hidrografia
O município de Buíque está nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Ipanema. Os principais tributários são o rio Ipanema e o rio Cordeiro, e os riachos: do Cafundó, Mimoso, do Xicuru, do Brejo, Salgado, do Pilo, Catimbau, Ilha, do Mororó, Piranha, dos Negros, Queimadas, Cajazeiras, Mulungu, Umburaninha, do Jaburu, do Cágado, das Pedrinhas, Barra, do Pinto, Ipueiras, das Cabras, Caldeirão e dos Martins, todos intermitentes.
O município conta ainda com o açude Mulungu, com capacidade de acumulação de 1.280.953 m³.
Clima
As temperaturas máximas diárias ficam por volta de 28 °C, raramente caindo abaixo de 25 °C ou ultrapassando 31 °C. O dia cuja temperatura máxima tem média mais baixa é 18 de julho, com 26 °C. As temperaturas mínimas diárias ficam por volta de 16 °C, raramente caindo abaixo de 14 °C ou ultrapassando 18 °C.
A média móvel de 31 dias da precipitação de chuva durante o inverno em Buíque está decrescendo rapidamente, começando a estação com 38 milímetros, quando raramente fica acima de 84 milímetros ou abaixo de 7 milímetros, e terminando a estação com 9 milímetros, raramente ficando acima de 26 milímetros. 
Educação
Na área da educação, Buíque conta com escolas como Escola de Referência em Ensino Médio Duque de Caxias; Centro Educacional SESC Ler Buíque; Escola Indígena Kapinawá.
Terras indígenas
Localiza-se no município de Buíque a Terra Indígena Kapinawá, do povo Kapinawá, homologada pelo Decreto de 11/12/1998. A terra indígena ocupa 12.403 ha. Desde 2003, o povo indígena tem como Chefe de Posto, Expedito Macena Alves.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

quinta-feira, 20 de julho de 2023

GUARABIRA - PARAÍBA

Guarabira é um município brasileiro do Estado da Paraíba. Situa-se a 98 quilômetros da capital paraibana, João Pessoa; a 100 quilômetros de Campina Grande, a cidade mais populosa do interior paraibano. Sua população, estimada pelo IBGE para 01 de julho de 2021, era de 59.389 habitantes.
Região Metropolitana de Guarabira
A Região Metropolitana de Guarabira foi criada pela Lei Complementar 101, de 12 de julho de 2011. Para a religião católica, Nossa Senhora da Luz é a padroeira do município. Sua imagem original foi trazida de Portugal em 1755 pelo português Antônio Rodrigues da Costa, natural de Beiriz (Grande Porto) e um dos fundadores do município.
Toponímia
O topônimo "Guarabira" é referenciado por alguns autores como de origem indígena com o significado de "o Berço das Garças Azuis". O tupinólogo paraibano Vanderley de Brito, em seu trabalho Missões na Capitania da Paraíba, defende o significado "pássaro azul" ao invés de "verde", sendo a preferência pelo azul no antropônimo em questão devida principalmente aos usos e costumes. Segundo o autor, erroneamente se atribuiu ao nome da cidade o significado "garças azuis", concluindo que a origem do nome da cidade deriva do termo tupi Guiraobira, que seria o nome do chefe da tribo geograficamente localizada na região e catalogada pelo cartógrafo George Marcgraf, quando mapeou as missões franciscanas na Paraíba durante expedições na região realizadas em 1620. Segundo o missionário, o termo poderia ser traduzido como "pássaro azul ou verde": Guirá ("pássaro") e Obi ("azul ou verde"). A partícula "yra" designaria, o clã ao qual pertencia o chefe.
Para o historiador e antropólogo Câmara Cascudo, em seu Novo Dicionário de História do Brasil, grafa que Guiraobi se traduz por pássaro verde. Em sentido diverso, o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro concorda que "Guarabira" procede do tupi antigo, mas sendo gûaraembira, a origem da palavra, que designaria o guaravira, um peixe da família dos gimnotídeos.
História
Ocupação ameríndia

Por volta do ano 1000, a região foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia, que expulsaram os habitantes originais, falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente.
Século XVI
No século XVI, quando os primeiros exploradores europeus chegaram à região, ela era habitada pela tribo tupi dos potiguares.
Reinando, no século XVI, dom Felipe III, Duarte Gomes da Silveira teve notável influência nas remotas origens de Guarabira. Foi durante o domínio espanhol que ele iniciou, nas férteis caatingas em Quandus, perto de Araçagi, a pecuária e latifúndios. Nascera em Olinda, filho de pais portugueses (Pedro Alves da Silveira e Maria Gomes Bezerra).
Digno de relevo no fim das guerras dos potiguares, em 1578, veio, em missão catequisadora, da vila de Natal para Cupuoba e Quandus, aldeia de índios, o padre jesuíta Gaspar de Samperes. Ele viajou até seu destino, as aldeias indígenas Potiguar, onde ao chegar, começou modificando a cultura indígena local, trazendo consigo os ideais de sua fé cristã. O padre Gaspar, engenheiro arquiteto especialista em fortificações militares, era espanhol.
Tempos após, holandeses garimpeiros, sob as ordens de Elias Herckmans, procuravam minas no Rio Araçagi desta zona. Esse ocorrido se deu na segunda metade do século XVI, quando da criação da capitania da Paraíba e fundação do município de Nossa Senhora das Neves (a atual cidade de João Pessoa), em 1585.
Em 1592, o governador da capitania, Feliciano Coelho de Carvalho, com a colaboração dos tabajaras, conseguiu, por diversas vezes, travar combates com os indígenas potiguares e seus aliados franceses localizados na Serra da Copaoba, atual Serra da Raiz. Nesse período, Duarte Gomes recebeu o título de capitão-mor da Serra de Cupaoba.
Fundação do município
A fundação de Guarabira vem do ano de 1694, em terras do Engenho Morgado, pertencente a Duarte Gomes da Silveira. As primeiras residências edificadas dariam, mais tarde, origem à Vila da Independência (primeiro nome da cidade de Guarabira), que, em virtude de sua localização e da excelência de seu solo, tornou-se dona de grande prestígio e influência nas cercanias.
Em 1 de novembro de 1755, com um grande e devastador terremoto em Portugal, um senhor, por nome de José Rodrigues Gonçalves da Costa, tomado de pânico, fugiu de Póvoa de Varzim, na província de Porto, sua terra. Chegando em Guarabira com toda sua família, o senhor Costa Beiriz (como ficou conhecido) construiu uma capela colocando, nela, a imagem de Nossa Senhora da Luz que trouxera de Portugal.
Esta tornou-se a padroeira do município, embora o padre João Milanez já houvesse construído a primeira igreja do município, a capela de Nossa Senhora da Conceição, em 1730. Em 1760, começavam as primeiras orações e novenas à Virgem da Luz. A primeira casa de oração era de taipa, oficializando, nela, o padre Cosme.
Batalhas
Em 1820, tendo dom João VI jurado a Constituição Portuguesa, levantou-se um motim e, em sinal de protesto, muitos pegaram as armas. Os revoltosos reunidos em Cuitegi deste termo atacaram Alagoa Grande, avançando até Areia, onde morreu a questão.
Conquistas
Por força da Lei de 29 de Novembro de 1832, foi constituído o Distrito de Paz; o povoado foi crescendo e, em 1837, foi elevado à condição de vila, com o nome de Independência, através da Lei Provincial 17, de 7 de abril de 1837, instalando-se efetivamente no dia 11 de novembro do mesmo ano. Vinte anos depois, no dia 10 de outubro de 1857, foi criada a comarca de Guarabira.
A comarca foi criada a 10 de outubro de 1857, um ano após extinta, e restaurada em 1870. Novamente extinta em 1871 e definitivamente restabelecida a 25 de julho desse mesmo ano.
Pela divisão territorial de 1938, o município contava com os distritos de Alagoinha, Araçaji, Cuitegi, Mulungu e Pirpirituba. Em 1951, foi criado o Distrito de Pilõezinhos. Esses distritos foram se emancipando e tornando-se municípios. Atualmente, temos os distritos de Cachoeira, Pirpiri e Maciel.
Emancipação
Em 1874, deu-se a invasão dos "quebra-quilos", havendo depredações. Pela Lei 841, de 26 de novembro de 1887, finalmente foi elevada à categoria de cidade, considerada uma das maiores do estado.
Economia
Comércio

