sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

NOVA SERRANA - MINAS GERAIS

Nova Serrana é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população foi estimada em 102.693 habitantes, conforme dados do IBGE de 2019.
História
Cercado foi um distrito criado pela Lei Provincial, n.º 1.622, de 05/11/1869, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14/09/1891, subordinado ao município de Pitangui.
Foi elevado à categoria de município pela Lei n.º 1.039, de 12/12/1953, com a denominação de Nova Serrana. O topônimo originou-se do apelido dado ao município de Pitangui (Velha Serrana) da qual era distrito.
A região do Cercado era repleta de índios Cataguases, como apontam os achados em cerâmica (igaçabas, panelas e vasos) entre outros artefatos. A nação dos Cataguases ocupava desde a região sul e Oeste de Minas e estavam entre o que mais aterrorizavam os primeiros habitantes.
Mais tarde, em meados do século XVIII a região do Cercado foi tomada por escravos fugitivos (quilombolas).
Cercado foi um ponto de pousada de viajantes, que partiam de Pitangui para São Paulo, percorrendo uma estrada secreta no contrabando de ouro. Como no lugar existia um cercado para a guarda de animais dos viajantes, o povoado ficou conhecido com o nome de Cercado.
O progresso do arraial não foi incentivado pelas lavras de ouro e sim pela cultura do algodão, criação de gado, produção e fornecimento de couro.
Os ranchos desempenhavam um papel importante à beira das estradas e eram importantes na economia das regiões transitadas por tropeiros. Eram nesses lugares que as tropas abasteciam para seguirem viagem.
Geografia
Localizado entre vales e encostas (plano: 20%, ondulado: 40% e montanhoso: 40%), Nova Serrana se insere na região brasileira conhecida como cerrado. Possui um clima quente e seco na maior parte do ano. Na época de frio, o clima também sofre mudanças significativas. Sua temperatura média é de 22º C.
Possui área de 283,101 km², temperatura média anual: 25,8 °C; íÍndice médio pluviométrico anual de 1272 mm.
Seus principais cursos d'água são o Rio Pará e o Ribeirão da Fartura.
Sua altitude máxima é no morro com 910 metros e a mínima é de 699 metros.
Turismo
Os principais pontos turísticos da cidade são: Serra da Capelinha, Igreja da Matriz, Praça da Matriz, Igreja do Rosário, Praça Jardins do Lago.
Já os principais eventos incluem: Aniversário da cidade, festa do padroeiro São Sebastião, Feira do Calçado e da Moda – Festa do Peão, Festa do Migrante, Febrac – Feira de Máquinas e Componentes para Calçados, Festa do Reinado, Jogos da Amizade Intercolegial.
O artesanato de Nova Serrana contempla bordados e tecelagem voltada para a confecção de calçados. Os primeiros calçados produzidos em Nova Serrana eram artesanais. Apenas em 1948 foi implantada a primeira fábrica de botinas, registrada por Geny José Ferreira.
Economia
O município, incrustado na região centro-oeste do estado, destaca-se pela sua produção de calçados: em 2004, era responsável pela produção de 55% dos calçados esportivos do Brasil, firmando-se como o terceiro polo calçadista do país, atrás de Franca (SP) e do Rio Grande do Sul.
É importante frisar que, já há algum tempo, a cidade vem se destacando mais pela pesquisa em novas tecnologias, qualidade e design de seus calçados do que pelas cópias e falsificações. Não se pode negar que ainda há calçados falsificados sendo fabricados em fábricas que funcionam irregularmente, mas temos que ponderar que se trata de alguns poucos fabricantes isolados.
O sistema local de produção de Nova Serrana orbita exclusivamente em torno da fabricação de calçados esportivos com preços populares. Segundo um estudo do professor Wilson Suzigan, da Unicamp, em 1972 existiam 48 fábricas de calçados de couro na cidade. O número saltou para 400 em 1985, época em que as fábricas passaram a trabalhar com materiais sintéticos, cujas vantagens são o preço mais baixo e o processo de transformação mais simples em relação ao couro. Em 2004, a cidade contava com 854 empresas, que geravam aproximadamente 21 mil empregos diretos e produziam 77 milhões de pares por ano.
Educação
Hoje a cidade possui seis escolas estaduais, quatorze escolas municipais, seis escolas particulares sendo uma do ensino especial, uma escola técnica e duas faculdades atendendo o ensino superior nos cursos de administração de empresas e ciências contábeis. A cidade conta ainda com três escolas com o ensino pré-vestibular. Devido ao grande fluxo de pessoas e o número de empregos disponíveis, a educação recebe uma influencia negativa, gerando assim um índice de 17% de evasão escolar e 7,10% de analfabetismo.
Referência para o texto: Wikipédia ..

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

BREVES - PARÁ

Breves é um município brasileiro do estado do Pará. Localiza-se no norte brasileiro, ao sudoeste na Ilha de Marajó, a uma latitude 01º40'56" sul e longitude 50º28'49" oeste.
História
Os primeiros habitantes da região foram os índios da tribo dos Bocas. Em 19 de novembro de 1738, o capitão geral do Pará, João de Abreu Castelo Branco, concedeu aos irmãos portugueses Manuel Fernandes Breves e Ângelo Fernandes Breves uma sesmaria, localizada às proximidades do rio Parauhaú. Com a instalação de um engenho, o lugar passou a ser chamado de “Engenho dos Breves”, em homenagem aos seus fundadores. Em 25 de outubro de 1851 foi criado o município de Breves. Atualmente, o município de Breves é constituído pela sede e distritos de Antônio Lemos, Curumu e São Miguel dos Macacos.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1971 a 1990 e a partir de 1995, a menor temperatura registrada em Breves foi de 15 °C em 13 de dezembro de 1973 e 5 de janeiro de 1976, e a maior atingiu 38 °C em 13 de novembro de 1975. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 127,8 milímetros (mm) em 5 de abril de 1974. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram 111,6 mm em 17 de janeiro de 1979, 106,6 mm em 10 de janeiro de 1980 e 101 mm em 3 de abril de 2007. Março de 1988, com 614,9 mm, foi o mês de maior precipitação.
Ecologia
O município de Breves possui flora característica da Amazônia, com predominância de florestal tropical. A fauna é marcada pela presença de inúmeras espécies ameaçadas de extinção, como por exemplo: onça-pintada, onça-parda, jaguatirica, preguiça, ariranha; e muitos outros animais de importância na alimentação das populações locais, como: jacarés, paca, cutia, tatu, capivara, anta, macacos etc.
A Reserva Extrativista Mapuá é uma unidade de conservação federal criada por decreto presidencial em 20 de maio de 2005 numa área de 94.463 hectares nas margens do rios Mapuá e Aramã, na porção leste do município de Breves. Ela foi criada com objetivo de garantir meios de vida e a cultura de populações extrativistas tradicionais, assegurando a sustentabilidade dos recursos naturais. Tal reserva vem impactando de forma significativa na preservação da natureza bem como na manutenção do primitivo modo de vida dos ribeirinhos às margens das ribeiras brevenses.
Economia
Baseada no extrativismo, destacando-se açaí, palmito, carvão e madeira(esta última em franca decadência pelas novas políticas ambientais adotadas pelo país). Na agricultura, destaca-se arroz, milho, mandioca, laranja, banana e limão. Na pecuária, destaca-se gado, búfalo e suínos. A capital do município possui agências bancárias do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Estado do Pará - Banpará e Banco Bradesco S/A Possui ainda correspondentes bancários como Banco Postal (Banco do Brasil) e Banco Popular do Brasil(Banco do Brasil).
Turismo
- Rio Parauhaú: extenso e navegável em todo o seu percurso. Escala quase obrigatória para as embarcações que navegam pelo rio Amazonas.
- Rio Pracaxi: no estreito de Breves, destaca-se como rio de grande profundidade. A 30 minutos de voadeira (lancha motorizada) da sede do município.
- Estreito de Breves: formado por um conjunto de pequenos rios e ilhas, segundo a tradição popular, os navegadores, ao entrarem no estreito, na região de confluência das águas do Amazonas com o rio Pará, devem atirar às águas uma oferenda para as Divindades do fundo do rios para que estas permitam uma viagem segura.
- Igarapé Grande: destaca-se por sua coloração escura e transparente pela vegetação de suas margens representadas por plantas aquáticas e palmeiras.
- Rio Mapuá: localizado a 12 horas de barco a partir da cidade, constitui-se em rio estreito cercado por matas virgens com águas escuras e frias que levam até a comunidade de Cumaru, vila onde se pode visitar o Casarão - construção grande (de dois andares) em madeira acapu, datada de 1945 - construção remanescente do período áureo da borracha em função da demanda do produto pelos aliados durante a 2ª Grande Guerra. Possui uma escola de nível básico, um pequeno comércio, energia a motor diesel, uma pequena igreja(capelinha) e recepção de televisão via antena parabólica. Possui um orelhão, que no momento não funciona por falta de manutenção da empresa concessionária.
Igreja Matriz de Sant'Ana: localizada na av. Presidente Getúlio Vargas, com início de suas obras datado de 1861.
- Prédio da BISA (Breves Industrial S.A.): construído em 1925, é representante de um período áureo, da cidade, quando Breves ficou conhecida como “Celeiro Mundial da Madeira”. Hoje, o complexo da BISA, deu lugar a outras construções e somente pode ser visualizado em antigas fotografias. Atualmente, a madeira já é considerada como mais um ciclo econômico que passou, sendo que as consequências com o fim recente do ciclo ainda estão latentes na sociedade brevense, visto que hoje vem atravessando uma severa crise econômica com dramática repercussão social, resultando assim em um atual estado natural de calamidade pública oficialmente não declarado.
- Corcovado: antiga fábrica beneficiadora de borracha, cuja produção atingiu o apogeu durante o período da 2º Guerra Mundial. Ao redor da fábrica desenvolveu-se a Vila de Corcovado onde hoje ainda vivem em humildes casebres os descendentes dos operários que lá trabalharam.
- Trapiche Municipal: construção em madeira de grande importância histórica para a cidade pois constituiu-se por muitas décadas como principal porto fluvial de embarque e desembarque de passageiros na cidade. A arquitetura segue um padrão bastante eclético e harmonioso.
Cultura
Utilizada para a realização de eventos culturais no espaço do auditório, a Casa da Cultura é equipada com capacidade para até 120 pessoas. A Divisão de Cultura é um espaço para realização de oficinas de teatro, dança e artesanato, com capacidade para 230 pessoas.
- Culinária: os principais pratos típicos são produzidos a partir do camarão, boi, búfalo, peixes, caças e açaí. Podemos citar alguns como o tacacá, cuscuz, entre outros.
- Artesanato: entre os materiais produzidos podemos destacar: peneiras, cestas, paneiros, tipiti, matapi, alguidar, panelas de barro, vassouras e outros, produzidos a partir da utilização de cipós, talas de palmeiras, madeira, barro e palha.
- Folclore: realiza-se anualmente o Forrozão Marajoara e o Festival Brevense de Folclore, onde são apresentados os inúmeros grupos folclóricos do município, com destaque para: Grupo Folclórico Nheengaíbas, Roceiros da Castanheira, Geração Junina, Roceiros do Marajó, Roceiros da Cidade Nova, Mata Velho, Nova Geração Moderna Papy Legal, Sensação Junina do Aeroporto, Boi- Bumba, Pai do Campo, Revelação Junina da Mainardi Guará . Danças apresentadas: Xote, mazurca, carimbó e retumbão.
- Calendário de Eventos Culturais: 12 a 20 de Janeiro - Festividade de São Sebastião; Junho - Forrozão Marajoara; 26 de Julho - Festividade de Nossa Senhora de Sant'Ana; 19 a 22 de Agosto - Festividade Brevense de Folclore; 30 de Novembro - Aniversário do Município.
Referência para o texto: Wikipédia ..

