segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

NAVEGANTES - SANTA CATARINA

Navegantes é um município brasileiro do estado de Santa Catarina, região sul do país. Localiza-se a uma latitude 26º53'56" sul e a uma longitude 48º39'15" oeste, estando no litoral centro norte catarinense e faz parte da Mesorregião do Vale do Itajaí, na margem esquerda da foz do Rio Itajaí-Açu, estando a uma altitude de 12 metros. Sua população estimada em 2019 é de 81.475 habitantes.
História
A cidade de Navegantes nasceu voltada para o mar e logo foi colonizada por açorianos. O primeiro sesmeiro da região foi João Dias Arzão que, em 1658, recebeu uma sesmaria em frente ao rio Itajaí-Mirim.
Emancipou-se politicamente de Itajaí em 26 de agosto de 1962. Seu nome original era Nossa Senhora dos Navegantes.
Navegantes conta ainda com o Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder, importante terminal de cargas e passageiros que serve as regiões da Foz do Itajaí e Vale do Itajaí que, juntamente com o Porto de Navegantes, são uma conquista recente do município, tornando-a a cidade referência no transporte nacional e internacional.
Datas históricas
- 23 de janeiro de 1896 - a "Câmara Episcopal de Corytiba" concedia "licença para que se possa erigir uma capela sob a invocação de Nossa Senhora dos Navegantes, de São Sebastião e de Santo Amaro". O padre Antônio Eising, então vigário da paróquia de Itajaí foi quem fez a solicitação.
- 2 de fevereiro 1898 - Inauguração da Capela de Nossa Senhora dos Navegantes.
1912
- 17 de dezembro de 1898 - Em homenagem aos homens do mar, aos pescadores e à Nossa Senhora, de quem os moradores eram devotos, o arraial assume o seu próprio nome: Bairro dos Navegantes.
- 8 de novembro de 1959 - Bênção da pedra fundamental do novo templo de Nossa Senhora dos Navegantes, que teve à frente da comissão construtora o senhor Anibal Gaya.
- 28 de fevereiro de 1961 - Pela Lei nº 369, o prefeito de Itajaí, Eduardo Sólon Canziani, declara- 
- 2 de fevereiro de 1962 - Por decreto da cúria metropolitana é criada a Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes, instalada oficialmente em 26 de agosto do mesmo ano, tendo como pároco o padre Gilberto Luiz Gonzaga.
- 14 de maio de 1962 - Resolução nº 02: a Câmara Municipal de Itajaí autoriza o desmembramento de Navegantes.
- 30 de maio de 1962 - Lei estadual nº 828 cria o município de Navegantes.
- 26 de agosto de 1962 - É instalado oficialmente o município de Navegantes e a Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes.
- 3 de setembro de 1962 - Diário oficial do Estado de SC nº 7.122 publica o Decreto de 30 de agosto do governador Celso Ramos, nomeando Athanásio Joaquim Rodrigues para exercer o cargo de prefeito provisório do município de Navegantes.
- 7 de outubro de 1962 - Pela primeira vez acontece a eleição para prefeito e vereadores de Navegantes.
- 31 de janeiro de 1963 - O prefeito provisório entrega o governo municipal ao prefeito eleito Cirino Adolfo Cabral.
Aeroporto de Navegantes
O Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder é um aeroporto público, sendo considerado a principal porta de entrada para quem mora no Vale do Itajaí e nas proximidades de Navegantes, como Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema. O aeroporto faz ligações ao principais aeroportos do Brasil.
Artes
Navegantes conta com o Grupo de Teatro Criando História que tem levado suas apresentações para os recônditos mais distantes da cidade, fazendo dessa forma a população ter maior apreço pela arte e cultura no município.
Festa típica
Em todo carnaval de Navegantes é feita a famosa festa do Navegay, onde todos homens vão vestidos com trajes femininos e as mulheres com trajes masculinos. Esta festa já é tradição na cidade, e os mais bem fantasiados ganham prêmio de melhor traje do Navegay do ano. A festa ocorre toda segunda-feira de carnaval, havendo sol ou não.
Pontos turísticos
Praias
Com uma orla marítima de aproximadamente 12 quilômetros, divididas em Praia Central, Meia Praia e Gravatá, Navegantes se destaca com suas praias de águas limpas, próprias para o banho, prática de esportes aquáticos e pesca. O surf é uma das modalidades esportivas mais praticadas no município, e surfistas da cidade e de regiões vizinhas encontram nas praias de Navegantes as condições ideais para a prática do esporte durante o ano todo.
- Avenida Beira Mar - Com uma ampla avenida que segue por toda a orla marítima, oferece um extenso calçadão ideal para caminhadas e passeios turísticos, possibilitando visualizar o mar e sua vegetação nativa preservada.
- Pedra da Miraguaia - Ponto marcante na Praia de Gravatá, a pedra é conhecida como viveiro natural de mariscos e atrai muitos amantes da pesca de arremesso.
- Farol da Barra - Um dos principais símbolos do turismo na cidade, os molhes, como é conhecido, foi construído entre 1930 e 1938. O farol atrai inúmeros visitantes por causa de sua proximidade com embarcações de pesca e os navios que diariamente entram e saem do Porto de Itajaí e Navegantes. O local também é muito procurado pelos amantes da pesca de arremesso.
- Santuário e Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes - Localizado no centro da cidade, próximo ao ferry-boat, o santuário é um dos principais cartões postais da cidade e atrai fiéis de todas as regiões do país. Além de sua belíssima igreja centenária, o santuário é formado também por uma construção em forma de barco, que abriga a Secretaria Municipal de Turismo, e uma gruta homenageando a padroeira do município, protetora dos pescadores e navegadores.
- Morro da Pedra - Localizada no bairro Escalvados e envolto pela mata atlântica preservada, o morro está estruturado com rampas para voos de asa delta e parapente, ideal para os amantes de esportes radicais. Além disso, oferece trilhas para aqueles que apreciam o turismo ecológico.
Referência par o texto: Wikipedia .

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

ILHA DO GOVERNADOR - RIO DE JANEIRO ANTIGO

A Ilha do Governador é uma ilha localizada no lado ocidental do interior da Baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro. Faz parte da região da Zona Norte do Rio de Janeiro e foi um bairro único no município do Rio de Janeiro entre 1960 a 1981 e posteriormente subdividida nos atuais bairros segundo o Decreto Municipal 3.157 de 23 de julho de 1981. 
Com uma área de 40,81 quilômetros quadrados, a Ilha do Governador compreende quatorze bairros que são: Bancários, Cacuia, Cocotá, Freguesia, Galeão, Jardim Carioca, Jardim Guanabara, Moneró, Pitangueiras, Portuguesa, Praia da Bandeira, Ribeira, Tauá e Zumbi, com uma população total de 211 mil habitantes. Tradicionalmente residencial, atualmente apresenta características mistas, compreendendo ainda indústrias, comércio e serviços.
História 
Descoberta em 1502 por navegadores portugueses, os índios Temiminós eram os seus habitantes na época. Chamavam-na de "Ilha de Paranapuã", termo que significa "colina do mar", pela junção de paranã, "mar" e apuã, "colina", sendo também chamada de "Ilha dos Maracajás" (espécie de grandes felinos, então abundantes na região. "Maracajá" também era um outro nome dos índios temiminós que habitavam a ilha). pelos índios Tamoios, inimigos dos Temiminós. 
Terra natal de Arariboia, foi abandonada pelos Temiminós em consequência dos ataques de inimigos Tamoios e de traficantes franceses de pau-brasil, os quais foram definitivamente expulsos em 1567, pelos portugueses. 
O nome "Ilha do Governador" surgiu em 5 de setembro de 1567, quando o governador-geral do então Estado do Brasil (e interino da Capitania do Rio de Janeiro) Mem de Sá doou ao seu sobrinho, Salvador Correia de Sá (o Velho - Governador e Capitão-geral da Capitania Real do Rio de Janeiro de 1568 a 1572), mais da metade do seu território. Correia de Sá, futuro governador da capitania, transformou-a em uma fazenda onde se plantava cana-de-açúcar, com um engenho para produção de açúcar, exportado para a Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII. 
Em 1663, foi lançado ao mar o Galeão Padre Eterno, na época o maior navio do mundo. O galeão foi construído num local da ilha que passou a ser conhecido como Ponta do Galeão, originando o atual bairro do Galeão. 
No século XIX, o Príncipe-Regente D. João utilizou o seu espaço como coutada para a caça. Segundo a tradição, conta-se que a Praia da Bica recebeu este nome por causa de uma fonte que costumava servir de banho ao jovem príncipe D. Pedro, mais tarde D. Pedro I (1822-1831). Tal fonte existe até os dias atuais. O desenvolvimento da Ilha do Governador, entretanto, só ocorreu a partir da ligação regular da ilha com o continente, efetuada por barcas a vapor com atracadouro na Freguesia desde 1838. Mais tarde, outros atracadouros foram construídos no Galeão e na Ribeira, integrando a área à economia do café e à atividade industrial (produção de cerâmica). 
No início do século XX, os bondes chegaram à ilha, efetuando a ligação interna de Cocotá à Ribeira (1922), percurso estendido posteriormente até ao Bananal e a outros pontos. Também é neste século que se instalaram as unidades militares: a Base Aérea do Galeão, os quartéis do Corpo de Fuzileiros Navais e a Estação Rádio da Marinha (Ermrj), época em que o bairro se constituía num balneário frequentado principalmente pela classe média do município do Rio de Janeiro. 
Em 23 de julho de 1981, através do Decreto Número 3.157, do então prefeito Júlio Coutinho, no tempo do Governador Chagas Freitas, o bairro da Ilha do Governador foi oficialmente extinto e transformado nos seus atuais quatorze bairros oficiais.
Geografia 
A região por sua peculiar localização dentro da Baía de Guanabara, conta com excelente ventilação, o que garante um clima bem mais ameno nos dias mais quentes de verão. Essa vantagem, por outro lado, representa um risco quando se trata de grandes tempestades, pois a ilha fica sujeita a fortes vendavais e à incidência acima do comum para a região de chuvas de granizo. 
A arborização do bairro é bastante intensa, não apenas pela recomposição de espécies nativas da Mata Atlântica dentro da área da aeronáutica no Galeão e da Marinha no Jardim Guanabara, Bancários, Freguesia e bananal, mas também em diversas áreas públicas e principalmente nos quintais das inúmeras residências por todo o bairro, auxiliando na prevenção das ilhas de calor que se formam em algumas regiões pouco arborizadas e excessivamente construídas dentro de metrópoles. A Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana do Rio Jequiá, APARU do Jequiá, visa a recomposição e a preservação do ecossistema de manguezal apresentando resultados bastante relevantes, em função de sua localização dentro da metrópole. 
Hidrografia 
O entorno da Praia do Quebra Coco foi transformado em uma pequena reserva ecológica através da construção de um parque municipal, Professor Marcello de Ipanema; área vizinha à marina do Jardim Guanabara, formando um complexo de lazer. Além dessa praia, a ilha possui pequenas praias de orla fina, que estão localizadas em ruas de residenciais comuns: 
• Praia do Barão (Bancários) 
• Praia do Galeão (Galeão)
• Praia das Pitangueiras (Pitangueiras) 
• Praia da Ribeira (Ribeira) 
Além de praias de orla espessa que atuam como o centro de esportes e vida noturna dos bairros. 
• Praia da Guanabara (Freguesia) 
• Praia da Bandeira (Praia da Bandeira) 
• Praia da Bica (Jardim Guanabara) 
• Praia da Engenhoca (Ribeira) 
• Praia do Zumbi (Zumbi) 
• Praia do Belo Jardim (Galeão) 
Há também um rio que corta a Ilha: o Rio Jequiá. 
