quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Taubaté - São Paulo


Taubaté é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, localizado na região do Vale do Paraíba.
Topônimo - Taubaté corresponde a uma variação do vocábulo "taba-ibaté", que na língua Tupi significa "aldeia que fica no alto", em referência à aldeia guaianá que na época da fundação do povoado, localizava-se no alto de uma colina. Ali viria a se formar o bairro Alto de São Pedro, onde foi erigida uma estátua do Cristo Redentor, de 23 metros de altura, inaugurada em 1956.
Antes de sua fundação como vila, havia no local onde hoje é parcialmente as ruas Capitão Geraldo, Coronel João Afonso, travessa São José e Largo do Chafariz, uma tribo de índios guaianás denominada tabaybaté (daí o nome do município).
Até então, a colonização europeia não havia de fato chegado à região do Vale do Paraíba, na época, pertencente à Capitania de Itanhaém, e havia a necessidade de demarcação de posses destes sertões pela sua donatária, a Condessa de Vimieiro, neta e herdeira de Martim Afonso de Sousa.
A partir disso, foi enviado o então bandeirante Jacques Félix e expedidas concessões oficiais a ele. No ano de 1628, recebeu concessões de terras. Em 20 de janeiro de 1636, obteve poderes de avançar pelos "Sertões do Paraíba" por meio de provisão do capitão-mor da Capitania de Itanhaém, Francisco da Rocha.
Finalmente, em 13 de outubro de 1639 (provisão, capitão-mor Vasco da Mota), ordens para construção da igreja matriz, casa para o conselho, cadeia pública, arruamento, engenho de cana-de-açúcar e farinha de milho, além de concessão de terras às famílias trazidas pelo fundador.
Em 5 de dezembro de 1645, por provisão do capitão-mor Antônio Barbosa de Aguiar, recebeu foral de vila (primeiro local a recebê-lo na região), com o nome de São Francisco das Chagas de Taubaté, sendo, assim, escolhido oficialmente seu padroeiro.
Foi no principal período das bandeiras, entre 1690 e 1715, que a vila alcançou relativa prosperidade com o abastecimento das bandeiras tanto vindas da Vila de São Paulo de Piratininga quanto saídas da própria Vila de Taubaté.
Tornou-se um "centro irradiador de bandeirismo". Seus filhos tiveram, como grandes feitos, a fundação de numerosas localidades, destacando-se a maioria das cidades históricas de Minas Gerais, na época, um enorme território inexplorado, desconhecido e sem colonização também pertencente à Capitania de Itanhaém, com destaque para Mariana, primeira Vila, núcleo colonial e capital mineira, além de Ouro Preto, São João del-Rei, Tiradentes. Outra cidade importantíssima a nível nacional fundada por bandeirantes taubateanas foi Campinas. Deve-se também o descobrimento de ouro em Minas Gerais pelo bandeirante Antônio Rodrigues Arzão em 1693. O que proporcionou a Taubaté receber uma Casa de fundição de ouro.
Passada essa época, Taubaté voltou à agropecuária de subsistência, que predominaria por aproximadamente um século, até a chegada da cultura do café, trazida do Rio de Janeiro.
A cafeicultura teve início do município na metade do século XVIII. No século XIX, mais precisamente em 1842, devido ao seu tamanho e a sua importância na região, Taubaté recebe do barão de Monte Alegre o título de cidade. A vila já havia alcançado, em 1836, a cifra de 11.833 habitantes, sendo o maior núcleo populacional do interior da província. Em 1900, a cidade alcançou a maior produção cafeeira do Vale do Paraíba.
No dia 26 de fevereiro de 1906, na gestão do presidente Rodrigues Alves, foi assinado o Convênio de Taubaté pelos presidentes dos estados (hoje, "governadores") de São Paulo (Jorge Tibiriçá Piratininga), Rio de Janeiro (Nilo Peçanha) e Minas Gerais (Francisco Antônio de Sales). O convênio tinha, como objetivo, incentivar a produção de café através do controle das plantações e dos valores das taxas para exportação e para o consumo interno.
