segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

CAPÃO DA CANOA - RIO GRANDE DO SUL

Capão da Canoa é um município brasileiro localizado no litoral norte do estado do Rio Grande do Sul. Conforme o Censo 2022 do IBGE, sua população é de 63.594 habitantes.
Topônimo
"Capão" é uma palavra de origem tupi. Possui duas etimologias possíveis: 1 - "mato redondo", através da junção dos termos ka'a (mata) e pu'ã (redondo); 2 - "intervalo de mata", através da junção dos termos ka'a (mata) e pa'um (intervalo).
História
Até a chegada dos europeus, no século XVI, o litoral norte do Rio Grande do Sul era território tradicional dos índios carijós, minuanos e arachanes. Com a escravização e as doenças trazidas pelos europeus, o número de índios reduziu-se bastante na região.
Em 1752, casais de açorianos chegaram ao Rio Grande do Sul, desembarcando no Porto de Dorneles. O município de Capão da Canoa, que hoje faz parte da região do litoral do estado, tem como origem a Sesmaria das Conchas, que pertencia a Inácio José Araújo de Quadros, por volta de 1800.
No início, era formado por grandes dunas, banhados, mar cristalino, esteiras, matos e capões, ficando a leste o mar e a oeste as lagoas e rios. Na verdade, o nome Capão da Canoa já existia no interior de uma fazenda de propriedade da família Nunes, na extensão da praia de Xangri-Lá (hoje município de Xangri-Lá), com fundos para a Lagoa das Malvas, pois essa família era quem dava apoio aos visitantes que passavam ou vinham veranear. Com o tempo, esse lugar passou a ser conhecido como Capão da Canoa, fazendo com que o velho nome Arroio da Pescaria desaparecesse. No início, junto a um pequeno povoado surgiu um armazém de secos e molhados; depois, um hotelzinho de madeira com dois quartos.
Capão da Canoa floresceu por volta de 1900 com o nome de Arroio da Pescaria, época em que os primeiros ranchos começaram a agrupar-se à beira-mar. O nome originou-se de um pequeno córrego localizado próximo ao mar. O local abrigava, além de pescadores, também alguns aventureiros. Por vezes, o local era visitado por tropeiros, fazendeiros e viajantes.
Mais tarde, por volta de 1920, começaram a chegar os primeiros veranistas oriundos da Serra Gaúcha e também de Porto Alegre. Os maiores frequentadores eram os descendentes das colônias alemãs e italianas. Por volta de 1940, a colônia israelita também começou a fazer-se presente em bom número. O nome de Arroio da Pescaria só começou a desaparecer na década de 1940, período em que teria surgido a denominação Capão da Canoa, segundo alguns pesquisadores da história do município.
Pelo Ato 73, de 1° de fevereiro de 1933, Cornélios surgiu como Sexto Distrito de Osório, no qual se incluía também a Vila de Capão da Canoa. Em 1952, o Sexto Distrito de Osório, Cornélios, foi transferido para Capão da Canoa. A emancipação do município caponense veio 30 anos depois, pela Lei 7.638, de 12 de abril de 1982. A posse do primeiro prefeito foi em 31 de janeiro de 1983. Inicialmente, o município contava com 23 balneários, possuindo 30 quilômetros de orla marítima.
Geografia
Localiza-se na latitude 29º44'44" sul e na longitude 50º00'35" oeste, elevando-se à altitude de 4,80 m acima do nível do mar (MANM). Segundo estimativas do IBGE, o município de Capão da Canoa conta com a maior população do litoral norte gaúcho.
Clima
Em Capão da Canoa, o verão é morno e abafado; o inverno é curto e ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 12 °C a 28 °C e raramente é inferior a 8 °C ou superior a 31 °C.
Baseado no índice de turismo, as melhores épocas do ano para visitar Capão da Canoa e realizar atividades de clima quente são do início de março ao meio de maio e do início de outubro ao fim de dezembro.
A estação morna permanece por 3,9 meses, de 1 de dezembro a 29 de março, com temperatura máxima média diária acima de 26 °C. O mês mais quente do ano em Capão da Canoa é fevereiro, com a máxima de 27 °C e mínima de 22 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,9 meses, de 28 de maio a 26 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 20 °C. O mês mais frio do ano em Capão da Canoa é julho, com a mínima de 12 °C e máxima de 18 °C, em média.
Turismo
Atualmente o município possui 11 balneários, com 19,1 km de extensão norte-sul, divididos em quatro distritos, limitando-se a leste com o oceano Atlântico, o sul com o município de Xangri-lá, o norte com o município de Terra de Areia, e a oeste com os municípios de Maquiné e Terra de Areia.
Capão da Canoa destaca-se pela qualidade de vida, tanto no aspecto da saúde, proporcionada pelos recursos naturais, clima e vegetação, quanto pela facilidade de acesso às grandes cidades e região metropolitana. Destaca-se também por ter uma das praias mais tradicionais e cosmopolitas no litoral do Rio Grande do Sul, servindo de palco para o encontro de turistas gaúchos, argentinos e uruguaios, no intuito de curtir um lugar ao sol em suas vastas extensões de areia.
Em suas praias existem áreas apropriadas para o surfe, a pesca e para o banho. Por ter um belo visual, principalmente ao amanhecer e ao anoitecer, atrai surfistas no inverno e verão, sendo também excelente local para bronzear-se ao sol, fazer longas caminhadas e corridas à beira-mar. Em relação à pesca, a prática é diária, pois há muitos pescadores entre seus moradores.
Para quem pretende praticar esportes, existem quadras de vôlei, futebol e basquete, todas à beira-mar e algumas na Avenida Flávio Boianovsky, praça que contém a Praça do Raul, com vários brinquedos e campo de futebol, e dois campos para a prática do voleibol, conservando, contudo, uma parte da Praça exclusiva para lazer, encontrar amigos e conhecidos, tomar chimarrão e jogar bocha. Outra opção de lazer, é fazer um voo panorâmico pela praia. Existem vários aviões de pequeno porte no aeroporto, de plantão para esses voos, a custo acessível.
Comércio e serviços
Capão da Canoa possui, atualmente, ampla rede gastronômica, com restaurantes, pizzarias e churrascarias. Em termos de lazer, existem alguns centros comerciais, como o Shopping Lynemar, o Capão da Canoa Shopping e o Shopping das Águas, que permanecem abertos o ano inteiro, e outros estabelecimentos que costumam funcionar somente no verão. Há também boliche, casas noturnas, diversas praças (Praça do Farol, Praça Capão da Criança, Praça do Raul), parques de diversões aquáticas, peças de teatro, Casa de Cultura Érico Verissímo, entre outros locais de encontro, diversão e de cultura.
Dois dos principais parques aquáticos do Rio Grande do Sul estão localizados no município: o Marina Park, situado a poucos quilômetros da área central de Capão da Canoa, e o Acqua Lokos, no distrito de Arroio Teixeira, próximo a Curumim. Ambos situam-se na Estrada do Mar.
Eventos
Em abril, há o Rodeio de Capão da Canoa no CTG João Sobrinho. Para a realização de festas e eventos sociais, a cidade possui dois clubes, o Capão da Canoa Futebol Clube (CCFC) e a Sociedade dos Amigos de Capão da Canoa (SACC).
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