Brasão de Armas 
Apesar de incomum nos municípios brasileiros, algumas divisões do município do Rio de Janeiro possuem brasões, bandeiras e hinos, adquiridos à época em que seu território era compreendido no antigo estado da Guanabara. O brasão da região administrativa da Ilha do Governador é composto de: 
• Um escudo heráldico português (arredondado na base e formando ângulos retos na parte superior), encimado por uma coroa mural de cinco torres de ouro, símbolo de cidade. • Aos lados, dois golfinhos, símbolo de povoação marítima, tendo ao lado direito a data de 1568, data da doação da sesmaria de mais da metade das terras da ilha, concedida por Mem de Sá, Governador-geral do Estado do Brasil, a Salvador Correia de Sá, o Velho, segundo governador da Capitania do Rio de Janeiro. 
• Do lado esquerdo, a data de 1961, de criação do brasão de armas da Ilha do Governador, ambos os números em vermelho. 
• Embaixo, ainda em vermelho, a legenda Governador, referente ao nome da ilha e ao cargo de Salvador Correia de Sá. 
• Divisão quartelada, sendo o primeiro quartel (à direita), sobre fundo branco (prata), um arco em vermelho disparando uma flecha, simbolizando a primitiva ocupação indígena da ilha. No segundo quartel (embaixo, à direita), sobre fundo vermelho, o retrato de Salvador Correia de Sá. À esquerda, no primeiro quartel, sob fundo azul, a Capela Imperial Nossa Senhora da Conceição, em ouro (amarelo), simbolizando a criação da Freguesia de mesmo nome, em 1710. Embaixo, sob fundo azul, as armas da Aeronáutica (asas) e da Marinha (uma âncora), em ouro (amarelo), simbolizando a ocupação militar da Ilha.
Em heráldica, o vermelho simboliza a vitória, com sangue, sobre o inimigo. No brasão, o vermelho simboliza a vitória decisiva para a conquista do Rio de Janeiro pelos portugueses. No período de 1961 a 1975, o brasão de armas da Ilha do Governador teve uma estrela de prata sobre a coroa-mural de ouro, simbolizando o Estado da Guanabara. Com a fusão, em 1975, o brasão perdeu a estrela.
Subdivisões 
A Ilha do Governador é dividida em 14 bairros: Bancários, Cacuia, Cocotá, Freguesia, Galeão, Jardim Carioca, Jardim Guanabara, Moneró, Pitangueiras, Portuguesa, Praia da Bandeira, Tauá e Zumbi. 
O bairro Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, localiza-se na região administrativa da Ilha do Governador, mas não na Ilha do Governador enquanto acidente geográfico. 
Projeto e Emancipação 
No dia 15 de maio de 2001, o então deputado estadual Albano Reis apresentou o projeto de lei nº 2 244/2001, que previa a criação do município da Ilha do Governador, porém o projeto não avançou na ALERJ. 
Economia 
Comércio 
Possui um comércio variado, desde o popular com as tradicionais feirinhas nos bairros do Cacuia e do Cocotá até lojas voltadas para a classe média ao longo da Estrada do Galeão bem como a concentração dos supermercados da região, e também lojas de grife no Jardim Guanabara e no Shopping Ilha Plaza. O dinamismo da economia do bairro só não é maior pois há a limitação do gabarito das construções em três pavimentos, não apenas por sua proximidade com o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão mas também por conta do controle demográfico, o que se por um lado restringe a capacidade de criação de oportunidades dentro do bairro e a criação de uma concentração de atividades com sinergia suficiente para atrair grande movimento de diversas regiões da metrópole, mantém a qualidade de vida dos moradores em patamares elevados. 
Indústria 
A tradição manufatureira da ilha remonta às caieiras coloniais, ampliada a partir da década de 1860, quando se iniciou a fabricação de produtos cerâmicos, telhas e tijolos que deram nome à Praia da Olaria. Essa atividade foi reforçada, na década seguinte, pela inauguração da Fábrica de Produtos Cerâmicos Santa Cruz (1873), nas terras da antiga Fazenda da Conceição, atual Jardim Guanabara.
No século XX, a partir da década de 1970, o estaleiro Transnave instalou-se na Ribeira e, posteriormente, o Eisa (ex-Emaq), na Praia da Rosa, fabricando embarcações de grande porte. 
Destaca-se ainda a presença de dois complexos industriais transnacionais produzindo aditivos e óleos lubrificantes: a Shell, na Ribeira e a Exxon, no Zumbi. 
Serviços 
A Ilha do Governador conta com um Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar (19º GBM), uma Delegacia de Polícia Civil (37ª DP), um Batalhão da Polícia Militar (17° BPM), 12ª Inspetoria da Guarda Municipal, um Fórum Regional da Comarca da Capital, um Cartório de Registro Civil e diversos Cartórios de Notas, uma Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil seção Rio de Janeiro, um Núcleo da Defensoria Pública, agências de correios e um hospital municipal, além de uma UPA (Unidade de pronto atendimento). 
O governo municipal encontra-se presente através de escritórios da Divisão de Conservação e Obras, do Departamento de Fiscalização e Edificações e de uma gerência da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). 
Aeroporto internacional 
Em 1952, foi inaugurado o Aeroporto do Galeão, ampliado em 1977 para atender linhas internacionais (quando passou a chamar-se Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro). Maior complexo aeroportuário da época, com capacidade inicial para seis milhões de passageiros por ano, o antigo Galeão passou a operar como Terminal de Cargas. O Aeroporto internacional, depois Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro - Galeão - Antônio Carlos Jobim, atualmente consta de dois terminais de passageiros, um terminal de cargas da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), um terminal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (CORREIOS), um terminal de cargas da VARIG LOG e um hangar industrial da TAP Maintenance and Engineering, antiga VEM - Varig Engenharia e Manutenção. Como é um aeroporto misto (civil e militar), ainda conta com o chamado Galeão Velho para operações do Correio Aéreo Nacional e para recepção e entrega de carga junto às empresas transportadoras de carga aérea, sem contar que as aeronaves militares, que pousam no Aeroporto Internacional Tom Jobim têm como destino o pátio militar localizado na Base Aérea do Galeão. 
Cultura 
Esportes 
A Ilha abriga o Estádio Luso Brasileiro para a prática do Futebol cuja proprietária é a Associação Atlética Portuguesa, equipe do bairro que disputa o Campeonato Carioca de Futebol. Apesar de pertencer à Portuguesa-RJ, o estádio já foi administrado pela empresa estatal Petrobras em 2005 (recebendo a alcunha de Arena Petrobrás) e, em 2016, pelo Botafogo (sendo também chamada de Arena Botafogo). Desde janeiro de 2017 está sendo administrado pelo Flamengo (e sob a nova gestão, ficou também conhecida como Ilha do Urubu). O estádio além de receber jogos do campeonato local, já foi palco de partidas da principal divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol, no âmbito internacional da Copa Sul-Americana. O estádio também já serviu para disputa de provas de turfe e jogos de futebol americano. 
No Centro Esportivo Municipal Parque Royal atualmente treina o Ilha Futebol Clube com intuito de trabalhar com Formação de Atletas para base em parcerias com clubes federados, além disso, a região conta com diversas áreas de prática poliesportiva como o Corredor Esportivo localizado no bairro do Moneró e o Parque Poeta Manuel Bandeira, também conhecido como Aterro do Cocotá, localizado no bairro do Cocotá. 
Carnaval 
A ilha congrega três agremiações de escolas de samba com a Acadêmicos do Dendê no bairro do Tauá, o Boi da Ilha do Governador (suspensa de desfilar desde março de 2017 pelo rebaixamento no Grupo E) com sede no bairro da Freguesia e a principal dentre elas a União da Ilha do Governador do bairro do Cacuia e que participa do Desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro pertencendo ao Grupo Especial, além de diversos blocos que compõem a região nessa época em todos os bairros. 
Literatura e Arte 
A região possui uma biblioteca popular no bairro do Cocotá de livre acesso para todos assim como a Lona Cultural Renato Russo, palco de diversas manifestações artísticas localizada no mesmo bairro. No bairro do Jardim Guanabara encontra-se a região da Praia da Bica, point de várias casas de eventos e encontros entre os mais jovens. Na região havia a Casa de Cultura Elbe de Holanda, último centro cultural do Rio de Janeiro fechado em 2013..
Moradores ilustres 
Personalidades
Já residiram ou ainda residem na região algumas Personalidades famosas, como: 
• Bete Mendes - atriz 
• Castro Gonzaga - ator 
• Chacrinha - radialista e apresentador de TV 
• Eduardo Galvão - ator 
• Elbe de Holanda - atriz e diretora 
• Haroldo de Andrade - radialista 
• Leandro Hassum - ator e humorista
• Letícia Spiller - atriz 
• Lima Barreto - escritor 
• Miguel Falabella - ator e diretor 
• Rachel de Queiroz - escritora e jornalista 
Cantores 
• Assis Valente 
• Aroldo Melodia 
• Chiquinha Gonzaga 
• Cristina Mel 
• Buchecha 
• Cassiane 
• Elza Soares 
• Jairinho Manhães 
• Ludmilla 
• Gonzaguinha 
• Luiz Gonzaga 
• Orlando Silva 
• Quinho do Salgueiro 
• Renato Russo 
• Vinícius de Moraes 
• Wanderley Cardoso 
Futebolistas 
• Brito 
• Diego Souza 
• Garrincha 
• Nílton Santos 
• Quarentinha 
• Roberto Dinamite 
Transporte 
Ciclovia 
A Ilha possui cerca de 62 km de ciclovias e ciclofaixas, sendo a maioria ciclofaixas compartilhadas.
Referência par o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

SAPIRANGA - RIO GRANDE DO SUL

Sapiranga é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Está localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre e conta com 85.973 habitantes, em uma área de 138,314 quilômetros quadrados.
Etimologia
A partir de 1890, Sapiranga deixa de ser parte do 4.º Distrito de São Leopoldo para ser vila e sede do 5.º distrito, pelo Ato Intendencial n.º 154. Em 1899, iniciou-se a construção da Ferrovia Novo Hamburgo-Taquara, inaugurada em 1903, ampliando o transporte que até então era feito por lanchões, barcos, cavalos, mulas e carretas.
Com a ferrovia, Sapiranga recebeu um novo impulso e, ao longo da estrada de ferro, se formaram os povoados, como Araricá e Campo Vicente.
Nesta época também surgiria o nome que daria origem à atual denominação do município. Havia abundância na região de uma fruta chamada araçá-pyranga (termo indígena para a fruta), denominação que originaria o nome do município de Sapiranga (Sapyranga, no início), em uma corruptela dos moradores que acabariam pronunciando o nome da fruta como "a-ça-piranga". Esta fruta ainda existe em quantidade significativa nos capões do Kraemer-Eck. A denominação de Sapyranga, inclusive, segundo historiadores, teria surgido pela primeira vez nessa região.
No entanto, ainda existe a versão defendida pelo livreiro Arti Hugentobler segundo a qual a origem do nome da cidade decorre de palavra idêntica no tupi-guarani. O significado, então, seria "Inflamação das pálpebras, produzida pela presença de um parasito que faz cair as pestanas."
História
Imigração alemã
Antes da emancipação, Sapiranga era o quinto distrito de São Leopoldo. Existia a denominação tradicional do mundo luso, o Padre Eterno.
Os primeiros imigrantes alemães desembarcaram no Porto das Telhas, em São Leopoldo, no dia 25 de julho de 1824. Desde então, iniciou-se a história dos municípios que rodeiam o Vale dos Sinos. Esses imigrantes receberam lotes de terra, onde puderam dar início à sua habitação.
A partir da colonização alemã, iniciaram-se as modificações na estrutura do Rio Grande do Sul e do Brasil. Além disso, os colonos alemães implantaram uma nova filosofia de vida, onde o homem compartilhava seu trabalho braçal com toda a família. Dessa maneira, havia uma grande união entre os imigrantes, pois os mesmos estavam expostos às atividades de subsistência. Os vizinhos ajudavam-se em determinadas funções.
A cultura alemã, na agricultura, culinária, indústria, comércio, entre outros, foi se desenvolvendo desde os primórdios da história do município e se mantém até os dias de hoje. Por muito tempo a língua alemã, apesar de não ser a língua oficial, foi muito mais corrente do que o português na cidade. As gerações mais antigas não falavam ou entendiam o português e, nas escolas, o alemão era ensinado como segunda língua às novas gerações. A língua portuguesa efetivamente foi tomando lugar na década de 1970, devido à intensa migração de operários oriundos de outras regiões do estado (que não conheciam a língua alemã )chegando em busca de vagas nas indústrias exportadoras de calçados.
