Araci é um município brasileiro no interior do estado da Bahia. Pertencente a Mesorregião do Nordeste Baiano e da Microrregião de Serrinha e compõe, juntamente com outros municípios, o território denominado de Território do Sisal.
Com uma população de 48.035 habitantes segundo o Censo 2022, do IBGE, é o quadragésimo sexto município mais populoso do Estado da Bahia.
É um dos poucos municípios baianos que não sofreu desmembramento de seu território para originar novos municípios.
A sede fica a aproximadamente 210 quilômetros de Salvador. Sua área territorial é de 1 496,245 km².
Toponímia
O nome Araci foi retirado do livro "Ubirajara", do escritor José de Alencar, e significa, em tupi, "mãe do dia" ou "aurora". O significado do topônimo inspirou o compositor Ramos Feirense na composição do hino oficial da cidade, nos trechos em que traz os dizeres:
"Araci sol fecundo a brilhar,/Mesmo que haja da noite o negror,/ [...] Ilumina com luz aguerrida,/ Já que és sol na linguagem Tupi [...]"
O nome Araci também deu inspiração ao escritor e poeta soteropolitano Antônio Fernando Peltier, ao escrever diversos poemas sobra a cidade, como o seguinte:
"Araci/Nome de índia/Que significa Aurora,/Cada dia que nasce/Um porvir se enamora/Pelo brilho, que em si faz,/Consolidando tua história..."
História
A região hoje denominada Território do Sisal, na qual Araci está inserida, originalmente era denominada Sertão dos Tocós ou do Pindá e era habitada por indígenas cariris, tapuias, tocós e beritingas.
O povoamento da área de Araci se iniciou no século XVII, por meio da pecuária, atrelada aos latifúndios da Casa da Ponte e da Casa da Torre. A região se tornou um ponto de parada para boiadas que se dirigiam para Jacobina e para o Piauí.
Em 1812, o Capitão José Ferreira de Carvalho (1783-1866) adquiriu da Casa da Ponte, por meio do procurador Paulo Rabelo, 20 léguas quadradas de terras, ali criando sua propriedade rural, denominada Fazenda Raso. No final da década de 1850, quando já existia um pequeno povoado com algumas poucas casas denominado Raso (atual sede de Araci) na fazenda de mesmo nome, o capitão José, seus filhos e escravos, com a ajuda de um mestre de obras de Simão Dias (SE), ergueram nessa povoação uma capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição, a qual foi concluída em 8 de dezembro de 1859. Ao redor desse templo, mais casas foram sendo construídas.
A Lei Provincial n.º 1.720, de 12 de abril de 1877, criou a freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Raso, sediada no povoado do Raso e subordinada à vila de Tucano. Foi primeiro vigário da freguesia o Padre Urbano Cecílio Martins, neto do fundador José Ferreira de Carvalho.
Já bastante desenvolvida e autônoma em suas atividades econômicas, políticas e sociais, a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Raso foi elevada à condição de vila, com o nome de Raso, desmembrando-se de Tucano, por meio de ato estadual de 13 de dezembro de 1890, sendo instalada em 4 de fevereiro do ano seguinte. Foi seu primeiro intendente o padre italiano Júlio Fiorentini, na época o vigário da freguesia. Em 1893, Antônio Ferreira da Mota foi o primeiro intendente eleito da vila do Raso.
Em 21 de setembro de 1904, a Lei Estadual nº 575 alterou o nome da vila do Raso para Araci.
Como uma consequência da nova configuração política e estadual após a Revolução de 1930, o decreto estadual nº 7.479, de 7 de julho de 1931, retirou a autonomia de Araci, que passou à categoria de distrito e subprefeitura de Serrinha. Isso degradou bastante à população araciense, o que se deve, entre outros fatores, ao menosprezo por parte das autoridades serrinhenses, como ficou evidenciado na pouca assistência por parte do município de Serrinha a Araci durante a grave seca de 1932.
O sisal foi introduzido no Território do Sisal primeiro em Santaluz por volta de 1910, mas o cultivo dessa planta só começou a ganhar grande destaque econômico nessa região na década de 1930, devido à demanda, incentivos do governo estadual e adaptação da planta às condições geográficas dessa área. O cultivo de sisal se tornou uma das principais fontes de renda de Araci.
Após anos de muita luta dos aracienses, a Lei Estadual n° 863, de 14 de novembro de 1956, restaura a autonomia de Araci, que se desmembra de Serrinha. O município restaurado foi reinstalado em 7 de abril de 1959, com a posse do primeiro prefeito após a segunda emancipação, Erasmo de Oliveira Carvalho.
Na década de 1970, o ciclo do sisal entrou em decadência em Araci e no Território do Sisal, devido à introdução de produtos substitutos de origem sintética, grande queda nos preços, concorrência com países africanos e o fechamento de indústrias na Europa que utilizavam a planta como matéria-prima. Apesar disso, o Território do Sisal se mantém como a principal região produtora dessa planta no Brasil.
Em 2017, o Monsenhor Ionilton Lisboa, natural de Araci, foi nomeado bispo da Prelazia de Itacoatiara pelo Papa Francisco.
São datas históricas na cidade de Araci, as seguintes.
