segunda-feira, 27 de junho de 2022

JANAÚBA - MINAS GERAIS

Janaúba é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Sua população estimada em 2021 era de 72.374 habitantes. Tem como principais atividades econômicas a agricultura, a pecuária, comércio e serviços.
Topônimo
"Janaúba" é um termo proveniente da língua geral meridional que designa o arbusto Himatanthus drasticus.
História
Até o século XVI, a região era ocupada pelos índios tapuias. A partir desse século, os índios começaram a se miscigenar com os escravos negros que fugiam das fazendas da região. Esse povo mestiço, que sobrevivia da pesca, do cultivo de algodão e da criação de porcos, ganhou o nome de "gorutubanos", por viver próximo ao rio Gorutuba. Em seguida, a região começou a ser percorrida por tropeiros. Em 1872, a família de Francisco Barbosa, vinda do sul da Bahia, se estabeleceu nas terras da "Caatinga Velha", próximo a uma gameleira. Por essa razão, o povoado formado ganhou o nome de "Gameleira". Em 1943, foi criado o distrito de Janaúba, pertencente ao município de Francisco Sá. O município de Janaúba foi criado em 27 de dezembro de 1948, pela Lei n.º 336, e instalado em 1 de janeiro do ano seguinte.
Infraestrutura
A cidade de Janaúba conta com uma infraestrutura de cidade de porte médio, com hospital regional, barragem Bico da Pedra, "camelódromo", estação de tratamento de água, estação de tratamento de esgoto, universidades, aeroporto regional (até então inativo), irrigação, ciclovias, parque de exposição (onde acontece a maior exposição da Serra Geral), aterro sanitário, hipermercado, coleta seletiva, academia da terceira idade, habitações populares etc. Tem, como rodovias, a MG-122, que a liga ao sul à região de Montes Claros e a Belo Horizonte; ao norte, comunica Janaúba a Espinosa e região do Sudoeste da Bahia com destino a Guanambi, Vitória da Conquista, rumo à BR-116 e à BR-101 e a rodovia MG-401, que liga o norte da cidade às cidades de Verdelândia, Jaíba e Matias Cardoso, dando acesso também ao Rio São Francisco e ao Projeto de Irrigação do Jaíba, da qual é a principal rota de escoamento.
Tem como ferrovia, a Linha do Centro da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, atualmente concedida ao transporte de cargas. A ferrovia liga a cidade ao sul à região de Montes Claros, à capital mineira e ao Rio de Janeiro; ao norte, liga Janaúba às cidades de Porteirinha e Monte Azul. Os trens de passageiros de longa distância da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que atendiam a população de Janaúba, oferecendo saídas para Montes Claros e para Monte Azul, não circulam mais pela ferrovia desde 1996, após a privatização desta.
Janaúba conta com a barragem do Balneário Bico da Pedra, principal fonte para a irrigação da agricultura, a principal atividade econômica do município.
Geografia
Localização
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Montes Claros e Imediata de Janaúba. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Janaúba, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Norte de Minas.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1977 a 1984, 1986 a 1989 e a partir de 1991, a menor temperatura registrada em Janaúba foi de 7,8 °C em 18 de julho de 2000 e a maior atingiu 41,8 °C em 6 de novembro de 2015. O maior acumulado de precipitação em 24 horas chegou a 157 milímetros (mm) em 29 de novembro de 2007.
Esporte
Localiza-se em Janaúba, o estádio Gentil Lima, inaugurado em 1985 e mais conhecido na região como Tupizão ou Estádio do Tupi (nome do clube da cidade, a Associação Atlética Tupi).
Sua capacidade chega a 3.000 pessoas. O gramado é considerado um dos melhores da mesorregião do Norte de Minas, sendo natural e possuindo um tamanho 110x75m. O estádio foi iluminado na gestão 2010-2013, pelo presidente Elves Henrique Rodrigues de Quadros.
Pontos turísticos
A cidade de Janaúba apresenta diversos pontos turísticos. Banhada por rios, principalmente o Rio Gorutuba, concentra meios naturais para a diversão do turista e da população local. Destacam-se o Balneário Bico da Pedra, avenida do Comércio (principal centro comercial da Serra Geral de Minas Gerais), as praças Dr. Rockert, Cristo Redentor, Rômulo Sales, Justino Pereira (Praça do Triângulo - encontra-se a Academia Pública da Terceira Idade), o Mercado Municipal (repleto de tradições e costumes mineiros), o Parque de Exposições Valdir Nunes (o Sindicato Rural realiza a maior Exposição Agropecuária do interior de Minas,[carece de fontes] com shows de artistas nacionais e regionais, leilões, feira da Agricultura Familiar etc.), a PROSSEG (Potencialidades da Serra Geral de Minas), o Espaço Cultural Central do Brasil (Biblioteca Pública, espaço de Dança, música, artes em geral) o Centro Cultural Marly Sarney em frente à rodoviária, a Estação Ferroviária de Janaúba (preservada), as Pontes de Ferro que ligam a cidade de Janaúba a Nova Porteirinha e os trilhos da Rede Ferroviária sobre o Rio Gorutuba, no Bairro Gameleira/Nova Esperança. Os costumes do povo Gorutubano podem ser observados em bairros como: Barbosas, Industrial (Dente Grande), Rio Novo, Santa Terezinha.
Educação
São mantidos sete cursos de alfabetização de adultos, sendo três em instituições estaduais e quatro em instituições municipais. O município possui setenta e quatro instituições de ensino, sendo trinta e oito na zona rural e trinta e seis na zona urbana, dentre as quais dezenove são estaduais, dez são municipais, quatro são conveniadas com a prefeitura e seis são particulares. No ensino médio, existem dez instituições de ensino, sendo sete da rede estadual e três particulares.
Possui, desde 1994, um campus da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), onde são oferecidos os seguintes cursos superiores; pedagogia, agronomia e zootecnia. Já está em construção o Centro de Educação Profissional e Tecnológica da Universidade Estadual de Montes Claros (CEPT Unimontes), obra do projeto do governo federal, Brasil Profissionalizante, na qual irão ser oferecidos diversos cursos técnicos e os profissionalizantes.
No município, foram oferecidos cursos técnicos pela Associação Educativa de Janaúba (Soeducar), em parceria com o governo estadual, através do Programa de Educação Profissional (PEP), e em parceria com o governo federal, através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
No dia 6 de agosto de 2011, a então presidente da República Dilma Roussef anunciou a construção de um campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em Janaúba. Em 2019 foram inaugurados os pavilhões das salas de aula e da biblioteca. É a primeira universidade federal da Serra Geral e a segunda do Norte de Minas. É oferecido, no campus de Janaúba, o bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia, curso superior que dará acesso aos cursos de engenharia física, engenharia metalúrgica, engenharia de materiais, engenharia de minas e de química industrial.
Referência para o texto: Wikipédia ..