O município de Guarabira tem um comércio muito dinâmico. Geograficamente, o município está localizado em uma região em que polariza mais de 30 cidades, todas tendo um forte vínculo com o município, que conta com grandes redes de lojas vindas da capital estadual, bem como de outros grandes centros do País. Visando a este fortalecimento do comércio, em 2011 uma grande exposição começou a fazer parte do calendário de negócios da região: a ExpoBrejo, que traz todas as tendências de negócios e a capacidade do comércio de Guarabira e região.
Outro fator importante em Guarabira é o setor de prestação de serviços, o que facilita a vida da população do brejo paraibano, conforme expresso no sloganː "em Guarabira, tudo se encontra".
Segundo o escritor Ednaldo Alves (2007), a vocação de Guarabira para o comércio remonta desde o início do século XX, quando a proximidade da linha férrea disponibilizava o tráfego de pessoas, transporte de mercadorias e o escoamento da safra algodoeira. Relatos nos mostram que, até a década de 1930, depois da capital, era a cidade mais forte do estado, superando Campina Grande, que, somente duas décadas depois, ganharia pujança e liderança, alcançando um progresso assombroso.
Indústria
Além da economia baseada no comércio, o setor industrial tem apresentado grande desenvolvimento nos últimos anos. Com um Distrito Industrial (administrado pela CINEP-Companhia de Desenvolvimento da Paraíba) em fase de expansão, e com espaço e isenção fiscal para instalações de novas empresas. Podemos destacar as indústrias de: móveis de madeira (há um grande número de micromarcenarias em regime informal) e tubulares; indústria de aguardente das marcas Maribondo, Pinga do Norte e Jureminha; A Ráfia, indústria de sacos de nylon; fábrica de chuteiras e calçados de couro Rogério; quatro cerâmicas instaladas no Distrito de Cachoeira e no Conjunto Alda Pimentel, com a produção de filtros, telhas e tijolos; indústrias de pré-moldados; setor têxtil (as empresas âncoras são a Ricol, Vince e a Rotas, fabricantes de fardamentos militares); Aquavita, fundada em 2008 pelo Grupo Guaraves, figurando entre as mais conceituadas produtoras de ração animal do Brasil e sendo a 3ª maior do país, atendendo à região Nordeste; abatedouro industrial, com abate de 80.000 aves por dia; fábricas de massas Frei Damião e Pão de Mel; além das distribuidoras das principais bebidas do Brasil.
Construção Civil
Outro setor em franco desenvolvimento é o da construção civil, que vem apresentando grande expansão, sendo considerado o quarto maior da Paraíba, principalmente com a construção de prédios, sobretudo os de 3 a 9 andares.
Agricultura
A agricultura ainda é predominantemente de subsistência. A pecuária supre o consumo local.
Urucum
A Região do Brejo de Guarabira supriu a demanda do Brasil por urucum (açafrão com finalidade realçadora da tonalidade em alimentos e cosméticos) até a década de 1990. Houve safras em que foram produzidas até 1.200 toneladas da semente. Em 2010, produzia 100 toneladas por safra. As secas que assolaram a região dizimaram grande parte dos urucueiros. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária desenvolveu novas espécies de sementes com alto teor de bixina e foram plantadas em outros estados com terras mais férteis e com clima chuvoso regular.
Avicultura
A avicultura se destaca como a atividade econômica que mais cresceu nos últimos dez anos. A empresa Guaraves, com sede em Guarabira, é a maior do Nordeste, exportando seus produtos inclusive para a Ásia, África e Oriente Médio.
Geografia
Hidrografia

O município é cortado por pequenos rios, como o Guarabira, o Araçagi e o Mamanguape. O Rio Guarabira tem origem na localidade João da Silva, no município de Pilõezinhos. Em Guarabira, o rio tem uma extensão de 18 quilômetros, desaguando no rio Mamanguape, junto ao povoado do Maciel. O rio Mamanguape nasce em Três Lagoas, na cidade de Pocinhos.
Relevo
O município está situado em um terreno que não é plano, circuncidado de montes, formando uma espécie de cordilheira. A superfície do município de Guarabira é bastante irregular, pois se localiza na região de transição entre a planície litorânea e as elevações do Planalto da Borborema sendo que o centro urbano situa-se em um vale que caracteriza uma depressão.
O ponto mais alto do município é a Serra da Jurema, localiza-se ao Norte do município, na divisa com o município de Pirpirituba, com 300 metros de altitude. Nela, localiza-se o Memorial Frei Damião, principal ponto turístico-religioso do município.
Clima
A cidade é circundada por montanhas, o que dificulta a passagem dos ventos durante os dias secos, fazendo a sensação térmica aumentar nos períodos quentes. O clima de Guarabira é quente e seco no verão e úmido no inverno. A temperatura máxima chega aos 30 °C e a mínima, até os 19 °C, sendo que, na parte serrana da cidade (Monte Virgo e Serra da Jurema), a temperatura pode baixar até os quinze graus centígrados. O "inverno" geralmente começa em maio e termina em agosto.
Turismo
A Festa da Luz, que ocorre todo mês de janeiro, traz milhares de pessoas de outras cidades estados, com atrações de renome nacional, com artistas da terra e espaços temáticos, como o Pilõezinhos e o Cuitegi, onde os participantes ficam da tarde até a noite se divertindo e comendo pratos típicos da região.
O turismo guarabirense se baseia, principalmente, no turismo religioso. O Santuário Memorial Frei Damião representa o ponto alto, propiciando, à cidade, um alto número de fiéis visitantes em todas as épocas, porém principalmente nas romarias: do último domingo de maio; no terceiro domingo de outubro a Romaria de Nossa Senhora Aparecida que foi instituída pelo então Reitor o Padre José Renato Ferreira de Oliveira; e a Romaria do terceiro domingo de Dezembro que celebra o aniversário da inauguração do Memorial que se deu a 19 de Dezembro de 2004. O memorial conta com um museu sobre o frade. No seu caminho, os visitantes ainda passam pela via-sacra e pelo Cruzeiro.
Destaque também para a imponente e secular Catedral de Nossa Senhora da Luz. Do alto de suas escadarias, mostra-se de uma beleza ímpar, sendo considerada o marco zero da cidade de Guarabira.
Há, na cidade, também, o Centro de Documentação e um Museu no centro da cidade, ambos estabelecidos em prédios históricos.
Também há, na Praça do Novo Milênio, o Monumento do Novo Milênio, que leva vários turistas a apreciar as suas formas modernas.
Inspirado nos caminhos de Santiago de Compostela, os Caminhos de Padre Ibiapina tentam resgatar os lugares em que o padre mestre passou durante suas peregrinações no Nordeste entre 1856 e 1863. Todas as rotas partem do memorial Frei Damião até o Santuário de Padre Ibiapina em Solânea, local onde o padre se encontra sepultado.
Além disso, a prefeitura municipal realiza um Festival Internacional de Arte Naïf, o FIAN, com a exposição de obras no segmento de arte naïf de artistas regionais, nacionais e internacionais.
Feriados municipais
- 2 de fevereiro - dia de Nossa Senhora da Luz, padroeira municipal
- 24 de junho - Dia de São João
- Corpus Christi - Data móvel
- Sexta-feira Santa - Data móvel
- 26 de novembro - dia da emancipação política da município
Transportes
Terminais Rodoviários

A cidade conta com 2 modernos terminais rodoviários: o Terminal Rodoviário Estadual Antônio Gentil de Amorim e o Terminal Rodoviário Intermunicipal, nos quais desembarcam e embarcam diariamente um grande número de passageiros que se deslocam entre as cidades brejeiras, bem como para outros centros do Estado e do País.
Aeroporto
A cidade possui também um aeródromo com pista asfaltada, sinalizada, hangar, com capacidade para aviões de pequeno e médio porte, localizado na rodovia PB-057, que dá acesso ao litoral norte.
Educação
Guarabira é polo de educação na região do Brejo, atendendo alunos do ensino fundamental até a pós-graduação em ensino superior, situação que atrai estudantes de todo o Estado da Paraíba, bem como de outros estados da federação. A cidade possui várias faculdades particulares e conta com um campus da Universidade Estadual da Paraíba localizado no bairro de Areia Branca e um campus do Instituto Federal da Paraíba.
Esportes
Futebol

O futebol em Guarabira está representado pela Associação Desportiva Guarabira: com cores branco e azul, é conhecido como o "Espantalho do brejo".
Estádios
- Estádio Sílvio Porto - estádio oficial da Desportiva Guarabira, localizado no bairro Assis Chateubriand.
- Estádio Leonildo Tomaz, conhecido popularmente como "Cordeirão", localizado no bairro do Cordeiro.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 17 de julho de 2023

