quinta-feira, 30 de maio de 2024

JARU - RONDÔNIA

Jaru é um município brasileiro do estado de Rondônia. Sua população, conforme censo do IBGE de 2022, era de 50.591 habitantes.
Topônimo
Criado pela Lei nº 6.921, de 16 de junho de 1981, o município recebeu o nome de Jaru, em homenagem ao rio e à nação indígena dos Jarus.
História
O município surgiu em torno de um dos postos telegráficos instalado em 1912 pela Comissão da Linha Telegráfica Estratégica Mato Grosso/Amazonas, chefiada pelo então Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon. Porém, o Vale do rio Jaru era ocupado pelos seringais e seringueiros desde o século XIX, apesar da resistência imposta pela nação dos Jarus, que a tinham sob seu domínio, ocupando uma extensa área que se estendia desde o rio Jaru, afluente da margem esquerda do rio Ji-Paraná, até às margens do alto curso do rio Madeira. Em 1915, a Comissão Rondon procedeu a exploração de estudos do Rio Jaru, mantendo este nome em homenagem aos primitivos habitantes, os Jarus. A ocupação atual do vale do Jaru, ocorreu a partir de 1975, com a instalação do Projeto Integrado de Colonização "Padre Adolpho Rohl", pelo Incra, para assentamentos de colonos oriundos principalmente das regiões Centro Sul do País.
A História da criação do município de Jaru começa no dia 11 de outubro de 1977, quando foi criado o Distrito de Jaru, pela Lei 6.448, sendo Sandoval de Araújo Dantas nomeado como o primeiro administrador. Sua administração durou até maio de 1979, quando foi substituído por Sebastião Ferreira Mesquita.
Devido o local apresentar um grande crescimento em pouco espaço de tempo, várias pessoas se esforçaram com o objetivo de emancipar a "pequena" cidade. O desmatamento começou a crescer nesse período e muita parte da vegetação nativa foi retirada e vários lagos e pequenos rios foram drenados (Rio Mororó). Esses problemas ambientais duram até hoje com a degradação e assoreamentos de vários rios. O seu desenvolvimento demográfico e econômico resultou na elevação da área do projeto à categoria de município, tendo a localidade de Jaru como sede municipal elevada à categoria de cidade. Jaru foi criado como Município através da Lei 6.921, de 16 de junho de 1981, mas a instalação só foi concretizada em 7 de novembro daquele ano, quando o engenheiro agrônomo Raimundo Nonato da Silva foi nomeado o primeiro prefeito de Jaru e o seu mandato durou de 7 de novembro de 1981 a 31 de janeiro de 1983, quando tomou posse o primeiro prefeito eleito, Leomar José Baratela, que recentemente ocupou a função de Secretário de Gabinete na administração Municipal durante a administração do prefeito Ulisses Borges de Oliveira.
Hino do município de Jaru
O Hino do município de Jaru, Rondônia foi criado pela Lei Municipal nº 1.527/GP/10, de 6 de outubro de 2010, na administração do Prefeito Jean Carlos dos Santos (PMDB). Com a letra criada por Antônio Cândido da Silva e a música foi feita pelo Ednaldo da Silva Santos.
Geografia
O Município de Jaru está localizado a uma latitude 10º26'20" sul e a uma longitude 62º27'59" oeste e possui área de 2.944 km², representando 1,2392% da área do Estado. A cidade é distante da Capital do Estado cerca de 290 km.
Jaru faz limite com as cidades de Ouro Preto do Oeste, Vale do Paraíso e Nova União ao Leste, Governador Jorge Teixeira e Cacaulândia ao Oeste, ao Sul com Mirante da Serra e ao Norte com Theobroma, sendo que a maioria dessas cidades se originou através de territórios desmembrados da cidade de Jaru.
A cidade de Jaru está situada no vale do rio Jaru, rio que divide a cidade em duas partes.
Aspectos Físicos
- Relevo e altitude: a superfície do município de Jaru apresenta um relevo geralmente ondulado. Está a uma altitude de 124 metros.
- Vegetação: tem a predominância da Floresta amazônica.
Clima
Equatorial úmido, assim como praticamente todo o estado de Rondônia. Em Jaru, a estação com precipitação é opressiva e de céu encoberto; a estação seca é abafada e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 20 °C a 35 °C e raramente é inferior a 17 °C ou superior a 38 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Jaru e realizar atividades de clima quente é do fim de maio ao meio de agosto.
A estação quente permanece por 2,1 meses, de 4 de agosto a 8 de outubro, com temperatura máxima média diária acima de 34 °C. O mês mais quente do ano em Jaru é setembro, com a máxima de 35 °C e mínima de 23 °C, em média.
A estação fresca permanece por 7,0 meses, de 30 de novembro a 29 de junho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 30 °C. O mês mais frio do ano em Jaru é junho, com a mínima de 20 °C e máxima de 29 °C, em média.
Economia
Jaru é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são fatores de atenção.
O PIB da cidade tem 45,1% do valor adicionado advindo dos serviços, na sequência aparecem as participações da administração pública (24,9%), da agropecuária (18,4%) e da indústria (11,7%).
De janeiro a março de 2024, foram registradas 1,7 mil admissões formais e 1,3 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 316 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 157.
Até abril de 2024 houve registro de 61 novas empresas em Jaru, sendo que 6 atuam pela internet. Neste último mês, 17 novas empresas se instalaram, sendo 2 com atuação pela internet.
Educação
Ensino técnico

- Instituto Federal de Rondônia (IFRO) — pública
- Escola Família Agrícola Dom Antonio Possamai (EFA-DAP) - pública
Ensino superior
- FACULDADES FAEL — particular
- Faculdade de Educação de Jaru (FIMCA Jaru) — particular
- Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) — particular
- Universidade Paulista (UNIP) — particular
- Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR) — particular
Turismo
Ss principais atrações turísticas em Jaru apresentam opções de lazer ao ar livre, como a Praça Capitão Sílvio de Farias e o Parque da Cidade. Além disso, pode visitar a Cachoeira do Urubu e a Praia do Rio Jaru.
Incluem-se ainda a Praça Parque da Baixada; a Ponte do Rio Jaru; o Ginásio Poliesportivo Sebastião Mesquita; a Paróquia São João Batista; o Centro de Convenções José Carlos da Silva e o Parque das Ilhas.
Esporte
Na área esportiva estão incluídos: a Associação Desportiva Jaruense; o Estádio Leal Chapelão e o Ginásio Poliesportivo Sebastião Mesquita.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela ; Buser .

segunda-feira, 27 de maio de 2024

PARAÍSO DO TOCANTINS - TOCANTINS

Paraíso do Tocantins é um município do estado do Tocantins na Região Norte do Brasil, ou seja Região 1. Situada no Vale do Araguaia, Macro Região 19, Micro Região 104, Paraíso do Tocantins é o portal de entrada para as belezas naturais da Região dos Lagos e a Ilha do Bananal, estando a 63 km de Palmas, capital do Estado do Tocantins e a 798 km de Goiânia.
Paraíso do Tocantins está às margens de um dos quatro mais importantes modais rodoviários do Brasil, que é a BR-153 (Belém-Brasília), com mais de 4.500 km de extensão, ligando o Norte ao Sul do Brasil até a cidade de Aceguá - RS, ligando também a cidade de Montevidéu, Capital do Uruguai.
A própria sede do município tem seus pontos turísticos, como a vista panorâmica da Serra do Estrondo, estando localizada a 60 km do Rio Tocantins a Leste e a 200 km do Rio Araguaia a Oeste. Além do turismo a cidade possui uma forte economia que pulsa centrada na Agropecuária e Comércio, estando entre as cinco maiores do Estado.
O município também encontra-se a cerca de 30 km do pátio multimodal da Ferrovia Norte Sul no município de Porto Nacional, com acesso pela TO-080 que liga o município à capital Palmas, possuindo uma das melhores logísticas do Tocantins.
História
O Povoado nasceu com o surto da construção da Rodovia BR-14, hoje Belém- Brasília ou BR-153. Foi José Ribeiro Torres o seu fundador, quando para cá chegou em 1958. Instalou-se ao lado do acampamento da Companhia Nacional, empreiteira da construção da Rodovia. Motivados pela novidade e entusiasmo, a ele se reuniu um aglomerado de moradores. Foi a Lei Estadual nº 4.716, de 23 de outubro de 1963, que o emancipou politicamente, com o topônimo de Paraíso do Norte, desmembrando do Município de Pium.
Com a criação e instalação do Estado do Tocantins, o Decreto Legislativo nº 01/89, de 1 de janeiro de 1989, Art. 4º, alterou o nome de Paraíso do Norte de Goiás para Paraíso do Tocantins.
Origem do nome
O nome Paraíso foi dado por Luzia de Melo Balthazar, esposa de Adjúlio Balthazar, que era o encarregado da Companhia Nacional, empresa que estava construindo a Rodovia Belém-Brasília. Ela se encantou com as belezas naturais da região, principalmente com os dois córregos de águas cristalinas (o Pernada e o Buriti), a Serra do Estrondo e a exuberância da vegetação típica do cerrado. Portanto, desde o início do povoado no final de 1958, as pessoas da região já se referiam ao local como Paraíso e a Lei nº. 01, de 22 de fevereiro de 1963, que elevou o povoado à categoria de Distrito, também serviu para oficializar esta denominação.
Geografia
Clima