Os Mucker
Um dos momentos mais conturbados da história de Sapiranga se deu no final do século XIX. Jacobina Mentz e seu marido, João Maurer, fundaram uma seita religiosa no Morro Ferrabráz. Muckers.
Jacobina e João Jorge Maurer se conheceram em Hamburgo Velho, na metade do século XIX. Casaram-se e mudaram-se para Leoner-Hof (como era denominada Sapiranga). Jacobina sofria de ataques epilépticos, desde criança, o que fazia com que ela fosse vista como vítima de um transtorno do sistema nervoso, agravados por leituras de natureza religiosa.
Além disso, Jacobina auxiliava o marido no curandeirismo. Naquela época, os médicos eram escassos. Então, as pessoas apelavam para os curandeiros. Aos poucos, Jacobina misturava a religião com o atendimento aos doentes, através de leituras de passagens bíblicas para os pacientes. Logo, ela tornava-se famosa por suas meditações milagrosas.
Os adversários de Jacobina, preocupados com os acontecimentos no Ferrabraz, realizaram um abaixo-assinado, levando a imprensa da época a tomar partido contra Jacobina.
Em pouco tempo surgiram diversos conflitos entre esses dois grupos, acarretando em violência e mortes. Em 28 de junho de 1874, forças policiais atacaram os Mucker, que venceram o conflito. Isso contribuiu para a crença da divindade de Jacobina. Após outro ataque falho, Jacobina conseguiu fugir e se esconder no Ferrabraz. O fim do conflito se deu em 2 de agosto do mesmo ano, quando um traidor (Pedro Serrano) levou as forças policiais até o esconderijo de Jacobina Mentz, que foi morta junto da maioria dos Mucker.
Transporte ferroviário
Em 15 de agosto de 1903, foi concluída a construção da estrada de ferro que ia de Novo Hamburgo a Taquara. Foi a primeira estrada de ferro do Estado do Rio Grande do Sul, tendo sua obra iniciada em 26 de novembro de 1871. Novo Hamburgo e Taquara eram as duas estações principais, com sete estações secundárias e três paradas.
Uma das intenções da criação da estrada era a ligação da capital aos principais centros econômicos do Estado (considerando que sua extensão vinha de Porto Alegre até Taquara). Um desses centros era São Leopoldo e entre as áreas pertencentes a esse município e colonizada por alemães constava Sapiranga.
A segunda intenção da criação da estrada era a questão militar, devido à preocupação em relação à defesa do território que dependia da rápida movimentação das tropas do exército.
Vale ressaltar que a urbanização desencadeou-se devido à estrada de ferro. Porém, na década de 1960, quando foi inaugurada a estrada de rodagem estadual, o local, que tinha como principal meio de deslocamento a estrada de ferro, passava a usar também a rodovia RS-239. Em 1964, a estrada de ferro foi desativada.
Emancipação de Sapiranga
Em 1933, a partir do surgimento de novas fábricas, houve a ampliação do mercado de trabalho sapiranguense. Com isso, a população triplicou. Esses e vários outros motivos contribuíram para o crescimento da ideia de emancipação. Assim, as lideranças partiram para passos concretos, através da criação de uma Comissão de Emancipação. Também foi criado um Conselho Deliberativo composto de todos os presidentes de partidos políticos da região.
O número de habitantes ainda era insuficiente (inferior a 12.000) para se emancipar. Então, a organização apelou aos habitantes dos distritos de Picada Hartz e Campo Vicente (pertencentes a Taquara). Assim, Sapiranga cumpria com todas as exigências previstas em lei para se emancipar. Em 15 de dezembro de 1954, lei número 2.529, Sapiranga passa a ser município.
A primeira eleição, para prefeito, vice-prefeito e vereadores, realizou-se no dia 20 de fevereiro de 1955.
Economia
As principais atividades econômicos do município são as indústrias de calçados, metalurgia e extrativismo vegetal, sendo sede de grandes indústrias como a Paquetá no ramo de calçados e Altero no setor da metalurgia.
Os principais produtos do setor primário são: acácia negra, batata inglesa, arroz, aipim e hortifruticultura. O setor secundário conta com calçados, metalurgia e componentes. No setor terciário, temos gêneros alimentícios, vestuário e eletrodomésticos. A indústria, comércio e serviços em 2004 mostrou 2.828 estabelecimentos.
Turismo
Cidade das Rosas
As rosas sempre foram cultivadas no município, da emancipação até os dias de hoje. Essa denominação possui duas explicações. Uma delas originou-se de uma visita que o Diretor do Serviço Estadual de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul, Osvaldo Goidanich. Ele surpreendido com a quantidade de roseiras que eram cultivadas, sugeriu que fosse chamada de Cidade das Rosas.
Outra explicação surgiu da ideia do professor e jornalista Muniz Pacheco, através de um artigo no jornal "O Ferrabraz", no dia 24 de novembro de 1960, onde ele destaca as rosas como um aspecto embelezador dos canteiros da cidade, assim denominando-a de Cidade das Rosas. Com a oficialização da Festa das Rosas, em novembro de 1964, o título "Cidade das Rosas" foi reforçado pelos sapiranguenses e pelos turistas.
A Festa das Rosas
A partir de 1966, a Festa das Rosas se realizou nos anos pares e permaneceu até o ano de 1986, quando ocorreu uma pausa de 11 anos. Em 1997, ela foi retomada, se realizando anualmente até os dias de hoje, no Parque Municipal do Imigrante.
Sempre é feita a escolha de uma Rainha e duas princesas, símbolos da beleza da cidade e receptoras dos visitantes que prestigiam a festa. Paralelamente, em evento de porte semelhante, as indústrias de calçados(eixo econômico da cidade)elegem a Rainha dos Operários, representante da beleza da classe trabalhadora. Além disso, shows de bandas e talentos locais são valorizados no evento. A rosa é a atração principal e é encontrada em todos os lugares da festa para tornar especial o principal evento do município.
Com a volta da Festa das Rosas, o cultivo de roseiras e a tradição dos jardins floridos refletiu mais fortemente na comunidade. Da mesma maneira, a administração municipal preservou e ainda preserva essa característica de Sapiranga, mantendo sempre o colorido nos canteiros que embelezam e diferenciam a Cidade das Rosas.
Casa tombada
A casa construída em 1845 pelo imigrante alemão Johan Schmidt, permanece até hoje, constituindo-se numa das casas mais antigas de Sapiranga.
Construída em técnica enxaimel, com estrutura de madeira e vãos preenchidos com barro socado, amontoando-se certas porções até completá-las. Postes, linhas, barrotes e caibros, com encaixes feitos a martelo e talhadeira e fixados com tacos de madeira formavam a estrutura da residência. O telhado era feito de tabuinhas engatadas em ripas. Quando as tabuinhas apodrecem, são trocadas por telhas de folhas de zinco e por telhas de barro.
Voo livre
O voo livre iniciou sua história no município de Sapiranga no ano de 1974. No início, o esporte era considerado de alto risco, devido ao grande número de acidentes, vários fatais. Com o passar do tempo, a segurança dos equipamentos foi sendo aprimorada e hoje dificilmente os pilotos correm riscos de vida. Basta o voador ter consciência da necessidade de uma boa preparação física, psíquica e um bom equipamento de voo. Além disso, é importante um bom clima para o voo ser tranquilo.
A Associação Gaúcha de Voo Livre (AGVL) foi fundada em 28 de agosto de 1978 e é responsável pelo recebimento de pilotos de vários estados do Brasil, inclusive de outros países.
A cidade já possuiu também um aeroclube, porém este foi desativado.
Balneários e cursos d'água
Em sua porção norte, no distrito de São Jacó, o município de Sapiranga é banhado pela Bacia do Rio Feitoria, em trecho de serra contando com várias cataratas e cachoeiras em seu território. Há vários balneários ao longo do Rio Feitoria e seus afluentes, bem como pontos de interesse turístico como a Cascata dos Deberofski, na localidade de Picada Verão.
O Morro Ferrabraz
Localizado ao norte de Sapiranga, o Morro Ferrabraz é formado por rochas de origem vulcânica e sedimentar. O terreno constitui-se de uma grande elevação, onde predomina a erosão. Sua altitude varia de 581 metros a 634 metros acima do nível do mar, sendo que no centro da cidade a altitude não passa de 50 metros.
Com a necessidade de preservação do Morro Ferrabraz, a lei municipal número 1400/87 colocou-o como patrimônio natural, área especial de interesse histórico e turístico.
Hoje em dia, o Morro é um centro turístico com prática de voo livre. Asas-delta e paragliders decolam das rampas em busca de emoção. Além disso, o local é propício para a prática de mountain bike. Também na encosta do Ferrabraz foi demarcado o sítio histórico dos Mucker.
Caminhos de Jacobina
O roteiro Caminhos de Jacobina foi criado com a intenção de ajudar as pessoas a conhecer mais sobre o episódio dos Muckers. Episódio esse que inspirou o romance Videiras de Cristal do autor Luis Antônio de Assis Brasil e que, posteriormente, se transformou no filme A Paixão de Jacobina de Luiz Carlos Barreto. O roteiro tem os seguintes pontos:
- Cemitério no bairro Amaral Ribeiro - Mantém os túmulos de quatro moradores de Sapiranga, mortos no conflito com os Mucker (anti-Mucker), na década de 1870. Os Mucker foram enterrados em valas e cobertos com espessa camada de sal para que seus corpos se decompusessem o mais rapidamente possível. Portanto não existe Mucker enterrado nos cemitérios de Sapiranga, pois não eram considerados santos e merecedores de tal honraria. A arte funerária e as inscrições nas lápides do século XIX mostram traços culturais e religiosos da comunidade.
- Estátua do Cel. Genuíno Sampaio - Estátua erguida por colonos próximo à residência de Jacobina, no ano de 1931 por iniciativa de um morador local, Reinaldo Scherer.[9] Em 1874, nesse local, travaram-se duas batalhas entre os soldados do Coronel Genuíno Sampaio e o grupo de Jacobina.
- Cruz de Jacobina - Neste local, Jacobina e alguns do seu grupo se abrigaram para fugir do confronto com seus perseguidores. A cruz foi colocada no início do século XX, aproximadamente em 1910, depois da visita de um dos remanescentes do confronto. Acredita-se que neste local Jacobina tenha sido assassinada.
- Locação "A Paixão de Jacobina" - A propriedade serviu como locação para o filme "A Paixão de Jacobina". Possui uma casa em estilo enxaimel, com mais de cem anos e reproduções dos personagens do filme, uma cozinha em estilo enxaimel, um galpão onde foi filmada a cena final e a trilha da Três Quedas com acesso a cascatas onde se pode tomar banho.
Idiomas
A língua alemã faz parte da fundação e da história do município e da região colonial a qual pertence, antigamente chamada de Altkolonie, ou seja região das colônias velhas. Nas últimas décadas a língua nacional, o português, definitivamente tomou o lugar do idioma alemão na vida pública, i.e. nas escolas, na igreja, nas publicações; muito embora ele que continue sendo praticado principalmente na esfera privada, doméstica, em círculos de familiares e amigos/as, na sua variante regional chamada Riograndenser Hunsrückisch.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

TRÊS RIOS - RIO DE JANEIRO

Três Rios é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Pertence à Região Geográfica Intermediária de Petrópolis e à Região Geográfica Imediata de Três Rios-Paraíba do Sul. Localiza-se cerca de 125 km ao norte da capital do estado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população estimada para 1.º de julho de 2020 era de 82 142 habitantes. Ocupa uma área de 322 843 km².
História
A referência mais remota sobre o território do município de Três Rios data do início do século XIX, quando Antônio Barroso Pereira obteve, por requerimento de 16 de setembro de 1817, "terras de sesmaria no sertão entre os rios Paraíba e Paraibuna..." É no teor da concessão da referida sesmaria, exarada pela coroa portuguesa, que se identifica a origem da primeira toponímia do município “Entre-Rios”.