TAUÁ - CEARÁ

Tauá é um município brasileiro do estado do Ceará, na região do sertão dos Inhamuns. É o segundo maior município cearense em área territorial, inserido por completo no bioma da caatinga. Sua colonização remonta ao século XVIII.
Possui uma população de 59.259 habitantes, de acordo com estimativas de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tauá é Capital do Sudoeste Cearense.
Etimologia
Tauá é uma palavra de origem indígena que significa "barro vermelho" em tupi. Chamou-se inicialmente São João do Príncipe e São João do Príncipe dos Inhamuns. Entretanto, Gomes de Freitas prefere que o significado de Tauá seja "cidade antiga".
História
Com a emancipação do Estado do Ceará, em 1799, surgiu a necessidade de povoar o sertão, ainda pouco habitado. Devido a essa necessidade são fundadas, a partir dos pequenos núcleos populacionais existentes, as primeiras vilas. Esse processo de expansão e instalação de vilas inclui a então Fazenda dos Feitosa nos Inhamuns, que em uma homenagem singela ao Príncipe Regente (que viria a ser D. João VI), com a vila instalada em maio de 1802, recebendo o nome de São João Príncipe. No dia 2 de dezembro de 1889, o local passou a se chamar São João do Príncipe dos Inhamuns. Recebeu a categoria de cidade em 2 de agosto de 1929.
Surgimento da cidade
Em uma portaria de 14 de dezembro de 1801, foi indicado o ouvidor da Capitania Gregório da Silva para viajar até aquela localidade e estudar a possibilidade de sua elevação à vila.
Observou-se a prestação de diversas homenagens à comitiva pela população e, em cerimônia realizada com a presença de todos, foi lida a ata que erigia a povoação em Vila, com a denominação de São João do Príncipe, a 03 de maio de 1802. Em 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca Proclamou a República no nosso país. Em seus primeiros dias, procurou-se eliminar todos os traços do extinto regime monárquico.
Uma das consequências dessa nova ordem foi a mudança da designação da Vila para São João do Príncipe dos Inhamuns, em 2 de fevereiro de 1889. Esse nome veio a ser substituído pela Lei nº 485 de 14 de outubro de 1898, pelo seu atual nome: Tauá. Pela Lei Estadual nº 2677 de 02 de agosto de 1929, a vila foi transformada em cidade na administração de Dr. Manuel do Nascimento Fernandes Távora, primeiro interventor federal no Ceará.
Durante muitos anos ocorreu uma terrível luta entre Monte e Feitosa, com a participação de diversas localidades, cujos nomes servem de exemplo para aquela fase: Riacho do Sangue, Trincheiras, Cruzes, Tropas, Emboscada. Após essa luta, diversas outras também aconteceram e foram importantes para a formação da sociedade local.
Podemos citar os confrontos entre os Araújos e Maciéis, os Viriatos e Calangos e os Cunhas e Patacas. Após essas lutas, Tauá surgiu como um pacato lugarejo, em pleno sertão dos Inhamuns.
Em 2011, entrou em operação a Usina Solar Tauá, primeira usina solar a gerar eletricidade em escala comercial no Brasil, com potência instalada de 1 MW.
Geografia
O município de Tauá é formado por oito distritos, num total de 4.018,162 km². Está localizado a 337 quilômetros de distância da capital cearense, Fortaleza. O acesso sendo feito através da BR-020.
No município nasce o rio Jaguaribe, na vila da Barra, onde há a confluência dos principais rios que cortam o seu território, sendo eles: Trici, Carrapateiras, Favelas e Puiú.
Clima
Tauá apresenta clima semiárido, quente e com chuvas concentradas de janeiro a abril e índice pluviométrico de aproximadamente 600 milímetros (mm) anuais. A umidade do ar chega a níveis críticos na estação seca, especialmente entre os meses de agosto a novembro, podendo ficar abaixo dos 20%, caracterizando estado de atenção, bem abaixo dos 60% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo dados da estação convencional do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no município, situada no bairro dos Colibris, referentes ao período de 1968 a 1970 e a partir de 1973, a menor temperatura registrada em Tauá foi de 11,6 °C em 26 de julho de 1975 e a maior atingiu 39,4 °C em 19 de outubro de 2016. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 101,4 mm em 20 de fevereiro de 1985. O mês de maior precipitação foi abril de 1974, com 365 mm, seguido por abril de 1985 (345,5 mm).
Infraestrutura
Educação

Tauá conta com escolas nos três níveis de educação (pré-escolar, fundamental e médio), suprindo a demanda de sua população e atendendo alguns alunos de municípios vizinhos.
Para o ensino superior, o município conta com um campus do IFCE - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, que oferece os cursos técnicos em Agropecuária e Redes de Computadores, e os cursos superiores de Tecnologia em Telemática e Letras Português/Inglês. Tem também um colégio de ensino médio, o Monsenhor Odorico de Andrade que oferece cursos profissionalizantes para os alunos com estágio no terceiro ano que é uma EEEP - Escola Estadual de Educação Profissional, cujo cursos técnicos são de Administração, Agropecuária, Enfermagem e Informática. A cidade ainda tem um campus da Universidade Estadual do Ceará o CECITEC, que conta com os curso de Ciências Biológicas, Química e Pedagogia. E um polo da Unopar - Universidade Norte do Paraná (particular) que funciona no Colégio Antônio Araripe. A UVA - Universidade Vale do Acaraú, também tem polo em Tauá.
Cultura
Turismo e lazer

O município conta com diversas opções de turismo e lazer, são algumas dessas: Açude Várzea do Boi, represa no rio Carrapateiras, afluente do rio Jaguaribe; Memorial do Cólera; Museu dos Inhamuns; Parque da Cidade; Mercado Público de Tauá; Centro de Artesanato; Centro de Negócios; Serrote Quinamuiú
Atrativos naturais
O maior ícone natural é o Serrote Quinamuiú. Ele pode ser avistado de qualquer ponto da cidade.
Atrativos culturais
Como atrativos culturais o município de Tauá possui três sítios paleontológicos e 15 arqueológicos, que podem ser visitados, porém só podem ser explorados por pesquisadores profissionais e cadastrados.
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário: inaugurada em 17 de outubro de 1762, por doação do sargento-mor José Rodrigues de Matos, em área com abrangência de 600 braças de terra. A Igreja foi construída com teto em cúpula cilíndrica, sendo à época o terceiro do Brasil. Em 1906, sua estrutura foi ampliada com a construção de espaços em suas laterais. Este monumento cultural também está tombado pelo Poder público estadual.
- Igreja de Jesus, Maria e José: no distrito de Marrecas, em Tauá, foi construída no início do século XVIII, por volta do ano de 1717. A construção é bastante singela, porém apresenta características significativas. Construída em alvenaria estrutural, a igreja possui paredes que chegam a ter 1 metro de largura.
Filhos ilustres
- Jovita Feitosa – voluntária que lutou na Guerra do Paraguai.
- João Filipe Pereira – engenheiro civil, Ministro das Relações Exteriores e Ministros dos Transportes.
- Fausto Barreto – filólogo, jornalista, professor e político brasileiro.
- Joaquim Pimenta – jurista e procurador do Ministrério do Trabalho.
- Vicente Fialho – Ministro de Minas e Energia, prefeito de Fortaleza e de São Luís.
Fonte para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 13 de julho de 2023