Em 1920, a cafeicultura entrou em decadência, processo que já vinham ocorrendo desde a década de 1880. A rizicultura, beneficiada pelo Rio Paraíba do Sul, foi uma das alternativas na época.
Fatores como o fim do ciclo do café, a mão de obra barata disponível no município e a fácil comunicação com as cidades Rio de Janeiro e São Paulo levou a Taubaté a se industrializar. A Estrada de Ferro Dom Pedro II (Central do Brasil) e a Rodovia Presidente Dutra passavam pela cidade. Posteriormente, a eclosão das duas guerras mundiais e a consequente demanda de exportação do país alavancaram a produção industrial do município.
No ano de 1891, Taubaté teve uma de suas primeiras indústrias, a Companhia Taubaté Industrial, onde se fabricavam "morins" (tecidos brancos e finos de algodão), que eram vendidos para grande parte do Brasil. Até os dias atuais, alguns dos prédios que abrigaram a indústria se mantêm preservados na Praça Felix Guisard (conhecida como Praça da CTI), próxima ao Centro da cidade.
Economia
Indústria - Taubaté foi uma das primeiras cidades do país a se industrializar, o que ocorreu com a fundação da Companhia Taubaté Industrial no município, em 1891, que viria a se tornar uma das principais indústrias do ramo da tecelagem no mundo, atingindo seu ápice na década de 1950. Em 1927, instala-se no município a Companhia Fabril de Juta, que passa, em pouco tempo, a ocupar a posição de segunda indústria em geração de empregos na cidade.
A partir da década de 1970, a cidade passa a atrair um grande número de indústrias, com destaque para as empresas do ramo automobilístico. As marcas Volkswagen e Ford instalam unidades de produção na cidade, bem como diversas empresas de auto peças.
É o segundo maior polo industrial e comercial de sua mesorregião, abrigando empresas como Volkswagen, Ford, LG, Alstom, Usiminas, Cameron, Embraer, (Centro de distribuição e o Centro de Serviços Integrados - CSI), Elevadores Villarta, entre outras. O município também abriga o Comando de Aviação do Exército.
Comércio - Taubaté é também o segundo maior polo comercial da região do Vale do Paraíba. A região central reúne boa parte dos estabelecimentos comerciais do município. Há instalados dois shopping centers, o Taubaté Shopping, inaugurado em 1989, atualmente tem 150 lojas, 4 salas de cinema, um supermercado e o Via Vale Garden Shopping inaugurado em 2012, localizado às margens da Rodovia Presidente Dutra e na confluência com a Rodovia Carvalho Pinto, que conta com 211 lojas, 6 salas de cinema e um hipermercado. Há também diversos mini-shoppings e galerias.
Centros comerciais de Taubaté: Taubaté Shopping; Via Vale Garden Shopping; Boulevard Rio Branco; Shopping Cristal Center; Star Shop; Boulevard Flamboyant; Shopping Independência - Taubaté; Podium Center Plaza Mall.
Parque Industrial - Localizado estrategicamente às margens da Rodovia Presidente Dutra com acesso direto a Rodovia Carvalho Pinto e com fácil acesso a Rodovia Fernão Dias, o parque industrial de Taubaté está próxima de grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com os portos de São Sebastião e de Santos e com uma ampla estrutura interna.
Taubaté é considerado como o segundo maior polo industrial da Região do Vale do Paraíba e possui grandes e importantes empresas instaladas na cidade que ajudam no desenvolvimento brasileiro. Tais como Alstom, Araya, Autocom, Autoliv do Brasil, Caldsteel, Cooper Cameron do Brasil, Daruma, Feeling Structures, Villarta, Ford, LG Electronics, Mubea do Brasil, Pelzer, Plastic Omnium, Rápido Taubaté, Usiminas, Volkswagen do Brasil, Hydrostec, GE, Gestamp, dentre muitas outras.
