Venâncio Aires é um município brasileiro no centro do estado do Rio Grande do Sul. Emancipado de General Câmara em 1849 e instalado em 1891, seu nome é uma homenagem ao jornalista Venâncio de Oliveira Ayres.
A população total do município, segundo os Dados Preliminares do Censo 2007, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 64.524 habitantes, 59,11% destes na zona urbana e 40,89% na zona rural, sendo o 30° município mais populoso do Rio Grande do Sul. Fala-se lá tanto o português como o alemão, em especial o dialeto hunsrückisch. É considerada a "capital nacional do chimarrão", devido à sua produção de erva-mate, sendo também um dos maiores produtores de fumo do Brasil.
História
A região de Venâncio Aires era habitada, no século XVI, por indígenas, principalmente nos vales dos rios e arroios. Os primeiros registros escritos de povoamento da região onde está Venâncio Aires datam de 1762, com a compra de terras do posseiro Francisco Machado Fagundes da Silveira.
O município de Venâncio Aires intensificou sua povoação a partir de 1800, com a chegada e fixação dos açorianos às margens do Rio Taquari e do Arroio Castelhano. Os colonos açorianos dedicavam-se, primeiramente, à pecuária, à exploração de madeira e à produção de erva-mate.
Em 1849, o município de Taquari se emancipou de Triunfo, levando, consigo, General Câmara (na época, Santo Amaro) e Venâncio Aires, nomeado Faxinal dos Fagundes. Entre os anos de 1853 e 1856, os primeiros imigrantes alemães chegaram à região, dedicando-se à agricultura e localizando-se no vale do Arroio Sampaio. Santo Amaro conquistou autonomia de Taquari em 1881. O Arroio Castelhano ganhou sua primeira ponte em 1878, o que foi importante para o escoamento de produtos para a região.
Em 8 de maio de 1884, a localidade de Faxinal dos Fagundes alcançou sete mil habitantes e se elevou a "Freguesia de São Sebastião Mártir". Neste ano, também se iniciou a construção de uma capela para o santo padroeiro, São Sebastião.
Em 1913, começou-se o planejamento das ruas do centro da cidade, em linhas retas. Em 1920, a iluminação pública passou a ser com lâmpadas. Surgiram os primeiros telefones na cidade e a população atingia 17 mil habitantes. Em 1924, a sociedade já possuía 48 grupos alemães. Em 1934, os negros entraram na comunidade venancio-airense.
Entre 1940 e 1960, o Porto de Mariante, na localidade de Mariante, transformou Venâncio em um centro comercial, impulsionando a economia. Em 1968, alcançou a liderança na produção de fumo, com uma colheita de 7 400 toneladas. Na década de 1970, iniciou-se o processo de industrialização do município, com continuação na década de 1980, fazendo com que o município chegasse às primeiras posições no cenário econômico do Rio Grande do Sul nos anos 1990. Em 2005, com a crise no agronegócio e prejuízos com a produção de erva-mate e fumo, foi feito o Seminário do Plano de Desenvolvimento Estratégico - Venâncio 2020, onde foram tracejadas as próximas metas para o desenvolvimento da cidade.
Geografia
Localiza-se na Mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense e na Microrregião de Santa Cruz do Sul, estando entre o Vale do Rio Pardo e o Vale do Taquari, pertencendo ao Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo e à Diocese de Santa Cruz do Sul.
Atinge uma altitude média de 210 metros ao nível do mar. Encontra-se às margens da rodovia RSC-287 e distancia-se 130 quilômetros da capital estadual, Porto Alegre.
Venâncio Aires ostenta o título de "Capital Nacional do Chimarrão".[8] Em comemoração a isso, a cidade sedia a Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), uma das mais completas do Rio Grande do Sul. O município também foi durante muitos anos o maior produtor de fumo do Brasil, mesmo que a "Capital Nacional do Fumo" seja a cidade vizinha de Santa Cruz do Sul.
Idiomas
Como outros municípios das chamadas Colônias Velhas (die Altkolonie) que formam as zonas de colonização alemã do estado do Rio Grande do Sul, uma porção significante da população de Venâncio Aires é bilíngue. Desde a sua fundação em tempos pioneiros, fala-se tanto a língua nacional, o português, quanto o dialeto alemão Riograndenser Hunsrückisch neste município, sendo que a vasta maioria de falantes teutófonos do estado fala esta variedade linguística regional.
Em 2012, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul declarou o Riograndenser Hunsrückisch patrimônio linguístico e bem cultural imaterial do Rio Grande do Sul.
Economia
Em 2018, Venâncio Aires foi classificada como sendo a 22ª maior economia do Rio Grande do Sul. A cidade é uma das 30 maiores arrecadadoras de ICMS e uma das top 10 em exportações no Estado. A cidade está no top 5 nacional da produção de tabaco. Outras culturas agrícolas importantes são a produção de erva-mate e milho, cultivando também soja, mandioca e arroz, além de outros produtos. A cidade também tem importantes indústrias ervateiras. Em relação ao estado do Rio Grande do Sul, é o 2º maior polo metal-mecânico, a 2ª maior cidade em abate de bovinos e a 3ª maior produtora de milho do estado. Tem mais de 4 mil empresas, onde se destacam os setores metal-mecânico, confecções e móveis, com 30% dos empregos da cidade. A cidade tem dois Distritos Industriais com 135 hectares de terras.