A precipitação média anual é de 600 mm e o regime de distribuição das chuvas não é bem definido.
Predomina o clima tropical úmido, com temperatura média anual de 25°C, ocorrendo as mínimas anuais entre junho e julho e às vezes máximas entre agosto e setembro.
Turismo
Paraíso do Tocantins possui diversas opções de Turismo, tendo maior força o Turismo de Negócios e Eventos.
Exposições e Feiras
São realizadas na cidade a ExpoBrasil e a Exposição Agropecuária de Paraíso, sendo a última considerada a maior feira agropecuária do Estado do Tocantins e uma das melhores do norte do pais. A feira é uma realização do Sindicato Rural de Paraíso.
Também são realizadas a Feneva - Feira de Negócios do Vale do Araguaia e Fenepa - Feira de Negócios de Paraíso.
A FENEVA/FENEPA, idealizada pela ACIP, foi uma das melhores feiras de negócios do estado, unindo cultura, diversão, entretenimento e ótimas oportunidades de negócios, entretanto não acontece mais.
Outra atração turística da cidade é o Parque das Águas.
Rotary e Rotaract Club de Paraíso do Tocantins (D.4530)
Paraíso possui um Rotary Club ativo e prestativo à comunidade local. Além da força do Rotary no Estado, o mesmo apadrinha a Casa da Amizade, formada por Senhoras de Rotarianos e o Rotaract Club, sendo este o único que exerce atividades no Distrito 4530/Rotary International.
Serra do Estrondo
A cidade de Paraíso com certeza é privilegiada com a serra pois, embeleza , encanta e atrai turistas. A serra também têm suas atribuições culturais para a população paraisense, pois ela é sinônimo de fé e peregrinação durante a Semana Santa.
Turismo Religioso durante a Semana Santa
A peregrinação à Serra do Estrondo começou em janeiro de 1960, através do Sr. Firmino Mendes, que foi pagar uma promessa e para isso construiu uma cruz de madeira e a fixou no local onde hoje existe a capelinha, mas esta cruz foi queimada por um raio que a atingiu. Depois disso as pessoas começaram a subir a serra na época da semana santa, mas somente a partir da década de 1980 é que esta prática se acentuou mais e mais. Atualmente a tradição está mais forte do que nunca. De 1996 a 2004 a encenação da "Paixão e Morte de Cristo" era feita com os atores utilizando a trilha da serra para representarem a peça, mas a partir de 2005 esta encenação passou a ser feita no centro da cidade. No entanto a peregrinação de fiéis continua firme e forte na madrugada da quinta para sexta-feira na semana santa, inclusive tem atraído pessoas de outras cidades do Tocantins.
Economia
Referência comercial do Vale do Araguaia, Paraíso possui um polo comercial e industrial em franca expansão. Possui atualmente o Parque Agroindustrial (PAIP) e o Parque Industrial Álvaro Milhomem (PIAM), repleto de empresas que ajudam a fomentar e desenvolver a economia local. Além disso as Avenidas Castelo Branco e Bernardo Sayão possuem um comércio forte, englobando diversos ramos comerciais, sendo alguns referência no setor no Estado do Tocantins.
Cerâmica
A cidade possui a maior produção de cerâmica do estado. Duas características chamam a atenção dos investidores, o fácil acesso às rodovias e a grande oferta de matéria prima na região. A empresa TECNOTELHA revolucionou o mercado local ao instituir as telhas de concreto no município.
A Cerâmica Milenium é uma das empresas mais produtivas do estado do Tocantins. Trabalha com produção sustentável, e passou a receber créditos de carbono, que são bônus emitidos por entidades ambientais a indústrias que ajudam a reduzir a emissão de gases poluentes.
Biodiesel
A empresa Biotins-Energia é uma Usina de Biodiesel, localizada no Distrito Industrial de Paraíso. A Biotins-Energia realizou um alto investimento na implantação de sua unidade em Paraíso, movimentando a economia e possibilitando atrair outros investimentos para a região. O Tocantins é o estado brasileiro que reúne as condições ideais para o cultivo de plantas com óleo, entre elas o pinhão manso. A cidade está localizada em um ponto estratégico de fácil logística de distribuição.
Educação
- Instituto Federal do Tocantins - Campus Paraíso do Tocantins: seu campus está situado no Distrito Industrial de Paraíso, com reitoria instalada em Palmas. Seu ensino é voltado para a educação profissional e tecnológica, nas modalidades Médio Integrado, Subsequente, Superior e Pós-Graduação.
- UNEST - é mantenedora das Faculdades de Administração de Empresas de Paraíso do Tocantins – FAP, Sistemas de Informação de Paraíso do Tocantins – FSIP e Faculdade de Ciências Jurídicas de Paraíso do Tocantins - FCJP é denominada União Educacional de Ensino Superior do Médio Tocantins Ltda. – UNEST é pessoa jurídica de direito privado organizada sob a forma de sociedade comercial por quotas de responsabilidade limitada, constituída nos termos de legislação vigente, com sede e foro na cidade de Paraíso do Tocantins – TO.
- FEPAR-FECIPAR - Faculdade de Educação Ciências e Letras de Paraíso: seu campus está localizado no Setor Interlagos. Iniciou sua atuação no ensino superior no ano de 1993, com a oferta do curso de graduação em Pedagogia, permanecendo com a oferta desse único curso até o ano de 2003. Em 2004, a instituição passa a ofertar os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Letras. Em 2009, foi implantado o curso de Ciência das Religiões. E em 2010, foi obtida a autorização para implantação dos cursos de Enfermagem (bacharelado), Educação Física (licenciatura), Estética com Interface em Imagem Pessoal (tecnólogo).
Cultura e Lazer
Feriados Municipais
- 19 de Março - dia de São José Operário, padroeiro da cidade, transferido para o dia 1º de maio.
- 23 de Outubro - aniversário da cidade
Esportes
Além do futebol, que é muito praticado, Paraíso possui equipes abertas de outros esportes. A cidade também oferece na área esportiva, campeonatos estudantis em diversas modalidades, como: Voleibol, Futsal, Basquetebol e Handebol, sendo o último uma das maiores potencias do Estado na modalidade.
Em 2007 a Oficina do Stefanis, time representante de Paraíso na Copa Tocantins de Futsal Ouro, se sagrou Campeão Estadual ao enfrentar a ADEPA (Pedro Afonso).
Acontece em Paraíso a Copa ACIP de Futsal e o Jogos do Aniversário de Paraíso (JAP's) que tradicionalmente é realizado desde 1984.
Paraíso conta com duas equipes profissionais de futebol: Paraíso Esporte Clube e Clube Atlético Cerrado.
Bibliotecas Públicas
A cidade conta com duas bibliotecas públicas: a Biblioteca Municipal Cora Coralina e a Biblioteca José de Moraes do Instituto Federal Campus Paraíso do Tocantins
Centros Culturais e Teatros
As instituições que estão na cidade são: o Palácio da Cultura Cora Carolina e o Teatro Municipal Cora Coralina.
Museu
O Museu Municipal João Batista de Brito está localizado no centro de Paraíso do Tocantins.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 23 de maio de 2024

PALMAS - PARANÁ

Palmas é um município brasileiro do estado do Paraná. Cidade mais fria do Paraná, Palmas tem nas baixas temperaturas um grande atrativo. Todos os anos, os visitantes desembarcam nesse gelado e bonito pedaço da região Centro-Sul do Estado em busca do charme dos termômetros que marcam graus negativos e da geada ou neve que cobre de branco a paisagem dos campos naturais.
Mas não precisa esperar pelo inverno para conhecer o município. Com 140 anos, Palmas tem uma história marcada pelo pioneirismo indígena e pela saga dos fazendeiros que chegaram e impulsionaram a economia do local a partir do século XIX. Esses fatos podem ser relembrados com riqueza de detalhes. A cidade cultiva a própria memória com orgulho e zelo em museus, bibliotecas e centros culturais que também chamam a atenção pela beleza arquitetônica.
Fé e natureza também têm lugar especial no cotidiano da cidade. Abençoada pelo Senhor Bom Jesus da Coluna dos Campos de Palmas, o padroeiro, o município atrai devotos e turistas para verdadeiros recantos de religiosidade, como igrejas, grutas e santuários. Dentre as paisagens naturais, além dos campos, notabilizam-se morros, cachoeiras e a usina eólica, a primeira do Sul do Brasil.
História
Habitada por milhares de anos pelos índios caingangues, que a chamavam de Kreie-bang-rê, a região de Palmas foi ocupada por fazendeiros brasileiros em 1839, dando início à atual cidade de Palmas.
A região dos Campos de Palmas, foi explorada pela primeira vez na década de 1720, pelo bandeirante curitibano Zacarias Dias Côrtes. Durante os anos de 1836 a 1839, os primeiros pioneiros da cidade se instalaram na região. Em 1855 foi elevada a condição de freguesia, e foi construída uma estrada que ligava Palmas a Guarapuava. A emancipação política do município, desmembrado de Guarapuava, ocorreu em 14 de abril de 1879.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 26º29'03" sul e a uma longitude 51º59'26" oeste (Praça Central), com altitudes variando no município entre 950 e 1.370 m e, na sede urbana, entre 1.030 (bairro do Rocio) e 1.158 m (bairro Alto da Glória) e o distrito mais elevado do PR, Horizonte com 1.338 m (e nas proximidades, .1370 m, ponto culminante). A altitude média da cidade é de 1.115 m.
Sua população, conforme censo do IBGE de 2022, era de 48.247 habitantes.
Subdivisões
Compõem o município três distritos: Palmas (sede), Francisco Frederico Teixeira Guimarães e Padre Ponciano.
Clima
Em Palmas, o verão é longo e morno; o inverno é curto e ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 10 °C a 25 °C e raramente é inferior a 4 °C ou superior a 28 °C.
Baseado no índice de turismo, as melhores épocas do ano para visitar Palmas e realizar atividades de clima quente são do fim de fevereiro ao fim de abril e do fim de outubro ao fim de janeiro.
Economia
Palmas é um município de grande relevância na região que se destaca pelo elevado potencial de consumo. Por outro lado, o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios é um fator de atenção.
De janeiro a março de 2024, foram registradas 2,6 mil admissões formais e 1,9 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 690 novos trabalhadores.
Até abril de 2024 houve registro de 47 novas empresas em Palmas, sendo que 6 atuam pela internet. Neste último mês, 18 novas empresas se instalaram, sendo 2 com atuação pela internet.
Turismo
A cidade cultiva a própria memória com orgulho e zelo em museus, bibliotecas e centros culturais que também chamam a atenção pela beleza arquitetônica. Fé e natureza também têm lugar especial no cotidiano da cidade.
Pontos mais visitados
- Catedral do Senhor Bom Jesus - Idealizada em homenagem ao Senhor Bom Jesus da Coluna dos Campos de Palmas, padroeiro do município, a nova Catedral do Senhor Bom Jesus é a quinta Igreja construída no mesmo local. A arquitetura em forma triangular simboliza a Santíssima Trindade, as treliças de madeira da cobertura representam o sentido da elevação espiritual.
Internamente, o espaço compreende nave principal, com 700 cadeiras individuais, museu religioso e nove túmulos para bispos. Uma cruz de ferro de 35 metros de altura e uma estátua gigante do Santo Padroeiro encontram-se do lado de fora da construção, que é toda feita em imbuia (tipo de madeira comum na região).
- Museu Histórico Professor José Alexandre Vieira - O Museu Histórico Professor José Alexandre Vieira guarda a história da cidade e o orgulho da população. Fruto de doações, o acervo apresenta itens como objetos de uso nas fazendas, máquinas fotográficas e de escrever, canastras e baús, bordados e documentos variados.
- Santuário Nossa Senhora de Fátima - O principal atrativo do Santuário Nossa Senhora de Fátima é a imagem da santa. O monumento está erguido sobre um pedestal de cerne trabalhado numa araucária estilizada. Um docel de bronze dourado, localizado atrás do altar de mármore, e um vitral colorido, onde estão impressas as letras X e M, representando Cristo e Maria, respectivamente, ajudam a compor o cenário interno do Santuário. Do lado de fora, outro vitral traz o Coração de Maria, em cores, rodeado por um terço do rosário dourado.
- Parque da Gruta Nossa Senhora de Lourdes - Encravada entre rochedos em um lugar de rara beleza, a Gruta de Nossa Senhora de Lurdes é uma réplica autêntica da original, no sul da França. Assim como aquela, que ficou internacionalmente conhecida pelas aparições de Nossa Senhora a uma menina de 14 anos, a gruta de Palmas tornou-se um lugar de devoção e recebe grande visitação popular.
- Empreendimentos Renascença - Quer passar um dia no campo? Então visite o Empreendimentos Renascença. Na exuberante área reflorestada, dá para passear de cavalo e charrete por bosques e morros, pescar numa piscina natural, tomar banho de cachoeira e ainda praticar velocross na pista de terra. O melhor da culinária rural pode ser degustado no restaurante, onde o requinte dos pratos está em harmonia com a rusticidade do ambiente.
- Central Eólica de Palmas - Com ventos apropriados à produção de energia, Palmas recebeu a primeira usina eólica da região Sul do Brasil. A 30 km da sede do município, o local destaca-se pela geração de energia limpa e sustentável e é ótimo para visitação, pois soma a beleza da paisagem à grandiosidade da invenção humana.
- Região dos Campos do Horizonte - Localizada a 1.400 metros acima do nível do mar, é a região mais fria do município e do Paraná. São belas paisagens naturais onduladas, cortadas pelos ventos fortes e constantes durante o ano todo. A neve e a geada frequentes no inverno cobrem de branco e acrescentam mais charme a esse verdadeiro cartão-postal.
- 15ª Cia de Engenharia e Combate - A área criada para o exercício militar hoje oferece espaço para camping. Reserva de araucária, bosque e dois lagos de proporções consideráveis encarregam-se da beleza natural do lugar. Já equipamentos de engenharia expostos para os visitantes dão um toque de talento humano.
- Cachoeira do Rio Lageado - A queda d´água é o principal atrativo do lugar, que é muito procurado para atividades esportivas e de lazer. A infraestrutura oferece área de camping, quadras de piso e areia e churrasqueiras.
Turismo Religioso
A religiosidade é marca forte da cidade. Não importa qual for a crença, é sempre hora de praticar a fé em igrejas, seminários e santuários espalhados pela região. O Cemitério Municipal chama a atenção pela arquitetura bela e variada: nele se misturam o estilo gótico dos jazigos, as esculturas angelicais renascentistas e o arrojo do estilo moderno, rico em mármore.
Atividades Esportivas
A cidade é repleta de locais para a prática de esportes. Além dos tradicionais ginásios, quadras e campos de futebol, é possível encontrar pistas de atletismo, skate e bicicross.
Feira doArtesanato na Praça Bom Jesus
Realizada aos sábados e domingos, na Praça Bom Jesus, a Feira do Artesanato divulga o trabalho dos artesãos locais, ao mesmo tempo em que promove o lazer entre a comunidade. Além de comercializar peças fabricadas artesanalmente, a iniciativa oferece cursos de capacitação e realiza mostras. Enquanto faz compras, o visitante pode assistir a apresentações culturais das mais variadas e conhecer o artesanato em nó de pinho trabalhado com torno, técnica que é genuinamente palmense.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela ; Viaje Paraná .

