quinta-feira, 27 de abril de 2023

GUAPIMIRIM - RIO DE JANEIRO

Guapimirim é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste do país. Localiza-se na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense, estando situado a aproximadamente 50 km da capital estadual. Seu ponto turístico mais famoso é o Dedo de Deus. Sua população de acordo com o IBGE, em 2021, era de 62.225 habitantes.
O município encontra-se localizado num vale formado pela base do Pico Dedo de Deus – Serra dos Órgãos, e faz limite com os municípios de: Teresópolis e Petrópolis (norte), Itaboraí (sul), Cachoeiras de Macacu (leste) e Magé e fundos da Baía de Guanabara (oeste). Setenta por cento do seu território está em área de proteção ambiental.
Juntamente com os municípios de Petrópolis, Nova Friburgo, Magé, Teresópolis, e Cachoeiras de Macacu, Guapimirim compõe a região turística do Rio de Janeiro chamada Serra Verde Imperial.
O Pico Dedo de Deus, importante símbolo turístico do estado, está situado no limite com os municípios de Petrópolis e Teresópolis. Em Guapimirim também, ainda se encontram bastante áreas preservadas da antiga estrada de ferro que ligava o Porto da Piedade, em Magé, a Teresópolis, sendo uma área que esta começando a ser explorada por turistas recentemente.
Topônimo
O nome "Guapimirim" tem sua origem num acampamento de índios que viviam em torno de uma nascente na região do Vale das Pedrinhas. Quando foi oficialmente fundada, em 1674, a localidade ganhou o nome de "Nossa Senhora d'Ajuda de Aguapeí Mirim". Com o tempo, o topônimo foi abreviado para "Guapimirim". Portanto, o topônimo atual "Guapimirim" é originário do termo tupi agûapé'ymirim, que significa "rio pequeno dos aguapés" (agûapé, aguapé + 'y, rio + mirim, pequeno). O rio que deu nome ao município era o local por onde as tropas passavam, levando mercadorias para o sertão das Minas Gerais, de onde traziam ouro e pedras preciosas.
História
Os primeiros registros sobre a cidade datam de 1674 e citam um povoado às margens do Rio Guapimirim, abençoado pela Igreja de Nossa Senhora d'Ajuda. No final do século XVIII, surgiu o povoado de Santana, que ficava no caminho das tropas que ultrapassavam a serra, levando-os pelas trilhas sertanejas para as Minas Gerais. Nessa época, eram comuns as pestes sucessivas. O cemitério de Santana foi construído nesse período e, até hoje, serve à cidade.
Foi também nessa época que surgiu o povoado da Barreira – a origem desse nome deve-se ao fato de ali ter sido instituído o primeiro pedágio – onde está localizada a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (1713) e a antiga sede da Fazenda Barreira que, hoje, abriga o Museu Von Martius, em homenagem a Frederik Von Martius, naturalista alemão que estudou a flora e a fauna da região a convite de Dom Pedro II. Na época da Guerra do Paraguai, o imperador hospedou-se no local, interessado em avaliar as plantações da quina calisaia de onde se extrai o quinino, medicamento que combate a malária e que seria utilizado pelo exército brasileiro.
No final da década de 1920, o engenheiro civil e geólogo Dr. Paulino de Alencar Araripe, natural de Manaus e que havia vivido por muitos anos na Inglaterra, se estabeleceu na região como grande proprietário de terras, junto de seu sócio Vicente Falabella. O engenheiro conhecido na região por "Dr. Araripe", casou-se posteriormente com Deina Portella, natural de Magé e sobrinha neta do então médico e ex governador do Estado, Francisco Portela. Nos anos da década de 1930 (período do getulismo), o engenheiro levou infraestruturas para região, sendo uma delas a luz elétrica. A energia foi estabelecida através de um gerador italiano "Fiat" movido a óleo diesel, próximo de onde hoje situa-se a estação de trem no centro do município. Contudo, e pelo fato do engenheiro ter passado a fazer parte da família dos opositores políticos do presidente da república, moradores getulistas na região interromperam por dias o fornecimento de energia em parte do distrito, fazendo com que na época o Dr. Araripe desistisse de participar direta ou indiretamente de toda e qualquer benfeitoria em Guapimirim. Poucos anos antes da sua morte, o engenheiro doou parte das suas terras ao Estado do Rio de Janeiro no que hoje correspondem a pouco mais de dois quilômetros de estrada entre os trechos 102 e 104 na parte mão dupla da Rodovia Rio-Teresópolis.
Em 1939, o então presidente brasileiro Getúlio Vargas criou o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e a fazenda Barreira foi incorporada ao patrimônio ambiental da União.
As últimas décadas do século XIX foram marcadas pela construção da Estrada de Ferro Therezópolis. Esta ferrovia marcou o momento de transformação do município para os tempos modernos. A população, em sua maioria, era formada de lavradores e ferroviários. Com a construção da rodovia BR-116 (1957), o transporte ferroviário entrou em decadência e o trecho entre o município e Teresópólis acabou desativado e extinto. O advento da rodovia facilitou o acesso à serra e foi fator preponderante na intensificação do processo de ocupação. A partir dessa década, surgiram os condomínios com suas luxuosas casas de veraneio.
Guapimirim se emancipou do município de Magé em plebiscito realizado no dia 25 de novembro de 1990, data festiva em que o município comemora sua emancipação política. Com a Lei Estadual nº 1.772, de 21 de dezembro de 1990, concretiza a emancipação, elevando Guapimirim à categoria de município.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata do Rio de Janeiro. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião do Rio de Janeiro, que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro.
Clima
O Clima de Guapimirim é bem distinto conforme a região do município, na área de Vale das Pedrinhas, Várzea Alegre e Vila Olímpia, o clima é predominantemente tropical com verões muito quentes e chuvosos e invernos amenos e secos, já na região central o clima é tropical de altitude caracterizado por verões quentes e chuvosos e invernos frios pros padrões cariocas e secos.
A cidade possui um dos climas mais agradáveis da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, pois no município não se formam ilhas de calor e as noites, mesmo no verão, são de temperaturas agradáveis.
O clima da cidade é ideal para banho de cachoeiras, rios e piscina, mesmo nas partes mais altas como na Sede Guapimirim do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
Turismo
Sua abundância em atrativos naturais faz do município uma promissora área turística.
Guapimirim está inserida em uma região turística do Rio de Janeiro, a região da Serra Verde Imperial, junto com os municípios de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Magé, São José do Vale do Rio Preto, Três Rios, Comendador Levy Gasparian, Areal e Cachoeiras de Macacu.
A cidade localiza-se num vale cercado pela Serra dos Órgãos, na base do pico Dedo de Deus, importante símbolo turístico de Guapimirim e do estado, que se localiza dentro da área territorial do município. Em "Guapi" também está uma das áreas mais preservadas da Mata Atlântica do estado e a cidade possui uma característica peculiar: 70% do seu território encontra-se em área de proteção ambiental. São cinco áreas que compõem uma riqueza de biodiversidade em fauna e flora, e o município abrange a área de manguezal mais preservada do estado, conhecida como Pantanal Fluminense.
O clima ameno da região a torna requisitada principalmente no inverno, devido aos festivais culturais e gastronômicos que ocorrem em Guapimirim e nas cidades próximas. Já no verão, a natureza é um atrativo para quem aprecia o ecoturismo e a prática de atividades de aventura, sendo que em Guapi, especificamente, é possível encontrar cachoeiras, trilhas, montanhas e o famoso Mirante do Soberbo.
Estrada de Ferro
A Estrada de Ferro Therezópolis, que inicialmente partia do Porto da Piedade em Magé e terminava em Teresópolis, ainda tem seu trecho parcialmente ativo. Em seu trecho original, a estrada de ferro começa na Estação de Magé e termina na Estação de Guapimirim.
Hoje os trens são operados urbanamente pela SuperVia e fazem parte do Ramal de Guapimirim, que liga a cidade até o Centro do Rio de Janeiro. O restante do trecho entre Magé e Saracuruna faz parte da Linha do Norte, construída pela Estrada de Ferro Leopoldina e que ligava a Estação de Rosário (Saracuruna) à Estação de Visconde de Itaboraí, na cidade de Itaboraí.
É possível viajar nos trens de graça nas estações "paradas" do ramal, sendo que a compra de passagens só é realizada nas estações de Magé e de Saracuruna. As viagens levam em média 1 hora e 30 minutos entre as estações inicial e a terminal durante a semana, mas, aos sábados, domingos e feriados pode levar até 2 horas.
Grande parte do trecho desativado que ligava a cidade de Guapimirim até Teresópolis ainda pode ser encontrado em ótimo estado de conservação dentro do Parnaso e se tornou um atrativo para os turistas amantes da história do Brasil e de ferrovias e tem sido amplamente explorado.
APA - Área de Proteção Ambiental Guapimirim
É uma extensa área de proteção ambiental que abrange duas cidades vizinhas a Guapimirim: Magé e Itaboraí. Guapimirim é a única cidade a possuir águas da Baía de Guanabara intocadas pela poluição causada pelo homem.
Nos mares de Guapimirim, bem nessa área, vivem os últimos 30 botos-cinza, símbolo da cidade do Rio de Janeiro e mais de mil espécies marinhas.
As visitas podem ser agendadas e o acesso ao local é facilitado pelos agentes do ICMBio.
A área é também conhecida como Pantanal Fluminense ou Pantanal Carioca, por sua semelhança com o Pantanal.
No cinema, a área é usada como cenário pelos cineastas para representar a Amazônia, por ser localizado próximo a Capital do Rio de Janeiro e por ter um custo de locação baixo.
Parnaso - Parque Nacional da Serra dos Órgãos
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos - Sede Guapimirim (Parnaso) é a sede da reserva federal ideal para banhos de cachoeiras, trilhas e acampamentos, por ficar situada em uma região em que o clima é favorável a esse tipo de atividades.
A sede também possui construções históricas da época do Brasil Império e que são usados como cenários de diversas novelas.
Dentro da sede é possível visitar também o Centro de Visitantes e Museu Von Martius, que está instalado em um casarão do século XIX, que abrigou o botânico Von Martius na Expedição de Botânica do Brasil a pedido do Imperador Dom Pedro no século XIX, que foi restaurado para a preservação de suas características,
A Capela de Nossa Senhora da Conceição também é outro monumento histórico construído em 1713, e que fica situada dentro da Sede do Parque Nacional da Serra dos Órgãos em Guapimirim.
Diversos batizados da época da realeza aconteceram na Capela, por ser ficar situada as margens do Rio Soberbo e pelo seu fácil acesso a Estrada de Ferro Therezópolis, que ligava o Porto da Piedade em Magé, à Teresópolis.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 24 de abril de 2023

EUCLIDES DA CUNHA - BAHIA

Euclides da Cunha é um município brasileiro no interior e norte do estado da Bahia. Localiza-se a uma latitude 10º30'27" sul e a uma longitude 39º00'57" oeste, estando a uma altitude de 472 metros. Sua população, de acordo com a estimativa populacional de 2021, é de 61.112 habitantes, segundo o IBGE. Possui uma área total de 2 025,368 km².
História
Os primeiros habitantes da região foram os índios caimbés, da tribo dos Tupiniquins. Foi desbravado por colonos vindos de regiões circunvizinhas, sobretudo de Monte Santo e Tucano, que se fixaram com suas famílias e dedicaram-se à lavoura e à criação de gado; até hoje bases da economia municipal.
O povoamento se iniciou na Fazenda Cumbe do Major, de propriedade de Major Antonino, primeiro explorador das terras do município. Os padres jesuítas, em missão de catequese pelo sertão, construíram, no local da atual vila de Massacará, uma capela, ainda de pé, e um convento, destruído pelos próprios quando foram expulsos do Brasil.
Formação administrativa
Com a chegada de mais colonos, a fazenda Cumbe experimentou considerável surto de progresso, evidenciado em construções, sendo elevada em 1881 à Freguesia de Nossa Senhora do Cumbe, um distrito de Monte Santo. No ano de 1888 foi construída uma capela subordinada a de Massacará, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, pelo padre Vicente Sabino dos Santos.
A fazenda foi elevada à categoria de vila em 11 de junho de 1898 como território desmembrado de Monte Santo. Em 1911 foi constituída do distrito-sede (município). Vinte anos depois, em 1931, Vila do Cumbe, ainda como distrito-sede, foi extinta e a sua área foi reanexada ao município de Monte Santo. Em 19 de setembro de 1933, o território foi emancipado, elevado novamente à categoria de município, constituído de dois distritos: Cumbe (a sede) e Canudos; e, por iniciativa do escritor José Aras, como homenagem ao escritor de "Os Sertões", a cidade passou a ser chamada de Euclides da Cunha, porém, este feito só foi oficializado no ano de 1938.
Em 30 de dezembro de 1953 foi criado e anexado ao município o distrito de Massacará (ex-povoado). Na divisão territorial datada de 1960, a cidade tinha três distritos: Euclides da Cunha (sede), Canudos e Massacará. Em 1985, Canudos foi desmembrado de Euclides da Cunha e elevado a município. No mesmo ano, em 5 de novembro de 1985 foram criados e anexados os distritos de Caimbé e Aribicé, ex-povoados.
Na divisão territorial de 1995, igualmente na de 2007, o município tinha quatro distritos: Euclides da Cunha (sede), Aribicé, Caimbé e Massacará.[9]
Administração pública
Até o ano de 1930, quando surgiu a figura do prefeito no Brasil, os municípios eram governados por intendentes. Euclides da Cunha, ainda mesmo uma vila (distrito-sede), chamada de Cumbe ou Vila do Cumbe, teve dez intendentes; foram eles:     Antonio Francisco Reis (Major Antonino); Coronel Ascênio Guimarães (por 3 vezes); Capitão Dantas (Francisco da Silva Dantas); Joaquim de Carvalho Lima; Benevides Dias Moreira;  Potâmio Américo de Souza; Luis Ferreira Nascimento, o Sr. Lua; José Esteves de Abreu; Galdino Alves de Souza; Joaquim de Santana Lima (eleito em 1924)..
Em 1931, com a extinção da vila, o território foi reintegrado ao município de Monte Santo. Dois anos depois, em 19 de setembro de 1933, definitivamente, Cumbe foi emancipado, realizando no ano seguinte uma eleição direta, com a participação feminina (assegurada no Brasil desde 1932), que elegeu Joaquim Santana Lima como o seu primeiro prefeito. Procurando administrar bem a cidade, Joaquim construiu a primeira prefeitura, onde hoje funciona a Biblioteca Municipal, contratou professores para alfabetização de crianças e colocou nas principais ruas postes de iluminação a carbureto. Em 1937, devido ao golpe dado por Getúlio Vargas que instituiu no país o Estado Novo, Joaquim Santana Lima deixou o cargo.
Clima
Em Euclides da Cunha, o verão é longo, quente, úmido e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável, seco e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 17 °C a 34 °C e raramente é inferior a 15 °C ou superior a 37 °C.

Economia
Na agricultura há uma expressiva produção de feijão, milho e mandioca. Na pecuária destacam-se os rebanhos ovinos, suínos, asininos, caprinos e muares. É ainda produtor de galináceos e de mel de abelhas. No setor de bens minerais é produtor de cal e calcário.
A cidade conta ainda com a exploração mineral do calcário, cal virgem e pedra; conta também com uma fábrica de móveis estofados.
Feriados municipais
- São João (24 de junho).
- Aniversário de Emancipação Política (19 de setembro).
- Consciência Negra (20 de novembro).
- Nossa Senhora da Conceição (8 de dezembro).
Referência para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

quinta-feira, 20 de abril de 2023

IRATI - PARANÁ

Irati é um município brasileiro do estado do Paraná. Localizada na região Sudeste do estado. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2019, era de 60.727 habitantes, que é uma mescla de diferentes etnias, especialmente poloneses e ucranianos, que buscam manter costumes e tradições de seus ascendentes. Passam pelo município a BR-277, que corta todo o estado de leste a oeste (do Porto de Paranaguá a Foz do Iguaçu) e a BR-153, que corta o pais de norte a sul.
Está em Irati a maior imagem de Nossa Senhora das Graças do mundo, com 22 metros de altura.
História
O município teve sua origem na vila de "Covalzinho". Na década de 1890, quando os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo/Rio Grande do Sul passaram pela vila, foi ali instalada uma estação ferroviária que recebeu o nome de "Iraty". Isso fez a vila crescer e se tornar importante. Posteriormente, o nome Covalzinho acabou sendo lentamente esquecido, ficando a vila conhecida apenas pelo nome da estação ferroviária. Em 15 de julho de 1907, já elevada a distrito, teve sua emancipação política decretada, desmembrando-se do município de Imbituva. O movimento foi liderado pelo Coronel Emílio Baptista Gomes, que acabou por se tornar o primeiro prefeito.
Geografia
O município localiza-se na região Sudeste do estado do Paraná, a 153 Km de Curitiba. Paralelo 25º 27' 56" de latitude Sul com intersecção com o meridiano 50º 37' 51" de longitude Oeste.
Situa-se na zona fisiográfica de Irati, uma das onze em que o Paraná se divide. Na sub-região dos Pinhais do Segundo Planalto Paranaense.
O município de Irati está localizado sobre a Bacia sedimentar do Paraná, tendo emprestado o seu nome a uma de suas formação geológicas, a Formação Irati, de idade Permiano Superior. A Formação Irati, composta por siltitos, argilitos e folhelhos sílticos de cor cinza clara a escura, folhelhos pirobetuminosos, localmente em alternância rítmica com calcários creme silicificados e restritos níveis conglomeráticos, foi depositada no que era na época, entre 250 e 270 milhões de anos, um golfo do antigo super-continente Gondwana aberto para sudoeste para o então Oceano Panthalassa.
Em 1908 o geólogo Israel Charles White, chefe da Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brasil, encontrou restos fósseis de um pequeno réptil em rochas permianas no, por ele denominado, "Schisto preto de Iraty", próximo à estação ferroviária de Irati. Estes fósseis foram descritos e catalogados por Mac Gregor, que os denominou de Mesosaurus brasiliensis e, reconhecendo sua semelhança com um fóssil encontrado na África do Sul, propôs a equivalência geológica da Formação Irati com a Formação Whitehill, da Bacia do Karoo, naquele país. Esta descoberta tornou a Formação Irati e a Bacia do Paraná mundialmente famosas, por ser uma das fortes evidências da então nascente teoria da deriva continental.
Topografia
A topografia do município é ondulada e acidentada. Possui solos acinzentados/vermelhos ao Norte e castanhos ao Sul. Os tipos predominantes de solo são os solos podzólico vermelho amarelo, terras brunas, cambissolo e litólico.
Possui a Serra da Esperança, onde se localiza o Cerro da Nhá Cota, com 1.024 m de altitude, e o Morro da Ordenança, com 950 m.
Clima
Segundo a classificação climática de Köppen, o clima de Irati é tipo Cfb (temperado). Apresenta verões amenos, invernos com ocorrências de geadas severas e frequentes, não apresentando estação seca.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1966 a menor temperatura registrada em Irati foi de −7,2 °C em 18 de julho de 1975, e a maior atingiu 34,6 °C em 11 de março de 2005. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 175 milímetros (mm) em 8 de junho de 2014.
Formação geólogica
Irati está localizado sobre a Bacia Sedimentar do Paraná, que é uma enorme depressão no sul do Brasil, onde se depositaram sedimentos e derrames de lava, que formaram rochas ao longo de cerca de 400 milhões de anos. A Formação Irati é de idade Permiano Superior. Geologicamente o solo pertence ao Permiano Carbonífero, com topografia marcada por encostas suaves a intermediárias, encostas íngremes, vertentes retilíneas, topos planos, solos acinzentados ou vermelhos ao Norte e castanhos ao Sul.
A Formação Irati, é composta por siltitos, argilitos e folhelhos sílticos de cor cinza clara a escura, folhelhos pirobetuminosos, localmente em alternância rítmica com calcários creme silicificados e restritos níveis conglomeráticos, foi depositada no que era na época, entre 250 e 270 milhões de anos, um golfo do antigo supercontinente Gondwana aberto para o então Oceano Panthalassa.
As rochas sedimentares se originaram em diferentes ambientes, como marinho costeiro, marinho profundo, glacial e até mesmo desértico. Com a separação dos continentes, uma imensa quantidade de magma extravasou e cobriu estas rochas. O material resfriado formou o basalto e o magma consolidado em fraturas deu origem a diques e soleiras de diabásio, comuns no município de Irati. As rochas da Formação Irati são de aproximadamente 285 milhões de anos atrás, no permiano recente, ou seja, há 60 milhões de anos antes do aparecimento dos dinossauros.
Durante o Período Permiano é notável que os animais dominantes foram os répteis e anfíbios. O “Mesosaurus brasiliensis” era provavelmente o mais importante réptil e é o mais importante fóssil da Formação Irati, encontrado na região sul do Brasil – especialmente na de Irati - e África do Sul.
Vegetação e fauna
O ecossistema que compõe a região de Irati é a Floresta Ombrófila Mista, ou seja, que necessita nas fases iniciais de crescimento, de umidade e sombra. A composição vegetal do município divide-se nos estágios: inicial (capoeira, vassourinha, etc.); médio (capoeirão, florestas em formação); avançado (reflorestamento; agricultura, pastagem e outros, florestas formadas).
As principais espécies nativas são: Araucária; Imbuia; Erva-mate; Bracatinga; Cedro.
Quanto a fauna da Floresta Ombrófila Mista, podem ser encontrados roedores (ratos, cutias e pacas), aves ameaçadas de extinção como a gralha-azul e o papagaio de peito roxo, além de inúmeros insetos. A semente da araucária, o pinhão, é muito apreciada pela fauna em geral e se constitui numa fonte de alimento essencial para o seu sustento.
Hidrografia
O município de Irati está localizado na Bacia hidrográfica do Rio Paraná, sendo que a rede de drenagem que banha o município divide-se em duas vergências. Para sudoeste, fazendo parte da bacia do Rio Iguaçu existem os rios Preto, Riozinho, Mato Queimado, Imbituvinha, Taquari, Guamirim, Corrente, Campinas, Cachoeira e Caçador, que terminam por desaguar no Rio Potinga, afluente da margem direita do Iguaçu. Com vergência para o norte e fazendo parte da bacia do Rio Ivaí, existem os rios Valeiros, Linha B, Guabiroba, dos Patos, dos Cochos, dos Antónios, do Couro, Canhadão, das Antas, da Prata, do Cobre, da Areia, Caratuva, Bonito e Barreiro. Entre os cursos d'água, destacam-se o rio dos Patos, Caratuva, das Antas, Preto e Riozinho.
Turismo e eventos
Festividades
As seguintes festividades fazem parte da programação de Irati: Romaria e Via Sacra no Distrito de Itapará(quaresma); Encenação da Paixão de Cristo (quaresma); Festa Polonesa (1º domingo de maio); Feira do Kiwi (maio); Aniversário do Município (julho); Rodeio de Irati (julho); Festa de São Cristóvão (julho); Festa das Nações (agosto); Deutsches Fest - Baile do Chope e da Linguiça (outubro); Festa do Pêssego (dezembro); Festa do Borrego no Rolete (dezembro); Feira Regional de Sabores (dezembro); Salão de Negócios (dezembro).
Atrativos de interesse cultural
Os principais atrativos de interesse cultural de Irati são: Casa da Cultura - Fundação Edgard & Egas Andrade Gomes; Museu Casa Dei Nonni; Casa da Fazenda Florestal; Parque Aquático de Irati.
Monumento de Nossa Senhora das Graças
O mirante do monumento em homenagem a Nossa Senhora das Graças é um dos pontos turísticos mais visitados no município. A estátua, com 22 metros de altura, é uma das maiores dedicada à Nossa Senhora das Graças. Começou a ser construída em 1957, em comemoração ao aniversário de 50 anos do município. Nos dias festivos e especiais do calendário católico a capela recebe celebrações, missas e novenas. Além da capela e do mirante, o espaço possui estacionamento, uma escadaria de acesso e um bosque.
Gastronomia e prato típico
O prato típico do município é o borrego no rolete, que é temperado e assado no fogo. O prato consiste na carne de ovino até doze meses de vida e é servido acompanhado com arroz e saladas, principalmente na Festa do Borrego no Rolete.
A gastronomia local é diversificada, recebendo influência de vários imigrantes como eslavos, alemães e italianos. Um dos pratos tradicionais do município é o pierogi, que é uma massa semelhante a um pastel, feita à base de farinha de trigo, água, sal e ovos. É servido em formato de meia lua, com diversos recheios, como batata com requeijão. No reduto dos descendentes de italianos ainda preservam a culinária típica, como na localidade de Pinho de Baixo. A polenta, por exemplo, é encontrada na mesa de muitas famílias e na tradicional festa da comunidade.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 17 de abril de 2023

BEZERROS - PERNAMBUCO

Bezerros é um município do estado de Pernambuco, no Brasil. O município é formado pelos distritos: Bezerros, Sapucarana e Boas Novas. A população de Bezerro, de acordo com o Censo do IBGE de 2021, é de  60.960 habitantes.
A origem de Bezerros data de 20 de maio 1870. Nessa época, foi implantado um grande comércio de gado, iniciando o povoamento do local. Algumas versões da história de Bezerros tentam explicar o nome da cidade. A primeira diz respeito ao sobrenome da família Bezerra, que foi a primeira proprietária das terras. A segunda diz que o local foi, primitivamente, uma queimada de bezerros. A terceira conta que um dos filhos da família Bezerra se perdeu na reserva florestal no dia 18 de Maio, tendo sido feita uma promessa a São José, sendo a criança encontrada com vida dois dias após seu sumiço, ou seja, dia 20 de Maio, ao pé de frondosa árvore onde foi erguida uma capela sob a invocação de São José dos Bezerros. O município é formado pelos distritos sede, Sapucarana e Boas Novas e pelos povoados de Serra Negra, Sítio dos Remédios, Cajazeiras e Areias. Anualmente, no dia 18 de maio, Bezerros comemora a sua emancipação política. O padroeiro da cidade é São José.
A cidade de Bezerros é conhecida nacionalmente como “Terra do Papangu”.
A resolução régia de 22 de Novembro de 1805 criou o Distrito dos Bezerros. O município surgiu em virtude da Lei Provincial de nº 619 de 9 de Maio de 1865. Essa lei foi suprimida mais tarde pela Lei Provincial de nº 720 de 20 de Maio de 1867 e restabelecida outra vez pela Lei nº 919 de 18 de Maio de 1870, quando permaneceu sendo município, tendo sua área desmembrada do município de Bonito. Com três anos depois, a 9 de Janeiro de 1873, foi reinstalada a comuna.
A vila dos Bezerros passou a cidade em 20 de Maio de 1881, por força da Lei Provincial nº 1.560. Por ocasião da Divisão Administrativa de 1911, o município dos Bezerros figurava com os distritos da Sede, de Camocim e de São Miguel, e na segunda Divisão de 1933, lhe foi acrescido Sapucaia. Mais tarde o distrito de Camocim passou a ser Camocituba; São Miguel passou a ser Sairé e Sapucaia passou a ser Sapucarana, isto em obediência ao Decreto Lei Estadual nº 952 de 31 de Dezembro de 1943.
Em 1953, a 29 de Dezembro, em virtude da Lei Estadual nº 1818 daquela data, extinguiu-se o distrito de Camocituba e criou-se o município de Camocim de São Félix. Isso deixou o município de Bezerros formado pelos distritos de Bezerros (Sede), Sairé e Sapucarana.
Em 20 de Dezembro de 1963, por força da Lei Estadual nº 4.942, o Distrito de Sairé foi elevado à categoria de município, deixando assim o município dos Bezerros com os distritos: Sede e Sapucarana. Através da Lei Municipal nº 18 de 30 de Dezembro de 1968, o município criou ou deu forma de Distrito ao local de Boas Novas. 18 de Maio – Emancipação política de Bezerros.
Geografia
Hidrografia

O município está inserido na bacia hidrográfica do Rio Ipojuca.
Clima
O clima da cidade é o clima semiárido, porém com alguns trechos de clima tropical de altitude.
Relevo
O município está inserido na unidade geoambiental do Planalto da Borborema. Tem seu ponto culminante no povoado de Serra Negra, onde a altitude chega a 957 metros.
Vegetação
A vegetação do município é composta por caatinga hiperxerófila e mata atlântica.
Economia
A economia do município consiste na agricultura, sendo um dos maiores produtores de tomate do Estado; na indústria, destacam-se suas fábricas de bolos. Bezerros destaca-se também nas fábricas de doces. Além disso, Bezerros é uma das cidades pernambucanas que mais se destacam na produção de granito. Na gastronomia, uma boa pedida são os restaurantes do Distrito de Encruzilhada, onde o principal atrativo é a carne de sol.
Turismo
O Carnaval de Bezerros é um dos mais procurados do estado. Nesta ocasião, ocorre uma tradição local, que é quando as pessoas brincam o carnaval usando máscaras de todos os tipos, tanto máscara de plástico industrializadas, como as de papel machê e coité. Por esta tradição, a cidade ficou conhecida como a "Terra do Papangu" ("Papangus" refere-se às pessoas que saem mascaradas durante o carnaval).
Referências para o texto: Wikipédia e Site da Prefeitura Municipal .

quinta-feira, 13 de abril de 2023

VIÇOSA DO CEARÁ - CEARÁ

Viçosa do Ceará é um município do estado brasileiro do Ceará, localizada na microrregião da Ibiapaba, Mesorregião do Noroeste Cearense. Na cidade nasceram personalidades como o jurista Clóvis Beviláqua e o General Tibúrcio. Sua população foi estimada em 60.889 habitantes, conforme dados do IBGE de 2019.
História
Viçosa do Ceará é o primeiro município criado na Serra da Ibiapaba, inicialmente habitada por índios Tabajaras pertencentes ao ramo Tupi, anacé, arariú e croatá do ramo Tapuia.
No ano de 1700, os padres jesuítas, Manuel Pedroso e Ascenso Gago, fundaram oficialmente a "Aldeia da Ibiapaba", onde hoje se situa Viçosa do Ceará.
Marco importante da história de Viçosa do Ceará foi a construção da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, conta-se que existem túneis subterrâneos embaixo da Igreja que dão acesso a várias casas antigas da Cidade. Estes túneis eram usados pelos jesuítas para escapar dos ataques indígenas. Conforme informações do Padre Ascenso Gago, sua fundação data do ano de 1695. Nesse contexto, o dia 15 de agosto de 1700 deve ser tomado como marco da fundação oficial da Aldeia da Ibiapaba, futura cidade de Viçosa do Ceará. O padre Ascenso Gago, como Superior da Aldeia da Ibiapaba, dirigiu todo o processo de formação da futura Vila. Foi o grande missionário da Ibiapaba.
Um esboço artístico da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção. Viçosa do Ceará (CE)
Em 1759, são abolidas, no Brasil, as missões da Companhia de Jesus, por determinação de Marquês de Pombal, ministro do rei de Portugal, D. José I. Com isso, também foram abolidas as aldeias que tinham o comando dos jesuítas, sendo as mesmas substituídas por vilas e povoados. A 7 de julho de 1759, a Aldeia da Ibiapaba foi elevada à categoria de Vila, recebendo o nome de Vila Viçosa Real da América, cuja instalação foi feita pelo o Ouvidor da Comarca de Pernambuco, Desembargador Bernardo Coelho da Gama Casco, que esteve na Vila para instala, em comunicado feito ao povo na Igreja Matriz.
Geografia
Relevo

Boa parte do território está localizado na Chapada da Ibiapaba, mas uma grande área é de relevo característico das regiões sertanejas. Há alguns que chamam de "Região de todos os biomas", por apresentar desde o cerrado até mesmo mata atlântica.
Clima
O clima em Viçosa do Ceará é do tipo tropical quente semiárido brando nas regiões de menor altitude (próximas à divisa com o Piauí) e tropical quente sub-úmido nas regiões de maior altitude e nas encostas da Chapada/Serra da Ibiapaba. A precipitação pluviométrica média é de 1.349 mm, sendo concentrada principalmente de janeiro a maio. A temperatura média anual situa-se entre 20 e 31 °C na maior parte do território.
Pontos turísticos
Os principais pontos turísticos da cidade são: Igreja do Céu; Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção; Memorial Clóvis Beviláqua; Teatro Pedro II; Poço da Princesa; Cachoeira do Itarumã; Cachoeira da Pirapora; Cachoeira do Engenho Velho; Pedra do Machado; Pedra do Itagurussu; Pilões (Formações Rochosas); Bica do Itacaranha; Lagoa Pedro II; Praça Clóvis Beviláqua; Casa dos Licores; Memorial Padre Antônio Vieira sj. - Pertencente a Paróquia de Nossa Senhora da Assunção, localiza-se na antiga Sacristia da Igreja Matriz; Palácio Monsenhor Carneiro; Palacete Paroquial; Memorial Clóvis Beviláqua, construído no quintal da casa onde nasceu o jurista, mantido pelo Tribunal de Justiça do Ceará; Igreja São Francisco; Castelo de Pedras (Larges); Casarão dos Rubens; Rampa do Voo Livre; Praça General Tibúrcio.
Eventos e comemorações
Os eventos e comemorações que acontecem na cidade são: Festival Mel, Chorinho e Cachaça (primeira semana Julho); Festival Música na Ibiapaba (última semana de Julho); Festejos de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da cidade (15 de Agosto); Festa de Nossa Senhora da Saúde - Vila Manhoso(Lambedouro) (11 de Setembro); Festa de São Francisco (4 de Outubro); Festa de Nossa Senhora da Conceição - Distrito de Quatiguaba (7 de dezembro); Festejos de Santa Luzia - Vila Oiticicas(Vale do Lambedouro) (13 de Dezembro); Festejos de Nossa Senhora da Penha - Vila de General TIbúrcio - Distrito General Tibúrcio (7 de setembro).
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 10 de abril de 2023

SALGUEIRO - PERNAMBUCO

Salgueiro é um município brasileiro do interior do estado de Pernambuco, Região Nordeste do país. Pertence à Mesorregião do Sertão Pernambucano e à Microrregião de Salgueiro, localizando-se a oeste da capital estadual, estando distante dela 513 km. Possui uma extensão territorial de 1.733,7 km², sendo 6,75 km² em perímetro urbano. Sua população estimada em 2021 era de 61.561 habitantes.
História
A região onde o município se localiza foi habitada originalmente pelos índios Cariris, sendo, posteriormente, ocupada por habitantes oriundos da região sul do estado do Ceará, atraídos pela abundância e pela fertilidade dos solos. Em 1835, Manuel de Sá Araújo cumpre a promessa a Santo Antônio dedicando-lhe uma capela. A construção da capela foi feito no ano seguinte ao reaparecimento do filho sumido do fazendeiro, o qual havia desaparecido das terras do seu pai, passando três dias perdido na caatinga, sendo encontrado em baixo de um Salgueiro brincando. Os trabalhadores que ergueram a capela estabeleceram algumas residências próximas, dando origem ao primeiro povoado do município.
Conhecida como a "Encruzilhada do Nordeste" por situar-se na parte mais central da Região, pode ser considerada equidistante de praticamente todas as capitais nordestinas.
Salgueiro é a principal cidade da região do sertão central pernambucano, detendo, em nível regional, um comércio diversificado. No município se localiza o ponto central das operações da Transnordestina, ferrovia que conecta o Porto de Suape, no litoral sul pernambucano, ao cerrado do Piauí e ao Porto do Pecém, no Ceará.
Salgueiro ainda é cortada pelos canais da Transposição do rio São Francisco, obras que prometem levar a água do rio São Francisco ao Ceará, ao sertão paraibano e ao potiguar, além de ser cortada pelas rodovias federais BR-116, que conecta o município ao eixo Rio-São Paulo e a outros grandes centros urbanos do Brasil, além da BR-232, que conecta o município à capital pernambucana, além de Caruaru e Petrolina.
As terras do município de Salgueiro tem sido ocupadas por grupos humanos há milhares de anos, como provam as figuras rupestres no Sítio Letras e em Conceição das Crioulas. Na época em que chegaram os primeiros colonizadores, eram habitadas por índios Cariris, tribo de valentes guerreiros que reunia diversos grupos e promoveu uma guerra para resistir ao avanço do colonialismo português. A poderosa Casa da Torre (casa-forte da Bahia) de Garcia D'Ávila recebeu da coroa portuguesa boa parte das terras nordestinas, que chegavam ao cariri cearense passando pelo sertão central de Pernambuco, e organizou a ocupação da região, dividindo-a em sesmarias. 
A conquista do Sertão se deu no contexto da expansão da pecuária extensiva quando fazendeiros portugueses, cristãos novos e filhos empobrecidos ou mestiços das grandes famílias do litoral pediam aos grandes donatários a doação de sesmarias, onde formavam currais e casarões fortificados para se defender do ataque dos nativos, guardadas por homens armados com bacamartes e espadas, ao redor se formavam pequenas povoações de vaqueiros mestiços que cuidavam de rebanhos com centenas de animais. O cariri atraiu senhores de engenho que plantavam cana e produziam rapadura, nas margens do São Francisco se espalharam currais cujas carnes e peles eram levadas ao litoral sendo tangidas por boiadeiros ou embarcadas pelo rio. Com o tempo levas de fazendeiros da região do Vale do São Francisco vieram a se estabelecer na parte sul das terras do município. Alguns remanescentes de Quilombos como Conceição da Crioulas, fundado por escravas de origem banta fugidas da opressão do litoral se estabeleceram na região, e outros grupos negros vindos como escravos ou acoitados pelos senhores locais formaram povoamentos nas suas terras. Muitos negros e mulatos, especialmente os de origem Iorubá (nagôs), orgulhosa nação negra da região da Nigéria muito comuns entre os escravos na Bahia, tornaram-se vaqueiros e introduziram diversas técnicas de construção de casas de barro, cercas de pau-em-pé, desconhecidas pelos portugueses. Os remanescentes de Cariris associados à foragidos negros e criminosos brancos que se infiltravam nesses grupos para evitar a punição do estado, resistiram durante anos à ocupação de suas terras mas foram sendo eliminados em lutas como o "Massacre de Ouro Preto" e definiram nomes de fazendas como "Trincheira" e "Contendas". Mulheres e crianças dessas tribos foram sendo integrados às populações locais e acabaram se tornando concubinas dos fazendeiros e de seus aliados, sendo comum fazendeiros poderosos terem várias amantes pobres que dividiam sua atenção com uma esposa (a "sinhazinha" de família tradicional) cujos rebentos herdariam a posição social do pai, e dividirem partes de suas propriedades entre suas dezenas de filhos e netos mestiços que asseguravam seu poder paramilitar e político através de lutas e casamentos com outras famílias influentes. Segundo alguns pesquisadores, muitos aventureiros europeus se mesclaram com as famílias locais casando com filhas desses proprietários rurais.
Economia
Salgueiro tem como atividades econômicas predominantes a agricultura e o comércio varejista. Os principais produtos agrícolas de Salgueiro são: cebola, algodão herbáceo, milho, banana, feijão, arroz, tomate e manga. O artesanato também tem potencialidade de desenvolvimento econômico no município.
O município de Salgueiro faz parte da Microrregião de Salgueiro, na Mesorregião do Sertão Pernambucano, com uma área de 9.183,1 km², que corresponde a 9,28% do território estadual. A economia está voltada para a agricultura de subsistência e a agropecuária extensiva, na qual se destacam a caprinocultura e a avicultura. 
Geografia
Localização
O município de Salgueiro está localizado na Mesorregião do Sertão Pernambucano, e na Microrregião de Salgueiro no Estado de Pernambuco. 

Hidrografia
Salgueiro está inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Terra Nova. Tem como principais tributários os riachos Santa Rosa, Riachinho, Pau Branco, das Traíras, do Pau Ferro, dos Pilões, dos Milagres, Malícia, Baixio Grande, Baixio Verde, Acauã, das Bestas, Salgueiro, Formiga, do Iço, do Miguel, Sau á, do Valério, do Tanque, da Pitombeira, Boa Vista, da Pauta, da Luna, da Balança, do Junco, Caieira, do Sabão, do Fogo, da Ingazeira, dos Negreiros, da Barra, Gravatá, do Boi Morto, do Urubu, da Ramadinha, da Favela, do Firmiano, do Olho d’ Água, do Boqueirão, do Caldeirão, do Juazeiro, Ouricuri, Canoa, da Cachoeirinha, Rodeador e do Massapê, todos de regime intermitente. Conta ainda com os açudes Argemiro, Monte Alegre, Boa Vista, com capacidade de acumulação de 16.448.450 m³, Conceição Creoulas (1.169.400 m³) e Salgueiro (14.698.200 m³), além das lagoas do Junco, da Caatinga, de Dentro, das Caraíbas e da Jurema.
Relevo
O município localiza-se na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja. Apresenta uma variação de plano e montanhoso. Esse relevo e clima variado faz com que a região seja caracterizada tanto por áreas de sequeiro com chuvas escassas e mal distribuídas, vegetação caatinga xerófita e rios temporários, como por áreas de altitude com temperatura amena e bons índices pluviométricos e floresta caducifólia.
Clima
O clima de Salgueiro é o semiárido, do tipo Bsh'. Com verão quente e chuvoso, com máximas entre 26 °C e 34 °C, e mínimas entre 18 °C e 23 °C. O inverno é seco e ameno, com máximas entre 25 °C e 29 °C, e mínimas entre 15 °C e 19 °C.
Educação
Ensino superior

Na área do Ensino Superior, Salgueiro conta com as seguintes instituições: Universidade Federal do Vale do São Francisco; Universidade de Pernambuco; Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (FACHUSC); Instituto Superior de Ensino de Salgueiro (ISES); Centro Universitário (UNINTER), polo Salgueiro; Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).
Música
Salgueiro é a terra da banda Limão com Mel e de Targino Gondim.
Esporte
Futebol

O Salgueiro Atlético Clube é o time de futebol da cidade, mais conhecido como o Carcará do Sertão, campeão estadual de 2020.
Pontos turísticos
Dentre os principais pontos turísticos da cidade estão incluídos: Catedral de Santo Antônio, de 1835; Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; Igreja da Santa Cruz; Igreja de Nossa Senhora da Conceição; Capela de Nossa Senhora da Conceição; Capela de Umãs; Capela de Campinhos; Chalé Villa Maria; Casario da Praça da Matriz, do Século XIX; Museu do Couro; Museu da Cidade de Salgueiro; Casa da Cultura; Conceição das Crioulas, Vilarejo Quilombola, de 1802; Sítio Arqueológico da Fazenda Paula; Sítio Arqueológico da Lagoa da Pedra; Sítio Arqueológico da Pedra da Mão; Sítio Arqueológico da Fazenda Letras; Serra da Onça; Serra das Princesas; Serrote da Timbaúba; Mirante do Cruzeiro.
Festas e eventos
As principais festas e eventos da cidade são: Salgueiro Moto Fest; Carnaval; São João; Trezenas de Santo Antônio; Arte Cultura Show; Jogos Escolares e Intermunicipais; Entrega da Medalha Lucila Angelim; Festa da Santa Cruz; Conferência Municipal da Juventude e Show pela Paz.
Feriados
Já os feriados fixos são: 1 de janeiro, Confraternização Universal e Início do ano civil; 6 de março. assinatura da Carta Magna de Pernambuco; 21 de abril, Dia de Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira; 30 de abril, Emancipação Política, dia em que a cidade foi elevado a tal categoria; 1 de maio, Dia do Trabalhador; 13 de junho, Dia de Santo Antônio, Padroeiro da cidade; 7 de setembro, Dia da    Independência do Brasil; 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil e Dia das crianças; 2 de novembro, Dia de Finados; 15 de novembro, comemoração da Proclamação da República; 23 de dezembro, Data de  Fundação da Cidade, dia em que o comandante Raimundo de Sá encontrou seu filho, debaixo de um salgueiro, que deu o nome da cidade; 25 de dezembro, Natal
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 6 de abril de 2023

BOITUVA - SÃO PAULO

Boituva é um município do estado de São Paulo, no Brasil. Situa-se na Região Metropolitana de Sorocaba, na Região Intermediária de Sorocaba e na Região Imediata de Sorocaba. Localiza-se a uma latitude 23º17'00" sul e a uma longitude 47º40'20" oeste, estando a uma altitude de 637 metros. Possui uma área de 248,954 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2019, era de 60.997 habitantes.
Toponímia
"Boituva" é um vocábulo de origem tupi que, segundo Silveira Bueno e Eduardo de Almeida Navarro, significa "local de muitas cobras", "ajuntamento de cobras". Da língua tupi mboy, mboîa: cobra; e tyba: grande quantidade, abundância, ajuntamento.
História
A julgar pelas datações relativas obtidas nos sítios arqueológicos Colina da Castelo 4 e Colina da Castelo 5, localizados em Porto Feliz, grupos indígenas não-ceramistas já habitavam as terras entre os rios Sorocaba e Tietê desde pelo menos 2.000 anos Antes do Presente. Nesses sítios arqueológicos foram encontradas lascas e outros fragmentos de ferramentas feitas em silexito, arenito, quartzo, quartzito e outras rochas, sendo alguns deles identificados como percutores.
Populações agricultoras e ceramistas só teriam alcançado a região no início da Era Cristã, aparentemente. Segundo algumas fontes primárias do período colonial, as terras do médio curso do rio Tietê seriam habitadas pelos Guaianá (ou Guaianazes) e Carijó, povos falantes de idioma relacionado aos troncos Macro-Jê e Tupi-Guarani, respectivamente[9]. Segundo consta, a região era conhecida como M’Boituva por indígenas falantes de idiomas tupi-guarani, nome ligeiramente modificado e que seguiu em uso até os dias atuais.
A partir do século XVIII, a região provavelmente era atravessada de forma ocasional por viajantes que faziam o trajeto entre as vilas de Porto Feliz e Sorocaba. Da mesma forma, Boituva abrigava ranchos, pousadas para viajantes, fazendas e sítios ao longo dos caminhos terrestres e nas proximidades de cursos d’água como o rio Sorocaba e o Ribeirão Pau D’Alho. Alguns mapas do período colonial e da primeira metade do século XIX indicam que essas ocupações estavam distribuídas pelos bairros Corumbá, Pau D’Alho, Sítio Grande e Pinhal. De fato, há registro de diversas sesmarias na região de Boituva ao longo do século XVIII, sendo José de Campos Bicudo um dos primeiros a receber terras em 1726. Outra grande sesmaria concedida em Boituva, esta no ano de 1766, pertenceu a João Fernandes Maciel.
Identificado em 2021, o sítio arqueológico Vale Verde é um exemplo desse processo de ocupação rural ocorrido na região, o qual se estendeu por todo o século XIX e início do XX. Além de fragmentos de louças, cerâmicas, vidros e telhas, o sítio Vale Verde também conta com alguns poucos vestígios de uma ocupação indígena anterior, provavelmente relacionada ao período em que Guaianazes e Carijós ainda habitavam as terras de M’Boituva.
Por sua vez, a formação do município de Boituva é parte do processo de mudança da economia do estado de São Paulo para a produção de café e implantação de uma malha ferroviária para a exportação desta mercadoria. O local onde se formou o núcleo povoador que daria origem à cidade teve origem na propriedade de João Rodrigues Leite, que foi doador do terreno em que a Estrada de Ferro Sorocabana construiu, em 1882, a estação ferroviária e suas dependências. Entre 1882 e 1889, a estação de Boituva foi a última parada do ramal ferroviário, sendo posteriormente transformado em ponto de partida do ramal de Tatuí – mais tarde conhecido como ramal de Itararé, o segundo maior da E. F. Sorocabana e que seguia em direção ao estado do Paraná. Nos arredores da estação de Boituva começaram a se fixar funcionários da ferrovia e a serem construídos armazéns de abastecimento e demais edificações de apoio ao transporte de carga e passageiros e para os novos moradores do local, como alguns pequenos hotéis, restaurantes, pensões e outros comércios.
Nesse período já havia grandes propriedades cafeicultoras na região, até então em terras sob administração dos municípios de Sorocaba e Porto Feliz. De acordo com a história oficial de Boituva, alguns dos fazendeiros mais notáveis foram Eugênio Corte Real, Nicolau Vercelino, Coronel José de Campos Arruda Botelho e suas famílias. Coube ao Coronel Arruda Botelho a criação do distrito policial local, transferindo a freguesia de Boituva da paróquia de Porto Feliz para a de Tatuí, o que também motivou a criação de um distrito de paz.
De todo modo, o distrito de Boituva só foi criado oficialmente em 1906, pertencendo nesse momento a Porto Feliz. Curiosamente, apesar do protagonismo da ferrovia na formação de Boituva, a ligação ferroviária entre o então distrito e o centro urbano de Porto Feliz só foi concluída em 1920, sendo até então ligados somente por caminhos de terra. A criação do município se deu na década de 1930, com o Decreto Estadual n° 3.045, de 6 de setembro de 1937, sendo instalado em 1938.
Alguns anos antes, em 1933, foi construído uma nova estação ferroviária em Boituva no lugar do prédio original de 1882. Data desse período a progressiva diminuição do uso da linha e da estação, entretanto, culminando na desativação da ligação ferroviária entre Porto Feliz e Boituva em 1962. Após o encerramento das atividades da estação de Boituva, a construção serviu diversas funções ao longo das décadas de 1990 e 2000. Sendo uma das mais significativas construções históricas de Boituva, a estação foi alvo de obras de restauro em 2020.
Paraquedismo e balonismo
O município de Boituva é nacionalmente reconhecido como um polo para as práticas de paraquedismo e balonismo. Por conta dessa reputação, a cidade de Boituva sediou alguns eventos ligados à essas duas práticas, incluindo duas edições do Campeonato Brasileiro de Balonismo: 30º Edição do Campeonato Brasileiro de Balonismo; 33º Edição do Campeonato Brasileiro de Balonismo; Campeonato Brasileiro de Swoop.
Além disso, o município têm se tornado um grande polo para o paraquedismo e balonismo turístico, atingindo um marco histórico no ano de 2021, data em que a cidade completou 50 anos do início das práticas de paraquedismo, que ocorreu em 1971. O Projeto de Lei 7.387/2017, de autoria do deputado federal Capitão Augusto, tem como objetivo condecorar a cidade com o título de Capital Nacional do Paraquedismo e do Balonismo Turístico.
Hidrografia
A hidrografia de Boituva é caracterizada pelo Rio Sorocaba.
Clima
O clima em Boituva é quente e temperado. Existe uma pluviosidade significativa ao longo do ano. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. A classificação do clima é Cfa de acordo com a Köppen e Geiger. Em Boituva a temperatura média é 20.9 °C. 1397 mm é a pluviosidade média anual.
Boituva está no Hemisfério Sul. Os dias bálsimos do Verão começam no final de Janeiro e terminam em Dezembro. Este período engloba os meses: Dezembro, Janeiro, Fevereiro, Março. O momento mais oportuno para visitar são Fevereiro, Março, Abril, Outubro, Novembro, Dezembro.
Referências para o texto: Wikipédia e Climate Data .

segunda-feira, 3 de abril de 2023

BARRA DO GARÇAS - MATO GROSSO

Barra do Garças é um município brasileiro, localizado na Região Centro-Oeste, no estado de Mato Grosso, do qual é o décimo município mais populoso, com 61.135 habitantes, conforme estimativas do IBGE de 2020.
Criado em 13 de junho de 1924 e emancipado em 15 de setembro de 1948, é um polo regional em Mato Grosso, sendo a principal cidade da região conhecida como Vale do Araguaia, nas proximidades da divisa com o estado de Goiás. Sua economia baseia-se na agropecuária, turismo e agricultura, com destaque para a produção de soja, arroz e milho.
Sua área é de 9.078,983 km² e a distância até Cuiabá, capital administrativa estadual, é de 515 quilômetros.
História
Garimpo

A fundação do povoado deu-se em 13 de junho de 1924, dia do padroeiro Santo Antônio, por Antônio Cristino Côrtes, Francisco Luiz Esteves e Francisco Dourado. A primeira atividade econômica foi a mineração, que era feita concomitantemente com agricultura e pecuária de subsistência. O crescimento da cidade possibilitou sua emancipação em 15 de setembro de 1948 (via transferência da sede de município, antes localizada em Araguaiana), com 212 mil km² e ampliado posteriormente para 273,476 mil km², tornando-se, na época, o maior município do mundo
Fundação Brasil Central
Na década de 40, com a instalação da base da fundação na cidade vizinha de Aragarças, a cidade sofreu um segundo período de crescimento acentuado. Também nesta época houve a transferência de sede de município de Araguaiana para Barra do Garças.
Sudam
Com a Sudam, a partir de 1967, o município teve um terceiro período de crescimento. Todavia uma parte expressiva dos migrantes se assentou na parte norte do município, apoiado pela política de colonização então empreendida, criando novas povoações como Água Boa, Canarana, entre outros.
Fase dos incentivos fiscais
Entre 1965 e 1973 houve forte incentivo fiscal por parte dos órgãos SUDAM e SUDECO. Foi nesta época que houve a ligação da cidade com a rede de energia elétrica, o asfaltamento das ruas centrais, entre outras melhorias na infra estrutura.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 15º53'24" sul e a uma longitude 52º15'24" oeste, estando a uma altitude de 318 metros e possui uma área de 9.078,983 km². Está em conurbação com os municípios de Pontal do Araguaia, de Mato Grosso, e Aragarças, de Goiás, sendo separado destes apenas pelos Rios Garças e Araguaia.
Encravado aos pés da Serra Azul, um braço da Serra do Roncador, o município é banhado pelos Rios Araguaia e Garças.
Por razões geográficas, culturais e econômicas, o município, assim como a maioria da Região Leste de Mato Grosso adota o Horário de Brasília e não o Horário de Cuiabá. A diferença de horário em relação ao restante do estado, deve-se pela proximidade com o estado de Goiás. Em contrapartida, o município não adota o Horário de Verão.
 
Clima 
A altitude está entre 320 metros e a temperatura média anual 21 °C , com duas estações bem definidas: verão chuvoso de outubro a abril, e inverno seco de maio a setembro. A baixa umidade relativa do ar durante os meses de agosto e setembro pode ficar inferior a 12%.
Economia
Região Integrada de Desenvolvimento Econômico

A região integrada de desenvolvimento econômico consiste na conurbação das cidades mato-grossense e goianas. O aglomerado de 8 cidades próximas a Barra do Garças soma mais de 125 mil habitantes que transitam e comercializam diariamente conjuntas.
Educação
Com recursos mistos do município e do Estado, é mantido nas dependências do antigo CSU, (hoje CRAS) o Telecentro, um local de acesso gratuito à internet onde a população de baixa renda dispõe de um profissional para lhe sanar as dúvidas, local este onde estudantes podem fazer pesquisas na internet, trabalhadores procurarem empregos, bem como fazerem inscrições para concursos públicos via internet. Tudo gratuito e sem agendamento prévio.
No Ensino Superior, a cidade conta com o Campus Universitário do Araguaia, da Universidade Federal de Mato Grosso.
Pontos turísticos
A cidade possui o maior potencial turístico do Vale do Araguaia e do estado de Mato Grosso. Além do Rio Araguaia, conhecido polo de atração turística em sua temporada de praia, é na cidade que, pela Serra Azul, se inicia o complexo de Serras do Roncador, local envolvido de misticismo e que, segundo alguns, possui um portal interdimensional diretamente conectado a Macchu Picchu descoberto pelo famoso Coronel Percy Fawcett, desaparecido em uma missão de localização da 'cidade perdida' em 1925. Foi ainda ponto de partida da famosa expedição Xingu dos Irmãos Villas-Bôas.
Além de atrair o turismo místico a Serra do Roncador possui excelentes pontos de trilhas naturais e belíssimas cachoeiras dentro da cidade o que propicia facílimo deslocamento para os turistas portando-se excelente opção para o turismo ecológico. 
Ponto de encontro dos Rios Araguaia e Garças, Barra do Garças possui várias praias fluviais que também atraem turistas. 
O parque das águas quentes conta com piscinas hidrotermais, toboágua, rio da preguiça, bar molhado, com temperaturas que variam de 31 a 43 graus.
Além dos banhos, o parque oferece uma estrutura com bares, restaurantes, duchas, vestiários e instrutores de hidroginástica e ginástica de alongamento. Também com a intenção de fomentar o turismo, na década de 1990 se construiu um "Aeroporto para discos voadores" na cidade.
Um obelisco, na entrada leste da cidade, oferece aos cidadãos barra-garcenses e ao turista que visita Barra do Garças, uma orientação geográfica indicando sua entrada na Amazônia Legal. 
O município conta também com várias cachoeiras. As principais ficam situadas na Serra Azul que também possui o Cristo Redentor visível na maior parte da cidade.
Referência para o texto: Wikipédia .