segunda-feira, 29 de maio de 2023

MONTE MOR - SÃO PAULO

Monte Mor é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 22º56'48" sul e a uma longitude 47º18'57" oeste, estando a uma altitude de 560 metros. Sua população aferida no Censo de 2010 era de 48.949 habitantes. Possui uma área de 240,6 km². Monte Mor faz parte da Região Metropolitana de Campinas (RMC) inserida na V Região Administrativa do estado de São Paulo, sub-região 1. A distância da Capital é de cerca de 122 quilômetros, com qual se comunica pela SP-101 até Campinas e desta a São Paulo pela SP–330 (Via Anhanguera) e SP–348 (Rodovia dos Bandeirantes).
História
Muito tempo antes do Brasil ser descoberto pelos Portugueses, a área do Município de Monte Mor já era conhecida e habitada por Índios da tradição Tupi-Guarani. Vestígios desta cultura, como fragmentos de cerâmica e material lítico foram encontrados em escavações sistematicamente realizadas nos sítios Tapajós e Rage Maluf a partir de 1971.
Fatores como a boa qualidade do solo e a água em abundância, através dos rios, ribeirões e córregos, contribuíram para atrair e fixar o homem neste local. Os primeiros a se fixarem, em razão destes fatores, foram os Índios, como mencionamos acima; bem mais tarde os cargueiros, que vindos de Piracicaba, conduziam suas mercadorias agrícolas para serem comercializadas em centros maiores como São Paulo e Santos, encontravam aqui condições adequadas para um pouco de descanso.
Já no final do século XVIII, temos a informação de que o Coronel Modesto Antonio Coelho Neto e o Alferes Luis Teixeira de Tolledo, receberam por sesmarias terras nesta região, estabeleceram-se aqui com suas famílias e escravos com o propósito de cultivá-las.
Em épocas posteriores, famílias vindas de Itu, Porto Feliz, passaram a adquirir, através de compra, suas propriedades, cultivando-as, tendo assim iniciado o desenvolvimento de Monte Mor. O núcleo urbano era pequeno com uma organização social incipiente. Como católicos fervorosos, em 1820 as famílias Ferreira Alves, Bicudo de Aguirre e Aguirre Camargo, doaram terras para a construção e sustentação de uma Capela sob a invocação de Nossa Senhora do Patrocínio. Nesta época o local era denominado Capela Curada de Nossa Senhora do Patrocínio de Capivari de Cima.
Fundação
Por decreto de 16 de agosto de 1832, a antiga Capela Curada foi ereta em freguesia com a denominação de Nossa Senhora do Patrocínio de Água Choca e por lei provincial da Assembleia Legislativa, a Freguesia foi elevada à categoria de Vila de Monte Mor em 24 de março de 1871, data essa que se comemora o aniversário da Cidade.
Até 1878, Monte Mor pertenceu ao Termo de Itu, desta época em diante passou ao termo de Capivari, através de solicitação da Câmara Municipal à Assembleia Provincial.
A instalação de indústrias nos últimos anos, facilitada ainda pelos múltiplos loteamentos de baixo custo, feitos a pagamento de longo prazo, intensificaram a migração de várias regiões para Monte Mor. O crescimento populacional acarretou também no desenvolvimento similar de vários outros aspectos.
Geografia
A maior parte do município de Monte Mor encontra-se inserido na Bacia do rio Capivari. Entretanto uma parcela da área rural do município encontra-se na área de drenagem da bacia do ribeirão dos Toledos, tributário do rio Piracicaba.[6][7]
Segundo dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO/SP), desde novembro de 2015 a menor temperatura registrada em Monte Mor foi de 1°C em 13 de junho de 2016 e a maior atingiu 40,4°C em 8 de outubro de 2020.
Cultura
Museu Elizabeth Aytai

O museu foi fundado em 5 de Novembro de 1988, sendo resultado do trabalho do Dr. Desidério Aytai, antropólogo húngaro radicado no Brasil. A denominação deve ao fato de que foi sua esposa, Elisabeth Aytai, quem encontrou a primeira urna funerária na aldeia tupi, com 800-1000 anos de idade, em Monte Mor.
O museu possui um acervo variado, possuindo desde documentos de valor histórico, tais como o testamento do Barão de Monte Mor, de 1884, quanto objetos pré-históricos locais, encontrados em escavações iniciadas em 1972, no sítio Rage Maluf, entre outros. Um exemplo é uma urna funerária de 800 anos. Apresenta, também, objetos indígenas da região.
O acervo conta, ainda, com materiais relativos à numismática, periódicos e jornais históricos, fotografias, produção artístico local, biblioteca de interesse arqueológico.
O museu está credenciado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como centro da arqueologia da região.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 25 de maio de 2023

MIRASSOL - SÃO PAULO

Mirassol é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, Região Sudeste do país. Localiza-se a uma latitude 20º49'07" sul e a uma longitude 49º30'30" oeste, estando a uma altitude de 587 metros. O município é formado pela sede e pelo distrito de Ruilândia.
A cidade tem uma população de 60.768 habitantes (IBGE/2021) e uma área de 243,23 km².
História
Mirassol foi fundada em 8 de setembro de 1910 por Joaquim da Costa Penha, mais conhecido como (Capitão Neves) e Vitor Cândido de Souza. O primeiro nome da cidade, então era "São Pedro da Mata Una", devido ao padroeiro escolhido: o santo apóstolo Pedro. Em 27 de novembro de 1919 é elevada a distrito, mudando o nome para a forma atual de Mirassol.
"No princípio era a mata virgem. Mata-Una. A terra não estava, pois, vazia e nua, como antes do princípio...
Disse Joaquim da Costa Penha, alcunhado Capitão Neves: "façamos uma clareira em meio da mata, derribando perobeiras e tamburis, cedros e paus d'alho. E fez-se a clareira". E viu o fundador que a terra era boa. E ali plantou a Cruz de Cristo, para assinalar o nascimento da cidade. E o fundador chamou a cidade de "São Pedro da Mata Una". E, de manhã à tarde, era o primeiro dia: 8 de setembro de 1910.A cidade foi estabelecida oficialmente como município em 23 de dezembro de 1924, desmembrado de Rio Preto. A instalação municipal verificou-se no dia 11 de março de 1925. Em 1933, a cidade contava com os distritos de Mirassol, Barra Dourada, Nipoã, Ruilândia, Vila Poloni, Iaci e Bálsamo.
Não se sabe a origem exata da mudança do nome, porém é do conhecimento popular que tal nome está relacionado a grande quantidade, e a beleza dos girassóis encontrados na localidade. Contudo, conforme fontes oficiais, o nome Mirassol se deve ao fato de que o centro da cidade é considerado um dos pontos mais altos da região, podendo-se vislumbrar o nascer e o por-do-sol no horizonte.
Fundada a cidade, no âmago da floresta, e escolhido o seu padroeiro, deu-se-lhe o primitivo topônimo de "São Pedro da Mata Una". Durante dois anos, conservou-se a denominação.
A respeito da origem do topônimo Mirassol, a versão mais aceita é a seguinte:
Passava certa feita o fundador a cavalo pelo Largo da Capelinha, onde se cultivavam roças de arroz, quando um dos enxadeiros chamou-lhe a atenção para a existência, no local, de uma touceira de plantas esguias, de cerca de dois metros de altura, e no topo das quais desabrochavam grandes flores redondas, de cor amarelo-ouro. O passante, ao divisar as flores, exclamou: "- É girassol…
O roceiro retrucou: - Não é não, seu capitão. O nome dessa flor é Mirassol…"
Economia
Mirassol foi fundada em 1910. Por volta de 1913, começaram a surgir, ao longo dos espigões, grandes cafezais e culturas de alguns cereais. Inúmeros estrangeiros e habitantes de outros estados afluíram para a região.
A industrialização da cidade se deu a partir de 1917, quando Feliciano Sales Cunha, abre uma picada para um canto da cidade, sentido São José do Rio Preto, e monta uma serraria. Por volta de 1920, a industrialização de Mirassol ganha uma nova força, com a fabricação de carros movidos a gasogênio pelas famílias Tomé, Cica e Vita. No mesmo período instala-se em Mirassol a senhora Farid Dalul, que abriu o bazar Casa Verde, estabelecimento que foi crescendo e passou a ser uma casa de tecidos, depois loja de móveis e, mais tarde, transformou-se na fábrica de móveis Casa Verde.
O Setor terciário é o mais relevante da economia de Mirassol, com 68% do PIB. A Indústria corresponde a 30,1%. A Agropecuária corresponde a 1,8% do PIB.
A cidade tem uma relevante indústria moveleira.
Geografia
A cidade possui o Parque Natural da Grota, com uma área de 20,34 hectares e um dos últimos fragmentos de mata estacional semidecidual da região noroeste do Estado.
Hidrografia
A hidrografia de Mirassol é composta por: Rio São José dos Dourados (Fóz - rio Paraná); Rio Fartura (Fóz - rio Tietê); Córrego Tres Barras (Fóz - rio Preto) e Córrego Piedade (Fóz - rio Preto)
Clima
O clima da região é tropical sub-quente e úmido, com invernos secos e amenos e verões quentes e chuvosos. Em geral, de junho a setembro, o clima se apresenta seco, com características mesotérmicas, com temperaturas abaixo de 18 °C. Na classificação climática de Köppen-Geiger, Mirassol se localiza em uma zona Cwa, o equivalente a subtropical com inverno seco ou tropical de altitude.
Segundo dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO/SP), desde dezembro de 2008 a menor temperatura registrada em Mirassol foi de 3,4 °C em 4 de agosto de 2011 e a maior atingiu 41,6 °C em 6 de outubro de 2020. O maior acumulado de chuva em 24 horas alcançou 134,9 mm em 30 de março de 2020.
Cultura
O Museu "Jezualdo D'Oliveira", fundado em 1945 e localizado na Rua Rui Barbosa, centro da cidade, tem como acervo material trazido da Itália pelos pracinhas brasileiros, material da Revolução Constitucionalista de 32, mais de mil documentos, fotos e peças históricas e fósseis.
A Casa da Cultura (antigo Cine São Pedro) foi projetada por Ramos de Azevedo e sedia exposições de arte (fotos, telas), palestras e solenidades cívicas e exibições de filmes.
A Festa de São Pedro, padroeiro de Mirassol, ocorre anualmente no mês de junho, com diversas atrações. A festa iniciou-se em 1912, no dia do padroeiro, com a celebração de uma missa, celebração essa que se repetiu nos anos seguintes, até 1914, quando também se realizou um leilão de prendas. A partir de 1920, adotou-se a forma atual, finalizando, no último dia do mês, com uma queima de fogos de artifício
Em março, é realizada a Festa de São José, na Paróquia Nossa Senhora do Carmo. 
A Paróquia Santa Rita de Cássia celebra a festa da Padroeira (Santa Rita) durante o mês de maio. 
Em novembro, tem início a Festa de Santa Luzia, organizada pela Paróquia Santa Luzia.
A cidade possui uma arena para Festa de Peão, construída no fim da década de 1990.
Paralelo à sua forte cultura tradicional, Mirassol é lar também de duas bandas importantes da cena punk underground. Entre o final dos anos 80 e começo dos anos 90 surgiram na cidade as bandas Desnutrição e Academic Worms. A Desnutrição teve uma música ("Orgulho Americano") gravada pelos belgas do Agathocles, expoente do grindcore mundial, e a Academic Worms gravou um disco split com o mesmo grupo europeu.
Transportes
Em 1918, a estação férrea mais próxima era a de São José do Rio Preto. Mas Mirassol, com suas lavouras e indústrias em crescimento, precisava de um outro meio de transporte mais rápido e mais adequado para São José do Rio Preto e para a saída ao restante do estado, que não fosse o "carro de boi".
Feliciano Sales Cunha foi o responsável por abrir a estrada de ligação a São José do Rio Preto. A rodovia que hoje se estende de Mirassol até o Mato Grosso do Sul recebeu o nome de Feliciano Sales Cunha.
A cidade é servida por via férrea, a Estrada de Ferro Araraquara, desde 1933 (atualmente, somente transporte de carga).
Rodovias
- SP-310 - Rodovia Washington Luís/Feliciano Sales Cunha
- SP-320 - Rodovia Euclides da Cunha
A Rodovia Washington Luiz (SP-310) muda o nome para "Feliciano Sales Cunha" após Mirassol.
A "Feliciano Sales Cunha" tem o mesmo código que a "Washington Luís" e passa por Monte Aprazível, Nhandeara, Auriflama até Pereira Barreto e Ilha Solteira, na divisa com o Estado de Mato Grosso do Sul.
A "Euclides da Cunha" passa por Bálsamo, Tanabi, Fernandópolis, Votuporanga, Jales até Santa Fé do Sul.
Além das rodovias estaduais, a BR-153 (Transbrasiliana) passa à margem do distrito de Ruilândia, a 13 km da sede do município.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 22 de maio de 2023

TEFÉ - AMAZONAS

Tefé é um município brasileiro do interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. Sua população, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021, era de 59.250 habitantes. Sua área territorial é de 23.808 quilômetros quadrados, sendo o quadragésimo oitavo maior município do Brasil em área e o vigésimo terceiro do Amazonas.
Está distante 523 quilômetros de Manaus, capital do estado, e 2.304 quilômetros de Brasília, capital nacional.
A cidade fica às margens do lago Tefé, lago formado pelo alargamento do rio de mesmo nome nas proximidades de sua foz, que é um dos afluentes do Rio Solimões na sua margem direita.
História
Primórdios

A área em que hoje se localiza o atual município de Tefé era, nos primórdios, habitada pelos indígenas, predominantemente as tribos Tupebas ou Tapibas. O nome Tefé origina-se destas tribos.
O padre Samuel Fritz foi enviado para o Amazonas a serviço da Espanha e fundou as primeiras missões jesuíticas na região para catequizar os indígenas. Essas missões também eram responsáveis por prestar serviços sociais à comunidade indígena. Os portugueses, desrespeitando o Tratado de Tordesilhas, subiram o Rio Solimões, vindos do Grão-Pará, com a finalidade de conquistar o Amazonas e dominar as terras dos espanhóis, o que resultou em um grande conflito entre as duas nações, quando esses chegaram à região
O governador do Grão-Pará enviou tropas comandadas pelo Capitão Correia de Oliveira, em 1708, para expulsar os espanhóis. Assim sendo, o padre Sana promulgou que Samuel Fritz deveria deixar a região do Amazonas, conforme ordem da Coroa Portuguesa. Samuel Fritz se retirou e foi até o Peru em busca de apoio para combater os portugueses. Muitos indígenas que lutavam em apoio aos portugueses morreram vítimas do confronto, e novamente os espanhóis voltaram a dominar a região, conforme já estava estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas.
Em 1709, portugueses e espanhóis voltaram a entrar em confronto. Novamente, Portugal sai vitorioso, o que leva os índios a uma fuga em massa para o interior das matas, adentrando a foz do lago Tefé, onde atualmente está a área do município de Tefé.
Colonização portuguesa
Pouco tempo depois, o frei André da Costa chega à região com a finalidade de tomar conta das missões da Ilha dos Veados e Parauari. A partir de 1718, frei André da Costa, temendo novos ataques dos espanhóis, entrou pela foz do lago Tefé, fixando-se na margem direita deste com seus seguidores peregrinos.
O Tratado de Madrid foi assinado alguns anos depois, pelos reis de Espanha e Portugal. O tratado visava dar fim às lutas entre os dois países pela posse das terras do norte brasileiro, e procurava delimitar o território de domínio dos dois países na região. A área de Tefé passou a ser usada como limite territorial do domínio das duas Coroas, mas ainda assim, nenhuma das duas nações mostrava-se disposta a ceder a região de Tefé, o que causava enorme discussão à época. Apesar da tensão, Portugal mantinha predominantemente sua influência sobre Tefé.
Tefé foi elevada à categoria de vila em 1759, título concedido pelos portugueses. A vila passou a chamar-se Vila de Ega, e fazia parte da Capitania de São José do Rio Negro. A discussão sobre os limites territoriais sob domínio espanhol continuava, até que uma expedição demarcadora, comandada por D. Francisco de Requena, foi enviada pela Espanha. A expedição ocupou todo o Solimões até as proximidades da Vila de Ega. Em 1787, o português Manoel Lobo d’Almada assumiu a capitania de São José do Rio Negro e deu início à expulsão por completo dos espanhóis.
Tefé foi desmembrada em 1817, quando uma de suas vilas, Olivença, recebeu status de município, com território desmembrado de Tefé. No entanto, tempos depois, o município de Olivença foi suprimido e seu território retornou ao de Tefé. Nessa época, a comarca do Alto Amazonas, que compreendia o atual estado do Amazonas, era formado por apenas quatro municípios, sendo que um deles era Tefé. Em relação à área territorial, Tefé chegou a ser o maior município do mundo em território, abrangendo vastíssima região, superior a 500.000 km², equivalente ao território atual da Tailândia.
Em 1833, o governo da província do Grão-Pará obteve o controle de Ega, devido à delimitação territorial feita entre Portugal e Espanha. O Grão-Pará ignorou a denominação Vila de Ega e restituiu o nome da região para Tefé. Em 1850, o Amazonas foi desmembrado do Grão-Pará e elevado à categoria de província, sendo que Tefé passou a fazer parte da nova província. Cinco anos depois, em 1855, o Governo da Província do Amazonas elevou Tefé à categoria de cidade.
Demografia
Composição étnica

Os traços culturais, políticos e econômicos herdados dos portugueses são notáveis e marcantes no município de Tefé. Desenvolveu-se assim, mas, voltando um pouco atrás na história, não se pode esquecer a importância dos indígenas no quesito contribuição étnica. Foram eles que iniciaram a ocupação humana no Brasil.
Na sua formação histórica, a demografia tefeense é o resultado da miscigenação das três etnias básicas que compõem a população brasileira: o indígena, o europeu e o negro, formando, assim, os mestiços da região. Mais tarde, com a chegada dos imigrantes, formou-se um caldo de cultura singular, que caracteriza a população tanto da cidade quanto do estado, seus valores e modo de vida. No entanto, é muito notável a predominância da influência do indígena brasileiro no município, devido principalmente ao fato de esse estar situado no estado com a maior população indígena no país. Outra etnia marcante no município é o caboclo (também chamado mameluco), resultado da miscigenação do indígena com o branco.
Geografia
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, o município pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Tefé. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Tefé, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Centro Amazonense.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1969 (a partir de 1° de setembro), a menor temperatura registrada em Tefé foi de 14,6 °C, em 27 de junho de 1994, e a maior atingiu 39,7 °C, em 25 de fevereiro de 2007. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 163,9 milímetros (mm), em 27 de setembro de 2000.
Infraestrutura
Educação

A cidade de Tefé é o município polo da região do Triângulo Jutaí – Solimões - Juruá. É a cidade com maior número de Instituições Educacionais da região possuindo universidades, centros técnicos e grande rede de escolas e instituições de ensino particulares.
Tefé possui seis instituições de ensino superior, sendo três de caráter público e três de caráter privado: Centro de Estudos Superiores de Tefé, Universidade Aberta Brasil (UAB), Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO), Universidade Paulista (UNIP), além da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e o Instituto Federal do Amazonas (IFAM). Além destas instituições, o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (CETAM) oferece cursos de nível técnico, bem como o Instituto Federal do Amazonas (IFAM).
Economia
Fábricas e Indústrias - é um setor pouco diversificado, não existem médias ou grandes indústrias em Tefé. Neste município encontramos apenas pequenas fábricas de material cerâmico para construção civil, móveis, metalúrgicas e vidraçarias.
Agricultura – É basicamente de produtos de subsistência como hortaliças e frutas regionais produzidas apenas para atender as necessidades locais. A maioria dos produtos agrícolas são comprados das regiões Sul e Sudeste do Brasil. O município possui grandes áreas de cultivo da mandioca para produção de farinha, Tefé divide com o município de Uariní a produção da farinha mais valorizada do Estado do Amazonas, conhecida como a “Farinha do Uarini”, são produzidas toneladas de farinha de mandioca para abastecer a cidade de Manaus.
Pecuária – A criação de rebanhos é pouco desenvolvida, o gado em sua maioria é comprado de outras regiões da Amazônia, pois o município é localizado em terra-firme, imprópria para cultivo de pastagens e criação de rebanhos.
Pesca - A produção de pescado possui grande destaque na economia local. A cidade de Tefé fica localizada próxima às maiores áreas de pesca do Amazonas, devido a isso, é grande a quantidade de empresas instaladas em flutuantes relacionadas à venda e compra de pescado, principalmente peixes lisos, tambaqui e pirarucu, que é vendido tanto para mercado interno (Tefé/Manaus) como externo (Colômbia/Peru e Ásia).
Comércio – É o setor mais desenvolvido da economia do município, pois existe uma grande quantidade de pequenas lojas dos setores de vestuário, calçados, eletrodomésticos, móveis, eletroeletrônicos, material de construção, armarinhos, tecidos, estivas e bebidas.
Setor de Serviços - Existe no município de Tefé um grande fluxo diário de pessoas, devido o fato de a cidade ser sede dos principais Bancos e Instituições Financeiras que não são encontradas nos municípios vizinhos, possui também quartéis militares das Forças Armadas, instituições de ensino superior e de saúde, Policia Federal, ONGs e entidades de preservação do meio ambiente e do indígena, sede do Poder Judiciário e Político Administrativo do Amazonas. É o principal porto fluvial e rota de passagem de grandes embarcações que navegam no rio Solimões.
Aeroporto - Na cidade existe o Aeroporto Regional de Tefé, administrado pela Infraero, equipado para receber médias e grandes aeronaves da região.
A cidade de Tefé exerce forte influencia econômica sobre as cidades de Alvarães, Uarini, Fonte Boa, Maraã, Jutaí, Carauari, Eirunepé, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá e Tabatinga.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 18 de maio de 2023

FLORIANO - PIAUÍ

Floriano é um município brasileiro do estado do Piauí. Situa-se na Zona Fisiográfica do Médio Parnaíba, à margem direita desse mesmo Rio, em frente à cidade de Barão de Grajaú, Maranhão. A cidade fica a 240 km da capital do estado do Piauí, Teresina. Sua altitude e de 140 metros e o clima quente e seco, no verão, e úmido na época das chuvas.
Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 60.111 habitantes, enquanto a sua área territorial é 3.409,647 km², contabilizando uma densidade demográfica de 16,92 hab/km².
Acidentes geográficos do município: Rio Parnaíba, que banha a cidade e o município em toda sua extensão. Seguem-lhe os rios Gurgueia e Itaueira.
Dados Históricos Oficiais do Município de Floriano
A região onde se localiza o município de Floriano situa-se na área das sesmarias que, em 1676, a Coroa Lusa concedeu a Domingos Afonso Mafrense, Julião Afonso Serra, Francisco Dias D´Ávila, Bernardo Gago, arcediago Domingos de Oliveira Lima, Manoel Oliveira Porto, Catarina Fogaça, Pedro Vieira Lima e Manoel Ferreira, potentados baianos, que jamais se abalaram a seguir para o Piauí e viver em suas terras.
Essas concessões estendiam-se por dez léguas de terras em quadro, para cada um deles, nas margens do Rio Gurgueia. Algum tempo depois, os contemplados, anteriormente, junto com Francisco de Souza Fagundes, obtiveram mais dez léguas de terras, em quadro, para o Parnaíba.
A criação de gado começou a se expandir com rebanhos vindos de Cabo Verde. A criação de gado vacuno foi se transformando, para além da atividade agrícola, em fonte principal de riquezas e, com o passar do tempo, os currais se multiplicaram.
O município de Floriano situa-se na área em que Domingos Afonso Mafrense fundou as primeiras fazendas de gado no Piauí. Elas formariam o centro da expansão da pecuária piauiense.
Com a morte de Mafrense em 1671, 30 de suas fazendas foram doadas aos padres da Companhia de Jesus — os jesuítas. Com a administração das fazendas pelos padres da Companhia, observou-se grande progresso e desenvolvimento dessas fazendas. Porém, em 1760, com a expulsão dos padres jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pombal, as referidas fazendas passaram para o poder do Estado do Piauí ou, na época, Província do Piauí.
O Governador daquela época, João Pereira Caldas, após a expulsão dos jesuítas, promoveu o sequestro ou tomada das fazendas e faz o arrolamento dos bens das mesmas. Após isso, divide-as em três inspeções com nomes de Canindé, Nazaré e Piauí.
Passados alguns anos, já em 1873, desmembram-se, da inspeção de Nazaré, as fazendas: Guaribas, Serrinha, Matos, Algodões, Olho D´água e Fazenda Nova, para formarem a Colônia Rural de São Pedro de Alcântara, criada pelo Decreto Imperial nº 5.292, de 10 de setembro de 1873, a cuja frente do projeto da Colônia Rural se encontrava o ilustre e primeiro agrônomo do Piauí, formado na França, Francisco Parentes, que havia sido comissionado pelo Ministério da Agricultura do Brasil para estudar, minuciosamente, as condições de criação de gado bovino no Piauí, especialmente nas fazendas da Inspetoria de Nazaré.
A sede da colônia estava situada à margem direita do Rio Parnaíba, a 60 léguas acima da cidade de Teresina, na época, capital da Província do Piauí, e a 150 léguas do litoral, no lugar chamado “Chapada da Onça”. As fazendas acima mencionadas formariam o patrimônio da Colônia, e as mesmas foram consideradas pelo Ministério da Agricultura e da Fazenda, para o fim de formar a Colônia Rural, por Aviso de 10 de junho de 1873. As fazendas, que pertenciam à Inspetoria de Nazaré, contavam de 21 léguas de comprimento por 20 de largura, em excelentes terras, com pastagens de boa qualidade e foram doadas com três casas, currais e gado bovino existentes, em número de 10.000 cabeças.
Após essas providências, Francisco Parentes encontrava-se no Rio de Janeiro, ultimando entendimentos para o início dos trabalhos a partir de Teresina. A bordo do vapor “Piauhy”, seguido de grande comitiva, o governador do Piauí, na época chamado de Presidente da Província do Piauí, Adolpho Lamenha Lins, segue para o local da fundação, onde, no dia 10 do mesmo mês e ano, lança a pedra fundamental do edifício principal (atual Terminal Turístico de Floriano) A pedra continha a seguinte inscrição: “São Pedro d´Alcantara — Estabelecimento Rural, fundado por Decreto n° 5.392, pelo Agrônomo Piauiense Francisco Parentes, na presidência do Exmo. Senhor doutor Adolpho Lamenha Lins, 1874.” Quando as obras do grande edifício sede já estavam quase concluídas, Francisco Parentes contraiu febre maligna. Levado às pressas em uma canoa para Amarante, a procura de socorro médico, ali morreu com 37 anos de idade, no dia 16 de junho de 1876. Apesar da morte de Parentes, contudo, a obra teve continuidade.
Na época de Parentes e após a sua morte, por algum tempo não era permitidas construções de casas particulares na área do Estabelecimento, o que, de certa forma, impedia o desenvolvimento mais rápido da sede da Colônia. Foi na administração de Ricardo Ferreira de Carvalho, diretor do Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, que foi permitida, livremente, a edificação de casas na colônia, o que era facilitado pela direção do Estabelecimento.
No edifício-sede funcionava uma escola para os filhos dos escravos (ambos os sexos), órfãos e libertos pela Lei de 28 de setembro de 1871. A escola não ensinava somente as letras, mas o ofício de mecânico, técnicas agrícolas, arte de curtume, alfaiataria, fabricação de produtos de laticínios, além de estudo religioso, música, física e química. No lugar denominado Brejo havia um campo experimental agrícola mantido pelo Estabelecimento. Em 1884 recebeu tentativa de reforma por parte do Governo Imperial.
Em 1887, e com o aumento considerável da população, elevou-se, o povoado sede do Estabelecimento à categoria de vila, com o nome de Vila da Colônia, por força da Resolução nº 2, de 19 de junho 1890, transferindo para ela a oficialidade da Vila da Manga. Por força da resolução mencionada, a nova Vila ficou pertencendo à jurisdição civil e criminal da comarca de Jerumenha, sendo seu termo um distrito de paz. Poucos dias depois, a Resolução nº 3, de 26 de junho de 1890, desmembrou o termo da Colônia da Comarca de Jerumenha, para a formação de uma nova comarca com denominação de Colônia, assim ficando até 1892, quando, pela Lei nº 18, de 12 de dezembro do mesmo ano, foi cassada sua autonomia judiciária, passando a seu termo a integrar a comarca de Amarante. A Lei nº 67, de 25 de setembro 1895, extinguiu a vila e o Município. Em 18 de junho de 1895 era restabelecida a autonomia da vila e do Município com os seus primitivos limites, voltando o termo judiciário, ainda, a pertencer à comarca de Amarante. A Lei nº 144, de 8 de julho de 1897, elevou a Vila da Colônia à categoria de cidade, com a denominação de Cidade Floriano, homenagem ao “Marechal de Ferro” Floriano Peixoto. A lei foi assinada pelo governador da Província do Piauí, Raimundo Artur de Vasconcelos.
Geografia
Vegetação

A caatinga é a vegetação predominante na região, mas há regiões onde se verifica a mistura com cerrado, também. Na agricultura, os destaques são a castanha de caju e a mandioca, tendo grande destaque na produção de cajuína. Exporta óleos de amêndoas e babaçu, algodão em pluma e arroz.
Clima
Justamente por se localizar no interior do estado, Floriano apresenta clima tropical semiárido. As temperaturas ficam entre 22 °C e 37 °C e as chuvas são mais escassas do que no norte do Piauí - com período seco de seis meses. As chuvas predominam entre os meses de novembro e abril. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1970 a menor temperatura registrada em Floriano foi de 15 °C em 4 de julho de 1996 e a maior atingiu 41,8 °C em 20 de novembro de 2005. O maior acumulado de precipitação em 24 horas chegou de 164,4 mm em 1° de outubro de 1973.
Cultura
Biblioteca municipal

Conforme a lista do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas em Floriano tem a Biblioteca Municipal Costa e Silva situada na avenida Euripedes de Aguiar, nº 440, no centro da cidade.
Folclore
Fazem parte do rico folclore florianense dois tipos distintos de herança: a oriunda dos colonizadores portugueses, dos índios e dos negros e aquela herdada dos imigrantes árabes. Nesta se enquadram figuras como o "Seu" Salomão Mazuad, Calixto Lôbo, David Kreit, Elias Oka, Faiz Salim, Gabriel Zarur, Millad Kalume, Dra. Josefina Demes e outros, cada um sendo a personificação de uma característica inerente ao povo árabe, positiva ou não. Naquela temos o Cavalo Piancó, o Pastoril, o Cabeça de Cuia, a porca do dente de ouro.
Museu
Há o Museu do Automóvel de Floriano e o Espaço Cultural Maria Bonita (Museu e Teatro).
Referências para o texto: Wikipédia , Página da Prefeitura Municipal .

segunda-feira, 15 de maio de 2023

IBITINGA - SÃO PAULO

Ibitinga é um município do estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se a uma latitude 21º45'28" sul e a uma longitude 48º49'44" oeste, estando a uma altitude de 491 metros. Possui uma área de 689,391 km² e sua população foi estimada em 61.150 habitantes, conforme dados do IBGE de 2021. O município é formado pela sede e pelo distrito de Cambaratiba, distante 27 km no sentido Iacanga, às margens da Usina Hidrelétrica de Ibitinga.
Etimologia
A origem do nome "Ibitinga" é tupi antiga, significando "terra branca", através da composição dos termos yby ("terra"), ting ("branco") e a (sufixo).
Estância turística
Ibitinga está localizado a 358 quilômetros de São Paulo. É considerada a "Capital Nacional do Bordado", e atrai milhares de visitantes para suas diversas lojas. Muitos vão até a cidade para comprar artigos de cama, mesa e banho. A indústria e o comércio de bordados são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento econômico local nos últimos anos.
Ibitinga é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante, a esses municípios, uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. O município também adquire o direito de agregar, junto ao seu nome, o título de "estância turística", expressão pela qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
A cidade dispõe de uma boa infraestrutura e serviços turísticos, entre eles a Festa do Padroeiro Senhor Bom Jesus, que é realizada anualmente no mês de agosto.
O Corpus Christi em Ibitinga é celebrado de forma diferente. Os fiéis da cidade preparam tapetes feitos de tecidos bordados. Eles são colocados no espaço de 10 quarteirões na região da Igreja Matriz, por onde passa a procissão. O evento é realizado há mais de 35 anos na cidade e em média 50 mil pessoas prestigiam a festa a cada ano. Todos os anos, a população doa produtos, como roupas de cama, mesa e banho, que são bordados pelas bordadeiras da cidade. Além disso, muitos voluntários ajudam na montagem dos tapetes.
Há, também, a encenação ao vivo das "15 Estações da Via Sacra", com coreografia e cenários próprios da época. Os atores seguem fielmente o texto bíblico, para incrementar o turismo na cidade de Ibitinga. A apresentação oficial é realizada na semana da Páscoa, sendo considerado um dos principais espetáculos do gênero.
O Museu Duilio Galli é outro lugar para se visitar na cidade. Neste local, é possível observar cerca de 128 obras, como: pinturas a óleo, gravuras, desenhos, serigrafias e esculturas acadêmicas, impressionistas e primitivas (essas obras são dos artistas: Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi, Vinicius Pradella e Aldemir Martins).
Ibitinga está localizada no centro geográfico do estado de São Paulo: o Vale do Médio Tietê.
Os recursos naturais são abundantes, com área de rara beleza, sendo banhada pelos rios Tietê, Jacaré-Pepira, Jacaré-Guaçu, São Lourenço, São João e Ribeirão dos Porcos. Assim, o município se destaca também em seu sistema fluvial.
O Rio Tietê conserva suas águas despoluídas e abriga a Usina Hidrelétrica de Ibitinga, que, através do canal da eclusa, integra a importante Hidrovia Tietê-Paraná. O Gasoduto Bolívia-Brasil também passa por aqui. O rio Jacaré-Pepira detém o título de rio mais limpo e preservado do Estado. Nele, está localizado o Pantaninho – reserva pantanosa com similaridade ímpar, tanto na fauna quanto na flora, ao Pantanal Mato-grossense.
Outras atrações de Ibitinga são: a prática dos voos panorâmicos de trike sobre o Pantanal Paulista, Eclusa e Encontro das Águas, e o passeio aéreo no Aeroclube de Ibitinga. Recomenda-se o passeio às Eclusas de Barra Bonita e Ibitinga. Neste local, o turista irá se encantar com as águas calmas e limpas do Rio Tietê, em um maravilhoso cruzeiro pelas regiões.
Até a chegada da cultura do café no oeste da província de São Paulo no século XIX, a região era ocupada pelos caingangues.
Em 1842, aconteceu, em Minas Gerais, a Revolução Liberal, que veio a ser controlada pelas forças do Império do Brasil. Os fatos forçaram muitas famílias mineiras a procurarem novas terras. Esta é uma das teorias para explicar a migração para o interior paulista; outros historiadores acreditam que a decadência da mineração do ouro seja o motivo.
Foi no final desse ano que as famílias mineiras Landim e de Pedro Alves de Oliveira (Velho Amaro) chegaram à região de "Campos de Araraquara", de onde "os Amaro" partiram para o norte e fundaram a cidade de Boa Vista das Pedras, mais tarde conhecida como Itápolis.
"Os Landim" rumaram para o sul e se estabeleceram na cachoeira de Wamicanga, povoado que foi quase dizimado pela febre palustre e por ataques indígenas. Partiram então em direção ao nordeste até chegarem na confluência dos córregos Saltinho e São Joaquim, terra que foi dividida entre o clã, para que fosse melhor cultivada.
A Miguel Landim, coube a região entre o Córrego São Joaquim e o Córrego Água Quente, onde foi formado o povoado da "Capela da Água Quente" (ou "Vila do Senhor Bom Jesus de Ibitinga"), sendo que o ano provável da fundação é 1860.
No dia 3 de outubro de 1870, Miguel Landim e sua esposa Ana Custódio de Jesus doaram, à Mitra Diocesana, o patrimônio onde se formou a Vila de Ibitinga.
Em 1885, por Lei Provincial de número 105, Ibitinga foi elevada à categoria de distrito de paz e, em 4 de julho de 1890, por força da Lei de número 66, assinada pelo então governador Prudente de Moraes Barros, teve a sua emancipação político-administrativa.
Em 1987, o município tornou-se área de proteção ambiental.
Em 1992, de acordo com a Lei nº 8.199, o município foi elevado ao título de estância turística.
Em 2019, Ibitinga foi a primeira cidade da microrregião a alterar seu Código de Endereçamento Postal geral 14940-000 para os de logradouros recebendo as faixas de 14940-001 até 14949-999. Essa nova codificação facilita a localização de endereços, beneficiando moradores e empresas que prestam serviços na cidade.
Geografia
Clima

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a temperatura mínima registrada em Ibitinga foi de 1,5 ºC, ocorrida no dia 28 de junho de 2011, enquanto que a máxima foi de 38,6 ºC, observada em 8 de dezembro de 2012. No dia 30 de setembro de 2020 foi registrada nova temperatura máxima absoluta de 41,7 ºC. O maior acumulado de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de 204,0 mm, no dia 9 de janeiro de 1988. O menor índice de umidade relativa do ar foi de 9%, em 28 de outubro de 2014, o menor do Brasil naquele dia.
Hidrografia
A bacia hidrográfica de Ibitinga está assim constituída: Rio Jacaré Pepira; Rio Jacaré Guaçu; Rio São João; Rio São Joaquim; Rio São Lourenço; Rio Tietê e Ribeirão dos Porcos
Economia
Ibitinga é considerada a Capital Nacional do Bordado, produto base de toda a economia do município. Sua indústria é quase que totalmente voltada a essa área da indústria têxtil. O turismo comercial é uma das principais fontes de renda de Ibitinga, juntamente com as exportações do seu principal produto e a agropecuária, onde se destacam as culturas de laranja e cana-de-açúcar.
Esportes
Ibitinga tem vários destaques no esporte, como o Esporte Clube Rio Branco, que foi campeão paulista da série A3 de 1970, e o time de futsal da cidade, que foi campeão da Copa TV Modelo de Futsal (atual TV TEM Bauru) em 2001 e da Copa Record de Futsal Masculino Série Prata de 2011 organizada pela TV Record Paulista. Individualmente, Ibitinga tem, como destaques: os irmãos futebolistas Inácio Piá e Joelson José Inácio, atualmente no futebol italiano; Léia Silva, uma das líberos da seleção brasileira de voleibol feminino, que disputou as Olimpíadas do Rio 2016; e o alpinista Rodrigo Raineri, conhecido como o único brasileiro a escalar três vezes, com sucesso, a mesma face do monte Everest, e a temível Face Sul do Monte Aconcágua, uma das mais difíceis do mundo.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 12 de maio de 2023

NOVA ODESSA - SÃO PAULO

Nova Odessa é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 22º 46' 40" sul e a uma longitude 47º 17' 45" oeste, estando a uma altitude de 570 metros. Sua população estimada em 1º de julho de 2019 é de 60 174 habitantes. Possui uma área de 73,788 km².
História
Toponômio
Seu nome é devido a visita que o fundador fez à cidade de Odessa, na Ucrânia, de onde trouxe o estilo de suas ruas.
Origens
Nova Odessa surgiu onde se situava a sede da antiga Fazenda Pombal, de propriedade de Ângelo Gazzola. Em 1873 foi iniciado o trabalho de construção dos trilhos que ligariam Campinas a Rio Claro, atravessando essas terras. Só que durante trinta anos passaram os trens pelas terras do Pombal sem que houvesse uma parada no local.
Em 24 de maio de 1905 foi fundado por Carlos José de Arruda Botelho, então Secretário de Agricultura do estado de São Paulo, o Núcleo Colonial Nova Odessa, nas terras recém adquiridas da Fazenda Pombal, que deram origem a cidade.
As propriedades que originaram a formação do Núcleo Colonial foram, além da Fazenda Pombal, a Fazenda Velha, comprada poucos meses depois da primeira e o "Engenho Velho", da antiga Fazenda São Francisco. Outras propriedades foram compradas pelo governo, entre 1909 e 1911, para fazerem parte do núcleo colonial, cujas terras estão hoje no vizinho município de Sumaré. Eram as fazendas Pinheiro, Paraíso e Sertãozinho. Cada uma dessas fazendas passou a ser uma das seis seções do Núcleo Colonial Nova Odessa.
Os primeiros colonos eram imigrantes judeus ucranianos, mas como não se adaptaram, abandonaram o empreendimento. Mais tarde foram contatados colonos da Letônia, que ocuparam definitivamente as terras do núcleo colonial. Da Letônia e de colônias letas da Rússia vieram as primeiras 40 famílias. Posteriormente mais imigrantes continuaram a chegar tanto da Letônia como dos estados do Sul, instalando-se em Nova Odessa.
Formação territorial-administrativa
1893 - Por ato do governo do estado é criado em 13/04/1893 o distrito policial de Vila Americana no município de Santa Bárbara e Comarca de Piracicaba, incluindo em seu território a Fazenda Pombal e a Fazenda Velha, terras estas que formam o atual município de Nova Odessa.
1904 - Após ser elevada a distrito de paz pela Lei nº 916, de 30/07/1904, Vila Americana passa a pertencer a Campinas, incluindo as fazendas Pombal e Velha.
1905 - Pelo Decreto Estadual nº 1.286, de 23/05/1905, é criado o Núcleo Colonial Nova Odessa em terras da Fazenda Pombal, no distrito de Vila Americana, incorporando posteriormente ao núcleo colonial outras propriedades, mas estas em território do distrito de Santa Cruz (atual 2º Subdistrito de Campinas). O núcleo colonial era exclusivamente destinado para imigrantes russos, e a sua sede (atual centro da cidade) pertencia ao distrito de Vila Americana.
1907 - Em 01/08/1907 é inaugurada a estação ferroviária da Companhia Paulista de Estradas de Ferro na sede do núcleo colonial.
1924 - Em virtude de deliberação da Câmara Municipal de Campinas, as vias públicas de Nova Odessa recebem denominação.
1925 - Com a criação do município de Vila Americana pela Lei Estadual nº 1.983, de 12/11/1924, o povoado de Nova Odessa passa a pertencer a esse município.
1935 - Pelo Decreto Estadual nº 7.471, de 13/12/1935, é criado o distrito policial de Nova Odessa, com sede no povoado de mesmo nome, em terras do município de Vila Americana.
1938 - Pelo Decreto Estadual n.º 9.775, de 30/11/1938, é criado o distrito de Nova Odessa com terras do distrito sede de Americana e com terras do distrito de Rebouças (atual Sumaré), que na época ainda pertencia a Campinas.
1960 - Pela Lei Estadual n.º 5.285, de 18/02/1959, o distrito de Nova Odessa é elevado à categoria de município, com território desmembrado do município de Americana, sendo instalado em 01/01/1960.
1964 - Pela Lei Estadual nº 8.092, de 28/02/1964, as divisas do município são alteradas, sendo transferido de Americana para Nova Odessa o território localizado entre a Represa Salto Grande e a Rodovia Anhanguera.
1981 - Pela Lei Estadual nº 3.198, de 23/12/1981, as suas divisas com Americana são modificadas, em decorrência de convênio para a permuta de áreas territoriais. Esta foi a última alteração territorial do município.
Geografia
Clima

Tem clima tropical de altitude e semiúmido, com inverno seco e vento sudeste.
Segundo dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO/SP), desde março de 2000 a menor temperatura registrada em Nova Odessa foi de −0,1 °C, em 13 de junho de 2016, e a maior alcançou 41,2 °C, em 8 de outubro de 2020. O maior acumulado de chuva em 24 horas atingiu 117 mm, em 25 de maio de 2005.
Solo
Tipos de solos: latossolo vermelho escuro, orto argiloso e areno argiloso. O município está situado em terras onde o relevo é suavemente ondulado, com declividades fracas e encostas longas.
Hidrografia
Os principais cursos de água são:
- Represa do rio Atibaia;
- Ribeirão Quilombo, com 10 metros de largura (afluente do rio Piracicaba);
- Córregos: da Fazenda Foguete, da Fazenda Santo Ângelo, dos Lopes, São Francisco (divisa com Sumaré), Capuava, Palmital (divisa com Sumaré) e Recanto (divisa com Americana).
Economia
Nova Odessa é um município de grande relevância na região, que se destaca pelo elevado potencial de consumo. O pequeno número de novas oportunidades claras de negócios e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a março de 2023, foram registradas 3,4 mil admissões formais e 3,2 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 186 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de -81.
A concentração de renda entre as classes econômicas em Nova Odessa pode ser considerada alta e é relativamente superior à média estadual. As faixas de menor poder aquisitivo (E e D) participam com 51,5% do total de remunerações da cidade, enquanto que as classes mais altas representam 8,5%. Destaca-se que a composição de renda das classes mais baixas da cidade têm uma concentração 14,5 pontos percentuais maior que a média estadual, já as faixas de alta renda possuem participação 16,7 pontos abaixo da média.
Do total de trabalhadores, as três atividades que mais empregam são: fabricação de tecidos especiais (1.658), administração pública em geral (1.579) e fabricação de peças e acessórios para o motor de veículos (1.286). Entre os setores característicos da cidade, também se destacam as atividades de fabricação de tecidos especiais e estamparia e texturização em peças do vestuário.
A participação do comércio, somado aos serviços de alojamento e alimentação, representa 16% do total de trabalhadores e está concentrada nos supermercados e lojas de variedades e nas lojas de roupas e calçados, que empregam 1,5 mil trabalhadores.
Ao todo, existem 52 modalidades diferentes de comércio na cidade
Referências para o texto: Wikipédia , Site Caravela - Dados e Estatísticas .

segunda-feira, 8 de maio de 2023

RIO BONITO - RIO DE JANEIRO

Rio Bonito é um município situado na sub-região Leste Fluminense (Grande Niterói) da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Localiza-se a uma latitude 22º42'31" sul e a uma longitude 42º36'35" oeste, estando a uma altitude de 40 metros. Sua população estimada em 2021 era de 60.930 habitantes. Possui uma área de 459,458 km².
História
Conta a história que o "batismo" da localidade com nome de Rio Bonito se deveu ao fato de os "Sete Capitães", ao se dirigirem a Macaé, ficarem impressionados com um belo riacho que atravessava região. Porém, as informações sobre o povoamento de Rio Bonito datam da segunda metade do século XVIII.
Em 1755, o sargento-mor Gregório Pereira Pinto, ou Gregório Pinto da Fonseca, mandou construir em sua fazenda, posteriormente chamada "Bernarda", uma capela em homenagem à "Madre de Deus", figurando como um dos primeiros colonos da região. O entorno do templo religioso não tardou a ser habitado por pessoas. Em 1768, o pequeno povoado era elevado à categoria de freguesia, sob a denominação de Nossa Senhora da Conceição do Rio d'Ouro. Mais tarde, a sede da freguesia foi transferida de local, passando a ser conhecida por Nossa Senhora da Conceição do Rio Bonito. Arruinado o templo, outro foi construído a cerca de uma légua do primeiro, mantido sob a proteção da mesma padroeira, passando a freguesia a ser conhecida como "Nossa Senhora da Conceição do Rio Bonito". Após certo período de participação no ciclo de cana-de-açúcar, a economia local foi envolvida pela expansão do café, que passou a ocupar as melhores terras da região, tornando-se em pouco tempo uma de suas maiores fontes de riqueza. O progresso apresentado pela freguesia induziu governo, em 1846, a criar o município de Nossa Senhora da Conceição do Rio Bonito, cuja emancipação deu-se com o advento da Lei Provincial 381, de 7 de maio daquele ano e a instalação em 1° de outubro, cujas terras foram desmembrada dos municípios de Saquarema e Capivari (atual Silva Jardim), sendo elevada à categoria de vila.
A autonomia administrativa e a escolha de Rio Bonito como terminal de um ramal da Companhia de Ferro-Carril Niteroiense fizeram localidade o verdadeiro entreposto da produção e do comércio da região. O desenvolvimento da vila motivou sua elevação à categoria de cidade em 1890.
Devido à topografia acidentada, foram ocupadas, inicialmente, as áreas planas existentes entre a BR-101 e a Serra do Sambê. As áreas urbanizadas e com maior adensamento estendem-se, principalmente, ao longo e nas adjacências do Rio Bonito e na Estrada de Ferro Leopoldina, com ocupação de encostas na região noroeste da cidade.
Primeiro jornal
Seu primeiro jornal editado foi O Rio Bonito, do major João Hilário de Meneses Drumond, que circulou de 6 de março até 28 de agosto de 1887. Fato curioso é que, em seu último número, reza que "Será inaugurada a casa da Câmara desta villa, em prédio reedificado, devendo na mesma data ser também inaugurado o serviço de iluminação pública pelo sistema belga". Não são conhecidos colecionadores que ainda possuam um exemplar sequer desse jornal.
Atualmente circulam cerca de meia dúzia de jornais no município, a maior parte deles tem circulação regional. Dentre os veículos jornalísticos de maior expressão, destaca-se o jornal Folha da Terra (semanal), o jornal O Tempo em Rio Bonito (mensal) e o Jornal Face, que tem periodicidade quinzenal e pauta diversificada, tratando de assuntos que vão da conservação do meio ambiente à espiritualidade. Outros jornais importantes da cidade foram a Folha Fluminense e a Gazeta de Rio Bonito, que circularam nos anos 1990.
Geografia
Desde dezembro de 2013 pertence à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, assim deixando de ser parte do interior fluminense por lei. Não possui praias, mas possui muitas quedas de água, rios e florestas remanescentes de Mata Atlântica em torno da cidade.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde junho de 1995 a menor temperatura registrada em Rio Bonito foi de 4,9 °C em 18 de julho de 2000, e a maior atingiu 42 °C em 16 de outubro de 2015. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 167,9 milímetros (mm) em 28 de fevereiro de 1998.
Economia
Rio Bonito está se preparando para ser a Capital Pecuária do Estado do Rio. Para isso, o município está apoiando e fomentando o crescimento da pecuária e tem como uma das principais motivações a realização do primeiro Leilão de Gado, que acontece no dia 21 de outubro, no Parque de Exposição da Cidade. Os lances pelos animais poderão ser feitos de forma presencial ou online.
Segundo o secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Teilor Cerqueira, esse evento movimentará a economia, o setor turístico, o setor de serviços, além de hotéis, pousadas e restaurantes, gerando vários empregos diretos e indiretos.
“A intenção dos realizadores é fazer um leilão todo mês no Parque para estimular a pecuária e desenvolver a economia de toda região. Só para transportar o gado, devem ser usados entre 30 e 50 caminhões, além de movimentar restaurantes, mercados, depósito de bebidas, hotéis, materiais de construção, madeireiras, entre outros segmentos”, afirma o secretário.
Outro investimento que vai surgir com esse movimento que poderá impulsionar a economia local é a inauguração de um abatedouro de gado no município, construído na localidade de Lagoa Verde. Teilor explicou que essa é uma obra importante para os produtores da região, que faziam o abate dos animais em Valença, cidade do Sul do Estado localizada a mais de 200 km.
Até abril de 2023 houve registro de 72 novas empresas em Rio Bonito, sendo que 11 atuam pela internet. Neste último mês, 18 novas empresas se instalaram, sendo 3 com atuação pela internet. Este desempenho é igual ao do do mês imediatamente anterior (18). No ano de 2022 inteiro, foram registradas 237 empresas.
Na região, somam-se 4,9 mil novas empresas, valor que é superior ao desempenho do ano anterior.
Referências para o texto: Wikipédia , Prefeitura de Rio Bonito , Site Caravela .

quinta-feira, 4 de maio de 2023

SÃO BORJA - RIO GRANDE DO SUL

São Borja é um município brasileiro da região Sul, localizado no estado do Rio Grande do Sul. A cidade foi fundada em 1687 pelos padres jesuítas, a primeira cidade dos Sete Povos das Missões. São Borja tem a civilização mais antiga do estado, e uma das mais antigas do Brasil, sendo povoada ininterruptamente desde sua fundação. Situa-se na fronteira oeste do estado, sendo banhada pelo rio Uruguai, que é a fronteira natural com a cidade de Santo Tomé localizada na província de Corrientes, na Argentina.
A Lei Estadual nº 13.041/2008 declarou oficialmente São Borja "Terra dos Presidentes", por ser cidade natal de dois ex-presidentes do Brasil: Getúlio Vargas e João Goulart.
Antigamente a cidade foi conhecida também como a Capital do Linho, devido ao forte cultivo da planta no município nas décadas do início do século XX, além disso, o município é um dos maiores produtores de arroz da região sul.
História
Em meados do século XVII, São Borja foi o primeiro dos chamados Sete Povos das Missões da Companhia de Jesus, que abrigou a nação guarani e foi o lar de Sepé Tiaraju.
São Borja foi fundada em 1687 pelo jesuíta espanhol Francisco Garcia. O nome é homenagem a São Francisco de Borja, que foi o 3º geral ("general") da ordem dos jesuítas. Por estes motivos é que o brasão da cidade ostenta, em campo vermelho (evocativo da terra vermelha das Missões e do sangue guarani), uma Cruz de Lorena em ouro.
No início eram apenas 195 habitantes, oriundos da redução de São Tomé, foi a primeira reduções dos Sete Povos das Missões. Em 1707, contava com 2.814 habitantes.
A adoção a Cruz de Caravaca, também conhecida como Cruz de Lorena e Cruz de Borgonha, é uma relíquia cristã de origem espanhola utilizada pelos jesuítas. Nas Missões pode ser vista em vários locais da região missioneira, inclusive nas Ruínas de São Miguel das Missões, principal sítio histórico dos Sete Povos das Missões.
O maior combate de todos os tempos ocorrido na América do Sul, a Guerra do Paraguai, tem um de seus capítulos escritos no município. Já em domínio Português, no ano de 1865, homens da Vila São Francisco de Borja resistiram a um exército numeroso até chegar como tropas imperiais, tornando-se símbolos da valentia e resistência, verdadeiros heróis da Pátria.
Emancipação
São Borja foi emancipada do município de Rio Pardo, em 21 de maio de 1834, quando foi instalada a primeira Câmara Municipal de Vereadores do município, por João José da Fontoura Palmeiro. Hoje, com seus mais de 180 anos de emancipação São Borja é mãe, avó e bisavó de muitos municípios gaúchos, direta e indiretamente, entre eles estão:
- Cidades Filhas: Itaqui, São Gabriel, Santiago, Santo Antônio das Missões, Itacurubi, Garruchos.
- Cidades Netas: São Vicente do Sul (Oriundo de Itaqui e São Gabriel), Rosário do Sul (Oriundo de São Gabriel e Alegrete), São Francisco de Assis (Oriundo de Itaqui e São Vicente do Sul), Jaguari (Oriundo de Júlio de Castilhos, São Francisco de Assis e Santiago), Cacequi (Oriundo de São Gabriel, São Vicente do Sul e Rosário do Sul), Vila Nova do Sul (Oriundo de São Sepé e São Gabriel), Maçambará (Oriundo de Itaqui), Unistalda (Oriundo de Santiago), Capão do Cipó (Oriundo de Santiago, São Miguel das Missões e Tupanciretã), Santa Margarida do Sul (Oriundo de São Gabriel).
- Cidades Bisnetas: São Francisco de Assis (Oriundo de Itaqui e São Vicente do Sul), Mata (Oriundo de São Vicente do Sul), Nova Esperança do Sul (Oriundo de Jaguari), Manoel Viana (Oriundo de São Francisco de Assis e Alegrete).
Geografia
Compõem o município quatro distritos: São Borja (sede), Nhú-Porã, Samburá e Sarandi.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de julho de 2007 a dezembro de 2022, a menor temperatura registrada em São Borja foi de −2,4 °C, no dia 7 de junho de 2012, e a maior atingiu 42,2 °C, em 24 de janeiro de 2022. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 234,8 milímetros (mm), em 12 de dezembro de 2010.
Economia
A participação do comércio, somado aos serviços de alojamento e alimentação, representa 34% do total de trabalhadores e está concentrada nos supermercados e lojas de variedades e nas lojas de roupas e calçados, que empregam 1,3 mil trabalhadores.
Ao todo, existem 59 modalidades diferentes de comércio na cidade, das 74 possíveis. Com isso, a diversidade do comércio de São Borja é considerada alta, assim como a dos serviços, que também contempla empresas de vários setores na cidade, tornando a concorrência mais acirrada de um modo geral.
São Borja, com orgulho, ostenta o título de Capital Gaúcha do Fandango. A mesma tradição de cultuar os bailes típicos o ano todo e em especial no Mês Farroupilha também incrementa a economia do município, em diversos segmentos sendo que toda a cadeia de produtos e serviços é diretamente beneficiada.
Um bom exemplo é o segmento de vestuário, onde as lojas de indumentárias gaúchas, já a partir de março, em função dos rodeios e dos bailes nos CTGs e piquetes tradicionalistas já tem um aumento significativo nas vendas. A maior expansão de demanda, porém, começa em julho, com o 'Dia de Campo', preparando o Mês Farroupilha em setembro.
O setor de alimentos e bebidas também registra crescimento, pois como o município é produtor de gado, é natural que boa parte da carne para o tradicional churrasco venha diretamente das propriedades rurais.
O setor hoteleiro tem grande alta e recebe turistas da região, de cidades como Santiago e Santo Ângelo, mas também de locais como Foz do Iguaçu, Paraná, São Paulo e até mesmo dos países mais próximos como a Argentina.
Outro destaque são os bailes gaúchos, que movimentarão cerca de 3 milhões de reais na economia do Município. Ao todo serão 94 fandangos, na cidade e no interior.
Os bailes se iniciam no dia 13 de setembro. Somente nas quatro principais entidades tradicionalistas (CTG Tropilha Crioula, PTG João Manoel, CN Boitatá e CFTG Farroupilha) haverão 30 noites de festa. O público também tem como opção outros 11 piquetes menores, mas com bailes igualmente animados.
Cultura
Museus

- Museu Casa de Getúlio Vargas: instituído na casa do ex-presidente Getúlio Vargas, guarda e dispõe ao público acervos sobre Getúlio Vargas em disposições da Lei brasileira dos acervos presidenciais que é a norma legal que dispõe sobre a preservação, organização e proteção dos acervos documentais privados dos presidentes da República.
- Memorial Casa de João Goulart: é um museu memorial criado em São Borja na residência urbana que foi do ex-presidente João Goulart.
- Museu Ergológico de Estância: com acervos temáticos diversos como peças vintages da lida campeira: charretes, carroças, facas, máquinas antigas e outros objetos.
- Museu Apparício Silva Rillo: com acervos de cultura indígena e missioneira, arte santeira e objetos religiosos.
Cidades-irmãs
A seguintes cidade são consideradas cidades-irmãs de São Borja: Rio de Janeiro, Brasil (Lei nº 4.158/2005); Iquique, Chile; Blumenau, Brasil
Referência para o texto: Wikipédia , Site da Prefeitura de São Borja .

segunda-feira, 1 de maio de 2023

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL

Cruz Alta é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se a uma latitude 28º 38 '19" sul e a uma longitude 53º 36' 23" oeste, com altitude média de 452 metros do nível do mar. É conhecido como município do Guarany, dos Tropeiros e de Érico Veríssimo. O acesso à cidade se dá pela BR-158, no eixo norte-sul, pela BR-377, a leste, e também pela RS-342, a oeste. O município se localiza num entroncamento rodoferroviário na região centro-norte do estado, contando também com a presença de um porto seco no nordeste da cidade.
História
A história de Cruz Alta remonta ao final do século XVII, quando uma grande cruz de madeira foi erguida a mando do padre jesuíta Anton Sepp Von Rechegg, em 1698, logo após a fundação de São João Batista nos Sete Povos das Missões. Mais tarde, com a celebração do Tratado de Santo Ildefonso em 1777, e a criação da linha divisória dos Campos Neutrais que separava as terras do Reino da Espanha as do Reino de Portugal, aonde cortava o grande território pelos divisores de água exatamente por esse local onde existia a grande cruz e uma pequena Capela do Menino Jesus. A partir de então, este imenso "corredor", recebeu um grande fluxo de pessoas das mais variadas atividades, como comerciantes, desertores do exército, contrabandistas, imigrantes, etc.
A cruz alta tornou-se ponto de invernada para milhares de animais e um grande pouso para os tropeiros oriundos de Sorocaba, na Capitania de São Paulo, após a compra dos animais na região de Corrientes, hoje a Argentina, e retornavam em direção até a Feira de Sorocaba para comercialização dos animais muares (mulas). Tornando-se uma das rotas mais conhecidas do Tropeirismo.
O local consolidou-se ainda no final do século XVIII como "Pouso da Cruz Alta" dos tropeiros paulistas, estes homens que eram conhecidos pelos gaúchos primitivos como Biriva, e muitos passaram a residir nas proximidades, até que, no início do século XIX, depois de uma tentativa sem sucesso, mudaram-se então mais para o norte, estabelecendo-se onde hoje está a cidade de Cruz Alta, cuja fundação se deu no dia 18 de agosto de 1821, em resposta a uma petição feita pelos moradores. A água das vertentes do Arroio Panelinha, que abastecia os viajantes, deu origem à "Lenda da Panelinha", que prega o retorno a Cruz Alta daqueles que em suas águas saciarem a sede.
Cruz Alta foi criada por uma Resolução Imperial em 11 de março de 1833, pelo Presidente da Província da época, Manuel Antônio Galvão. Tornou-se então uma das maiores e mais importantes Vila da Província, quando foi desmembrado de Rio Pardo (um dos quatro municípios iniciais da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul).
Cruz Alta foi elemento importante em alguns dos principais acontecimentos que a Província vivenciou, como, por exemplo, na Revolução Farroupilha, quando a Vila recém criada foi alvo de incursões militares e especulações políticas em sua Câmara de Vereadores, além de receber o Alto Comando Farrapo em janeiro de 1841, com a presença de Bento Gonçalves, Giuseppe Garibaldi, Anita Garibaldi e David Canabarro. Já na Guerra do Paraguai, Cruz Alta forneceu vários voluntários da pátria, que lutaram sob o comando do Coronel Jango Vidal e do Brigadeiro José Gomes Portinho (depois agraciado com o título de Barão da Cruz Alta) nas Companhias de Voluntários nºs 19 e 40 e da 4ª Divisão de Cavalaria.
Em 14 de julho de 1856 foi fundada a Loja Maçônica Harmonia Cruz-Altense, com 18 membros influentes na sociedade.
A partir de 1870, os movimentos ocorridos na Vila em favor da abolição da escravidão culminaram, em 30 de agosto de 1884, na extinção do escravismo dentro de suas fronteiras.
Em 12 de abril de 1879, a Lei nº 1.075, elevou a categoria de Cruz Alta de Vila para Cidade.
Em maio de 1879, a cidade passou a contar com serviços de telégrafo.
Durante a Revolução de 1893, o município foi apelidado de "Ninho dos Pica-paus", sendo um dos mais importantes palcos dos acontecimentos, e também o lugar onde a prática da degola neste período foi mais intensa. Cruz Alta foi atacada em 26 de agosto de 1894 pelas tropas maragatas sob o comando de Aparício Saraiva, irmão de Gumercindo Saraiva (morto dias antes em Carovi, perto de Santiago), com aproximadamente 1.500 homens. A cidade foi atacada por oito horas sem tréguas.
Já na Revolução de 1923, hordas de tropas circulavam incessantemente por seu território, depois dos alinhavados permeados de conchavos registrados nas dezenas de correspondências trocadas entre Borges de Medeiros e Firmino de Paula e Silva para maquinar os destinos da Revolução.
De Cruz Alta, outrora com um imenso território, originaram-se 242 municípios, que se subdividiram ainda mais ao longo dos séculos XIX, XX e XXI. Alguns municípios filhos de Cruz Alta são: Passo Fundo (1857), Santa Maria (1857), Santo Ângelo (1873), Palmeira das Missões (1874), Vila Rica (hoje Júlio de Castilhos, 1891), Ijuí (1912), Panambi (1954), Ibirubá (1954), Fortaleza dos Valos (1982), Boa Vista do Cadeado (1996), Boa Vista do Incra (1996), entre outros.
Importantes personalidades gaúchas nasceram em Cruz Alta, como o escritor Erico Veríssimo, o político Júlio de Castilhos, o senador José Gomes Pinheiro Machado, os generais Salvador Pinheiro Machado, Firmino de Paula, Leônidas Pires Gonçalves e Eduardo Villas Bôas, o médico Heitor Annes Dias, o poeta Heitor Saldanha, o jornalista Justino Martins, e o artista plástico Saint Clair Cemin.
Geografia
Clima
Considerando a localização na Região Sul do Brasil, Cruz Alta apresenta clima subtropical, com as quatro estações do ano bem definidas. A temperatura máxima chega a 30 °C, em dezembro, e a mínima cai para 9 °C, nos meses de junho e julho. Apresenta uma grande amplitude térmica, considerando todo o ano, de 20 °C. O índice pluviométrico bem distribuído ao longo do ano, com média de 1.900 milímetros (mm) anuais.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1983, 1988 a 1989 e a partir de 1991, a menor temperatura registrada em Cruz Alta foi de -4,5 °C, em 7 de junho de 2012, e a maior atingiu 39,2 °C, no dia 24 de janeiro de 2022. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 142,8 mm, em 23 de setembro de 2007. Outubro de 1997 foi o mês de maior precipitação, com 617,6 mm.
Geologia
No município se predominam as rochas eruptivas básicas, principalmente o basalto da Formação Serra Geral, sendo o restante do solo proveniente da Formação Tupanciretã, composta de arenitos de finos a grosso e raros conglomerados, sendo restrita ao território gaúcho.
Hidrografia
O município apresenta pequenas bacias fluviais e pequenos rios permanentes, e se situa exatamente em cima do divisor de águas das bacias dos rios Uruguai e Jacuí.
Topografia
O relevo predominante do município é o ondulado. A maior altitude do relevo situa-se entre 400 e 500 metros em relação ao nível do mar. A área urbana possui altitudes que variam de 390 a 480 metros em relação ao nível do mar. Do relevo pouco acidentado, predominam as coxilhas.
Vegetação
A vegetação é geralmente rasteira, com grandes extensões de campos. As matas silvestres estão concentradas em capões e restingas.
Economia
A economia do município baseia-se em um forte setor primário, através da produção do trigo, soja e milho.
Cultura
Centros de Tradições Gaúchas

Os Centros de Tradições Gaúchas "C.T.G." são os principais locais onde os tradicionalistas gaúchos se reúnem para o cultivo e a divulgação da cultura gaúcha. Existem 3 centros no município, além de vários piquetes independentes: C.T.G. Querência da Serra; C.T.G. Rodeio da Saudade e C.T.G. Turíbio Veríssimo
Coxilha Nativista
É um festival do nativismo gaúcho criado em 1981, tendo no folclore e na música nativista do Rio Grande do Sul, seu principal vínculo de motivação, promoção e divulgação da cultura. É realizado anualmente no final de julho, promovido pela Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal, completando 41 anos ininterruptos em 2021. É um dos festivais mais antigos e importantes do estado, elegeu a música vencedora da 2ª. Coxilha, "Terra Saudade", composta por Horácio Cortes e Milton Magalhães, como Hino Temático da cidade.
Museus
- Museu Histórico de Cruz Alta -
Museu que abriga documentos históricos, em especial Atas da Câmara desde o ano de 1845. O local possui ainda acervo histórico de objetos, como armas da Guerra dos Farrapos, Guerra do Paraguai, Revolução Federalista, fotos, estátuas e quadros relativos à História de Cruz Alta. Localiza-se no antigo prédio da Prefeitura (Palácio da Intendência), construído em 1914.
- Casa de Cultura Justino Martins - A Casa de Cultura Justino Martins, inaugurada em 19 de setembro de 1987, é o local sede da Secretaria Municipal de Cultura, abriga auditório com capacidade para 610 pessoas e espaços para exposições de arte e oficinas gratuitas de dança e teatro e música. Neste ambiente se encontra a Biblioteca Pública Municipal Josino dos Santos Lima, contendo um acervo de milhares de Livros disponíveis a comunidade.
- Casa Museu Érico Veríssimo - A Casa Museu Érico Veríssimo funciona na residência, construída em 1883, onde nasceu o escritor cruz-altense. A obra do escritor é divulgada e difundida através do seu museu fundado em 1969. No local estão expostos inúmeros objetos pessoais e o acervo original completo de suas obras. Possui um pequeno auditório para 50 pessoas onde o visitante pode assistir um documentário sobre a vida e a obra de Érico Veríssimo. Nas terças-feiras acontece o projeto Acústico no Museu, com música ao vivo apresentando artistas locais nos mais variados gêneros musicais. A Fundação Erico Veríssimo, criada em 1986 funciona no local.
Monumentos
- Marco Inicial - A cruz de concreto pintada de branco hoje existente é alusiva a que ficava no mesmo local, onde em 1698 os jesuítas ergueram uma alta cruz de madeira, como marco territorial das missões espanholas na região. Localiza-se a 15 quilômetros ao sul de Cruz Alta, no lugar conhecido por vários nomes entre eles, Encruzilhada da Cruz Alta, Benjamin Nott ou ainda "Cruz Alta Velha".
- Memorial Lenda da Panelinha - Localizado entre a esquina das ruas General Felipe Portinho e General Andrade Neves, no centro da cidade. Um belo recanto com vertente d'água e esculturas em bronze do artista plástico cruz-altense Jorge Schroeder, retratam a mais conhecida das lendas da localidade. Uma índia oferecendo água para um tropeiro é o fator simbólico de "quem bebe a água da Fonte da Panelinha, retornará sempre para Cruz Alta". Conta a história que havia um arroio que se chamava Panelinha, cujas águas serviam para matar a sede dos tropeiros que levavam mercadorias do interior do Rio Grande do Sul para Sorocaba, Capitania de São Paulo. As índias da região davam de beber a esses tropeiros e eles sempre retornavam. A partir disso foi se solidificando a crença de que "quem bebe da água da Panelinha sempre volta". Com o passar do tempo ergueram-se casas a beira da Panelinha, e lentamente esse povoado virou cidade.
- Monumento de Nossa Senhora de Fátima - Popularmente conhecida como a "Santinha", o Monumento de Nossa Senhora de Fátima está erguido em um pedestal de 31 metros de altura. Foi inaugurado em outubro de 1952 sobre área doada por Henrique Scarpellini. Todo ano no segundo domingo do mês de outubro, milhares de devotos de toda região vão até o monumento participar da Romaria, além de pedir e pagar Graças.
- Monumento à Cuia de Chimarrão - Um grande monumento simbolizando uma cuia estilizada, assinala um dos mais representativos objetos culturais do gaúcho. Localiza-se na Rótula Leste, nas confluências das avenidas Saturnino de Brito e Plácido de Castro.
Prédios históricos
- Estação Ferroviária - A linha unindo Marcelino Ramos e Santa Maria foi idealizada em 1889 juntamente com todo o trecho entre Itararé, SP, e Santa Maria, pelo engenheiro Teixeira Soares, visando a ligação ferroviária do Rio de Janeiro e São Paulo com o sul do País e também a colonização de boa parte do percurso, locais ainda virgens. A parte correspondente ao estado do Rio Grande do Sul acabou sendo construída separadamente do restante do trecho (que seria chamado de linha Itararé-Uruguai) e entregue em 1894 à Cie. Sud Ouest Brésilien, e em 1907 cedida à Cie. Auxiliaire au Brésil. Em 1920, passou para o Governo, formando-se a Viação Férrea do Rio Grande do Sul, que em 1969, teve as operações absorvidas pela RFFSA. Com parte do trecho desativada em meados dos anos 1990, em 1996 a América Latina Logística (ALL) recebeu a concessão da linha, bem como de todas as outras ainda existentes no Estado. Trens de passageiros circularam até os anos 1980 pela linha. A estação de Cruz Alta foi inaugurada pela Sud Ouest em 1894. Em 2004, era considerada pela ALL uma das mais importantes. Ali funciona a estação de transbordo para produtos agrícolas, combustível, cimento e fertilizantes, saindo trens diariamente para o porto de Rio Grande.
No local, hoje está instalada a Secretaria Municipal de Turismo e o Arquivo histórico do Município. No local está também o Monumento ao Ferroviário e a Maria Fumaça.
- Palácio da Intendência - O Palácio da Intendência, onde funciona o Museu Histórico, foi construído em 1914 pelo arquiteto alemão Theo Wiederspahn, o mesmo que idealizou o prédio do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli e o dos Correios em Porto Alegre.
Educação
Ensino superior

- A Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ) está presente na cidade desde 1988. Possui mais de 4.500 alunos e 28 cursos de graduação, pós-graduação e extensão. Seu campus, denominado "Dr. Ulisses Guimarães" localiza-se a 8 km, ao norte da cidade. A Universidade de Cruz Alta conta com um hospital veterinário e laboratório de análises clínicas, além de uma grande Fazenda Escola.
- A cidade é sede regional da Universidade do Estado do Rio Grande do Sul (UERGS), com cursos adequados à realidade local. Seu prédio está situado no Edifício do Ipê, na Rua Andrade Neves.
- Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos (EASA), estabelecimento militar de ensino do Exército Brasileiro destinado ao aperfeiçoamento dos sargentos das Armas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Comunicações. localizada na Avenida Benjamin Constant no antigo 17º BI, recebe anualmente centenas de sargentos das armas do Exército Brasileiro, vindos dos mais variados Estados do País.
- Faccentro - Faculdade e Curso Técnico. Rua Barão do Rio Branco, 1255.
Ensino EAD (Educação À Distância)
- Universidade Aberta do Brasil (UAB), situada no Edifício do Banco Santander, na esquina da Avenida General Osório com o Calçadão da Rua Pinheiro Machado, zona central da cidade.
- Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), situada na esquina da Rua Mauriti com a Rua Copacabana, zona leste da cidade.
- Universidade Paulista (UNIP), situada no Shopping Erico Verissimo, junto a escola de cursos New Life, zona nordeste da cidade.
- UNINTER (UNINTER), situada na Rua General Câmara, próximo a Unidade Cruz Alta UNICRED, zona central da cidade.
- Sociedade Educacional Leonardo da Vinci (UNIASSELVI), situada na Rua Voluntários da Pátria, 550 - Shopping Érico Veríss
- UNISA – Universidade Santo Amaro, situada na Rua General Câmara, 505 Centro.
Transportes
Aéreo

O município possui um aeroclube particular, chamado Aeroclube de Cruz Alta, situado ao sul da cidade. Possui duas pistas de grama para pouso de pequenas aeronaves, uma no sentido sudoeste a nordeste com aproximadamente 870 metros e outra sudeste a noroeste de aproximadamente 665 metros, sendo o vértice das duas pistas com as seguintes coordenadas geográficas: Latitude -28° 39' 28" e longitude 53° 36' 28".
Existe uma área gramada localizada em Benjamin Nott, antigo Aeroporto Carlos Ruhl - sigla(CZB), uma pista aproximada de 1.200 metros de comprimento por 60 metros de largura.
Ferroviário
Ligação Ferroviária
A inauguração da ferrovia em Cruz Alta aconteceu a 20 de novembro de 1894. Parte integrante da Ferrovia Santa Maria-Itararé (SP), a linha férrea levou a Cruz Alta muito progresso e uma infinidade de imigrantes europeus que se deslocavam para a região para ocupação dos lotes coloniais das redondezas. A cidade teve um verdadeiro surto de desenvolvimento na indústria e nas demais facetas do tecido social. Hotéis, restaurantes, clubes, cafés e bares brotaram no entorno da Praça Itararé, próximo a Viação Férrea e Cruz Alta passa a ser conhecida como uma pequena Paris encravada no dorso da Coxilha Grande gaúcha. Em 1897 foi inaugurado a ferrovia de Cruz Alta até Carazinho, e em janeiro de 1898, até Passo Fundo, enquanto um trecho para Ijuí foi concluído em 1911.
Entre os anos 1930 a 1940 foi construída uma rotunda, única da região Sul do Brasil, mesmo que desativada.
Cruz Alta é o ponto de ramificação da via férrea em três direções:
- A primeira, Ramal Cruz Alta–Santa Rosa ao norte, em direção às Missões, passando por Ijuí, Santo Ângelo onde ramifica-se para Santa Rosa e em direção a Santiago e a São Borja;
- A segunda, a leste, em direção a Passo Fundo, Erechim e Marcelino Ramos, onde entra no estado de Santa Catarina e segue para o Paraná, com ramais para Palmeira das Missões, Nonoai, Campo Novo e Alto Uruguai;
- A terceira estrada, rumo ao sul, indo até Santa Maria.
Rodoviário
A estação rodoviária Tiradentes de Cruz Alta foi fundada 26 de maio de 1954. O atual concessionário da rodoviária prevê que seja mantida no local por muito tempo, pois se encontra muito bem localizada, facilitando o trânsito das linhas de ônibus e de veículos particulares.
A estação rodoviária de Cruz Alta em sua infraestrutura 13 plataformas para os ônibus estacionarem. Possui também o sistema de rodoencomendas, que flexibiliza o serviço de recebimento e despacho de suas mercadorias proporcionando uma maior comodidade na viabilização dos negócios. Este sistema possui vários horários para despachar mercadorias, pois existe sempre um ônibus partindo da Estação Rodoviária de Cruz Alta.
Turismo
- Parque Integrado de Exposições -
Área de lazer com pistas de rodeio, casas das etnias. É sede dos principais eventos do município, como Fenatrigo, Expo-prima, Oktoberfest e acampamento da Coxilha Nativista.
- Cascata Nossa Senhora da Conceição - Distante dez quilômetros do município, pela rodovia estadual RS-342.
- Brique Praça da Bandeira - Todos os domingos na Praça da Bandeira acontece o Brique da Praça, onde os artesãos e expositores em geral dispõem de seus produtos para a população.
Eventos
- 19 a 30 de janeiro: Cavalgada Ana Terra 13; 1º Baile Municipal de Fantasias 27;  Escolha Rainha e Rei Momo.
- 17 de fevereiro: Escolha da Rainha Regional do Carnaval e Concurso Regional de Fantasias.
- 24 a 27 de fevereiro: Desfile de Blocos e Escolas de Samba.
- 1 de maio: Rústica Operária.
- Junho: Festival do Estudante Municipal.
- 25 de Julho: Dia do Colono e do Motorista (todo ano ocorre o desfile dos motoristas de caminhão).
 - 27 a 30 de julho de 2022: 42ª Coxilha Nativista.
- 11 a 18 de agosto: Semana do Município.
- 14 a 20 de setembro: Semana Farroupilha.
- 16 a 19 de setembro: Mateada em Praça Pública.
- 5 a 9 de outubro de 2022: XVI Fenatrigo.
- 9 de outubro (segundo domingo do mês) de 2022: 71ª. Romaria ao Monumento de Nossa Senhora de Fátima.
- Dezembro: Estação Gospel Maior Festival de Música Gospel do Sul do País.
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