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

ITAPERUNA - RIO DE JANEIRO

Itaperuna é um município da Microrregião de Itaperuna, na Mesorregião do Noroeste Fluminense, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Dista 313 quilômetros da capital do estado, a cidade do Rio de Janeiro. Ocupa uma área de 1.105,566 quilômetros quadrados. Sua população, em 2020, foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 103.800 habitantes, sendo, assim, o 29º município mais populoso do estado do Rio de Janeiro e o primeiro de sua microrregião.
Topônimo
Segundo o geógrafo Alberto Ribeiro Lamego, a Pedra Elefantina -"com sua lombada polida e negra"- teria sido inspiração para o nome do município de Itaperuna, quando em 6 de dezembro de 1889 foi a vila elevada a cidade, recebendo o nome atual, cuja etimologia indígena é dada como significando "pedra preta"; aquela época o imponente maciço rochoso ainda pertencia ao território deste município. A referida Pedra Elefantina é parte integrante do Brasão de Armas do município de Itaperuna, criado em 1960 por Alberto Fioravante, especialista em Heráldica nascido em Muqui.
"Itaperuna" é um termo proveniente da língua tupi antiga. Significa "pedra erguida escura", através da junção dos termos itá (pedra), byr (erguida) e una (escura). Outra designação seria "ita" (pedra), "per" (caminho) e "una" (preta) portanto caminho da pedra preta.
História
Até o século XVI, a região era habitada pelos índios puris. A partir de então, a região foi ocupada por bandeirantes e aventureiros que demandavam a baixada pelos afluentes da margem esquerda do Rio Paraíba do Sul. A atividade econômica predominante passou a ser a criação de gado, que se desenvolveu em fazendas de grandes extensões.
Em 1831, o desbravador José de Lannes Dantas Brandão esteve na região, com iniciativas que passaram a atrair população para o núcleo pioneiro do futuro município. Lanes chegou à região após sua deserção da milícia do exército. Só viria a se fixar em 1834, quando se estabeleceu num lugar que foi denominado Porto Alegre. Pelos serviços de colonização, foi perdoado pelo governo, vindo a ser morto, no entanto, por seus escravos em 1852.
Em 1832, os Três Josés: José Garcia Pereira, José Ferreira César e José Bastos Pinto, vieram a região atrás de ouro. José Ferreira César era parente de José de Lannes. Eles se fixaram no Arraial de Laje, atual Laje do Muriaé, e são considerados fundadores da cidade.
A partir do final do século XIX, com o advento da economia cafeeira, a colonização se efetuou de forma rápida e uniforme.
Em 1834 surge o povoado de Natividade do Carangola, fundado por José de Lannes.
As negociações para desmembrar o território que hoje é Itaperuna começaram em 1870, e as discussões foram realizadas em Laje do Muriaé O principal articulador político para a construção de uma vila foi o Comendador Venâncio José Garcia. O Comendador Venâncio era muito bem visto por D. Pedro II e tinha bastante influência política.
Em 24 de novembro de 1885, o Decreto 2.810 elevou a Freguesia de Nossa Senhora da Natividade de Carangola (um dos primeiros nomes da cidade) à categoria de Vila de Itaperuna, levando esse nome por ser passagem para se chegar à Pedra Elefantina, localizada na divisa estadual de Minas Gerais com Rio de Janeiro; entre os municípios de Porciúncula e Antônio Prado de Minas.
O Comendador Cardoso Moreira era o principal interessado na criação da vila, visto que era donos das terras aonde seria fundado a vila. A criação de uma vila no local ajudaria em seus negócios, pois era acionista majoritário da Estrada de Ferro Campos a Carangola.
Para que fosse possível a emancipação de Campos dos Goytacazes, a Assembleia Provincial, em 1887, transferiu a sede de Natividade do Carangola para a Freguesia do Porto Alegre, em terras doadas pelo Comendador José Cardoso Moreira. Atualmente essa sede é a sede do município de Natividade.
Em 1887, foi criada a freguesia de São José do Havaí, nome em homenagem às armas brasileiras na Batalha de Avaí, na Guerra do Paraguai. Foram doados quinze alqueires de terra para patrimônio dessa vila pelo senhor Jaime Porto. A povoação foi elevada à categoria de vila em 1887, com a denominação de São José do Avaí, favorecida pela posição geográfica de fácil acessibilidade a Campos dos Goitacases, reforçada posteriormente pela ligação ferroviária. A cidade teve o núcleo inicial em torno da linha da estrada de ferro, à margem esquerda do Rio Muriaé. Hoje, ambos os lados do rio estão ocupados pela malha urbana.
A área experimentou crescimento regional, concomitante à ampliação de sua importância administrativa e, em 1889, foi elevada à categoria de cidade, não fazendo mais parte do município de Campos dos Goytacazes, com o nome de Itaperuna, assim Campos dos Goytacazes perdeu a metade de seu território. Em 10 de maio de 1889, foi feita a primeira eleição para a câmara dos vereadores, sendo a vitória dos republicanos, que tomaram posse no dia 4 de julho do mesmo ano, sendo, portanto, a primeira câmara republicana do país, em pleno regime monárquico, regime esse que viria a ser desbancado pelo marechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro desse mesmo ano. Em 6 de dezembro de 1889, foi a vila de São José do Avaí transformada em município de Itaperuna, sendo criada sua respectiva comarca.
O desenvolvimento da economia cafeeira na área foi responsável pela concentração de atividades comerciais e de serviços na cidade de Itaperuna, que passou a desempenhar funções de centro sub-regional do nordeste fluminense. A cultura cafeeira foi um grande destaque na economia da cidade por mais de quatro décadas, tornando-a, em 1927, a maior produtora nacional.
O declínio da atividade cafeeira fez com que a região passasse a sofrer fortes efeitos regressivos. A pecuária de corte desenvolveu-se, então, voltada para o abastecimento dos grandes matadouros e frigoríficos, desenvolvendo-se, posteriormente, a produção leiteira, estimulada pela presença da fábrica de leite em pó Glória na sede municipal.
A área municipal, atualmente, não abrange a mesma base territorial da época da criação, que se estendia aos atuais municípios de Laje do Muriaé, Natividade e Porciúncula, porém sua importância permanece na região. Do território original do município de Itaperuna, foram desmembrados os seguintes municípios: Bom Jesus do Itabapoana em 1938, Natividade e Porciúncula em 1947 e Laje do Muriaé em 1962, ficando Itaperuna com seu atual contorno.
Geografia
Itaperuna recebe as águas do Rio Muriaé e do Rio Carangola. O Rio Muriaé nasce no município de Miraí, na Zona da Mata Mineira e deságua no rio Paraíba do Sul, nas proximidades do município de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Apresenta 250 km de extensão e tem como principais afluentes os rios Glória e Carangola. O Rio Carangola, com 130 km de extensão, nasce no município de Orizânia, também na Zona da Mata Mineira e deságua no rio Muriaé, dentro da sede do município de Itaperuna.
No município de Itaperuna, destacam-se duas unidades de relevo: a primeira está ligada a antigas superfícies cristalinas e a segunda é constituída pelas planícies aluviais intermontanas.
Clima
Devido ao fato de se encontrar entre vales, Itaperuna é conhecida por ter o clima mais quente do estado do Rio de Janeiro. A cidade é a mais quente em relação às cidades mais próximas, como Natividade, Laje do Muriaé e Bom Jesus do Itabapoana. O clima tropical de Itaperuna apresenta chuvas durante o verão.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1931 a 1961 (até setembro), março a dezembro de 1967, junho de 1968 a março de 1982 e a partir de janeiro de 1990, a menor temperatura ocorrida em 4,5 °C em 10 de junho de 1945 e a maior de 42 °C em 31 de outubro de 2012. O recorde precipitação em 24 horas é de 124 milímetros (mm) em 22 de janeiro de 1958. Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram 116,8 mm em 15 de março de 1994, 111,5 mm em 31 de dezembro de 1996 e 107 mm em 28 de fevereiro de 1972.
Infraestrutura
Educação
O município é dotado de uma ampla rede publica escolar, formada por instituições federais, estaduais e municipais de ensino; que atende diferentes níveis de escolaridade.
Itaperuna vem se tornando um polo estudantil no estado do Rio de Janeiro por agrupar faculdades particulares e determinados cursos em faculdades públicas, como a Universidade Federal Fluminense, Centro de Educação Superior a Distância do Rio de Janeiro, Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro e Fundação Universitária de Itaperuna. O fluxo de estudantes vindos de cidades vizinhas diariamente é grande. Alguns fixam residência na cidade durante o período de estudos. Muitos vêm de outros estados, como Minas Gerais (Zona da Mata Mineira), Espírito Santo e Bahia.
Em 2009, o Instituto Federal Fluminense, antigo Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos, iniciou suas atividades na cidade de Itaperuna. Hoje, o campus conta com os seguintes cursos técnicos: Administração, Eletrotécnica, Informática, Mecânica, Química e Automação Industrial. No IFF campus Itaperuna há também a oferta de cursos em nível superior: Bacharelado em Sistemas de Informação e Licenciatura em Química. Além de cursos de pós graduação lato sensu em Docência no Século 21: Educação e Tecnologias Digitais e em fase de implantação a pós graduação em Direitos Humanos.
Possui, também, várias faculdades particulares, dentre elas a Universidade Iguaçu (UNIG), a Sociedade Universitária Redentor (Faculdade Redentor) e o Centro Universitário São José. A cidade conta com vários cursos como administração de empresas, arquitetura, comunicação social, ciências biológicas, ciências contábeis, direito, educação física, enfermagem, engenharia civil, engenharia mecânica, engenharia de produção, engenharia de petróleo, farmácia, física, fisioterapia, fonoaudiologia, geografia, história, letras, matemática, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, pedagogia, psicologia, serviço social e sistema de informação.
As Faculdades em Itaperuna incluem: Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro; Centro Universitário São José; Fundação de Apoio à Escola Técnica; Centro Universitário Redentor; Instituto Federal Fluminense; Sociedade Universitária Redentor; Universidade Cruzeiro do Sul Educacional; Universidade Iguaçu; Universidade Norte do Paraná (EAD); Universidade Estácio de Sá (EAD e presencial).
Dentre as  Escolas técnicas podem ser mencionadas: Instituto Federal Fluminense; Escola Técnica da Fundação São José; Centro de Ensino Técnico Redentor; SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial; Embelleze; Senac.
Saúde
Itaperuna é referência nacional e internacional no tratamento hospitalar de pacientes com problemas cardíacos e também neurológicos, pois abriga um dos mais modernos centros hospitalares do país: o Hospital São José do Avaí. A Casa de Saúde e Maternidade Santa Therezinha, hoje hospital das Clínicas é o maior centro de natalidade da região.
Economia
Itaperuna é a mais desenvolvida e a maior cidade do Noroeste Fluminense. Na cidade, há universidades, grandes empresas e um comércio bem desenvolvido. Destaque também para a agropecuária, que está em pleno desenvolvimento. Entre as grandes empresas situadas em Itaperuna, estão a Quatá Alimentos (Leite Glória), a Camargo Correia, e a Fábrica de Laticínios Marília.
Comércio
Itaperuna também possui o comércio mais desenvolvido do Noroeste e atende um enorme fluxo de pessoas diariamente de Itaperuna e cidades vizinhas. Na Avenida Cardoso Moreira, Rua Assis Ribeiro e Rua 10 de Maio estão localizados o maior número de lojas e escritórios comerciais da cidade.
Itaperuna possui um Polo de Confecções e atende de forma significativa à demanda regional. As grandes lojas de confecções que estão situadas na Rua José Rafael Vieira - mais conhecida como a Rua das Confecções, localizada ao lado do Terminal Rodoviário, recebe muitas excursões de revendedores de toda a região. Engloba uma concentração com cerca de 50 lojas de fábrica Outlet, que oferecem descontos atraentes para quem busca produtos para revenda ou mesmo para consumo próprio. A especialidade do local são roupas de dormir e peças para cama, mesa e banho. As peças íntimas também são outra variedade do local. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas do Noroeste Fluminense, a maioria dos ônibus vem do estado do Espírito Santo, principalmente de Cachoeiro de Itapemirim, Muqui, Castelo, Vila Velha e Colatina. Também há uma parcela menor do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Alguns dos shoppings de Itaperuna:: Edifício Rotary; Centro Comercial Jorge Nunes; Centro Comercial e Empresarial Itaperuna; Galeria Mak's; Itaperuna Shopping Rio Center.
Esporte
Itaperuna também é destaque no esporte, em especial no futebol, com o Itaperuna Esporte Clube, antigo Porto Alegre, que disputou o Campeonato Carioca de Futebol - Segunda Divisão pela última vez em 2011.
Esse time já disputou a Primeira Divisão do Campeonato Carioca, travando memoráveis partidas contra os times da capital, chegando inclusive a obter êxito em algumas oportunidades, vencendo jogos contra Flamengo, Fluminense e Botafogo. O único clube grande que o time do interior não conseguiu vencer foi o Vasco da Gama. Em 2011 disputou a Segunda Divisão do Campeonato Carioca, mas foi rebaixado para Terceira Divisão em 2012 por abandonar injustificadamente a competição.
Turismo
Estátua do Cristo Redentor
Itaperuna possui a segunda maior estátua do Cristo Redentor no mundo, com vinte metros de altura. Foi inaugurada em 1966 nos festejos do aniversário do município pelo então prefeito Ary Moreira Bastos. Fica no Morro do Castelo e de lá se tem uma vista de quase toda a área urbana da cidade.
Referência para o texto: Wikipédia ..