sexta-feira, 24 de junho de 2022

CASA NOVA - BAHIA

Casa Nova é um município brasileiro do estado da Bahia no semiárido nordestino. Segundo o IBGE, sua população estimada em 2020 foi de 72.545 habitantes. Faz parte da Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro.
História
A localidade de Casa Nova surgiu na primeira metade do século XIX, a partir da descoberta e comercialização de sal em seu território. Algumas publicações mencionam como seu fundador um português senhor Viana, sem revelar mais informações sobre o personagem. Oficialmente o município foi criado por Lei Provincial de 1879, com área desmembrada do município de Remanso, que por sua vez já pertencera a Pilão Arcado. Seu nome original foi São José do Riacho de Casa Nova.
A distância oficial de Salvador a Casa Nova é de 572 km. Durante boa parte do século XX, era normal ir-se de Casa Nova a Juazeiro de barco, vapor ou caminhão. De lá, tomava-se o trem para Salvador, uma vez que a ligação ferroviária Salvador-Juazeiro existia desde 1896. Na segunda metade do século XX, a progressiva decadência do transporte ferroviário no Brasil terminou por atingir o trecho, que foi totalmente desativado em meados da década de 90, depois de passar anos operando apenas para o transporte de cargas. O último trem de passageiros intermunicipal da Bahia, o “Marta Rocha”, que ligava Alagoinhas a Senhor do Bonfim, foi desativado em 1989.
Com o ocaso das ferrovias brasileiras e o não aproveitamento, por vários motivos, do São Francisco como hidrovia, a comunicação de Casa Nova com o mundo passou a depender apenas das rodovias. A ligação Casa Nova-Salvador é feita pela BR-235 (de Casa Nova a Juazeiro), BR-407 (de Juazeiro a Capim Grosso) e BR-324 (de Capim Grosso a Salvador). Este caminho, no entanto, nem sempre é o mais curto. Muito frequentemente, quem sai de Salvador para Casa Nova opta por rodovias alternativas em melhor estado de conservação, o que implica considerável aumento na distância percorrida. Como a barragem de Sobradinho provocou a mudança do local da cidade, Casa Nova, originalmente situada no final de uma rodovia, passou a ser, a partir de 1976, uma cidade de beira de estrada (no caso, a BR-235), com tudo o que isso implica de bom e de ruim. Em anos recentes a rodovia BR-235 começou a ser usada como caminho alternativo por caminhões vindos do Maranhão e Piauí, já que a BR-407 (que liga Picos-PI a Juazeiro-BA) estava esburacada e perigosa (devido ao alto índice de assaltos). O tempo passou, a situação da BR-407 não melhorou, e a BR-235 segue sofrendo as consequências do tráfego pesado, particularmente no trecho entre Casa Nova e Remanso.
Entre agosto de 1879 e janeiro de 1890, Teodoro Sampaio, engenheiro baiano da comissão pelos estudos da navegação no interior do Brasil, percorreu o rio São Francisco da foz até Pirapora (MG), voltando em seguida até Cariranha, de onde partiu para explorar a Chapada Diamantina. A partir do que observou nessa viagem, escreveu vários artigos, reunidos em 1906 no livro “O Rio São Francisco e a Chapada Diamantina”. Um dos capítulos do livro recebeu o título de “As Salinas de Casa Nova”. Nele o autor aborda praticamente apenas a extração do sal, então mais importante atividade econômica do município. Alguns anos antes, em 1867, o São Francisco foi percorrido por Richard Burton, naturalista e explorador inglês conhecido pelo empenho que dedicou à descoberta da nascente do rio Nilo (que terminou sendo encontrada por um outro inglês). Nas proximidades de Santana Burton escreveu “... o São Francisco (aqui) é um grande espetáculo, de imensa amplitude, lustroso como óleo, e refletindo, como um espelho sem aço, o céu e a terra”.
Os acontecimentos mais marcantes na história de Casa Nova são o massacre de Pau de Colher, em 1938, e a mudança, em 1976, da localização da cidade devido à construção da barragem de Sobradinho e a consequente inundação da área original da cidade, com a formação do lago.
O movimento de Pau de Colher, localidade do município, guarda várias semelhanças com o de Canudos, tendo terminado, assim como este, com a intervenção de tropas estaduais e federais e a morte de centenas de participantes. Foi assunto de mais de um livro, sendo o mais recente “Pau de Colher – Um pequeno Canudos – Conotações políticas e ideológicas”, do casanovense Raimundo Estrela, publicado em 1997.