TUTÓIA - MARANHÃO

Tutóia é um município brasileiro do estado do Maranhão. Seu contingente populacional estimado em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística foi de 58.860 habitantes, exceto em seus povoados. Fundada em 29 de março de 1938, localiza-se na microrregião do Baixo Parnaíba. Composta por praias, mangues, dunas, lagos e rios, também é conhecida como um dos portais de entrada para quem quer conhecer o Delta do Parnaíba.
História
As primeiras tentativas de exploração da costa do nordeste maranhense, encravada no Delta do Parnaíba, procederam às colonização desde os idos de 1571, quando Nicolau Resende e seus companheiros promoveram as primeiras jornadas exploratórias à aludida costa. Esta informação se insere na narrativa de Gabriel Soares de Sousa, escritor da época, e citado por F. A. Pereira da Costa[5], que alude ao "Rio do Meio" como sendo o braço do Parnaíba que deságua entre as ilhas dos Poldros e das Canárias, formando a atual "Barra do Meio" e, referindo-se, assim, à "Baía do Ano Bom", como sendo a "Barra de Tutóia".
A região de Tutóia era habitada inicialmente pela população indígena dos tremembés, que se fixou às margens do Rio Tutóia (atualmente conhecido como rio Bom Gosto).
Em 1724, o governador e capitão-general João da Mata da Gama concedeu 4 léguas de terras ao principal Manoel Miguel e aos tremembés da vila. Em 1727, o capitão-general concedeu aos indígenas uma légua e meia de terra na ilha de Pará-Mirim, conhecida pelo nome de Cajuais, onde haviam construído casas e currais.
Os padres das missões jesuíticas realizaram o aldeamento dos indígenas no sítio chamado Mayrim dos Índios (hoje chamado de Tutóia Velha), fundado pelo Padre João Tavares.
Com o tempo, grande contingente de homens vindos do Parnaíba chegou ao povoado, instalando ali fazendas de criação bovina e de cavalos, o que que provocou conflitos com as populações indígenas.
O povoado prosperou graças ao porto que facilitava o escoamento da produção, e foi elevado à categoria de vila em 1° de agosto de 1758, por Resolução Régia, na administração do governador Gonçalo Pereira Lobato e Souza, tendo recebido o nome de Vila Viçosa, denominação que não prevaleceu, sendo resgatado o nome antigo.
O município era composto pelas freguesias da Vila de Tutóia, de Nossa Senhora da Conceição de Araioses e de Nossa Senhora das Barreirinhas, tendo cada uma um juizado de paz próprio. O termo composto dessas freguesias pertencia à comarca de Brejo.
Em 1871, Tutóia estava em decadência econômica e a sede foi transferida para Barreirinhas, ficando em plano secundário dentro do próprio município. Em 1890,Tutóia foi desmembrada de Barreirinhas sob a categoria de vila.
Em 1901, com o intenso fluxo de movimentação portuária em razão produção de sal marinho e do escoamento da produção do Baixo Parnaíba, a sede foi transferida para o povoado de Porto Salinas, localidade surgida em 1822, quando o Coronel Paulino Gomes Nunes instalou suas atividades comerciais na margem esquerda do igarapé. Na ocasião, Porto Salinas foi elevada a vila com a denominação de Tutóia, se tornando sede definitiva do município.
Em 1938, pelo Decreto-Lei n° 45, de 29 de março, Tutóia foi elevada à categoria de cidade.
No início da década de 1950, os fluxos portuários entraram em declínio em razão do aumento da malha viária, dos desvios e extravios de mercadorias e dos naufrágios de embarcações de grande porte por causa de bancos de areia (como o navio Aline Ramos em 1981).
O município é constituído de 2 distritos: Tutóia e Barro Duro.
Origem do nome
Existem múltiplas versões acerca da origem do nome do município. A primeira delas, sustentada pelo historiador Ludwig Schwennhagen, indica que Tutóia é uma corruptela de "Troia, a célebre cidade grega da Ásia Menor, tornada famosa pela beleza de Helena, que provocou a guerra cantada em versos por Homero, mais de 1.000 anos a.C." Inclusive, o citado cronista afirma que foram os fenícios os autores desta denominação, quando surgiram por essas bandas, no século XII a.C., para virem buscar salitre, que serviria ao embalsamento de suas múmias. Ele conjetura ainda que estes lendários navegantes fundaram ali, na costa maranhense, a fim de dominar a foz do rio Parnaíba, uma colônia com o nome de "Turtoia", pelo que explica que "Tur" era a rica cidade e metrópole da grande navegação e Troia era a histórica vencida, cujo nome trouxe a grinalda imortal da glória. E continua Ludwig: "O costume de cortar o r é muito antigo e usado também no tempo moderno na língua portuguesa. É provável que os tupis pronunciassem Turtroia ou Turtoia ainda no tempo da chegada dos portugueses, os quais cortaram o r".
Outra versão, encontrada na pesquisa "Tutóia e Seu Folclore", aponta o termo como procedente do meio indígena, onde, na linguagem Tremembé, era situado o povo tremembé. Tutoia, nessa acepção, quer dizer "lençol de areia", "grande extensão de dunas", que caracteriza efetivamente a topografia da costa litorânea de Tutóia. Hipótese esta bem mais aceitável do que a primeira. Circula por entre as opiniões populares outra versão, pela qual o nome Tutóia provém do tupi-guarani e significa "água boa". Porém, a que é mais aceita pela maioria e encontra mais respaldo admite que "Tutóia" é uma corruptela de "Totói", que, em linguagem indígena, quer dizer "que beleza!", "que encanto!".
Geografia
Relevo

O relevo do município é formado pela planície litorânea, modelada por agentes e processos marinhos que dão origem às praias e mangues.
O processo de modelagem do ambiente é influenciado indiretamente pela proximidade do mar, dando origem aos campos de dunas móveis e dunas fixas sem cobertura vegetal e intercaladas por lagoas de origem pluvial.
A altitude da sede do município é de 20 metros acima do nível do mar.
Clima
O clima é o tropical úmido, dividido dois períodos: chuvoso de janeiro a junho e estiagem de julho a dezembro. A temperatura média anual é superior a 27 °C, com a umidade relativa do ar anual variando de 76% e 82% e os totais pluviométricos entre 1.200 e 1.600 m.
Hidrografia
Tutóia pertence ao baixo curso da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba, onde é formado um delta que se assemelha a uma mão aberta, onde os dedos representam as seguintes barras: Barra de Tutóia, Barra do Caju, Barra do Igaraçu, Barra das Canárias e Barra da Melancieira. Estas barras se ramificam e deságuam em mar aberto (Delta Oceânico). O Delta do Parnaíba é o único em mar aberto das Américas e um dos três maiores do mundo em extensão (os outros são o do rio Nilo, no Egito, e o do rio Mekong, no Sudeste Asiático).
Entre os principais cursos d’água do município estão os rios: Cangatã (tem como afluentes os rios Grande e Tutóia Velha); riachos Cajazeira, Barro Duro (possui como tributário os riachos Baixão Cocal e Mutamba); além dos subafluentes riachos Manuí e Coroatá, e Magu (que tem como afluente o Riacho da Grota); Riacho Tamboril (tem como tributário o Rio Baixa do Moia), Flecheira Grande, Baixa Funda, Baixa da Oiticica, Bom Gosto (com os afluentes córrego Chapada do Meio e Riacho Santa Clara), Rio Carrapato (possui como tributários os riachos do Meio, do Hilário e das Cotias), São João e riachos Santa Luzia e Água Rica.
Entre as lagoas, estão a do Mocambo, Grande e outras.
Vegetação e biodiversidade
A vegetação é caracterizada pela presença de restingas, pastagens naturais, manguezais, campos de dunas, matas ciliares e florestas de carnaúba.
Parte do território de Tutóia está inserido na APA da Foz do Rio das Preguiças-Pequenos Lençóis-Região Lagunar Adjacente e na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba.
Entre as espécies vegetais do manguezal estãoː o mangue-vermelho (Rhizophora Mangle), mangue-branco (Laguncularia Racemosa), mangue-preto (Avicennia schaueriana) e o manguə-de-botão (Conocarpus Erectus).
Ilhas
A região do Delta das Américas é formada por um arquipélago com mais de 80 ilhas e que é composta por cinco baías: Baía de Tutóia e Baía da Melancieira (no território tutoiense); baías do Caju e das Canárias (outras duas baías dentro do território maranhense); baía de Igarassu (no território piauiense).
Do conjunto de ilhas dentro dos limites territoriais do município têm destaque a Ilha da Melancieira, Ilha do Cajueiro, Ilha de Igoronhon, Ilha da Caieira, Ilha de Coroatá, Ilha das Pombas, Ilha Grande de Paulino.
Economia
Na agricultura, tem destaque a produção de coco-da-baía (2º maior produtor do estado), a castanha de caju (9ª maior produtor do estado), a mandioca (6º maior produtor), além do milho, arroz e feijão.
Educação
No município, existem 78 instituições dedicadas à educação infantil, 81 ao ensino fundamental, sete ao ensino médio, um à educação especial e 27 à EJA. Há um polo do Programa Ensinar, de formação de professores, da Universidade Estadual do Maranhão. O município conta ainda com um campus do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA).
Cultura e turismo
As principais manifestações culturais são: bumba-meu-boi com os sotaques de orquestra e zabumba (com destaque para o Boi Pelado), quadrilhas, dança portuguesa, cacuriá, Festejo do Divino Espírito Santo e a Dança do Caroço, manifestação cultural típica do município.
Tutóia pertence ao Polo Turístico Delta das Américas, juntamente com os municípios de Paulino Neves, Araioses e Água Doce do Maranhão, e também à Rota das Emoções.
Outra atrações turísticas são Pequenos Lençóis Maranhenses, modelados por rios, dunas e lagoas que se formam no período das chuvas; os balneários dos rios Barro Duro e Bom Gosto; as praia da Andreza, da Barra, do Amor, do Arpoador; as ilhas do Coroatá, Cajual, Melancieira, Grande de Paulino e as Lagoas da Taboa, Jacaré, da Areia e Lagoinha.
As antigas igrejas também são importantes elementos históricos e culturais, como a Igreja de Nossa Senhora da Conceição do povoado Tutóia Velha e a Igreja de São Bernardo no povoado de Barro Duro.
Com a proximidade entre Tutóia e Parnaíba, turistas passam a ter mais possibilidade de conhecer o município, que é um dos portais do Lençóis Maranhenses.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 10 de julho de 2023