Dentro do seu patrimônio territorial, Antônio Barroso Pereira fundou cinco fazendas: a fazenda Cantagalo, a mais importante, e as fazendas Piracema, Rua Direita, Boa União e Cachoeira, todas dependentes da primeira.
Em 23 de junho de 1861, foi inaugurada a rodovia União-Indústria (que ligava Petrópolis a Juiz de Fora) e que passava pelas terras da fazenda Cantagalo. Essa rodovia contou com grande colaboração do fazendeiro Antônio Barroso Pereira e, por esse motivo, o imperador Pedro II agraciou-lhe, em 1852, com o título honorífico Barão de Entre-Rios. Ainda em sua homenagem à estação rodoviária local, foi dado o nome de Estação de Entre-Rios. Com o batismo da estação não tardou que o pequeno povoado, formado às margens da rodovia, passasse a ser conhecido como Entre-Rios.
Em 1867, os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II chegaram à região e, tal a rodovia, essa ferrovia recebeu o importante apoio do Barão que, falecido em 1862, transmitiu a fazenda Cantagalo para sua filha Mariana Claudina Pereira de Carvalho, feita Condessa do Rio Novo em 1880.
A 13 de agosto de 1890, pelo decreto 114, o povoado de Entre-Rios foi elevado a 2º Distrito de Paraíba do Sul.
Confirmava-se o acelerado progresso local, apresentado por uma superioridade frente ao distrito sede: maior população, maior contingente eleitoral, maior arrecadação de impostos - variados componentes que fizeram com que o povo entrerriense reivindicasse sua emancipação de Paraíba do Sul, já no início da década de 20.
Viúva e sem filhos, a Condessa, falecida em 5 de junho de 1882, em Londres, onde se encontrava em tratamento de saúde, deixou a fazenda Cantagalo para a obra assistencial que planejara em Paraíba do Sul, a Casa de Caridade, com a recomendação de que "as terras próximas à Estação de Entre-Rios", poderiam ser aforadas para os que ali quisessem residir. Tratava com essa recomendação de garantir recursos perpétuos àquela futura casa de assistência social.
Somada à movimentação que já se fazia sentir pela rodovia e pela ferrovia, a oportunidade do aforamento de terras veio, sobremaneira, efetivar um relativo progresso para o local, já reconhecido como importante entroncamento rodoferroviário.
Em 14 de dezembro de 1938, pelo decreto 634, o distrito de Entre-Rios conseguiu a sua emancipação político-administrativa e o novo município foi instalado a 1 de janeiro de 1939.
Todavia, o município, nascido com a toponímia de Entre-Rios, viu-se no início dos anos 40 obrigado, por órgãos federais, a mudar a sua denominação pela triplicidade do nome existente em outros municípios brasileiros. A partir de 31 de dezembro de 1943, pelo decreto-lei 1056, o município de Entre-Rios passou a chamar Três Rios, numa clara conotação aos três mais importantes rios que cortavam o seu território: rios Paraíba do Sul, Piabanha e Paraibuna. Porém, manteve-se o nome Entre-rios em várias instituições e estabelecimentos comerciais, como forma de resguardar a história da região.
Geografia
Três Rios está localizada às margens do Rio Paraíba do Sul e é atravessada pela Rodovia Lúcio Meira (Leste-Oeste) margeando o mesmo rio, e pela rodovia Washington Luiz (Sul-Norte), seu município é o penúltimo do estado percorrido pela segunda rodovia citada, antes da divisa com o estado de Minas Gerais.
A extensão territorial de Três Rios ainda é bastante abundante em vista a outras cidades do estado. Os limites são: Noroeste, o município de Comendador Levy Gasparian; a nordeste o município de Chiador (Minas Gerais); a leste o município de Sapucaia; a sudeste o município de São José do Vale do Rio Preto; a sul o município de Areal, e a oeste o município de Paraíba do Sul.
O município está subdividido nos distritos de Três Rios (sede) e Bemposta (2° distrito). Estando a uma altitude de 275 metros e conta com uma densidade demográfica de 242,22 hab/km².
Relevo
O relevo do município é típico de vale, estando o município localizado entre rios.
Conforme nos afastamos do rio Paraíba do Sul (rio que corta grande parte da malha urbana), encontramos formações montanhosas arredondadas, sendo que dessas avistamos as formações rochosas da região serrana fluminense.
No outro extremo do município, junto ao limite arealense, encontramos o início das formações da região serrana fluminense, com a presença de elevadas montanhas rochosas.
Hidrografia
A natureza é o berço do município de Três Rios. Em seu território, o encontro dos rios Paraíba do Sul, Piabanha e Paraibuna desponta como referência imediata, desde o início do século XIX, quando uma concessão da coroa portuguesa ao fazendeiro Antônio Barroso Pereira, identifica a região como Entre-Rios.
O encontro é considerado seu principal ponto turístico. Sendo que o Rio Paraíba do Sul domina a paisagem urbana de Três Rios, o rio é o manancial que a cidade dispõe para seu abastecimento, e é receptor de toda a malha hidrográfica urbana.
Serras
São Lourenço, Monte Alegre, Tubarão, Cotia, Boa Sorte e Boa Vista: o encontro dos Três Rios é a grande atração da região, em meio a jequitibás-rosa. Na paisagem, opções de ecoturismo nos morros, vales e serras que emolduram a imensidão.
A oito quilômetros do centro, o Encontro dos Três Rios, é aonde chegam os botes de rafting que descem as corredeiras do rio Paraibuna. Na mistura das águas, os aventureiros e turistas marcam presença e desafiam as corredeiras levando a adrenalina a mil. Rapel, tirolesa e escalada também são esportes radicais bastante procurados.
Rafting
A prática do rafting no rio Paraibuna fica mais rica associada à existência de várias empresas que operam atividades do turismo de aventura em Três Rios. São 22 km rio abaixo, entre seis inesquecíveis corredeiras – uma aventura única e cheia de emoção. O ponto final da descida é outra grande atração, pois acontece no encontro dos rios Paraibuna, Paraíba do Sul e do Piabanha, formando o único delta triplo da América Latina
Desenvolvimento
A cidade vem se destacando na geração de emprego e renda. No entanto oferece baixos salários aos profissionais da esfera pública municipal, sendo possível observar grande desproporcionalidade salarial entre funcionários com mesmo grau de formação e que desempenham igual função quando comparados aos municípios vizinhos com menor PIB. Os servidores que aguardam pela aprovação do PCCS têm hoje a pior renda da Região Sul Fluminense. De acordo com dados da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja), nos últimos cinco anos, 1.479 empresas (entre micro, pequenas, médias e grandes) se instalaram no município, gerando cerca de 9.000 empregos diretos. De forma planejada, a administração municipal vem buscando dotar a cidade da infraestrutura necessária para atender a população flutuante em torno de 150 mil pessoas, que buscam o município para lazer, trabalho e compras.
Industrial
Três Rios já se destacou pela industrialização principalmente no ramo ferroviário e de alimentos, tendo declinado com a quebra de duas importantes empresas da região, principalmente a Companhia Industrial Santa Matilde fabricante de automóveis, vagões e tratores.
Em 16 de março de 2011 foi anunciado oficialmente pelo governador Sérgio Cabral, o presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita, e o prefeito de Três Rios, Vinicius Farah, a instalação da terceira fábrica da Nestlé no Estado e a 31ª do país, cuja sede será o município trirriense.
No dia 27 de março de 2014 o estado do Rio de Janeiro de mais um passo para se consolidar como o novo polo automotivo do país. Foi inaugurada em Três Rios, na Região Centro-Sul Fluminense, a fábrica de ônibus gaúcha Neobus. Com investimentos de R$ 100 milhões, a empresa anunciou que pretende expandir sua área de atuação nos próximos anos. Até 2016, a expectativa é que as atividades da empresa sejam transferidas de Caxias do Sul (RS) para o município fluminense, elevando as vagas geradas agora, de 1.200, para 2.500 empregos. A empresa iniciou as atividades no segundo semestre de 2014. Quando estiver em pleno funcionamento, terá capacidade para produzir 20 ônibus por dia e irá gerar ao longo dos anos de produção, cerca de 1.200 empregos diretos.
Carnaval
O Carnaval da cidade é um dos mais tradicionais do interior do estado do Rio de Janeiro, sendo o maior e um dos mais ricos carnavais do estado. A festa movimenta cerca de 200 mil foliões para as ruas trirrienses, que se divertem com grandes shows, tradicionais blocos de rua da cidade, e no desfile das escolas de samba.
Pontal
O encontro dos rios Paraíba do Sul, Piabanha e Paraibuna, é reconhecido como o único delta triplo da América Latina. O local é o maior ponto turístico de Três Rios.
No local existe hotel e pousada, restaurante, grande mata nativa e prática de rafting.
Educação
Três Rios possui 21 257 matrículas nas redes escolares, sendo 2.295 no pré-escolar, 11 084 no ensino fundamental e 3013 no ensino médio, conforme o censo escolar de 2018.
Ensino Superior
- Faculdade de Engenharia Civil - Univértix Trirriense - A Faculdade Univértix existe desde 2016 e  oferece o curso de Engenharia Civil. Em 2017 a previsão que novos cursos como: Enfermagem, Farmácia, Engenharia Mecânica, Administração e Ciências Contábeis sejam oferecidos também pela Univértix.
- Suprema - Faculdade de Ciências Médicas - FCM/TR - Autorizada mediante a portaria nº 504 de julho de 2018, depois de um processo de edital iniciado em 2014, tendo o primeiro vestibular sendo agendado para agosto do mesmo ano, a cada vestibular 50 alunos na modalidade bacharelado iniciam seus estudos em medicina.
- UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - A história da Rural, em Três Rios, teve início em 1998. O instituto foi instalado provisoriamente no prédio do Colégio Entre Rios e, posteriormente, no prédio do Colégio Ruy Barbosa. Hoje o Instituto dispõe de uma Sede própria, localizada à Avenida Prefeito Alberto da Silva Lavinas, 1847 - Centro - Três Rios.
- FAETEC - A unidade da Faetec, foi inaugurada em 2001 em Três Rios tendo operado por 11 anos em um CIEP municipalizado. Sua moderna e atual sede foi inaugurada em 2012, possuindo a Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (Faeterj) e o Centro de Vocação Tecnológica (CVT), localizada na Av. Circular Ocidental, 70.
- CEDERJ - Consórcio Centro de Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro - O CEDERJ oferta atualmente oito cursos e atende mais de 1500 alunos.
Bibliotecas
O município conta com diversas bibliotecas, a saber: Biblioteca Municipal Castro Alves - Centro; Biblioteca Municipal Olavo Bilac - Vila Isabel; Biblioteca do SESC - Nelson Viana; Biblioteca da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ- Alberto Lavinas.
Esportes
Na área de esportes incluem-se os seguintes clubes: América Futebol Clube; Entrerriense Futebol Clube; Clube Atlético Entre Rios; Clube Social Olímpico Ferroviário; Três Rios Futebol Clube; Desportivo Atlético Clube; Domum Vôlei Clube; Três Rios Railroads Futebol Americano(inativo).
Estádios de futebol
Três Rios, conta hoje com dois estádios de futebol: Estádio Odair Gama, com capacidade para dez mil torcedores, e tem como proprietário o Entrerriense Futebol Clube e Estádio Arthur Sebastião de Toledo Ribas, com capacidade para cinco mil torcedores, e tem proprietário América Futebol Clube
Cultura e lazer
Cultura
O município possui diversas atrações turísticas. De acordo com a prefeitura, existem na cidade 17 pontos turísticos, tais como montanhas, igrejas, fazendas e monumentos, entre outros.
- Casa da Cultura
A Casa da Cultura está instalada no prédio do antigo Fórum de Três Rios.
Construído na década de 1920, sendo o primeiro prédio a ser construído na praça São Sebastião. O prédio teve suas primeiras funcionalidades como escola, e anos mais tarde passou a ser a sede do Fórum de Justiça da cidade até 1998. Após a transferência de quase todo o poder judiciário para o bairro Margem Direita , o prédio foi cedido à Prefeitura Municipal para abrigar a Casa de Cultura. No andar térreo funciona o Juizado Cível.
- Biblioteca Castro Alves
A nova biblioteca, que foi construída por Furnas e está inserida no programa ambiental Apoio aos Municípios do Projeto Básico Ambiental (PBA) do Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) de Simplício, conta com uma sala infanto-juvenil com livros direcionados para as crianças e adolescentes; sala multi-meios com televisão, para apresentação de vídeos,livros em braile e audiolivros com fone para deficientes, além de computador com acesso à internet para pesquisas; uma sala de acervo geral que inclui livros com autores trirrienses e uma sala comunitária onde poderão ser realizadas palestras e cursos. O entorno da biblioteca conta com o Parque Cultural Domingos Aguiar.
- Casa de Pedra
A Casa de Pedra está instalada na antiga estação de caraga e descarga da Estrada de Ferro Leopoldina Railway (extinta). Supõe-se que o material e a mão de obra para a construção da estação tenham vindo da Europa.
Segundo relatos de pessoas que trabalharam na rede ferroviária, a antiga estação foi construída no final do século XIX e marcou a história por sua beleza arquitetônica em madeira e pedra. Estação de Pedra ou Casa de Pedra, como é conhecida popularmente, abriga o Espaço da Ciência, programa de apoio à ciência e tecnologia.
- Ponte das Garças
Localizada no bairro homônimo, é um grande empreendimento projetado pelo engenheiro José Koeller no século XIX, com seu nome oficial de Ponte do Paraíba.
Sua construção se iniciou em 1859, e sua inauguração aconteceu em 23 de junho de 1861, com a presença do Imperador D. Pedro II. Durante longo tempo serviu como ponte rodoviária e ferroviária. Paralela à ponte de ferro, foi construída uma ponte de concreto para o uso da rodovia Estrada União e Indústria. Embora seu nome oficial seja Ponte do Paraíba, foi tombada e batizada popularmente como Ponte das Garças.
- Capela Nossa Senhora da Piedade
Foi construída no século XIX, localizada no bairro do Cantagalo. Considerada o marco da fundação da cidade de Três Rios. Nela existe uma réplica da imagem La Pietá de Michelangelo. Possui um cemitério histórico onde estão sepultados a Condessa do Rio Novo, e seus pais Barão e Baronesa de Entre-Rios além de alguns membros da família do Visconde de Entre-Rios.
- Igreja Matriz de São Sebastião
Construída na Praça São Sebastião na primeira metade do século XX, tendo no entorno casas e edifícios residenciais e teatro. Recentemente passou por uma reforma interna que recuperou a pintura e os afrescos originais.
- Igreja São Judas Tadeu
Capela de arquitetura simples, que retrata a devoção do povo católico. Fica situada em local de fácil acesso, e com uma vista panorâmica do centro da cidade.
- Fazenda Bemposta
A Fazenda Bemposta foi construída no então distrito de Bemposta, no século XIX, possui 42 cômodos, e conta com duas paredes internas recobertas por tecido francês da década de 1930.
Lazer
- Avenida Alberto Lavinas (Beira Rio)
A avenida é um dos principais pontos de lazer da cidade de Três Rios, é o local escolhido pelas pessoas para caminhadas, e passeios de bicicleta, a avenida possui uma ciclovia ao logo de toda sua extensão. Nos domingos e feriados, o trânsito fica impedido em parte desta avenida para que as pessoas possam desfrutar de mais espaço para praticar esportes, passear, se relacionar e experimentar serviços extras que são oferecidos como aulas, concertos, feiras e etc.
Além disso, em Setembro de 2011 foi inaugurada a Praça de Esportes na Alberto Lavinas, praça essa que possui: academia ao ar livre, deck sobre o Rio Paraíba do Sul, parque infantil, pista de skate, quadra de areia, quadra de grama sintética, e além disso, restaurante, lanchonete, sorveteria e uma base da guarda civil municipal.
- Mirante da Torre
A montanha tem em torno 800 metros de altitude, no mirante das torres tem-se uma vista privilegiada de toda cidade de Três Rios, de seu entorno, do vale do Paraíba do Sul e do encontro dos rios com a BR 393, na Margem Direita.
Praças
O município conta com diversas praças espalhadas por toda a cidade e a maioria delas precisam de reparos. Algumas tiveram as reformas iniciadas nos últimos cinco anos, mas a maioria das obras não foram concluídas por falta de verba e estão abandonadas.
Parque Cultural Domingos Aguiar
Inaugurado em 23 de julho de 2015, o parque conta com brinquedos, área verde, pista para caminhada, biblioteca e deck na margem do Rio Paraíba do Sul - Av. Tenente Enéas Torno, Margem Direita.
Monumentos
Os principais monumentos de Três Rios são:
- Estátua da Mãe Preta - Rua Professor Moreira, Vila Isabel
- Estátua de Juscelino Kubitschek - Praça São Sebastião, Centro
- Monumento demonstrativo da inauguração do ramal do centro da Estrada de Ferro Central do Brasil - Avenida Condessa do Rio Novo, Centro
- Monumento Zumbi dos Palmares - Praça Zumbi do Palmares, Morada do Sol
- Busto de Getúlio Vargas - Praça da Autonomia, Centro
- Bustos de Walter Gomes Francklin e Tancredo Neves - Praça São Sebastião, Centro
Música
As organizações musicais do município incluem: Fiamma Música e Arte; Grêmio Musical 1 de Maio; Coral Municipal; Banda Musical Sinfonia Celeste; Associação Cultural Eu Não Espero Acontecer; Camerata Municipal de Violões; Corporação Musical Condessa do Rio Novo (COMUCRN).
Manifestações, usos tradicionais e populares
- Festival do Milho da Igreja Metodista Central de Três Rios - Rua Presidente Vargas, Centro
- Festa de São Sebastião, o Padroeiro da cidade ocorre no dia 20 de Janeiro - Praça São Sebastião, Centro
- Festa de São José Operário, acontece no dia 1 de Maio - Avenida Zoelo Sola, Triângulo
- Festa de Nossa Senhora de Fátima, acontece no 13 de Maio - Avenida Antônio Teixeira Peçanha, Monte Castelo
- Festa de São João Batista, acontece no dia 24 de Junho - Primeira Rua, Caixa D'Água
- Procissão de São Cristóvão - 25 de Julho - conta com a participação de veículos de todos os tipos e em grande número pela cidade.
- Festa de Santa Teresinha, acontece no dia 1 de Outubro - Avenida Jorge da Costa Soares, Santa Terezinha
- Festa de Santa Luzia acontece no dia 13 de Dezembro - Avenida Samir Nasser, Vila Isabel
- Procissão de Corpus Christi - Conta com a participação de grande parte de toda a cidade. As ruas, neste dia, são decoradas com flores e uma variedade de materiais que são aplicados artisticamente por artesão, pintores e decoradores do local - Rua Carlos Ribas, e Praça São Sebastião, Centro.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

MOJU - PARÁ

Moju é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente a Microrregião de Tomé-Açu.
Topônimo
"Moju" é uma referência ao rio Moju. "Moju" é uma palavra de origem tupi: significa "rio das cobras", através da junção de mboîa (cobra) e 'y (rio).
Geografia
Localiza-se no norte brasileiro, a uma latitude 01º53'02" sul e longitude 48º46'08" oeste, estando a uma altitude de 18 metros do nível do mar. O município possui uma população estimada em 82.094 habitantes distribuídos em 9.094,139 km² de extensão territorial.
História
Moju surgiu a partir de um povoado nas terras de Antônio Dornelles de Sousa conhecido como "Sítio de Antônio Dornelles". Em 1754, o povoado ganhou o status de freguesia. Recebeu status de vila por diversos leis provinciais de 1856 (279), 1864 (441) e 1870 (628), tendo sido extinto em 1887 e recriado em 1889. Mais uma vez extinto em 1930, o município de Moju emancipou-se finalmente pela lei estadual 8, de 31 de outubro de 1935.
A sede do município de Moju está situada na margem direita do rio do mesmo nome, abaixo da saída do canal de Igarapé- Miri, em terrenos doados por Antonio Dorneles de Souza à Irmandade do Divino Espírito Santo, em julho de 1754, quando o Bispo D. Frei de Bulhões, em visita a pastoral hospedou-se no sítio desse cidadão, e correspondendo aos desejos do povo, criou a freguesia sob a invocação do orago da Irmandade existente.
Decaiu o núcleo de povoado, após a sua primeira criação em freguesia, a ponto de ser completamente abandonado pelos poderes públicos, desaparecendo inteiramente a categoria eclesiástica que lhe fora concedido, entrando esquecido para o período da independência. Em 1839, com a lei nº. 14, de 9 de setembro, obteve a atual sede municipal a categoria de freguesia novamente, com toda a jurisdição dos rios Acará e Moju.
A lei nº. 279, de 28 de agosto de 1856 criou o município de Moju elevando a vila à freguesia do Divino Espírito Santo, constituindo com as freguesias do mesmo Divino Espírito Santo, de São José do Rio Acará e de Nossa Senhora da Soledade do Cairari a nova comuna. Entusiasmado com a criação do município, Agostinho José Durão ofereceu espontânea e gratuitamente uma casa de sobrado para o funcionário da Câmara. Utilizado esse oferecimento, o presidente da Província o Tenente Coronel Henrique Rohan, no mesmo ano de 1856, determinou à Câmara municipal de Belém que providenciasse sobre a instalação do novo município. Imediatamente foram dadas as precisas instruções para a solenidade, que não se verificou por haver Agostinho Durão fugido a sua oferta, dizendo que não tinha sido bem explicito, por quanto só podia ceder à casa prometida por um ano, excluídos os baixos; nesse sentido oficiou à Câmara de Belém ao presidente da Província em 18 de maio de 1856.
Em vista da falta de cumprimento da palavra dada e da recusa de entrega da casa por parte de Durão, e, por não haver outro prédio que se prestasse para o funcionamento da Câmara, ficou adiada a instalação do município, havendo em 1864 a Assembleia Legislativa Provincial, julgado necessária uma nova lei, para manter a de 1856; assim foi que voltou a de nº. 441, de vinte de agosto daquele ano, mandando conservar a categoria de vila à freguesia de Moju, tirando ao município criado em 1856 a freguesia do Acará, que incorporou ao município da capital.
Não conseguiu os habitantes da nova vila criada, ainda com Lei nº 441, de 1864, a instalação do município, não obstante já existir essa lei, a Assembleia Provincial criou em 1870 uma nova, com nº. 628, em 6 de outubro, elevando novamente a freguesia de Moju à categoria de vila, com a mesma denominação. Desta vez foram os mojuenses mais felizes, porquanto, foram dadas as providencias para a definitiva instalação municipal, ato que teve lugar no dia 5 de agosto de 1871. Presidiu-se, recebendo juramento dos vereadores eleitos e dando-lhes posse o padre Felix Vicente de Leão, secretariado pelo Cônego Ismael de Sena Ribeiro Neri, comissionados pela câmara da capital, que devia empossar a primeira câmara de Moju. Constituíram essa primeira câmara: Custódia Pedro de Melo Freire Barata, presidente, e vereadores, Miguel Arcanjo Alves, João José Lameira, Agostinho José Durão, Marcírio Roiz da Costa, presentes ao ato da instalação, que esteve solene e concorrido.
A Lei 628, de 6 de outubro de 1870, modificou em parte a de nº441, de 1864, reconstituindo o município de Moju com as freguesias do Divino Espírito Santo do Moju, de São José do Acará e de N. S. da Soledade de Cairari. Em consequências das lutas no município, formada então com as três freguesias de São José do Acará, Divino Espírito Santo do Moju e N. S. da Soledade do Cairari, deixou de haver eleição de vereadores para o período de 1873-1876, na freguesia de São José do Acará.