O lago formado com a barragem de Sobradinho cobriu as cidades originais de Casa Nova, Pilão Arcado, Remanso e Sento Sé. A mudança das cidades e das populações ribeirinhas por causa da barragem inspirou músicas (“Sobradinho”, de Sá e Guarabira), literatura de cordel e trabalhos que circularam no meio acadêmico. Mas, em plena década de 70, época do “Brasil grande” do governo militar, só se falou sobre os benefícios da gigantesca obra, ficando o grande público carente de uma visão menos parcial sobre o assunto. Mais recentemente, com a discussão da transposição do rio São Francisco, o tema passou a despertar novo interesse. Um exemplo foi a publicação, em 2005, do livro “Os Descaminhos do São Francisco”, de Marco Antônio Tavares Coelho, em que o autor faz um histórico da utilização do rio, abordando, entre outros assuntos, erros cometidos na construção da barragem de Sobradinho.
Uma consequência direta da construção da barragem de Sobradinho foi a transformação, pelo Decreto-lei nº 1316, de 12 de março de 1974 (últimos dias do governo do General Médici), de Casa Nova, Pilão Arcado Remanso e Sento Sé em municípios de interesse da segurança nacional, categoria em que já se encontravam, por exemplo, aqueles localizados na fronteira do Brasil ou possuidores de instalações estratégicas, como refinarias de petróleo. A partir desse decreto lei, o prefeito dos quatro municípios deixou de ser eleito diretamente, passando a ser indicado pelo governador da Bahia, tendo este antes o cuidado de submeter o nome de seu escolhido ao Presidente da República, por meio do Ministro da Justiça. Se o nome fosse rejeitado, o governador teria dez dias para escolher um outro. Somente em 1985 Casa Nova voltou a eleger diretamente seu prefeito.
Geografia
Casa Nova se situa às margens do rio São Francisco. Mais precisamente, fica no Médio São Francisco, já que é comum dividir o rio geograficamente em Alto São Francisco (da nascente até a cidade de Pirapora), Médio São Francisco (de Pirapora até a cachoeira de Paulo Afonso) e Baixo São Francisco (da cachoeira de Paulo Afonso à foz, entre Sergipe e Alagoas). A área total do município é de 9.657,51 km², o que o torna um dos maiores em território na Bahia. Para fins de comparação, Luxemburgo, país europeu com um alto PNB (Produto Nacional Bruto) per capita no mundo, tem 2.586 km². Ao longo de sua história, houve mais de uma tentativa de emancipar de Casa Nova seu distrito mais desenvolvido, Santana do Sobrado, o que terminou não ocorrendo até hoje.
Economia
Mais de 1 milhão de garrafas de vinho são produzidas anualmente em Casa Nova. Não é pouco, considerando que se trata de indústria relativamente recente no município. O Rio Grande do Sul, maior produtor do país, concentra aproximadamente 85% da produção vinícola brasileira e já tem marcas de valor reconhecido nacionalmente. No município é normal serem colhidas duas safras de uva por ano. Para a produção de vinho, porém, quantidade importa menos que qualidade. Produzir bons vinhos a um preço competitivo é um desafio para o Brasil em geral e para a região do Baixo Médio São Francisco em particular. Trata-se de mercado com enorme potencial de crescimento, pois o consumo per capita anual da bebida no Brasil é de modestos 1,61 litros/ano por habitante (dados de 2009 - www.wineinstitute.org). Na França esse valor é de 45,23 litros/ano e na Austrália, país de clima mais próximo ao nosso, de 23,19 litros/ano. Para constar, o consumo médio de cerveja no Brasil é de 57 litros/ano por habitante (dados de 2009 - Sindicerv - Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja).
Casa Nova tem o maior rebanho de caprinos da Bahia, com 403.410 cabeças (dados da pesquisa Produção Pecuária Municipal, realizada pelo IBGE em 2005). A Bahia, por sua vez, tem o maior rebanho de caprinos do Brasil. São números importantes, mas que, sozinhos, pouco dizem. A caprinocultura, tradicionalmente associada à subsistência no Brasil, só recentemente passou a receber, na região de Casa Nova, um maior cuidado em relação à melhoria da qualidade do rebanho. Essas medidas, aliadas ao beneficiamento local da carne e o leite de cabra, podem, a médio prazo, multiplicar o potencial econômico da criação de caprinos no município.
Turismo
O turismo de Casa Nova está estritamente ligado ao Rio São Francisco, constituído principalmente de praias de água doce como as Dunas do Velho Chico e a Ilha dos Moisés. A vinicultura é, também, um atrativo turístico no município.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 21 de junho de 2022

AMPARO - SÃO PAULO

Amparo é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 22º42'04" sul e a uma longitude 46º45'52" oeste, estando a uma altitude de 674 metros. Possui uma área de 446 km². O município é formado pela sede e pelos distritos de Arcadas e Três Pontes. De acordo com o censo de 2020, Amparo possuía uma população 60.404 habitantes.
Estância Hidro mineral
Amparo é um dos 11 municípios paulistas considerados estâncias hidro minerais pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Hidro mineral, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
História
No início do século XIX, famílias de Atibaia, Bragança e Nazaré fixaram-se num bairro chamado Camandocaia, na região do Sertão de Bragança, possivelmente atraídos pela fertilidade das terras da região.
Por volta de 1824, os moradores do retiro, com autorização do vigário capitular, constroem uma capela dedicada a Nossa Senhora do Amparo, que acabaria por dar nome à cidade.
Em 8 de abril de 1829, o bairro da capela de Nossa Senhora do Amparo ganha a condição de capela curada, data que é oficialmente considerada a fundação de Amparo. Com o crescimento dos anos seguintes, o aglomerado é elevado a condição de freguesia (1839).
1850 marca o início das lavouras de café, ciclo que impulsionaria a elevação da vila Nossa Senhora do Amparo à categoria de cidade em 1863.
No período de 1870 a 1875, Antônio Pedro e José Pedro de Godoy Moreira (irmãos de João Pedro de Godoy Moreira - fundador de Pedreira/SP - e tios maternos do Intendente Damásio Pires Pimentel), foram os primeiros eleitores de Amparo já que no "antigo regime" havia o sistema de eleições indiretas e uns tantos contribuintes ou votantes davam direito à nomeação de um eleitor, que os representava no colégio eleitoral, nas eleições provinciais e gerais.
Por lei provincial promulgada em 1873 foi criada a Comarca de Amparo, com os termos reunidos de Socorro e Serra Negra.
Quando da sagração da Igreja Matriz no ano de 1878, foi entronizada a imagem de Nossa Senhora do Amparo, trazida da cidade portuguesa do Porto sob o patronato da Baronesa de Campinas, Da. Anna Cintra.
Nas décadas seguintes, a cidade prosperou com o café, ganhou serviço de correios, inaugurou um jornal ("Tribuna Amparense"), iluminação com lampiões a querosene e a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, para escoar sua crescente produção de cafeeira rumo ao porto de Santos.
Em 1878, Amparo recebe a visita de Dom Pedro II, que é hospedado pelo Barão de Campinas, cidade já considerada a maior produtora de café do Brasil Império.
Aos 8 de setembro de 1885 era inaugurado o Clube 8 de Setembro tradicional clube sócio cultural da cidade. O Dr. Bernardino de Campos, um de seus fundadores, foi eleito o seu 1º presidente.
Na gestão (de 1897 a 1899), do intendente capitão Damásio Pires Pimentel, foi inaugurada em 8 de maio de 1898 a iluminação elétrica da cidade. Pela lei nº 2886 de 03 de abril de 2003, a prefeitura de Amparo, homenageando-o, deu o seu nome a um logradouro da cidade: a rua Intendente Damásio Pires Pimentel.
Na 2ª quinzena de 1902, assume a direção da Comarca o Juiz de direito Dr. Flavio Augusto de Oliveira Queirós sendo ele o magistrado a permanecer por mais tempo na judicatura amparense - cerca de 20 anos. O Dr. Flavio, também, foi presidente do Clube 8 de Setembro nos anos 1904 - 1914 a 1915 – 1919 a 1921. Casou-se nessa cidade em 26 de março de 1904 com Julieta Goulart Penteado Pimentel (Yaya), filha do intendente Damásio Pires Pimentel.
Durante os anos 20, a então Igreja Matriz, agora Catedral Nossa Senhora do Amparo, consoante projeto do engenheiro civil amparense Amador Cintra do Prado, neto do Barão de Campinas, é radicalmente reformada, tendo suas paredes reforçadas e suas torres finalizadas.
Tal projeção manteve-se até a segunda década do século XX, quando então a grave crise do café (1929) trouxe crise e estagnação econômica à cidade. E foi neste mesmo ano que o secretário de Justiça do Estado de São Paulo, Artur Piqueroby de Aguiar Whitaker, em discurso, designou a cidade como a "Flor da Montanha".
Em 1932, Amparo foi um dos importantes palcos da Revolução Constitucionalista.
Somente a partir de 1940, a estagnação econômica provocada pela crise do café começou a se reverter, com o surgimento, ainda tímido, da atividade industrial.
Turismo
Amparo é uma das seis Estâncias Hidro minerais do Circuito das Águas Paulista, terceiro principal destino turístico do Estado de São Paulo. Seu principal atrativo turístico provém de sua geologia (Estância Hidro mineral), principalmente de suas águas, sejam elas de suas fontes de águas minerais, seja do principal manancial que corta o município, o rio Camanducaia. Amparo dispõe também de um importante Patrimônio Histórico, protegido pelo CONDEPHAAT (órgão responsável pela preservação no Estado de São Paulo) e por seu Plano Diretor, objeto de teses e livros e considerado um dos mais diversificados e bem preservados da segunda metade do século XIX
(época da lavoura cafeeira). Além disso, o Carnaval de Amparo é referência na região, bem como seu Festival de Inverno. 
Parque Linear 
O Parque Linear "Águas do Camanducaia" é um parque público localizado às margens do rio Camanducaia. Possui 3.100 metros de extensão, com jardins, ciclovia, pista de skate e bike, quadra de areia, fonte luminosa com água tratada (pode-se utilizar para banho), equipamentos de ginástica, parque infantil, quatro passagens para pedestres sobre o rio Camanducaia e pequenos quiosques de comércio.
Hidrografia
A  hidrografia de Amparo é composta pelo Rio Camanducaia e pelo Rio Jaguari.
Clima
Amparo possui clima tropical de altitude, (classificação climática de Köppen-Geiger Cwa) com temperaturas amenas (Temperatura Média Anual de 21 °C), verões chuvosos e invernos secos.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 17 de junho de 2022

PACAJUS - CEARÁ

Pacajus é um município brasileiro do estado do Ceará. A distância para Fortaleza é de 51,1 km. Localiza-se na Região Metropolitana de Fortaleza.
Etimologia
O topônimo Pacajus tem origem na tribo Tapuia dos Jaracu, ou Paiacu, que habitava a região. Sua denominação original era Guarani, depois Missão dos Paiacu, Monte-Mor, Monte-Mor-o-velho, Guarani e, desde 1943, Pacajus.
História
A região entre às margens do rio Choró e rio Acarape era habitada por índios como os Jenipapo, Kanyndé, Choró e Quesito.
As origens de Pacajus, remontam ao início do século XVIII (provavelmente 1707),[6] quando nestas terras foi instalada a Missão dos Paiacu. A instalação desta missão pelos jesuítas foi possível com a doação de uma légua de terras situadas nas margens do rio Choró, tendo como intermediário o desembargador Cristóvão Soares Reimão. Este reduto teve uma certa configuração urbana, edificando-se casas residenciais e uma capela de taipa e chão batido, admitindo-se como padroeira Nossa Senhora da Conceição.
Com a transferência dos índios para Portalegre, no Rio Grande do Norte em 1762, o local no qual foi construído uma capela de taipa e algumas casas passou a ser sítio Monte-Mor-o-Velho, que teve como administradores dois moradores de Cascavel: o sargento-mor Jerônimo de Antas Ribeiro e o padre José de Sousa.
Através da missão, depois sesmarias e ao redor da Igreja Velha (construída pelos índios no século XIX e que ainda existe) surgiu o núcleo urbano que hoje chama-se Pacajus.
Geografia
Relevo e solos

O relevo é plano e de baixas altitudes, nunca ultrapassando 76 m de altitude. Acidentes Geográficos: Serrotes Salgado, pauliceia e Pascoal.
Clima
Devido à sua proximidade com o litoral, o clima varia entre tropical quente semi-árido brando e tropical quente sub úmido, com pluviometria média anual de 1.277 mm, com chuvas concentradas de fevereiro a maio.
Hidrografia e recursos hídricos
A hidrografia de Pacajus compôe-se de: Rios: Acarape/Pacoti, Choró e Ererê; Riachos: Arerê e do Lagamar; Lagoas: Itaipaba, Ipú, Cavalaria, Pauliceia e Pascoal; Açudes: Pacoti, Ererê, do Povo, Beiraçude e Paulicéia.
Economia
A economia de Pacajus tem como base a agricultura tal como o cultivo da mandioca com um grande apoio da associação dos produtores de mandioca e amido de Pacajus localizada em Pauliceia, que abrange todo estado do Ceará e principalmente o cultivo do caju um grande protagonista da cidade, em conjunto com comércio, indústria e turismo.
Pacajus está situado numa das zonas industriais mais dinâmicas do Ceará. Junto com o município vizinho de Horizonte forma um complexo industrial que emprega grande parte da mão de obra destes dois municípios e outros circunvizinhos. O turismo é intenso, devido aos recursos naturais e aos eventos culturais, como o carnaval.
Cultura
Os eventos culturais significativos, em Pacajus, são: Dia de São José (19 de março); Dia de Nossa Senhora de Fátima (1 a 31 de maio); Festival do Milho (julho); Aniversário de Pacajus (23 de maio); Vaquejada (setembro); Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (16 de agosto); Festival do Caju (setembro); Dia de São Francisco das Chagas (4 de outubro); Dia da Padroeira Nossa Senhora da Imaculada Conceição (8 de dezembro) (Paróquia); Encenação da Paixão de Cristo
Pacajus possui ainda vários grupos de cultura popular, como: Quadrilha Nação Nordestina; Grupo Junino Milho Verde; Grupo Junino Colher de Pau; Quadrilha Junina Infantil Jeito Junino; Grupo Junino Flor do Caju; Quadrilha Terra do Caju; Quadrilha Cirandaia; Grupo de Dança e Interpretações Populares Mawaka; Grupo de Teatro e Dança ESTRELART; Grupo Teatral Arriégua; Coletivo Cultural Arte para Todos; Associação dos Artistas de Pacajus - Arpa (Instituição criada em 2006)
O município possui até o ano de 2022, dois centro culturais, um público, sendo o Centro Cultural Quilombola da Base, dedicado à cultura afro-brasileira daquela comunidade, reconhecida pela Fundação Palmares/Governo Federal, e o Centro Cultural Maloca dos Brilhante, iniciativa social mantido pelo Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável - CIEDS, localizado no bairro croata 1, próximo ao beira-açude.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 13 de junho de 2022

COSMÓPOLIS - SÃO PAULO

Cosmópolis é um município brasileiro do estado de São Paulo situado a 115.62 km da Capital, localiza-se a uma latitude 22º38'45" sul e a uma longitude 47º11'46" oeste, estando a uma altitude de 652 metros. Sua população estimada em 2021 era de 74.662 habitantes.
História
A cidade de Cosmópolis foi fundada na região do Funil, antigo bairro extra urbano de Campinas, cujas terras foram doadas ao Estado para a instalação de um núcleo cuja finalidade era a colonização da região e a fixação do trabalhador ao solo nacional, convertendo, para isso, em proprietário da gleba que cultivasse. A Vila de Cosmópolis pertencia a um território desbravado por Bandeirantes no fim do século XVII, povoado por migrantes e imigrantes.
Cosmópolis, é uma palavra que une dois vocábulos gregos: cosmos, universo, e polis, cidade.
O topônimo é homenagem à diversidade cultural encontrada na cidade que congregou grande número de imigrantes de várias procedências. Daí a denominação promocional de “cidade universo”, dada por seus cidadãos.
A área do atual município foi povoada a partir de um programa da Câmara Municipal de Campinas que estabeleceu ali uma colônia (Núcleo Campos Sales) criada para receber imigrantes suíços. Alguns anos mais tarde, novos imigrantes chegaram ao povoado, principalmente italianos, alemães e austríacos.
Ainda no início do século XX, foi construída a primeira igreja na cidade, a Matriz de Santa Gertrudes. Erguida com o esforço e dedicação do povo com a ajuda da família Nogueira. A primeira imagem de Santa Gertrudes chegou em Cosmópolis, no começo do século passado, trazida da França pelo Major Artur Nogueira, grande devoto à santa padroeira dos agricultores. A santa foi mais tarde nomeada padroeira da cidade.
Em 1905 chega à vila, a Usina Ester, trazendo a força do trabalho industrial para o povo, que já produzia o alimento para o próprio sustento. Logo, passaram a exportar açúcar e álcool para maiores centros e para o exterior.
Em 1906, criou-se o distrito de Cosmópolis e em 30 de novembro de 1944 quando havia aproximadamente sete mil habitantes, 73% vivendo na zona rural, a Lei Estadual n°14334 registrou o Município de Cosmópolis.
Já na década de 50, através dos trilhos da estrada de ferro da Funilense, que passou a ser a Sorocabana, Cosmópolis via o desenvolvimento chegar. A cidade servia de oficina à Sorocabana, e lá se consertavam e revisavam as locomotivas e até fabricavam vagões de madeira. Nesta época, a consolidada cidade oferecia emprego, terra e muitas oportunidades de uma vida melhor.
Cosmópolis tem contrastes que enriquecem a cidade e seu povo: das praças bucólicas às indústrias químicas, das estradas rurais de chão batido às rodovias do movimento intenso, tudo na mesma paisagem.
Cosmópolis contém uma represa que abastece toda a cidade, sem riscos de necessidades de racionamentos, o ano todo.
Referências para o texto: Wikipédia , Prefeitura de Cosmópolis .

segunda-feira, 6 de junho de 2022

BURITICUPU - MARANHÃO

Buriticupu é um município brasileiro do estado do Maranhão. Sua população estimada em 2021 era de 73.595 habitantes.
História
Os primeiros povos a chegar à região foram os povos indígenas tupis-guaranis e os awá-guajás, que saíram do litoral para a região central do Maranhão após a chegada dos portugueses na costa maranhense. Em 1941, houve a chegada dos guajajaras, trazidos pelo extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI).
No início da década de 1970, o governo do Maranhão instalou um projeto de colonização para assentamento de trabalhadores rurais na região em razão do processo de expansão da fronteira agrícola no Maranhão em direção à zona amazônica do estado, com a criação da Companhia Maranhense de Colonização COMARCO) durante o governo de Pedro Neiva de Santana.
O “Programa Pioneiro de Colonização de Buriticupu” foi o primeiro projeto de colonização executado pelo governo do Estado do Maranhão, com uma área de 300.000 hectares. Esse projeto originou um povoado de nome Buriticupu, nome dado por se localizar às margens do rio Buriticupu, toponímia que é resultado da junção do nome de dois frutos típicos da região: buriti e cupuaçu, e que teria sido dada pelos guajajaras.
No entorno do povoado, além das atividades agropastoril e comercial, desenvolveu-se a extração de madeira. Esse processo de expansão econômica foi marcado por choques entre especuladores de terra, negociantes de madeira, fazendeiros e latifundiários com trabalhadores rurais, praticantes de agricultura familiar e indígenas.
Apesar dos conflitos e das dificuldades enfrentadas após a instalação do assentamento, o povoado cresceu economicamente e em número de habitantes, em razão da exploração agrícola, das numerosas indústrias madeireiras que se instalaram e por sua excepcional vocação comercial, atraindo novos moradores.
Buriticupu foi elevado à condição de município por meio da Lei Estadual nº 6.162, de 10 de novembro de 1994, tendo sido desmembrado de Santa Luzia e instalado em 01 de janeiro de 1997.
Geografia
Relevo
O município fica localizado no Planalto Dissecado Gurupi-Grajaú, constituído de baixas altitudes, com media de 350 metros, com superfície plana e levemente ondulada.
Clima
O clima é o tropical quente e úmido, com moderada deficiência de água entre os meses de junho a setembro. É megatérmico, com temperatura média anual entre 25°C e 26°C. A umidade relativa do ar anual gira em torno de 73 e 79% e os totais pluviométricos anuais entre 1.200 a 1.600 mm.
Hidrografia
Buriticupu faz parte da bacia hidrográfica do rio Pindaré, que corta o seu território, tendo como afluentes no município os rios Buriticupu, Dente de Porco e Córrego Açaizal. Outros rios encontrados são os córregos Jambu, Brejinho e Brejão.
Vegetação e biodiversidade
A vegetação do município é a Floresta Amazônica, composta pela floresta ombrófila aluvial e submontana.
O primeiro tipo ocupa as áreas mais úmidas dos vales onde se destacam as palmáceas: açaí (Eurterpe olerácea), buriti (Mauritia Vinifera) e buritirana (Mauritia aculeata); o segundo tipo corresponde às formações mais exuberantes, ocupando as áreas dissecadas do relevo de planalto com solos medianamente profundos, composta principalmente por árvores de alto porte, algumas ultrapassando 50 m, onde se destacam a seringueira (Hevea brasiliensis) e a andiroba (Carapa guianensis).
Economia
A pecuária é a principal atividade econômica no município, sendo o rebanho bovino o mais importante, com criação semi-intensiva em pastos plantados e mais de 140 mil cabeças, sendo voltado para o corte, abate e produção leiteira.
Os principais produtos cultivados são a soja, o milho, a mandioca, o tomate e o arroz.
Infraestrutura
Rodovias

A principais rodovias do município são a BR-222 e a MA-006, entre Arame e Buriticupu.
Ferrovia
A Estrada de Ferro Carajás possui um terminal ferroviário na localidade Presa de Porco, zona rural do município de Buriticupu, distante aproximadamente 58 km da sede municipal.
Educação
Há um campus do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), além de faculdades privadas.
A rede municipal possui 69 escolas. A rede estadual é formada pela Unidade Integrada Padre Edmilson de Sousa Freire, que possui três anexos na área rural.
Cultura e turismo
As quadrilhas são tradicionais nas festas juninas da cidade. O Carnaval também é uma festividade importante, assim como desfile da Independência do Brasil e o aniversário da cidade.
Os pratos típicos são o bode, a feijoada e a panelada.
O potencial turístico do município encontra-se na sua natureza, com resquícios da Floresta Amazônica, os rios Pindaré e Buriticupu e os morros.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 3 de junho de 2022

SANTA LUZIA - MARANHÃO

Santa Luzia é um município brasileiro do estado do Maranhão. Localiza-se a uma latitude 03º57'48" sul e a uma longitude 45º39'30" oeste, estando a uma altitude de 60 metros. Santa Luzia é o décimo quarto maior município do Maranhão com mais de 75 043 habitantes (censo 2019).
História
No passado, Santa Luzia tinha suas terras habitadas por índios pertencentes à tribos Guajajaras das Aldeias Cumpridas e Batatal.
No ano de 1949, o desbravador, João Marques Oliveira, popularmente conhecido como “João Vaqueiro”, chegou a localidade denominada “Pau Santo” pertencente aos índios Guajajaras, que não aceitaram sua permanência no lugar. Rechaçado pelos nativos, deslocou-se para o Sul da Região até o lugarejo Batatal, pertencente a outra tribo Guajajara, sendo acolhido pelo Cacique João Francisco de Santo.
A localidade que surgia foi denominada Santa Luzia por João Vaqueiro, que trazia consigo uma pequena imagem da Santa de quem era devoto.
Em 1952 chegou o agricultor Manoel Rodrigues Chaves a convite de seu compadre João Vaqueiro para trabalhar na lavoura. A localidade começou a crescer e nesta terra hospitaleira chegaram quem comprou as terras, iniciando a exploração da agricultura. A área adquirida se estendia ao norte até a Aldeia Batatal e ao sul até o lugarejo denominado “Pau Santo” imigrantes de todo território nacional, se viam atraídos pela grande produção de arroz que sempre destacou o Estado do Maranhão, despertando com isso, a curiosidade e o interesse de muitas famílias que fixaram residências. Santa Luzia foi elevada à categoria de município pela lei estadual nº 1908, de 17 de dezembro de 1959.
Referência para o texto: Wikipédia .