- 1812 - Fundação da Fazenda Raso pelo Capitão José Ferreira de Carvalho, que viria a se tornar Araci;
- 1859 - 8 de dezembro, Proclamação de Nossa Senhora da Conceição como padroeira de Araci;
- 1861 - Foi elevado a condição de Distrito anexado a Tucano;
- 1866 - Morreu o fundador de Araci José Ferreira de Carvalho, aos 83 anos de idade;
- 1877 - 12 de abril, elevação a categoria de freguesia, sendo o Padre Alexandre o 1º pároco;
- 1890 - 13 de dezembro - Emancipação Política da Vila do Raso, sendo desmembrado de Tucano;
- 1904 - Alteração no topônimo: de Vila do Raso para Araci;
- 1931 - Araci perde o status de Município e é anexado a Serrinha;
- 1932 - Araci sofre com uma das maiores secas da história;
- 1959 - Araci é reemancipada, recebendo assim de volta e definitivamente o status de município;
- 1966 - Inauguração do CEMOB;
- 1977 - Inauguração do Estádio Municipal José Brígido da Silva;
- 2016 - Antonio Carvalho da Silva Neto é o 1° prefeito a ser reeleito no Município de Araci;
- 2017 - Padre Araciense, Monsenhor Ionilton Lisboa SDV é nomeado Bispo pelo Papa Francisco.
Economia
As receitas municipais proveem consideravelmente do setor agrícola, da pecuária, avicultura e da indústria.
Na agricultura destaca-se a larga produção de mandioca. Na pecuária os maiores rebanhos são de bovinos, suínos, caprinos e ovinos. Na avicultura destaca-se a produção de galináceos. No setor de bens minerais é produtor de ouro.
Araci foi um dos dois municípios brasileiros que serviram de alavanca para a exploração de ouro pela empresa Vale do Rio Doce. Em 1978 e com alcance de sucesso revelados na década de 1980. Fato que a empresa matem em seu registro histórico.
Aspectos Socioeconômicos
O município desenvolveu também um forte comércio popular, feiras livres, nos dias de quintas e segundas-feiras, com destaque para a feira de segunda que se alastra por quase toda região central da cidade, em alguns pontos estendendo-se por ruas mais afastadas. Podendo ser encontrados nestas feiras de, conveniências até aparelhos domésticos, roupas, tecido em geral, calçados, artesanatos, hortaliças, legumes e demais gamas de produtos agrícolas produzidos na região, ainda animais domésticos e de carga para venda livre e até uma feira popularmente chamada de feira do rolo, atraindo gente de cidades vizinhas e de regiões mais distantes.
Turismo
Inaugurado em Janeiro de 2011, a primeira parte do complexo turístico do Poço Grande, um grande balneário de água salobra, com quiosques que servem peixes do próprio poço grande, o complexo turístico trouxe para os pescadores um nova perspectiva de vida e financeiro, trouxe alegria para os habitantes do município, como também turistas de várias partes da Bahia e do Brasil para conhecer o paraíso das águas.
Também estão entre seus pontos turísticos: o mirante do Bomfim, a praça central - praça Nossa Senhora da Conceição, a Cachoeira do Inferno (situada a 6 km do distrito de Barreira), a Praça de Esportes, o Pesqueiro Farias, o Estádio José Brígido da Silva, o Barragem do Maracujá, o rio Poço Grande, a Ilha do Amor (situado em Pedra Alta) e o rio Itapicuru.
Geografia
O município é subdividido em seis distritos (incluindo o distrito-sede) e povoados
A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 1.496,245 km².
Situa-se a 38º58'00” de latitude S e 11º20'00” de longitude W e está localizada a 272 m de altitude. Está a uma distância aproximada de 218 quilômetros da capital baiana, por terra e aproximadamente 185 quilômetros em linha reta.
Hidrografia
Em Araci encontram-se diversos corpos d'água, dentre os quais (em se tratando, especialmente, de rios, riachos e córrego) a maioria forma a linha de divisão territorial entre o município de Araci e municípios limítrofes, sendo estes: Açude de Várzea da Pedra; Barragem do Maracujá; Barragem do Poço Grande; Barragem da Serra Branca; Córrego Jequitaia; Cachoeira do Inferno; Represa do Mamédio; Riacho do Areal; Riacho Bom Sucesso; Riacho Cágado; Riacho Cipó; Riacho do Saco; Riacho da Caatinguinha; Riacho da Serra Branca; Riacho Tamburil; Riacho Várzea da Pedra; Rio Barreiro; Rio Cariacá; Rio da Prata; Rio do Peixe; Rio Quererá; Rio Quijingue; Rio Itapicuru; Rio Pau-a-pique e Rio Poço Grande.
Clima
O clima do município é tropical, classificado como Aw segundo a classificação de Köppen-Geiger. A temperatura média anual é 23.7 °C e a pluviosidade média anual, 659 mm.
As chuvas regionais, em determinadas épocas, apresentam características de chuvas torrenciais, de tempestade e de trovoada, como pode ser percebido na foto a esquerda.
Meio ambiente e biodiversidade
O município está situado numa região que recebe características variadas, quanto ao tipo de vegetação. Localizado na faixa da sub-região 3 (agreste) mas que pode-se ver, também, pontos de familiaridade com o sertão (sub-região 2). Tendo na Caatinga sua maior referência biológica, tanto para a caatinga arbustiva quanto para a caatingas arbórea.