Complexo Ferroviário - O complexo ferroviário de Taubaté foi construído em 1876 em instalações de madeira em meados do século XIX dando inicio ao surto cafeeiro. Em 1923, o antigo prédio de madeira deu lugar a nova estação junto ao estilo arquitetônico inglês na época E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro que pertencia ao Governo Imperial. A Estação Ferroviária de Taubaté compõe hoje a malha férrea da Estrada de Ferro Central do Brasil e esta localizada no coração da cidade, próxima a Rodoviária Central, sendo um importante patrimônio histórico da cidade, por ser uma memória viva do transporte ferroviário que veio enriquecer e favorecer a região, no auge do "Ciclo do Café", bem como no "Advento Industrial" da cidade e região.
É um importante conjunto arquitetônico por suas características estruturais: mãos francesas em ferro fundido que seguram o telhado frontal da Estação e toda a caixilharia (janelas) que tem o desenho marcante da época colonial. Na época de sua construção, ainda não havia ferro no Brasil, portanto, registra uma tecnologia de ponta para a época, importada para o Brasil e, no caso especificamente para Taubaté.
A estação não era só de carga e descarga de produtos, mercadorias e matéria-prima, mas também de transporte de passageiros, que foi de grande importância para a população taubateana e para o desenvolvimento da cidade e, ao mesmo tempo, para o Estado de São Paulo e Brasil.
Após 36 anos fechada ao publico, a estação esta sendo restaurada por uma iniciativa do Instituto I.S de Desenvolvimento e Sustentabilidade Humana, uma organização social civil sem fins lucrativos do município que atuou desde 2012 em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e MRS Logística S.A para que o complexo fosse novamente aberto ao publico. Em 2015 com o deferimento da proposta pelo DNIT e cessão do Ministério dos Transportes, a iniciativa foi validada e apoiada pela Prefeitura Municipal de Taubaté que submeteu um decreto de lei para o repasse de um aporte financeiro visando o restauro, preservação e manutenção do complexo a Câmara dos Vereadores do município que foi aprovada no dia 29 de fevereiro de 2016, dando inicio a uma nova fase na historia desse patrimônio tombado pelo CONDEPHAAT, tornando-se uma Estação do Conhecimento com foco na Educação, Cultura & Turismo.
Educação e ciência - Taubaté é a Capital Universitária na região do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira. Tem, por excelência, um dos melhores sistemas de educação da região. Assim como os milhares de alunos que se graduam na cidade, para depois atingir patamares cada vez mais altos, como mestres e doutores, a cidade avança como polo educacional e muitos especialistas já a classificam também como a Capital da Pós-Graduação na região. Este título é resultado do grande investimento feito nesta área nos últimos anos, com novos cursos, novas instituições e, principalmente, novos alunos que chegam todos os dias de outras cidades.
Instituições de ensino superior
Presenciais - Universidade de Taubaté (Unitau); Etep Faculdades (Centro de Tecnologia e Ciência); Universidade Anhanguera - Taubaté Campus I (Instituição do Grupo Anhanguera Educacional); Faculdade Dehoniana de Taubaté (Instituição de Ensino Superior mantida pela congregação do Sagrado Coração de Jesus da Igreja Católica); ITES - Instituto Taubaté de Ensino Superior; Faculdade Senai; Fatec (Faculdade de Tecnologia de Taubaté) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) - Grupo Conexão (Pós Graduação e MBA).
À Distância - UNOPAR - Universidade Norte do Paraná (Pólo EAD); Uninter - Grupo Educacional Uninter (Pólo EAD); Fatec Internacional - Faculdade de Tecnologia Internacional (Pólo EAD); Ulbra - Universidade Luterana do Brasil (Pólo EAD); UNIMES - Universidade Metropolitana de Santos ( Pólo EAD); UNICID - Universidade Cidade de São Paulo (Pólo EAD); UNICSUL - Universidade Cruzeiro do Sul (Pólo EAD).