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO

Tangará da Serra é um município brasileiro do estado de Mato Grosso, Região Centro-Oeste do país. É o quinto município mais populoso de seu estado, com população de 103.750 habitantes, conforme a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019.
Criado em 13 de maio de 1976, é consideravelmente novo e destaca-se pelo seu rápido crescimento populacional e econômico, além de ser um dos mais progressistas do interior do estado. Sua economia baseia-se na prestação de serviços, agroindústria e agricultura, com destaque para a produção de soja e cana-de-açúcar. O comércio é considerando um dos mais estruturados no interior de Mato Grosso. O município é um polo regional, sendo uma das cidades mais ricas do estado, possuindo também diversos atrativos turísticos em seu interior, como cachoeiras, pousadas e parques. O nome de Tangará da Serra vem do pássaro tangará, que nas épocas de calor no sul, migravam para Tangará na busca de frio.
Sua área é de 11.323,640 km² e a distância até Cuiabá, capital administrativa estadual, é de 240 quilômetros.
O município é rico em belezas naturais, no verão as ruas da cidade acabam por ficar banhada por Ipês de diversas cores. Banhado por vários rios e córregos, o município destaca-se por suas cachoeiras. A Cachoeira do Sepotuba é um dos lugares mais visitados da cidade. Atrai visitantes de todo o Brasil.
No inverno, a cidade é considerada uma das mais frias do estado de Mato Grosso. O seu clima tropical também favorece nas altas temperaturas.
Antes da emancipação, era distrito de Barra do Bugres.
Sua população se baseia em famílias que vieram do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e de Minas Gerais.
O município é considerado um dos mais bonitos do estado do Mato Grosso.
História
Origens e Pioneirismo
Inicialmente, a área que hoje constitui o município de Tangará da Serra ficou por um longo tempo povoada apenas pelas tribos indígenas de Nhambiquara e Parecí. Segundo as crônicas de Barbosa de Sá os primeiros contatos com outros povos se deram no século XVIII com o aprisionamento dos índios Pareci na cabeceira do rio Sepotuba no início do Século XX, quando a Comissão Rondon, liderada por Marechal Cândido Rondon, palmilhava a região em 1913, com o auxílio dos índios Parecis e Nhambiquaras, implantando-se o telégrafo e estudando a flora e a fauna presentes, para fornecer subsídios que seriam utilizados no futuro. Rondon, abriu a rodovia que sobe os chapadões dos Parecis, cujas marcas ainda estão presentes: a exemplo de sua casa, localizada no Assentamento Antônio Conselheiro e uma ponte construída sobre o Rio Sepotuba, no interior do Município de Tangará da Serra, ainda preservadas. 
Em seguida, chegaram os extrativistas, atraídos pela mata de poaia, planta com propriedades medicinais, que cobria as encostas da Chapada dos Parecis, onde os tributários do Rio Paraguai têm suas nascentes. 
Em seu projeto inicial, a área de Tangará da Serra deveria formar uma comunidade japonesa, que não teve êxito devido às más relações do Japão no cenário mundial, que também influía o Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, apenas as glebas de brasileiros ganharam liberação para colonização, a partir de 1954. 
Em 1959, a Companhia de Terras instala-se em Tangará da Serra com o objetivo de implantar uma colônia de terras e o cultivo de café, arroz, milho e feijão. A intensa propaganda fez com que várias famílias migrassem de outros estados para a região, no anseio de possuírem terras bem maiores em relação às que já possuíam de onde viviam. Os senhores Júlio Martinez Benevides, Fábio Lissere, Joaquim Aderaldo de Souza e Joaquim Oléa fundaram a SITA - Sociedade Imobiliária Tupã para a Agricultura, uma vez atraídos pela excelente condição de clima e solo fértil, implantaram o loteamento Tangará da Serra, privilegiado no exuberante divisor das águas das bacias Amazônica e do Prata, emergente do antigo povoado surgido pelo loteamento das Glebas Santa Fé, Esmeralda e Juntinho, localizadas no então município de Barra do Bugres. O objetivo era formar um polo agrícola. 
Logo após chegaram os madeireiros, devastando a região para ceder lugar aos colonos que exploraram o cerrado e se iniciaram na agropecuária, atividade ainda tão presente no município, base forte da economia tangaraense. Nos primeiros tempos, a cafeicultura teve presença marcante na economia de Tangará da Serra.
Formação Administrativa e Etimologia
Com o sucesso do loteamento em Tangará da Serra, houve a elevação à categoria de distrito em 6 de janeiro de 1969, através da Lei Estadual 2.906, no município de Barra do Bugres. Logo, nasce o sentimento de emancipação política, mas ainda não havia motivação para a criação de novos municípios, o que logo fez a Comunidade Local pressionar o Governo Federal e Estadual. Houve ainda a tentativa de José Armando Barbosa Mota, então prefeito de Barra do Bugres, ao qual pertencera Tangará da Serra, propondo a transferência da sede do município para a região além da Serra Tapirapuã. 
Sequencialmente, o município de Cuiabá deu origem a Cáceres, que deu origem a Barra do Bugres, que também foi desmembrado dando origem à Tangará da Serra, que só consegue sua emancipação política em 13 de maio de 1976, através da Lei Estadual nº 3.687, com áreas desmembradas dos municípios de Barra do Bugres e Diamantino. Nesta época, o cenário do estado favorecia e incentivava a criação e povoação de novos municípios, tendo em vista que Mato Grosso vivia o auge de sua divisão territorial, resultando na desmembração e criação do estado de Mato Grosso do Sul, em 1977. 
O lugar recebeu a atual denominação através de seus pioneiros, inspirados pelo canto macio, cheio, vivo e sonoro do pássaro Tangará, uma das aves brasileiras mais famosas, avistado pelos primeiros visitantes da região, que aliaram o nome do gracioso pássaro à majestosa Serra de Itapirapuã e batizaram a localidade como Tangará da Serra.
Após a Emancipação
Desde a emancipação, a cidade assumiu uma importante posição de polo regional, sendo um dos principais municípios do interior de Mato Grosso. Sua economia, que esteve por muito tempo ligada à cafeicultura, passou a diversificar-se cada vez mais. A migração, tão marcante na história do município, se acentuou ainda mais após a emancipação. Em poucos anos, Tangará da Serra se fortaleceu e cresceu rapidamente, superando, inclusive, o município de origem, Barra do Bugres, bem como outros municípios já constituídos há muito tempo na região.
O desenvolvimento urbano exigiu melhorias na infraestrutura, aliadas com Planejamento Urbano e a criação de um Plano Diretor Municipal, além de investimentos significativos em diversos setores.
Geografia
O município possui uma área de 11.565,976 km². Localiza-se a uma latitude 14º37'10" sul e a uma longitude 57º 29' 25 " oeste. As reservas indígenas ocupam 53% do território tangaraense. O Fuso Horário em vigor é uma hora menor em relação ao Horário de Brasília, sendo que o Horário de Verão é adotado entre os meses de outubro e fevereiro do ano seguinte.
Clima
O clima do município é o tropical chuvoso quente e úmido, dividido em dois períodos bem definidos: chuvas entre setembro e abril, e estiagem entre maio e agosto. Com temperaturas médias entre 16 e 36 graus, variando de acordo com a época do ano, é considerada uma cidade quente. No inverno, Tangará da Serra costuma ficar entre as cidades que registram as menores temperaturas no estado. Em julho de 2013, os termômetros chegaram a marcar 7,4 graus, batendo o recorde anual.
Relevo e vegetação
O relevo tangaraense é caracterizado pela topografia plana (95%), enquanto, topografias suavemente onduladas e montanhosas formam 5% do relevo. A localização de Tangará da Serra entre as serras de Tapirapuã e dos Parecis delimita dois ecossistemas importantes no território brasileiro: o Pantanal (Sul) e o Chapadão do Parecis (Norte). A Serra dos Parecis é o divisor de águas entre as bacias do Amazonas (Norte) e do Paraguai-Paraná (Sul). O solo é de formação basáltica, que data, aproximadamente, 120 milhões de anos. As características marcantes deste solo são o basalto chumbo cinzento e diabásios intercalados. Quanto à vegetação, Tangará da Serra possui matas densas nas encostas e no alto da Serra Tapirapuã, e cerrado no alto da Serra dos Parecis.
Hidrografia
As características geográficas de Tangará da Serra propiciam a ocorrência de inúmeras nascentes de rios e águas cristalinas, cachoeiras e matas abundantes. O município é banhado pelo Rio Sepotuba, Rio Formoso e Rio Juba.
Economia
Setor primário
A agropecuária é um setor econômico importante na economia tangaraense. De todo o PIB do município, 224.057 reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. O município produz ainda, em menor escala, café, melancia, mandioca, abacaxi, tomate, banana, feijão, milho, coco, limão e maracujá.
Setor secundário
A indústria é, atualmente, o segundo setor mais relevante para a economia do município. De acordo com os dados do IBGE, divulgados em 2012, 342.278 reais é o valor adicionado bruto da indústria. A Indústria Alimentícia tem maior destaque. Tangará da Serra conta com um Plano de Incentivo a novas empresas, que tem atraído alguns investimentos importantes (Lei nº 2.168/2004 de 23 de junho de 2004, alterada pelas leis nº 2.371/2005 e nº 2.424/2005). O Plano oferece incentivo para a instalação de Indústrias no município como a doação de terreno, a terraplanagem, energia elétrica no local (no padrão), isenção dos impostos municipais, e o PRODEI (através do Governo do estado - isenção de ICMS). Ressalta-se a Anhambi Alimentos Norte Ltda., que conta com 165 aviários em sistema de integração e abate 80 mil aves/dia, com potencial de ampliação para 120 mil aves/dia, e possui, também, de 07 a 10 postos de trabalho com 950 funcionários. O Marfrig Ltda abate hoje 1.100 bovinos/dia, com capacidade instalada de 1.500 cabeças/dia, abastecendo, também o comércio exterior. A empresa possui 21 postos de trabalho com 1.050 funcionários. Há indústrias de Etanol com pretensões de investir 3 Bilhões em Tangará da Serra.
Setor terciário
O setor terciário é o maior destaque da economia tangaraense. A prestação de serviços rende 864.792 reais ao valor PIB municipal. Neste setor, Tangará da Serra apresenta um grande potencial e crescimento expressivo, despertando a atenção de investidores de diversas regiões do país. O comércio local atrai pessoas de diversas cidades vizinhas e é considerado um dos mais fortes do interior do estado, o que consolida a cidade como prestadora de serviços na região. De acordo com o IBGE, a cidade possuía, em 2011, 2.882 unidades locais, 2.792 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes e 36.804 trabalhadores, sendo 20.158 pessoal ocupado total e 16.646 pessoal ocupado assalariado. Salários, juntamente com outras remunerações somavam 271.574 reais e o salário médio mensal era de 2,2 salários mínimos. 
Referência em Mato Grosso, a cidade hoje recebe mensalmente inúmeros consumidores e é o maior centro de compras e lazer da região. Sendo polo na região, possui empresas locais de grande nome e que possuem filiais em todo o estado ou atendem grande parcela do país, dentre elas: B&P Informática, Piccoli Transportes, Hiper Gotardo, Univida Santa Cruz, dentre outras. Nos últimos anos, grandes franquias e empresas se instalaram na cidade, como a Novo Mundo, Clube Turismo, Lojas Americanas, O Boticário, Cacau Show, Subway, Burger King, Atacadão e Casas Bahia. No turismo, conta com diversas agências, além da CVC Turismo. Outras grandes lojas varejistas instaladas são: Gabriela Calçados, Tecelagem Avenida e Stuzio Z, as três com grandes lojas espalhadas por Mato Grosso. O potencial econômico de Tangará da Serra também despertou a atenção da rede de lojas de departamentos Havan, que em 2014 instalou na cidade a 5ª loja no estado e 76ª mega loja no Brasil. A região central concentra uma parcela expressiva do comércio e da prestação de serviços, com escritórios contábeis, oficinas mecânicas, escritórios de advocacia, cabeleireiros, clínicas de estética, escolas de idiomas, comércio varejista de vestuário e acessórios, comércio popular, artesãos, lojas de variedades, farmácias, sorveterias e fornecimento de alimentos para consumo domiciliar, pet shops, relojoarias, além de grandes empresas varejistas de eletrodomésticos, materiais para construção e artigos para o lar. A cidade possui diversas galerias, um centro comercial e um shopping center, além de centros de eventos e casas noturnas.
Educação
Existe uma grande oferta de cursos técnicos em instituições públicas e particulares. Em um levantamento feito nas escolas, havia mais de 50 cursos em diversas áreas de atuação. Em 2014, houve a implantação do campus do Instituto Federal de Mato Grosso, o IFMT. O município possui características de cidade universitária, uma vez que possui diversas instituições de ensino superior, sendo que em 2011 havia cerca de 3.775 alunos matriculados no Ensino Superior. No ensino público, destaca-se a atuação do campus da Universidade do Estado de Mato Grosso que oferta nove cursos de graduação, além dos cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.[No ensino privado, a cidade conta com instituições particulares como a Universidade de Cuiabá.
Esporte
No esporte, destacam-se: Associação Atlética Serra, Estádio: Mané Garrincha - 4.000 Pessoas, Associação de Tangaraense de Automobilismo ATA, Associação Ciclística da Serra, Associação Tangaraense de Handebol, Liga Esportiva de Tangará da Serra, Associação Tangaraense de Atletismo, Associação Esportiva Tangaraense, Associação Tangaraense de Beisebol, Associação de Ciclismo Tangaraense, Associação Tangaraense de Futebol Americano, Associação Tangaraense de Xadrez, Associação Tangaraense de Redação.
Cultura e lazer
Tangará da Serra conta com o Centro Cultural Pedro Alberto Tayano, inaugurado na década de 1990, sendo uma referência na região. Este possui uma biblioteca municipal e espaço para a realização de apresentações de música e teatro, palestras e simpósios, conferências, exposições artísticas e outras áreas. 
A cidade também é palco de diversos eventos ao longo do ano. Frequentemente são realizados shows, festas, desfiles, competições, exposições, cavalgadas, bailes, feiras, dentre outros. 
A população também conta com casas noturnas, barzinhos e centros de eventos. Há também o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) - "Aliança da Serra" e o Centro de Tradições Nordestinas (CTN) - "Gonzagão".
Turismo
Quanto aos atrativos turísticos, o município é privilegiado com beleza natural surpreendente. O principal parque urbano da cidade é o Parque Natural Ilto Ferreira Coutinho, mais conhecido como Bosque Municipal, localizado na área central da cidade.[58] No interior do município, existem inúmeros pontos turísticos. Tangará da Serra conta com locais apropriados para a prática da pesca desportiva. Além disso, o município possui natureza propícia para a prática de esportes radicais, como o rafting, escalada, trilhas, canoagem e rapel.
Dentre os pontos turísticos destacam-se:
- Cachoeira Salto das Nuvens - A cachoeira é formada pelo Rio Sepotuba, tendo logo após a queda uma praia natural de água doce..
- Cachoeira Salto Maciel - A cachoeira é formada pelo Rio Sepotuba com sequência de corredeiras entre rochas.
- Cachoeira do Formoso - A cachoeira está localizada em uma área indígena junto à Aldeia do Formoso. Outras atividades possíveis são a flutuação no Rio Bonito e a visita a gruta sagrada dos índios Pareci.
- Cachoeiras do Juba - A cachoeira é formada pelo Rio Juba (um dos principais afluentes do Rio Sepotuba), tendo logo após a queda uma praia natural de água doce.
- Bosque Municipal Ilto Ferreira Coutinho - O parque é a maior reserva ambiental localizada dentro da área urbana de Tangará da Serra. Possui uma vegetação de transição entre Cerrado e Floresta Amazônica.
- Cachoeira Queima-Pé - A cachoeira é formada pelo Rio Queima-Pé, possui 18 metros de altura, onde é possível tomar banho na cachoeira e praticar esportes radicais como rapel guiado e cascading.
- Cachoeira Cortina da Onça - A cachoeira é um ótimo cenário para quem gosta de desfrutar de muita aventura e de uma paisagem encantadora.
- Pedra Solteira - A Pedra Solteira está situada na Serra Tapirapuã e é marco histórico e divisor dos municípios de Tangará da Serra e Nova Olímpia (Mato Grosso).
Outras atrações turísticas incluem: Cachoeira Maracanã; Gruta dos Morcegos; Cachoeira Coqueiral; Pousada e Pesqueiro Piracema; Estância Amazonas; Recanto Haras JJ; Recanto do Paraíso; Cachoeira da Paraíso; Estância Modelo; Estância Mato Grosso; Recanto Touro Ventania; Balneário Biquinha e Casa de Rondon
Exposerra
A Exposerra é uma grande feira agropecuária, realizada pelo Sindicato Rural de Tangará da Serra, onde pequenas e grandes empresas expõem seus produtos e serviços. Durante o evento também acontece o tradicional rodeio, além de shows de cantores e bandas nacionais. O público estimado em todas as edições ultrapassa 100 mil pessoas. Já foi realizada no mês de maio, junto ao aniversário do município, e desde 2007 é realizada anualmente no mês de setembro.
Referência para o texto: Wikipédia ..