segunda-feira, 20 de maio de 2024

XANXERÊ - SANTA CATARINA

Xanxerê é um município brasileiro localizado no oeste do estado de Santa Catarina, distando 508 km da capital estadual, Florianópolis. Considerada uma cidade média-pequena, possuía, em 2022, segundo o IBGE, uma população de 51.607 habitantes. É sede da Região Geográfica Imediata de Xanxerê, composta por 13 municípios, e está inserida na Região Metropolitana de Chapecó, na Bacia do rio Uruguai e é a 31⁰ maior cidade do estado catarinense.
Destaca-se pela qualidade de vida oferecida a seus moradores e por ser um importante entroncamento rodoviário regional, favorecendo o comércio com o Mercosul. Exerce significativa influência no oeste catarinense, seja do ponto de vista econômico, cultural ou político. Segundo o IBGE, Xanxerê é uma das cidades que mais cresce no estado e é a 22ª economia de Santa Catarina.
Ostenta o título de "Capital estadual do milho" graças ao seu forte potencial na agroindústria. A cultura predominante é a italiana e a alemã, trazida por imigrantes que chegaram no início do século XX, procedentes em sua maioria do Rio Grande do Sul.
Etimologia
Na língua indígena Kaingang, Xanxerê significa "Campina da Cascavel", através da junção dos termos xãxã ("cascavel") e rê ("campo, campina").
História
Origens e disputas territoriais

Até o início do século XIX, índios guaranis e kaingangs habitavam a região de Xanxerê. Nesta época, estabeleceram-se na região alguns fazendeiros, dando início ao ciclo da madeira e pecuária. Anos mais tarde, imigrantes vindos do Rio Grande do Sul, descendentes de italianos e alemães, radicaram-se na cidade, que havia sido uma área de litígios entre o Brasil e a Argentina.
Criaram-se duas colônias militares (Decreto nº 2.502 de 16 de novembro de 1859) denominadas Chapecó ("Xapecó") e Chopim. O capitão José Bernardino Bormann, por Portaria de 16 de outubro de 1880, publicada em Ordem do Dia número 1543, foi encarregado de fundar a Colônia Militar do Xapecó, na até então província do Paraná sendo responsável por realizar o reconhecimento do território, bem como de escolher o melhor local, do ponto de vista estratégico e militar, para a instalação do núcleo populacional. Bormann dirigiu a colônia (também conhecida como colônia de Xanxerê) até meados do ano de 1898, quando saiu da direção para se dedicar a sua vida política pelo estado do Paraná. A partir de 1900 e até o ano de 1903 a direção da Colônia ficou sob responsabilidade de João José de Oliveira Freitas, mais conhecido como Coronel Freitas. A Colônia manteve seu funcionamento até meados do ano de 1908, quando passou para o regime civil. De acordo com a historiadora Leticia Maria Venson, "os objetivos traçados para a criação desse núcleo militar foram alcançados parcialmente, uma vez que as condições oferecidas pelos órgãos responsáveis não corresponderam às reais necessidades verificadas".
Um litígio quanto aos limites entre Santa Catarina e Paraná, provocou em 1916, a intervenção do presidente da república Venceslau Brás, que resolveu a questão junto com o General Felipe Schmidt, governador de Santa Catarina e o Coronel Cavalcanti, governador do Paraná.
Santa Catarina passa a ser dividido em novos municípios, entre eles Chapecó, com a Lei Estadual nº 1.147, de 24 de agosto de 1917. É nomeado provisoriamente para superintendente municipal (equivalente a prefeito nos dias atuais), o coronel Manoel dos Santos Marinho.
Nas primeiras eleições realizadas em Passo Bormann, Xanxerê, São Domingos, Campo Erê e Barracão, distritos do município de Chapecó, foi eleito o próprio coronel Marinho, que nomeou José Julio Farrapo como intendente em Xanxerê, através da Resolução nº 05, de 1 de Setembro de 1917. A sede do município foi transferida pelo governador Hercílio Luz para o distrito de Xanxerê em 5 de novembro de 1919, através da Lei nº 1.260. Em 5 de dezembro de 1923, a sede muda novamente, desta vez para Passo Bormann, passando o distrito de Xanxerê a ser denominado "Rui Barbosa", pertencente à Comarca de Chapecó até dezembro de 1929, quando voltou novamente a chamar-se Xanxerê. Em 3 de outubro de 1929, pela Lei Estadual nº 1.645, Xanxerê volta a ser sede do município de Chapecó.
O General Ptolomeu de Assis Brasil, com a revolução de 1930, assume a função de governador do estado, designando para prefeito de Chapecó, Nicácio Portela Diniz, que novamente instalou a sede do município em Passo Bormann. Com a morte de Portela em fevereiro de 1931, assume o cargo João Candido Marinho, capitão da Força Pública do Estado, que pediu ao Governador que a sede municipal fosse para o povoado de Passo dos Índios. Em 1938, a sede muda o nome de Passo dos Indios para Chapecó, que passou a fazer parte do recém criado Território do Iguaçú em 1943. O território foi extinto em 1946 e Xanxerê e outros distritos integrantes de Chapecó passaram novamente para o território catarinense.
Muitas famílias migraram para a região, vindas principalmente do Rio Grande do Sul. No Censo realizado no ano de 1950, havia 1.311 habitantes na área urbana de Xanxerê (643 homens e 668 mulheres). Xanxerê registrava na época uma das maiores populações rurais do estado, com 86,7% de sua população vivendo na área rural.
Fundação e História recente
Xanxerê passou a se desenvolver e em 17 de dezembro de 1953 a vila se emancipou, sendo criado o município de Xanxerê, sendo instalado oficialmente em 27 de fevereiro de 1954. Foi designado pelo governador Irineu Bornhausen, o professor Teodósio Mauricio Wanderley, como prefeito provisório de Xanxerê.
As primeiras eleições foram realizadas em 3 de outubro de 1954. Saiu vitorioso das urnas o candidato Adilio Fortes (PSD), que foi o primeiro prefeito eleito do município.
Geografia
Xanxerê localiza-se a uma latitude 26º52'37" sul e a uma longitude 52º24'15" oeste, estando a uma altitude de 800 metros. A área do município é de 377,764 km². É sede da Região Geográfica Imediata de Xanxerê e pertence à Região Geográfica Intermediária de Chapecó.
Topografia
O município encontra-se dentro da serra geral, pertencente ao grupo geológico denominado São Bento, constituído basicamente por rochas vulcânicas e vulcanismos basálticos, possui relevo forte ondulado com terra roxa estruturada.
Clima
O clima é considerado mesotérmico úmido com verões quentes e invernos frios, sendo a sua temperatura média anual de 17 °C. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1942 a 1985 e a partir de 2008, a menor temperatura registrada em Xanxerê foi de −11,6 °C, nos dias 25 de junho de 1945 e 6 de agosto de 1963, sendo esta a terceira menor temperatura já registrada no estado de Santa Catarina (as menores são de −14 °C em Caçador, em 11 de junho de 1952, e −12 °C em Canoinhas, em 7 de agosto de 1963). Por sua vez, o recorde de maior temperatura é de 39,9 °C em 7 de janeiro de 1947. O maior acumulado de precipitação em 24 horas alcançou 198,9 milímetros (mm) em 17 de maio de 1954. Desde março de 2008, a menor umidade relativa do ar (URA) chegou a 11%, em 9 de maio de 2013 e a maior rajada de vento alcançou 32,8 m/s (118,1 km/h), em 9 de agosto de 2011.
Economia
A base da economia está constituída no setor primário, principalmente no plantio de milho, soja, feijão e trigo. Também destacam-se a criação de aves, suínos, bovinos e ovinos e a apicultura, considerada fonte expressiva de renda do município. Essa região é bastante favorável a plantações, pois um modelo fundiário de milhares de pequenas propriedades integradas com a agroindústria. Isso favorece o surgimento de pequenas indústrias e empresas prestadoras de serviços, que resulta em elevados níveis de produtividade. Pode-se dizer que Xanxerê é um dos municípios mais desenvolvidos do Oeste catarinense e o segundo maior criador de gado de corte do Estado.
Transportes
O principal acesso a Xanxerê é pela rodovia BR-282, recentemente duplicada, para quem vem do litoral ou do oeste. Pela SC-480, para quem vem do norte. Pela SC-155, para quem vem do sul. Também é possível chegar utilizando o Aeroporto de Xanxerê para aeronaves de pequeno porte e que conta com serviço de táxi aéreo 24 horas por dia,
ou pelo Aeroporto de Chapecó, distante cerca de 55 km, e que conta com voos regulares para todo o país. O transporte público é providenciado por uma empresa de ônibus local que opera diversas linhas diárias que interligam os bairros da área urbana. 
Aeroporto Regional João Winckler
Sua pista de 1.149 metros de comprimento, por 18 metros de largura, está localizada a uma altitude de 898 metros e recebeu classificação Código 1-VFR, o que possibilita peso máximo de decolagem de 11.000 quilogramas, e permite pousos e decolagens de aviões com capacidade de aproximadamente 40 passageiros. É totalmente asfaltada e sinalizada e tem capacidade para operar no período noturno. Com a pavimentação da pista, já há manifestação de empresas para implantar uma linha de voo regular em Xanxerê, que funcionaria como uma alternativa aos voos do Aeroporto de Chapecó.
Educação
Segundo o IBGE, Xanxerê conta com 26 escolas de nível fundamental e 07 de nível médio. Entre as principais instituições de ensino técnico estão presentes o Instituto Federal de Santa Catarina, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial e Colégio La Salle. Entre as principais instituições de ensino superior estão presentes a Universidade do Oeste de Santa Catarina, Universidade Estácio de Sá, Centro Universitário Internacional e Universidade Salvador.
Turismo
Xanxerê atrai os visitantes com cascatas escondidas no meio da mata, com a cultura indígena e com a abundância de recursos naturais. Pode ser visitado o Posto Indígena Xapecó, uma reserva indígena e florestal habitada por índios kaingangs, guaranis e xoklengs – eles confeccionam arcos, flechas, cestas e balaios, que vendem no local. Outro destaque é o museu de entomologia e a Casa da Cultura Maria Rosa. Xanxerê é uma das maiores cidades do Oeste catarinense e conta com boa infraestrutura turística.
Cascata S. Manela
Não deixe de conhecer as três cascatas do Rio Chapecozinho, na divisa do município com a reserva indígena. Apesar das corredeiras, o rio permite a travessia a pé, por ter o fundo lajeado. Vá também à Ilha do Rio Chapecozinho, situada antes das cascatas e à Cascata S. Manella (Salomão Manella), um conjunto de três saltos com grande volume de água, em meio à mata preservada, ali existe área para camping, churrasqueiras, restaurantes, mesas, campos de futebol e sanitários. É o principal ponto de atração turística da cidade, a cascata ganhou um selo turístico da Embratur para desenvolvimento do turismo. Uma reserva ecológica que atrai muitos turistas anualmente. Durante o verão, mais de 1.000 famílias de toda a região acampam à margem do rio. Agora está em más condições, mas em torno de um ano será melhorada.
Praça Tiradentes
É o cartão postal do centro da cidade e uma das praças mais arborizadas e harmoniosas da região. Atrai milhares de pássaros das espécies chupim e pardais todas as tardes, num raro espetáculo. Durante o verão as árvores servem de pousada também para o ciclo das andorinhas. Sendo que foi revitalizada e inaugurada na celebração dos 56 anos.
Kartódromo Jean Paulo Picinatto
É uma atração a mais para quem gosta de velocidade. Periodicamente o Automóvel Clube realiza provas locais regionais, estaduais e interestaduais, atraindo kartistas do sul do Brasil.
Parque de Exposições Rovilho Bortoluzzi
Localizado às margens da BR-282 tem uma área de 200 mil m² e sedia a ExpoFemi (Exposição Festa Estadual do Milho), uma das maiores expo-feiras do Sul do país.
CTG Espelho da Tradição
As tradições gaúchas também fazem parte da cultura do povo xanxerense, que preserva com orgulho as tradições herdadas de antepassados através de vários CTGs. O CTG Espelho da Tradição realiza anualmente o Rodeio Interestadual, além de fandangos tradicionalistas. São festas que homenageiam as etnias, demonstram a integração dos povos e a preservação dos costumes e tradições.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 16 de maio de 2024