VIDEIRA - SANTA CATARINA

Videira é um município brasileiro do estado de Santa Catarina, situado no Vale do Rio do Peixe. Localiza-se a uma latitude 27º00'30" sul e a uma longitude 51º09'06" oeste, estando a uma altitude de 750 metros.
Sua população, conforme o Censo 2022, é de 55.466 habitantes, numa uma área de 384,127 quilômetros quadrados.
História
A colonização de Videira iniciou-se em 1918, na então Vila do Rio das Pedras. Em 1921, os italianos e alemães dividiram Videira em Perdizes e Vitória.
A instalação oficial do município aconteceu em 1944 e o nome Videira deve-se ao fato de a região ser um grande centro vitivinicultor do estado. Nessa época o município recebia diversos imigrantes de origem alemã e italiana vindos do Rio Grande do Sul.
Conta-se que já em 1913, antes mesmo da fixação dos primeiros colonizadores, foi colhido um cacho de uvas pesando 1,3 kg. O avanço dos parreirais deu origem à primeira Festa da Uva, em 1942.
Videira também é o berço da Perdigão, uma das principais empresas responsáveis pelo desenvolvimento da cidade e que formou, na década de 80 e 90, grandes equipes no Salonismo Nacional. Com a conclusão do processo de fusão entre Perdigão e Sadia em dezembro de 2012, a BRF agora avança para ser reconhecida como marca líder de seu segmento internacionalmente. Videira é uma das principais cidades do Oeste de SC e uma das mais desenvolvidos do País.
No dia 11 de dezembro de 2002, a cidade recebeu oficialmente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina a denominação de “Capital Catarinense da Uva e Berço da Perdigão”. Na cidade é oferecido também um curso de pós-graduação em enologia.
Videira revelou ao estado e ao Brasil grandes personalidades e políticos, como a senadora da República Vanessa Grazziotin, que nasceu no município em 1961 e hoje exerce suas funções no Senado Federal, representando o estado do Amazonas. Outro político que foi senador e governador do estado foi Vilson Pedro Kleinübing, que escolheu a cidade como sua morada, sendo velado e sepultado em 1998 com a bandeira do município.
Geografia
Faz limites com os municípios de Caçador e Rio das Antas, ao Norte; Pinheiro Preto, ao Sul; Fraiburgo e Tangará, a Leste; e Arroio Trinta e Iomerê, a Oeste. O acesso terrestre pode ser feito pela SC-355 e SC-135 e por uma série de estradas rurais. A via de acesso aérea se da através do Aeroporto Municipal "Prefeito Ângelo Ponzoni", com 1.400m de pista de pista pavimentada.
Clima
O clima de Videira é subtropical. Existe uma pluviosidade significativa ao longo do ano. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. Segundo a Köppen e Geiger o clima é classificado como Cfb. A temperatura média é de 17,0 °C. Pluviosidade média anual de 1.759 mm. A cidade tem cerca de 350 horas de frio o que permite a produção de fruteiras de clima temperado como o pêssego, ameixa, kiwi e a produção de uva e vinho.
Fauna e flora
Pela sua topografia acidentada, característica peculiar da região, Videira possui muitos atrativos naturais como rios, cascatas e áreas verdes.
Em 1965 foi criada, por lei municipal, a reserva florestal denominada Parque da Uva, em uma área de 70 mil metros quadrados com bosques e áreas de lazer, constituído de rica reserva de plantas nativas. A Perdigão também fundou uma reserva ecológica chamada Reservas Ecológica da Perdigão.
Economia
A cidade tem nas atividades industriais, comerciais e agrícolas a base de sua economia. Cerca de 75% do movimento econômico do município decorrem da criação e abate de aves e de suínos. A fruticultura, o fumo e o gado leiteiro também são destaque, juntamente com os grãos.
No setor primário, o destaque é a fruticultura de pêssego, ameixa e uvas; na pecuária, destaca-se na criação de suínos, aves e bovinos de leite; e no comércio e indústria, o forte são as cantinas de vinho, indústrias de sucos e a empresa Perdigão (BRF), um dos maiores frigoríficos da América Latina, absorvendo a maior fatia da produção de aves e suínos do município e da região, gerando milhares de empregos, também se destaca a indústria de embalagens plásticas, e papel madeira.
Na cidade há uma Estação Experimental da Epagri, que atualmente ocupa a estrutura do antigo Instituto de Fermentação do Ministério da Agricultura perfazendo mais de 80 anos de pesquisas científicas na área da fruticultura no estado de Santa Catarina e Brasil. Na década de 70, a cidade conduziu parte dos trabalhos do Programa de Fruticultura de Clima Temperado (Profit), que alavancou o desenvolvimento da fruticultura em SC. Na cidade foram conduzidos trabalhos realizados com melhoramento genético, pesquisas com fisiologia da produção, manejo, sistemas de condução, sistemas de controle de doenças e pragas e pós-colheita.
Educação
No município existe uma universidade, a UNOESC (Universidade do Oeste do Estado de Santa Catarina), a terceira maior do estado em número de alunos e que oferece atualmente vários cursos de graduação e cursos de pós-graduação.
Desde 2010, o município de Videira conta o Instituto Federal Catarinense, Campus Videira, que oferece cursos técnicos nas modalidades concomitante, integrado e subsequente, além de duas graduações e três pós-graduações. Além do IFC atuar no município oferecendo cursos básicos para a comunidade.
Esporte
Judô

Muito difundido em Videira é o judô, modalidade que a Perdigão S/A patrocinou em 1981, seu ano de glória,quando a equipe videirense patrocinada pela empresa foi campeã brasileira sênior, e tinha nomes como Walter Carmona, Luiz Shinohara, Luiz Onmura e Gerson Figueiredo Filho, entre outros.
Atualmente é praticado na Associação Videirense de Judô, que tem participado dos mais diversos campeonatos de Santa Catarina e do Brasil. A equipe videirense trouxe ao município títulos do JASC na modalidade, mesmo competindo com potências da época como Florianópolis, Joinville e Itajaí.
Futebol
A cidade de Videira fez história no cenário esportivo estadual, sendo campeã catarinense de futebol em 1966, e disputou a divisão principal do futebol brasileiro com a equipe da Perdigão.
O time de futebol de campo oficial do município é o Videira Esporte Clube (VEC).
Futsal
Videira foi uma das cidades mais importantes no cenário brasileiro e sul americano no final da década de 1980 e início de 1990 com títulos nacionais e internacionais. A equipe da Perdigão ficou com a hegemonia no futsal por diversos anos consecutivos também nos estaduais de Santa Catarina, e revelando e projetando grandes jogadores na época como o jogador Jackson João Bosco Moreira dos Santos, o Jackson, que posteriormente teve um tênis de futsal da empresa Topper com o seu nome.
Os principais títulos conquistados pelo Futsal videirense são: Campeonato catarinense de 1984, 1985, 1986, 1988 e 1989; Taça Brasil de 1987 e 1990; Sul-americano de 1988, 1989 e 1990 e Campeonato Pan-Americano de 1987, 1988, 1989 e 1990.
Turismo
Videira conta hoje com diversas possibilidades de diversão e entretenimento. Além de fazer parte da Rota da Amizade, Videira conta também com opções de diversão, dentre as quais citam-se as seguintes:
- Observatório Astronômico Domingos Forlin - inaugurado em maio de 2003 através de uma parceria entre o município e a Fundação de apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina, é considerado referência no estado. Um espaço de divulgação científica que oferece aos visitantes a experiência única de visualizar o universo e encantar-se com o fascínio de objetos celestes como a lua, planetas, estrelas, nebulosas, aglomerados estelares, entre outros. Fenômenos astronômicos como eclipses, chuvas de meteoros, manchas solares, oposição, conjunções e trânsito de planetas já foram registrados no ODF. Entre as atividades do observatório estão oficinas, palestras, minicursos, observação astronômica e eventos de cunho cultural atrelados a astronomia.
- Igreja Matriz de Videira - sua construção começou em 1940 e terminou em 1947; no estilo barroco, e em mármore importado da Itália, é uma das igrejas mais bonitas da região.
 - Museu do Vinho Mário de Pellegrin - um antigo alojamento para padres, contém vários instrumentos utilizados durante a colonização para produzir vinho e outros matérias com importante história do município.
- Parque Linear do Rio do Peixe.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