No ato da apuração os políticos do Acará protestaram contra os diplomas expedidos somente com as autênticas das duas outras freguesias, alegando nulidade para o pleito, visto não existiram votos de uma terça – parte do município. Levada a questão ao presidente da providencia, este em decisão de 9 de novembro de 1872, considerou como legitimamente diplomado os vereadores reconhecidos, por haverem concorrido à eleição duas terças – partes do município. Desta Câmara fizeram parte Agostinho José Durão, Manual Crispim Martins, Salvador Antônio dos Santos, Manoel Antônio Corrêa e Narciso Antônio Martins.
As divergências políticas neste município eram profundas e desta época em diante acentuaram-se cada vez mais, a ponto de trazerem como consequência a extinção da comuna em 1887, com a Lei Provincial nº. 1.307, de 28 de novembro, que também atingiu o município de Ourém.
Em 1889, entretanto, a Lei nº. 1.399, de 5 de outubro o restaurou novamente, conjuntamente com o de Irituia e o de Ourém, seu companheiro de extinção. Não obstante não haver sido reinstalada a câmara do Moju o governo provisório do Estado a extinguiu com o Decreto nº39, o Conselho de Intendência Municipal, para o qual, em ato do mesmo dia, nomeou presidente Raimundo Heliodoro Martins, e, vogais, Elesbão José de Brício, Marcílio Rodrigues da Costa, João Raimundo dos Reis e Graciano Antônio do Nascimento, que reinstalaram o município. Do primeiro conselho municipal eleito fizeram parte Diogo Henderson, intendente municipal, e, vogais, Padre José Serapião Ribeiro, Manuel Carlos de Lima e Manuel de Castilho e Souza.
O município de Moju com o Decreto nº296, de 9 de abril de 1904, passou a constituir o 1º Distrito Judiciário da Comarca de Igarapé-Miri, sendo, depois, pela Lei nº1.136, de 27 de outubro de 1910, incorporado ao distrito judiciário da capital, lei essa cumprida com Decreto nº 1.796, de 17 de maio de 1911. Ao Decreto Estadual nº6 de a de novembro de 1930, deve-se a extinção do Municipal de Moju incorporando-se seu território ao de Belém. O Decreto Estadual nº931, de 22 de março de 1933, declara, em seu texto, ter restabelecido Moju na qualidade de Sub-Prefeitura. A Lei Estadual nº8, de 31 de outubro de 1935, ao relacionar os municípios do Pará, inclui entre o de Moju, restaurando-o, pois.
Nos quadros de divisão territorial datados de 31 de dezembro de 1936 a 31 de dezembro de 1937, o município aparece integrado por 3 distritos: Moju, Cairari e Baixo Moju. De acordo com o quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº3. 131, de 31 de outubro de 1938, que fixou a divisão territorial do estado, a vigorar no quinquênio 1939-1943, o município de Moju adquiriu para seu distrito sede, o território da zona de Caeté, do distrito de Barcarena, do município de Baião. Na citada divisão territorial, permanece com dois distritos: Moju e Cairari. Por força do Decreto-Lei Estadual nº 4.505 de 30 de dezembro de 1943, o Distrito de Moju adquiriu do de Cairari o território da zona do Baixo Moju. O município, segundo a divisão territorial do Estado, vigorante no quinquênio 1944-1948, e estabelecida por esse decreto-Lei, continua a constituir-se de 2 distritos: Moju e Cairari.
O município de Moju teve parte do seu território desmembrado para constituir o município de São Manoel de Jambuaçú, conforme Lei nº 1.127, de 11 de março de 1955, a qual foi considerada inconstitucional pelo Supremo tribunal Federal, em acórdão de 4 de outubro de 1955. O governo do Estado do Pará em Decreto nº 1.946, de janeiro de 1956 tornou insubsistente o desmembramento.
O município contempla o Território Quilombola de Jambuaçu.
Referência para o texto: Wikipédia e Site da Prefeitura de Moju .

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

CACHOEIRA DO SUL - RIO GRANDE DO SUL

Cachoeira do Sul é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, emancipado de Rio Pardo e instalado em 1820. A origem de seu nome se deve a uma antiga cachoeira existente no Rio Jacuí, porém em seu lugar foi construída a Ponte do Fandango. Fisiograficamente, está na Depressão Central do Rio Grande do Sul, na área compreendida como Vale do Jacuí, além de ser a principal e maior cidade do Conselho Regional de Desenvolvimento do Jacuí Centro e da Diocese de Cachoeira do Sul. Atinge uma altitude média de 26 metros ao nível do mar e encontra-se às margens da Rodovia Transbrasiliana (BR-153) e distancia-se 196 km da capital estadual, Porto Alegre.
Cachoeira ostenta o título de "Capital Nacional do Arroz", devido aos seus laços históricos com este grão. Em comemoração a isto, a cidade sedia a Feira Nacional do Arroz (Fenarroz), o maior evento orizícola das Américas e o segundo no mundo. O município também é o maior produtor de noz-pecã da América Latina. Possui diversos pontos turísticos, dentre os quais pode-se citar o Château d'Eau (cartão-postal da cidade) e a Ponte do Fandango, primeira ponte-barragem construída no Brasil, sobre o Rio Jacuí.
História
Fundação e período colonial
A história do município inicia em 1750, quando tropas portuguesas vindas de São Paulo receberam sesmarias e começaram a povoar a área em volta ao Rio Jacuí, para segurança ao cumprimento do Tratado de Madri. As tropas estabeleceram-se com estâncias de criação de gado bovino. Para demarcar a linha de fronteira foi designado para ir ao Rio Grande do Sul, o governador e capitão general do Rio de Janeiro e Minas Gerais, Gomes Freire de Andrade, Visconde de Bobadela, acompanhado por uma comissão técnica e tropas dos exércitos espanhol e português.
Em 1754 ocorreu a Guerra Guaranítica, onde os índios residentes nas Missões se revoltaram contra o poder da Coroa Portuguesa, da Coroa Espanhola e os padres jesuítas. Com a derrota dos indígenas, alguns deles foram recolhidos por portugueses e formaram uma pequena aldeia no Cerro do Botucaraí. Em 1769 foram levados para o Passo do Fandango, onde construíram a capela de São Nicolau. O lugar é hoje o bairro Aldeia. É nessa época que a pequena vila, formada de açorianos e índios, começa a ser chamado de Cachoeira, devido às quedas d'água do Rio Jacuí que havia no local. Em 10 de julho de 1779, a Capela foi elevada à categoria de Freguesia, com a denominação de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Cachoeira. Em 28 de setembro de 1799, foi inaugurado o novo templo católico, a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição.
Em princípios de 1800, a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Cachoeira entrou num período de crescimento demográfico, comercial e urbano. Contingentes oriundos das guerras de demarcação instalaram-se na povoação; casas comerciais efetuavam transações com o mercado do centro; a cidade ganhou seu atual traçado, elaborado por José de Saldanha, engenheiro, tendo a Praça da Igreja como ponto central. Atendendo a uma aspiração da população cachoeirense, o Alvará de 26 de abril de 1819 elevou a Freguesia à categoria de vila, por ordem do rei Dom João VI, com nome de Vila Nova de São João da Cachoeira, sendo o quinto município a ser criado, precedido de Porto Alegre, Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha e Rio Pardo. A solenidade de instalação do município ocorreu a 5 de agosto de 1820, inaugurando-se o Pelourinho, antigo símbolo da autonomia municipal. Após a criação do município, iniciou-se um período de organização política, social e administrativa.
Período imperial
Cachoeira sofreu vários investimentos em seu período imperial, evidenciando-se o desenvolvimento nos seguintes aspectos: criação de aulas públicas (1827); organização dos serviços dos Correios (1829); estabelecimento das Posturas Municipais, (1830); construção do edifício do Paço Municipal e entrega do mesmo à Câmara (1865). Na Revolução Farroupilha, Cachoeira se evidenciou por ser terra natal de um dos líderes da guerra: Antônio Vicente da Fontoura. Alguns a consideram como uma das capitais Farroupilhas pois Caçapava, a segunda das seis capitais, ainda não emancipada, na época pertencia ao Município de Cachoeira.
Em 1857 chegam os primeiros imigrantes alemães, dirigindo-se à Colônia Santo Ângelo, região hoje compreendida nos municípios de Agudo, Paraíso do Sul, Novo Cabrais, Cerro Branco, Dona Francisca, Nova Palma e Restinga Seca. Essas famílias alemãs dedicaram-se à agricultura, especialmente ao cultivo do arroz. Já a colonização italiana se dá a partir de 1877, quando as primeiras famílias estabelecem-se em Cortado, vindas da Quarta Colônia. Depois, essas famílias transferem-se para a cidade trabalhar no comércio cachoeirense.
Em 1859, a Lei de 15 de dezembro concedeu o foro de cidade à sede do município de Cachoeira, e a solenidade de elevação à categoria de cidade ocorreu na sessão da Câmara de 10 de janeiro de 1860, presidida por Miguel Cândido da Trindade. Em 1876, Cachoeira foi ligada a Porto Alegre por linha telegráfica. Alguns anos depois, em 7 de março de 1883, chegou à Estação Ferroviária de Cachoeira, a primeira locomotiva, inaugurando a estrada de ferro Porto Alegre - Uruguaiana.
Período republicano
No ano de 1900, a agricultura começa a modernizar-se e acaba por impulsionar a economia cachoeirense, sendo cultivados diversos hectares de arroz, e aplicados altos investimentos em engenhos de beneficiamento de arroz. Dos que se destacam, está o Engenho Roesch. Nesta época também se dá um impulso no número de habitantes, que chegam na cidade interessados no comércio. O enriquecimento cultural também chega, com diversos eventos e encontros. Nesta época até os anos 1920 que são construídos os prédios de maior valor cultural da cidade, tais como a atual Casa de Cultura e a Câmara de Vereadores.
É no início da década de 1920 que Cachoeira atinge a liderança brasileira na produção de arroz, fato este que ganhou o apelido de "Capital Nacional do Arroz". Em 1924 é terminada a construção do 3° Batalhão de Engenharia e Combate Conrado Bittencourt e, em 1925, é inaugurado o monumento símbolo da cidade: o Château d'Eau.
A economia cachoeirense, que estava bastante desenvolvida e adiantada, estando nos primeiros lugares dos números populacionais e demográficos, passa por uma crise nos anos 1930: uma infestação de gafanhotos toma a cidade, devorando diversas plantações. Em 1941, após uma breve alta na economia e com a safra recorde de arroz, é realizada a Festa do Arroz. A festa foi um sucesso, porém ninguém esperava o que iria acontecer depois: com as sequentes chuvas, o Rio Jacuí transbordou e a parte baixa da cidade foi invadida pelas águas do rio, sendo essa a maior enchente que o município vivenciou. Por causa disso, a economia cachoeirense quebrou. Em 1944, para não haver problemas burocráticos entre o município e a cidade de Cachoeira, no estado da Bahia, mudou-se o nome de Cachoeira para Cachoeira do Sul.
Nos anos 1950 acontecem os principais avanços no transporte cachoeirense: a Transporte Nossa Senhora das Graças entra em operação, dando início ao transporte coletivo em Cachoeira do Sul. Em 1955 entra em funcionamento a estação rodoviária, localizada, na época, ao lado da Estação Ferroviária de Cachoeira do Sul. Na década de 1970 os dois endereços mudam para lugares diferentes na cidade. Em 1961 é construída a Ponte do Fandango.
Na década de 1970, os engenhos e as lavouras de arroz voltam a movimentar continuadamente a economia local, transformando Cachoeira do Sul em um polo regional, com grande desenvolvimento. Nessa época surge o rumor de ser erguida na cidade uma Universidade Federal, porém ela vai para Santa Maria. Também está nos planos de engenheiros da BR-290 cruzar a cidade, mas por falta de movimentação local, esse plano não se conclui, fazendo com que a estrada passasse às margens da Vila Piquiri. Por conta disso, é inaugurada a Rodovia Transbrasiliana, a BR-153, no trecho entre Rincão dos Cabrais e a BR-290, ligando Cachoeira a Santa Cruz do Sul e Porto Alegre.
A prosperidade do município, nos anos 1980 faz com que seja construída a Centralsul (uma cooperativa para distribuição de arroz e soja) e a plataforma de cargas do Porto de Cachoeira do Sul. Contudo, a economia local dá sinais de estagnação e a Centralsul, uma das maiores cooperativas de arroz do Rio Grande do Sul, anuncia a sua falência cinco anos depois de sua construção. Assim, a população começa a sair do município e migrar para outros centros de consumo.
Hoje, o município enfrenta o desafio de acabar com o trauma da estagnação desde os anos 1980 e que se arrastou durante toda a década de 1990. Com atrativos, a cidade está vivenciando um processo de industrialização com novas empresas, como Granol e Aracruz Celulose. Também chega para a cidade o Centro Regional IV da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, dentre outras instituições.
Emancipações
Por ter um território vasto, Cachoeira do Sul teve consequentes desmembramentos. Em 1831, com a Lei de 25 de outubro, separou do município de Cachoeira, os de Alegrete (com Santana do Livramento), e Caçapava do Sul (com São Gabriel), elevando-os à condição de vilas. Em 1857, separou-se a Freguesia de Santa Maria que foi elevada à vila, por decreto de 16 de dezembro daquele ano. Em 1959 emancipam-se o 5º e o 6º Distritos de Cachoeira, formando os municípios Faxinal do Soturno e Agudo, este último parte da antiga Colônia de Santo Ângelo e o primeiro parte da antiga Colônia Silveira Martins, a Quarta Colônia de Imigração Italiana. No ano seguinte, é criado o município de Nova Palma, que também engloba parte do antigo território Cachoeirense. Os municípios Dona Francisca e São João do Polêsine emanciparam-se de Faxinal do Soturno em 1965 e 1992 respectivamente. Também surgiram do território cachoeirense os municípios de São Sepé, em 1876, (deste último, Formigueiro, em 1963) e Restinga Seca, em 1960. Em 1988 Paraíso do Sul e Cerro Branco conseguem emancipação e, em 1996, foi a vez de Rincão dos Cabrais possuir autonomia, sob o nome de Novo Cabrais.
Relevo e geologia
Cachoeira do Sul possui um relevo bastante variado. Em sua parte meridional há várias coxilha (leves ondulações nas planícies), sendo essa a causa para o nome de um dos distritos localizados nessa região: Cordilheira, apesar de haver poucas altitudes e morros nessa área. Em sua parte setentrional há presença de vários morros e cerros, que fazem parte das Escarpas do Botucaraí. A altitude média na zona urbana do município é de 26 metros ao nível do mar, com uma altitude máxima de 68 metros, localizada próximo ao distrito de Três Vendas.
Clima
O município de Cachoeira do Sul pertence à zona climática designada pela letra C, com o tipo climático Cfa, segundo a classificação do clima de Köppen. Tal tipo climático se caracteriza por ser um clima subtropical úmido. A temperatura média é de 19 °C e a pluviosidade média de tal clima é de 1.477 mm/ano, sendo agosto o mês mais chuvoso, com 157,4 mm, e abril o mais seco, com 83,6 mm.
Vegetação
A vegetação típica da cidade são os pampas, especialmente nas coxilhas. Há ilhas de mata nesses campos, principalmente composta de eucaliptos e pinus. Na beira de rios, arroios e sangas há uma arborização bastante densa, servindo de mata ciliar desses córregos.
Hidrografia
Cachoeira situa-se na Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí, tendo como referência o rio Jacuí, com uma vazão média de 632 m³/s e uma largura média de 150m. Além da água de escoamento superficial, Cachoeira do Sul possui reserva de água disposta em barragens e açudes de domínio privado, que são, muitas vezes, zonas para pesca. Esta grande disponibilidade hídrica associa-se a presença do Aqüífero Guarani onde o limite sul do município, junto a borda da formação geológica do escudo cristalino é importante área de recarga desta reserva. Apesar do domínio hidrográfico principal ser do rio Jacuí, a contribuição de seus afluentes é bastante expressiva e pode-se citar como sub-bacias os rios Vacacaí e Botucaraí.
Os arroios são presentes também, como pequenos córregos que banham as lavouras de arroz presentes no interior do município, como o Passo da Areia, Arroio Ferreira e Arroio Taboão, mas o maior destaque é o Arroio do Amorim, que corta a zona leste da cidade e separa a região do Prado do Centro de Cachoeira do Sul. Ainda há diversas sangas no perímetro urbano; destaque para as sangas da Inês e da Micaela, na qual se conta a lenda que, no dia que elas se encontrarem, a cidade irá cair em um buraco.
Economia
Cachoeira do Sul pertence a região econômica da Metade Sul do Rio Grande do Sul, grupo de municípios que teve prosperidade na primeira metade do século XX graças à agropecuária, mas que não se industrializaram ou tiveram uma industrialização tardia, mantendo seus tradicionais tipos de economia, empobrecendo e perdendo a concorrência para outros municípios.
Cachoeira é caracterizada como "cidade agropecuária" e tendo vocação para o agronegócio, por causa das várias lavouras de arroz, milho e soja e as diversas cabanhas (locais dedicados à criação de gado) presentes no interior do município. Há, ainda, produção de noz-pecã, sendo a maior produtora desse tipo de fruto na América Latina. Vem ganhando destaque a produção de olivas e produção de azeite de oliva de ótima qualidade, segundo publicações da área.
Indústria
A indústria de Cachoeira é influenciada pela agricultura. O destaque industrial é o beneficiamento do arroz por empresas como Engenho Moraes, Coriscal, Engenho Trevisan e Engenho Treichel. O beneficiamento de soja vem sendo feito pela Granol, empresa que promete trazer novos empregos para a cidade e reativar o Porto de Cachoeira do Sul. A Granol, além de beneficiar soja, irá fabricar biodiesel, assim nomeando-se Grandiesel.
Outra empresa que está chegando à cidade é a Aracruz Celulose, que está acelerando a produção de eucalipto na região do Piquiri. Uma das poucas empresas que não são influenciadas pela agricultura é a Schimidt Calçados. Inaugurou uma filial da indústria na cidade, e confecciona sapatos para serem vendidos na Europa. Junto com ela, há uma sistemista, a Calçados Fama, que forma um polo calçadista no município. A cidade também é o maior polo brasileiro de confecção de balanças mecânicas. Estão localizadas na zona urbana as duas empresas líderes de produção nacionais: a Balanças Cauduro e a Metalúrgica Brião.
Para incentivar a indústria local, a empresa CTSul possui um plano de construção de uma termelétrica na região do Piquiri por esta ter grandes jazidas de carvão mineral. Se tal projeto vier a se concretizar, receberá financiamento internacional orçado em mais de 700 milhões de dólares. A termelétrica, de tecnologia chinesa, deverá gerar 600 megawatts hora quando estiver em pleno funcionamento. O projeto está sendo analisado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental para medir o impacto ambiental na natureza. Para a antiga jazida de carvão mineral existente na localidade do Iruí, se tem um plano para a construção de um aterro sanitário de âmbito regional.
Na localidade de Mineração Palermo, em Cordilheira,, existe a Carbonífera Palermo, da empresa Copelmi, que beneficia o carvão mineral existente lá. Em 2005 foram produzidos 101,1 toneladas desse minério e, desse total, 54,2 toneladas foram beneficiadas.
Comércio
O comércio também é determinado pela agricultura, sendo o setor da economia cachoeirense que mais emprega. Estão presentes na cidade (especialmente nas ruas Júlio de Castilhos e Sete de Setembro) filiais de grandes lojas de repercussão regional, estadual e nacional, assim gerando e desenvolvendo o terceiro setor na cidade. Ainda há supermercados, farmácias, pequenas lojas e um "camelódromo".
Há muitas instituições regionais sediadas na cidade que coordenam o comércio local. Dentre as principais, estão o Serviço Social do Comércio e a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Cachoeira do Sul (Cacisc). Há também o Serviço de Proteção ao Crédito, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e a Câmara dos Dirigentes Lojistas.
Turismo
Cachoeira do Sul possui tem em seu turismo aspectos da sua história. Desde 2005 o governo tem se empenhado em transformar o município em um polo turístico.
O cartão-postal do município é o Château d'Eau (Castelo das Águas, traduzido da língua francesa para a língua portuguesa), inaugurado em 1925 para bombear água até as partes mais altas da cidade, foi desativado em 1980. Em 2007 foi reconhecido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul como patrimônio histórico do estado. A fonte foi restaurada entre 2016 e 2017 e voltada a sua aparência original, sem jatos de agua saindo dos cântaros (o que foi uma alteração dos anos 60). À sua frente está a Catedral Nossa Senhora da Conceição, templo católico inaugurado em 1799. Os dois monumentos fazem alusão à figura mitológica de Netuno e à figura católica de Nossa Senhora da Conceição, que possuem estátuas no topo do Château d'Eau e da Catedral, respectivamente.
A Sede da Prefeitura do município foi inaugurada em 1865 para ser uma cadeia. Durante a Guerra do Paraguai, serviu de hospital para a recuperação de soldados. Após, foi sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Em 1982 passou a ser somente a sede da Prefeitura Municipal.
Outros templos, como a Igreja Santo Antônio (construída em estilo barroco), a Igreja São José (em um estilo novo, em formato redondo, e possui um dos maiores complexos da região com o templo principal, outro menor, pavilhão, sede da paróquia, transmissora da Rede Vida e da TV Canção Nova) e o Templo Martinho Lutero (construído por alemães e principal símbolo luterano na cidade) também são muito procurados.
A Ponte de Pedra, localizada a 5 km da cidade, foi a principal passagem da região centro até Porto Alegre, no século XIX. A ponte faz a travessia entre as duas margens do rio Botucaraí e, diz a história, que Dom Pedro II já atravessou-a.
A Ponte do Fandango, outro principal cartão-postal da cidade, foi inaugurada em 1961 para facilitar o acesso da cidade com Porto Alegre. Foi a primeira ponte-barragem do Brasil e, na época, a segunda maior ponte do mundo. Suas eclusas fazem com que a parte superior do rio Jacuí também seja navegável. Foi construída exatamente no lugar onde era a cachoeira que originou o nome da cidade.
A Casa da Aldeia, o prédio mais antigo de Cachoeira, está atualmente em deterioração. A Câmara de Vereadores, por estar em um ponto central, também acaba por atrair turistas, além de outros prédios históricos no Centro que se tornaram comércio ou agências bancárias, como a fachada do Banrisul, do Itaú e da antiga agência do Unibanco. Há ainda as fachadas da União de Moços Católicos e do antigo Cine Coliseu, a Fonte das Águas Dançantes (na Praça José Bonifácio), o Engenho Roesch e o antigo prédio do Hospital de Caridade e Beneficência de Cachoeira do Sul.
Cachoeira do Sul é o único município brasileiro onde encontram-se todas as subespécies de gato-do-mato.
Educação
Cachoeira do Sul possui uma grande rede de escolas públicas: são 22 escolas estaduais, 23 municipais e cinco particulares, além de nove creches controladas pelo poder executivo e outras doze filantrópicas. Na cidade também se encontra um grande número de escolas técnicas e de capacitação profissional, das quais destacam-se o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), o Serviços e Assessorias Contábeis (SEAC) e a Exattus. Uma parceria entre Prefeitura e Universidade Federal de Santa Maria garantirá um curso técnico de Agropecuária com ênfase em produção de biodiesel a ser instalado no Complexo do Patronato no segundo semestre de 2008. Também possui uma unidade da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), destinada ao ensino de crianças excepcionais.
As principais universidades de Cachoeira do Sul são a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e agora o primeiro polo educacional da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) fora da cidade-sede. A UFSM foi a primeira universidade pública federal instalada em uma cidade do interior do país. A primeira, de caráter privado, é a maior delas, possuindo o segundo maior campus da rede do país, oferecendo 14 cursos de nível superior. A Uergs é uma universidade estadual que oferece três cursos superiores de linha agrônoma. Em outubro de 2005 a cidade ganhou o Centro Regional V da Uergs, para ter uma concentração maior de cursos em uma mesma sede, porém, em outubro de 2007, tais centros (incluindo o de Cachoeira) tiveram suas instalações adiadas devido à falta de recursos do Governo do Rio Grande do Sul.
As faculdades de ensino a distância também têm seu espaço no município, como a Faculdade Dom Alberto e a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), ambas de caráter particular, e a Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com o Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (CEFET-SC) e com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
O Circuito Esportivo e Cultural (CIESC) é um projeto organizado pela prefeitura para famílias carentes do município. O primeiro, chamado de CIESC A, atende a estudantes das escolas municipais em horário inverso ao dos estudos. Há atividades esportivas e oficinas de informática. O segundo, o CIESC B, é voltado para os pais dos estudantes, no qual há cursos profissionalizantes.
Cultura
Cachoeira possui uma tradição própria: as famosas "encrencas", massas caseiras com aspecto parecido com casquinhas de sorvete e que são vendidos por pessoas sempre munidas de sinos para alertar os consumidores. Geralmente esses vendedores carregam as encrencas em uma espécie de tambor levado nas costas ou nos ombros; Por ser uma cidade com ampla diversidade e miscigenação cultural, Cachoeira é composta por etnias portuguesas, espanholas, italianas, alemãs, africanas e, em menor escala, japonesas e árabes. Além disso, o município possui uma grande história retratada em sua arquitetura, nas tradições, em festas populares e na memória cachoeirense.
O feriado da cidade é dia 8 de dezembro, em comemoração à padroeira do município, Nossa Senhora da Conceição. Durante todo o ano acontecem eventos, destinados principalmente para o público jovem e adulto. Os principais são a Romaria Diocesana, a Feira do Livro de Cachoeira do Sul e a Festa da Noz Pecã (em comemoração à colheita do fruto) e a Vigília do Canto Gaúcho, os quatro em âmbito anual, mas o mais importante é a Feira Nacional do Arroz, conhecido como Fenarroz, é a maior feira orizícola das Américas e a segunda maior do mundo.
A religião predominante em Cachoeira é a católica (mostrada em seu brasão), com representatividade da Diocese de Cachoeira do Sul, agregando 16 paróquias da cidade e de municípios vizinhos. O luteranismo exerce grande influência com o Templo Martinho Lutero e com as Igrejas Evangélica Luterana do Brasil e Evangélica de Confissão Luterana do Brasil. Demais religiões evangélicas, como a Igreja Adventista, Igreja Metodista, Igreja Pentecostal, Igreja Batista, Igreja do Evangelho Quadrangular, Assembleia de Deus e Igreja do Senhor Jesus Cristo também estão presentes, junto com uma minoria de religiões afro-brasileiras (como candomblé), judeus e mórmons.
Instituições culturais
Há várias instituições culturais em funcionamento na cidade. A principal é a AMICUS (Associação de Amigos da Cultura de Cachoeira do Sul), órgão responsável pela organização de eventos na cidade. No mesmo prédio da AMICUS está o Arquivo Histórico Municipal Carlos Salzano Vieira da Cunha, uma iniciativa do Poder Executivo para preservar obras, documentos e objetos que fazem parte da memória cachoeirense. Recentemente foi modernizada e, com a ajuda de historiadores, tornou-se uma das maiores do Rio Grande do Sul.
Também possui o Parque Municipal da Cultura, uma área que abrange dois centros de convivência da população cachoeirense: o Museu Municipal Patrono Edyr Lima (onde há exposição de objetos importantes para a história da cidade, como o livro-ata que legalizou a emancipação de Cachoeira do Sul) e o Zoológico Municipal de Cachoeira do Sul.
Há a Casa de Cultura Paulo Salzano Vieira da Cunha, um prédio onde funciona a Biblioteca Pública Municipal João Minssen, com um acervo de aproximadamente quarenta mil livros, além de enciclopédias, jornais, revistas e diversos materiais de pesquisa, e o Atelier Livre Municipal Eluíza de Bem Vidal, onde há obras de arte, pintura e escultura, além de aulas com professores do próprio município e disponibilidade de computadores para o público em geral gratuitamente.[90] Cachoeira tem uma sala de cinema, o Cine Via Sete, com capacidade para 200 pessoas. No mesmo prédio onde funciona a Fonte das Águas Dançantes, está a Casa do Artesanato, espaço para divulgação e venda de produtos artesanais.
Existe a Associação Cachoeirense de Cultura Italiana, a Associação Cachoeirense de Cultura Afro e a Associação Tradicionalista Cachoeirense. No interior, estão presentes a Fazenda Tafona, o Passo Real do Capané, a Estância da Capelinha e a Estância do Lajeado, terrenos onde aconteceram batalhas da Revolução Farroupilha e/ou serviram de refúgio para tropas. Hoje elas abrigam armas, móveis e marcos comemorativos da revolução.
Há, ainda, o projeto de construção do Museu Internacional do Arroz. O alimento, que é considerado pela ONU o capaz de combater a fome em todos os continentes, será homenageado na "Capital Nacional do Arroz" em um espaço de lazer e que servirá também para mostrar a história do arroz na cidade e revitalizar o Engenho Roesch, antigo engenho de beneficiamento de arroz do município.
Arquitetura
Por ser um dos primeiros municípios gaúchos, a arquitetura é uma marca nos costumes da população local.
Casas antigas do interior do município refletem a arquitetura colonial brasileira do século XIX. Os prédios antigos, principalmente os de tradicionais casas que se transformaram em comércio localizados no Centro da cidade, possuem característica art nouveau, com detalhes e requinte, exemplo da Câmara de Vereadores e da Casa de Cultura. A art déco também está presente, com mais simplicidade, como na fachada do Cine Coliseu.
De qualquer jeito, o estilo arquitetônico predominante na cidade é o açoriano (exemplo da fachada da União de Moços Católicos) e italiano (diversas residências localizadas na Rua Sete de Setembro). No Templo Martinho Lutero, a arquitetura românica é a marcante, com arcos ogivais, parede grossas e interior pouco iluminado, com traços da cultura alemã. Em igrejas, como a Santo Antônio, o estilo barroco é o principal, com vitrais que lembram a arquitetura gótica; em outros templos também há traços modernos. Seu principal cartão-postal, o Château d'Eau, floresce o estilo neoclássico, requinte típico da arquitetura francesa com presença de colunas dóricas em sua base inferior e colunas jônicas em sua base superior. Em seu torno há oito ninfa, figuras da mitologia grega, além da estátua de Netuno, localizada no topo do monumento.
O principal estilo de prédios novos construídos na cidade é o pós-modernista, visto em construções do subúrbio da cidade. Prédios, como a Sede da Prefeitura e a Catedral Nossa Senhora da Conceição, estão descaracterizados, pelas consequentes reformas e, no último caso, pelo aumento e novos ornamentos em suas torres. O município possui o Compahc, Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, que ampara e protege esses prédios. Muitos, por iniciativa desse conselho, acabam sendo, inclusive, tombados.
Lazer
Entre os principais lugares de lazer de Cachoeira do Sul está a rua Sete de Setembro, onde a comunidade cachoeirense se encontra. A Praça José Bonifácio, localizada exatamente no Centro da cidade, é o espaço de convivência mais popular. Aí acontecem, geralmente aos sábados e domingos, espetáculos de artistas locais, atividades culturais e esportivas e a tradicional mateada (uma roda de amigos com chimarrão).
A Praça Honorato de Souza Santos é uma praça bastante frequentada pelos cachoeirenses. Localizada no Centro da cidade, já foi o ponto de encontro mais frequentado pela comunidade, durante os anos 1990, e em 2007 voltou a ser realizada aí a Feira do Livro de Cachoeira do Sul. Existem outras praças no Centro da cidade, como a Baltazar de Bem (conhecida como Praça da Matriz) e Borges de Medeiros (popular praça da Caixa d'Água). Já na periferia existem 27 praças e locais para a prática esportiva. Uma empresa cachoeirense ganhou a licitação do governo municipal para melhorar a infraestrutura delas, como a colocação de playgrounds, enjardinamento e arborização, com árvores plantadas no Horto Florestal Municipal.
O Zoológico Municipal de Cachoeira do Sul é considerado o segundo maior zoológico do Rio Grande do Sul, abriga uma grande variedade de animais da região, assim sendo um lugar bastante procurado para estudos da fauna. Também há um orquidário, muitas outras espécies de flora e o maior serpentário do interior do Rio Grande do Sul. O Parque da Fenarroz é muito utilizado durante festas populares, principalmente na época da própria Fenarroz, diariamente não tem importância significativa, mais usado para a prática de caminhadas e corridas.
A Praia Nova é, no verão, o principal ponto de lazer e diversão de Cachoeira do Sul. O balneário, localizado no rio Jacuí, tem em suas areias, capacidade para quatro mil pessoas, sendo um dos maiores da região.
Mais recentemente, no ano de 2015 foi inaugurado o Orlando Plaza Shopping, o primeiro shopping da história da cidade que foi planejado e construído pelo empresário Orlando Tischler. O espaço conta com elevadores, duas escadas rolantes, praça de alimentação com diversas opções, duas salas de cinema 3D, estacionamento no subsolo e mais de 20 lojas, inclusive com franquias nacionais.
Sociedade
Cachoeira do Sul conta com diversos clubes, dentre os quais se destacam: Sociedade Rio Branco (SRB), Sociedade União Cachoeirense (SUC), Clube Comercial Cachoeirense (CCC), Grêmio Náutico Tamandaré (GNU) e Caiçara Piscina Tênis Clube. Também possui representatividade na cidade duas entidades do Lions Club e seis do Rotary Club, ambos clubes de apoio à comunidade.
Há diversas casas noturnas, como a Hype (que costuma tocar música eletrônica e pop rock), Casa Nova e Clube Seresta, conhecidas como bailões por tocarem ritmos como forró, sertanejo e música regional gaúcha. Em vários pontos da cidade se encontram os Centros de Tradições Gaúchas, os populares CTGs.
Cachoeira possui o oitavo maior parque gráfico do Rio Grande do Sul, devido ao grande número de gráficas (cinco), além das gráficas próprias dos dois jornais da cidade.
Paleontologia
No município estão localizados afloramentos de grande importância e que têm contribuído para a paleobotânica, na Formação Rio Bonito e data do Sakmariano, no Permiano.[carece de fontes] A Ulbra/Cachoeira do Sul possui uma equipe de profissionais especializados em paleontologia. Esse grupo foi quem descobriu, em Agudo, município próximo a Cachoeira, os fósseis de dois dos dinossauros mais antigos do planeta: o Sacissauro.
Esportes
Há vários campeonatos esportivos disputados em Cachoeira do Sul, como as Olimpíadas Escolares, anuais, organizadas pela Prefeitura, Ulbra, Serviço Social do Comércio e Jornal do Povo; a Taça de Futsal, com oito times de futsal; e o Cachoeirão, campeonato amador de futebol, na qual a sua prática é feita no Centro Esportivo Municipal Pedro Germano.
Na cidade há espaço para a prática de voleibol, futsal, basquete e handebol nos quatro ginásios existentes na cidade, do qual o principal é o Ginásio Dom Pedro I, localizado no Parque da Fenarroz. Está em construção o Ginásio Municipal. Corridas e caminhadas também são praticadas no Parque da Fenarroz e junto às próprias ruas da cidade, com circuito de rústica em frequência mensal. Há duas quadras poliesportivas, uma na Praça José Bonifácio e outra na Praça da Caixa d'Água, uma pista de skate na Praça José Bonifácio e pistas de patinação e ciclismo na Praça Honorato. Musculação, natação e tênis são praticados em clubes. Há esportes náuticos no rio Jacuí, como canoagem e remo. Também tem hipismo, que é disputado no Jockey Club de Cachoeira do Sul, localizado no Prado.
Na cidade há dois times de futebol profissional: o Grêmio Esportivo São José e o Cachoeira Futebol Clube. O estádio dos dois times é o Joaquim Vidal, que possui capacidade para cinco mil pessoas. Apesar de haver a rivalidade Ca-sé (Cachoeira versus São José), tal clássico fora realizado apenas três vezes.
Referência para o texto: Wikipédia .