João Pinheiro é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população conforme censo do IBGE de 2022, era de 46.801 habitantes.
História
O processo de colonização da região, provavelmente na metade do século XVIII, ocorreu no período que antecede a descoberta do ouro nas regiões das minas com o movimento das entradas e bandeiras rumo às terras de Paracatu.
Antes da ocupação pelo homem branco, o território era habitado apenas por ameríndios (da tribo de Cataguá) e negros fugitivos das minas de Paracatu e de Goiás.
Por volta de 1818, nas proximidades das margens da Vereda da Extrema, surgiu um pequeno povoado, fundado por bandeirantes e tropeiros que buscavam a Capitania de Goiás, este foi o primeiro pouso do homem branco nestas paragens. No entanto, alguns desses aventureiros se fixaram animados pela criação de gado e pelos garimpos de diamantes, no Rio Santo Antônio. Foi uma febre e esta passou a ser a principal atividade do arraial nascente.
O povoado recebeu o nome de Santana dos Alegres, esta foi a primeira denominação do primitivo arraial pertencente ao bispado de Pernambuco - que deu origem ao município atual.
Segundo a tradição oral, um boi curraleiro muito bravo que vivia nas adjacências do local, frequentemente, ao anoitecer, ia para o arraial e lá permanecia durante toda a madrugada a mugir. O hábito daquele animal, chamado Alegre, intrigava a todos. Conta-se que esta foi a razão do nome do povoado.
Em 1873, o povoado de Santana dos Alegres foi elevado a distrito (em terras de Paracatu). Até 1902, o garimpo foi bastante explorado às margens do rio Santo Antônio e no leito de outros cursos d'água. Em 30 de agosto de 1911, Santana dos Alegres, recebeu seu nome atual, e foi-se desmembrado de Paracatu. Em 1925 foram-lhe concedidos foros de cidade e sede de município.
A cidade possui algumas festas de tradição, como é o caso da Festa do Peão de Boiadeiro, realizada em abril, o carnaval fora de época, João Pirô, realizado em outubro e a Festa da Cidade, realizada em setembro.
A padroeira da cidade é Santa Ana, cuja festa litúrgica se dá em 26 de julho.
Etimologia
O nome da cidade foi dado em homenagem ao ex-presidente do estado, João Pinheiro da Silva.
Geografia
João Pinheiro insere-se na porção noroeste de Minas Gerais. Na divisão das regiões de Minas Gerais, o município está na Região Noroeste I, enquanto pertence à Macrorregião de Planejamento VII, do mesmo nome. Nessa macrorregião, João Pinheiro localiza-se na microrregião de Paracatu, segundo a nova regionalização estabelecida pela SEPLAN-MG em 1994. Com área total de 10.727,097 km², é maior município em extensão territorial do estado de Minas Gerais. Do ponto de vista geográfico, a sede municipal situa-se a 46º10’27” de longitude oeste e 17º44’26” de latitude.
Caracterização topográfica
A compartimentação topográfica, apresentada pelo IGA para o município, revela os seguintes dados: relevo plano - 20%; ondulado - 40%; montanhoso - 40%.
Aspectos geológicos e geomorfológicos
A geologia da área estudada é marcada pela predominância quase absoluta de litótipos originários do Grupo Bambuí, onde se destacam os calcários dolomitos, ardósias, siltitos, folhetos ardosianos e margas da formação Paraopeba. Registra-se, ainda, a ocorrência de ardósias da formação Três Marias, além de depósitos areníticos, que resultam em formas de relevo com rebordos bem marcados.
São também registradas Coberturas Detríticas, caracterizadas por uma constituição areno-argilosa, sendo a primeira representada por areias finas e a segunda por argilas sílticas, localmente lateralizadas, às vezes com espessas cascalheiras como cobertura.
Do ponto de vista geomorfológico, a região insere-se na Depressão Sanfranciscana, mais precisamente numa depressão interplanáltica, onde as formas de aplainamento, superfícies levemente onduladas e pedimentos ravinados, marcam a paisagem regional.
As planícies também caracterizam a paisagem da região, podendo ser observadas, de preferência, ao longo dos principais cursos de água, antes citados.