PORTO FELIZ - SÃO PAULO

Porto Feliz é um município brasileiro do estado de São Paulo, situa-se na Região Metropolitana de Sorocaba, Mesorregião Macro Metropolitana Paulista e na Microrregião de Sorocaba.  Localiza-se a uma latitude 23º12'53" sul e a uma longitude 47º31'26" oeste, estando a uma altitude de 523 metros. Sua população, conforme estimativas do IBGE pelo censo de 2022, era de 56.497 habitantes.
História
O início

Porto Feliz nasceu na margem esquerda do rio Tietê, em um lugar que os indígenas nativos chamavam de Araritaguaba (termo tupi que significa "lugar da pedra de arara", através da junção dos termos arara ("arara"), itá ("pedra") e aba ("lugar)). O mais antigo registro conhecido do local é de 1693 e refere-se a uma fazenda de António Cardoso Pimentel que originou o povoado. Um decreto de 13 de outubro de 1797 elevou o povoado à categoria de vila e mudou o nome para Porto Feliz.
A cidade tem uma economia diversificada baseada na agricultura e em pequenos e médios estabelecimentos industriais. Na zona rural da cidade, observamos o predomínio da monocultura da cana-de-açúcar.
A origem do nome Porto Feliz
A Vila de Porto Feliz foi criada no reinado de Dona Maria I, rainha de Portugal. O documento de criação foi assinado pelo governador da Capitania de São Paulo, António Manuel de Melo e Castro de Mendonça, no dia 13 de outubro de 1797.
Monumento em homenagem aos 500 anos do Brasil.
O povoado às margens do rio Tietê, chamado anteriormente Freguesia de Araritaguaba, pertencera até então ao termo da vila de Itu. Com a condição de vila, Porto Feliz alcançou a sua autonomia. A vila era uma unidade política e administrativa autônoma equivalente a município, com direito a ter Câmara e cadeia. Conquistada a condição, uma das primeiras providências deveria ser o levantamento do Pelourinho, uma coluna que simbolizava a autonomia, geralmente feita de pedra. O termo era o território da vila, dividido em freguesias. A sede do termo ficava nas respectivas vilas ou cidades.
O documento assinado pelo Governador concedia à freguesia de Araritaguaba a condição de vila, denominando-a Vila de Porto Feliz, e determinava a definição do território do termo, a ereção do Pelourinho, a demarcação do terreno para a construção dos Paços do Concelho e cadeia, a eleição de juízes, vereadores e demais oficiais da Câmara Municipal. O ato atendia ao pedido dos moradores da freguesia de Araritaguaba, que nesse sentido enumeravam os vários incômodos atribuídos à distância de léguas da sede do termo, a Vila de Itu. Mas, o Governador também o justificava por ser o local um porto frequentado por comerciantes das minas de Cuiabá e por expedições destinadas por Sua Majestade Fidelíssima aos vastos sertões, algumas delas chegando a alcançar a fronteira da América Espanhola. Em seguida, o governador vaticinava: por isso, Porto Feliz tem toda a capacidade e disposição para vir a ser em poucos anos uma das vilas mais opulentas desta capitania.
O último mapa da série interessa particularmente aos estudiosos da história de Porto Feliz e ao mesmo tempo é um documento importante para o estudo do comércio no Brasil central. Trata-se do "Mapa dos gêneros, mercadorias e efeitos que saíram desta capitania de São Paulo para a de Cuiabá e Mato Grosso, pelo Porto Feliz no ano de 1801". A exportação citada nesse documento partiu toda de um único porto fluvial, o antigo porto de Araritaguaba que em 1797 fora denominado de Porto Feliz pelo próprio Antônio Manuel de Melo e Castro de Mendonça. Os gêneros citados na estatística do capitão general foram embarcados em grandes canoas como nos primeiros tempos das grandes monções. As expedições monçoeiras do século XVIII partiam de Porto Feliz e desciam todo o Tietê abaixo, depois entravam no Paraná e subiam o Pardo acima, em seguida varavam em Camapuã para descerem o Coxim e o Taquari e navegarem a contracorrente pelo Paraguai, São Lourenço e Cuiabá.
O documento permite avaliar a variedade dos produtos exportados através de Porto Feliz. O mapa relaciona os seguintes gêneros: sal, farinha de mandioca, feijão, farinha de trigo, marmelada, ferro, aço, chapas de cobre, cera do reino, chumbo, vinho, aguardente do reino, aguardente da terra, malvasia, azeite doce, vinagre, escravos, machados, enxadas, foices, almocafres, pregos sortidos, cravos de ferrar, alavancas, fazendas, panos de algodão, louças, pólvora, capados. No meio do rol de mercadorias são citados 46 escravos, entre vasilhames de vinagre e centenas de machados.
De Mato Grosso, só poderiam chegar a Porto Feliz artigos preciosos. Primeiramente, o ouro. Mas também vinham a poaia, a salsaparrilha e alguns medicamentos da farmácia caseira comuns naquela época. Taunay alerta para o fato de que a tal respeito silenciam as estatísticas do capitão general. Ele nada diz sobre o ouro que possivelmente ainda era despachado de Cuiabá. O Governador que anteviu um futuro de opulência para São Paulo e para a antiga freguesia de Araritaguaba não conseguiu imaginar que a rota fluvial do Tietê seria abandonada ao longo do século XIX, sendo aos poucos substituída por caminhos terrestres que deixaram ao largo o antigo porto das monções e a Vila de Porto Feliz. O texto "A origem do nome Porto Feliz" é reprodução de artigo publicado em MR-USP pelo historiador Jonas Soares de Souza.
Clima
Em Porto Feliz, o verão é longo, quente, abafado, com precipitação e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 13 °C a 30 °C e raramente é inferior a 9 °C ou superior a 34 °C.
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Porto Feliz e realizar atividades de clima quente é do meio de abril ao fim de setembro.
Parque das Monções
É uma área de preservação tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico. É um local histórico, pois era daí que partiam as tais embarcações que iam para as minas de Cuiabá. A construção de suas escadarias, o monumento às bandeiras e de sua arborização datam da década de 1920. Podemos elencar quatro grandes importâncias do parque:
- Importância histórica: do seu porto partiam as expedições fluviais que navegavam até as minas de Cuiabá em busca de ouro, para realizar comércio e promover o povoamento, denominando-se o Movimento Monçoeiro.
- Importância geográfica: a navegabilidade do rio Tietê era a partir do Porto de Araritaguaba, sendo local de partida e chegada. Lugar de espera e preparo (embarcações, mantimentos e arranjo de mão de obra). A chegada era marcada pela sensação de alívio por ter vencido tantos obstáculos e perigos na expedição, rever familiares e quintar o ouro.
- Importância geológica: em 2016 alunos da Unimonte (Centro Universitário Monte Serrat) da cidade de Santos (SP) liderados pela Doutora Samara Cazzoli Y Goya entregaram o relatório técnico sobre o Paredão Salitroso e a Estrada Parque. A conclusão do relatório indica a idade do paredão entre 315 e 295 milhões de anos, podendo assim confirmar que o local era um ambiente marinho.
- Importância sacra: desde a partida das Monções com as bênçãos das canoas, monçoeiros, índios, escravos, mulheres. Em 1920, foi inaugurada réplica de Nossa Senhora de Lourdes e a comunidade católica ainda celebra a reza do terço e missa de Nossa Senhora da Penha.
Das atrações do parque, podemos destacar:
- Paredão Salitroso: atualmente sabe-se que possui entre 315 e 295 milhões de anos. Este local abriga provas de que a região esteve submersa há milhões de anos. é constituído de pedra salitrosa, calcário e arenito.
- Monumento ao Bandeirantes: inaugurado em 1920 pelo presidente do Estado de São Paulo, Altino Arantes, o Monumento aos Bandeirantes foi construído às margens do rio Tietê, de onde partiam as expedições monçoeiras. É feito em granito com três baixos relevos em bronze, reproduzindo a "Partida das Monções" de Almeida Júnior, "A bênção das canoas" de Hercule Florence e "Largada de Porto Feliz" de Adrian Taunay;
- Batelão: é a embarcação maior da expedições monçoeiras. Seu tamanho podia variar de 12 a 18 metros, acomodando 90 sacos de mantimento ou 105 pessoas. Este exemplar presente no parque foi encontrado no ano de 1920, satisfazendo um desejo de todos para "provar" a existência do movimento monçoeiro.
- Gruta Nossa Senhora de Lourdes: a gruta em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes está localizada no paredão histórico do Parque das Monções. Foi idealizada e construída graças a dois padres franceses: Alexandre Hourdeau e Vitor Maria Cavron. É idêntica à existente em Lourdes, na França. Foi escavada na rocha e recebeu a contribuição do povo porto-felicense, que ofereceu donativos para a construção. Foi inaugurada solenemente em 1924. 
Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens
A primeira capela de Porto Feliz, segundo o livro tombo da igreja, afirma que foi erigida aos pés do rio Tietê e foi dedicada a Nossa Senhora da Penha e como a freguesia crescia muito foi necessário construir uma grande igreja (a atual). Obra iniciada em 1747, em pau a pique e pilão de taipa, em estilo barroco e rococó presentes. No seu interior existem diversos altares dedicados a muitos santos, a Maria e a Jesus, no entanto em eu altar maior está localizada a imagem da padroeira nova (naquela época) e atual - Nossa Senhora Mãe dos Homens.
A Imagem
Temos duas versões: a primeira afirma que chegou a cidade e aguardava a partida de uma Monção para ser levada, entretanto, no dia da partida a imagem ficou tão pesada que não foi possível conduzi-la até o Batelão. A pessoas entenderam que era seu desejo permanecer por aqui. Outra versão afirma que a esplendorosa imagem foi enviada especialmente para a igreja nova e maior que estava sendo construída e também para ser a nova padroeira da cidade.
A igreja possui quadros da Via Sacra (14), A última ceia, As bodas de Caná.
Os azulejos foram pintados pelo artista Bruno de Giusti (1920 - 2011†) e estão nas capelas centrais, à direita retrata a história da igreja e à esquerda a história da cidade.
No teto temos os afrescos que tratam da Anunciação à Maria, Nascimento de Jesus, Assunção de Maria, Pentecostes, Ascensão de Jesus, além de retratar o céu espiritual, anjos.
Primeira padroeira
A imagem de Nossa Senhora da Penha ainda conservada, feita em terracota, seu valor é incalculável. Está no altar-mor protegida numa redoma de vidro.
Altar-mor
No dia 16 de maio de 1957, os fundos da igreja cedeu e com ele o altar foi atingido, sendo ele restaurado.
Vitral
Na entrada principal, a segunda porta, hoje muito usada nos casamentos para a entrada triunfal da noiva, sob ela tem um lindo vitral com mensagem cristã que a maioria dos católicos que lá frequentam sabe o significado.
Prato Típico
Cearense
 