Cultura -Taubaté é uma das cidades mais tradicionais do interior de São Paulo, e, por ter sido durante muito tempo um centro de referência na região do Vale do Paraíba, sempre foi considerada a cidade que mais investiu em cultura na região. O fato de atualmente o município ser conhecido como a Capital Universitária do Vale é relevante para que a cidade continue tendo uma considerável produção cultural.
É a terra natal do escritor Monteiro Lobato, tendo recebido em 3 de março de 2011, o título de "Capital Nacional da Literatura Infantil" (Lei nº 12.388 do Congresso Nacional).
Carnaval - Fazem parte do Carnaval de Taubaté as escolas de samba Boêmios da Estiva, Mocidade Alegre da Vila das Graças e Acadêmicos do Chafariz, entre outras.
Museus -  A cidade abriga diversos museus destinados, principalmente, a registrar, por meio de recortes, aspectos da cultura regional e brasileira. A maioria dos museus é mantida pela Prefeitura de Taubaté, mais especificamente pela Divisão de Museus.

Podem ser visitados: Museu da Imigração Italiana; Arquivo Histórico Municipal "Dr. Félix Guisard Filho", localizado na Divisão de Museus do município; Museu da Imagem e Som (MISTAU); Museu da Imigração Italiana Museu de Arte Sacra; Museu de Artes Plásticas Anderson Fabiano; Museu do Transporte e da Tecnologia; Museu de História Natural; Museu Histórico - Prof. Paulo Camilher Florençano; Museu Mazzaropi; Museu Monteiro Lobato; Centro de Documentação e Pesquisa Histórica (CDPH), mantido pela UNITAU. A Divisão de Museus de Taubaté abriga também a Pinacoteca "Anderson Fabiano", a Hemeroteca Antonio Mello Júnior e a biblioteca central do município.
Arquitetura - Por ser uma das mais tradicionais cidades do interior de São Paulo, Taubaté possui tanto em seu centro histórico quanto no restante de seu território quantidade considerável de prédios coloniais e neo-coloniais. Destas diversas construções são tombadas, destacam-se: Capela de Nossa Senhora do Pilar, que remonta ao século XVIII e é a sede do museu de Arte Sacra; Convento de Santa Clara, edificado no século XVII (1673), pertencente a Ordem Terceira de São Francisco; Catedral de São Francisco das Chagas; Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos homens pretos; Santuário de Santa Teresinha, estilo neogótico; Solar dos Oliveira Costa, construída em 1854; Solar da Viscondessa de Tremembé, construído em meados do século XIX, que está sendo restaurado pela Universidade de Taubaté; o Solar denominado Vila Santo Aleixo; edifício Félix Guisard, o prédio do relógio da Companhia Taubaté Industrial; Casarão da Família Indiani, no distrito de Quiririm; Capela de Nossa Senhora Aparecida, no distrito de Quiririm.

Destacam-se também casarões sede de antigas fazendas do período áureo do café, tais como: A Chácara do Visconde, construída no século XIX, foi o local de nascimento e residência de Monteiro Lobato em sua Infância e adolescência, onde está hoje o Sítio do Pica-pau Amarelo; sede da fazenda do Bomfim; sede da Fazenda Fortaleza; sede da Fazenda Cataguá; sede da Fazenda Nossa Senhora Conceição do Itaim; sede da Fazenda do Barreiro; sede da Fazenda Santa Maria; sede da Fazenda Pasto Grande; erguida provavelmente no século XVIII por Pedro Pereira de Barros, remonta ao Ciclo da Cana de açúcar e do Café; sede da Fazenda do Quilombo.
Referência para o texto: Wikipédia.
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