CAETITÉ - BAHIA

Caetité é um município brasileiro no interior do estado da Bahia, localizado no Alto Sertão. Distante 645 quilômetros da capital do estado, Salvador, possui uma população de 52.012 habitantes, conforme o censo demográfico de 2022, do IBGE. 
Com mais de dois séculos de emancipação, a cidade foi polo cultural da região sertaneja da Bahia: foi a terra natal de figuras como Cezar Zama, Aristides Spínola, Anísio Teixeira, Nestor Duarte Guimarães, Waldick Soriano, Haroldo Lima, Prisco Viana, Paulo Jackson, Paulo Souto, Edvan Rodrigues da Silva (Buiú), dentre outros. Foi, ainda, pioneira na educação regional, com a primeira escola normal do sertão baiano.
Topônimo 
"Caetité" deriva da língua tupi, e significa "mata da pedra grande", através da junção dos termos ka'a (mata), itá (pedra) e eté (verdadeiro). É uma referência à formação rochosa a leste da cidade conhecida por "Pedra Redonda".
Primórdios 
Núcleos de povoamento encontram registros em sítios arqueológicos de mais de 6 mil anos, que motivaram a criação do Museu do Alto Sertão da Bahia (MASB).
A região de Caetité originalmente era habitada por povos indígenas do tronco macro-jê, como os tupinaens, pataxós e maracás, havendo também a referência de que no século seguinte a região entre Minas do Rio de Contas e Caetité era ocupada pelos índios aracapás.
A colonização da região de Caetité se iniciou no século XVII, por meio de vaqueiros associados à Casa da Ponte, de Antônio Guedes de Brito. Nessa época, essa área foi ponto de passagem para bandeirantes paulistas e posto de catequese.
Século XVIII
Na primeira metade do século XVIII, Caetité era ponto de pouso para viajantes, tropeiros e mineradores que se dirigiam para as minas de ouro de Minas Gerais e de Rio de Contas. Nesse período, muitas famílias se fixaram na região, atraídas pelo clima ameno e água abundante.
Em 1724, a vila de Minas do Rio de Contas se emancipou de Jacobina e as terras que pertenceriam a Caetité passaram a pertencer à nova vila.
Em 1740, a família Carvalho ergueu uma capela em louvor a Sant'Ana, em cujos arredores se formou o arraial de Caetité, atual sede municipal.
O Arraial de Caetité foi elevado à categoria de freguesia, com o nome de Santana do Caetité, subordinada à vila de Minas do Rio de Contas, por meio de Alvara Régio de 1754.
No final do século XVIII, Caetité recebeu mineiros que participaram da Inconfidência Mineira e fugiam de possíveis retaliações da Coroa Portuguesa.
No final do século XVIII e início do século do XIX, a população de Caetité se mobilizou, exigindo da Coroa Portuguesa a elevação da freguesia à categoria de vila. Em 1803, uma provisão do Conselho Ultramarino ordenou a criação da tal vila. No entanto, a Freguesia de Santana só foi elevada à categoria de vila, com o nome de Vila Nova do Príncipe e Santana do Caetité, desmembrando-se de Minas do Rio de Contas, por meio de Decreto de 26 de fevereiro de 1810. A nova vila foi instalada em 5 de abril de 1810, data em que se comemora o aniversário de Caetité.
Do século XIX aos dias atuais 
Em 1817, Caetité foi visitada pela expedição de Spix e Martius, guardando boa impressão nos naturalistas, que consignaram a presença de uma escola régia de latim.
Morada do Major Silva Castro, herói da Independência da Bahia, teve uma filha, Pórcia, raptada por Leolino Pinheiro de Azevedo, num drama que inspirou, no século seguinte, o romance Sinhazinha, do acadêmico Afrânio Peixoto. Avô do poeta Castro Alves, a presença de Silva Castro foi um dos motivos pelos quais a cidade ainda hoje comemora o 2 de julho, data máxima do estado da Bahia.
A vila participou indiretamente das lutas pela Independência da Bahia, apoiando o Governo Provisório instalado na Vila de Cachoeira. Encerradas as lutas contra as tropas portuguesas no Recôncavo Baiano, em Caetité teve lugar o episódio dos mata-marotos, lutas entre brasileiros e portugueses, que se seguiram em 1823.
Em 12 de outubro de 1867, por meio da Lei Provincial nº 995, a Vila Nova do Príncipe e Santana do Caetité foi elevada à categoria de cidade, tendo seu topônimo simplificado para Caetité. De seu território, originaram-se 47 municípios.
No final do século XIX, Caetité foi visitada por Teodoro Sampaio, deixando o grande engenheiro a seguinte máxima: "Caetité assemelha-se ao viajante qual uma Corte do sertão".
Cresceu em importância no cenário nacional, com os tribunos Aristides Spínola (ex-governador de Goiás e mais jovem parlamentar no Império) e Cezar Zama, grande polemista e maior adversário, na tribuna, de Rui Barbosa — ambos abolicionistas e republicanos.
Em 1892, o caetiteense Rodrigues Lima, genro do Barão de Caetité, foi o primeiro governador eleito da Bahia e Caetité assistiu pela primeira vez à ação efetiva do poder público estadual, com a modernização da instalações públicas (dentre outras ações, a construção de açudes, Cemitério Municipal, Mercado e a Primeira Escola Normal do alto sertão).
No começo do século XX, Caetité assistiu à instalação da Missão Presbiteriana Brasil-Central, com a morada na cidade do pastor Henry John McCall, e fundação da Escola Americana. Isso veio a incrementar a sua condição de polo educacional sertanejo, ampliado ainda mais com a instalação do colégio jesuíta São Luiz Gonzaga.
A política local, nesta época, era bipartite entre os Rodrigues Lima, na pessoa do coronel Cazuzinha, e o coronel Deocleciano Pires Teixeira (pai de Anísio Teixeira).
Apesar das grandes dificuldades, foi a primeira cidade do interior baiano a ter uma rede de energia elétrica - verdadeira epopeia vivida pelo alemão Otto Koehne.
Também a rede de água, a construção do Teatro Centenário e outras, são fruto da índole pioneira de seu povo, progressos até então ausentes em praticamente todas as cidades do país -  ressaltando-se figuras como Durval Públio de Castro, na efetivação dessas melhorias.
No cenário político-cultural, a cidade é berço de figuras como Nestor_Duarte, a pintora Lucília Fraga, os escritores Marcelino Neves, João Gumes, Nicodema Alves e, mais recentemente, Vandilson Junqueira, Erivaldo Fagundes Neves e outros. João Gumes foi, pessoalmente, o responsável por instalar em Caetité o primeiro jornal do alto sertão: o periódico "A Pena", que hoje constitui-se no principal acervo do Arquivo Público Municipal de Caetité
Geografia 
Além da sede, possui quatro Distritos com as seguintes distâncias desta: Brejinho das Ametistas,  a 24 km; Caldeiras, a 60 ;km; Maniaçu, a 28 km e Pajeú do Vento, a 26 km. Além disso, alguns povoados de maior importância se destacam, como Anguá, Campinas, Juazeiro, Santa Luzia e Umbuzeiro.
O município apresenta características de cerrado e caatinga, estando aqueles presentes nas partes altas. Em meio ao cerrado, denominado localmente de "gerais", surgem ilhas de mata com características de floresta tropical, chamadas de capões.
Os principais problemas ecológicos apresentados são o desmatamento indiscriminado, para a produção de carvão (destinado ao consumo das grandes siderúrgicas de Minas Gerais), bem como para atender ao polo ceramista local.
Em Caetité, foram identificadas diversas espécies vegetais, algumas delas únicas (caso da palmeira "Coco-de-vassoura"), estudadas boa parte delas pelo New York Botanical Garden, na década de 1980.
Clima 
Com altitude de 825 metros, possui clima ameno, apesar de situado no semiárido. Os períodos de maior insolação são entre maio e setembro (200 horas), quando o município se encontra na estação seca, e sua temperatura média compensada anual é de 22,1 °C (média máxima de 27,6 °C e mínima de 17,5 °C).
Segundo dados da estação convencional do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no município, entre 1961 e 2019 a menor temperatura registrada em Caetité foi de 6,1 °C em 21 de julho de 1966,[26] e a maior atingiu 36,7 °C em 1° de novembro de 2012. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 111,5 milímetros (mm), em 18 de dezembro de 2007.
Economia