O cearense surgiu na década de 1970, por quatro pescadores da cidade em uma de suas pescarias em Mato Grosso. Depois de alguns dias, os pescadores já quase sem comida receberam a notícia de que mais pescadores se juntariam a eles. Um deles foi para uma cidade nas proximidades para comprar mais mantimentos. Mas, a caminho da cidade, parou algumas vezes para descansar. Assim, acabou chegando tarde à cidade e quase todos os estabelecimentos estavam fechados. Acabou achando apenas um armazém aberto, onde comprou 1 quilograma de cebola, 1 quilograma de tomate e 2 quilogramas de carne de boi. Chegando ao acampamento, resolveu cozinhar tudo que tinha sobrado, feijão e algumas coisas a mais.
Saiu um prato muito saboroso, que acarretou um comentário de Emílio Coliː ele diz que aquilo que eles tinham feito parecia comida "de cearense". Voltando a Porto Feliz, os pescadores passaram, às suas esposas, a receita. Elas acrescentaram, ainda, ao prato, bacon, linguiça calabresa, louro, cheiro-verde e orégano, dando início à tradição. Foi muito elogiado por não ser tão forte quanto a feijoada, mas forte o bastante para esquentar nos dias frios.
Educação e infraestrutura
A cidade conta com as seguintes instituições de Ensino Superior: Faculdade de Tecnologia Porto das Monções (FAMO); Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP); Centro Universitário de Maringá (Unicesumar).
Cultura
A área da cultura contempla o Espaço Cultural Olair Coan; a Estação das Artes Assumpta Luzia Marchesoni Rogado e a Casa da Cultura “Dona Narcisa Stettener Pires”.
Hidrografia
Formam a hidrografia de Porto Feliz o Rio Tietê; o Rio Sorocaba e o Rio Avecuia
Rodovias
As rodovias que atendem a cidade são: SP-97; SP-129 e SP-300
Efemérides
- 1693 - Os historiadores falam de um “Porto” à margem esquerda do Rio Tietê, de onde partiam as expedições para Cuiabá, no Mato Grosso; nessa data, também teve início o povoamento de Araritaguaba;
- 1700 - Torna-se mais frequente a passagem por esse Porto dos exploradores que se destinam aos Sertões de Mato Grosso e Goiás, a procura das Minas de Ouro;
 - 1700 - Antonio Cardoso Pimentel edifica uma Capela em Homenagem a Nossa Senhora da Penha;
- 1720 - 1770 - Período das Monções mais importantes;
- 1728 - Desmembrada de Itu, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora da Penha de Araritaguaba;
- 1744 - Por provisão de 27 de novembro, é concedida licença para se construir uma nova Matriz, sob a invocação de Nossa Senhora Mãe dos Homens;
- 1750 - Aos 9 de outubro é solenemente inaugurada a nova Matriz. A partir desta data a Paróquia passa a denominar-se “Freguesia de Nossa Senhora Mãe dos Homens de Araritaguaba”;
- 1797 - A freguesia passa a se chamar “Paróquia de Nossa Senhora Mãe dos Homens de Porto Feliz”, que por Portaria de 13 de outubro a freguesia de Araritaguaba passa a categoria de Vila, com o nome de Porto Feliz;
- 1780 - 1830 - Expansão da lavoura canavieira: Araritaguaba torna-se um dos grandes centros açucareiros da Província de São Paulo;
- 1858 - No dia 16 de abril a Vila de Porto Feliz foi elevada a categoria de cidade. A Lei nº 8, de 7 de fevereiro de 1885, eleva Porto Feliz a Comarca;
- 1901 - 1907 - O Engenho Central torna-se propriedade da Societé de Sucreries Brésiliennes;
- 1906 - Circula “O Araritaguaba” , primeiro jornal de Porto Feliz;
- 1920 - 1924 - Inauguração do Monumento às Monções, Ramal Ferroviário, Gruta N. S. de Lourdes e implantação da fábrica de tecidos N. S. Mãe dos Homens;
- 1954 - Tem início grande reforma na Matriz
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