Ademais, ver-se também, em muitos pontos, as características da capoeira. Para este último caso explica-se pelo entendimento de que a vegetação principal sofreu desgastes provocados pelo desmatamento (situação extremamente corriqueira), mudando severamente a paisagens dando lugar a um sub-bioma rasteiro e com poucos arbustos e árvores.
Ainda por volta da década de 1970, a grande zona rural araciense apresentava um sistema ecológico fechado, sem grandes interferências humanas. Atualmente, mesmo sendo possível encontrar ainda pontos preservados, a grande parte da vegetação natural foi devastada para dar lugar a plantações de feijão, milho, mandioca, entre outros cultivos, assim como para formar pastos para criação de gados, especialmente os da raça bovina. A fauna local sofreu baixas de difícil reparação, não apenas pela eliminação dos meios de sobrevida mais principalmente pela caça. Animais até então comuns de avistamento, tais como: lobo-guarás, raposas, cachorro-do-mato, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, diversas especies de roedores como os preá e cotia, assim como de primatas e tantas outras de aves como emas e pássaros como papagaios, que hoje já não é possível avista-los ou então os veem com grande raridade. Alguns animais foram praticamente ou totalmente extintos, na região, sem causa justificável, como é o caso dos lobo-guarás, raposas e cachorro do mato. Caçados apenas por terem hábitos de abater galinhas e outros pequenos animais de criação.
Para regulamentar práticas ambientais e para defesa do aspecto ecológico municipal o Governo promulgou a Lei n° 178, em 20 de novembro de 2014 que, dentre muitos artigos pertinentes e abordagens de preservação, definiu, em seu artigo 14, os aspectos de áreas que devem ser consideradas de preservação permanente, que dentre muitos pontos, decreta em seu inciso II a preservação obrigatório dos remanescentes da caatinga, inclusive as capoeiras.
Apesar de leis específicas e de boa clareza jurídica sobre a questão da preservação no âmbito ambiental, da flora e da fauna, a falta de fiscalização, ou fiscalização deficiente, viabiliza e torna possíveis os crimes ambientais e ver-se o desrespeito a legislação, por meio do dascaatingamento progressivo, da derrubada de árvores e caça de animais silvestres e selvagens, pela falta de agentes de policia ou guarda ambiental.
O município, especialmente na zona rural, disponibiliza áreas naturais de grandes belezas, fazendo necessário a proteção, por meio de leis, com fiscalização, mas também com políticas públicas de educação e conscientização. Um exemplo forte do poder da conscientização se pode ver no exemplo num filho de lá: Gildásio Oliveira, que trocou espingarda por maquina fotográfica, a caça por registros deslumbrantes da beleza do sertão e da caatinga araciense, revelando além da possibilidade de mudança de atitude, uma beleza regional natural que, quem não é de lá, imagina-se que não existe.
Fauna
Inseridos no meio ambiente, apesar da devastação, ainda é possível encontrar muitas espécies de animais como o sagui, tatus, lagartos como o teiú, iguanas, jiboia e aves de rapinas como o carcará, a acauã, gaviões, urubu-de-cabeça-amarela, diversas espécies de pombas, como a asa branca, fogo-apagou, rolinha-roxa, entre muitas outras.
Flora
Com relação a flora ver-se comumente, mesmo nos locais devastados os umbuzeiros, licurizeiros (ambas quase sagradas, sobre as quais existem uma cultura de forte preservação). Mas ainda se ver por lá especies de árvores de grande porte, como os juazeiros (Ziziphus juazeiro), a caraíba (Cordia boisseri), Baraúna (Schinopsis brasiliensis), oiti (Licania tomentosa), entre outras.
Frutos típicos
O município dispõe, em sua flora natural, de uma rica variedade de árvores, arbustos e plantas produtores de frutos comestíveis, mas que para os quais não existem um modelo de exploração sustentável, para o aproveitamento alimentício, comercial e cultural sem que com isto não ocorra o desgaste e o risco de extinção local. Destacam-se: Araticunzeiro; Araça-da-caatinga; Umbuzeiro (Spondias tuberosa); Licurizeiro (Syagrus coronata); Pindobeira; Serroteiro; Bêbada (Stenocalyx dysentericus); Pirizeiro; Incozeiro (Capparis yco); Quixabeira (Sideroxylon obtusifolium); Solanum (Solanum capsicoides); Juazeiro Ziziphus joazeiro; Xique-xique (Pilosocereus polygonus); Mandacaru (Cereus jamacaru); Facheiro (Pilosocereus pachycladus); Pitombeira; Maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata) e Maracujá-de-póque
Fato interessante
Existe na cidade, já num trecho que divide a zona rural e urbana, numa BR antiga, que liga a Sede a vários povoados e distritos aracienses, uma árvore da espécie Schinopsis brasiliensis (popularmente conhecida como Baraúna ou simplesmente Braúna), famosa e que sobre a qual conta-se muitas histórias e lendas. Fica ao norte da cidade. Segundo contam os mais vividos, a árvore existe a aproximadamente 200 anos. Quando o Fundador da cidade, José Ferreira de Carvalho, junto com o seu genro, José Thomé Ferreira, em contrato firmado com o Governo da Província da Bahia, no início da segunda metade do século XIX, iniciaram a construção de uma estrada que ia de Monte Santo (Bahia) até Alagoinhas, esta árvore já existia, embora tenra, porém, mesmo a pesar disto, lhes pareceram interessante deixa-la ali, durante o processo de construção da citada estrada, onde até hoje ainda está. É interessante notar que esta árvore fica ilhada num pequeno canteiro natural no meio da estrada. E tonou-se um patrimônio cultural e ambiental da cidade de Araci, querida de quem envolveu-se de alguma forma na história de sua existência. Hoje existe interesse popular para que o legislativo promulgue lei especifica que a proteja, oficializando-a como um bem natural e cultural.