Na pecuária, destaca-se com um grande rebanho bovino. Na mineração, conta com ricas jazidas de urânio, ametista, manganês e ferro (esta descoberta no começo do século XXI). Na indústria, possui importantes manufaturas têxteis e é polo regional na cerâmica.
A jazida ferrífera virá a ser explorada pela companhia mineradora indiana instalada em joint venture com o nome de Bahia Mineração Ltda. O depósito conta com de 4 a 6 bilhões de toneladas, e uma produção anual estimada em cerca de 12.000.000 de toneladas anuais — a terceira maior do Brasil.
Em 2008, foi anunciada a venda de 50% da Bahia Mineração Ltda. para uma empresa cazaque, a Eurasian Natural Resources, por trezentos milhões de dólares estadunidenses. O empreendimento prevê, ainda, o escoamento da produção até o Porto de Ilhéus.
Em Caetité, a única mina de urânio explorada da América Latina
Em Caetité, está localizada a única mina de urânio em produção no Brasil, uma unidade de mineração e beneficiamento de urânio que é explorada pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil S.A., empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Considerada como uma província uranífera, com reservas de 100.000 toneladas do minério (suficiente para abastecer todas as centrais nucleares do país - existentes e programadas - por toda sua vida útil), a mina de Caetité tem capacidade para a produção de 400 toneladas de concentrado de urânio/ano. No primeiro semestre de 2011, a energia nuclear foi a segunda fonte de geração de eletricidade no país.
Constitui-se numa das 200 maiores minas do Brasil; localiza-se no lugar de nome "Cachoeira", distante mais de 40 km de Caetité, num total de 1.700 hectares.
Implantada em 1997, a unidade de mineração de urânio funciona com autorização permanente de operação concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e com licença de operação emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. As duas entidades fiscalizam as atividades de todo o setor nuclear.
Desde o ano 2000 a mina caetiteense já produziu 3.370 toneladas do minério a céu aberto, obtendo em 2013 autorização da CNEN para efetuar a exploração subterrânea; localizada entre os municípios de Caetité e Lagoa Real, a mina possui 33 pontos de ocorrência do minério.
Em janeiro 2010 uma equipe de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica efetuou a primeira visita desta unidade internacional de monitoramento a uma mina, numa iniciativa que partiu da própria INB e que deverá servir de parâmetro para outras unidades produtoras no mundo (esta foi uma ação pioneira da Missão Uranium Production Site Appraisal Team - Upsat). Depois de analisar documentos e conhecer in loco o funcionamento da INB Caetité, divulgou a seguinte conclusão: "As atividades da mina de urânio das Indústrias Nucleares do Brasil, em Caetité (BA) atendem todos os requisitos de segurança e não provocam nenhum impacto significativo ao meio ambiente da região. A unidade de produção é bem projetada, bem mantida, segura e eficiente".
Parque eólico
Segundo pesquisa anemométrica realizada em todo o estado da Bahia, Caetité apresenta o maior potencial eólico em intensidade e frequência dos ventos, além da pouca amplitude de direções destes, em todo o estado, o que torna a cidade o local onde tal projeto tenha a maior viabilidade. A região é considerada a de melhor potencial eólico do mundo.
Em 2010, foi prometida a instalação de um parque, com sede na cidade e envolvendo outros doze municípios, sendo o financiamento aprovado pelo governo federal e o projeto realizado pela empresa Renova Energia, com sede em Caetité. Várias outras empresas também se instalaram na cidade buscando pesquisar o potencial eólico para futuros projetos.
Símbolos oficiais
Hino

O hino de Caetité é um dos símbolos oficiais do município, consoante o artigo sexto de sua Lei Orgânica. É de autoria da professora Emiliana Nogueira Pita, que em sua letra ao falar de Caetité "revela um pouco da sua história de nobreza, glória, orgulho e pioneirismo".
Versão original
Com autoria de Marcelino José das Neves, escritor da cidade, e música de Hilarião Cerqueira, era cantado nas escolas e eventos cívicos desde fins do século XIX.
Na sua letra procurava o autor ressaltar a condição de destaque sertanejo então ocupada pelo município: “Caetité do sertão és princesa / De cultura és cidade ideal / Nestas plagas de tanta beleza / Caetité está só sem rival /Salve, salve, Caetité”.
Versão atual
Sua letra é de autoria da poetisa Emiliana Nogueira Pita, composto ainda a 12 de agosto de 1962 e publicado em seu único livro, "Divagando", de 1987.
A leitura de versos como "Caetité! / Teu nome é nobre / Como é nobre tua gente!" ou "Tens uma linda história, / Um passado de glória / Que nos faz orgulhar / Teu valor proclamar!", segundo análise de Cecília Maria de Alencar Menezes, leva às seguintes interpretações: "Vemos, assim, na letra da música, ressaltada a nobreza de Caetité e os seus feitos em um passado de glória e de liderança, do qual a população se orgulha e não cansa de repetir, como a se alimentar do passado", concluindo que retrata ainda que "...a maior riqueza de Caetité não estava em sua riqueza material, mas nos filhos ilustres e em uma sociedade elitizada".
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 13 de maio de 2024

RIO GRANDE DA SERRA - SÃO PAULO

Rio Grande da Serra é um município do estado de São Paulo, localizado na região metropolitana e Região imediata do município de São Paulo. Pertence à Zona Sudeste da Grande São Paulo, em conformidade com a Lei Estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011 e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).
A população de Rio Grande da Serra, conforme censo de 2022, do IBGE, era de 44.170 habitantes e a área é de 36,671 km².
História
Rio Grande da Serra teve origem com a divisão de terras nos campos de Jeribatiba, em 26 de maio de 1560, sendo a terceira aldeia construída pelos jesuítas. Pelo decreto do Marquês de Alegretti, em 1640, a Vila de Jeribatiba passa a ser denominada Vila Rio Grande. No mesmo período, fundou-se a Vila de Mogi das Cruzes, que se tornou rapidamente uma das maiores povoações da região. Para lá, começaram a se dirigir tropeiros transportando cargas de sal, que utilizavam o Caminho do Mar passando pelo povoado do Alto da Serra, até a região conhecida por Zanzaláh.
Um dos locais preferidos para as paradas das tropas era às margens do Rio Grande, por ser este um dos mais importantes rios da região. Em 1850, devido à fácil acessibilidade, o caminho dos tropeiros já era notado e muito procurado. Os primeiros imigrantes italianos, alemães e suíços chegaram em 1899, para trabalharem em Rio Grande. O primeiro açougue surgiu em 1909 e a indústria de grafite instalada nove anos mais tarde. Em 1920, o primeiro telefone foi instalado. A instalação elétrica ocorreu em 1928.
Administrativamente, Rio Grande da Serra era um distrito com a denominação de Icatuaçu, pela Lei n.º 2.456, de 30 de dezembro de 1953, subordinado ao município de Ribeirão Pires.
Foi elevado à categoria de município, com a denominação de Rio Grande da Serra, pela Lei Estadual n.º 8.092, de 28 de fevereiro 1964, desmembrado dos municípios de Ribeirão Pires e Santo André.
Geografia
Hidrografia
A hidrografia do município é constituída da Bacia do Rio Jurubatuba (Rio Grande), com seus afluentes, que irão formar o "braço Rio Grande" da Represa Billings.
Além desse rio, o município apresenta uma grande quantidade de córregos, ribeirões e riachos, como o Córrego da Figueira e o Piolzinho, situados na região do Parque América, Ribeirão da Estiva no Parque Pouso Alegre.
Clima
O clima do município, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. O verão é pouco quente e chuvoso. O inverno é ameno e subseco, sendo a neblina uma constante no clima local, entre maio e outubro. A média de temperatura anual gira em torno dos 17 °C, sendo o mês mais frio julho (média de 13 °C) e o mais quente fevereiro (média de 20 °C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 2 450 mm.
Mobilidade
Rodovias