Solos e seu potencial
Segundo o Diagnóstico Ambiental do Estado de Minas Gerais, elaborado pelo CETEC-MG em 1983, predominam na região ora em estudo a classe dos latossolos e todas as suas variações, sendo em sua maioria distróficos e álicos, distribuídos quase sempre nas superfícies tabulares ou de aplainados.
De acordo com o referido trabalho, as principais limitações ao uso agrícola destes solos são a falta de água e a baixa fertilidade natural, em especial a dos álicos, devido à toxidade provocada pelo alumínio.
Ainda segundo o mesmo documento, em geral são de solos com excelentes propriedades físicas, que surgem em grande parte em relevos adequados à mecanização e que, se devidamente trabalhados, prestam-se muito bem, por exemplo, à produção de grãos.
Na região, nota-se ainda a ocorrência de grandes áreas em que a pedogênese atuante sobre substrato arenítico gerou solos classificados como areias quartzosas. São solos pobres quimicamente, mas que vêm sendo explorados em todo o Brasil, graças às suas propriedades físicas.
No município está presente também a classe dos litólicos, que ocorrem em grandes áreas. Este tipo de solo caracteriza-se pela existência de um horizonte A, assentado diretamente sobre a rocha ou sobre materiais dela, em avançado estágio de intemperismo.
São solos rasos e encontrados em locais de intensa ação erosiva. De modo geral, apresentam fortes limitações ao uso agrícola, tendo em vista a impossibilidade de mecanização, a baixíssima fertilidade natural, a falta de água e a grande susceptibilidade à erosão, em decorrência das declividades do ambiente sobre os quais se desenvolvem.
Áreas cobertas por solos aluviais surgem ao longo dos principais cursos de água da região, o que facilita sua utilização e irrigação.
Hidrografia
A rede hidrográfica municipal integra-se indiretamente à bacia do rio São Francisco. Na localidade em estudo, os principais cursos de água são os rios da Prata, Verde, da Caatinga, do Sono e Santo Antônio, ambos afluentes pela margem direita do rio Paracatu, por sua vez afluente direto do rio São Francisco.
Clima
O clima regional é do tipo tropical típico, marcado pela ocorrência de verões quentes e úmidos e invernos frios e secos, com índice pluviométrico de 1.360 milímetros (mm). O trimestre mais chuvoso abrange os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, enquanto o mais seco se dá em junho, julho e agosto. As médias térmicas mostram máximas de 30 °C, mínimas de 18 °C e média anual de 24 °C.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 2017, a temperatura mínima absoluta registrada em João Pinheiro foi de 3,8 °C, em 23 de julho de 1973, e a máxima absoluta atingiu 39,8 °C em 6 de outubro de 2005. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 171,2 mm, em 17 de dezembro de 2011.
Vegetação
Em termos fitogeográficos, a área pertencente aos domínios municipais de João Pinheiro é ocupada por uma formação vegetal do tipo savanóide, conhecida como cerrado. Em seu interior, podem ser observados remanescentes de formações florestais, que possivelmente estão correlacionadas a manchas de solos de melhor qualidade ou à influência de microclimas mais favoráveis ao desenvolvimento de um gradiente de maior biomassa.
Além dessas formações vegetais, é comum a presença das veredas, exibindo seus portentosos buritis, em áreas geomorfologicamente deprimidas e detentoras, portanto, de maior umidade local.
Condicionada por características pedológicas ou litológicas, ocorrem também formações vegetais classificadas como caatingas.
Economia
A estratégica localização, no noroeste de Minas, na região do Urucuia, proporciona permanente intercâmbio comercial e cultural com quatro Capitais e importantes cidades da região, tanto no Triângulo como no Norte do Estado.
A economia do município gira principalmente sobre o agronegócio, com destaques para a pecuária (bovinos de leite e corte), agroflorestal e sucroalcooleiro. No setor de confecções também se concentra parte considerável da mão-de-obra da cidade.
População economicamente ativa
Conforme já mencionado, predominam em João Pinheiro as atividades primárias, em especial a agropecuária. Isso fica patente através do confronto entre os dados dos Censos Demográficos de 1970, 1980 e 1991, referentes à estrutura setorial de absorção da população economicamente ativa - PEA - do município. Ademais, observa-se uma tendência de progressiva redução de pessoas ocupadas no setor primário, em detrimento do aumento de pessoal nos outros setores, sobretudo no terciário.
Agricultura
A agricultura em João Pinheiro mostra-se complexa. Embora não seja a atividade principal do município, revela-se diversificada, variando da cultura de eucalipto, cana-de-açúcar, produção de grãos e frutas, indo até a agricultura familiar de subsistência.
A produção local de carvão iniciou-se na década de 1970, com os requerimentos crescentes de carvão pela indústria siderúrgica, que ganhava fôlego cada vez maior em Minas Gerais. Grandes extensões de terras a preços relativamente baixos, condições naturais favoráveis para o rápido crescimento do eucalipto e abundância de mão de obra barata, associadas a um amplo e arrojado programa de incentivos fiscais e subsídios para o reflorestamento promovido pelo governo central, propiciaram a expansão da atividade. Surgiram, então, os chamados maciços verticalizados, ou seja, produção florestal direto para a indústria.
Até meados dos anos 80, o ramo florestal brasileiro viveu amparado nos incentivos fiscais. Naquele período, a floresta de eucalipto era concebida exclusivamente dentro de uma perspectiva monetária, sem levar em consideração seus aspectos sociais e ambientais.
Dentre as principais empresas reflorestadoras que se instalaram em João Pinheiro destacam-se a White Martins, Companhia Mineira de Metais, ARG Mandacaru, Bandeirantes e Plantar, todas com uma extensão plantada com menos de 15 000 ha. Soma-se a elas a Vallourec Florestal (antiga Mannesmann Agro Florestal e posteriormente V & M Florestal), que possui a maioria das terras cultivadas.
Potencial mineral
De acordo com levantamentos realizados pela Companhia Mineradora de Minas Gerais - COMIG, João Pinheiro possui potencial mineral que, para ser viabilizado enquanto investimento, necessita em especial de parcerias com a iniciativa privada, dado que o ramo exige inversões de capital, em geral significativas.
Acesso e transportes
João Pinheiro é entrecortado por duas rodovias importantes: BR-040 e BR-365, além da MG-181, que fazem a ligação do município com outras partes do País, como também com outros centros importantes do Estado.
Aeroporto
O município conta com um aeroporto de pista asfaltada com 1 200 m.
Referência para o texto: Wikipédia .
História
O processo de colonização da região, provavelmente na metade do século XVIII, ocorreu no período que antecede a descoberta do ouro nas regiões das minas com o movimento das entradas e bandeiras rumo às terras de Paracatu.
Antes da ocupação pelo homem branco, o território era habitado apenas por ameríndios (da tribo de Cataguá) e negros fugitivos das minas de Paracatu e de Goiás.
Por volta de 1818, nas proximidades das margens da Vereda da Extrema, surgiu um pequeno povoado, fundado por bandeirantes e tropeiros que buscavam a Capitania de Goiás, este foi o primeiro pouso do homem branco nestas paragens. No entanto, alguns desses aventureiros se fixaram animados pela criação de gado e pelos garimpos de diamantes, no Rio Santo Antônio. Foi uma febre e esta passou a ser a principal atividade do arraial nascente.
O povoado recebeu o nome de Santana dos Alegres, esta foi a primeira denominação do primitivo arraial pertencente ao bispado de Pernambuco - que deu origem ao município atual.
Segundo a tradição oral, um boi curraleiro muito bravo que vivia nas adjacências do local, frequentemente, ao anoitecer, ia para o arraial e lá permanecia durante toda a madrugada a mugir. O hábito daquele animal, chamado Alegre, intrigava a todos. Conta-se que esta foi a razão do nome do povoado.
Em 1873, o povoado de Santana dos Alegres foi elevado a distrito (em terras de Paracatu). Até 1902, o garimpo foi bastante explorado às margens do rio Santo Antônio e no leito de outros cursos d'água. Em 30 de agosto de 1911, Santana dos Alegres, recebeu seu nome atual, e foi-se desmembrado de Paracatu. Em 1925 foram-lhe concedidos foros de cidade e sede de município.
A cidade possui algumas festas de tradição, como é o caso da Festa do Peão de Boiadeiro, realizada em abril, o carnaval fora de época, João Pirô, realizado em outubro e a Festa da Cidade, realizada em setembro.
A padroeira da cidade é Santa Ana, cuja festa litúrgica se dá em 26 de julho.
Etimologia
O nome da cidade foi dado em homenagem ao ex-presidente do estado, João Pinheiro da Silva.
Geografia
João Pinheiro insere-se na porção noroeste de Minas Gerais. Na divisão das regiões de Minas Gerais, o município está na Região Noroeste I, enquanto pertence à Macrorregião de Planejamento VII, do mesmo nome. Nessa macrorregião, João Pinheiro localiza-se na microrregião de Paracatu, segundo a nova regionalização estabelecida pela SEPLAN-MG em 1994. Com área total de 10.727,097 km², é maior município em extensão territorial do estado de Minas Gerais. Do ponto de vista geográfico, a sede municipal situa-se a 46º10’27” de longitude oeste e 17º44’26” de latitude.
Caracterização topográfica
A compartimentação topográfica, apresentada pelo IGA para o município, revela os seguintes dados: relevo plano - 20%; ondulado - 40%; montanhoso - 40%.
Aspectos geológicos e geomorfológicos
A geologia da área estudada é marcada pela predominância quase absoluta de litótipos originários do Grupo Bambuí, onde se destacam os calcários dolomitos, ardósias, siltitos, folhetos ardosianos e margas da formação Paraopeba. Registra-se, ainda, a ocorrência de ardósias da formação Três Marias, além de depósitos areníticos, que resultam em formas de relevo com rebordos bem marcados.
São também registradas Coberturas Detríticas, caracterizadas por uma constituição areno-argilosa, sendo a primeira representada por areias finas e a segunda por argilas sílticas, localmente lateralizadas, às vezes com espessas cascalheiras como cobertura.
Do ponto de vista geomorfológico, a região insere-se na Depressão Sanfranciscana, mais precisamente numa depressão interplanáltica, onde as formas de aplainamento, superfícies levemente onduladas e pedimentos ravinados, marcam a paisagem regional.
As planícies também caracterizam a paisagem da região, podendo ser observadas, de preferência, ao longo dos principais cursos de água, antes citados.
Solos e seu potencial
Segundo o Diagnóstico Ambiental do Estado de Minas Gerais, elaborado pelo CETEC-MG em 1983, predominam na região ora em estudo a classe dos latossolos e todas as suas variações, sendo em sua maioria distróficos e álicos, distribuídos quase sempre nas superfícies tabulares ou de aplainados.
De acordo com o referido trabalho, as principais limitações ao uso agrícola destes solos são a falta de água e a baixa fertilidade natural, em especial a dos álicos, devido à toxidade provocada pelo alumínio.
Ainda segundo o mesmo documento, em geral são de solos com excelentes propriedades físicas, que surgem em grande parte em relevos adequados à mecanização e que, se devidamente trabalhados, prestam-se muito bem, por exemplo, à produção de grãos.
Na região, nota-se ainda a ocorrência de grandes áreas em que a pedogênese atuante sobre substrato arenítico gerou solos classificados como areias quartzosas. São solos pobres quimicamente, mas que vêm sendo explorados em todo o Brasil, graças às suas propriedades físicas.
No município está presente também a classe dos litólicos, que ocorrem em grandes áreas. Este tipo de solo caracteriza-se pela existência de um horizonte A, assentado diretamente sobre a rocha ou sobre materiais dela, em avançado estágio de intemperismo.
São solos rasos e encontrados em locais de intensa ação erosiva. De modo geral, apresentam fortes limitações ao uso agrícola, tendo em vista a impossibilidade de mecanização, a baixíssima fertilidade natural, a falta de água e a grande susceptibilidade à erosão, em decorrência das declividades do ambiente sobre os quais se desenvolvem.
Áreas cobertas por solos aluviais surgem ao longo dos principais cursos de água da região, o que facilita sua utilização e irrigação.
Hidrografia
A rede hidrográfica municipal integra-se indiretamente à bacia do rio São Francisco. Na localidade em estudo, os principais cursos de água são os rios da Prata, Verde, da Caatinga, do Sono e Santo Antônio, ambos afluentes pela margem direita do rio Paracatu, por sua vez afluente direto do rio São Francisco.