CACHOEIRAS DE MACACU - RIO DE JANEIRO

Cachoeiras de Macacu é um município brasileiro pertencente à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. Sua população estimada em 2019 foi de aproximadamente 59.000 habitantes.
Desde dezembro de 2013 faz parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, assim deixando de ser parte do interior fluminense por Lei. É atravessado pelo Rio Macacu, o maior rio que deságua na Baía de Guanabara, tanto em extensão quanto em volume d'água. Sua economia baseia-se na agricultura (principalmente coco, goiaba, inhame, aipim, milho) e na pecuária bovina. Cachoeiras é uma cidade dividida: a região sul tem características de baixada, e a parte norte, de serra. Na divisão do estado em regiões turísticas, o município faz parte da região da Serra Verde Imperial.
Atualmente, o município tem se tornado uma atração para os praticantes do trekking, do montanhismo, do rapel e de outras modalidades de esportes radicais e de ecoturismo, sendo que parte do seu território encontra-se situado nos limites do Parque Estadual dos Três Picos, respondendo Cachoeiras de Macacu por 66% da área da unidade de conservação.
Outras importantes unidades de conservação criadas em Cachoeiras de Macacu foram a Reserva Ecológica de Guapiaçu, em terras particulares, e a área de proteção ambiental do Rio Macacu.
Além do Pico da Caledônia, com 2.219 metros de altitude, que também pode ser visto de Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo, Cachoeiras dispõe de várias belezas naturais, como a Pedra do Faraó, a Pedra do Oratório, a Pedra da Mariquita, Mulher de Pedra, e a Pedra do Colégio, o símbolo da cidade. Encontra-se dezenas de quedas d'água de extraordinária beleza, como o Tenebroso, Sete Quedas, Barba, Samambaia, Chapadão e Furna da Onça.
Cachoeiras de Macacu era dividida em três distritos: Cachoeiras de Macacu, distrito que abrigava a sede municipal; Japuíba, onde se situavam, ao longo da rodovia RJ-116, sendo Papucaia e Japuíba, os dois principais núcleos urbanos do município (à exceção da sede); e Subaio, distrito rural cortado pela rodovia RJ-122 (Fonte IBGE). Porém, em 2015, a Lei Complementar 0039/2015 transformou a cidade em município de distrito único, cujo todo território passou a denominar-se distrito-sede.
Embora o município de Cachoeiras de Macacu esteja incluído no recorte territorial legal da RMRJ desde 2013, ele não é alcançado pelos eixos de expansão urbana da metrópole, não é ligado diretamente ao núcleo metropolitano por linhas urbanas de transporte público, e tem sua sede localizada a uma distância muito grande (cerca de 100 km) da Zona Central da capital, o que dificulta ou mesmo impossibilita o fluxo pendular diário da população a trabalho entre o município de Cachoeiras e o núcleo. Essas e outras características demonstram que Cachoeiras de Macacu não possui um vínculo significativo com o núcleo da metrópole e com a área metropolitana como um todo, e, portanto, não faz parte da aglomeração metropolitana do Rio de Janeiro na prática.
Topônimo
O nome do município é uma referência ao macacu, uma árvore da qual se extraía tinta.
História
O povoamento da região iniciou-se no século XVI, com a ocupação das margens do Rio Macacu. A freguesia de Santo Antônio de Casseribu foi criada em 1647 e passou à categoria de vila e concelho em 1697, passando a chamar-se Santo Antônio de Sá. O território no qual se encontra Cachoeiras de Macacu, já foi habitada por índios Coroados e Puris.
Em 1868, a sede do município passou para a Vila de Sant'ana e, em 1877, passou a chamar-se Sant'ana de Macacu, com a transferência da antiga sede municipal para o município de Itaboraí, em Porto das Caixas. Em 1898, Sant'ana passou a designar-se Sant'ana de Japuíba.
A cidade recebeu várias famílias suíças e alemãs, antes de se deslocarem para Nova Friburgo, mas isso é um fato desconhecido.
Em 1923, a capital do município mudou de lugar mais uma vez: agora, para a Vila de Cachoeiras de Macacu território desmembrado do município de Nova Friburgo juntamente com Guapiaçu para reorganização dos municípios. Em 1929, o município passou a designar-se Cachoeiras de Macacu e a sua sede foi elevada à categoria de cidade.
Apesar de a cidade ter sido reconhecida em 1929, os primeiros registros de ocupação do território que hoje compõe o município de Cachoeiras de Macacu datam no final do século XVI, por volta do ano 1567, logo após a expulsão dos franceses da Baía de Guanabara.
Num pequeno núcleo agrícola instalado ao redor da antiga Capela de Santo Antônio, denominado Santo Antônio de Casseribu, aproveitando a fertilidade natural dos solos, desenvolveram-se cultivos de mandioca, milho, cana-de-açúcar, arroz e feijão. Este núcleo inicial foi elevado a vila em 15 de maio de 1879, com o nome de Santo Antônio de Sá, criando-se, ao mesmo tempo, o município do mesmo nome. Entre 1831 e 1835, por conta de uma febre endêmica conhecida como Febre de Macacu, provavelmente malária e febre amarela, houve grande perda de vidas e um significativo processo de êxodo rural, tendo se desorganizado as atividades produtivas de Santo Antônio de Sá, ocorrendo, então, os desmembramentos dos territórios municipais, gerando uma séria crise.
Até 1930, além das lavouras de subsistência, Cachoeiras de Macacu dependia diretamente das atividades da oficina da Estrada de Ferro Leopoldina, que se aproveitava da localização estratégica do município, usando-o como local de transbordo para a subida da serra, que deveu-se a um estudo da companhia inglesa que levou a fixar tanto a oficina quanto a estação onde está hoje situada a rodoviária da cidade (Terminal Rodoviário de Cachoeiras de Macacu).
Essa função a cidade iria perder no período pós-guerra, quando o ramal ferroviário de Cantagalo foi injustificadamente desativado nos anos 1960, gerando uma séria decadência social, cultural e econômica que se reflete ainda hoje, também acumulada aos fatos políticos gerados pelo Regime Militar, que pressionou lavradores e funcionários da Leopoldina.
Pelo trecho inicial do ramal, os últimos trens de passageiros parariam pela última vez na Estação Ferroviária de Cachoeiras de Macacu no ano de 1969, enquanto que os últimos trens cargueiros encerrariam suas atividades locais em 1973. No ano seguinte, após a desativação do trecho, os trilhos foram retirados da cidade e a sua estação ferroviária foi posteriormente demolida, juntamente com as instalações desativadas da oficina da Leopoldina.
Uma mudança significativa ocorreu no município no início da década de 1940, a partir de experiências de distribuição de terras para assentamento de colonos deslocados das áreas de citricultura da Baixada Fluminense. Estes formaram as colônias agrícolas de Japuíba e Papucaia, sendo importante acrescentar que, na primeira metade do século XX, chegaram em Papucaia e na Fazenda Funchal (nomeado desta forma para não confundir com a cidade de Funchal, de Portugal), os imigrantes japoneses que se dedicam à agricultura até hoje, principalmente à atividade de fruticultura.
Firmando-se na atividade agropecuária, o município de Cachoeiras de Macacu, hoje já começa a sofrer os efeitos do avanço das grandes cidades ao seu redor, na medida em que suas terras passaram a ser procuradas como área de sítios de lazer. Se observa já a expansão de loteamentos nos limites com Itaboraí. Comporta, ainda, próximo ao seus limites com o Município de Guapimirim, um assentamento agrícola de grande importância chamado São José da Boa Morte, com uma extensão de quase duzentos km² e que recebeu este nome por causa de uma igreja construída na época colonial. Hoje, a igreja está em ruínas e é um dos principais pontos turísticos da região.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária do Rio de Janeiro e Imediata de Rio Bonito. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Macacu-Caceribu, que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro. 
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 6 de julho de 2023