Educação
O município dispõe de 200 estabelecimentos educacionais divididos entre o pré-escolar, ensino fundamental, médio e superior, assim distribuídos.
Araci dispõe de um polo universitário da Universidade Estácio de Sá.
Cultura
Araci tem como cultura principal a Festa de Reis que acontece nos seis primeiros dias do ano, tendo referência os reis magos. Essa cultura perpetua por vários anos e tem como coadjuvante o Bumba-meu-boi que diverte a juventude durante a passagem do reisado nas casas.
Araci também conta com grupos de capoeira que tem forte influência na Cidade, esses grupos se reúnem todos os anos no município e conta com a presença de mestres, contra mestres, professores e alunos de Araci e até de outros países.
A cidade dispõe de um Centro Cultural, fundado, pelo professor araciense Anatólio Oliveira, em 1984, com grande acervo de peças em exposição que remente a cultura histórica regional. Adjunto ao museu encontra se Biblioteca e Escola de Informática e Cidadania. A sua biblioteca possui um acervo de oito mil títulos, bastante diversificado e com algumas obras raras.
Esporte
A cidade conta com um estádio de futebol, Estádio José Brígido da Silva e um ginásio poliesportivo, o ginásio Rei Pelé, onde acontecem eventos esportivos, alguns de destaque, como é o caso do campeonato baiano de Jiu-Jitsu que ocorreu lá em 2015. Tem também uma praça de esportes, a Praça de Esportes Maria Pinho, que conta de diversas quadras para variadas modalidades de esportes.
O esporte mais popular na cidade, seguindo a preferência nacional, é o futebol, todos os anos é organizado o torneio araciense, com participação dos times pré-classificados de todo município. No ano de 2017 foram 10 times classificados, 5 times da sede e demais 5 oriundos da zona rural, distritos e povoados.
Outra modalidade de esporte que ocorre há alguns anos e que vem se tornando popular na cidade é a maratona araciense, conhecida como Maratona Rústica, com apoio da administração pública e que tem participação de jovens e adultos, masculina e feminina, que disputam cada um na sua modalidade.
Artes Marciais
Uma das expressões mais forte na área esportiva do município de Araci diz respeito ao Karatê. No ano de 2018 caratecas aracienses participaram de campeonato internacional na modalidade. no qual estiveram presentes esportistas de diversos estados do Brasil, assim como atletas de outros países, como o México e a Argentina. Os atletas da cidade findaram o campeonato com 5 medalhas de ouro.
Eventos e festividades
- 6 de janeiro: Festa de Reis.
- 19 e 20 de janeiro: Festa do Padroeiro São Sebastião no distrito de João Vieira.
- 2 de fevereiro: Festa da Padroeira Senhora Santana no distrito de Ribeira.
- 7 de abril: Comemoração da emancipação política com desfile e festa.
- 13 de maio: Tradicional Festa dos Negros no Mercado da Farinha, originada pelo Sanfoneiro Tinteiro onde se comemora a Abolição da escravatura.
- 31 de maio: Festa do Padroeiro de Pedra Alta (Distrito de Araci).
- 13 de julho: Tradicional Festa de Santo Antônio do Rufino.
- 24 de junho Comemoração do São João com bandas locais e da região; normalmente são três ou quatro dias de festa na sede e nos povoados.
- 29 de junho: Festa Tradicional de São Pedro no distrito de Tapuio.
- 7 de setembro: Comemoração da Independência do Brasil com desfile da Fanfarra e escolas na sede e zona rural de Araci.
- 8 de dezembro: Festejo da Padroeira Nossa Senhora da Conceição; Missa na igreja matriz.
- FESBAF Segundo domingo de novembro: Festival de Bandas e Fanfarras de Araci (BAMUARA).
Feriados
Araci tem instituído seis feriados municipais. Dentre os seis, três são de atenção religiosa: dia da cultura evangélica, dia de São João e festa da padroeira da cidade, conforme calendário de datas seguinte:
- No 7 de abril, feriado para comemoração da Emancipação Política do Município, instituído por força de Lei Orgânica, redação dada pela Emenda nº 001, de 8 de março de 2005, em seu art. 1º, §2º.
- Dia da Cultura Evangélica instituído pela Lei Municipal n° 182, de 28 de novembro de 2014, que define o segundo sábado do mês de março de cada ano para cumprimento deste dia.
- 8 de março, Dia Internacional da Mulher instituído pela Lei Municipal nº 112, de 8 de março de 2013.
- 24 de junho, Festa Religiosa de São João, por força da Lei Municipal nº 159, de 23 de junho de 2014.
- 28 de outubro, Dia do Servidor Público Municipal, instituído pela Lei Municipal nº 02, de 19 de janeiro de 2001.
- 8 de dezembro, Festa da Padroeira do Município de Araci, declaração dada no art. 1º, §3º, Lei Orgânica, redação dada pela Emenda nº 001, de 8 de março de 2005.
Referência para o texto: Wikipédia .
Com uma população de 48.035 habitantes segundo o Censo 2022, do IBGE, é o quadragésimo sexto município mais populoso do Estado da Bahia.
É um dos poucos municípios baianos que não sofreu desmembramento de seu território para originar novos municípios.
A sede fica a aproximadamente 210 quilômetros de Salvador. Sua área territorial é de 1 496,245 km².
Toponímia
O nome Araci foi retirado do livro "Ubirajara", do escritor José de Alencar, e significa, em tupi, "mãe do dia" ou "aurora". O significado do topônimo inspirou o compositor Ramos Feirense na composição do hino oficial da cidade, nos trechos em que traz os dizeres:
"Araci sol fecundo a brilhar,/Mesmo que haja da noite o negror,/ [...] Ilumina com luz aguerrida,/ Já que és sol na linguagem Tupi [...]"
O nome Araci também deu inspiração ao escritor e poeta soteropolitano Antônio Fernando Peltier, ao escrever diversos poemas sobra a cidade, como o seguinte:
"Araci/Nome de índia/Que significa Aurora,/Cada dia que nasce/Um porvir se enamora/Pelo brilho, que em si faz,/Consolidando tua história..."
História
A região hoje denominada Território do Sisal, na qual Araci está inserida, originalmente era denominada Sertão dos Tocós ou do Pindá e era habitada por indígenas cariris, tapuias, tocós e beritingas.
O povoamento da área de Araci se iniciou no século XVII, por meio da pecuária, atrelada aos latifúndios da Casa da Ponte e da Casa da Torre. A região se tornou um ponto de parada para boiadas que se dirigiam para Jacobina e para o Piauí.
Em 1812, o Capitão José Ferreira de Carvalho (1783-1866) adquiriu da Casa da Ponte, por meio do procurador Paulo Rabelo, 20 léguas quadradas de terras, ali criando sua propriedade rural, denominada Fazenda Raso. No final da década de 1850, quando já existia um pequeno povoado com algumas poucas casas denominado Raso (atual sede de Araci) na fazenda de mesmo nome, o capitão José, seus filhos e escravos, com a ajuda de um mestre de obras de Simão Dias (SE), ergueram nessa povoação uma capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição, a qual foi concluída em 8 de dezembro de 1859. Ao redor desse templo, mais casas foram sendo construídas.
A Lei Provincial n.º 1.720, de 12 de abril de 1877, criou a freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Raso, sediada no povoado do Raso e subordinada à vila de Tucano. Foi primeiro vigário da freguesia o Padre Urbano Cecílio Martins, neto do fundador José Ferreira de Carvalho.
Já bastante desenvolvida e autônoma em suas atividades econômicas, políticas e sociais, a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Raso foi elevada à condição de vila, com o nome de Raso, desmembrando-se de Tucano, por meio de ato estadual de 13 de dezembro de 1890, sendo instalada em 4 de fevereiro do ano seguinte. Foi seu primeiro intendente o padre italiano Júlio Fiorentini, na época o vigário da freguesia. Em 1893, Antônio Ferreira da Mota foi o primeiro intendente eleito da vila do Raso.
Em 21 de setembro de 1904, a Lei Estadual nº 575 alterou o nome da vila do Raso para Araci.
Como uma consequência da nova configuração política e estadual após a Revolução de 1930, o decreto estadual nº 7.479, de 7 de julho de 1931, retirou a autonomia de Araci, que passou à categoria de distrito e subprefeitura de Serrinha. Isso degradou bastante à população araciense, o que se deve, entre outros fatores, ao menosprezo por parte das autoridades serrinhenses, como ficou evidenciado na pouca assistência por parte do município de Serrinha a Araci durante a grave seca de 1932.
O sisal foi introduzido no Território do Sisal primeiro em Santaluz por volta de 1910, mas o cultivo dessa planta só começou a ganhar grande destaque econômico nessa região na década de 1930, devido à demanda, incentivos do governo estadual e adaptação da planta às condições geográficas dessa área. O cultivo de sisal se tornou uma das principais fontes de renda de Araci.
Após anos de muita luta dos aracienses, a Lei Estadual n° 863, de 14 de novembro de 1956, restaura a autonomia de Araci, que se desmembra de Serrinha. O município restaurado foi reinstalado em 7 de abril de 1959, com a posse do primeiro prefeito após a segunda emancipação, Erasmo de Oliveira Carvalho.
Na década de 1970, o ciclo do sisal entrou em decadência em Araci e no Território do Sisal, devido à introdução de produtos substitutos de origem sintética, grande queda nos preços, concorrência com países africanos e o fechamento de indústrias na Europa que utilizavam a planta como matéria-prima. Apesar disso, o Território do Sisal se mantém como a principal região produtora dessa planta no Brasil.
Em 2017, o Monsenhor Ionilton Lisboa, natural de Araci, foi nomeado bispo da Prelazia de Itacoatiara pelo Papa Francisco.
São datas históricas na cidade de Araci, as seguintes.
- 1812 - Fundação da Fazenda Raso pelo Capitão José Ferreira de Carvalho, que viria a se tornar Araci;
- 1859 - 8 de dezembro, Proclamação de Nossa Senhora da Conceição como padroeira de Araci;
- 1861 - Foi elevado a condição de Distrito anexado a Tucano;
- 1866 - Morreu o fundador de Araci José Ferreira de Carvalho, aos 83 anos de idade;
- 1877 - 12 de abril, elevação a categoria de freguesia, sendo o Padre Alexandre o 1º pároco;
- 1890 - 13 de dezembro - Emancipação Política da Vila do Raso, sendo desmembrado de Tucano;
- 1904 - Alteração no topônimo: de Vila do Raso para Araci;
- 1931 - Araci perde o status de Município e é anexado a Serrinha;
- 1932 - Araci sofre com uma das maiores secas da história;
- 1959 - Araci é reemancipada, recebendo assim de volta e definitivamente o status de município;
- 1966 - Inauguração do CEMOB;
- 1977 - Inauguração do Estádio Municipal José Brígido da Silva;
- 2016 - Antonio Carvalho da Silva Neto é o 1° prefeito a ser reeleito no Município de Araci;
- 2017 - Padre Araciense, Monsenhor Ionilton Lisboa SDV é nomeado Bispo pelo Papa Francisco.
Economia
As receitas municipais proveem consideravelmente do setor agrícola, da pecuária, avicultura e da indústria.
Na agricultura destaca-se a larga produção de mandioca. Na pecuária os maiores rebanhos são de bovinos, suínos, caprinos e ovinos. Na avicultura destaca-se a produção de galináceos. No setor de bens minerais é produtor de ouro.
Araci foi um dos dois municípios brasileiros que serviram de alavanca para a exploração de ouro pela empresa Vale do Rio Doce. Em 1978 e com alcance de sucesso revelados na década de 1980. Fato que a empresa matem em seu registro histórico.
Aspectos Socioeconômicos
O município desenvolveu também um forte comércio popular, feiras livres, nos dias de quintas e segundas-feiras, com destaque para a feira de segunda que se alastra por quase toda região central da cidade, em alguns pontos estendendo-se por ruas mais afastadas. Podendo ser encontrados nestas feiras de, conveniências até aparelhos domésticos, roupas, tecido em geral, calçados, artesanatos, hortaliças, legumes e demais gamas de produtos agrícolas produzidos na região, ainda animais domésticos e de carga para venda livre e até uma feira popularmente chamada de feira do rolo, atraindo gente de cidades vizinhas e de regiões mais distantes.
Turismo
Inaugurado em Janeiro de 2011, a primeira parte do complexo turístico do Poço Grande, um grande balneário de água salobra, com quiosques que servem peixes do próprio poço grande, o complexo turístico trouxe para os pescadores um nova perspectiva de vida e financeiro, trouxe alegria para os habitantes do município, como também turistas de várias partes da Bahia e do Brasil para conhecer o paraíso das águas.
Também estão entre seus pontos turísticos: o mirante do Bomfim, a praça central - praça Nossa Senhora da Conceição, a Cachoeira do Inferno (situada a 6 km do distrito de Barreira), a Praça de Esportes, o Pesqueiro Farias, o Estádio José Brígido da Silva, o Barragem do Maracujá, o rio Poço Grande, a Ilha do Amor (situado em Pedra Alta) e o rio Itapicuru.
Geografia
O município é subdividido em seis distritos (incluindo o distrito-sede) e povoados
A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 1.496,245 km².
Situa-se a 38º58'00” de latitude S e 11º20'00” de longitude W e está localizada a 272 m de altitude. Está a uma distância aproximada de 218 quilômetros da capital baiana, por terra e aproximadamente 185 quilômetros em linha reta.
Hidrografia
Em Araci encontram-se diversos corpos d'água, dentre os quais (em se tratando, especialmente, de rios, riachos e córrego) a maioria forma a linha de divisão territorial entre o município de Araci e municípios limítrofes, sendo estes: Açude de Várzea da Pedra; Barragem do Maracujá; Barragem do Poço Grande; Barragem da Serra Branca; Córrego Jequitaia; Cachoeira do Inferno; Represa do Mamédio; Riacho do Areal; Riacho Bom Sucesso; Riacho Cágado; Riacho Cipó; Riacho do Saco; Riacho da Caatinguinha; Riacho da Serra Branca; Riacho Tamburil; Riacho Várzea da Pedra; Rio Barreiro; Rio Cariacá; Rio da Prata; Rio do Peixe; Rio Quererá; Rio Quijingue; Rio Itapicuru; Rio Pau-a-pique e Rio Poço Grande.
Clima
O clima do município é tropical, classificado como Aw segundo a classificação de Köppen-Geiger. A temperatura média anual é 23.7 °C e a pluviosidade média anual, 659 mm.
As chuvas regionais, em determinadas épocas, apresentam características de chuvas torrenciais, de tempestade e de trovoada, como pode ser percebido na foto a esquerda.
Meio ambiente e biodiversidade
O município está situado numa região que recebe características variadas, quanto ao tipo de vegetação. Localizado na faixa da sub-região 3 (agreste) mas que pode-se ver, também, pontos de familiaridade com o sertão (sub-região 2). Tendo na Caatinga sua maior referência biológica, tanto para a caatinga arbustiva quanto para a caatingas arbórea.
Ademais, ver-se também, em muitos pontos, as características da capoeira. Para este último caso explica-se pelo entendimento de que a vegetação principal sofreu desgastes provocados pelo desmatamento (situação extremamente corriqueira), mudando severamente a paisagens dando lugar a um sub-bioma rasteiro e com poucos arbustos e árvores.
Ainda por volta da década de 1970, a grande zona rural araciense apresentava um sistema ecológico fechado, sem grandes interferências humanas. Atualmente, mesmo sendo possível encontrar ainda pontos preservados, a grande parte da vegetação natural foi devastada para dar lugar a plantações de feijão, milho, mandioca, entre outros cultivos, assim como para formar pastos para criação de gados, especialmente os da raça bovina. A fauna local sofreu baixas de difícil reparação, não apenas pela eliminação dos meios de sobrevida mais principalmente pela caça. Animais até então comuns de avistamento, tais como: lobo-guarás, raposas, cachorro-do-mato, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, diversas especies de roedores como os preá e cotia, assim como de primatas e tantas outras de aves como emas e pássaros como papagaios, que hoje já não é possível avista-los ou então os veem com grande raridade. Alguns animais foram praticamente ou totalmente extintos, na região, sem causa justificável, como é o caso dos lobo-guarás, raposas e cachorro do mato. Caçados apenas por terem hábitos de abater galinhas e outros pequenos animais de criação.
Para regulamentar práticas ambientais e para defesa do aspecto ecológico municipal o Governo promulgou a Lei n° 178, em 20 de novembro de 2014 que, dentre muitos artigos pertinentes e abordagens de preservação, definiu, em seu artigo 14, os aspectos de áreas que devem ser consideradas de preservação permanente, que dentre muitos pontos, decreta em seu inciso II a preservação obrigatório dos remanescentes da caatinga, inclusive as capoeiras.
Apesar de leis específicas e de boa clareza jurídica sobre a questão da preservação no âmbito ambiental, da flora e da fauna, a falta de fiscalização, ou fiscalização deficiente, viabiliza e torna possíveis os crimes ambientais e ver-se o desrespeito a legislação, por meio do dascaatingamento progressivo, da derrubada de árvores e caça de animais silvestres e selvagens, pela falta de agentes de policia ou guarda ambiental.
O município, especialmente na zona rural, disponibiliza áreas naturais de grandes belezas, fazendo necessário a proteção, por meio de leis, com fiscalização, mas também com políticas públicas de educação e conscientização. Um exemplo forte do poder da conscientização se pode ver no exemplo num filho de lá: Gildásio Oliveira, que trocou espingarda por maquina fotográfica, a caça por registros deslumbrantes da beleza do sertão e da caatinga araciense, revelando além da possibilidade de mudança de atitude, uma beleza regional natural que, quem não é de lá, imagina-se que não existe.
Fauna
Inseridos no meio ambiente, apesar da devastação, ainda é possível encontrar muitas espécies de animais como o sagui, tatus, lagartos como o teiú, iguanas, jiboia e aves de rapinas como o carcará, a acauã, gaviões, urubu-de-cabeça-amarela, diversas espécies de pombas, como a asa branca, fogo-apagou, rolinha-roxa, entre muitas outras.
Flora
Com relação a flora ver-se comumente, mesmo nos locais devastados os umbuzeiros, licurizeiros (ambas quase sagradas, sobre as quais existem uma cultura de forte preservação). Mas ainda se ver por lá especies de árvores de grande porte, como os juazeiros (Ziziphus juazeiro), a caraíba (Cordia boisseri), Baraúna (Schinopsis brasiliensis), oiti (Licania tomentosa), entre outras.
Frutos típicos
O município dispõe, em sua flora natural, de uma rica variedade de árvores, arbustos e plantas produtores de frutos comestíveis, mas que para os quais não existem um modelo de exploração sustentável, para o aproveitamento alimentício, comercial e cultural sem que com isto não ocorra o desgaste e o risco de extinção local. Destacam-se: Araticunzeiro; Araça-da-caatinga; Umbuzeiro (Spondias tuberosa); Licurizeiro (Syagrus coronata); Pindobeira; Serroteiro; Bêbada (Stenocalyx dysentericus); Pirizeiro; Incozeiro (Capparis yco); Quixabeira (Sideroxylon obtusifolium); Solanum (Solanum capsicoides); Juazeiro Ziziphus joazeiro; Xique-xique (Pilosocereus polygonus); Mandacaru (Cereus jamacaru); Facheiro (Pilosocereus pachycladus); Pitombeira; Maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata) e Maracujá-de-póque
Fato interessante
Existe na cidade, já num trecho que divide a zona rural e urbana, numa BR antiga, que liga a Sede a vários povoados e distritos aracienses, uma árvore da espécie Schinopsis brasiliensis (popularmente conhecida como Baraúna ou simplesmente Braúna), famosa e que sobre a qual conta-se muitas histórias e lendas. Fica ao norte da cidade. Segundo contam os mais vividos, a árvore existe a aproximadamente 200 anos. Quando o Fundador da cidade, José Ferreira de Carvalho, junto com o seu genro, José Thomé Ferreira, em contrato firmado com o Governo da Província da Bahia, no início da segunda metade do século XIX, iniciaram a construção de uma estrada que ia de Monte Santo (Bahia) até Alagoinhas, esta árvore já existia, embora tenra, porém, mesmo a pesar disto, lhes pareceram interessante deixa-la ali, durante o processo de construção da citada estrada, onde até hoje ainda está. É interessante notar que esta árvore fica ilhada num pequeno canteiro natural no meio da estrada. E tonou-se um patrimônio cultural e ambiental da cidade de Araci, querida de quem envolveu-se de alguma forma na história de sua existência. Hoje existe interesse popular para que o legislativo promulgue lei especifica que a proteja, oficializando-a como um bem natural e cultural.