TRAMANDAÍ - RIO GRANDE DO SUL

Tramandaí é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. É uma cidade praiana do litoral norte gaúcho, que se situa a 118 km da capital do estado, Porto Alegre. Muito frequentado por gaúchos do Vale dos Sinos e Região Metropolitana de Porto Alegre. Já foi muito visitado por turistas do Uruguai e Argentina em anos anteriores. A praia tem boa infraestrutura turística, no verão a população pode alcançar 250.000 habitantes em dias de semana, e 500.000 nos finais de semanas e feriados.
Tramandaí é considerada a "capital das praias" do Rio Grande do Sul.
História
Tramandaí começou a ser criada a partir do século XVIII, época em que servia de passagem para viajantes com destino a Laguna ou a capital do império brasileiro, o Rio de Janeiro. Também servia de passagem para a colônia do Sacramento, para os aventureiros, escravagistas paulistas atrás de índios, para os jesuítas, espanhóis e soldados. Devido a essa movimentação, em 1738 criou-se a guarda do registro, com a função de controlar as mercadorias e o gado que passavam pelo rio Tramandaí e cobrava certo valor pela passagem, uma espécie de pedágio.
Em 26 de outubro de 1732 iniciou-se oficialmente o povoado em Tramandaí, quando Manoel Gonçalves Ribeiro ganhou uma sesmaria à qual a região pertencia. Essa parte da região ficou conhecida como Paragem das Conchas. Nessa época começaram a surgir pequenos ranchos de palha de tiririca-brejo, que os pescadores e forasteiros erguiam para a temporada da pesca.
Durante a guerra dos Farrapos, em 1839, Tramandaí foi o destino de dois lanchões, o Seival e o Farroupilha, puxados por cerca de 200 bois, que Giuseppe Garibaldi trouxe da lagoa dos Patos, distante cerca de 100 km, para que fossem colocados no mar e assim tentar conquistar Laguna.
Por volta de 1890, Tramandaí começou a ser procurada como estação de banhos e, por fim, como balneário. Em 1906, já contava com cerca de 80 casas, além de ranchos de palha e casas de madeira cobertas com palha. Nessa época já existiam os hotéis Saúde e Sperb (este inaugurado em 1898).
Em 1898 começou a ser feito o roteiro de diligências puxadas a cavalo, que faziam o trajeto Porto Alegre-Tramandaí que também levavam os frequentadores até a beira do mar.
Em 1908 foi construída a primeira capela, denominada Nossa Senhora dos Navegantes.
A emancipação político-administrativa de Tramandaí aconteceu em 24 de setembro de 1965, quando Tramandaí emancipou-se do município de Osório.
Em 1968 foi inaugurado o Terminal Marítimo Almirante Soares Dutra, também conhecido como TEDUT, pela Petrobras, para armazenamento de petróleo recebido de navios petroleiros, ao largo da costa. O petróleo é coletado dos navios por meio de monoboias instaladas no Oceano Atlântico. Esse petróleo segue pelo oleoduto até o município vizinho de Osório, onde é armazenado em tanques. Em seguida ele é bombeado, por oleoduto, para a Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), na cidade de Canoas. O TEDUT possui ainda um Centro de Defesa Ambiental (CDA) localizado no município de Imbé, vizinho de Tramandaí.
Em 1973 foi inaugurada a Plataforma Marítima de Tramandaí.
A cidade também é o topônimo do título nobiliárquico de barão de Tramandaí, que pertenceu ao importante político Antero José Ferreira de Brito.
Etmologia
O nome do rio e do município vem do tupi-guarani, tendo diversos possíveis significados: rio dos meandros (sinuoso), rio do roedor (pela presença de capivaras e ratões-do-banhado), o lugar que se cerca para colher (pescar com redes) ou rio para pescar bagres, da junção de tar (colher) e mandi (bagre). A grafia também aparece com variações em documentos antigos: Taraman, Tramandi, Termandi, Tramandai, Taramandahy, Tamandatay, Tramandahy e Tramandaí.
Geografia
Localiza-se na latitude 29º59'05" sul e na longitude 50º08'01" oeste, e sua altitude é de 8 metros acima do nível do mar. Sua população, de acordo com o censo de 2022, do IBGE, era de 
54.387 habitantes.  Possui uma área de 142,878 km².
Clima
O clima regional é controlado por massas de ar tropical. A temperatura oscila entre as médias de 22 ºC a 35 °C nos meses mais quentes (verão), e entre 1 °C e 18 °C no inverno.
Hidrografia
O rio Tramandaí estabelece ligação entre a lagoa e o mar, ou seja, a comunicação forma-se e o lago estreita-se acima do ponto onde o rio deita suas águas.
As lagoas do Armazém e Tramandaí, que não são profundas, formam o estuário do rio Tramandaí. A lagoa Tramandaí tem praias arenosas (ao sul), banhados (na margem leste) e restingas (a sudoeste). Liga-se ao oceano Atlântico por canal, que foi regularizado pela barra do Tramandaí. Essa lagoa recebe as águas do rio Tramandaí (pelo norte), além das do arroio Camarão, esse não sendo mais do que canal de ligação entre essa última e a lagoa das Custódias.
Estrada Tramandaí - Osório
A Estrada Tramandaí - Osório é uma importante via de ligação para o Litoral Norte, no estado do Rio Grande do Sul. Com extensão de aproximadamente 60 quilômetros, a rodovia é responsável pelo escoamento da produção agrícola e industrial da região, além de ser uma importante rota turística, com belas paisagens naturais.
Em resumo, a Estrada Tramandaí - Osório é uma via de grande importância para o desenvolvimento econômico e turístico da região, além de ser um convite para os viajantes que buscam contato com a natureza.
A estrada foi inaugurada em 1961 e, desde então, passou por diversas melhorias para garantir a segurança dos motoristas e passageiros que a utilizam. Em 2012, foi concluída a duplicação da rodovia, o que reduziu o tempo de viagem e aumentou o fluxo de veículos.
Com uma extensão de aproximadamente 13,5 km a rodovia possui duas faixas em ambas as direções, além de contar com o acostamento, também dentre elas na grande maior parte do trajeto existe um canteiro central, não utilizado para nada até o momento.
Alguns dos problemas que a estrada possui é a falta de espaço para ciclistas, qualquer pessoa que more, estude ou trabalhe dentro desses 60 km é obrigado a andar no acostamento ao lado de carros andando a 80 km/h e colocar sua vida em risco.
A ciclovia proposta para o canteiro central da Estrada Tramandaí - Osório seria uma faixa exclusiva para bicicletas, com largura adequada para permitir o tráfego seguro de ciclistas em ambos os sentidos. A ciclovia poderia ser construída em pavimento asfáltico, dependendo da disponibilidade de recursos.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

ZÉ DOCA - MARANHÃO

Zé Doca é um município brasileiro do estado do Maranhão. Localiza-se na microrregião de Pindaré, mesorregião do Oeste Maranhense. O município foi criado em 1987. Sua população, conforme censo de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 40.801 habitantes.
Sendo o maior município da região do Alto Turi, coordena, através da gerência de desenvolvimento e articulação regional, ações em mais 17 municípios circunvizinhos, sendo portanto carinhosamente chamada pelos habitantes da região como a "Metrópole" do Alto Turi.
Geografia
Suas coordenadas geográficas são: Latitude: -3.25707 (3° 15′ 25″ S) e Longitude: -45.65 (45° 39′ 0″ O). Sua superfície é de 241.375 hectares (2.413,75 km², 931,95 sq mi) e sua altitude, 30 m (98 ft).
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde agosto de 1975 a menor temperatura registrada em Zé Doca foi de 17,2 °C, em 17 de agosto de 1988, e a maior atingiu 38,4 °C, em 1° de dezembro de 2015. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 198,3 milímetros (mm), em 28 de dezembro de 1989. Fevereiro de 2018, com 609,1 mm, foi o mês de maior precipitação, superando o antigo de recorde de 597,1 mm em março de 2009.
Economia
A economia zedoquense se baseia no comércio regional de artigos de agropecuária, além de ser o mais importante centro comercial da região maranhense do Alto Turi. Mais recentemente inúmeras empresas internacionais do ramo de biocombustíveis tem visitado o município visando a possibilidade de instalação de indústrias de produção de biocombustíveis na região.
A rede bancária da cidade está constituída da seguinte forma: Caixa Econômica Federal; Banco do Brasil; Bradesco e Banco do Nordeste
Infraestrutura
Educação

Em 2006, chega ao município a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), mas o marco do desenvolvimento científico e tecnológico se dá em 2007, com a instalação no município de um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência, Tecnologia do Maranhão. O Campus está localizado em sede própria, situada a Rua da Tecnologia, nº 215, Vila Amorim, à direita no sentido São Luis/Zé Doca, a 200m da BR-316 no km 199. O Campus está desenvolvendo no município ações de Educação, ofertando cursos técnicos na área de química, sendo referência em pesquisas sobre energias alternativas.
A instituição além de atuar como agente formador no município de Zé Doca, conta com uma das maiores equipes de docentes em diversas áreas, e com diversos projetos científicos na área de química, inclusive com trabalhos premiados e reconhecidos nacionalmente pela importância para o desenvolvimento de novas tecnologias.O Campus do IFMA oferece cursos como Técnicos em Secretariado Escolar, Técnico em Gerenciamento de Unidade de Alimentação; Técnico em Controle Ambiental, Técnico em Alimentos, e também um curso técnico em Análises Químicas muito bom por sinal, e curso técnico em Biocombustíveis. Os dois últimos são integrados ao Ensino Médio.
Atualmente a instituição está oferecendo cursos superiores como Licenciatura em Química e Tecnologia em Alimentos. Com a implantação do Campus Zé Doca/IFMA, com oportunidade de oferta da Educação Técnica e Superior, consequentemente influenciarão maior perspectiva de desenvolvimento na região.
Transportes
Terrestre
A cidade conta com um terminal rodoviário, onde operam companhias regulares como a Boa Esperança, Transilva, Guanabara, Itapemirim, Rota do Mar e Mãe e Filho.
Aéreo
Conta também com um aeroporto regional com cerca de 1.000m de extensão de pista e cobertura de terra.
Não opera, por enquanto, nenhum voo regular, mas, principalmente em temporadas políticas, a pista torna-se bastante movimentada, pois torna-se porta de entrada de políticos em campanha.
Cultura
- Festas juninas: As festas juninas no município são realizadas na praça do viva Zé doca, havendo apresentação de bois, quadrilhas, danças indígenas e outras danças da cidade e de toda região, mas toda cidade entra no clima junino realizando vários eventos em suas ruas. O mais tradicional é o Pintando Sete, na rua Sete de Setembro. Há alguns grupos folclóricos de grande tradição, como o Grupo de Dança Folclórico Tico-Tico no Fubá, criado em 1995 por um grupo de alunos, e o Grupo Folclórico Flor do Sertão, que é hexa campeão, nos concursos realizados em Zé Doca. É destaque também, o grupo de dança indígena Muiraquitã, que é considerada a melhor dança indígena da cidade, com belas índias, coreografias e maravilhosas roupas.
 - Culinária: Entre os pratos mais famosos da cidade estão o lendário bolo de arroz e o arroz de cuxá (mesmo não tendo o ingrediente principal, o camarão seco) do mercado municipal, e entre outras peculiaridades típicas da culinária maranhense, presença constante nas mesas dos zedoquenses.
Hino oficial
O hino oficial do município foi composto por José Gonçalves dos Santos (letra e música), tendo sua primeira versão gravada em 1988.
Em 2018 foi feita uma nova gravação do hino, com novos arranjos, mas não perdendo a essência original da primeira versão.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

ITUPIRANGA - PARÁ

Itupiranga é um município brasileiro do estado do Pará, criado em 1947, pertencente à mesorregião do Sudeste Paraense e microrregião de Tucuruí. Localiza-se no norte brasileiro.
Topônimo
"Itupiranga" é um termo oriundo da língua tupi que significa "cachoeira vermelha", através da junção dos termos ytu ("cachoeira") e pyrang ("vermelho").
História
A origem da cidade de Itupiranga, sede do município do mesmo nome, foi o povoado Lago Vermelho, fundada em 1896, por extratores de caucho, oriundos de Goiás. Chefiava-os um explorador de prenome Lúcio. Pouco depois, com o aumento do preço da castanha-do-pará, cresceu rapidamente o número de moradores e sua renda. No período áureo da castanha recebeu em seu território um trecho da Estrada de Ferro Tocantins.
Inicialmente, Itupiranga pertencia ao município de Baião. Em 1912, durante o governo de Enéas Martins, com a criação do município de Marabá, passou a pertencer-lhe. Até que, em 31 de dezembro de 1947, durante o primeiro governo de Moura Carvalho, a Lei 62 criou o novo município de Itupiranga. A instalação ocorreu a 14 de julho do ano seguinte.
Geografia
Localizado a uma latitude 05º08'05" sul e longitude 49º19'36" oeste, estando a uma altitude de 89 metros acima do nível do mar. O município possui,de acordo com o censo de 2022 do IBGE, uma população de 49.754 habitantes, distribuídos em 7.914,6 km² de extensão territorial.
Clima
Em Itupiranga, a estação com precipitação é de céu encoberto; a estação seca é de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente e opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 22 °C a 34 °C e raramente é inferior a 20 °C ou superior a 36 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Itupiranga e realizar atividades de clima quente é do meio de junho ao início de setembro.
A estação quente permanece por 3,2 meses, de 20 de junho a 26 de setembro, com temperatura máxima média diária acima de 33 °C. O mês mais quente do ano em Itupiranga é setembro, com a máxima de 33 °C e mínima de 24 °C, em média.
A estação fresca permanece por 3,2 meses, de 18 de dezembro a 25 de março, com temperatura máxima diária em média abaixo de 31 °C. O mês mais frio do ano em Itupiranga é fevereiro, com a mínima de 24 °C e máxima de 31 °C, em média.
Infraestrutura
O município é atravessado pela rodovia BR-230 (Transamazônica) de sudeste a noroeste, interligando-o aos municípios de Marabá e Novo Repartimento; que também é a principal via de acesso ao Distrito de Cajazeiras, outra via importante é a vicinal PA-9 (ou vicinal PA-Cruzeiro), de ligação com o extremo sudoeste municipal, dando acesso às vilas São Pedro, Panelinha e Cruzeiro do Sul (Quatro Bocas).
Na sede municipal há o Porto Fluvial de Itupiranga, que comporta embarcações de pequeno porte que navegam principalmente pelo Rio Tocantins.
Economia
Itupiranga é uma pequena cidade que se destaca pelo alto crescimento econômico e por apresentar novas oportunidades de negócios. Por outro lado, o baixo potencial de consumo é um fator de atenção.
Até janeiro de 2024 não houve registro de novas empresas em Itupiranga. Neste último mês, não foi identificada nenhuma nova empresa.
Esportes
A mais popular prática esportiva em Itupiranga é o futebol, tanto que há até mesmo uma equipe profissional do município, que disputa campeonatos estaduais e regionais, o Sport Clube Itupiranga, o qual estreou no Campeonato Paraense de 2020, após conquistar a promoção na Segunda Divisão.
Referências para o texto: WikipédiaWeather Spark ; Caravela .

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

BEBERIBE - CEARÁ

Beberibe é um município brasileiro do estado do Ceará, localizando-se na microrregião de Cascavel, mesorregião do Norte Cearense. Sua população segundo censo 2022do IBGE, é de 53.114 habitantes.
É um município que atrai muitos turistas o ano inteiro especialmente pelas suas belas praias, dentre as quais se destacam a Praia de Morro Branco e a Praia das Fontes, nas quais se situa o Monumento Natural das Falésias de Beberibe.
Etimologia
Há controvérsias no tocante ao significado do topônimo Beberibe, que vem do tupi.
Para o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro, o termo teria origem na composição das palavras îabebyra (arraia), ­'y (rio) e -pe (em), significando, portanto, no "no rio das arraias". Já para Teodoro Fernandes Sampaio, grafando "Bibiribe", o topônimo significaria "no rio que vai e vem", por meio da composição entre bibi (o que vai e vem), y (rio) e pe ou be (em). Ele ainda apresenta uma versão alternativa com base em um documento antigo em que se lia "yabebiry", traduzido como "rio das arraias", por meio da composição entre yabebir (arraia, de ya-pé-byra, "o que tem a pele áspera ou pele de lixa") e y (rio). Silveira Bueno explica "yabebiry" como "rio empolado, onduloso" e para Paulino Nogueira, Beberibe, significaria "lugar onde a cana cresce".
Sua denominação original era Uruanda, depois Sítio Lucas e, desde 1883, Beberibe. No período colonial este ficou ainda conhecido como Vila Rica.
História
Localizado entre os rios Choró e Piranji e suas bocas, tinha como primeiros habitantes os índios Potyguara e outras tribos pertencentes ao tronco Tupi como os Jenipapo-Kanyndé viviam. A partir do século XVII recebeu as primeiras expedições de portugueses religiosos e militares que vieram por estas bandas devido os processos de aldeamento e catequização dos índios e proteção contra os invasões de outros europeus: e ainda sobreviventes do naufrágio de uma embarcação Portuguesa (segundo a tradição oral).
Os primeiros registros sobre Beberibe como um núcleo urbano português dão conta de que a povoação surgiu a partir de uma sesmaria concedida a Manuel Nogueira Cardoso, Sebastião Dias Freire, João Carvalho Nóbrega e ao Capitão Domingos Ferreira Chaves, em 16 de agosto de 1691.
Mas foi somente no início do século XIX que houve uma ocupação do local, quando Baltazar Ferreira do Vale, residente no Riacho Fundo, em Cascavel, e Pedro Queirós Lima, morador do sítio Mirador, em Aquiraz, chegaram àquele núcleo.
Baltazar comprou o sítio Lucas, nome primitivo de um dos distritos de Cascavel, no ano de 1783, e Pedro, na mesma época, o sítio Bom Jardim. A proximidade favoreceu o relacionamento das duas famílias. E o sítio Lucas, que oferecia melhores condições de povoamento, deu início a um importante núcleo do qual originou a cidade de Beberibe.
Antes de ser conhecido por Lucas, o local recebeu a denominação de Uruanda, nome atribuído pelos indígenas que ocupavam a região. Beberibe foi o nome com o qual Brasiliano Ferreira de Araújo registrou as suas terras, adquiridas por 10 mil réis, localizadas onde hoje é a sede do Município. A preocupação de Brasiliano foi doar a área para a construção da igreja. Inaugurada em 1875, a igreja impulsionou o crescimento do povoado, já então conhecido por Beberibe. E em 5 de julho de 1892 foi criado o Município de Beberibe, pertencente à comarca de Cascavel.
De Município a distrito, e de distrito a Município, Beberibe teve que conviver diversas vezes com essa mudança, até novembro de 1951. Naquela data, o então governador Raul Barbosa sancionou a Lei nº 1.153, que restaurou em definitivo a autonomia do Município, atendendo a imposição dos ilustres filhos da terra. À frente do movimento, que nasceu em 1946, estava o desembargador Boanerges Facó. No entanto, somente em 25 de março de 1955 o Município foi oficialmente instalado.
Beberibe conheceu um expressivo desenvolvimento econômico a partir da implantação de aproximadamente uma centena de engenhos de cana de açúcar na região. A riqueza originada da indústria de rapadura local fez com que Beberibe fosse apelidada por Cascavel e Sucatinga de "Vila Rica".
Uma nova realidade foi percebida pelo Município a partir da decadência da indústria de rapadura e da falência de vários engenhos. A denominação de "Vila Rica" deixou de existir e ficou apenas na memória de quem viveu aqueles tempos.
Geografia
Clima

O clima é tropical quente semiárido com pluviometria média de 1.251 mm, com chuvas concentradas de Fevereiro a Maio.
Em Beberibe, o verão é curto, quente, seco e de céu quase encoberto; o inverno é curto, morno e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo e de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 24 °C a 31 °C e raramente é inferior a 22 °C ou superior a 33 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Beberibe e realizar atividades de clima quente é do fim de junho ao meio de outubro.
Hidrografia e recursos hídricos. 
As principais fontes de água são: Rio Choró e Piranji; Riachos: Salgadinho: Córregos Santa Maria, Maria Preta e Camará; Lagoa do Uruaú.
Relevo e solos
Região costeira (Areias Quartzosas Álicas,Areias Quartzosas Distróficas, Areias Quartzosas Eutróficas,Areias Quartzosas Marinhas Distróficas, Podzólico Vermelho Amarelo Eutrófico) formada de dunas. A principal elevação é a Serra do Félix. E o seu tipo de relevo é planície.
Vegetação
Boa parte do território é coberta pela floresta caducifólia espinhosa (caatinga arbórea) e caatinga arbustiva aberta e densa, mais ao interior, e por tabuleiros costeiros e manchas de cerrado, mais próximo ao litoral, onde se destacam plantas como o murici, o cajueiro e a janaguba. Apresenta também regiões de mangue próximo à foz do rio Piranji.
Subdivisão
O município tem sete distritos: Beberibe (sede), Itapeim, Parajuru, Paripueira, Serra do Félix, Sucatinga e Forquilha.
Economia
Sua economia é ainda baseada na cultura de cana-de-açúcar, bem como a cultura do caju, coco-da-Bahia, mandioca, milho e feijão. Pecuária: bovino, suíno e avícola. Em suas terras registram-se ocorrências de Lepidolita, fonte de obtenção do Lítio, Moscavita, Biotita e grandes jazidas de Quartzo e Feldspato. No setor da indústria, Beberibe é um dos grandes produtores de tijolos do Ceará e neste ainda situam-se 10 indústrias (cinco de produtos minerais não metálicos, duas de produtos alimentares, uma de extrativa mineral, e duas de vestuário, calçados e artigos de couro e peles).
Educação
Possui um Polo da Universidade Aberta do Brasil onde são ministrados cursos semi presenciais da Universidade Federal do Ceará, Universidade Estadual do Ceará e Instituto Federal do Ceará.
Também conta com a Escola Estadual de Educação Profissional Pedro de Queiroz Lima, que foi inaugurada em maio de 2011.
Cultura
O principal evento cultural é a festa dos padroeiros: Jesus, Maria e José, e da co padroeira Nossa Senhora do Carmo, que acontecem em dezembro e julho, respectivamente. Outro evento que se destaca é o Caju Nordeste, que é sediado em Beberibe. Além destes, ainda há a festa do município, que acontece no dia 5 de julho, e as semanas culturais em alguns colégios, como o projeto Beberibe, que ocorre no CMB (Colégio Mazé Bessa), e o FACEL no Colégio Ana Facó. O Município tem a Biblioteca Municipal Dido Facó, o Memorial de Beberibe, e o Teatro Raimundo Fagner. Existem grupos de teatro, dança e capoeira, estes podem ser encontrados no ABC Luiza Facó.
As principais festas do município são: Festa do Bom Jesus dos Navegantes - distrito de Parajuru; Festa de Nossa Senhora da Penha - distrito de Sucatinga; Festa de São Francisco e Nossa Senhora da Penha - distrito de Paripueira e Festa de São Sebastião - distrito de Itapeim.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

BARRA - BAHIA

Barra é um município brasileiro no estado da Bahia, o quarto mais populoso do oeste do estado, localizado no encontro do Rio Grande com o Rio São Francisco. Sua população, de acordo com o censo do IBGE de 2022, era de 51.092 habitantes.
História
A região era povoada originalmente pelos indígenas acroás, na margem esquerda do Rio São Francisco, e pelos indígenas mocoazes, na direita, além de Tupiniquins, Xacriabás, Caiapós, Cariris e Aricobés. O povoamento contemporâneo da região por populações não indígenas surgiu a partir de uma fazenda de gado trazido do litoral no ponto onde o Rio Grande desemboca no Rio São Francisco, pertencente à Casa da Torre, então chefiada pelo 2º Francisco Dias de Ávila Pereira, entre 1670 e 1680. Esta fazenda foi nomeada Fazenda Barra do Rio Grande, posteriormente chamada de Fazenda Barra do Rio Grande do sul para distinguir do Rio Grande do Norte. Lugar pouco povoado e sem leis, começa a crescer e ter um fluxo de pessoas quando os franciscanos da Capitania de Pernambuco ergueram na região a capela de São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande do Sul, criando um aldeamento de indígenas catequizados no lugar que posteriormente vira o pilar fundamental do município.
Posteriormente foi elevada à categoria de povoação, sendo um povoado da Capitania de Pernambuco. A atividade econômica da povoação consistia na criação de gado e agricultura, com o cultivo da cana-de-açúcar. Abrigava grande diversidade populacional: portugueses, africanos, brasileiros, filhos de portugueses, mestiços de branco e indígena, indígenas puros, holandeses, flamengos e espanhóis.
A vila foi criado por carta regia de D. José I, em 1º de dezembro de 1752 e a freguesia (paróquia), em 5 de dezembro do mesmo ano (esta desligada de Cabrobó), mas a instalação só ocorreu em 23 de agosto de 1753, quando foi instalada a nova Vila de São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande, emancipando politicamente, constituída de câmara de vereadores, pelourinho e coletoria. A instalação foi feita pelo Ouvidor e Corregedor da Comarca de Jacobina Henrique Correia Lobato.
D. João VI, por alvará de 3 de junho de 1820 cria a Comarca do São Francisco, e Barra passa a ser a cabeça da nova comarca.
Em 7 de julho de 1824, a Comarca do São Francisco foi desligada de Pernambuco como punição pelo movimento separatista conhecido como Confederação do Equador, passando à jurisdição de Minas Gerais. Em seguida, no dia 15 de outubro de 1827, passou a pertencer em definitivo à Bahia, sendo que ambas as alterações se deram por decretos de Dom Pedro I do Brasil. A vila foi elevada a cidade em 1873 (na época do Império o termo "cidade" era mais figurativo e nada somava-se administrativamente), quando passou a chamar-se Barra do Rio Grande. Em 1931 sua denominação mudou para Barra.
Barra teve seu território desmembrado para formar os Municípios de Campo Largo-Cotegipe (1820), Carinhanha (1832), Ibipetuba, atual Santa Rita de Cássia, em 1840, Buritirama (1986) e Muquém do São Francisco (1989). Elevado à categoria de freguesia com a denominação de Barra do Rio Grande, pela provisão de 5 de dezembro de 1752. Elevado à categoria de vila com a denominação de Barra do Rio Grande, pela Resolução régia de 1º de dezembro de 1752. Instalado em 23 a 27 de agosto de 1753. Elevado à condição de cidade, sob a denominação de Florescente da Barra do Rio Grande, pela lei provincial nº 1.320, de 16 de junho de 1873.
Em 1875, o primeiro jornal da região oeste passou a ser impresso em Barra, com oficinas próprias: era o Eco do São Francisco.
Pela sua localização geográfica, tornou-se ponto de passagem obrigatório para quem se dirigia ao sertão do São Francisco e das boiadas do Piauí, Maranhão e Goiás, vivendo grande efervescência comercial e social entre 1891 e 1912. Em 1902 o vapor Saldanha Marinho começou a trafegar regularmente entre Pirapora, Minas Gerais, e Juazeiro, Bahia, passando por Barra, o que reforçou o comércio da região. A exploração de borracha de maniçoba também deu um impulso econômico à região. Esta cultura sofre declínio a partir de 1912.
Em 1913 Barra torna-se diocese e a igreja matriz Senhor Bom Jesus da Boa Morte torna-se catedral.
Somente em 1998 Barra integra-se à malha rodoviária brasileira com a ligação da cidade à BR-242, a rodovia federal Salvador-Brasília.
Geografia
Clima

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1977 a menor temperatura registrada em Barra foi de 10,2 °C, em 3 de agosto de 1985, e a maior atingiu 40,6 °C, em 22 de outubro de 2015. O maior acúmulo de precipitação em 24 horas atingiu 164,8 milímetros (mm), em 22 de março de 1997.
Economia
Barra é um município de grande relevância na região que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios. Até dezembro de 2023 houve registro de 8 novas empresas em Barra, sendo que 2 atuam pela internet.
Turismo
Dois pontos turísticos de destaque em Barra são:  Mercado Municipal da Barra o Mercado Municipal da Barra e o Palácio Episcopal e Catedral de São Francisco.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela .