segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

PALMARES - PERNAMBUCO

Palmares é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localiza-se na região da Mata Sul do estado de Pernambuco.
É conhecido como "Atenas Pernambucana", "Capital da Mata Sul" e "Terra dos Poetas", por ser o berço de ilustres e renomados poetas, romancistas, teatrólogos, jornalistas, médicos, religiosos, advogados, políticos, militares, artistas, músicos e etc., os quais ajudaram a projetar o município no restante do País. Trata-se de uma cidade bastante tradicional e muito importante na história do Estado de Pernambuco. Seu nome é também uma homenagem ao Quilombo dos Palmares, que se instalou no seu entorno e resistiu durante muito tempo sob o comando de Zumbi.
História
Origem do nome Palmares

Palmares é uma das divisões geobotânicas do nordeste do Brasil. Altos, densos, geralmente puros e de uma só espécie de palmeiras de natureza xerófila ou higrófila. Outros existem com mistura de três ou quatro espécies de árvores de porte alto. Dentre as palmeiras que vegetam nessa região, sobrelevam-se a carnaúba (Copernica cerifica), a buriti (Mauritia vinifera), a buritana (Mauritia axulenta), a bacaba (Denocarpus distichus) e o babaçu (Orbignia martiana), etc. Tais zonas se desenvolvem na Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.
Primórdios da história palmarense
A região foi habitada primitivamente pelos índios potiguares e caetés.
Com a formação do Quilombo dos Palmares no interior pernambucano (naquele tempo as terras do atual estado de Alagoas pertenciam à Capitania de Pernambuco), dirigido por Zumbi, tomou impulso, fama e ganhou o nome que hoje tem, batizado que foi pelos negros, que chamavam seus habitantes de palmarinos. Desde os seus primórdios, a região era conhecida como os palmares, devido a predominância de sua densa e espessa vegetação, num intrincado de mata fechada que ocupava um extenso território de 260 quilômetros de extensão por 132 quilômetros de largura, em faixa paralela à costa, onde se distribuíam cerca de 50 mil habitantes, cuja faixa territorial situava-se entre o Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e a parte norte do curso inferior do rio São Francisco, área situada onde hoje se encontra o estado de Alagoas.
De 1848 a 1873 Palmares foi denominado de Povoado dos Montes, porque as terras originalmente pertenciam à família Montes, que as recebera por sesmaria para explorar a atividade açucareira, vindo a construir uma capela, que anos mais tarde daria origem à catedral de Nossa Senhora da Conceição, padroeira local. Logo em seguida, dita propriedade passou a ser conhecida por Trombeta, devido à lenda de que um soldado teria perdido a corneta durante a passagem da tropa a cavalo pela localidade. Anos depois recebeu a denominação de Povoado do Una, em homenagem ao rio que banha a localidade e, finalmente Município dos Palmares, triunfando assim a denominação dos negros, por força da abundância de palmeiras que vicejavam na região, a exemplo do babaçu, carnaúba, pindoba, ouricuri e dendê.
Em 13 de maio de 1862 foi criada a Comarca dos Palmares por força da Lei Provincial nº 1.030. Em 1868 foi Palmares elevado à categoria de Distrito por força da Lei Provincial nº 844, de 28 de setembro.
Em 1873, por força da Lei Provincial n° 1.083, de 24 de maio, foi criado o Município autônomo que tomou o nome de Município dos Palmares. Finalmente, em 9 de junho de 1879, Palmares emancipou-se do Município da Água Preta, por força da Lei Provincial n° 1.458, adquirindo portanto foros de cidade autônoma.
Palmares tem muita história para contar. Além de grandes intelectuais, o município possui o Theatro Apollo, o primeiro teatro que começou a funcionar no interior e o terceiro mais antigo do Estado, além de abrigar a primeira Maçonaria de Pernambuco, Loja Maçônica Fraternidade Palmarense nº 01, da qual saíram obreiros para fundar no Recife a Grande Loja de Pernambuco.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 08º41'00" sul e a uma longitude 35º35'30" oeste, estando a uma altitude de 125 metros. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 63.745 habitantes.
A sede do município dista 122 km de Recife, a capital do Estado; 105 km de Garanhuns e 123 km de Maceió, a capital do vizinho Estado de Alagoas. Situa-se a 125 metros acima do nível do mar.
Limita-se ao norte com o Município do Bonito, a nordeste e leste com Joaquim Nabuco, ao sul com Xexéu, a sudeste com Água Preta e a oeste com Catende.
Vegetação e Geologia
O Município insere-se na unidade geoambiental das Superfícies Retrabalhadas. O relevo é, em sua quase totalidade, moldado em rochas do pré-cambriano, predominantemente granito, gnaisses e xistos. A parte sedimentar é representada por argilas variegadas, arenitos e cascalhos. Predomina o latossolo vermelho-amarelo.
A topografia, predominantemente ondulada, caracteriza-se por um conjunto de morros e colinas com altitudes não superiores a 120 m e pediplanos resultantes do alargamento do vale do rio Una (Pernambuco) e seus afluentes.
Sua flora é composta por restos da vegetação primitiva da Mata Atlântica, algumas espécies arbóreas de alto valor econômico podem ser ainda encontradas testemunhando o que foi a floresta nativa. Entre outras, pode-se detectar a presença da urucuba, louro, ipê amarelo, jatobá, pau-ferro, jacarandá mimoso e rosa, maçaranduba, pau d'arco, oiticica, camaçari rosa e branco, sucupira roxa e branca, etc.
O Município dos Palmares faz parte da microrregião homogênea denominada Mata Meridional Pernambucana, contida totalmente na Bacia do Rio Una.
Clima
Segundo dados do Lamepe, a temperatura mínima já registrada em Palmares foi de 14,1 °C, ocorrida no dia 28 de julho de 1923. Já a máxima foi de 38,5 °C, observada em 18 de fevereiro de 2006. O maior acumulado de chuva registrado em 24 horas foi de 235,8 mm, em 3 de maio de 2011.
O clima é o tropical, do tipo As', com máximas de 29 °C e mínimas entre 21 °C no verão, e mínimas de 19 °C e máximas entre 26 °C no inverno.
Turismo
Existem locais tradicionais de visitação pública, que são marcos históricos de fundação da cidade, a exemplo do casarão do Engenho Verde (1841) (onde nasceu o romancista e teatrólogo Hermilo Borba Filho); o antigo Cemitério Paroquial (1861) com a capela do Bom Jesus dos Martírios; a Estação Ferroviária (1862); a casa-grande do Engenho Paul (1863); a Catedral de Nossa Senhora da Conceição (1873) padroeira local; o Clube Literário dos Palmares (1881), hoje Biblioteca Pública Municipal; a ponte de ferro sobre o rio Pirangy (1882), construída pelos engenheiros ingleses da Great Western; a Loja Maçônica Fraternidade Palmarense Nº 01 (1932) que foi a pioneira no Estado de Pernambuco, dentre outros atrativos de igual importância para os amantes da história e das tradições socioculturais interioranas.
Lazer
Além da carga histórica da cidade, dispõe-se cachoeiras, bicas, corredeiras e caminhadas ecológicas nas reservas de mata atlântica do município. Outros destaques são as cachoeiras: Caritó, Véu da Noiva, Mágico e a localizada no Engenho Serra Azul. A Véu da Noiva possui três quedas d'água, sendo a mais alta com 5 metros. A Corredeira do Oratório é formada pelas águas do Rio Una.
Cultura
Inicialmente como "Atenas Pernambucana" e depois como "Terra dos Poetas", o município obteve fama e reputação no cenário estadual e até brasileiro, graças à pujança com que os seus filhos tornaram-se ilustres e renomados ao longo da história, com isso ajudando a projetar a sua terra, através da história, cultura e tradição, destacando-se em áreas da maior importância cultural como a literatura, teatro, jornalismo, aviação, música, pintura, religião, política, artes plásticas, etc.
Desde a década de 1990, existe o Forromares (entre 2005 e 2008 tornou-se Festmares, retornando ao nome original em 2009), O evento simboliza um São João fora de época, atraindo público de outras cidades e ocorrendo geralmente no segundo semestre do ano.
Economia
Palmares tem como principal atividade econômica a agroindústria açucareira e o comércio varejista expandido pela Feira da Sulanca da cidade. O polo médico especializado também é um destaque que atende a cidade e a região.
Devido à boa economia, a cidade detém um grande Movimento pendular, abrigando escolas públicas, escolas particulares e faculdades como: Universidade de Pernambuco (UPE), Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), além das tradicionais: Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul (FAMASUL), Faculdade de Ciências dos Palmares (FACIP) e Faculdade dos Palmares (FAP).
Esporte
A cidade de Palmares possuiu um clube no Campeonato Pernambucano de Futebol, o Palmares Futebol Clube, que jogava de mandante no Estádio Ulisses Arcanjo de Oliveira.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

PENÁPOLIS - SÃO PAULO

Penápolis é um município brasileiro do estado de São Paulo. Sua população estimada em 2018 era de 63.047 habitantes.
História
Origem e povoamento

A Região dos "Campos do Avanhandava" e do "Salto do Avanhandava", no baixo Rio Tietê, quando da chegada dos primeiros pioneiros (brancos colonizadores), era habitada pelos índios Coroados (ou Kaingang ou ainda Caingangue) vindos do sul do Brasil.
O topônimo Ava - Nhandava significa: "O índio que fala o dialeto Nhandeva", por isso não se diz: "salto de", e, sim, se diz: "Salto do Avanhandava" ou "Cachoeira do Avanhandava", e, por isso, se acredita que os nhandevas predominavam na região quando da chegada dos índios Coroados.
A primeira presença do Estado brasileiro na região foi, na década de 1860, pouco antes da Guerra do Paraguai, uma Colônia Militar (quartel, fortaleza), próxima ao Salto do Avanhandava, que recebeu o nome de Colônia do Avanhandava e o apelido de Degredo.
Naquela época se criaram várias colônias militares, em todo o Brasil, para proteção das fronteiras, e para "proteger a população do interior contra índios selvagens, para facilitar as comunicações e o comércio e para ajudar os núcleos civis que se fundarem nas suas vizinhanças".
A Colônia do Avanhandava, localizada próximo ao porto de desembarque, o Porto do Cruz, no rio Tietê, pouco antes da "Cachoeira do Avanhandava", junto à estrada que ligava Piracicaba a Paranaíba, foi criada pelo decreto imperial de 18 de março de 1858, e tinha como objetivo, proteger o povoamento da região, onde cinco fazendeiros compraram terras devolutas do governo, e pretendiam formar um "patrimônio", como se chamava, na época, as pequenas povoações, recém criadas, construídas ao redor de uma capela, à qual se doa um "patrimônio": uma área para praça, capela e abertura de ruas ao seu redor.
A Colônia do Avanhandava deveria servir também de retaguarda à Colônia de Itapura, na foz do rio Tietê, junto ao Rio Paraná. A Colônia do Avanhandava, porém, não prosperou.
Hoje, o "Salto do Avanhandava", a colônia militar e a velha Usina Hidrelétrica do Avanhandava, jazem no fundo da represa da Usina Hidrelétrica de Nova Avanhandava.
Posteriormente, próximo ao velho quartel já abandonado e ao Ribeirão do Lageado, se tentou formar, em 1883, pelos primeiros pioneiros, um Patrimônio, tendo como orago, o "Nosso Senhor dos Passos". Este primeiro patrimônio não prosperou porque uma das famílias pioneiras, a família Pinto Caldeira, foi massacrada pelos índios em 1886.
Esta família, "Pinto Caldeira", é atualmente homenageada, dando seu nome ao Córrego dos Pintos, na região do Ribeirão do Lageado, a qual ainda pertence ao município de Penápolis, e foram enterrados no cemitério do Lageado, o qual é o monumento histórico mais antigo de Penápolis e única construção que restou do antigo "Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos".
Em 1895, o presidente do estado de São Paulo, Bernardino de Campos, autoriza, em lei, a construção de uma estrada de Bauru ao Salto do Avanhandava, estrada esta que facilitaria o acesso à região dos Campos do Avanhandava.
O Patrimônio de Santa Cruz do Avanhandava surgiu, tempos depois, em 1908, em terras compradas dos herdeiros da pioneira Maria Chica pelo empreendedor Coronel Manuel Bento da Cruz, e, em terras doadas em 1906, pelo fazendeiro Eduardo José de Castilho.
A colonização de Penápolis foi feita, como em todo o oeste paulista, de acordo com a Lei de Terras Estadual nº 323, de 1895, que só permitia a aquisição de terras devolutas, pertencentes ao governo do estado, em leilão (haste) público.
A Lei de Terras paulista, inspirada na Lei de Terras do Império do Brasil nº 601, de 1850, exigia também que, em breve, o seu comprador as revendesse em lotes que não podiam passar de 500 hectares em terras de cultura, 4.000 hectares em "campos de criar", e 40 hectares nos lotes suburbanos. Eram considerados suburbanos os lotes a menos de 12 quilômetros do centro da povoação, garantindo, assim, o acesso à terra aos pequenos proprietários.
Assim, para estimular a colonização da região, Manuel Bento da Cruz, Eduardo de Castilho e os capuchinhos fundaram o Patrimônio de Santa Cruz do Avanhandava, em 25 de outubro de 1908, esperando a próxima chegada dos trilhos da ferrovia da NOB. Esta data é oficialmente a data de fundação de Penápolis.
Como marco deste acontecimento, os frades capuchinhos realizaram um primeira missa naquele dia e ergueram eles um cruzeiro em frente ao local onde, depois, se instalou, em 1923, o 1º Grupo Escolar de Penápolis. No lugar onde ficava o cruzeiro, há atualmente uma estátua de São Francisco. Nos patrimônios e cidades daquela época se concentravam os estabelecimentos comerciais, porém a grande maioria da população vivia na zona rural.
Logo em seguida, em 2 de dezembro de 1908, chegou ao novo povoado, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, na época chamada "Estrada de Ferro Bauru - Itapura", que impulsionou o povoamento da região. As estradas de ferro, naquela época, eram fundamentais para o transporte de grãos de café, a maior produção agrícola da época, para o porto de Santos.
A construção dos trilhos da Noroeste do Brasil prosseguiu, em terras pertencentes, na época, a Penápolis, rumo ao rio Paraná, onde os trilhos chegaram em 1910, com um número de mortos, por malária e por índios, de 10 000 pessoas. O primitivo traçado da NOB era o ramal Araçatuba- Lussanvira, a atual Pereira Barreto), ramal este que margeava o Rio Tietê, sujeitando os trabalhadores da linha à malária.
Em 17 de novembro de 1909, o patrimônio se torna um distrito de paz de São José do Rio Preto, com seu território se estendendo até próximo da foz do Rio Tietê, no Rio Paraná, divisando ali com o distrito de paz de Itapura. Em 22 de dezembro de 1913, Penápolis torna-se um município.
Os pioneiros encontraram seus maiores obstáculos nos ataques dos índios e na malária, na época chamada de maleita e impaludismo. Os índios só foram finalmente pacificados, em 1912, com a ação do Coronel Cândido Rondon, que, por isto, é homenageado dando seu nome à SP-300 que é a principal rodovia que corta a região da Estrada de Ferro NOB (Bauru até a divisa com o Mato Grosso do Sul), atual Novoeste.
Um dos últimos grandes ataques de índios, se deu em julho de 1910, quando o agrimensor Christiano Olsen e sua equipe foram mortos e queimados, pelos índios caingangue, na fazenda Baguaçu, próxima a atual, Araçatuba, região que, na época, pertencia a Penápolis.
A pacificação dos índios realizada pelo Coronel Rondon foi decisiva para o povoamento da região, tanto que o preço do alqueire de terra subiu 1.000% de 1910 a 1914, passando de 13$000 réis a 100$000 réis, indicando um grande aumento da procura por terras após a pacificação. Em 1925, o alqueire de terra, próximo à área urbana de Penápolis, já estava cotado a 1:000$000, ou seja, uma nova valorização de 1.000% em relação a 1914.
Em abril de 1929, a região da NOB, recebeu a visita do presidente de São Paulo, Júlio Prestes, o Seu Julinho, que comparou os pioneiros desbravadores da Noroeste do Brasil aos bandeirantes, desbravando terras e enfrentando perigos de todo tipo.
A situação da velha Noroeste do Brasil, que pertencia ao governo federal, melhorou muito, quando, em 1935, Getúlio Vargas, iniciou o empedramento da linha férrea, eliminando-se as nuvens de poeira que penetrava nos vagões, e, concluiu, em 1940, a construção de uma "variante", entre Araçatuba e Jupiá, afastando a estrada de ferro das margens do rio Tietê, e, portanto da malária, também conhecido como (impaludismo).
Em 1917 é inaugurada a iluminação pública por energia elétrica em Penápolis.
Em 21 de janeiro de 1920 é criado, por decreto estadual, uma Caixa Econômica em Penápolis, (o atual Banco Nossa Caixa).
O primeiro Grupo Escolar foi instalado em 1919 e o primeiro Ginásio Estadual instalado em 1935.
Pouco restou da cultura dos índios Coroados: peças de museu e uma a aldeia Icatu a 35 quilômetros de Penápolis. A cidade foi, porém, enriquecida por várias tradições europeias e asiáticas, pois se estabeleceram em Penápolis imigrantes de vários países para trabalharem nas lavouras de café. Vieram, também, para Penápolis, muitos migrantes de Minas Gerais, com tradição em engenhos de cana-de-açúcar, doces, queijos e o carro de boi.
Em 23 de março de 1858, o Decreto Federal nº 2.126, assinado pelo Marquês de Olinda, cria a Colônia Militar do Avanhadava, na estrada entre Piracicaba e Paranaíba:
Em 17 de novembro de 1909, pela Lei Estadual nº 1.177, o Patrimônio do Santa Cruz do Avanhandava é elevado à condição de distrito de paz de São José do Rio Preto e passa a se chamar "Villa de Pennapolis", em homenagem ao recém falecido presidente da República Afonso Pena, grande incentivador das ferrovias.
Em 16 de dezembro de 1910, pela Lei Estadual 1.225, o Distrito de Paz de Penápolis é transferido para o município e comarca de Bauru. Pela mesma lei, é incorporado a Penápolis todo o território pertencente ao, então, extinto distrito de Itapura.
Dentro do município de Penápolis, em 1914 é criado o distrito de paz de Birigui, em 1917 o de Araçatuba, em 1919, o de Promissão, em 1920, o de Glicério e em 1934, o de Alto Alegre.
A Câmara Municipal de Penápolis foi instalada em 11 de maio de 1914.
O município foi elevado à condição de comarca, em 10 de outubro de 1917, pela Lei nº 1.557. A instalação da Comarca de Penápolis ocorreu a 27 de julho de 1918. Nos documentos anexados ao Projeto de Lei nº 3, que deu origem à Lei que criou a comarca, há uma estatística que informa que em agosto de 1915, Penápolis contava com 2.549.826 pés de café produzindo, plantados por 287 proprietários.
Hoje, a comarca de Penápolis abrange sete municípios: Penápolis, Glicério, Braúna, Alto Alegre, Avanhandava, Luiziânia e Barbosa.
Hidrografia
A hidrografia de Penápolis é constituída pelo Rio Tietê
Economia
Fontes de renda e riqueza

No início de sua povoação floresceram a indústria extrativa e a madeireira, as lavouras de café e de cana-de-açúcar, a pecuária de corte e o transporte de carga por carros de boi e por ferrovia. Mais tarde surgiu a indústria de laticínios.
Atualmente conta com uma agroindústria canavieira, a pecuária, lavouras de café. Penápolis possui um distrito industrial e um comércio diversificado. O Gasoduto Brasil Bolívia corta Penápolis na altura da estrada de Alto Alegre porém não abastece a cidade. A indústria canavieira desde alguns anos tem se expandido a ponto de se constatar que a agricultura familiar e a bacia leiteira não existem mais. A indústria canavieira está atualmente em severa crise prejudicando milhares de trabalhadores.
Ecologia
A região de Penápolis era inicialmente muito rica em fauna e flora com centenas de árvores frondosas à beira dos rios, especialmente as perobeiras, e hoje, pouco disto restou. A pecuária extensiva está praticamente desaparecida hoje assim como os cafezais. Predominando atualmente, na paisagem rural, a monocultura canavieira e pequenos cursos d'água assoreados e em processo de desaparecimento. A cidade sofre com a poluição causada pela queima da cana-de-açúcar na época da colheita. Penápolis teve parte de suas terras inundadas pela represa de Nova Avanhandava, especialmente nos ribeirões Lageado e no córrego dos Pintos.
Turismo
As atrações turísticas de Penápolis e região são as praias às margens do Rio Tietê, museus, parques públicos, a primeira casa da cidade, represas, clubes de campo e a Exposição Nacional de Orquídeas em julho e a Festa do Peão alem da cavalgada no dia de São Francisco.
O monumento mais importante dedicado aos pioneiros de Penápolis está no Cemitério do Lageado, a vala comum dos pioneiros mortos pelos índios em 1883, o qual está abandonado.
Cultura e Ensino
A cidade abriga a "Orquestra Penapolense de Música de Raiz", que divulga a música caipira.
Ensino Superior
A cidade conta com a Fundação Educacional de Penápolis (Funepe) e a Fafipe que mantém 10 cursos universitários e 3 cursos técnicos, recém inaugurada faculdade de medicina de Penápolis, existem na cidade cursos oferecidos na modalidade de ensino a distância como a Unopar (funciona nas dependências do Oceu), a Unip Interativa (funciona nas dependências da escola de idiomas Upgrade), e a Ulbra (que funciona anexado a escola preparatória para concursos Êxito).
Museus
A cidade conta com os seguintes museus.
- O MUSEU DO SOL possui em seu acervo desenhos, entalhes, esculturas, gravuras e pinturas, criadas por artistas nacionais e estrangeiros. Considerado o primeiro museu de arte Naif da América Latina, foi fundado em 1972 na cidade de São Paulo com a proposta de “tirar os artistas ingênuos da penumbra” e, por decisão da sua fundadora, Iracema Arditi, transferido para Penápolis em 1979, onde abriu suas portas em outubro de 1980. Ele se reveste de importância nesta área, graças à particularidade dos autores no contexto da arte primitiva brasileira, demonstrada através de a qualidade das suas obras.
- MUSEU HISTÓRICO E PEDAGÓGICO MEMORIALISTA GLÁUCIA MARIA DE CASTILHO, que está instalado no antigo prédio da Prefeitura, construído em 1930. Nele poderão ser vistas fotografias e objetos utilizados pelos primeiros habitantes da região, proporcionando aos visitantes uma viagem ao longo dos mais de cem anos de existência do Município.
- MUSEU DO FOLCLORE, que surgiu como um dos objetivos do Centro de Folclore da Fundação Educacional de Penápolis–FUNEPE – entidade criada pelas primeiras turmas de Educação Artística, da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Penápolis – FAFIPE - em 1974, com estatuto redigido em 1975 e aprovado em 1977.
As peças que deram início ao seu acervo foram coletadas através de Pesquisas de Campo, realizadas por equipes de alunos da FAFIPE, da Faculdade Auxilium de Lins – FAL – e por pessoas da sociedade penapolense interessadas em folclore.
Hoje, além das peças coletadas pela diretora do Museu, com apoio da Prefeitura, ainda o Museu recebe muitas doações feitas por visitantes.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

TOMÉ-AÇU - PARÁ

Tomé-Açu é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente a Mesorregião do Nordeste Paraense e município polo da Microrregião de Tomé-Açu.
Geografia
Localiza-se no norte brasileiro, a uma latitude 02º25'08" sul e longitude 48º09'08" oeste, estando a uma altitude de 45 metros do nível do mar. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 64.030 habitantes, distribuídos em 5.145,325 km² de extensão territorial.
História
Os primeiros habitantes próximos ao Rio Acará-Mirim foram os índios Tembé. Anos depois o português José Maria de Carvalho, Visconde de Santa Cruz, ocupou o território; sendo o primeiro comerciante de madeira na foz do igarapé Tomé-Açu. Logo após foi transformado na Fazenda Bela Vista com o Sr. Agapito Joaquim de Cristo, que adquiriu, por aforamento, o terreno.
Origem e evolução da história do município
Os primeiros habitantes da região do Rio Acará-Mirim foram identificados como Tembé, cujas tribos cultivavam uma agricultura de subsistência. Faziam parte da nação Tenetehara, que em tupi guarani significa: “nós somos gente verdadeira”, os quais partilhavam com os índios Guajará do Estado do Maranhão a mesma língua e tradição culturais.
O primeiro homem branco que ocupou o território de Tomé-Açu foi o português José Maria de Carvalho, que também foi o primeiro comerciante de madeira na foz do Igarapé Tomé-Açu, sendo atualmente Fazenda Tomé-Açu. Logo após o comércio madeireiro chegou o Sr. Agapito Joaquim de Cristo, que adquiriu, por aforamento, o terreno onde hoje está localizada a cidade de Tomé-Açu, que naquela época foi denominada de Fazenda Bela Vista.
A chegada dos primeiros colonos japoneses
Segundo Violeta Loureiro, na sua construção da História Social e Econômica da Amazônia, refere-se que, no ano de 1926, meio tardio em relação à outros estados do Brasil, se dirigiu ao Pará um grupo de "cientistas" japoneses que tinham como missão localizar áreas nas quais pudessem ser instaladas colônias agrícolas e, a partir delas, dinamizar a economia através do desenvolvimento de culturas, assim como de práticas modernas de cultivo.
O resultado do trabalho levou à identificação de áreas no Estado do Amazonas (em Manacapuru) e no Estado do Pará (Baixo Amazonas, Santarém, Monte Alegre e Tomé-Açu).
Com a implantação da Companhia Nipônica de Plantação do Brasil em 1929. Fazenda Bela Vista foi vendida à Companhia Nipônica, que instalou na mesma a Administração Central da Companhia, quando chegaram os primeiros colonos japoneses (42 famílias, num total de 189 pessoas muito menos em comparação a cidades como São Paulo, Curitiba e Campo Grande) as mesmas que, amparadas por certo volume de capital, assim como por uma tradição milenar na agricultura, ficaram instaladas no lugar.
No início as famílias plantavam arroz e hortaliças, onde, devido ao isolamento do lugar, encontraram um imenso desafio para escoar a produção muitas dessas famílias não se acostumaram ao clima da região norte e migraram para o sudeste, centro-oeste e sul.
No ano de 1933 um navio com imigrantes japoneses, a caminho do Brasil, aportou em Singapura devido a morte de uma imigrante. Esse fato doloroso teve reflexos positivo na comunidade japonesa estabelecida em Tomé-Açu, posto que, o chefe da embarcação adquiriu 20 mudas de uma planta daquela região que tem por fruto a pimenta-do-reino, apelidado de "ouro negro" da Amazônia. Através dos imigrantes japoneses Tomé-Açu tornou-se então o maior produtor mundial de pimenta-do-reino, onde cinco mil toneladas eram colhidas por ano, após a Segunda Guerra Mundial. Mesmo após a decadência da pimenta-do-reino, ainda hoje, Tomé-Açu continua sendo a maior produtora brasileira da dita especiaria.
Mesmo suas plantações sendo atacadas pela fusariose, os japoneses não desistiram da pimenta-do-reino, combateram a doença, mas isso abriu oportunidades para os imigrantes japoneses começarem o cultivo de outras culturas tropicais, como a açaí, também chamado de "ouro negro", onde o Pará se destaca como principal produtor da fruta. O crescimento das exportações do açaí foi de tal forma que chegou a despertar atenção de grandes jornais como o francês “Le Monde” e o norte-americano “The New York Times”.
Através dos japoneses a região também se transformou na maior produtora de acerola do Brasil. Sendo na região do Nordeste Paraense a principal referência.
Também pela decadência da pimenta-do-reino por causa da fusariose na década de 1970 os imigrantes japoneses começaram a plantar cacau, que ganhou destaque e fez de Tomé-Açu o 6º maior produtor do estado. Sendo que quase 100% de todo o cacau produzido em Tomé-Açu segue o Sistema Agroflorestal, o SAF, tornando Tomé-Açu referência internacional em agricultura sustentável.
Desde 2008 os agricultores nikkeis de Tomé-Açu produzem o cacau fino.
A Segunda Guerra Mundial e o campo de concentração
Em decorrência da Segunda Guerra Mundial entre 1939 até 1945 a presença de imigrantes japoneses e de países do Eixo era vista com desconfiança, pois acreditava-se que eles poderiam ser agentes infiltrados. Na Região Norte não foi diferente, por exemplo, em Belém os militares atearam fogo em casas, queimaram a publicação em japonês, agrediram e apedrejaram os imigrantes japoneses.
Imigrantes de Belém, Parintins, Manaus e outras regiões foram obrigados a se submeter a uma situação de isolamento como em regime semelhante ao de campo de concentração nos confins do município de Acará, onde hoje se situa o atual Tomé-Açu. A escolha da região foi estratégica pois impedia, devido as barreiras naturais, animais selvagens,etc..., o contato com os outros imigrantes japoneses que viviam no mundo exterior.
Dentro do "campo de concentração", além de não possuírem qualquer tipo de comunicação ou estradas foi proibido de falar e ensinar o idioma japonês. O "campo de concentração" extinguiu-se em 1945, quando acabou a Segunda Guerra Mundial.
No período da segunda guerra mundial, o Governo Brasileiro interveio e transformou a Companhia Japonesa em campo de concentração. Com a vitória dos aliados e, consequentemente o fim da guerra, a Fazenda Bela Vista foi transformada em Colônia Estadual de Tomé-Açu. Os japoneses uniram-se e formaram uma sociedade, denominada de Sociedade Agrícola e Industrial de Acará – SAIA.
Igualmente, as crônicas históricas registram que se deve aos imigrantes japoneses a organização e êxito da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu que, chegou a ser considerada a melhor do ramo no Estado do Pará e, a mais importante do Brasil.
Instalada em 1931, com o nome de Cooperativa de Hortaliças, contava inicialmente com poucos associados. Após a segunda Guerra Mundial, a colônia japonesa viveu um período de grandes dificuldades, mas conseguiu se reerguer através do cultivo da pimenta-do-reino, com a União dos Lavradores, formada apenas por dezessete membros que continuavam em atividade. Em 1949 recebeu a denominação de Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (C.A.M.T.A), contando basicamente com os sócios da chamada União dos Lavradores, que havia sido fundada em 1946. A CAMTA era proprietária da lancha a vapor chamada de "Antonina" que era utilizada pela comunidade para transporte de passageiros e escoamento da produção da cooperativa para Belém do Pará.
A dinâmica da vida social, econômica e cultural do povoado de Tomé-Açu girou em torno da atividade agrícola e da Cooperativa. Reconhece-se que, desde a sua fundação, ela teve como fulcro das suas preocupações cuidar da manutenção de programas voltados para a saúde, a educação e o lazer de seus associados e familiares destes. No cumprimento desses propósitos, a Cooperativa passou a manter um hospital, postos de saúde e escolas, assim como patrocinara atividades sociais e esportivas, sem descuidar de suas atribuições principais para com a promoção da agricultura, a tecnificação dos agricultores e a assessoria de natureza creditícia, econômica e comercialização dos produtos por eles cultivados.
A criação do município
Tomé-Açu, como distrito de Acará, era considerado uma aglomeração urbana importante do município de Acará. Em 1952 os habitantes de Tomé-Açu iniciaram um movimento de emancipação política em relação a administração do município de Acará. O Governador do Estado, através da Lei nº 1.127 de 10 de maio de 1955, autorizou a criação do município de Tome Açu, juntamente com um conjunto de novos municípios e nomeação de novos prefeitos, porém o Supremo Tribunal Federal declarou a lei inconstitucional em 4 de outudro de 1955. O personagem nomeado pelo governador para esse período foi Anthódio de Araújo Barbosa, que se constitui no primeiro prefeito de Tomé Açu.
Terra da pimenta-do-reino e a origem do nome
Tomeaçuense é o adjetivo gentílico daquele que nasce no município de Tomé-Açu. Reza a tradição passada pelos primitivos habitantes locais que nas margens do Rio Acará Miri, nas proximidades do local que hoje está situada a cidade de Tomé Açu, existia um personagem, tuxaua de uma tribo dos Tembés, chamado Tomé, e por ser um homenzarrão tinha o apelido de Açu (língua indígena), então os índios o chamavam de Tomé-Açu. Esse nome passou a denominar o maior igarapé da cidade, posteriormente passou a nomear o distrito e também o município quando de sua emancipação política em 17 de março de 1959.
A extinção do município
Promulgada a Lei nº 1.127, com a finalidade de outorgar autonomia a região do distrito de Tomé-Açu e efetivar sua emancipação política do município de Acará.
Essa Lei, no entanto, foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em 20 de outubro de 1955. Sendo Tomé-Açu novamente reintegrado ao município de Acará. Os tomeaçuenses, não conformados, continuaram lutando e se organizando politicamente com vista a autonomia local.
Os habitantes do distrito de Tomé-Açu e a população da cidade de Acará criaram um clima de animosidade entre si e evitavam até mesmo se visitarem devido ao mútuo antagonismo reinante. Mais tarde o sentimento de inconformismo político se acentuou de tal maneira que os tomeaçuenses, entusiasmados, criaram um movimento político visando elegerem um representante local para concorrer a eleição para prefeito de Acará. Foi apresentado Ney Carneiro Brasil, da Coligação Democrática Acaraense, que concorreu com Manoel Paiva da Mota, candidato dos acaraenses (Cidade de Acará). Após um mês de campanha eleitoral os ânimos ficaram acirradíssimos, sendo necessário a presença de um destacamento policial para fazer a segurança no município, garantindo assim a ordem preservada . Nesse clima um episódio pitoresco foi marcante, o pedido de segurança do candidato a prefeito Ney Carneiro Brasil que, em visita a cidade de Acará durante a campanha eleitoral de 1958, se sentindo ameaçado por um grupo de senhoras da cidade de Acará que não queriam que o mesmo desembarcasse na sede do município sob alegavam que ele era culpado pela morte de um operário chamado Antônio (Mucuim) Silva. Desapontadoramente para a população de Tomé Açu o candidato tomeaçuense não conseguiu se eleger, fato que elevou ainda mais a desejo da população de Tomé Açu de buscar sua emancipação.
O restabelecimento do município
Quatro anos mais tarde, em 17 de março de 1959, o Governo do Estado promulgou uma nova Lei, a de nº 1.725, a mesma que conseguiu para Tomé-Açu sua elevação à categoria de município do Estado do Pará, constituindo-se como tal, com terras desmembradas do município de Acará, a qual lhe pertencia na condição de distrito.
A Câmara Municipal de Acará, sob vaias de sua população, em 9 de julho de 1959 aprovava o Projeto de Resolução nº 1 de autoria do vereador Zeferino Santos Maciel que, autorizava o Governador do Estado a desmembrar a área, hoje pertencente ao município de Tomé-Açu. Realizando-se, dessa maneira, o grande sonho dos tomeaçuenses. Assim, no dia 1 de setembro de 1959, foi instalado oficialmente pelo governador Luís Geolás de Moura Carvalho, o município de Tomé-Açu.
Economia
A economia do município e baseado na agricultura tradicional, hoje comercial como pimenta do reino, cultura do Açaí cultura da mandioca, cacau, cupuaçu, acerola, maracujá, pitaya, muruci, goiaba.
O município de Tomé-Açu é um município agrícola carinhosamente apelidada de A terra da Pimenta, pelo fato de que os primeiros japoneses a cultivavam nessa região e elevaram o Brasil, pela primeira vez, à condição de produtor mundial de pimenta-do-reino. Hoje também conhecido como polo industrial da cultura de dendê.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

CAMOCIM - CEARÁ

Camocim é um município brasileiro no estado do Ceará. Localiza-se na região intermediária de Sobral, tendo como seus limites territoriais os municípios de Barroquinha, Bela Cruz, Granja e Jijoca de Jericoacoara. Seu clima é tropical semiúmido, constitui uma região fisiográfica de caatinga arbustiva.
Possui uma área de 1.124,782 km² e uma população, conforme estimativas do IBGE de 2021, de 64.147 habitantes.
A antiga vila de Camocim foi fundada em 29 de fevereiro de 1879, e a cidade em 17 de agosto de 1889, emancipada de Granja. Vivenciou forte expansão econômica e verticalização no século XIX até o início do século XX, e em 2015 seu PIB figurava em 544,5 mil reais, estando entre as doze cidades brasileiras com população inferior a 100 mil habitantes mais desenvolvidas, enquanto o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em 2016, era de 0,620, considerado médio.
Detendo uma população em grande parte católica e evangélica, abriga a Igreja Matriz de Bom Jesus dos Navegantes, além de seis instituições de ensino médio, 39 de ensino fundamental, hospital e aeroporto. Com sessenta quilômetros de extensão de praias, tem grande potencial turístico. Todos os anos, a Praia de Maceió e a Ilha da Testa Branca — também conhecida como Ilha do Amor —, ambas promulgadas Áreas de Proteção Ambiental (APA), recebem diversos visitantes devido suas belezas encantadoras.
História
Primeiros povos e período colonial

Antes do século XVI, o território no qual Camocim localiza-se atualmente, como a grande maioria do litoral brasileiro, era ocupado por povos indígenas, tais como Tabajaras, Tremembés, Jenipaboaçus e Cambidas. O topônimo camocim, cambucy, camucym ou camotim vem do tupi-guarani e, segundo Silveira Bueno e Gonçalves Dias, significa "buraco ou pote para enterrar defunto". Provavelmente o nome do município é uma alusão ao ritual funerário dos Índios Tremembés.
Os franceses foram os primeiros a praticar escambo com os povos nativos da região, antes mesmo das primeiras expedições portuguesas, que só chegaram ao local na segunda metade do século. Ao chegarem, os portugueses tiveram como objetivo o reconhecimento de todo local, desde Tutóia, no Maranhão, aos limites entre Ceará e Rio Grande do Norte. Este mapeamento serviria para organizar os confrontos com os franceses que ocupavam o território maranhense.
Diversas cartas topográficas, datadas no século XVII, já descrevem o rio Coreaú, na época chamado de Rio da Cruz pelos exploradores e de Croahiú pelos nativos. Em 1535 fundou-se a Capitania do Ceará, como parte da colonização portuguesa. Com a exploração do restante do país, a região foi desocupada pelos portugueses e sofreu várias invasões de corsários. Conforme Pero Coelho de Sousa, que passou no território em direção a Ibiapaba em 1604, houve diversos conflitos e também intercâmbio entre os povos nativos e os europeus, tais como os franceses, neerlandeses e também ingleses.
Em 1613, a área foi conquistada pelos neerlandeses, que permaneceram no solo até 1649. Nessa época surgiu a ideia da estruturação de uma fortaleza que protegeria os assentamentos portugueses de ataques e também impossibilitaria o escambo com outros povos. Em 1700, o Padre Ascenço Gago ordena o aldeamento de tribos em Ibiapaba e Tabainha. A agricultura e pecuária foram inseridas às atividades locais em 1792, com a chegada de moradores de Tutóia, no Maranhão. Um desses migrantes, Gabriel Rodrigues da Rocha, tornou-se responsável pelo porto.
Período imperial e republicano
Em 1877, a região chamava-se Barra do Camocim e pertencia ao município de Granja. Em junho do ano seguinte, o conselheiro João Lins Vieira ordenou a construção de uma ferrovia na região, esta percorreria até Sobral e pretendia radicalizar os impactos da seca. Pela lei provincial n.º 1.849, de 29 de fevereiro de 1879, foi intitulada somente como Camocim e declarada vila. Em 26 de março, José Júlio de Albuquerque Barros deu inicio oficial a construção da ferrovia, que teve seu primeiro trecho, de 24,5 quilômetros, concluído em 15 de janeiro de 1881.
O projeto chegou a Sobral em 31 de dezembro de 1882, com 128,9 quilômetros, nesta época foram trazidas da Filadélfia, Pensilvânia, cinco locomotivas e 52 carros. Como consequência da linha férrea, houve o aumento do tráfego de pessoas e rapidamente a vila tornou-se a principal exportadora do Ceará. No dia 17 de agosto de 1889, o mesmo ano da proclamação da república, em virtude de uma boa economia Camocim foi elevada a cidade pela lei provincial n.º 2162. Em 11 de fevereiro do ano posterior foi criado o distrito de Guriú, e em 7 de junho de 1893 o de Barroquinha.
Em maio de 1910, a empresa The South American Railway Construction Limited tornou-se responsável pela ferrovia. A criação do Bloco Operário e Camponês na década de 20 proporcionou a expansão do comunismo até a região. Fundado em 1928, Camocim foi o primeiro município do interior do Ceará a deter a presença do Partido Comunista do Brasil. O jornalista Francisco Theodoro Rodrigues, principal responsável pela fundação partidária, chegou a cidade em 25 de março e, devido a repressão policial, foi condenado a três meses de prisão em 9 de abril, sendo levado ao Rio de Janeiro, onde permaneceria até 1935.
Segundo relatório do delegado Faustino do Nascimento enviado ao interventor Manuel Fernandes Távora, outras cinquenta pessoas haviam sido presas por seguirem a mesma ideologia. Em 24 de junho de 1936, dois militantes comunistas foram fuzilados pela polícia, este acontecimento tornou-se conhecido como Massacre de Salgadinho. Nessa época, a sigla possuía mais de oitocentos filiados. Segundo Theodoro Rodrigues, Júlio Veras, comandante da Força Pública e filho do opositor Thomaz Zeferino Veras, lhe impediu de desembarcar no Porto do Mucuripe. O mesmo só voltou a Camocim em 1945.
"Os burguezes tem lançado mão de todos os meios para que eu abandone Camocim. Tem feito um boycote terrível ao humilde jornal que dirijo. Este boycote começou desde o momento que reconheceram que o mesmo jornal não elogiava Moreirinha, Mattos Peixoto, Washington Luís, Getúlio Vargas, Juarez e outros políticos [sic]".
Com a urbanização, diversos distritos se tornariam municípios: Chaval, pela lei estadual nº 1.153, em 22 de novembro de 1951 e Barroquinha, pela lei estadual nº 6553, em 1 de julho de 1963. Por ser considerada ramal, a ferrovia foi fechada em 24 de agosto de 1977 sob protestos; Já haviam ocorrido tentativas em janeiro de 1950, mas o fechamento só ocorreu 27 anos após. A última locomotiva em funcionamento foi a de nº 611, tendo como maquinista Raimundo Nonato de Castro.
Geografia
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, o município pertence a região geográfica intermediária de Sobral e imediata de Camocim. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte do litoral de Camocim e Acaraú, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Noroeste Cearense.
O município tem como limites o Oceano Atlântico ao norte; Granja ao sul; Barroquinha a oeste; Jijoca de Jericoacoara e Bela Cruz a leste. Com 1.158 km², Camocim é a trigésima sexta maior cidade do Ceará em área territorial. A vegetação de Camocim tem características semelhantes às de outras cidades litorâneas. O território é coberto pela caatinga arbustiva no interior, e por tabuleiros costeiros, mangue e coqueirais no litoral. O território possui altitude média de oito metros.
Clima
Camocim possui clima tropical semiúmido (tipo As, segundo a classificação climática de Köppen-Geiger), com temperatura média anual em torno dos 26° C. Sem ter exatamente definidas as estações do ano, há a estação das chuvas, de janeiro a junho, julho é a transição da estação chuvosa para a seca, e a estação seca, de agosto a dezembro. O índice pluviométrico anual é superior a 1.350 milímetros (mm)
Hidrografia
O território de Camocim ocupa 10% do litoral cearense, aliás a principal forma de turismo são as praias. As mais visitadas são a Praia do Maceió, que destaca-se pela beleza rústica: Areia clara e mar agitado, com ondas propícias para o banho e para a prática de esportes aquáticos, como surfe e kitesurf; Praia das Barreiras, que fica a 3 quilômetros do centro e possui falésias com areia alaranjada; E a Ilha da Testa Branca, também conhecida como Ilha do Amor, localizada na frente do município.
Camocim também tem outras praias: A Praia do Guriú, com águas calmas e mornas; Praia da Tatajuba, que possui dunas com um coqueiral; Praia das Imburanas e das Caraúbas, ambas quase desertas e utilizadas para ecoturismo; Praia de Barrinha, que contém dunas, ondas calmas e a Praia do Xavier como continuação; Praia Barra dos Remédios, onde ocorre o encontro do rio Coreaú com o mar.
Economia
No município prevalece o setor primário; Na agricultura destaca-se a extração de sal marinho, a pesca, além da colheita de caju, arroz sequeiro, mandioca e feijão; Na pecuária encontra-se a criação de bovinos, suínos e avícola. A comercialização de leite tornou-se abundante na década de 80, a mesma empregou diversos trabalhadores rurais até 1990, mas entrou em declínio com o surgimento da indústria Lassa, em Sobral.
No município também há a presença do setor secundário e terciário. Duas das primeiras empresas que estiveram em Camocim foi a Saboaria Stella, pertencente ao italiano João Baptista Gizzi, e a Booth Line, uma empresa inglesa de rebocadores, que surgiu em 1935. Na atualidade a Democrata Nordeste Calçados é uma das principais empresas do município. Ela se originou em 1983, em Franca, São Paulo, e chegou em 1997 na cidade. Segundo dados de 2006, a Democrata emprega mais de 500 funcionários que produzem mais de sete mil pares de sapatos por mês.
Educação
Em 2010, 17,3% da população era analfabeta, 19.996 pessoas estavam frequentando a escola naquele ano. A taxa de escolarização era de 97,8, o 64.º melhor do estado. Em 2015, os alunos dos anos inicias do ensino fundamental obtiveram, em média, nota 5,8 e dos anos finais de 4,6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
Em 2017, trinta e nove escolas ofereciam ensino fundamental, uma das primeiras foi o Instituto São José, de caráter particular, inaugurado em 19 de março de 1950 e administrado desde janeiro de 1954 pelas Irmãs Capuchinas. Seis escolas ofereciam ensino médio, dente elas a Escola Monsenhor José Augusto da Silva, que foi fundada na década de 80. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), os discentes obtiveram menor rendimento na redação e melhor desempenho na área das ciências humanas durante o Exame Nacional do Ensino Médio de 2018 (ENEM).
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

PENEDO - ALAGOAS

Penedo é um município brasileiro do estado de Alagoas localizado ao sul do estado, às margens do Rio São Francisco, na divisa com o estado de Sergipe. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 64.005 habitantes.
História
O nome Penedo originou-se de a grande pedra. O povoado, fundado por Duarte Coelho de Albuquerque (filho de Duarte Coelho Pereira), das principais cidades históricas do Brasil, foi elevado a vila de São Francisco em 1636 e em fins do século XIX passou a ser denominada Penedo do Rio São Francisco. Sua arquitetura atrai turistas de numerosas origens. A Igreja de Santa Maria dos Anjos é uma das obras primas mais visitadas.
Entretanto, os historiadores alagoanos discordam quanto a sua origem. Uns dizem que a criação do povoado está relacionada a Duarte Coelho Pereira, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco. Os que discordam, afirmam que o responsável foi Duarte Coelho de Albuquerque, segundo donatário da Capitania, que herdou do pai. Entre os que defendem essa hipótese está Craveiro Costa, para quem a conquista de Alagoas começou em 1560. Duarte Coelho de Albuquerque organizou duas bandeiras, uma com destino ao norte de Olinda e outra para o sul. A bandeira que se dirigiu ao sul, à qual se incorporaram o próprio Duarte Coelho de Albuquerque e seu irmão, atingiu o rio São Francisco entre 1560 e 1565 e teria dado origem ao povoado.
A primeira sesmaria registrada na região data de 1596; outras foram distribuídas e, a partir de 1613, na sesmaria recebida por Cristóvão da Rocha, acredita-se ter sido fundado oficialmente o povoado.
Economia e turismo
Sua principal fonte de renda provem da atividade primária, com o coco, o arroz, a pesca e a cana-de-açúcar.
A cidade de Penedo foi incluída como um dos sete destinos turísticos pelo fórum mundial de turismo de 2005 do Movimento Brasil de Turismo e Cultura (MBTC). O MBTC, é uma iniciativa de ação contínua, que tem como missão estimular o desenvolvimento local sustentável através do turismo e da valorização da cultura. As ações e iniciativas do forum são identificadas pela marca destinations. E como dito a cidade do Penedo foi lançada como um destes destinos turísticos.
Merece especial atenção na cidade a Fundação Casa do Penedo, fundada em 1992, tem por objetivo a preservação da memória da cidade, em especial do seu patrimônio artístico e cultural. A Fundação Casa do Penedo, em sua sede própria - na rua João Pessoa 126 -, tem uma biblioteca e hemeroteca especializadas, um arquivo iconográfico e documental informatizado. Mantém exposição permanente contando a história do Penedo; divulga e relança obras, incentiva manifestações artísticas em todas as suas formas, com Biblioteca com mais de 20 mil títulos, acervo fotográfico Augusto Malta. Sala Barão do Penedo (painéis fotográficos e objetos pessoais), Sala Elísio de Carvalho (fotos e obras literárias), Sala dos Artistas (originais e réplicas de esculturas de artistas penedenses), Auditório Valdir Batinga (capacidade 50 pessoas, nas paredes reproduções de jornais), Sala Dom Pedro II (registros fotográficos e pictóricos das duas passagens de D. Pedro), Sala da Cidade (galeria com políticos penedenses além de visitantes ilustres), Sala de Exposições Transitórias - para celebrar fatos históricos e acontecimentos culturais.
Penedo já foi sede de um dos maiores eventos cinematográficos brasileiro, o Festival de Cinema que reunia artistas brasileiros renomados. É uma cidade essencialmente católica e de povo acolhedor.
Patrimônio histórico
O Centro Histórico do Penedo foi tombado em 1996 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A cidade também tem parte de seu patrimônio histórico preservado, com destaque para o Paço Imperial, hospedagem de Dom Pedro II em 1859, onde estão expostas porcelanas, mobiliário e objetos que contam parte da história da cidade e do Brasil. O ilustre visitante, segundo conta o imaginário popular, teria dito que "o local é muito bonito e creio que deveria estar aqui a capital da Província".
Outras edificações de destaque são a Igreja Nossa Senhora da Corrente, a Igreja e o Convento de Nossa Senhora dos Anjos, do século XVIII, com detalhes barrocos; e a Igreja de São Gonçalo Garcia. A cultura ribeirinha, expressa pela localização da cidade às margens do Rio São Francisco, também é encontrada nos casarios e ruas de Penedo. Sua principal fonte de renda vem da atividade primária.
Clima
Em Penedo, o verão é longo, quente e de céu parcialmente encoberto; o inverno é curto, morno, com precipitação e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo e de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 22 °C a 32 °C e raramente é inferior a 20 °C ou superior a 34 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Penedo e realizar atividades de clima quente é do fim de junho ao meio de outubro.
Referências para o texto: Wikipédia e Weather Spark .

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

PIRIPIRI - PIAUÍ

Piripiri é um importante município brasileiro do interior do estado do Piauí, localizada na Região Nordeste do Brasil. Conforme estimativas do IBGE do ano de 2022 sua população era de 63.829 habitantes, sendo a 4ª (quarta) cidade mais populosa do Estado do Piauí, e detentora do 8º (oitavo) maior PIB piauiense. Sendo considerada uma cidade média, figura entre as cinco cidades mais importantes do estado, sendo um município com expressiva relevância estadual e de grande notoriedade regional, complementa a Região Geográfica Intermediária de Parnaíba e Sedia a Região Geográfica Imediata de Piripiri, o que lhe confere o título de cidade polo regional. Nesse contexto, tem se fortalecido economicamente, o que se dá pelo desenvolvimento municipal em setores e segmentos diversificados, desde os serviços básicos, como saúde, educação, até o forte comércio municipal, alinhado ao agronegócio e ao acentuado crescimento imobiliário, seguido pela construção, que impulsionam o PIB do município.
Segundo a revista Exame, Piripiri encontra-se entre as 50 melhores cidades do interior parar se viver, característica associada ao seu privilegiado posicionamento geográfico no noroeste do Estado do Piauí e ao nordeste do Estado do Ceará, o que lhe confere o posto de Cidade-satélite, assim como o município de Crateús do Ceará (lado cearense da Serra da Ibiapaba), a condição de se consolidar como grande polo comercial regional do Piauí, como do Ceará, já que ambos os municípios são os dois maiores centros econômicos, culturais, comerciais e populacionais na região da Serra da Ibiapaba (Serra Grande).
O clima de Piripiri é tipicamente tropical, quente e seco, com uma temperatura média de 26,2 graus Celsius e com uma altitude de 170 metros, O acesso rodoviário é feito pela BR-222, que liga o Piauí ao Ceará, Maranhão e ao Pará, todavia o município situa-se entre duas grandes capitais da região nordestina, distando 165 km da capital estadual, Teresina, (com acesso principal a cidade no entroncamento da rodovia BR-343) e distando 442 km de Fortaleza, capital do Ceará. (acesso pela rodovia BR-222). o município também compõe a Área de Proteção Ambiental Serra da Ibiapaba.
A cidade é nacionalmente conhecida pelo clube de futebol da cidade o 4 de Julho Esporte Clube, por ser a cidade natal do humorista João Cláudio Moreno e por comemorar o aniversário de emancipação política no dia 4 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos Piripiri também é nacionalmente conhecida por suas alcunhas como "A Capital Piauiense do Humor", "Cidade dos quatro iís" "Capital da Serra Grande Piauiense", "Terra de Nossa Senhora dos Remédios" e "Capital do Mundo".
História
Até o início da colonização portuguesa, no século XVI, a região era habitada pelos índios tremembés.
O padre Domingos de Freitas e Silva é considerado o fundador da cidade. Em 1844, ele começou a cultivar as terras que dariam origem ao engenho Anajás, produtor de cachaça e rapadura. Posteriormente, o padre dividiu o terreno da fazenda em lotes e os doou a quem quisesse morar ali, o que deu origem à cidade. Em 1860, Piripiri se tornou distrito de paz. Em 1874, foi elevada à categoria de vila. Em 1884, foi fundada a primeira igreja matriz da cidade. Em 1910, Piripiri tornou-se município autônomo. Em 1954, foi construído o convento e a atual igreja matriz da cidade, pelos frades franciscanos. Em 1987, foi fundado o Museu de Piripiri.
Atrações turísticas
A cidade de Piripiri desenvolve seu potencial turístico com os seguintes atrativos:
- Açude Caldeirão - Está localizado a 9 quilômetros da cidade e conta com uma capacidade de 54.600.000 metros cúbicos de água. Bastante utilizado como fonte de lazer com vários bares e restaurantes, movimentado o ano inteiro
- Pilões - Situado entre a zona de Piripiri e o açude Caldeirão, é um conjunto de formações rochosas, com fauna e flora do cerrado e água para mergulho. De difícil acesso,sendo feito a pé por veredas entre mato, moitas e pedras.
- Museu Perypery - Museu estabelecido em um prédio onde funcionava uma agência bancária e uma casa de festas. Conta com várias peças que resgatam a história de Piripiri.
- Parque Municipal Cachoeira da Conceição - Também conhecida como Cachoeira dos Ricos - Com 28 hectares de floresta nativa, está localizado distante do centro. Possui uma piscina natural e áreas para lazer.
- Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios - Construída pelos Frades Menores na década de 1950 com base na Catedral de São Paulo, em Münster, na Alemanha. É o local onde é realizada a festa religiosa da padroeira da cidade, uma das maiores da região, atraindo centenas de turistas.
- Memorial Expedito Resende - Erguido em 1985 e é mantido pelo Governo do Estado. Possui peças em exposição do Embaixador Expedito Resende, um auditório com capacidade para 200 pessoas, e ainda uma biblioteca com cerca de 2 mil obras.
- Biblioteca Municipal Casa das Letras - Funciona onde era uma antiga Usina de Energia. Recebe vários estudantes e professores por dia. Atualmente conta com uma biblioteca com cerca de 5 mil livros.
- Praça de Eventos Arimatéa Sousa - Funciona em um local onde se encontrava a antiga Estação Ferroviária da cidade, e conta com um grandioso espaço que recebe eventos de muito público.
- Açude Anajás - Local que é pouco utilizado como lazer, e principalmente é utilizado por pescadores por ter grande quantidade de peixes.
- Praça da bandeira - Principal praça em frente à igreja matriz de Nossa Senhora dos Remédios.
- Santuário de Nossa Senhora dos Remédios - Localizado no Morro da Saudade, possui uma grande estátua da santa padroeira do município.
Bibliotecas
Piripiri conta com as seguintes bibliotecas: Biblioteca Municipal Casa das Letras, criada por lei municipal em 10 de novembro de 1937; Biblioteca da UESPI; Biblioteca da Unidade Escolar José Narciso da Rocha Filho; Biblioteca Desembargadora Nídia de Assunção Aguiar; Biblioteca Centro Educacional SESC LER Piripiri; Biblioteca do IFPI.
Universidades
A cidade conta com quatro instituições que oferecem cursos de graduação superior: Universidade Estadual do Piauí; Cristo Faculdade do Piauí (CHRISFAPI); Instituto Federal do Piauí (IFPI); Universidade do Norte do Paraná - UNOPAR.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a partir de 1976 a temperatura mínima absoluta registrada na estação meteorológica da cidade foi de 15 °C, em 25 de junho de 1984, e a máxima absoluta chegou aos 41 °C, em 19 de outubro de 2016. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 176,6 mm em 11 de fevereiro de 2017.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

MAUÉS - AMAZONAS

Maués é um município brasileiro no interior do estado do Amazonas. Pertencente à Mesorregião do Centro Amazonense e Microrregião de Parintins, sua população é de 66.159 habitantes, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021. A cidade é reconhecida nacionalmente por possuir uma das maiores expectativas de vida do Brasil.
História
Na margem direita do Rio Maués-Açu foi fundada, em 1798, por Luiz Pereira da Cruz e José Rodrigues Preto, à distância de 268 km, em linha reta, e 356 km, pela via fluvial, de Manaus, e são datas festivas municipais em homenagem à São Sebastião (10 a 20 de janeiro), ao Divino Espírito Santo (22 a 30 de maio), a São Pedro (27 a 30 de junho), à padroeira Nossa Senhora da Conceição (01 a 8 de dezembro), assim como a Festa do Carnaval Popular (21 a 24 de fevereiro), do aniversário do município (26 a 27 de junho), da Ilha de Vera Cruz (23 a 25 de julho), do Verão (de 05 a 7 de setembro), da Feira Industrial (06 a 8 de novembro), e do Guaraná (em novembro).
Inicialmente, foi denominada Luséa, e progredindo com o tempo transformou-se em missão carmelita, com nome de Maués. O líder, nessa época, foi o frei Joaquim de Santa Luzia. Por um decreto de 25 de junho de 1833 a missão foi considerada vila, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição de Luséa.
Em 1853, pela Lei nº 25, de 3 de dezembro, da iniciativa do Deputado Marcos Antônio Rodrigues de Souza, a vila tornou-se cidade, chamada São Marcos de Mundurucânia.
Consta como uma das freguesias da província, denominada Maués, em 1858
O Deputado José Bernardo Michiles, em 1865, apresentou projeto, tendo sido aprovado, pela mudança do nome de Maués para Conceição.
Enfim, já na República, em 1895, pela Lei nº 133, de 5 de outubro, a localidade torna-se Comarca. E em 4 de maio de 1896 é considerado município pelo novo regime jurídico, com o nome de Maués, pela Lei nº 137.
Geografia
Clima

As temperaturas máximas chegam a 35° e as mínimas em média a 22° [8] O clima é equatorial Af, na classificação de Köppen-Geiger.
Vegetação
A vegetação do município está classificada como Floresta tropical densa.
Economia
A economia do município gira, principalmente, em torno do guaraná. O município exporta cerca de 300 toneladas por ano. O município também produz em pequena escala outras culturas como, avicultura, pecuária e pescado, que também têm impacto significativo na economia.
Cultura e cidadania
Carnaval

O Carnaval Popular de Maués é um dos mais tradicionais do estado do Amazonas. O evento atrai um grande número de turistas a cidade.
Movimenta muitos foliões que se organizam em diversos blocos como Viracopu's, Kbeça de Touro, Os Mortos Vivos, Os Brotinhos, Toca Folia e Estivadores. Quatro escolas de samba disputam o carnaval da cidade na Avenida Dr. Pereira Barreto: a tradicional GRES Em Cima da Hora do famoso bairro da Maresia, a Império Verde e Rosa do centro da cidade, Mocidade do bairro de Santa Luzia e a novata GRES Unidos do Ramalho Júnior localizada no bairro Ramalho Júnior.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

IPIXUNA DO PARÁ - PARÁ

Ipixuna do Pará é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente à Mesorregião do Nordeste Paraense e sede da microrregião do Guamá.
História
Em 1958 chegou à região o pioneiro Sr. Leonardo Manoel do Carmo, que, juntamente com sua família, composta de treze pessoas, se constituíram nos primeiros habitantes do que hoje é a Sede do Município. O primeiro passo foi construir uma morada e, em seguida o roçado. No seu rastro vieram Idelfonso Ribeiro ,Irineu Farias, Antonio Cipriano e Manoel Henrique.
Na esteira do pioneirismo surgiu a primeira casa de comércio, em 1960, de Vicente Fortunato. Em seguida, Raimundo Maracanã abriu outro comércio às margens do Rio Ipixuna, sendo da mesma época a instalação de um posto de gasolina, no antigo trecho da Belém-Brasília.
Preocupada com a orientação espiritual, a comunidade reuniu os fiéis e juntos construíram uma igreja, na qual foi entronizada a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A torre do templo religioso fazia frente para a antiga rodovia e tinha o formato de um dedo, que segundo reza a lenda, era o dedo de Deus conclamando os fiés para a reza.
A localidade era conhecida por km 108. Mais tarde, em função do rio que corta o município, passou a denominar-se de Ipixuna, nome de origem indígena – TUPI-GUARANI, que significa “Rio de Águas Escuras”.
Com os incentivos de vários programas governamentais visando à ocupação da Amazônia, - provocando intenso processo migratório à região, principalmente de nordestinos, construiu-se a Vila de Ipixuna. Depois do impacto inicial, fomentado por incentivos fiscais da antiga SUDAM, que fizeram surgir grandes empreendimentos rurais, Ipixuna passou por um período de estagnação, gerado principalmente pelo descaso e a indiferença dos administradores do então Município de São Domingos do Capim. Esses fatos fizeram surgir no seio da sociedade o ideal da emancipação política, o que veio a ocorrer em 13 de dezembro de 1991, através da Lei Estadual nº 5.690. Em 1º de janeiro de 1993, instalou-se o Município, com o nome de IPIXUNA DO PARÁ, nesse evento deu-se a posse do primeiro Prefeito, Antonio Araújo de Lima e Vereadores eleitos no pleito de 1992.
Geografia
Ipixuna do Pará localiza-se na Mesorregião Nordeste paraense, Microregião do Guamá, limitando-se com os Municípios de Paragominas, Goianésia, Breu Branco, Tailândia, Tomé-Açu, Aurora do Pará, Capitão Poço e Nova Esperança do Piriá. A sede do Município está à 250 km da Capital do Estado-Belém, ligada por via rodoviária, rodovia BR-010 e por via fluvial através do Rio Capim. Possui as seguintes coordenadas geográficas: 02º 33’ 03“ de latitude sul e 47º 30’ 06” de longitude oeste de Greenwich, estando a uma altitude de 50 metros.
O município possui uma área de 5.215,555 km² com uma população, conforme estimativas do IBGE de 2018, de 62.455 habitantes, o que lhe confere uma densidade demográfica de 9,84 habitantes por km². A área urbana conta com 12.227 mil pessoas residentes, segundo Censo Demográfico 2010.
Clima
Ipixuna do Pará tem um clima tropical. Na maioria dos meses do ano, existe uma pluviosidade significativa em Ipixuna do Pará. Só existe uma curta época seca e não é muito eficaz. De acordo com a Köppen e Geiger o clima é classificado como Am. Em Ipixuna do Pará a temperatura média é 26.7 °C. A pluviosidade média anual é 2098 mm. Quando comparados o mês mais seco tem uma diferença de precipitação de 350 mm em relação ao mês mais chuvoso. Ao longo do ano as temperaturas médias variam 0.8 °C. 27.1 °C é a temperatura média do mês de Outubro, o mês mais quente do ano. Ao longo do ano Fevereiro tem uma temperatura média de 26.3 °C. Durante o ano é a temperatura média mais baixa. O mês mais seco é Setembro com 55 mm. O mês de maior precipitação é Março, com uma média de 405 mm.
Vegetação e Solo
As tipologias de vegetação mais encontradas no município são as de floresta Ombrofila Densa Submontana, Florestas Secundárias Latifoliadas (capoeiras sem predominância de palmeiras), de diversas idades e origens, e, associadas aos cursos de água, as florestas Ombrófilas densas Aluviais e as Florestas Ombrófilas inundáveis de Várzea (Salgado et al. 1990).
Os principais tipos de solos que ocorrem na região nordeste do estado do Pará são os latossolos, podzóis, solos hidromórficos e aluvionares e os litolíticos de forma subordinada. (RADAM BRASIL, 1976).
Estes solos estão dispostos de acordo com o relevo, onde nos platôs e nas encostas, predominam os latossolos; nas terras intermediarias entre os platôs e as terras baixas, prevalecem os solos podzólicos e nas terras baixas e ao longo dos igarapés, predominam os solos de aluvião, hidromórficos e as areias quartzozas.
As feições geomorfológicas mais marcantes na área são os platôs com seus topos sub-horizontais sustentados por crostas ferro-aluminosas com alturas de aproximadamente 100 metros em relação aos vales circunvizinhos. Os níveis intermediários são elevações abauladas que na maioria bordejam os platôs, e os vales planos associados a cursos d’água.
O padrão de drenagem da região é dendrítico, destacando-se como principais cursos d’água rios Capim que corre na direção norte ao encontro do rio Guamá.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

PEDRO LEOPOLDO - MINAS GERAIS

Pedro Leopoldo é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em julho de 2021 era de 65.149 habitantes. Situa-se na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a 46 quilômetros a noroeste da capital mineira, ligando-se a esta por meio das rodovias estaduais MG-010 e MG-424. O município se situa às margens de uma ferrovia, a Linha do Centro da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, por onde também se realiza a ligação com a capital mineira e com o estado do Rio de Janeiro, estando atualmente concedida ao transporte de cargas.Parte do seu território se encontra na Área de Proteção Ambiental Carste de Lagoa Santa.
História
Os registros de ocupação humana encontrados em Pedro Leopoldo são os mais antigos da América, tendo sido encontrado o fóssil de Luzia, cuja idade foi estimada em doze mil anos. Os ossos de Luzia foram descobertos na década de 1970 no sítio arqueológico de Lapa Vermelha IV, localizado a leste do centro do município de Pedro Leopoldo, próximo a divisa com o atual município de Confins, até então distrito do município de Lagoa Santa. O nome "Luzia" é um apelido dado pelo biólogo Walter Alves Neves, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, inspirado em Lucy, um fóssil de Australopithecus afarensis de 3,2 milhões de anos, descoberto em 1974. Lá também se encontram pinturas rupestres em forma de linha, sugerindo que os primeiros povos a habitar a região possuíam um sistema rudimentar de anotações.
Sabe-se também que, por voltas do século XVII, já havia fazendas de gado no que hoje é o território da cidade. A formação do povoado da Quinta do Sumidouro, às margens do Rio das Velhas, e que até hoje constitui um importante registro histórico de Pedro Leopoldo, possuindo as históricas construções da casa do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, e a Capela do Rosário, em estilo barroco, uma das primeiras do Estado, cujo altar foi esculpido por Aleijadinho.
Mas o surgimento do que constituiria hoje a porção central conhecida como o município pedroleopoldense só veio em 1893, quando Antônio Alves Ferreira da Silva, adquiriu a fazenda das Três Moças em razão do potencial hidráulico da cachoeira de mesmo nome, e lá instalou mais uma indústria têxtil (ele já possuía uma em sua outra fazenda, a dos Macacos). A Companhia Fabril Cachoeira Grande foi a primeira atividade econômica relevante na cidade, e, por muito tempo, a dominante, junto à atividade agropecuária.
A criação da fábrica de tecidos trouxe movimento para a localidade, fazendo surgir as primeiras casas do atual centro, conhecidas como as "casas do quadro", que abrigavam os funcionários que vieram trabalhar na fábrica. O povoamento criado então recebeu o nome de arraial da Cachoeira Grande, em referência à companhia têxtil.
Outro marco importante é a construção da Estação Ferroviária Dr. Pedro Leopoldo, inaugurada em 17 de julho de 1895, num terreno doado pela Fábrica. A estação recebeu o nome do engenheiro-chefe responsável pelo prolongamento da ferrovia na região, Pedro Leopoldo da Silveira. Em pouco tempo transformou-se de uma estação de parada para uma movimentada estação ferroviária. Por volta de 1901, a maior parte da população de Pedro Leopoldo eram trabalhadores da fábrica de tecido e da estrada de ferro.
Em 1901, por meio de uma Lei Municipal de Santa Luzia foi criado o distrito de Pedro Leopoldo, nome adotado pelos moradores em referência a estação. Em 1923 foi criado o município de Pedro Leopoldo, desmembrado do município de Santa Luzia do Rio das Velhas. O novo município tinha como distritos Pedro Leopoldo (sede), Matozinhos, Fidalgo, Capim Branco, Prudente de Morais e Vera Cruz. Posteriormente foi anexado o território de Ribeirão das Neves ao município, contudo nos anos de 1943 e 1953 os distritos são emancipados. Pedro Leopoldo desde então mantém o atual território, com a criação de outros distritos sem alterar seus limites.
Em 1918, o Governo Federal instala em Pedro Leopoldo a Fazenda Modelo, como fomento à agropecuária que se formou em torno da cidade. Lá trabalhou por muitos anos o médium Chico Xavier.
Da década de 50 em diante, instalam-se várias indústrias na cidade, como Cimento Cauê e Ciminas, além de várias mineradoras independentes, transformando o calcário numa das principais fontes de riqueza municipal.
Economia
A economia de Pedro Leopoldo foi muito impulsionada pela instalação de indústrias, notavelmente entre as décadas de 50 e 70. Dentre as principais indústrias da cidade situam-se hoje Camargo Correa e Holcim, entre outras. De importância histórica, a indústria de vassouras Xap-Xap, que, afora a primeira, é a única indústria sobrevivente no município que data de antes de 1950.
No setor financeiro, a cidade de Pedro Leopoldo foi contemplada com uma ampla variedade de bancos, sendo que desde 1992 conta com uma cooperativa de crédito voltada ao produtor rural, denominada SICOOB CREDIPEL. Além do SICOOB, outros bancos e financeiras estão presentes no município.
A mineração também é uma área importante para o município, havendo empresas regionais de destaque como a Mineração Lapa Vermelha produtora de cal virgem, calcário para siderurgia e brita para a construção civil.
No setor de biotecnologia, a cidade de Pedro Leopoldo é uma das pioneiras na América Latina com o estudo em bovinos. O Cenatte Embriões, localizado na cidade, atua no setor há mais de 25 anos com eficiência técnica, sendo a primeira empresa mineira a produzir clones bovinos. Dentre as funções, destacam-se fertilização in vitro, clones bovinos e transferência de embriões.
Existe ainda a atividade agropecuária na cidade, que conta com importantes fazendas de importância econômica e histórica para Pedro Leopoldo, sendo que muitas delas atualmente também começam a usar o turismo como fonte de renda.
O setor de serviços também é muito importante, constituindo oficialmente, como na maioria dos lugares, a maior parcela do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, havendo muitas lojas e bares, e um número expressivo de pequenas galerias e shopping-centers na cidade, além de vários supermercados. Afora o comércio, também é de destaque o setor de serviços.
Nos últimos anos, há vários projetos de instalações industriais na cidade, a criação de um Distrito Industrial e a criação de um "porto seco" que vai gerenciar exportações via Aeroporto de Confins.
Pontos turísticos
Há diversos pontos interessantes a serem visitados no município. A Estação Ferroviária, no mesmo estilo das vistas em demais municípios mineiros, no geral, ainda se mantém de pé, mas seu antigo prédio hoje funciona como uma Biblioteca Municipal, conhecida como "Casa da Cultura".
Próximo a Escola São José, funciona desde 2006 um memorial chamado A Casa de Chico Xavier, onde era a sua antiga casa. O local possui várias fotos, textos e artigos utilizados pelo médium. Outro ponto interessante na cidade é a "Praça Chico Xavier", próxima à rodoviária, no meio da qual se situa a Prefeitura.
A Quinta do Sumidouro é a ocupação mais antiga da cidade ainda sobrevivente, parte do distrito de Fidalgo e, vale a pena visitar, por ter construções em estilo barroco, a Casa do Bandeirante Fernão Dias Paes e a Capela do Rosário. O Parque Estadual do Sumidouro concentra várias atrações turísticas como a Lagoa do Sumidouro e a Gruta da Lapinha. Nesta região ainda existem grutas e sítios arqueológicos que podem ser visitados.
Na Linha do Centro da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, se encontram as estações ferroviárias do município: Estação Doutor Lund e Estação Pedro Leopoldo, ambas originais do século XIX. Embora já não operem há anos para embarque de passageiros, atualmente encontram-se restauradas e conservadas, sendo dois pontos turísticos e históricos da cidade. Há também uma terceira estação ferroviária no município, a Estação Wilson Lobato, de estilo contemporâneo e construída pela antiga Rede Ferroviária Federal. Embora também opere para o transporte de cargas, não possui o mesmo charme das duas centenárias estações da cidade.
Do outro lado da linha de trem, existe o Parque de Exposições Assis Chateaubriand, palco de vários shows e diversos eventos importantes da cidade, como o Pedro Leopoldo Rodeio Show. A Fazenda Modelo e o Ceppel, foram reformados recentemente e atendem eventos sociais e, no caso do Ceppel, eventos esportivos.
No Bairro Magalhães existe ainda o Parque Ecológico da Mata da Biquinha.
Esporte
A cidade já contou com uma equipe profissional no futebol mineiro: o Pedro Leopoldo Futebol Clube, que adota as cores preta e branca e fez confrontos entre 1958 e 1964 com os grandes da capital. O Bode, como é carinhosamente chamado o clube, teve como campanha de destaque o 7º lugar no Campeonato Mineiro de 1959 e o 8º lugar no campeonato do ano seguinte. O clube foi rebaixado no Campeonato Mineiro de 1964 e nunca mais voltou ao profissionalismo, passando a disputar competições amadoras na própria cidade e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo campeão da Copa Itatiaia de Futebol Amador de 1984 e vice nas edições de 1983, 1986 e 2001. A equipe manda seus jogos no Estádio César Julião de Sales, no centro da cidade.
Seu principal rival no futebol local é o Fazenda Modelo Futebol Clube, com sede no distrito de Santo Antônio da Barra, que protagonizou nos últimos anos jogos eletrizantes com o Pedro Leopoldo.
Existem ainda outros clubes amadores de destaque na cidade como o Santa Cruz, de Fidalgo, o Terrestre e o Ideal, do Bairro Lagoa de Santo Antônio, o Luano, do Bairro Teotônio Batista de Freitas, o Lundense, do Distrito de Doutor Lund, o Nacional, do Distrito dos Ferreiras, o Tropical, da Tapera, o Juventus, do Santo Antônio e por fim o Vila Nova, do Bairro São Geraldo. Há ainda outros clubes amadores que disputam o Campeonato Local de Futebol.
Pedro Leopoldo também conta com equipes de esportes especializados, destacando-se a equipe de Handebol, denominada UZ-7, equipe na qual tem expressiva participação em competições estaduais e regionais.
Eventos
Há uma série de eventos que já se tornaram um marco da vida pedroleopoldense.
O Boi da Manta, o pré-carnaval da cidade (evento também existente em alguns municípios vizinhos), é bastante conhecido regionalmente. Com pessoas armadas em bois, feitos geralmente de madeira, mascarados e a corporação musical regional, é uma festa animada, que atrai várias pessoas pela região. Começa aproximadamente um mês antes do carnaval, e se estende até a sexta-feira anterior a este.
Porém, talvez, o acontecimento anual mais exclusivo que a cidade tem notícia é a Festa do Poste. Ocorre todo dia 21 de Abril, em homenagem a um poste próximo à padaria Jacques, na rua Comendador Antônio Alves, a principal da cidade. A festa foi criada por amigos que, reunidos, não tinham motivo para comemorações, até que descobriram que o poste ali próximo estava fazendo aniversário no mesmo dia. No momento da festa, o poste é decorado, em geral com um rosto desenhado em um papel, e "roupas" coloridas de aniversariante. A Comendador é fechada por um palco, sobre o qual fazem suas apresentações artistas e diferentes talentos humorísticos regionais.
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