A cidade é atendida pela SP-122 (Rodovia Deputado Antônio Adib Chammas), que liga Ribeirão Pires a Paranapiacaba.
Transporte
O município é servido pelos trens da Linha 10 – Turquesa, do Trem Metropolitano (Brás ↔ Rio Grande da Serra), que faz integração gratuita com as linhas 2 – Verde (Vila Madalena ↔ Vila Prudente) na Estação Tamanduateí e 3 – Vermelha (Palmeiras–Barra Funda ↔ Corinthians–Itaquera) na Estação Brás, além de linhas de ônibus municipais (operadas pela Viação Talismã) e linhas intermunicipais (operadas pela Next Mobilidade).
o Pires. Foi elevado à categoria de município com a denominação de Rio Grande da Serra, pela Lei Estadual n.º 8.092, de 28 de fevereiro 1964, desmembrado dos municípios de Ribeirão Pires e Santo André.
Educação
Nesta área, Rio Grande da Serra possui:
- Escolas públicas estaduais de ensino fundamental e médio;
- Escolas públicas municipais de educação infantil;
- Escolas particulares de educação infantil;
- Uma escola pública estadual de ensino técnico (Etec).
Economia
Por ser um município com território de 100% em área de mananciais, a legislação não permite que a cidade tenha indústrias poluentes. As principais movimentadoras da economia são: a indústria norte-americana DURA Automotive Systems do Brasil (autopeças), a indústria brasileira Massa Leve (produtos alimentícios), a transportadora de produtos Anamar e no transporte coletivo a Viação Talismã, além de pequenas indústrias, empresas e o comércio local.
Entretanto, uma das novas formas de movimentação da economia é o potencial turístico que existe na cidade, atraindo a população da região para seus pontos turísticos e festas como o Festival Gastronômico e Cultural do Cambuci que acontece anualmente na época do aniversário do município, bem como a Festa de São Sebastião, que atrai romeiros e devotos do santo desde 1906. Nas festas do padroeiro são comuns pessoas de todo o Grande ABC e até da capital.
Festas Tradicionais
- Festival Gastronômico e Cultural do Cambuci: festa tradicional da cidade, é realizada anualmente, sendo um dos eventos mais importantes que integra também o mês de festejos do aniversário de Rio Grande da Serra, comemorado em 3 de maio. O Cambuci é um fruto nativo da região que integra a Rota do Cambuci. O Festival geralmente acontece no terceiro fim de semana do mês de maio e é realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turístico. Oferece feira de artesanato, shows com artistas da região, concurso para eleger a Rainha e Princesa do Cambuci, além da comercialização de bolos, tortas, sucos, molho, sushi, geleias e outros alimentos feitos com o fruto.
- Festa de São Sebastião: a mais antiga e constante festa da cidade, realizada desde 1906 na sede da Paróquia São Sebastião. Teve origem na confecção da imagem do padroeiro por um andarilho anônimo que a fez para Francisco Pandolfi. Já passou por diversos formatos, e sempre no mês de janeiro compreende o Novenário (de 11 a 19), as celebrações do dia do padroeiro (20 de janeiro) e quermesses nos fins de semana. Em geral cada comunidade ou algumas delas (são 15 comunidades católicas na cidade) assumem os dias de novena, motivando e animando a missa. São Sebastião é o padroeiro e protetor contra a peste, a fome e a guerra.
- Festa de São Francisco de Assis: o padroeiro do Jardim Santa Tereza é celebrado na capela de mesmo nome no mês de outubro, em geral com tríduo, missa e apresentações das crianças da catequese, a comunidade iniciou seus trabalhos em 1972 e as festas no decorrer desta década,
- Festa da Primavera Poluída: ato que acontece anualmente alertando a população e órgãos públicos sobre a necessidade de cuidar do meio ambiente.
Represa Billings 
O Rio Grande é responsável por abastecer 7% de toda água do estado de São Paulo com seus afluentes e nascentes, sendo um deles o Rio Grande, que passa pela cidade e dá origem ao nome do município, e o Rio Pequeno que apesar de ter acesso a parte suja da represa, produz a melhor água da represa, servindo a Represa Billings. Sua área tem 97% do território inseridos na área de manancial.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 9 de maio de 2024

BREJO DA MADRE DE DEUS - PERNAMBUCO

Brejo da Madre de Deus é um município brasileiro do estado de Pernambuco.
Segundo censo do IBGE, de 2022, a população do município era de 48.650 habitantes.
O município tem como seus principais distritos, A Sede, São Domingos e Fazenda Nova. Na Sede se encontra o Palácio Municipal Pedro Aleixo de Sousa, onde funciona a Prefeitura. No Distrito de Fazenda Nova está localizado o icônico Teatro de Nova Jerusalém, onde se realiza anualmente a popular encenação "Paixão de Cristo de Nova Jerusalém" desde 1967.
História
Pré-história

No Sitio arqueológico da Furna do Estrago, em Brejo da Madre de Deus foi descoberta uma importante necrópole pré-histórica, com 125 metros quadrados de área coberta, de onde foram resgatados 83 esqueletos humanos em bom estado de conservação além de várias pinturas rupestres; estes vestígios ajudaram a desenvolver pesquisas sobre rituais fúnebres, a alimentação, a cultura e a religiosidade de grupos de caçadores e coletores que viveram na região a aproximadamente 10 mil anos.
Os indivíduos encontrados na Furna do Estrago possuíam uma cultura adaptada à caatinga. O clima da região ajudou a conservar esqueletos de crianças e adultos e pedaços de cérebro. Dentre os 83 esqueletos destaca-se o de um homem de aproximadamente 45 anos que foi enterrado com uma flauta feita de tíbia humana entre os braços. Não se sabe para que o instrumento era usado. Uma das teorias é de que o indivíduo poderia ser uma espécie de vigia, que avisava a população por meio do som. Também foram encontrados apitos no cemitério.
A análise dos restos mortais comprova que esses povos eram bem alimentados, praticavam a antropofagia, fabricavam a tecelagem a partir das fibras de palmeiras da região e possuíam uma divisão social relativamente acentuada. Este sítio foi escavado durante duas campanhas de campo, a primeira em 1983 e a segunda em 1987, sob a responsabilidade da arqueóloga Jeannette Maria Dias de Lima da Universidade Católica de Pernambuco.
Origens e povoamento
O território pertencia à sesmaria de 21 léguas, concedida a Manuel da Fonseca Rego pelo governador da capitania de Pernambuco, o Marquês de Montebelo.
O povoamento do Brejo da Madre de Deus tem suas origens em 1710 quando o português André Cordeiro dos Santos estabeleceu-se na localidade que chamou de tabocas construindo ali um engenho de açúcar. O mesmo nome foi dado a um rio que passava nas extremidades, o Rio Tabocas.
O nome Brejo provém de sua situação em um vale formado pelas serras da Prata, do Estrago e do Amaro; e Madre de Deus é devido aos evangelizadores oratorianos, da confraria da Madre de Deus do Recife, mais conhecidos como da Congregação de São Filipe Néri que adentraram-se pelo interior da capitania, seguindo o curso do Rio Capibaribe e estabeleceram-se num local que hoje fica a quinze quilômetros da sede municipal. Ali, iniciaram a construção de um hospício mas, como naquele ano houve uma grande seca, resolveram mudar-se do lugar e foram para o Sítio Brejo de São José, também conhecido como Brejo de Fora, edificando então, em 1752, uma capela dedicada a São José. O povoamento da área está relacionado com a criação de gado nos meados do século XVIII, com a rota de passagem que ligava Olinda a Cabrobó através dos rios Capibaribe, Pajeú e o São Francisco e, posteriormente com a cultura do algodão a partir da década de 1780.
A partir da capela, a povoação que já parecia existir antes dela, passou a se denominar Brejo da Madre de Deus, evoluindo até tornar-se a sede municipal. Em 1760, a Congregação de São Filipe Néri doou meia légua de terras para o patrimônio da capela, área essa que corresponde ao atual perímetro urbano. A elevação à categoria de freguesia ocorreu em 1797 sendo o primeiro vigário, o padre Antônio da Costa Pinheiro. Em 3 de Agosto de 1799 foi constituído como distrito.
Século XIX
No início do século XIX a povoação pertencia a Vila de Cimbres, devido a localização e o clima o Brejo era um lugar prospero, tanto é que abrigava a residência dos Ouvidores da comarca do sertão e de autoridades militares.
Em 1823 ocorreu a primeira tentativa de elevar o povoado a categoria de vila, naquele ano foram enviadas duas representações a Assembleia Geral Constituinte, eram assinadas por Manuel Joaquim Cerqueira, Francisco Xavier Pais de Melo Barreto e outros moradores do Brejo; a petição solicitava ao Imperador D. Pedro I que fosse elevada a categoria de Vila o referido povoado. Os pedidos, contudo não foram acolhidos devido à dissolução da assembleia.
No ano seguinte, o revolucionário António Joaquim de Mello se achava foragido no Brejo da Madre de Deus, na ocasião ele escreveu "Os Cahetés: Cantata Nacional", a canção ficou conhecida como: o Hino da Confederação do Equador. No dia 3 de Outubro de 1824 o Frei Caneca, Líder da Confederação, levantou acampamento próximo ao então povoado do Brejo no episódio da fuga que ele empreendeu, junto de seus companheiros, pelo interior de Pernambuco.
Em 1825 e em 1831 os moradores da povoação do Brejo dirigiram requerimentos ao Presidente da Província e ao Conselho Geral da Província, pedindo a criação da Vila, os pedidos não foram exitosos. Em 1833 dirigem-se novamente ao mesmo Conselho, fazendo igual pedido, e finalmente foram atendidos.
A povoação do Brejo da Madre de Deus, foi elevada à categoria de vila em 20 de maio de 1833, constituindo-se em sede do município de igual nome, desmembrado do município de Cimbres (atual município de Pesqueira) que já era sede municipal desde 3 de abril de 1762.
A Vila foi devidamente instalada pelo cel. Pantaleão de Siqueira Cavalcanti, então presidente da Câmara de Cimbres, no dia 26 de outubro de 1833, sendo os seus primeiros Vereadores: Tomás Alves Maciel, João Lúcio da Silva, Antônio Francisco Cordeiro de Carvalho, José Pedro de Miranda Henriques, Simeão Coreia de Albuquerque, o Padre Luís Carlos Coelho da Silva e João José Velho, os quais, deferido o competente juramento, entraram logo em exercício, funcionando a Câmara de Vereadores em um prédio localizado na Rua das Laranjeiras, em frente ao local foi erguido o pelourinho.
Constava então a Vila de oito ruas e dois pátios, com cerca de cem prédios, e tinha uma Escola Primária com aulas de latim e de francês, ministradas pelo padre Pedro Marinho Falcão.
O Bispo de Olinda Dom João da Purificação Marques Perdigão visitou o Brejo em 1836, ele esteve na localidade entre os dias 23 de Novembro e 1° de Dezembro daquele ano; em seu relatório questionou a falta de cuidado do padre Pedro Marinho Falcão com a conservação da Igreja Matriz, o sacerdote mostrou ainda uma preocupação com o grande número de casais que viviam em concubinato. O Bispo crismou durante a visita cerca de 2000 pessoas e celebrou missas tanto na Igreja Matriz quanto na capela de Nossa Senhora da Conceição (Atual co-Matriz do Bom Conselho).
Por decisão do Conselho da Província, em 1833 foi criada a comarca do Brejo da Madre de Deus (desmembrada da Comarca de Flores), sendo instalada em 22 de outubro do mesmo ano, tendo como primeiro Juiz de Direito o Dr. João José Teixeira da Costa. É classificada comarca de primeira entrância pelos decretos números 687 de 1850 e 5139 de 13 de novembro de 1872. Em 1841 Jerônimo Martiniano Figueira de Melo ocupou cargo de juiz da comarca, posteriormente ele foi ministro do Supremo Tribunal de Justiça e senador do Império. O cargo de juiz do Brejo foi exercido também por Antônio Epaminondas de Barros Correia, que mais tarde se tornou governador de Pernambuco.
Durante a primeira metade do século XIX o Brejo foi um lugar bastante rico e muito povoado, contudo a prosperidade foi se diluindo, em parte graças as secas frequentes, cabe destacar a Grande estiagem que durou de 1877 até 1879; que fizeram declinar consideravelmente as fontes de receita do município enfraquecendo grandemente a pecuária e a agricultura além de matar inúmeras pessoas.
O Brejo teve o predicamento de cidade - cronologicamente a 11ª em Pernambuco - em virtude da Lei Provincial nº 1.327, de 4 de fevereiro de 1879.
Pela Lei Estadual nº 52, de 20 de junho de 1893, Brejo da Madre de Deus foi constituído em município autônomo, sendo seu primeiro prefeito Francisco Alves Cavalcanti Camboim, o Barão de Buíque e sub-prefeito Constantino Magalhães da Silva.
Século XX
Com a criação de novos municípios pela Lei Estadual nº 1.931, de 11 de setembro de 1928, o município de Brejo da Madre de Deus perdeu os distritos de Belo Jardim, Serra dos Ventos e Aldeia Velha (atual Xucuru), que passaram a construir um novo município: Belo Jardim. Voltando a cidade do Brejo da Madre de Deus ser sede municipal, condição que havia perdido para Belo Jardim desde 1924.
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 235, de 9 de dezembro de 1938, o município de Brejo da Madre de Deus passou a denominar-se simplesmente Madre de Deus. Pela Lei Estadual nº 421, de 31 de dezembro de 1948, o município de Madre de Deus voltou a denominar-se Brejo da Madre de Deus.
Pela Lei Estadual nº 3.333, de 31 de Dezembro de 1958, o distrito de Jataúba é elevado à categoria de município. Entretanto, o governador do estado vetou esta elevação. O veto foi derrubado pelo STF. O Brejo então foi desmembrado novamente, perdendo o distrito de Jataúba, que em 2 de março de 1962 passou a ser um município autônomo.
Geografia
Com altitude de 636 metros, o município se localiza à latitude 08°08'45" sul e à longitude 36°22'16" oeste. Sua área é estimada em 762,35 km².
Compõem-no cinco distritos: Brejo da Madre de Deus (sede), Barra do Farias, Fazenda Nova, Mandaçaia e São Domingos. Está localizado no Planalto da Borborema, numa altitude média de 636 m. De acordo com o IBGE, o município detém o cume mais alto do estado de Pernambuco, o Pico da Boa Vista, que fica localizado na Serra do Ponto, cuja altitude chega a 1.195 metros acima do nível do mar.
A vegetação predominante é a caatinga hiperxerófila, apresenta também mata atlântica nas partes mais altas do município. O município encontra-se na bacia do Rio Capibaribe. Os principais açudes da cidade são: Machado (1.228.340m³) e Oitís (3.020.159m³).
Clima
O clima no município é do tipo semiárido, com precipitação pluviométrica de 928,1 mm e temperatura média anual de 22,3 °C. Os meses chuvosos são abril a julho.
Turismo
Nova Jerusalém