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

SÃO PEDRO DA ALDEIA - RIO DE JANEIRO

São Pedro da Aldeia é um município brasileiro da Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro. Localiza-se na latitude 22º50'21" sul e na longitude 42º06'10" oeste. Possui uma área de 358,66 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 106.049 habitantes.
O município já teve outros dois nomes, Jacuruna, provável primeiro nome da região onde hoje se encontra São Pedro, e cujo nome vem do Jacu, ave comum na região, e una preto, cor da sua penugem e Vila de Sapiatiba Pelo Decreto nº 118, de 10 de setembro de 1890 (abundante em sapê, conforme em Tupi). Sapiatiba significa “lugar com abundância de sabiás e sapê”. Com o tempo e atualização histórico cultural do lugar e desaparição do sabiá de uma parte da área o termo Sapiatiba passou a denominar Sapeatiba, dando origem a um bairro, o que ficou em forma de homenagem a antiga Vila de Sapiatiba, onde hoje é composta pelos bairros de Balneário, Praia Linda e Sapeatiba Mirim (onde se localiza a Serra de Sapeatiba - composta em uma pequena parte pelo bairro anteriormente denominado Frecheiras, que também com o tempo e atualização histórico cultural do lugar e da língua portuguesa passou a denominar Flexeiras).
São Pedro da Aldeia é um dos principais centros históricos e culturais, cuja história se entrelaça com o enredo nacional e também do Estado do Rio de Janeiro. Abriga monumentos de grande importância como a Casa da Flor, a qual recebeu o Prêmio Culturas Populares pela Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural/ Ministério da Cultura em 2007, e igrejas construídas pelos padres na fundação da aldeia, como a Igreja Matriz de São Pedro.
Neste município, encontra-se a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, única de seu tipo no país, sede da Força Aeronaval da Marinha do Brasil, exercendo uma importantíssimo papel na defesa nacional. A Base de São Pedro abriga o Museu da Aviação Naval, único do seu gênero em todo o Brasil.
História
A História de São Pedro da Aldeia está diretamente ligada a experiência gerada da invasão francesa ao Rio de Janeiro. Do século XVI aos dias atuais, a terra aldeense refletiu em sua epopeia, em seu pequeno microcosmos, as fases pelas quais passou o próprio Brasil.
Período Colonial
A data de fundação da Aldeia de São Pedro do Cabo Frio não constituiu para os primeiros historiadores que dela se ocuparam um ponto pacífico. No entanto, Silva Lisboa, Alberto Lamego e Padre Serafim Leite concordam que a data de 31 de Maio ("derradeiro de Maio") seria o dia exato do despacho do Capitão-Mor de Cabo Frio, Estevam Gomes, ao requerimento que lhe fora interposto pelo Padre Antônio de Mattos, Reitor do Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro. A carta da sesmaria foi passada em 2 de Junho seguinte e a posse verificou-se no dia 16 do dito mês. As terras que seriam concedidas aos índios, ficaram em sua terça parte na posse dos padres da Companhia. Elas abrangiam duas sesmarias, uma em lugar determinado - Jacuruna -, provável primeiro nome da região onde hoje se encontra São Pedro, e cujo nome vem do Jacu, ave comum na região, e una preto, cor da sua penugem - a outra região escolhida seria na Ponta de Armação dos Búzios ou em Iguna, "sendo que rejeitada, seria repartida pelo povo, o que nunca se fez", conforme Lamego, em A Terra Goytacá.
O núcleo original da Aldeia de São Pedro foi constituído por 500 índios já catequizados, trazidos do Espírito Santo, da aldeia de Reritiba, na qual havia exercido o sacerdócio o padre José de Anchieta, e que hoje, em sua homenagem leva seu nome.
A primeira página da história aldeense nos dá Serafim Leite, citando em tradução, trecho da obra de Baltasar de Siqueira, intitulada "TRIENNIUM LITTERARUM AB ANNO MILESIMO SEXCENTESIMO DECIMO SEPTIMO AD DECIMUM NONUS". "Esta teve início no ano de 1617. Exercitam nela os mistérios da Companhia dos Padres, que trouxeram para ela, da Capitania do Espírito Santo, 500 índios; O Capitão de Cabo Frio, Estevam Gomes, recebeu-os com todo o obséquio e cortesia. E os padres, feito o desembarque, principiaram por Deus, sem o qual nenhum começo das coisas pode ser feliz. Celebrou solenemente o Santo Sacrofício da Missa, com cantos a duas vozes, pelo índios que trouxeram consigo. Depois seguiram para o lugar escolhido, levantaram a Igreja Matriz de São Pedro e construíram casas".
Para ter uma ideia do crescimento da aldeia, em 1689, a Aldeia de São Pedro do Cabo Frio tinha três vezes a população de Niterói. Assustados pela fome e pelas guerras, muitos índios pertenciam ao temido povo dos Goitacases.
Em novembro de 1759, o desembargador João Cardozo de Azevedo realizou o sequestro da Aldeia de São Pedro e aprisionou três jesuítas que trabalhavam na conversão dos gentios. Extinta a Companhia de Jesus, o cargo de doutrina e administração do povoado foi entregue aos padres Capuchos da Província da Conceição, até a posterior transformação em Paróquia. A elevação a esta categoria, que se deu em 2 de dezembro de 1795, serviu para impulsionar a participação efetiva de São Pedro na vida da Província e também marcou o começo da efetiva migração dos "brancos" para a antiga aldeia. O primeiro pároco, Manuel da Almeida Barreto, foi o primeiro clérigo secular dentro desta nova prerrogativa.
Longe de cassarem os conflitos na região, São Pedro viu surgir uma nova rusga no relacionamento entre Metrópole e colônia. A comercialização do sal era monopólio régio, ou seja, todo o sal consumido na colônia deveria vir da metrópole. O problema é que já no final do século XVIII, desde a cidade de Cabo Frio, até a lagoa de Araruama, os habitantes começavam a explorar o sal. Queimando a parte superior das dunas salinas, eles formavam uma casca que permitia a conservação e a posterior comercialização, o que prejudicava o monopólio português. A fartura conseguida, evidentemente que diminuiu o consumo de sal de Portugal. Depois de inúmeras queixas, o Reino Português começou a ceder, mas já era tarde. Conforme notícia de 1797, "a preguiça dos povoadores atuais em extrair o lodo e as ervas podres do lugar onde se faz a colhedura, fez com que se perdesse maior parte da produção no lodo", mas ressaltava, "isso não se perdeu assim na salina dos índios da Aldeia de São Pedro, formada em terra firme, em lugar denominado Apicuz, que beneficiada em termos, deu o sal tão puro como um cristal e nenhum grão se desperdiçou".
Período Imperial
Os brancos, através do instituto do orfanamento, foram gradualmente se infiltrando nas terras da aldeia, e iniciando uma exploração de braço escravo, a mão-de-obra negra chegava a São Pedro, principalmente com a cultura do café. Data desta época a construção das primeiras casas de residência e fazenda, feitas com óleo de baleia, pedra e cal.
Em 2 de fevereiro de 1840, os brancos de São Pedro fundam a Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento, responsável pela construção do cemitério da Irmandade e também pela construção da nova igreja, na frente da antiga e simplória igreja dos jesuítas. O motivo principal desta construção foi que o homem branco do século XIX, voltado para a cultura europeia, decidiu substituir a tosca e simples igreja dos índios por um templo mais de acordo com os "padrões do século". Quando de passagem pela região, em 10 de julho de 1865, a Princesa Isabel e o Conde D'Eu, seu marido, passaram a fazer parte da Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento.
República Velha
Pelo Decreto nº 118, de 10 de setembro de 1890, foi criada a Vila de Sapiatiba (abundante em sapê, conforme em Tupi), com sede na Freguesia da Aldeia de São Pedro, abrangendo seus limites. O Município de Sapiatiba foi desanexado de Cabo Frio, ainda que permanecesse fazendo parte da comarca do mesmo. O decreto foi assinado pelo então governador do Estado do Rio de Janeiro, Francisco Portella.
Quase dois anos depois, pelo Decreto nº 1, de 28 de Maio de 1892, o então presidente do Estado do Rio de Janeiro, José Thomaz da Porciúncula, declarou extinto o município de Sapiatiba, voltando a integrar o de Cabo Frio. Para esta medida, ele alegou que a vila não tinha população necessária (10 mil habitantes) para ser independente.
A situação econômica, social e política dos habitantes da Freguesia da Aldeia de São Pedro não podia aceitar passivamente essa regressão política e administrativa, e suas reivindicações justas e clamorosas, resultaram na Lei nº 35, de 17 de dezembro de 1892 que restaurou o Município de Sapiatiba, atribuindo-lhe desta vez, o histórico e antigo nome do padroeiro da aldeia e da freguesia: São Pedro da Aldeia.
O Município passou então a possuir dois distritos: o 1º Distrito era composto pela cidade de São Pedro da Aldeia e 2º Distrito pela localidade de Iguaba Grande, criado em 8 de junho de 1954, pela Lei nº2.161.
Sexta República
No dia 13 de março de 1994, ocorreu a votação para determinar a separação político-administrativa do 2º distrito aldeense. Cerca de 94% dos eleitores foram as urnas concordando com a emancipação do distrito de Iguaba Grande, e então em 8 de junho de 1995, pela Lei Estadual nº 2.407, o distrito de Iguaba Grande se torna independente de São Pedro da Aldeia sendo emancipada pelo então prefeito Rodolfo José Mesquita Pedrosa.
Economia
A economia aldeiense se baseia basicamente em pesca artesanal, turismo, comércio local e extração de sal marinho, atualmente em pouca quantidade.
São Pedro da Aldeia é sede regional de importantes órgãos da sociedade como o ETRL/ IPHAN-RJ, Prolagos (empresa de distribuição de água da região) e o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
A cidade detém o mais importante polo de empresas de distribuição de toda a região, contanto com aproximadamente 10 empresas.
No Aterro Sanitário Dois Arcos, o único da Região dos Lagos, em 04 de Agosto de 2013 foi inaugurada a primeira Usina de Tratamento de Biogás do Brasil, um projeto de gás natural renovável (GNR), tornando São Pedro da Aldeia a cidade brasileira pioneira na geração de biogás em um aterro sanitário.
Extração de Sal
Seguindo a vocação da região abundante em vento e sol, São Pedro da Aldeia teve como principal atividade econômica a extração de sal marinho desde a época do Brasil Colônia que enriqueceu a elite aldeense com o "ouro branco", o qual era o mais puro e menos custoso de todo o Império Português gerando grandes lucros. Contudo a atividade decaiu com a competição com o sal do Rio Grande do Norte e com a ajuda da especulação imobiliária gerada pelo turismo.
Turismo
São Pedro da Aldeia é destaque por ser a cidade conservadora da história não só do município mas de toda a região.
Na cidade é possível encontrar a Casa da Flor e a Igreja Matriz, ambas tombadas pelo Patrimônio histórico. Também sedia museus de grande importância como o único Museu da Aviação Naval do Brasil, e em fase de conclusão o Museu ferroviário da Região dos Lagos na Antiga estação São Pedro que está sendo implementado pelo IPHAN.