SÃO MIGUEL DO GUAMÁ - PARÁ

São Miguel do Guamá é um município brasileiro do estado do Pará. Localiza-se a uma latitude 01º37'36" sul e a uma longitude 47º29'00" oeste, estando a uma altitude de 10 metros. Sua população estimada em 2020 e de 65.632 habitantes. Possui uma área de 1094,839 km². A cidade conta com os distritos de Caju, Urucuri, Urucuriteua e o distrito-sede, que é identificado pelo próprio nome do município.
O município de São Miguel do Guamá pertence à Zona Guajarina e abrange uma área de 1341 Km², na região Nordeste, sendo cortado pelo rio Guamá, de Oeste para Leste, onde, em sua margem esquerda, situa-se a sede do município. A sede distancia-se 150 km de Belém, sendo incluída no pólo Guamá. Apresenta como limites: Santa Maria do Pará e Bonito ao Norte; Ourém a Leste; São Domingos do Capim e Irituia ao Sul e Inhangapi e Castanhal a Oeste.
História
A ocupação das ricas terras conhecidas hoje como o município de São Miguel do Guamá deu-se por volta do século XVII através das navegações realizadas pelos colonos portugueses ao longo do rio Guamá. Nessa época, o governo da Capitania concedeu sesmarias ao frades do Convento do Carmo, na qual fundaram a fazenda de Pernambuco. A iniciativa fez com que, em 1758, Agostinho Domingos da Siqueira doasse terras para formação do patrimônio de uma capela onde, nesse mesmo ano, o Bispo D. Miguel de Bulhões criou a freguesia de São Miguel, também conhecida como São Miguel da Cachoeira.
Com a criação da freguesia e a presença do vigário na sede, foi construída a Igreja Matriz e em torno desta, diversas casas foram sendo erguidas e o local tomou o desenvolvimento de povoado, ainda como simples freguesia e assim durante todo o período colonial.
Na divisa da província do Pará em termos e comarcas, realizada em 1833, o território da então freguesia passou à fazer parte do município de Ourém. Em 1872, desmembrou-se, adquirindo a categoria de Vila. Já em 1873 a Assembléia Provincial cria o respectivo município, com a Lei nº 2.663, de 31 de outubro de 1873; a partir daí São Miguel deixa a categoria de vila passando a ser município.
A nova divisão da província do Pará foi dada em termos de comarca, nas sessões de 10 a 17 de maio de 1833, com isso a freguesia de Frei Miguel de Bulhões, também conhecida como São Miguel da Cachoeira, passou a fazer parte do município de Ourém.
Logo, os habitantes de São Miguel cuidaram de promover imediatamente a instalação do município, que se realizou no dia 7 de janeiro de 1874, com a juramentação do então presidente da câmara de Ourém, Félix José Rodrigues.
O Decreto Estadual de nº 344, do dia 30 de maio de 1891, elevou São Miguel à categoria de cidade. E com o Decreto Estadual de nº 4.505, do dia 30 de dezembro de 1943, São Miguel passou a se chamar São Miguel do Guamá. A denominação “guamá” vem de origem indígena Tupiniquim, que significa “Rio que chove”. E, nessa situação, parte do seu território original foi desmembrado para permitir o surgimento do município de Bonito, conforme ficou estipulado pela Lei nº 1.127, de 11 de março de 1955. Porém, o Supremo Tribunal Federal considerou a referida Lei inconstitucional, obrigando o Estado a promulgar um instrumento legal, o Decreto nº 1.946, de 26 de janeiro de 1956, através do qual se tornou insubsistente o desmembramento. Entretanto, este veio a acontecer em 29 de dezembro de 1961, através da Lei Estadual nº 2.460, quando o distrito de Bonito, então pertencente a São Miguel do Guamá , foi elevado à categoria de Município (SÃO MIGUEL DO GUAMÁ, 1988).
Inicialmente a região era habitada somente por guamaenses, descendentes de índios, portugueses (colonizadores) e negros. Porém, com a construção da rodovia Belém-Brasília (Br-010) houve um aumento populacional, o que contribuiu para a migração de nordestinos, goianos e capixabas buscando melhores condições de vida no município. Isso fez com que houvesse gradativamente um desenvolvimento na indústria, no comércio e em outros ramos da economia guamaense.
Economia
São Miguel do Guamá é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo alto crescimento econômico. Por outro lado, o baixo potencial de consumo é um fator de atenção.
De janeiro a maio de 2023, foram registradas 739 admissões formais e 894 desligamentos, resultando em um saldo negativo de -155 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 193. Destacam-se positivamente o desdobramento de madeira (52), o serviço de ti (42) e as lojas de informática (41).
Até junho de 2023 houve registro de 13 novas empresas em São Miguel do Guamá, sendo que a maioria delas atua com estabelecimento fixo. Neste último mês, uma nova empresa se instalou na cidade.
Clima
Em São Miguel do Guamá, o verão é curto e quente; o inverno é curto, morno e com precipitação. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo e de céu encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 22 °C a 33 °C e raramente é inferior a 21 °C ou superior a 35 °C. Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar São Miguel do Guamá e realizar atividades de clima quente é do início de julho ao meio de outubro.
Educação
Em São Miguel do Guamá existe uma Unidade do Senai-PA, o Centro de Educação Profissional São Miguel do Guamá;
Referências para o texto: Wikipédia ; Site Caravela ; Site Quero Bolsa .

segunda-feira, 3 de julho de 2023

CRISTALINA - GOIÁS

Cristalina é um município brasileiro do estado de Goiás localizado na Região Leste do Estado de Goiás, pertence a Região Geográfica Intermediária de Luziânia-Águas Lindas de Goiás e a Região Geográfica Imediata de Luziânia. O município faz parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE). Sua população estimada em 2022 é de 58.940 habitantes, segundo o IBGE.
História
A história de Cristalina se inicia com a penetração das Bandeiras. Em busca de ouro e esmeraldas, vieram descobrir, por acaso nestas paragens na cumeada de uma serra, a existência do Cristal de Rocha, o que valeu ao acidente geográfico o topônimo de “Serra dos Cristais”, isto por volta do ano de 1797. Pouca importância no entanto, lhe deram os Bandeirantes, face ao pequeno valor do minério naquela época.
John Emanuel Pohl, médico, súdito austríaco, nascido na atual república tcheca, formado na Universidade de Praga, veio na comitiva nupcial de Dona Leopoldina, filha do Imperador da Áustria e passa por Cristalina em dezembro de 1818. Dr. Pohl, ouvindo falar das riquezas da Serra dos Cristais em Paracatu, para lá seguiu,  furtando-se a uma longa volta pelo registro do São Marcos, pelo que talvez tenha sido seguido e vigiado pelos seus soldados.
A chegada de dois franceses
Já em 1879, dois franceses Etiene Lepesqueur e Leon Laboissére, vindos da vizinha cidade de Paracatu (Peixe Bom) onde residiam comercializando ouro, receberam uma quantidade de quartzo, amostra de cristais de rocha da Serra dos Cristais, que enviaram para a França, tendo ótima aceitação e foram vendidas obtendo preço altamente compensador.
Despertando-lhes então o interesse pelo negócio, voltaram e estabeleceram no local um núcleo inicial do povoado, comercializando com lucros vantajosos que em pouco tempo fizeram apreciável fortuna. Ali, dada à pureza e qualidade do minério, são transformadas em instrumentos de ótica e em ricas peças de artesanato por exímios artesãos e vão enfeitar as salas da sofisticada e nascente burguesia industrial. Iniciou então, a promessa de grandes lucros.
A febre do Cristal
A dupla de franceses se organizou e partiram em 1880, em direção à “Serra dos Cristais”, no garimpo denominado de Serra Velha, em busca do precioso cristal. A notícia se espalhou rápido. Diziam aos quatro cantos “não é difícil extraí-lo”, o que atraiu dezenas de garimpeiros de Paracatu, Santa Luzia e outras localidades. Só falavam na extração do cristal.
Tropas de burros transportavam o cristal para Paracatu e dali para o porto do Rio de Janeiro, onde eram embarcados para a Europa e distribuídos nos grandes centros de lapidação, como Idar-Oberstein na Alemanha, Verona na Itália, Antuérpia na Bélgica e nas indústrias de aparelhos óticos da França e Alemanha.
Satisfeitos, Etiene e Leon, regressam a Paracatu, no ano de 1882. A falta de outros compradores ocasionou a debandada dos garimpeiros. Passado algum tempo, outro francês de nome Emilio Levy para aqui veio, conduzindo regular quantidade de fazendas e bugigangas que, trocadas por cristais, trouxeram novo alento aos garimpos com o retorno conseqüente dos trabalhadores dispersos. As habitações eram simples choças de pau-a-pique, cobertas de capim ou folhas de buriti.
As primeiras construções e influências de estrangeiros
Emilio Levy construiu a primeira casa de que se sabe, em 1883, localizada na margem esquerda do Córrego Almocafre, fixando a sede atual. Embora custasse uma arroba (15 kg) do mineral da melhor qualidade, a vil quantia de seis mil réis, a riqueza fácil encantava, pois o cristal era, então, apanhado com fartura na superfície do solo. Essa notícia repercutiu distante, dando como resultado o afluxo de um grande número de pessoas, principalmente da cidade mineira de Bagagem (atual Estrela do Sul/MG), importante centro produtor de diamantes.
Em 1884, de procedências diversas, outras pessoas aqui chegaram, contribuindo beneficamente para o desenvolvimento da localidade que nascia. A Missão Cruls passa por Cristalina, em 1892 e chega ao Planalto Central Brasileiro para demarcar onde seria a Capital da República (Brasília/DF).
Da Alemanha, em 1895, veio Carlos Mohn, que retornou algumas vezes a Alemanha. Anos mais tarde, veio a falecer em Artigas, Catalã Grande, no Uruguai. Em 1897, também da Alemanha, veio Augusto Leyser. Augusto, ao retornar à Alemanha foi colhido pela Segunda Guerra Mundial. Veio a falecer, ainda relativamente moço, em conseqüência dos fortes traumatismos, após o conflito mundial.
No começo do século vieram outros elementos que, construindo uma pequena colônia alemã, muito concorreram para o progresso da localidade, merecendo que sejam citados com realce, além daqueles, os nomes: Carlos Mohn Primo (faleceu em Ipameri/GO), Carlos Rodolfo Mohn (faleceu em Cristalina), Carlos Leyser (faleceu vindo da Alemanha, quando chegava ao Rio de Janeiro), Gustavo Leyser (faleceu em Anápolis/GO), Gustavo Edinger (faleceu na Alemanha), Júlio Leyser (faleceu em Cavalcanti/GO), Alberto Leyser (faleceu em Ipameri/GO), Eugênio Kern (faleceu em Belo Horizonte/MG), Hans Leyser, (faleceu em Ipameri/GO), Walter Leyendecker (faleceu na Alemanha), Fritz Leyendecker (faleceu no Rio de Janeiro), Alberto Mohn (faleceu na Alemanha, na frente russa), Rikard Poske (faleceu em Cristalina), Arthur Wachek (faleceu em Goiânia/GO), Gustavo Walgenbach (faleceu em Uruaçu/GO), Walter Henkel (faleceu em Cristalina).
O dinheiro circulante era tão vultoso que parecia haver perdido o seu valor intrínseco. A divulgação dessa situação provocou, também, a afluência de numerosos indivíduos desclassificados e de todos os tipos, que conturbando o ambiente, praticavam crimes dos mais horrendos.
De tais facínoras podemos mencionar os nomes de Berlarmino Côrtes, João Matador, Juca Dente de Ouro, Chapadeiro, Chico Machado, Jacinto, Zé Mangabeira, Quintino Barnabé e tantos outros, cujas façanhas ecoaram muito longe, pois essas feras humanas exerciam pelo temor, o domínio absoluto do povoado.
Reagindo contra esse estado de coisas, em 1901, Marciano Aguiar, Nicolau Batista de Oliveira, Plácido de Paiva e outros, resolveram pedir ao governo estadual, que fosse o Arraial de São Sebastião da Serra dos Cristais, elevado à categoria de Distrito, o que se verificou com o auxílio eficiente de alguns amigos residentes na cidade de Santa Luzia. Pela Lei n° 15, de 12 de outubro de 1901 e instalando-se no mesmo ano, em decorrência do Diploma legal, o Distrito passou a denominar-se São Sebastião dos Cristais.
Plácido de Paiva ocupou o posto de Juiz Distrital, Nicolau Batista de Oliveira, o de Subdelegado de Polícia, exercendo Marciano Aguiar as funções de escrivão dos dois cargos. Dispostos até o sacrifício de suas próprias vidas, sustentaram lutas temíveis contra os vândalos que infestavam a terra, daí resultando a morte de muitos companheiros que em socorro das autoridades constituídas, caíram crivados de balas ou pelos punhais dos jagunços. Inconformados com o império da desordem, pediam insistentemente força policial para manutenção da Lei, mas, jamais foi atendido pelo Estado.
Esse clima tremendo de selvageria cedeu por fim, graças à ação enérgica e ao destemor dos defensores da sociedade, passando o novo Distrito, dentro de pouco tempo, a figurar como um dos recantos mais pacatos do mundo, onde os habitantes se conheciam intimamente, parecendo pertencerem todos a uma só família no gozo da mais doce harmonia.
Assim, pacífica e mansamente viveu o novo Distrito, até que Marciano Aguiar, Nicolau Batista de Oliveira, Jovino de Paiva, João José Taveira, Gustavo Edinger e outros, conseguiram sua elevação à categoria de Vila, anexada ao Município de Santa Luzia, em 16 de janeiro de 1916. Em julho do mesmo ano, pela Lei Estadual n° 533, a Vila foi elevada a Município autônomo, desmembrando-se de Santa Luzia.
A instalação do Município só se deu no dia 15 de janeiro de 1917, com o comparecimento de grande massa popular, vinda, em parte, da sempre amiga cidade de Paracatu. Recebeu então, a nova entidade a denominação de São Sebastião dos Cristais.
Pela Lei Estadual n° 577, de 31 de maio de 1918, o nome de São Sebastião dos Cristais foi mudado para Cristalina, que é conservado até hoje. No dia 1° de abril de 1930, pela primeira vez, Cristalina recebeu um Governador do Estado, sendo visitada pelo Dr. Alfredo Lopes de Morais, que foi homenageado com um programa de corridas no hipódromo local.
Em agosto do mesmo ano, Cristalina recebeu, em caráter oficial, o Ministro Plenipontenciário da Alemanha, Dr. Hubert Kipning. A partir deste ano começaram os Prefeitos a governar a cidade, só que ao invés de eleitos, eram nomeados. No dia 12 de outubro, doze veículos entre automóveis e caminhões condutores da Coluna Artur Bernardes, comandada pelo Coronel Quintino Vargas que, enfileirados, desceram na estrada do morro do recurso, transpuseram o Alcafre e adentraram em Cristalina, sendo que os dois dianteiros, conduzindo a oficialidade, rumaram para a casa comercial de Quintino Vargas, onde a Coluna se aquartelou.
Outros entraram na praça São Sebastião e os demais subindo o largo do mercado até a extremidade oeste local, completaram a invasão e o cerco da indefesa de Cristalina, por 75 homens aproximadamente, entre soldados mineiros, voluntários paracatuenses e diversos capturados também daquela cidade.
De vida efêmera, desaparece o Jockey Club de Cristalina, em 1931. Neste ano foi feita a urbanização da parte alta da cidade, pelo Engenheiro Hans Baumann, auxiliado por Cecílio Ribeiro e Otto Mohn, sendo o primeiro Prefeito Municipal, o Sr.
Geografia
Cristalina está a 47°36’ de longitude Oeste (W) e a 16°45’ de Sul (S). Localiza-se no Leste Goiano, na região do Entorno do Distrito Federal, no chamado Planalto Central. Possui uma área de 6.340 quilômetros quadrados.
Clima
O clima de Cristalina é considerado tropical com estação seca (tipo Aw segundo Köppen), tendo verões mais suaves que o resto do estado e invernos relativamente amenos, com diminuição de chuvas. É considerado um município frio, se comparada com outros municípios goianos. A estação das chuvas vai outubro a abril e, de maio a setembro, ocorre a estação seca, com pluviometria média anual de 1 400 milímetros (mm). Devido à altitude, venta muito no município.
Segundo dados da estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em operação desde 13 de dezembro de 2007, a menor temperatura registrada em Cristalina foi de 7,4 °C em 7 de julho de 2019, superando os 7,5 °C registrados em 3 de junho de 2009, e a maior atingiu 35,9 °C em 9 de outubro de 2020. O recorde de precipitação em 24 horas é de 129,2 mm em 16 de outubro de 2011.A maior rajada de vento foi registrada na manhã do dia 30 de dezembro de 2017, chegando a 25 m/s (90 km/h). O índice mais baixo de umidade relativa do ar (URA) ocorreu nas tardes dos dias 5 de setembro de 2011, 12 de agosto de 2018 e 19 de setembro de 2019, de apenas 10%.
Relevo
O relevo é de planalto, merecendo destaque a Serra dos Cristais, Serra dos Topázios, Serra da Posse, Serra de São Pedro e o Morro do Padre. A sede do município de Cristalina possui até 1.255 metros de altitude em relação ao nível do mar, sendo que a altitude média do município é de mil metros. Segundo dados auferidos pelo Global Positioning System – GPS que permite coletar com satisfatório índice de precisão dados topográficos e relacionados à altitude de um ponto, as regiões entre os bairros Belvedere e DNER possuem altitudes de até 1.255 metros em relação ao nível do mar. Em geral, a área central de Cristalina está numa cota altimétrica média de 1.236 metros de altitude.
O relevo do município é classificado em: Plano a suavemente ondulado: 70%; Ondulado: 10% e Montanhoso: 20%.
Solo
O solo predominante no município é latossolo vermelho, latossolo roxo além de latossolo vermelho-amarelo e litossolo marrom .
Vegetação
Encontra-se no município dois tipos de vegetação: Campo e Cerrado. As plantas mais comuns são o Pequizeiro, Angico, Jatobá, Aroeira, Sucupira branca, Ypê do cerrado e outras.
Hidrografia
O município é privilegiado, no que diz respeito à hidrografia, apresentando 256 rios, riachos, ribeirões, veredas e nascentes. Todos os ribeirões e córregos nascem na cidade e correm para a periferia do município. Esse potencial hídrico é fundamental ao desenvolvimento da agricultura irrigada, segmento que tem contribuído decisivamente para o impulso econômico do município.
Os principais rios e Cachoeiras são: Rio São Marcos; Rio São Bartolomeu; Cachoeira do Arrojado; Cachoeira dos Borelas; Cachoeira dos Figueredos; Cachoeira dos Topazio e Balneário das Lajes.
Educação
Educação Básica

De acordo com dados do Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Cristalina possuía em 2018 ao todo 46 estabelecimentos de ensino na Educação Básica públicos e privados. Sendo, 34 escolas na zona urbana e 12 na zona rural.
Ensino superior
O Ensino Superior em Cristalina é atendido pelos seguintes agentes: Polo da Fesurv - Faculdade de Rio Verde; Campus da Faculdade Central de Cristalina (FACEC);  Polo da Universidade Anhanguera; Campus do Instituto Federal Goiano (IF Goiano); Polo da Universidade Paulista (UNIP); Polo da Universidade Cesumar (Unicesumar); Polo da Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FNSA).
Economia
Cristalina está no clube dos municípios mais ricos do Brasil. Setores como agropecuária, serviços e indústria são os grandes responsáveis por impulsionar a economia do município.
É interessante mencionar que até o final da década de 1970, a extração e comercialização de cristal de rocha era a principal atividade econômica de Cristalina. Quase toda a população dependia desse minério para sobreviver. Posteriormente, a principal atividade econômica do município passou a ser a agricultura. Ainda hoje, Cristalina atrai turistas e artesãos de todo o país, que vêm em busca de matéria-prima (cristal). Com isso são gerados empregos diretos e indiretos, tanto na exploração do minério e sua comercialização como no artesanato com pedras. Essa cadeia produtiva faturou em 2007 mais de R$ 20 milhões, respondendo por uma importante fatia da economia do município.
O município é o maior centro de comercialização de pedras do Brasil, além de ser a maior reserva de cristal de rocha do mundo, sobre a qual a cidade foi construída, motivo pelo qual muitos dizem que a cidade é mística. Para atender a esse segmento, desde 2005, o Ministério da Integração Nacional em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Senai e Instituto Euvaldo Lodi, estão promovendo o Programa de Desenvolvimento Econômico do Arranjo Produtivo Local (APL) do Artesanato Mineral de Cristalina, sendo que os artesãos recebem cursos de capacitação e recursos financeiros, para otimizar a produção e o beneficiamento da pedra, visando à melhoria da qualidade dos produtos comercializados.
Como dito anteriormente, até o final da década de 1970 a mineração de cristal era a principal atividade econômica do município, mas isso começou a mudar quando alguns produtores provenientes da Região Sul do Brasil desbravaram o cerrado cristalinense, fazendo surgir uma nova atividade econômica que em poucos anos seria a base da economia do município: a agricultura.
São mais de 200 mil hectares de produção em sequeiro e mais de 40 mil hectares de produção irrigados com pivôs centrais, tendo o município a maior área irrigada da América Latina, sendo característica de sua agricultura o emprego de alta tecnologia na produção de grãos, visando sempre maior produtividade.
Postos de trabalho
Devido à sua agricultura altamente tecnológica em Cristalina são gerados milhares de empregos ao longo de todo o ano. Inclusive, o município figura entre os maiores gerados de empregos no estado de Goiás e também é destaque no Brasil, conforme dados apurados e divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Industrialização
Após 30 anos do início da agricultura em massa aportar no município, quatro empresas agroindustriais foram instaladas em Cristalina, gerando mais emprego e renda à população: Bonduelle; Fugini; Incotril e Sorgatto Alimentos
Turismo
Cristalina tem um grande potencial turístico, mas, infelizmente sua infraestrutura para receber os turistas ainda é precária e precisa melhorar, apesar disso, milhares de pessoas de todos os cantos do mundo visitam o município anualmente, principalmente por causa de suas pedras preciosas e seu artesanato mineral, já que o município é um centro de intensa comercialização e lapidação de pedras preciosas e semi-preciosas. Muitos místicos visitam o município por considerá-la o ponto de equilíbrio do mundo pelo magnetismo de seu solo.
Além do encanto dos cristais, Cristalina conta com muitos outros atrativos, tais como turismo ecológico, garimpos seculares e belíssimas joias feitas a partir de cristais, e a possibilidade de o visitante extrair o cristal bruto no solo das jazidas de cristais.
A sede da Prefeitura de Cristalina também se tornou atração turística no município, aos finais de tarde várias pessoas visitam o local, entre eles turistas que se maravilham pela beleza do prédio e paisagens da Praça onde a prefeitura está sediada.
Principais pontos turísticos
- Lojas e lapidações de cristais: O município possui várias lojas que comercializam todos os tipos de artefatos de cristais e até mesmo o cristal bruto. Por trás dessas lojas estão as lapidações de cristal, que fornecem o material acabado, além dos artesãos. As principais lojas de lapidação de cristais estão localizadas no centro da cidade, principalmente nas ruas da Saudade, 21 de Abril e Otaviano de Paiva, na praça José Adamian, na Estação Rodoviária Municipal e no Mercado dos Cristais.
- Balneário das Lages: localiza-se a 12 km do centro da cidade, possui praias e piscinas artificiais e uma belíssima queda d´água. Tem restaurante, área de camping, seguranças, banheiros, espaço para shows e apresentações e quiosques.
- Pedra Chapéu do Sol: assim denominada por seu formato, é um enorme bloco de Quartzito que pesa mais de 340 toneladas, equilibrada há milhões de anos em uma base de pouco mais de um metro quadrado. É simplesmente impressionante, sendo o único exemplar no mundo por sua grandeza. Localiza-se a 7 km do centro da cidade, no Parque das Pedras, área de preservação da Fazenda Sucupira, onde ainda se podem observar várias inscrições rupestres, sendo o acesso pela GO 309 (estrada vicinal), no sentido do Assentamento das Três Barras.
Além desses pontos turísticos, há outros que valem a pena visitar, tais como a Cachoeira do Arrojado, que se localiza a 6 km do centro, e a Reserva Particular Linda Serra do Topázios, que tem uma grande área de cerrado natural e água cristalina, além do observatório astronômico da Universidade de Brasília. Devido a sua altitude e baixa umidade na maior parte do ano, Cristalina tem o céu mais limpo do Brasil, facilitando a observação de fenômenos astronômicos.
Cultura
As datas das principais festas são:
- Janeiro: Festa de São Sebastião.
- Maio: Dia do Garimpeiro - 16; Festa do Divino Espírito Santo.
- Junho: Rodeio Crioulo.
- Julho: Festa de São Cristóvão; FECRIS - Feira de Cristais, joias, artesanato e pedras preciosas; Aniversário da cidade - 18.
- Agosto: FAICRIS - Feira do Comercio e Agro Industria de Cristalina; Festa a Nossa Senhora da Abadia; Festa a São Bartolomeu.
- Setembro: Exposição Agropecuária; Semana Farroupilha - 15 a 21.
- Dezembro: Costelão do CTG (Centro de Tradições Gaúchas); Natal; Reveillon.
Referência para o texto: Wikipédia ; Site da Prefeitura de Crsitalina .