Educação
O município dispõe de 200 estabelecimentos educacionais divididos entre o pré-escolar, ensino fundamental, médio e superior, assim distribuídos.
Araci dispõe de um polo universitário da Universidade Estácio de Sá.
Cultura
Araci tem como cultura principal a Festa de Reis que acontece nos seis primeiros dias do ano, tendo referência os reis magos. Essa cultura perpetua por vários anos e tem como coadjuvante o Bumba-meu-boi que diverte a juventude durante a passagem do reisado nas casas.
Araci também conta com grupos de capoeira que tem forte influência na Cidade, esses grupos se reúnem todos os anos no município e conta com a presença de mestres, contra mestres, professores e alunos de Araci e até de outros países.
A cidade dispõe de um Centro Cultural, fundado, pelo professor araciense Anatólio Oliveira, em 1984, com grande acervo de peças em exposição que remente a cultura histórica regional. Adjunto ao museu encontra se Biblioteca e Escola de Informática e Cidadania. A sua biblioteca possui um acervo de oito mil títulos, bastante diversificado e com algumas obras raras.
Esporte
A cidade conta com um estádio de futebol, Estádio José Brígido da Silva e um ginásio poliesportivo, o ginásio Rei Pelé, onde acontecem eventos esportivos, alguns de destaque, como é o caso do campeonato baiano de Jiu-Jitsu que ocorreu lá em 2015. Tem também uma praça de esportes, a Praça de Esportes Maria Pinho, que conta de diversas quadras para variadas modalidades de esportes.
O esporte mais popular na cidade, seguindo a preferência nacional, é o futebol, todos os anos é organizado o torneio araciense, com participação dos times pré-classificados de todo município. No ano de 2017 foram 10 times classificados, 5 times da sede e demais 5 oriundos da zona rural, distritos e povoados.
Outra modalidade de esporte que ocorre há alguns anos e que vem se tornando popular na cidade é a maratona araciense, conhecida como Maratona Rústica, com apoio da administração pública e que tem participação de jovens e adultos, masculina e feminina, que disputam cada um na sua modalidade.
Artes Marciais
Uma das expressões mais forte na área esportiva do município de Araci diz respeito ao Karatê. No ano de 2018 caratecas aracienses participaram de campeonato internacional na modalidade. no qual estiveram presentes esportistas de diversos estados do Brasil, assim como atletas de outros países, como o México e a Argentina. Os atletas da cidade findaram o campeonato com 5 medalhas de ouro.
Eventos e festividades
- 6 de janeiro: Festa de Reis.
- 19 e 20 de janeiro: Festa do Padroeiro São Sebastião no distrito de João Vieira.
- 2 de fevereiro: Festa da Padroeira Senhora Santana no distrito de Ribeira.
- 7 de abril: Comemoração da emancipação política com desfile e festa.
- 13 de maio: Tradicional Festa dos Negros no Mercado da Farinha, originada pelo Sanfoneiro Tinteiro onde se comemora a Abolição da escravatura.
- 31 de maio: Festa do Padroeiro de Pedra Alta (Distrito de Araci).
- 13 de julho: Tradicional Festa de Santo Antônio do Rufino.
- 24 de junho Comemoração do São João com bandas locais e da região; normalmente são três ou quatro dias de festa na sede e nos povoados.
- 29 de junho: Festa Tradicional de São Pedro no distrito de Tapuio.
- 7 de setembro: Comemoração da Independência do Brasil com desfile da Fanfarra e escolas na sede e zona rural de Araci.
- 8 de dezembro: Festejo da Padroeira Nossa Senhora da Conceição; Missa na igreja matriz.
- FESBAF Segundo domingo de novembro: Festival de Bandas e Fanfarras de Araci (BAMUARA).
Feriados
Araci tem instituído seis feriados municipais. Dentre os seis, três são de atenção religiosa: dia da cultura evangélica, dia de São João e festa da padroeira da cidade, conforme calendário de datas seguinte:
- No 7 de abril, feriado para comemoração da Emancipação Política do Município, instituído por força de Lei Orgânica, redação dada pela Emenda nº 001, de 8 de março de 2005, em seu art. 1º, §2º.
- Dia da Cultura Evangélica instituído pela Lei Municipal n° 182, de 28 de novembro de 2014, que define o segundo sábado do mês de março de cada ano para cumprimento deste dia.
- 8 de março, Dia Internacional da Mulher instituído pela Lei Municipal nº 112, de 8 de março de 2013.
- 24 de junho, Festa Religiosa de São João, por força da Lei Municipal nº 159, de 23 de junho de 2014.
- 28 de outubro, Dia do Servidor Público Municipal, instituído pela Lei Municipal nº 02, de 19 de janeiro de 2001.
- 8 de dezembro, Festa da Padroeira do Município de Araci, declaração dada no art. 1º, §3º, Lei Orgânica, redação dada pela Emenda nº 001, de 8 de março de 2005.
Referência para o texto: Wikipédia .