As praias são um capítulo a parte, águas termicamente agradáveis banhadas pela Laguna Araruama, a maior laguna hipersalina do mundo. Esportivamente São Pedro da Aldeia é excelente para prática de esportes náuticos, como kitesurf, windsurf e Iatismo, por ter ventos fortes e águas tranquilas.
Atualmente São Pedro da Aldeia tem como principal atividade econômica o turismo. Suas belíssimas praias, centro histórico, áreas de preservação de Mata Atlântica, museus, festividades entre outros variados atrativos fazem de São Pedro da Aldeia um dos principais destinos turísticos da Região da Costa do Sol.
Principais atrações culturais da cidade:
- Igreja Matriz de São Pedro: erguida na época da União Ibérica, na Aldeia de São Pedro, serviu como colégio jesuítico para a região. Os materiais adotados para a construção da igreja foram basicamente a pedra, a cal e também o tijolo. Hoje é tombada pelo Patrimônio histórico.
- Casa da Flor: a casa, iniciada em 1912, a partir de 1923, após um sonho do artista, passou a ser acrescida aos poucos de objetos encontrados no lixo, cacos de cerâmica, de louça, de vidro, de ladrilhos e de outros objetos considerados imprestáveis para o uso: lâmpadas queimadas, conchas, pedrinhas, correntes, tampas de metal, manilhas, faróis de automóveis.. Aos poucos foram formadas flores, folhas, mosaicos, cachos de uvas, colunas e esculturas fantásticas, fixados dentro e fora da casa. Edificação tombada pelo patrimônio histórico.
- Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia: única de seu tipo no país, foi criada pelo Decreto n° 58.378, de 10 de maio de 1966, assinado pelo então presidente da República Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. A BAeNSPA atua ainda como um órgão de execução e fiscalização do Serviço Militar, dispondo de um aeródromo militar que, por força da legislação brasileira em vigor, opera como aeródromo alternativo para o tráfego da região do Rio de Janeiro.
- Museu da Aviação Naval: o Museu da Aviação Naval brasileira, foi criado em 23 de Agosto de 2000, está localizado na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia na cidade de São Pedro da Aldeia, é o único do gênero em todo o Brasil. O Museu conta com um acervo diversificado com aeronaves originais e réplicas, diversos motores, inúmeras maquetes, fotos, documentos e manuais das OM do Complexo da Força Aeronaval.
- Estação Ferroviária de São Pedro da Aldeia: o monumento que fez parte da extinta Rede Ferroviária Federal já havia sido vendido, e a prefeitura municipal readquiriu o imóvel para dar início a restauração. As obras começaram em 2010 por iniciativa do IPHAN, fazendo a população e turistas voltarem a se interessar pela velha construção, de estilo art déco e cor amarelo ocre, antes encoberta sob diversas camadas de tintas. Em 17 de Agosto de 2011 foi entregue a população a 1ª fase de restauros da estação com implementação do escritório regional do IPHAN, o Centro de Memória Ferroviária de São Pedro da Aldeia e a videoteca do projeto Cine Estação São Pedro.
- Praça do Canhão: também denominada Praça Dr. Plinio de Assis Tavares, nela se encontra um canhão de fabricação inglesa do séc. XVI, usado para sinalizar ao Forte de São Mateus do Cabo Frio, em Cabo Frio, a presença de navios hostis.
- Casa dos Azulejos: trata-se de um imóvel em estilo colonial construído pela família do fazendeiro português Feliciano Gonçalves Negreiro, no ano de 1847. O material utilizado na construção foi argamassa de argila, conchas e óleo de baleia, com telhas do tipo que os escravos modelavam uma a uma sobre suas coxas, além de um revestimento em azulejos fabricados em Portugal, fato que tornou o imóvel característico e requintado. Recebeu visitas ilustres, sendo uma delas a herdeira do trono do Império do Brasil, a Princesa Isabel e seu marido Gastão de Orléans, o Conde D'Eu.
Principais atrações naturais da cidade:
- Serra de Sapeatiba: constitui uma das poucas áreas de preservação ambiental da Região dos Lagos, a partir do Decreto nº 15.136, de 20 de julho de 1990, sob tutela do INEA, passou a integrar o Parque Estadual da Costa do Sol. Localiza-se em maior parte nos bairros rurais de Sapeatiba Mirim e em menor parte no bairro Flexeiras.
- Laguna Araruama: banha todo o município e é a maior laguna hipersalina do mundo. É chamada pelos leigos erroneamente de lagoa, entretanto possui características de laguna pois além de ser salobra, tem ligação com o mar através do Canal do Itajuru. Com ventos fortes é ótima para práticas de esportes como Kitesurf, Windsurf, Iatismo e etc.
Bioma
O Bioma do município é de Mata Atlântica. São Pedro da Aldeia faz parte do Parque Estadual da Costa do Sol, uma área de preservação de 5.500 hectares abrangendo Saquarema a Armação dos Búzios.
Relevo
São Pedro da Aldeia tem um litoral circundando a Laguna de Araruama, formando pontas e enseadas. O solo aldeense é rico em material conchífero, e é de formação calcária. Parte do município encontra-se localizada na Serra de Sapeatiba, protegida pelo Decreto nº 15.136 de 20 de julho de 1990 como uma Área de Proteção Ambiental, que apresenta, junto com o município de Iguaba Grande, uma área de 6000 ha.
- Serra de Sapeatiba: a Serra ocupa 60 km² e atinge mais de 350 metros de altitude em São Pedro da Aldeia. Constitui uma das poucas áreas de preservação da região, tornada Área de Proteção Ambiental - APA - através do Decreto nº 15.136 de 20 de julho de 1990, sob tutela do INEA, sendo parte integrante da Parque Estadual da Costa do Sol (PECS).
Vegetação
A vegetação é característica das Baixadas Litorâneas, com incidência de árvores como Amarelo, Paineiras, Cambuinha, Maricá, Pau-Ferro, Sapucaia, Aroeira, Cajá-Mirim, Pau d’Alho, Sibipiruna, Jacarandá, Jequitibá, além de sapê, orquídeas, bromélias e plantas de uso medicinal, em suma, Mata Atlântica.
Hidrografia
Ao contrário que muitos pensam, São Pedro da Aldeia tem uma grande rede hidrográfica, com rios, riachos e córregos, dentre os quais podem ser mencionados: Rios Una, Paupicu, Ramalho, São Mateus, Cabista, Ubá, da Pedra, Iguaçaba, Frecheiras e Itai; Riachos: Cândido, Pereira e Tio Mariano; Córregos: Joaquim da Mota, Pau Rachado, Bogã, Retiro e Piripiri.
- Laguna Araruama: é a maior laguna hipersalina do mundo, sendo classificada como lagoa erroneamente, pois além de ter conexão com o mar através do Canal do Itajuru é salobra, ou seja, trata-se de uma laguna. A sua história econômica está relacionada à extração de sal (pela elevada salinidade de suas águas), à pesca (principalmente tainha, carapeba, carapicu e camarões) e à extração de moluscos para moagem.
Clima
A cidade tem clima Tropical, quase semiárido, com índice de precipitação anual de 916 mm segundo a Somar Meteorologia sendo no inverno reduzido bastante. Os meses de Novembro e Dezembro são os mais chuvosos e os meses de Junho e Julho os mais secos. As médias de temperatura anuais são altas variando entre 24 °C e 28 °C. O inverno apresenta temperaturas amenas, com média das mínimas ficando entre 11 °C a 16 °C. Entretanto, o verão é quente, não raramente atingindo temperaturas superiores a 35 °C. A região dos Lagos é influenciada por grandes rajadas de ventos na maioria dos dias do ano, esse fenômeno determina a região como: "Região Dispersora de Ventos". A presença destes ventos empurram a maioria das chuvas de verão para o interior do estado do Rio de Janeiro assim como também a maior parte das frentes frias, deixando assim um clima quase que semiárido. A presença de vegetação rasteira e espinhosa é uma prova da quase ausência de chuvas na região do Lagos. Os ventos frescos e quase que constantes advindos da Laguna Araruama e do oceano atlântico atenuam o clima na região tornando a maioria das noites do ano frescas e os dias menos abafados com temperaturas que quase nunca excedem 35ºC e que nunca alcança 40ºC como na Capital do Estado. A presença da Corrente das Falklands e o fenômeno da Ressurgência também mantêm o clima mais ameno que uma mesma cidade numa mesma latitude que São Pedro quando influenciada por correntes quentes.
Cultura
Museus
Por ter feito parte da história política e econômica do Brasil, São Pedro da Aldeia é praticamente um museu a céu aberto, com bairros e edifícios de incalculável valor histórico. A cidade possui dois museus de grande relevância nacional: o Museu da Aviação Naval, o único de seu gênero no país, o Museu Regional do Sal Manoel Maria Mattos e a Casa do Patrimônio, na antiga estação ferroviária da cidade, a qual é sede do escritório regional do IPHAN.
- Museu da Aviação Naval: o Museu da Aviação Naval brasileira, foi criado em 23 de Agosto de 2000, está localizado na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia na cidade de São Pedro da Aldeia, é o único do gênero em todo o Brasil. O Museu conta com um acervo diversificado com aeronaves originais e réplicas, diversos motores, inúmeras maquetes, fotos, documentos e manuais das OM do Complexo da Força Aeronaval.
- Museu Regional do Sal Manoel Maria Mattos: o museu, inaugurado em 30 de dezembro de 2020, está localizado às margens da RJ-140 no bairro Balneário. Ele é o primeiro museu do sal do Brasil. Os visitantes poderão contemplar imagens e objetos referentes às salinas, como rodos, moinhos, carrinhos e outros, além da estátua de um salineiro em tamanho natural e outros atrativos relacionados à essa indústria e cultura.
- Casa do Patrimônio: a antiga Estação Ferroviária de São Pedro da Aldeia, que tinha a função de escoamento da produção na região e de comunicação com a capital Rio de Janeiro, foi restaurada pelo IPHAN e entregue à população em 17 de Agosto de 2011. Atualmente abriga o Centro de Memória Ferroviária de São Pedro da Aldeia, com a história da estação que tanto ajudou ao desenvolvimento da região. O prédio histórico também é sede do escritório regional do IPHAN e do Cine Estação São Pedro, uma iniciativa do IPHAN com o Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC). O objetivo é implantar em cidades históricas brasileiras salas de cinema que possibilitem o uso da ferramenta como instrumento de difusão e debate do patrimônio para o público em geral.
Teatros
São Pedro da Aldeia possui o maior teatro da Região dos Lagos, palco de diversos espetáculos tanto regionais quanto a nível nacional.
- Teatro Átila Costa: é o maior teatro da Região dos Lagos, possui uma área de 1.330,26m², a caixa cênica do teatro foi elaborada por José Dias, o qual foi consultor técnico responsável pela reforma do Theatro Municipal do Rio de Janeiro na reforma de 2009-2010, assim como o Teatro Oi Casa Grande (Leblon). Possui "palco italiano" com 14x8m, capacidade para 404 lugares, ar condicionado central silencioso, assentos confortáveis e especiais para pessoas com obesidade, adaptado a deficientes físicos (espaço para cadeirantes e portadores de necessidades especiais, assim como rampas de fácil acesso), camarins, área para cenários e uma Escola de Artes, com quatro grandes salas para oficinas, salas de som e iluminação e banheiros. O salão de entrada é amplo e pode abrigar exposições de artes plásticas.
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