Clima
O clima regional é do tipo tropical típico, marcado pela ocorrência de verões quentes e úmidos e invernos frios e secos, com índice pluviométrico de 1.360 milímetros (mm). O trimestre mais chuvoso abrange os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, enquanto o mais seco se dá em junho, julho e agosto. As médias térmicas mostram máximas de 30 °C, mínimas de 18 °C e média anual de 24 °C.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 2017, a temperatura mínima absoluta registrada em João Pinheiro foi de 3,8 °C, em 23 de julho de 1973, e a máxima absoluta atingiu 39,8 °C em 6 de outubro de 2005. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 171,2 mm, em 17 de dezembro de 2011.
Vegetação
Em termos fitogeográficos, a área pertencente aos domínios municipais de João Pinheiro é ocupada por uma formação vegetal do tipo savanóide, conhecida como cerrado. Em seu interior, podem ser observados remanescentes de formações florestais, que possivelmente estão correlacionadas a manchas de solos de melhor qualidade ou à influência de microclimas mais favoráveis ao desenvolvimento de um gradiente de maior biomassa.
Além dessas formações vegetais, é comum a presença das veredas, exibindo seus portentosos buritis, em áreas geomorfologicamente deprimidas e detentoras, portanto, de maior umidade local.
Condicionada por características pedológicas ou litológicas, ocorrem também formações vegetais classificadas como caatingas.
Economia
A estratégica localização, no noroeste de Minas, na região do Urucuia, proporciona permanente intercâmbio comercial e cultural com quatro Capitais e importantes cidades da região, tanto no Triângulo como no Norte do Estado.
A economia do município gira principalmente sobre o agronegócio, com destaques para a pecuária (bovinos de leite e corte), agroflorestal e sucroalcooleiro. No setor de confecções também se concentra parte considerável da mão-de-obra da cidade.
População economicamente ativa
Conforme já mencionado, predominam em João Pinheiro as atividades primárias, em especial a agropecuária. Isso fica patente através do confronto entre os dados dos Censos Demográficos de 1970, 1980 e 1991, referentes à estrutura setorial de absorção da população economicamente ativa - PEA - do município. Ademais, observa-se uma tendência de progressiva redução de pessoas ocupadas no setor primário, em detrimento do aumento de pessoal nos outros setores, sobretudo no terciário.
Agricultura
A agricultura em João Pinheiro mostra-se complexa. Embora não seja a atividade principal do município, revela-se diversificada, variando da cultura de eucalipto, cana-de-açúcar, produção de grãos e frutas, indo até a agricultura familiar de subsistência.
A produção local de carvão iniciou-se na década de 1970, com os requerimentos crescentes de carvão pela indústria siderúrgica, que ganhava fôlego cada vez maior em Minas Gerais. Grandes extensões de terras a preços relativamente baixos, condições naturais favoráveis para o rápido crescimento do eucalipto e abundância de mão de obra barata, associadas a um amplo e arrojado programa de incentivos fiscais e subsídios para o reflorestamento promovido pelo governo central, propiciaram a expansão da atividade. Surgiram, então, os chamados maciços verticalizados, ou seja, produção florestal direto para a indústria.
Até meados dos anos 80, o ramo florestal brasileiro viveu amparado nos incentivos fiscais. Naquele período, a floresta de eucalipto era concebida exclusivamente dentro de uma perspectiva monetária, sem levar em consideração seus aspectos sociais e ambientais.
Dentre as principais empresas reflorestadoras que se instalaram em João Pinheiro destacam-se a White Martins, Companhia Mineira de Metais, ARG Mandacaru, Bandeirantes e Plantar, todas com uma extensão plantada com menos de 15 000 ha. Soma-se a elas a Vallourec Florestal (antiga Mannesmann Agro Florestal e posteriormente V & M Florestal), que possui a maioria das terras cultivadas.
Potencial mineral
De acordo com levantamentos realizados pela Companhia Mineradora de Minas Gerais - COMIG, João Pinheiro possui potencial mineral que, para ser viabilizado enquanto investimento, necessita em especial de parcerias com a iniciativa privada, dado que o ramo exige inversões de capital, em geral significativas.
Acesso e transportes
João Pinheiro é entrecortado por duas rodovias importantes: BR-040 e BR-365, além da MG-181, que fazem a ligação do município com outras partes do País, como também com outros centros importantes do Estado.
Aeroporto
O município conta com um aeroporto de pista asfaltada com 1 200 m.
Referência para o texto: Wikipédia .