Em 2020, as 10 maiores empresas da cidade eram: Alliance One (Tabaco), China Brasil (Tabaco), CTA Continental (Tabaco), Metalúrgica Venâncio, Marasca (Tabaco), UTC Brasil (Tabaco), Família Kroth (Carnes), America (Embalagens), Refrimate (equipamentos de refrigeração) e Venax (Eletrodomésticos), destancando-se também: RPC Packaging (embalagens), Tabacum Interamerican, Madrugada (erva-mate), Madeireira Haas, Frigorífico Sapé e Fundição Venâncio Aires.
Esporte e lazer
Na atualidade, o principal destaque esportivo é a Assoeva (Associação Esportiva de Venâncio Aires), que, atualmente, disputa a Liga Nacional de Futsal, a principal competição do salonismo brasileiro. A equipe também é a atual vice-campeã nacional da LNF (Liga Nacional de Futsal) e campeã da Liga Gaúcha de Futsal Série Ouro.
No futebol de campo, o principal clube esportivo de Venâncio Aires é o Esporte Clube Guarani, popularmente conhecido como Guarani de Venâncio, que, atualmente, disputa a segunda divisão gaúcha. No clube, surgiram o técnico Mano Menezes e o zagueiro Bolívar.
O município ainda conta com um time de futebol americano: O Bulldogs FA. O time comandado pelo Head Coach Miguel Greiner sagrou-se campeão da II Copa RS organizada pela Federação Gaúcha de Futebol Americano, realizada no segundo semestre de 2017.
Turismo
Dentre as rotas turísticas e pontos de lazer do município estão a Rota do Chimarrão, que percorre locais de produção e comércio de erva mate, além de igrejas fundadas no início do século XX. A dez quilômetros da cidade localiza-se a Cascata Chuveirão, cena do filme A Paixão de Jacobina, com local para camping e de propriedade de um morador local. No distrito de Vila Deodoro, há o Mirante Lauro Erdmann, e uma figueira de aproximadamente 300 anos e que ocupa uma área de 500m2 que atrai alguns visitantes.
Referência para o texto: Wikipédia .
A população total do município, segundo os Dados Preliminares do Censo 2007, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 64.524 habitantes, 59,11% destes na zona urbana e 40,89% na zona rural, sendo o 30° município mais populoso do Rio Grande do Sul. Fala-se lá tanto o português como o alemão, em especial o dialeto hunsrückisch. É considerada a "capital nacional do chimarrão", devido à sua produção de erva-mate, sendo também um dos maiores produtores de fumo do Brasil.
História
A região de Venâncio Aires era habitada, no século XVI, por indígenas, principalmente nos vales dos rios e arroios. Os primeiros registros escritos de povoamento da região onde está Venâncio Aires datam de 1762, com a compra de terras do posseiro Francisco Machado Fagundes da Silveira.
O município de Venâncio Aires intensificou sua povoação a partir de 1800, com a chegada e fixação dos açorianos às margens do Rio Taquari e do Arroio Castelhano. Os colonos açorianos dedicavam-se, primeiramente, à pecuária, à exploração de madeira e à produção de erva-mate.
Em 1849, o município de Taquari se emancipou de Triunfo, levando, consigo, General Câmara (na época, Santo Amaro) e Venâncio Aires, nomeado Faxinal dos Fagundes. Entre os anos de 1853 e 1856, os primeiros imigrantes alemães chegaram à região, dedicando-se à agricultura e localizando-se no vale do Arroio Sampaio. Santo Amaro conquistou autonomia de Taquari em 1881. O Arroio Castelhano ganhou sua primeira ponte em 1878, o que foi importante para o escoamento de produtos para a região.
Em 8 de maio de 1884, a localidade de Faxinal dos Fagundes alcançou sete mil habitantes e se elevou a "Freguesia de São Sebastião Mártir". Neste ano, também se iniciou a construção de uma capela para o santo padroeiro, São Sebastião.
"Ato nº 371 de 30 de abril de 1891, o vice Governador do Estado resolve elevar a villa, a Freguesia de São Sebastião Mártir a condição de Distrito do município de Santo Amaro, com a denominação de Venâncio Aires"..
Através desta declaração do então governador do Rio Grande do Sul Fernando Abbott, de 30 de abril de 1891, surgiu o município de Venâncio Aires, ainda que sua sede fosse uma vila. O nome originou-se como homenagem ao jornalista Venâncio de Oliveira Aires, que foi do estado de São Paulo viver no Rio Grande do Sul. A vila elevou-se à cidade no dia 11 de maio de 1891.
Em 1913, começou-se o planejamento das ruas do centro da cidade, em linhas retas. Em 1920, a iluminação pública passou a ser com lâmpadas. Surgiram os primeiros telefones na cidade e a população atingia 17 mil habitantes. Em 1924, a sociedade já possuía 48 grupos alemães. Em 1934, os negros entraram na comunidade venancio-airense.
Entre 1940 e 1960, o Porto de Mariante, na localidade de Mariante, transformou Venâncio em um centro comercial, impulsionando a economia. Em 1968, alcançou a liderança na produção de fumo, com uma colheita de 7 400 toneladas. Na década de 1970, iniciou-se o processo de industrialização do município, com continuação na década de 1980, fazendo com que o município chegasse às primeiras posições no cenário econômico do Rio Grande do Sul nos anos 1990. Em 2005, com a crise no agronegócio e prejuízos com a produção de erva-mate e fumo, foi feito o Seminário do Plano de Desenvolvimento Estratégico - Venâncio 2020, onde foram tracejadas as próximas metas para o desenvolvimento da cidade.
Geografia
Localiza-se na Mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense e na Microrregião de Santa Cruz do Sul, estando entre o Vale do Rio Pardo e o Vale do Taquari, pertencendo ao Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo e à Diocese de Santa Cruz do Sul.
Atinge uma altitude média de 210 metros ao nível do mar. Encontra-se às margens da rodovia RSC-287 e distancia-se 130 quilômetros da capital estadual, Porto Alegre.
Venâncio Aires ostenta o título de "Capital Nacional do Chimarrão".[8] Em comemoração a isso, a cidade sedia a Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), uma das mais completas do Rio Grande do Sul. O município também foi durante muitos anos o maior produtor de fumo do Brasil, mesmo que a "Capital Nacional do Fumo" seja a cidade vizinha de Santa Cruz do Sul.
Idiomas
Como outros municípios das chamadas Colônias Velhas (die Altkolonie) que formam as zonas de colonização alemã do estado do Rio Grande do Sul, uma porção significante da população de Venâncio Aires é bilíngue. Desde a sua fundação em tempos pioneiros, fala-se tanto a língua nacional, o português, quanto o dialeto alemão Riograndenser Hunsrückisch neste município, sendo que a vasta maioria de falantes teutófonos do estado fala esta variedade linguística regional.
Em 2012, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul declarou o Riograndenser Hunsrückisch patrimônio linguístico e bem cultural imaterial do Rio Grande do Sul.
Economia
Em 2018, Venâncio Aires foi classificada como sendo a 22ª maior economia do Rio Grande do Sul. A cidade é uma das 30 maiores arrecadadoras de ICMS e uma das top 10 em exportações no Estado. A cidade está no top 5 nacional da produção de tabaco. Outras culturas agrícolas importantes são a produção de erva-mate e milho, cultivando também soja, mandioca e arroz, além de outros produtos. A cidade também tem importantes indústrias ervateiras. Em relação ao estado do Rio Grande do Sul, é o 2º maior polo metal-mecânico, a 2ª maior cidade em abate de bovinos e a 3ª maior produtora de milho do estado. Tem mais de 4 mil empresas, onde se destacam os setores metal-mecânico, confecções e móveis, com 30% dos empregos da cidade. A cidade tem dois Distritos Industriais com 135 hectares de terras.
Em 2020, as 10 maiores empresas da cidade eram: Alliance One (Tabaco), China Brasil (Tabaco), CTA Continental (Tabaco), Metalúrgica Venâncio, Marasca (Tabaco), UTC Brasil (Tabaco), Família Kroth (Carnes), America (Embalagens), Refrimate (equipamentos de refrigeração) e Venax (Eletrodomésticos), destancando-se também: RPC Packaging (embalagens), Tabacum Interamerican, Madrugada (erva-mate), Madeireira Haas, Frigorífico Sapé e Fundição Venâncio Aires.
Esporte e lazer
Na atualidade, o principal destaque esportivo é a Assoeva (Associação Esportiva de Venâncio Aires), que, atualmente, disputa a Liga Nacional de Futsal, a principal competição do salonismo brasileiro. A equipe também é a atual vice-campeã nacional da LNF (Liga Nacional de Futsal) e campeã da Liga Gaúcha de Futsal Série Ouro.
No futebol de campo, o principal clube esportivo de Venâncio Aires é o Esporte Clube Guarani, popularmente conhecido como Guarani de Venâncio, que, atualmente, disputa a segunda divisão gaúcha. No clube, surgiram o técnico Mano Menezes e o zagueiro Bolívar.
O município ainda conta com um time de futebol americano: O Bulldogs FA. O time comandado pelo Head Coach Miguel Greiner sagrou-se campeão da II Copa RS organizada pela Federação Gaúcha de Futebol Americano, realizada no segundo semestre de 2017.
Turismo
Dentre as rotas turísticas e pontos de lazer do município estão a Rota do Chimarrão, que percorre locais de produção e comércio de erva mate, além de igrejas fundadas no início do século XX. A dez quilômetros da cidade localiza-se a Cascata Chuveirão, cena do filme A Paixão de Jacobina, com local para camping e de propriedade de um morador local. No distrito de Vila Deodoro, há o Mirante Lauro Erdmann, e uma figueira de aproximadamente 300 anos e que ocupa uma área de 500m2 que atrai alguns visitantes.
Referência para o texto: Wikipédia .