BACABAL - MARANHÃO

Bacabal é um município brasileiro do interior do estado do Maranhão, Região Nordeste do país. Localiza-se a cerca de 240 km de distância da capital do estado, São Luís. A população do município era de 104.790 habitantes, segundo estimativa do IBGE em 2020. É o município-sede da Região de Planejamento do Mearim.
Toponímia
O topônimo "Bacabal" tem origem na abundâncias de palmeiras de bacaba (macaba ou bacaba provém do tupi iwa-kawa e significa "fruta gorda, graxa").
História
Onde está a Praça Nossa Senhora da Conceição, o coronel Lourenço da Silva estabeleceu, em 1876, uma fazenda para cultivo do arroz, algodão e mandioca, aproveitando o trabalho escravo. Sobrevindo a abolição, a fazenda foi vendida ao Coronel Raimundo Alves d'Abreu (a propriedade passou a ser conhecida como Sítio dos Abreu), que passou a comercializar com libertos e índios, cujas malocas se erguiam na atual localização do bairro Juçaral.
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Bacabal, pela lei estadual nº 932, de 17 de abril de 1920, desmembrado de São Luís Gonzaga. O nome do município teve origem na grande quantidade de palmeiras de bacaba ali existentes nos primórdios de sua colonização.
Bacabal é, desde a sua fundação, município-distrito. Sofreu desmembramentos em 1961, para formação dos municípios de Lago Verde (Lei nº 2.157, de 30 de novembro), Olho d'Água das Cunhãs (Lei nº 2.158, de 30 de novembro), e São Mateus do Maranhão (Lei nº 2.170, de 26 de dezembro).
É sede de Comarca, criada em 1944 e instalada em 26 de março de 1945, havendo passado a 3ª entrância em 4 de dezembro de 1967, segundo a Lei nº 2.814.
Referente às demandas trabalhistas, Bacabal está na jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região. Há uma Vara Federal do Trabalho, antes Junta de Conciliação e Julgamento, criada pela Lei 7.471, de 30 de abril de 1986, e instalada no início de 1987.
Em Bacabal também há sede do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Justiça Federal e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), todos essenciais à administração da Justiça.
Economia
Graças a fertilidade do terreno, topografia privilegiada e recursos naturais, Bacabal prosperou rapidamente. A grande afluência de imigrantes, principalmente nordestinos, muito contribuiu também para o desenvolvimento agrícola, sua base econômica atual junto com a pecuária.
Geografia
Suas coordenadas geográficas são 4° 13' 30" S 44° 46' 48" O, e está localizado a cerca de 250 km de distância da capital do Estado, São Luís.
A área municipal é estimada em 1.683,074 km², depois dos desmembramentos havidos. Limita-se com os municípios de Bom Lugar, Lago Verde, Conceição do Lago Açu, Lago do Junco, Alto Alegre do Maranhão, São Mateus do Maranhão, Olho d'Água das Cunhãs e São Luís Gonzaga do Maranhão.
Entre os principais acidentes geográficos, o principal é o rio Mearim que, atingindo o Município pela parte sul no lugar Vila Velha, alcança o norte em Lage do Curral, prosseguindo até o limite com Conceição do Lago Açu. É navegável e bastante piscoso. Foi, até o advento das rodovias, o veículo natural de comunicação do Município. Há também o igarapé Ipixuna, piscoso, que penetra na parte sul do Município, atravessa a rodovia BR-316 e deságua no Mearim, com o nome de Ipixuna-Açu.
Clima
O clima é quente e úmido, porém seco nós meses entre setembro e dezembro, nos quais registram as maiores temperaturas. Prolonga-se de janeiro a junho a época normal de chuvas. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1976 a menor temperatura registrada em Bacabal foi de 16,6 °C em 16 de dezembro de 1992, e a maior atingiu 41,5 °C em 24 de outubro de 2012. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 148,5 milímetros (mm) em 19 de março de 1999. Abril de 1989, com 803,3 mm, foi o mês de maior precipitação.
Saúde
Pertencente ao Sistema de Média e Alta Complexidade, é polo regional de saúde de outros 11 municípios. Possui os hospitais: Hospital Materno Infantil (no momento atendendo crianças de 0 a 12 anos, e gestantes) (100 leitos); Hospital Regional Laura Vasconcelos (65 leitos): estadual, de alta e média complexidade, com atendimento em cirurgia geral, ortopedia, anestesiologia, radiologia, nefrologia, clínica médica, entre outros; Hospital Veloso Costa - atualmente desativado - (275 leitos, mais 18 leitos em UTI) e BIORIM (Hemodiálise, com 22 máquinas de proporção).
Educação
No ensino superior em Bacabal, estão presentes: Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Faculdade Pitágoras Bacabal (antiga FEBAC); UNIPLAN Bacabal; Faculdade de Educação de Bacabal e UNICEUMA
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

LAGARTO - SERGIPE

Lagarto é um município brasileiro localizado no estado de Sergipe, na Região Nordeste do país. Encontra-se na região centro-sul e é a maior cidade do interior do estado, com uma população, estimada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 104.408 habitantes. Terceiro município mais populoso de Sergipe, a cidade fica localizada a 75 km da capital, Aracaju.
História
A história revela que a sede do município é uma das mais antigas povoações do Estado, sendo a terceira vila criada na capitania sergipense, cuja colonização já estava no território em 1596. Estabeleceram-se na região, por conta das cartas de sesmarias, em maio do mesmo ano, Domingos Fernandes Nobre, Antônio Gonçalves de Santana e Gaspar de Menezes. A colonização das terras de Lagarto aconteceu no século XVIII, após a chegada de um novo grupo de colonos, o que deu origem às fazendas de gado e aos engenhos. Alguns historiadores defendem a tese de que Lagarto nascera no povoado Santo Antônio, distante seis quilômetros da atual sede do município, onde ainda existe o marco inicial erguido próximo à capela que leva o nome do povoado. Contam, ainda, que os habitantes da época saíram desta localidade por conta de um surto de varíola que vitimou muitos moradores, e se instalaram onde hoje se encontra o centro da cidade. Duas versões conduzem ao nome do município: a existência de uma pedra em forma de lacertílio, encontrada às proximidades de um riacho; e o registro de um brasão com a marca de um lagarto, deixado por uma família de nobres portugueses.
Com uma economia composta por diferentes itens, a exemplo da agricultura, baseada, principalmente, nas culturas de feijão, laranja, fumo e mandioca; da pecuária de corte; da criação de ovinos; do comércio e da indústria, Lagarto é uma região muito produtora, onde o que se planta dá bons resultados. A divisão de terras, que aconteceu no período de colonização, fez com que cooperativas fossem montadas, a exemplo da instituição erguida na Colônia 13, fundada em 1960, e que permitiu a produção por colonos em todas as direções. Segundo Luiz Antonio Barreto, o lugar foi tão bem dividido que, em 1757, quando os vigários fizeram relatos e deram notícias das freguesias de Sergipe, a de Lagarto chamava a atenção, pois as povoações estavam muito próximas uma das outras, coisa de légua e meia ou em meia légua de distância, o que explica a existência de mais de uma centena de povoados. Como reserva de riquezas naturais, possui argila, calcário e pedras para fabricação de brita e paralelepípedo.
Lagarto também foi sede de um dos três distritos militares de Sergipe, em 1658. A elevação de freguesia à categoria de vila aconteceu em 1698, dois anos depois da criação da Ouvidoria Autônoma de Sergipe. Passou à categoria de cidade em 20 de abril de 1880, data oficial de sua elevação a categoria de cidade. Suas terras também deram origem a outros municípios, a exemplo de Riachão do Dantas e Simão Dias.
Economia
Em Lagarto, as atividades econômicas com destaque são o cultivo de tabaco e plantas cítricas. Na criação têm-se os rebanhos bovinos, equinos, ovinos, suínos; e os galináceos. A industrialização do tabaco movimenta a economia do município em que mais da metade de sua produção é exportada para outros estados.
Educação
As escolas de Lagarto incentivam muito a cultura e todo ano a Secretaria Municipal de Educação e Cultura organiza o tradicional Desfile Cívico-Militar de Lagarto, onde participam escolas da Rede Pública e Particular. As escolas que se destacam são: 
- Escolas Públicas - Colégio Municipal Frei Cristóvão de Santo Hilário, Colégio Municipal Zezé Rocha, Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas (Polivalente), Escola Municipal Adelina Maria de Santana Souza, Colégio Estadual Silvio Romero (O mais antigo da cidade)Escola Estadual Dom Mário Rino Sivieri, Instituto Federal de Sergipe (Antiga UNED). 
- Escolas Particulares - Colégio Nossa Senhora da Piedade (Colégio das Freiras), Antigo Colégio Cenecista Laudelino Freire, Grêmio Escolar Pequeno Príncipe, Fundação José Augusto Vieira, Colégio Mundial.
- Instituições de ensino superior - Faculdade Dom Pedro II (antiga José Augusto Vieira), Universidade Vale do Acaraú, Universidade Tiradentes (EAD), Faculdade Ages,[8] Instituto Federal de Sergipe e o Campus Avançado da Saúde da Universidade Federal de Sergipe.
- Instituições de ensino profissionalizante - SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial e SENAI.
Cultura e lazer
Folclore
Muitos grupos folclóricos fazem parte da cultura da cidade, tais como:
- Chegança - Grupo de dança que retrata a luta entre reis católicos e turcos, pela reconquista do trono português.
- Parafusos - Esse grupo retrata a fuga dos escravos para quilombos. Ao passarem pelas vilas, eles roubavam anáguas de linho com babados das senhorinhas. Depois de serem libertados, desfilavam pelas ruas da cidade com as vestes. Segundo o historiador Adalberto Fonseca, o termo "Parafusos" foi criado pelo Padre Salomão Saraiva, que ao ver da igreja os escravos com saias exclamou que pareciam parafusos dançando. A expressão pegou e durante muitos anos, o desfile dos parafusos fazia parte do calendário folclórico da cidade.
- Taieiras - Grupo de moças com vestes orientais que dançam em torno de um mastro enfeitado, ao som de música de zabumba, enquanto rapazes espadachins encenam lutas para proteger o casal real.
- Cangaceiros - Grupos de homens vestidos como cangaceiros que relembram os atos de Lampião, visitando lojas e casas e pedindo comida e bebida, sob ameaça de agressão se não forem atendidos.
- Zabumba - Grupo de homens que saem tocando instrumentos rústicos de percussão para animar festas de batizados, casamentos, e outras manifestações populares em troca de gorjetas, comida e bebida.
- Quadrilhas - Grupo de rapazes, moças e até crianças que dançam músicas juninas sob o toque da sanfona. São apresentadas geralmente por escolas e atuam nos meses de junho/julho.
- Silibrina - É uma comemoração antecipada da festa junina.
Turismo
No município de Lagarto, há importantes pontos turísticos:
Barragem Dionízio de Araújo Machado - a orla da barragem Dionísio de Araújo Machado, em Lagarto, promete ser uma das grandes obras turísticas do município; Praça Dr. Filomeno Hora; Pedra da Arara; Cachoeira do Saboeiro; Parque das Palmeiras (antiga Fazenda Bonfim); Fazenda Boa Vista da Cajazeira (por seu imponente casarão do século XIX em estilo colonial); Rios locais e o Santuário Mariano de Nossa Senhora da Piedade (onde existe uma imagem de La Pietá, que igual só há na Espanha, coroada com autorização de Sua Santidade o Papa João Paulo II). Há também festas anuais de renome estadual e nacional, são elas: La Gospel Music, Lagarto Folia, Silibrina (uma das mais tradicionais do Nordeste, com mais de 80 anos de tradição), Festival da Mandioca, Vaquejada de Lagarto, Exposição Agropecuária de Lagarto (A partir de 2016 se chama EXPOLAGARTO), Desfile Cívico-Militar, Festa da Padroeira, Forroreta, Madereta, os tradicionais Natais dos Povoados.
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

ARAXÁ - MINAS GERAIS

Araxá é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Sua população estimada pelo IBGE em 2020 era de 107.337 habitantes.
História
O nome “Araxá” provavelmente é de origem tupi-guarani, formado pela união dos termos “ara” e “cha”, que significariam, respectivamente, “lugar” e “alto/elevado”, ou seja, um “lugar” ou terreno elevado. Paralelamente, o termo também foi utilizado para identificar alguns grupos indígenas locais, denominados em algumas fontes históricas como Araxás ou Arachás.
De acordo com as pesquisas arqueológicas mais recentes, os assentamentos mais antigos encontrados em Minas Gerais até o momento estão localizados na região de Lagoa Santa[8], com datações entre 11.000 a 9.000 AP (Antes do Presente). Nesses sítios foram identificadas pequenas lascas de quartzo, jaspe e calcedônia, geralmente brutas e algumas transformadas em raspadores, além de batedores e bigornas feitos com seixos de gnaisse e outras rochas. Por sua vez, diversos estudos arqueológicos empreendidos no Triângulo Mineiro apontam que os assentamentos mais antigos nesta região são de pelo menos do início da era cristã.
Caracterizada por conjunto de grandes e espessos vasilhames cerâmicos não decorados, de formatos que vão de semiesféricos a globulares, instrumentos líticos lascados e polidos – como machados, batedores e percutores - e assentamentos próximos a encostas suaves[9], a Tradição tecnológica Aratu-Sapucaí já foi identificada em três sítios arqueológicos até o momento. Denominados Lavra IV, Lavra VI e Canjica, esses sítios provavelmente representam os testemunhos mais antigos da presença de grupos humanos no município de Araxá. Outros seis sítios arqueológicos com fragmentos cerâmicos e materiais líticos (Sítio da Rampa, Lavra I, Lavra II, Lavra III, ARX 1 e Alto Bocaina 01) foram identificados e registrados nos últimos anos em Araxá, embora não tenha sido possível associá-los à nenhuma tradição tecnológica até o momento. Por outro lado, devido à grande quantidade de materiais líticos identificados na área do sítio Alto Bocaina 01, arqueólogos chegaram à conclusão de que se tratava de uma oficina lítica – ou seja, um local de coleta de matéria-prima e produção de diversos instrumentos feitos de rocha. Segundo consta, os afloramentos rochosos existentes no local - de qualidade adequada para produção de ferramentas líticas - bem como a boa visualização da paisagem de entorno, indica que se tratava de um acampamento de caça.
De acordo com estudos etnográficos e fontes primárias provenientes de estudiosos e exploradores entre os séculos XVI e XX, grupos Paresí (Aruak), Bororo e Sakriabá habitaram a região de Araxá, sendo também comum a presença de Kayapós próximos à atual divisa entre São Paulo e Minas Gerais. Como muitos outros povos ameríndios, detinham um estilo de vida nômade ou parcialmente sedentário, com as principais atividades econômicas voltadas para a caça e a coleta de peixes, aves e pequenos mamíferos, além da coleta de tubérculos e diversos gêneros de plantas.
Os Paresí (também chamados de Paryci, Cabexi e Mambare) foram pela primeira vez descritos em termos etnográficos pelo bandeirante paulista Antônio Pires Campos em expedição ao Mato Grosso, estando com eles na primeira metade do século XVIII, aproximadamente em 1720. Por sua vez, o termo kayapó (por vezes escrito "kaiapó" ou "caiapó") foi utilizado pela primeira vez no início do século XIX, embora os próprios se autodenominassem mebêngôkre, "os homens do buraco/lugar d'água". Contudo, o conhecimento sobre os costumes e tradições desses grupos segue limitado pela falta de informações disponíveis. Sabe-se, entretanto, que os Kayapó contavam os meses por luas, faziam cerimônias fúnebres com danças e praticavam jogos como corrida com toras.
A partir de meados do século XVI, entradas e posteriormente bandeiras vindas da Bahia e São Paulo começaram a penetrar o atual território mineiro. Relações inicialmente pacíficas entre portugueses e populações indígenas acabaram tornando-se cada vez mais conflituosas nesta e em outras regiões da agora chamada América Portuguesa, na medida em que se intensificava o interesse pelo apresamento de indígenas e a busca por minas de ouro e outros metais preciosos. Ainda que constem relatos de que os Kayapó apresentavam grande resistência às investidas europeias no século XVIII, sendo considerados guerreiros temidos tanto pelos portugueses quanto pelos Tupi, esses e outros grupos indígenas foram paulatinamente escravizados, mortos ou expulsos para outras áreas. Durante os séculos seguintes após a chegada dos colonizadores europeus, a população indígena foi drasticamente reduzida, devido às “guerras justas” e em decorrência também dos seguidos aldeamentos, perseguições e capturas patrocinadas pelos jesuítas e coroa portuguesa. Apesar da drástica diminuição das populações indígenas, muitos de seus traços culturais mantiveram-se vivos, através da transformação e da miscigenação tanto entre grupos indígenas de etnias distintas, como entre estes grupos e as populações imigrantes, oriundas da África e da Europa, que aqui chegaram devido à colonização europeia.
A descoberta de minerais preciosos no norte da capitania de São Paulo fez com que uma parte dos esforços coloniais até então dirigidos à exploração de territórios distantes, captura de cativos indígenas e instalação de plantações de cana-de-açúcar se concentrasse nestas localidades. Conforme os volumes de minério extraídos tornaram-se expressivos, bem como todo esforço empregado na sua busca, o trabalho de escravos negros foi utilizado de forma cada vez mais constante, ocasionando um aumento populacional vertiginoso na capitania das Minas Gerais.
Os primeiros povoados coloniais na região de Araxá foram criados em função do chamado “Caminho do Anhanguera” ou “Estrada dos Goyases”, o qual partia de São Paulo em direção às minas de Goiás e Mato Grosso, atravessando parte do “Sertão da Farinha Podre” – antiga denominação dada ao Triângulo Mineiro. De acordo com algumas fontes, esses primeiros povoados teriam se fixado em Desemboque, atual distrito do município de Sacramento. Nas margens desse caminho surgiram pousos, fazendas de gado e cavalgaduras, além de promover a instalação de povoados, tornando-se “razão de existência e sobrevivência” dos primeiros assentamentos populacionais que dariam origem a diversas cidades.
Todavia, a presença indígena no Sertão da Farinha Podre se manteve forte até pelo menos meados do século XVIII, a ponto de ser descrito no Conselho Ultramarino como um “mar de índios” entre 1748 e 1750. Os conflitos ocorriam principalmente contra os Kayapó, razão pela qual foram criados os Aldeamentos da Região do Antigo Araxá, tendo por intenção promover a segurança ao longo da Estrada dos Goyazes. Em um desses aldeamentos, denominado Rio das Pedras, foram instalados grupos Bororo, trazidos de Mato Grosso especificamente para combater os Kayapós. Outro aldeamento criado especificamente para fazer frente à grupos indígenas que resistiam à ocupação europeia do chamado Sertão da Farinha Podre foi Sant’Anna do Rio das Velhas, atual município de Indianópolis. Estes aldeamentos congregavam povos indígenas de diversas origens étnicas, práticas culturais e idiomas diferentes, o que frequentemente gerava tensões e conflitos entre os mesmos.
Paralelamente, grupos quilombolas também se estabeleceram no Sertão da Farinha Podre em meados do século XVIII. Estes refúgios acabaram sendo destruídos no que ficou conhecido como a Grande Guerra do Campo Grande, entretanto. Fontes da época e estudos historiográficos posteriores relatam a presença numerosa de indígenas enquanto aliados dos quilombolas, lutando ao seu lado em diversas ocasiões, sendo a mais conhecida o Grande Ataque ao Quilombo do Campo Grande ocorrido no Quilombo do Ambrósio (localizado na atual Ibiá) em 1759-1760[27]. Esta ocupação quilombola no Sertão da Farinha Podre pode ser observada até hoje no sítio Arqueológico do Quilombo do Campo Grande, um verdadeiro exemplo da territorialização da cultura de matriz africana na região.
Entre 1770 e 1780, Araxá e outros povoamentos do oeste e sul mineiro testemunharam um aumento contínuo de sua população, período em que também teriam surgido as primeiras fazendas de gado, processo ocasionado tanto pela necessidade de produção de víveres quanto pelo progressivo declínio da exploração do ouro enquanto principal atividade econômica regional.
Visto que o Sertão da Farinha Podre servia mais como local de passagem e pouso até então, bem como para produção de alimentos e alguns itens necessários para colonização destas e de outras terras onde a mineração ocorria de forma mais intensa, a crise econômica dos últimos anos do “ciclo do ouro” teria gerado menos impacto do que em outras localidades goianas e mineiras. De certa forma, o declínio da mineração aurífera estimulou a concessão de sesmarias, e o desenvolvimento de fazendas de gado progressivamente criou condições para a formação de pequenos centros urbanos regionais, como é o caso de Araxá. A relativa fertilidade do solo, bem como a presença de sal mineral nas águas do atual Complexo Hidrotermal e Hoteleiro do Barreiro, também contribuíram para a fixação da população no local. Com efeito, o termo de demarcação da sesmaria do Barreiro data de 1785:
"Aos 25 dias do mês de agosto de 1785, nesta paragem dos Sertoins dos Arachás, debaixo da serra do mesmo nome, fincamos uma pedra em sentido perpendicular com quatro testemunhas para os 4 pontos cardeais. Daí partimos em direção ao oeste, medindo 2722 cordas de 2 braças cada uma, onde fincamos o 2º marco; daí seguimos em direção ao norte onde fincamos o 3º marco defronte a Fazenda do Campo Aberto; daí seguimos em direção ao nascente, na Fazenda Pão de Açúcar onde fincamos o 4º marco, e deste 4º marco em linha reta até o marco peão na Boca da Mata" 
Por conseguinte, a Freguesia de São Domingos do Araxá foi fundada em 1791, mesmo ano em que o primeiro vigário local, Padre Domingos da Costa Pereira, foi nomeado. Após cerca de cinco anos de obras, em 1800 foi inaugurada a primeira igreja consagrada ao padroeiro de Araxá, São Domingos de Gusmão. Essa edificação teria existido até a década de 1930, quando foi demolida. A edificação atual, denominada Igreja Matriz de São Domingos de Gusmão, foi inaugurada em 1948, sendo tombada enquanto patrimônio municipal pela Fundação Cultural Calmon Barreto.
Em 20 de dezembro de 1811, a Freguesia de São Domingos é elevada a Julgado de São Domingos de Araxá, desmembrando-se do Julgado do Desemboque. Em 1816, a região do Sertão da Farinha Podre é separada de Goiás e anexada a Minas Gerais, ficando sob jurisdição de Paracatu até 1830. A incorporação dessa região à capitania de Minas, fato que acabou por se tornar permanente, deve-se em parte ao requerimento que os próprios moradores de Araxá realizaram junto à Coroa Portuguesa. A presença de uma população já suficientemente representativa em termos políticos pode ser observada nos relatos de viagem de Auguste de Saint-Hilaire, o qual informava a existência de 75 pequenas casas em Araxá no ano de 1815.
A distância em relação à vila de Paracatu logo acabou se tornando motivo de descontentamento dos habitantes mais influentes de Araxá, um julgado que já tinha mais de 6.000 moradores nas primeiras décadas do século XIX. Diante disso, em 1830, Araxá constituiu sua própria Câmara, elegendo como presidente Mariano de Ávila, ação que efetivamente rompeu a dependência em relação à vila de Paracatu. No ano seguinte Araxá é reconhecida enquanto vila, abarcando em sua jurisdição praticamente todo o Sertão da Farinha Podre, sob a condição de construir (com seus próprios recursos) um Fórum e Cadeia Pública. Contudo, em 1836 o chamado Antigo Município de Araxá, até então abrangendo toda a região entre os Rios Grande e Paranaíba em extensão superior à que hoje é chamada de Triângulo Mineiro, começou a ser desmembrado. Em 1865, através da Lei Provincial n.º 1259, a então Vila de São Domingos de Araxá é elevada à categoria de cidade .
O fim do século XIX também trouxe uma renovação do interesse pelas fontes de águas minerais do Barreiro, a partir de então alvo de um turismo incipiente porém crescente. Inicialmente valorizado por suas propriedades terapêuticas, a ponto de ser considerado um local ideal de convalescência para doentes de tuberculose, no Barreiro foram construídos hotéis e balneários entre as décadas de 1910 e 1940. Tendo em vista seu potencial econômico elevado, as próprias terras do Barreiro chegaram a ser doadas ao Estado pela Prefeitura Municipal em 1915, processo que acarretou, por sua vez, em apoio financeiro estadual para a construção da sede de governo de Araxá. Esse interesse também contribuiu para a construção de novas vias de acesso ao município propriamente e ao Barreiro, distante cerca de nove quilômetros do centro de Araxá. A ligação com o ramal Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM) foi concluída em 1926, sendo ampliada e reformada uma estrada de ligação entre o centro de Araxá e Barreiro nos anos subsequentes, após seguidas pressões de setores da imprensa local e estadual e do governo de Minas Gerais. Não por acaso, esse processo acarretou inclusive a desapropriação de terras no Barreiro em 1934, tendo em vista a valorização adquirida com o afluxo crescente de turistas de todo o país.
Na década de 1950 teve início um novo ciclo de desenvolvimento econômico do município com a instalação da COMIG – Companhia Mineradora de Minas Gerais, e da implantação de indústrias, como a CAMIG – Companhia Agrícola de Minas Gerais e a CBMM – Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração. A ação dessas empresas deu sustentação econômica ao município, fazendo surgir novas indústrias, o que gerou fluxo migratório para o município. Tal situação foi reforçada a partir de 1971, com a instalação da Arafértil, atual Mosaic Fertilizantes, do setor de fertilizantes.
Por fim, o município de Araxá ainda conta com diversas edificações historicamente significativas, como:
- Igreja de São Sebastião, construída em 1804 e tombada enquanto patrimônio estadual pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA) desde 1979;
- A já citada Igreja Matriz de São Domingos de Gusmão, inaugurada em 1948;
- Grande Hotel do Barreiro e Termas, construídos entre 1938 e 1945, parte do projeto de transformar o município de Araxá em uma estância balneária nacional;
- Antigo Banco do Comércio e Indústria de Minas Gerais (Banco Nacional), a primeira agência bancária do município, inaugurado em 1931 e tombado enquanto patrimônio municipal em 1998;
- Cine-Teatro Brasil (atual Casa do Poeta), inaugurado em 1930;
- Estações Ferroviárias de Itaipu e Araxá, construídas na década de 1920 como partes do ramal da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM), testemunhos de um período em que as redes ferroviárias eram o mais eficiente sistema de transporte de passageiros e cargas em Minas Gerais, bem como no restante do país;
- Museu Histórico de Araxá – Dona Beja, fundado por Assis Chateubriand em 1965 e localizado em um sobrado colonial, provavelmente datado das primeiras décadas do século XIX. Desde 1990 a edificação e o acervo são tombados enquanto patrimônios municipais;
- Palácio Nagib Feres, sobrado que abrigou a Câmara Municipal e a Prefeitura de Araxá, provavelmente construído entre 1820 e 1830. Tombado enquanto patrimônio municipal desde 1990.
Hidrografia
O município está localizado entre duas grandes Bacias Hidrográficas: Bacia do Rio Grande e Bacia do Rio Paranaíba. Todas possuem grande potencial hidrelétrico. Araxá integra o Circuito das Águas de Minas Gerais, reconhecido pelas propriedades terapêuticas diversificadas de suas águas medicinais. Também conhecida pelos Mineiros de a "terra da juventude" por causa de suas águas, que segundo dizem fazem milagres.
O município possui uma área de proteção especial para fins de preservação de seus mananciais.
Principais rios: Rio Tamanduá e Rio Capivara, afluentes do Rio Paranaíba.
Clima
Localizado a 973 metros de altitude, Araxá apresenta um clima agradável o ano todo, com temperatura média compensada anual de 21 °C e índice médio pluviométrico anual de 1550 mm, concentrados nos meses de primavera e verão.
Economia
A mineração é a maior fonte geradora da economia de Araxá. A Mosaic Fertilizantes, produzindo minérios fosfatados, ao lado do nióbio que é explorado pela empresa CBMM, geram grande parte da economia de Araxá. Tem-se também grande contribuição do turismo, que possibilita em Araxá a exploração de suas águas medicinais, fabricação de sabonetes e cremes para a pele e possui um dos mais ricos artesanatos da região.
Educação
Abriga a universidade Uniaraxá - Centro Universitário do Planalto de Araxá, entidade filantrópica mantida pela Fundação Cultural de Araxá, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG, Mantido pelo Ministério da Educação) e escolas de renome, como o colégio São Domingos, Atena, Gabarito, Polivalente, Dom Bosco e Dom José Gaspar.
Turismo
Araxá fortaleceu-se como polo turístico na década de 1940, com a inauguração do Complexo Termal - Grande Hotel e Balneário - ocorrida em abril de 1944.[49] O município integra o circuito turístico da Canastra.
Principais pontos turísticos: Grande Hotel de Araxá; Termas de Araxá; Fonte Andrade Júnior; Horizonte Perdido; Árvores dos Enforcados; Parque do Cristo; Museu Dona Beja; Museu Calmon Barreto; Museu Sacro de São Sebastião; Fundação Cultural Calmon Barreto (Antiga Estação Ferroviária) e Bocaina Park.
Referência para o texto: Wikipédia ..