Considerado o maior teatro ao ar livre do mundo, Nova Jerusalém atrai mais de 3,5 milhões de turistas à cidade. No teatro é encenada "A paixão de Cristo". O teatro é cercado por enormes muralhas e com nove cenários, que com sua grandiosidade se torna o maior espetáculo ao ar livre do mundo. O espetáculo teve origem nas ruas do distrito de fazenda Nova, em 1951, por Epaminondas Mendonça, e os figurantes do espetáculo eram os próprios moradores do distrito.
Seus cenários buscam representar uma reconstrução da cidade de Jerusalém nos tempos em que viveu Jesus. Seu projeto foi idealizado e construído por Plínio Pacheco em 1956, concluído somente em 1968. Todos os anos, durante a Semana Santa, realiza-se o popular espetáculo "Paixão de Cristo de Nova Jerusalém". Participam dessa encenação cerca de 500 pessoas, entre atores de expressão nacional, atores regionais e figurantes.
Considerado o maior teatro a céu aberto do mundo, com 100.000m², o espaço conta com lagos artificiais, nove palcos, uma muralha de 3.500 m de pedras com 9 metros de altura e 70 torres. Sua área equivale a um terço da Jerusalém da época de Jesus.
Parque das Esculturas Monumentais Nilo Coelho
A aproximadamente dois quilômetros do teatro fica o Parque das Esculturas Nilo Coelho, um espaço de 70 hectares dedicado à natureza e à cultura. Parque retrata as figuras do nordeste por meio de esculturas feitas em pedra granítica, algumas medindo até 7 metros de altura.
Centro Histórico
Na sede do Município encontram-se vários edifícios e prédios históricos que se destacam por sua tipologia e arquitetura. Entre esses as igrejas, os casarios do século XIX e alguns edifícios isolados chamam bastante a atenção por sua beleza, sendo alguns tombados pela FUNDARPE.
O edifício de maior destaque na cidade é a Casa da Câmara e Cadeia, construída entre 1837 e 1847, foi projetada pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier, autor de obras importantes na capital como o Teatro de Santa Isabel, o prédio foi concluído pelo engenheiro recifense José Mamede Alves Ferreira. Entre 1847 e 2005 o edifício foi ocupado por várias repartições públicas, no prédio já funcionou o fórum, a Prefeitura, a Câmara Municipal, a cadeia, a delegacia e, a agência de estatística (IBGE), a coletoria federal. Hoje a construção abriga um centro cultural.
O Brejo conta ainda com o Museu Histórico instalado num sobrado construído em 1854 na Rua de São José, número 46. O sobrado de dois pavimentos dispõe de oito compartimentos no térreo, cinco compartimentos no primeiro andar e é revestido de azulejos portugueses; a construção é atribuída ao engenheiro pernambucano José do Rego Couto Maciel. Durante boa parte do século XX o proprietário do prédio foi o comerciante Alípio Magalhães da Silva Porto, que na década de 1970 autorizou que o sobrado fosse transformado no museu local. O espaço foi fundado, pela brejense Dulce de Souza Pinto, em fevereiro de 1977. Com o apoio da população local, foi reunido um riquíssimo acervo de aproximadamente mil e duzentas peças, incluindo mobiliário, armaria, arte sacra, utensílios domésticos, instrumentos de suplício, fotografias, documentos, artefatos tecnológicos de uso cotidiano e material etnográfico indígena; que ajudam a contar parte da história do Brasil desde o período pré-colonial até os nossos dias. Recebeu inicialmente o nome de "Museu Sobrado Colonial" e, a partir de 1991, tornou-se o "Museu Histórico do Brejo da Madre de Deus". Trata-se do único museu do interior de Pernambuco montado nos padrões museológicos e o único a dispor de acervos arqueológicos e paleontológicos resgatados em pesquisas no município, realizadas pela Universidade Católica de Pernambuco.
Entre as igrejas, a Matriz de São José se mostra imponente na paisagem, localizada num ponto alto da cidade e construída em 1792 em estilo barroco, a igreja foi reconstruída em 1853, aumentada em 1858 e novamente outras vezes durante o século XX. Há também a Capela da Mãe Rainha construída em novembro de 1990, situada no alto de uma colina onde se tem uma bela visão panorâmica da localidade. A Igreja de Nossa Senhora do Bom Conselho (localizada na praça de mesmo nome) já existia desde as primeiras décadas do século XIX, porém era dedicada a Nossa Senhora da Conceição, a capela foi transformada em igreja no começo da década de 1850, as obras só foram concluídas em 1868, e reformada no início da década de 1950 pelo Cônego António Duarte Cavalcanti, o mesmo que escreveu a letra do hino da cidade.
Serra do Ponto
O fator geográfico também atrai turistas o ano todo à cidade. A Serra do Ponto tem uma das mais belas vistas do estado de Pernambuco. De acordo com o IBGE, ela detém o cume mais alto de Pernambuco, o Pico da Boa Vista, cuja altitude chega a 1.195 metros acima do nível do mar.
Serra do Ponto com sua formação rochosa bastante conhecida, já foi cenário de filmes como Auto da Compadecida (1ª Versão), A Noite do Espantalho, Riacho de Sangue, As três Marias, A Vingança dos Doze e Terra sem Deus. O local é ideal para a prática Trekking, Rapel e Escalada. A serra foi palco, em 2010 e 2017, do Encontro de Escaladores do Nordeste.
No alto da Serra do Ponto, encontra-se uma pirâmide de pedra, construída pelo Arquiteto francês Louis Léger Vauthier, com o intuito de elaborar o mapa do estado de Pernambuco e está centralizada com os pontos cardeais.
Mata do Bitury
A Mata do Bitury, com uma fauna diversificada e resquícios de Mata Atlântica, tendo uma área de 700 hectares, faz com que os amantes dos esportes radicais sempre estejam em contato com a natureza, sendo a floresta localizada há 1.050 metros acima do nível do mar.
Economia
A atividade econômica predominante é a sulanca (como é chamada a atividade têxtil, na região) que emprega maioria da população do município. No distrito sede é grande o número de agricultores e trabalhadores do setor de serviços, destaca-se também o uso e a adaptação do toyota bandeirante um dos símbolos da cidade. No distrito de Fazenda Nova o setor de turismo é o que predomina através da localização do Teatro de Nova Jerusalém. No distrito de São Domingos o setor predominante é o da Sulanca devido a proximidade com a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, que é o polo nacional desse tipo de confecção.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 6 de maio de 2024

ITARARÉ - SÃO PAULO

Itararé é um município brasileiro do estado de São Paulo, situado na divisa com o estado do Paraná e é uma das dezenove cidades que integram a Região Imediata de Itapeva. O município é formado pela sede e pelos distritos de Pedra Branca de Itararé e Santa Cruz dos Lopes.
Sua população, conforme o censo de 2022 do IBGE, era de 44.438 habitantes.
História
Itararé situa-se em uma área conhecida como Campos de São Pedro, que vai do rio Verde até o rio Itararé, que dá o nome ao município.
Inicialmente habitado por índios Guaianases, tornou-se ponto conhecido de bandeirantes, exploradores, jesuítas e estudiosos, firmando-se como um dos pontos de descanso dos tropeiros que convergiam do sul levando animais para a feira de Sorocaba pelo conhecido Caminho das Tropas.
A Barreira de Itararé, é o ponto onde o rio se estreita e suas margens se unem, o que fornecia aos viajantes uma passagem natural, evitando um rio caudaloso e perigoso de atravessar. O rio foi estabelecido como divisa entre as vilas de Sorocaba e Curitiba, então Quinta comarca de São Paulo, que com sua emancipação em 1853, tornou Província do Paraná, passando o rio Itararé a ser a divisa.
A organização do município teve início em 1725, com a doação de 3 sesmarias, com o propósito de povoamento e desenvolvimento da agricultura e criação. As 3 propriedades acabaram na mão de um mesmo dono, que registrou a propriedade como "Fazenda de São Pedro" em 1836. Com o desmembramento constante da propriedade, no ano de 1879 um dos fazendeiros constrói uma capela no ponto de maior aglomeração, à margem do riacho da "Prata", elevando seu status para povoado.
De passagem a caminho do sul, o naturalista e historiador, Auguste de Saint-Hilaire, registrou em seu livro a situação do povoado, o encontro do riacho da "Prata" com o rio Itararé e até mesmo a existência de índios bárbaros que atacam fazendas próximas à mata.
Seguindo o mesmo caminho de Auguste de Saint-Hilaire, o célebre naturalista francês, Jean Baptiste Debret fez uma aquarela da ponte de madeira que existia sobre o rio Itararé, retratando a dificuldade em se atravessar com os animais na estreita ponte.
No dia 10 de março de 1885 torna-se Freguesia, em janeiro de 1891 torna-se Curato e 3 de fevereiro de 1891 torna-se Distrito de Paz. Com a Lei nº 197, de 28 de agosto de 1893, decretada pelo congresso legislativo do estado de São Paulo, criou-se o Município de São Pedro de Itararé, desvinculando-o do município de Itapeva (da Faxina). Em 31 de outubro do mesmo ano foi feita a primeira eleição para a Câmara Municipal. No dia 8 de dezembro de 1897 passou a ser Paróquia. O prefeito só passou a surgir em 1898, sendo eleito anualmente pelos vereadores. Finalmente, pela Lei nº 1.887, de 8 de dezembro de 1922 foi definida como Comarca. Contudo, a cerimônia de instalação deu-se somente em 26 de fevereiro de 1923.
Durante a Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas partiu de trem rumo a capital federal (então Rio de Janeiro), esperava-se que ocorresse uma grande batalha em Itararé, que não ocorreu pois a cidade acolheu Getúlio na estação ferroviária, permitindo sua entrada no Estado de São Paulo, e os militares depuseram o presidente Washington Luís em 24 de outubro daquele ano.
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma das frentes de batalha, quando os paulistas consideravam que São Paulo estava sendo tratado como terra conquistada, sendo governada por tenentes de outros estados e sentiam, segundo eles, que a Revolução de 1930 fora feita contra São Paulo.
Etimologia
Segundo o pesquisador Clóvis Chiaradia, "Itararé" nasceu da junção dos termos da família Tupi-Guarani: "itá" (pedra) e "raré" (tornar oco, socavar, cavado, oco), ou seja, "a pedra solapada" ou "a pedra que o rio cavou", isso porque o rio Itararé corre em um leito rochoso que foi sendo desgastado pela correnteza formando altos paredões, grandes cachoeiras e belas grutas.
Economia
Itararé é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano. O desempenho econômico e o baixo potencial de consumo são os pontos de atenção.
De janeiro a março de 2024, foram registradas 1,1 mil admissões formais e 895 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 192 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 142.
Até abril de 2024 houve registro de 56 novas empresas em Itararé, sendo que 9 atuam pela internet. Neste último mês, 14 novas empresas se instalaram, sendo 3 com atuação pela internet. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (18). No ano de 2023 inteiro, foram registradas 154 empresas.
Principais eventos
- Festa do Milho Verde: Festa organizada pela associação de moradores do bairro Vila Santa Terezinha, que possui barracas que comercializam o milho dentre suas mais diversas formas: natural, mingau, bolo, sorvete, pamonha, etc;
- Cavalgada: Realizada no último final de semana do mês de janeiro, abrangendo o eixo entre Bom Sucesso de Itararé a Sengés;
- Festa de São Pedro: Quermesse realizada em homenagem ao padroeiro do município, São Pedro. Há exposições e comercialização de produtos, lanches, gêneros alimentícios e entretenimentos em geral;
- Concurso Miss Itararé: Realizado para eleger a garota que representará o município, como parte das comemorações de aniversário realizada no mês de agosto.
- Desfile e Festa de Aniversário do Município - 28 de agosto: Durante um período de cinco dias em média, é realizado no centro de eventos o rodeio, a exposição agropecuária, shows em geral, queima de fogos de artifício no encerramento, sendo neste local instalado uma grande estrutura que agrega serviços de alimentação e entretenimento, stands de exposição, barracas de artesanato, leilão de gado, etc.
Turismo
Municípios de Interesse Turístico (MIT)
Em 07/04/2015, o Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), aprovou por unanimidade, a Proposta de Emenda à Constituição 11/2013, que foi encaminhada pelo Governador Geraldo Alckmin, que dá nova redação ao artigo 146, que tem o objetivo de ampliar o número de municípios beneficiários dos recursos vinculados ao Fundo de Melhoria das Estâncias.
Dessa forma, o Estado de São Paulo amplia a abrangência de políticas públicas para o desenvolvimento do turismo no Estado através de um fundo constitucional.
Na prática, esta iniciativa do Executivo institui que 140 municípios serão de interesse turístico. Todos os municípios, exceto as Estâncias já existentes, concorrerão a esse grupo, e para participar desse time, os municípios deverão preencher alguns critérios como potencial turístico, Conselho Municipal de Turismo, serviço médico emergencial, infraestrutura básica, Plano diretor de turismo e expressivos atrativos turísticos.
O município possui diversas cachoeiras, cânions, trilhas de ecoturismo em geral, trekking, mountain bike, parapente e vários outros esportes de aventura.
Parque Ecológico da Barreira
Cascatas, paredões rochosos e revoada de andorinhas são os principais atrativos
Itararé (SP) está no roteiro turístico de todo o Brasil. Nos finais de semana, principalmente durante os feriados prolongados a cidade recebe centenas de turistas e visitantes para curtir os principais atrativos.
Com 70 mil metros quadrados coberta por uma vegetação de cerrado e cânion a Gruta da Barreira, como é mais conhecida, conta com uma biodiversidade singular encantando os olhos de quem estiver por lá com as cascatas, fendas e poços esculpidos pelas águas.
As andorinhas, símbolo do município, fazem um espetáculo à parte com a revoada no final do dia, quando retornam para seus ninhos entre os paredões rochosos.
A Gruta da Barreira carrega também muitas lendas e uma delas está na água. “Dizem que aquele que beber da água que sai da pedra, sempre voltará para Itararé”,
O parque está localizado às margens da SP-258 – Rodovia Francisco Alves Negrão, Km 362 a apenas 3 quilômetros da cidade de Itararé. O horário de funcionamento é das 8h ás 18h diariamente e durante os finais de semana prolongado o parque recebe turistas de todo Brasil, principalmente dos estados de São Paulo e Paraná.
Geografia
Possui uma área de 1.003,860 km². Localiza-se a uma latitude 24º06'45" sul e a uma longitude 49º19'54" oeste, estando a uma altitude de 740 metros.
Clima
Como em quase todo estado, o clima é subtropical (cfa), com temperaturas chegando aos 33 °C no verão e -2 °C no inverno, com chuvas distribuídas ao longo do ano e com diminuição de precipitações nos meses de inverno.
Em Itararé, o verão é longo, morno, úmido e de céu quase encoberto; o inverno é curto, ameno e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 10 °C a 29 °C e raramente é inferior a 5 °C ou superior a 33 °C.
Hidrografia
A hidrografia de Itararé é composta pelo Rio Itararé e pelo Rio Verde
Rodovias
A cidade é atendida pelas rodovias SP-258, SP-259, SP-281 e PR-239.
Ferrovias
Atualmente, a cidade é atendida pelo Ramal de Pinhalzinho da antiga Fepasa, parte do chamado Tronco Principal Sul. O ramal, localizado fora do perímetro urbano da cidade, se encontra concedido ao transporte de cargas pela Rumo Logística.
No passado, Itararé também já foi atendida por outras duas históricas ferrovias, o Ramal de Itararé original da antiga Estrada de Ferro Sorocabana e a Linha Itararé-Uruguai da antiga Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, que a atravessavam em seu centro urbano. Esta última, de posse da antiga Rede Ferroviária Federal, teve seu trecho entre as cidades de Itararé e Jaguariaíva desativado nos anos 1980 e era pejorativamente conhecido como o "pior trecho ferroviário do Brasil", devido às suas inúmeras curvas tortuosas. Os seus trilhos foram arrancados em 1993.
Com a construção de um segundo ramal na cidade, o tráfego no Ramal de Itararé acabou diminuído e devido ao fim do trecho entre Itararé e Jaguariaíva da Linha Itararé-Uruguai nos anos 1990, a Fepasa acabou por desativar de vez o trecho final do antigo ramal da Sorocabana. Os trilhos deste foram retirados em 1996 e o pátio de manobra da antiga estação funciona hoje como o centro de eventos do município.
Aeródromo
O aeródromo local está desativado desde 2014, possuindo uma pista de 1300m em terra, Anteriormente homologado sob o código ICAO SDID, hoje o terreno está destinado à implantação de um frigorífico.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela .