Capivari é um município brasileiro do interior do estado de São Paulo, pertencente à Região Imediata de Piracicaba, que por sua vez pertence à Região Intermediária de Campinas. A população da cidade de Capivari (SP) chegou a 50.068 pessoas no Censo de 2022.
História
Surgimento do povoado
No início do século XVIII, Capivari recebeu os primeiros visitantes. Alguns deles encontraram um lugar com bom terreno, clima, água e peixes. Montaram acampamentos e decidiram começar uma nova vida. Em 1718, com a descoberta de ricas jazidas de ouro, nas cercanias de Cuiabá – período este em que um grande número de aventureiros passou por ela para abreviar o caminho até Mato Grosso –, em busca do metal precioso. Essas viagens aconteceram por via fluvial, pois a mata não oferecia condições favoráveis. Os aventureiros enfrentavam grandes perigos, fome e lutas ao longo do caminho. Uma dessas monções saiu de Porto Feliz, por ordem do marquês de Pombal e sob o comando do capitão general Morgado de Mateus, mas foi dizimada em grande parte por indígenas.
Por ser de difícil acesso, o lugar também foi escolhido pelos governadores das capitanias hereditárias para isolarem seus inimigos políticos. Longe dos centros urbanos, essas pessoas sentiram a necessidade de procurar uma maneira de se proteger das perseguições. E para isso, passaram a montar acampamentos às margens do rio, buscando assim, locais com bom clima, topografia e águas favoráveis à sobrevivência. No final do século XVIII, um grupo de ituanos encontrou um local com essas características e decidiu se estabelecer ali.
Assim, em 30 de abril de 1783, Antônio Pires de Almeida Moura e Joaquim da Costa Garcia, fundaram o “Arraial de São João de Capivary de Baixo”. Muitas famílias vieram de Itu e Porto Feliz e, dessa forma, o povoado começou a crescer, em 1785, Francisco Idorgo pede à Câmara de Itu e consegue fazer com que se instale a primeira venda: a “Venda do Chico”, este fato também atrai mais moradores ao longo dos tempos com a vontade de crescimento em novas terras.
No ano de 1790, o povoado aparece nos censos realizados por Itu com uma população flutuante. Na maioria, trabalhadores de empreiteiras que executavam serviços e se mudavam no final das obras. Já em 1800, às margens do lendário “Rio das Capivaras” floresce uma pequena população que mais tarde passa a se chamar Capivari, (da linguá Tupi, "Kapibara" = Capivara e "y"= rio).
A partir de 1800, a pequena povoação foi ganhando novos moradores atraídos pelos comentários e deslumbramentos com o local. Às margens de um rio cristalino em que predominavam, em abundância, Capivari, teve origem, por iniciativa do cônego João Ferreira de Oliveira Bueno, em 1813. Ele encaminhou um requerimento para criação de um povoado, nos sertões de Itu, distante das igrejas de Itu, Porto Feliz e Piracicaba. A Freguesia deveria ser criada sob a invocação de São João Batista.
Em junho de 1820, o pequeno povoado formado por um bom número de casinhas e uma pequena capela esperava ansiosa pelo seu primeiro sacerdote, o padre João Jacinto dos Serafins (nomeado capelão pelo bispo de São Paulo). Ele chegou no final de julho após longa viagem a cavalo, vindo pelo caminho de Itu. Jacinto encontrou algumas casas espalhadas onde hoje são as ruas Antônio Pires e XV de Novembro. A capela estava ainda por terminar e no início o padre utilizou provisoriamente a casa de Joaquim da Costa Garcia.
Na missa de inauguração do dia 11 de agosto de 1820, estavam presentes os primeiros povoadores de Capivari: Antônio Pires de Almeida Moura, Joaquim da Costa Garcia, Manoel José de Almeida Leme, José Machado, Antônio José Fiúza, Manoel José do Amaral, Manoela José Vaz Botelho, entre outros. No pátio da capela, algumas cruzes indicavam que ali havia sido sepultados escravos e moradores do povoado. Ainda durou por muito tempo o hábito de se enterrar os escravos no pátio da capela e os demais paroquianos no seu interior. Somente os grandes fazendeiros eram levados para Itu e Porto Feliz para serem enterrados como de costume. Nessa época, o prédio não possuía torre e o sino, para a convocação dos fiéis, ficava em uma grande figueira ao lado. O santo padroeiro escolhido para a bênção da Vila, foi São João Batista.
As festas – principalmente as religiosas – atraem inúmeras pessoas ao longo dos anos. Próximo à capela de São João Baptista de Capivary (construção de taipa socada, constituída por um cômodo retangular, com um altar de madeira ao fundo), ficava a "Venda do Chico", a única em Capivari. Ela se torna um centro irradiador de construções e edificações no povoado. Cada vez mais pessoas – atraídas pelas vantagens da terra – chegam ao lugar.
Em 11 de outubro de 1826, a Capela é elevada a freguesia de São João Baptista de Capivary, com um decreto promulgado pelo imperador D. Pedro I. Nesse período, o vigário era Inácio Francisco de Morais.
Elevação de freguesia a vila
Por alvará de 10 de julho de 1832, é oficialmente denominada Vila de “São João Baptista de Capivary de Baixo” (Capivari de Cima era a atual Monte Mor). Assim tem início o desenvolvimento econômico do povoado. Predominam o açúcar, os cereais, o chá, o algodão e o café que contribuem para a proliferação das fazendas. A elevação da freguesia a vila atraiu ainda mais moradores, exigindo assim melhorias na infraestrutura local.
Instalação da primeira Câmara
A primeira Câmara de Capivari foi eleita em 7 de setembro de 1832 e instalada em 25 de julho de 1833. Com a efetiva instalação do município, Capivari desliga-se de Porto Feliz. Os homens formados eram dois: o padre e o cirurgião. A vila possuía também oito negociantes e doze jornaleiros, quatro estrangeiros, sendo dois naturalizados. Era juiz de paz, o senhor Felisberto da Costa Guimarães.
Os vereadores foram nomeados por decreto, pelo regente Campos Vergueiro, com mandato previsto para três anos. O responsável pelo município, considerado o primeiro prefeito, foi o tenente Fernando Paes de Barros, nomeado pelo presidente da Província de São Paulo.
Café, açúcar e política
Em 1836, aparece o café na região, primeiramente em Itu e Jundiaí.
Escala de produção:
- Itu: 1.052 arrobas de café.
História
Surgimento do povoado
No início do século XVIII, Capivari recebeu os primeiros visitantes. Alguns deles encontraram um lugar com bom terreno, clima, água e peixes. Montaram acampamentos e decidiram começar uma nova vida. Em 1718, com a descoberta de ricas jazidas de ouro, nas cercanias de Cuiabá – período este em que um grande número de aventureiros passou por ela para abreviar o caminho até Mato Grosso –, em busca do metal precioso. Essas viagens aconteceram por via fluvial, pois a mata não oferecia condições favoráveis. Os aventureiros enfrentavam grandes perigos, fome e lutas ao longo do caminho. Uma dessas monções saiu de Porto Feliz, por ordem do marquês de Pombal e sob o comando do capitão general Morgado de Mateus, mas foi dizimada em grande parte por indígenas.
Por ser de difícil acesso, o lugar também foi escolhido pelos governadores das capitanias hereditárias para isolarem seus inimigos políticos. Longe dos centros urbanos, essas pessoas sentiram a necessidade de procurar uma maneira de se proteger das perseguições. E para isso, passaram a montar acampamentos às margens do rio, buscando assim, locais com bom clima, topografia e águas favoráveis à sobrevivência. No final do século XVIII, um grupo de ituanos encontrou um local com essas características e decidiu se estabelecer ali.
Assim, em 30 de abril de 1783, Antônio Pires de Almeida Moura e Joaquim da Costa Garcia, fundaram o “Arraial de São João de Capivary de Baixo”. Muitas famílias vieram de Itu e Porto Feliz e, dessa forma, o povoado começou a crescer, em 1785, Francisco Idorgo pede à Câmara de Itu e consegue fazer com que se instale a primeira venda: a “Venda do Chico”, este fato também atrai mais moradores ao longo dos tempos com a vontade de crescimento em novas terras.
No ano de 1790, o povoado aparece nos censos realizados por Itu com uma população flutuante. Na maioria, trabalhadores de empreiteiras que executavam serviços e se mudavam no final das obras. Já em 1800, às margens do lendário “Rio das Capivaras” floresce uma pequena população que mais tarde passa a se chamar Capivari, (da linguá Tupi, "Kapibara" = Capivara e "y"= rio).
A partir de 1800, a pequena povoação foi ganhando novos moradores atraídos pelos comentários e deslumbramentos com o local. Às margens de um rio cristalino em que predominavam, em abundância, Capivari, teve origem, por iniciativa do cônego João Ferreira de Oliveira Bueno, em 1813. Ele encaminhou um requerimento para criação de um povoado, nos sertões de Itu, distante das igrejas de Itu, Porto Feliz e Piracicaba. A Freguesia deveria ser criada sob a invocação de São João Batista.
Em junho de 1820, o pequeno povoado formado por um bom número de casinhas e uma pequena capela esperava ansiosa pelo seu primeiro sacerdote, o padre João Jacinto dos Serafins (nomeado capelão pelo bispo de São Paulo). Ele chegou no final de julho após longa viagem a cavalo, vindo pelo caminho de Itu. Jacinto encontrou algumas casas espalhadas onde hoje são as ruas Antônio Pires e XV de Novembro. A capela estava ainda por terminar e no início o padre utilizou provisoriamente a casa de Joaquim da Costa Garcia.
Na missa de inauguração do dia 11 de agosto de 1820, estavam presentes os primeiros povoadores de Capivari: Antônio Pires de Almeida Moura, Joaquim da Costa Garcia, Manoel José de Almeida Leme, José Machado, Antônio José Fiúza, Manoel José do Amaral, Manoela José Vaz Botelho, entre outros. No pátio da capela, algumas cruzes indicavam que ali havia sido sepultados escravos e moradores do povoado. Ainda durou por muito tempo o hábito de se enterrar os escravos no pátio da capela e os demais paroquianos no seu interior. Somente os grandes fazendeiros eram levados para Itu e Porto Feliz para serem enterrados como de costume. Nessa época, o prédio não possuía torre e o sino, para a convocação dos fiéis, ficava em uma grande figueira ao lado. O santo padroeiro escolhido para a bênção da Vila, foi São João Batista.
As festas – principalmente as religiosas – atraem inúmeras pessoas ao longo dos anos. Próximo à capela de São João Baptista de Capivary (construção de taipa socada, constituída por um cômodo retangular, com um altar de madeira ao fundo), ficava a "Venda do Chico", a única em Capivari. Ela se torna um centro irradiador de construções e edificações no povoado. Cada vez mais pessoas – atraídas pelas vantagens da terra – chegam ao lugar.
Em 11 de outubro de 1826, a Capela é elevada a freguesia de São João Baptista de Capivary, com um decreto promulgado pelo imperador D. Pedro I. Nesse período, o vigário era Inácio Francisco de Morais.
Elevação de freguesia a vila
Por alvará de 10 de julho de 1832, é oficialmente denominada Vila de “São João Baptista de Capivary de Baixo” (Capivari de Cima era a atual Monte Mor). Assim tem início o desenvolvimento econômico do povoado. Predominam o açúcar, os cereais, o chá, o algodão e o café que contribuem para a proliferação das fazendas. A elevação da freguesia a vila atraiu ainda mais moradores, exigindo assim melhorias na infraestrutura local.
Instalação da primeira Câmara
A primeira Câmara de Capivari foi eleita em 7 de setembro de 1832 e instalada em 25 de julho de 1833. Com a efetiva instalação do município, Capivari desliga-se de Porto Feliz. Os homens formados eram dois: o padre e o cirurgião. A vila possuía também oito negociantes e doze jornaleiros, quatro estrangeiros, sendo dois naturalizados. Era juiz de paz, o senhor Felisberto da Costa Guimarães.
Os vereadores foram nomeados por decreto, pelo regente Campos Vergueiro, com mandato previsto para três anos. O responsável pelo município, considerado o primeiro prefeito, foi o tenente Fernando Paes de Barros, nomeado pelo presidente da Província de São Paulo.
Café, açúcar e política
Em 1836, aparece o café na região, primeiramente em Itu e Jundiaí.
Escala de produção:
- Itu: 1.052 arrobas de café.
- Porto Feliz: 990 arrobas de café
- Capivari: 310 arrobas de café
Visita de D. Pedro II a Capivari
Um fato histórico e significativo para Capivari foi a visita do imperador D. Pedro II e da imperatriz Dona Teresa Cristina à cidade em 22 de setembro de 1878. Assim que o casal imperial chegou à estação de Capivari, já o aguardava uma comitiva para conduzi-los, em um trole (carruagem) a frente da igreja matriz onde esperavam diversos populares e autoridades para a realização da cerimônia oficial. Ainda na estação ferroviária, muitas pessoas animavam as festividades.
Geografia
Clima
O clima de Capivari é Subtropical, com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 18,4 graus centígrados, tendo invernos secos e frios e verões chuvosos com temperaturas não muito altas. O mês mais quente, fevereiro, conta com temperatura média de 21,9 graus centígrados, sendo a média máxima de 32,1 graus centígrados e a mínima de 19,2 graus centígrados. E o mês mais frio, julho, de 12,0 graus centígrados, sendo 26,3 e 09,2 graus centígrados a média máxima e mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição.
A precipitação média anual é de 1 257,1 milímetros, sendo agosto o mês mais seco, quando ocorrem apenas 33,3 milímetros. Em janeiro, o mês mais chuvoso, a média fica em 230 milímetros.
Hidrografia
A maior parte do município de Capivari encontra-se inserido na Bacia do rio Capivari. Entretanto a parte norte da zona rural do município está na área de drenagem da bacia do ribeirão dos Toledos, tributário do rio Piracicaba.
Economia
A economia da cidade se baseia na agricultura (principalmente da Cana-de-Açúcar) e em empresas que se instalam no município. Atualmente, Capivari possui 326 empresas instaladas, um comércio amplo, com 1357 mil estabelecimentos em atividade, nos mais variados ramos de negócios e 1900 mil prestadores de serviços.
Educação
Capivari possui diversas escolas municipais e estaduais e uma unidade federal, o Instituto Federal de São Paulo - Campus Capivari.
Pontos turísticos e históricos
Casarão do Barão de Almeida Lima (Casarão Solar)
Sua construção foi iniciada por iniciativa de um dos principais fundadores da cidade, Antônio Pires de Almeida Moura, neto do Capitão-mor de Sorocaba, José de Almeida Leme.Os trabalhos começaram em 1842, mas devido as suas responsabilidades com as produções das fazendas, as melhorias estruturais do povoado e a responsabilidade pela edificação da igreja, Antônio Pires foi adiando a conclusão ao longo dos tempos.
Os trabalhos começaram em 1842, mas devido as suas responsabilidades com as produções das fazendas, as melhorias estruturais do povoado e a responsabilidade pela edificação da igreja, Antônio Pires foi adiando a conclusão ao longo dos tempos.
A obra seria o seu novo solar, mas devido a sua morte em 1852, a viúva vendeu a construção – na fase de colocação do telhado – ao Major Manoel Bernardino de Almeida Lima (nascido em Porto Feliz, em 5 de fevereiro de 1808. Foi um importante fazendeiro em Capivari. Mais tarde, em 1886 Barão de Almeida Lima, título a ele concedido pelo Imperador D. Pedro II por ter colaborado com a Vila, no ano de 1884 doando o edifício do “Coleginho” ).
O grande edifício de taipa pilada, de quatro águas, com 12 janelas para a Rua Fernando de Barros e seis para a praça padre Marques, possui também jardim, quintal, porão alto, entrada lateral e ostenta no portão de entrada, dois leões de terracota, de 1837.
Em 1878, foi o edifício mais importante da cidade: recebeu o Imperador D. Pedro II e a Imperatriz Dona Teresa Cristina, durante a terceira visita deles à Província de São Paulo.
Após o falecimento do Barão – possuidor de inúmeras propriedades e sem filhos –, o único herdeiro universal, um sobrinho dele, alugou o prédio de 1910 a 1932 a Luiz Corazza um imigrante italiano, que transformou o edifício em um hotel chamado “Hotel Corazza”.
Localizada na Rua Tiradentes, 366, Centro, a casa foi tombada em 1975 pela Condephaat e é, ainda, um dos mais belos prédios da cidade. Atualmente o casarão encontra-se fechado aguardando restauro.
Casa de Júlio Ribeiro
Júlio César Ribeiro Vaughan, mais conhecido como Júlio Ribeiro, nasceu em Sabará, Minas Gerais, no dia 16 de abril de 1845 e faleceu em 1º de novembro de 1890 na cidade de Santos, vítima de tuberculose. Foi filólogo, jornalista e romancista, e é patrono da cadeira de número 24 na Academia Brasileira de Letras, bem como o criador da bandeira do estado de São Paulo.
Júlio foi um dos primeiros professores da cidade de Capivari e mandou construir uma casa localizada na Rua Bento Dias, número 173 no Centro da cidade, onde viveu durante algum tempo de sua vida. Atualmente, a casa se encontra como sendo um restaurante comida oriental.
Durante sua vida, quando ainda era proprietário da casa situada em Capivari, escrevera a obra “A Carne”, publicado em 1888. Um romance naturalista, que trata de temas como o divórcio, o amor livre e o novo papel da mulher na sociedade. De fato, esta obra fora um tanto quanto escandalosa na época, pois abordava temas que até então, eram considerados imorais. Algumas obras que Júlio escrevera em Capivari são “Cartas Sertanejas” e “Gramática Portuguesa”.
Além de sua moradia, a casa tinha um salão destinado a servir de um colégio, que funcionou de 1882 a 1886 no período que residiu em Capivari. Dizem que na pedra fundamental da edificação, Júlio teria escrito “Sem Deus e sem rei”, retratando seu caráter ateu e antimonarquista, rendendo críticas à sua pessoa.
Durante sua permanência na casa, conta-se que em um determinado dia ouviram-se alguns tiros de pistola na casa. Os vizinhos, preocupados, acreditando que algum desastre teria acontecido, entram na casa e encontram o professor deitado na cama com a arma na mão. Perguntaram-lhe o que havia conhecido e com ar de gozação, Júlio disse que só estava testando a nova arma que havia acabado de comprar.
Júlio Ribeiro deu início a uma dinastia de escritores. É avô da escritora e cronista Elsie Lessa, bisavô dos escritores e cronistas Ivan Lessa e Sérgio Pinheiro Lopes, e trisavô da escritora Juliana Foster.
Estação Ferroviária Sorocabana
O processo de transições socioeconômicas se dá na região com a chegada da ferrovia. A CPEF (Companhia Paulista de Estradas de Ferro) inaugura o trecho férreo ligando Campinas e Jundiaí em 1872, três anos depois a ferrovia chega a Capivari.
A Cidade de São João Baptista de Capivari de Baixo avistou o primeiro trem em “tráfego provisório” no dia 21 de outubro de 1875, às 13h50min, que transportava produtos e altas autoridades da Província de São Paulo, garantindo o progresso à região e diminuindo as distâncias com o porto de Santos.
Esse episódio foi de muita importância para a cidade, pois recebera novos serviços e capitais, relatado por viajantes que estiveram na região, como por exemplo, Augusto Emilio Zaluar, um jornalista português.
O prédio da estação passou por alterações ao longo dos anos. Projeto de Cândido Motta Filho, o prédio atual foi construído em 1918 e segue estilo arquitetônico inglês.
Em 1980 os trens deixam de circular por Capivari e na da década de 1990 os trilhos foram removidos pela Ferrovia Paulista S/A (Fepasa).
Igreja Matriz São João Batista
Ela está no mesmo local onde ficava a capela do início do povoado. Sua construção (da capela) se deu entre os anos 1818 e 1820. Esse período é anterior ao “Plano de Arruamento”, por isso o prédio está na posição atual, ou seja, de lado no lote.
A “Igreja Matriz de São João Batista de Capivari” deveria ter sido construída em outro lugar, onde atualmente estão as praças Rodrigues de Abreu e dr. Cesário Motta, que seriam o “Jardim Público” dela (isso segundo o Plano de Arruamento). Contudo ela foi iniciada, mas o dinheiro não foi suficiente para continuar e a obra ficou abandonada até ser totalmente demolida, anos mais tarde.
Em 1839, quando esteve à frente da paróquia, o padre Fabiano, recebeu, em 19 de junho (dois meses após sua posse) a visita pastoral do monsenhor Antônio de Carvalho Pinto (vigário da vara), que ficou muito impressionado com a rústica capela de pau a pique. Ele recomendou ao recente pároco, que fizesse uma reconstrução digna do povoado em formação.
O pedido do monsenhor não pôde ser atendido de imediato devido a existência de túmulos recentes de escravos, em ambos os lados da edificação. Contudo, no ano de 1842, começaram as primeiras providências para que as obras começassem, de modo que o antigo prédio fosse conservado para as missas. Ele ficou funcionando como “Capela-Mor”, sendo erguidas monumentais paredes de taipas, formando dois corredores internos ladeando-a.
Após alguns anos da posse do padre Fabiano, Antônio Pires de Almeida Moura (um dos primeiros moradores do povoado e um dos responsáveis pelo “Plano de Arruamento”), assumiu a reedificação da antiga igreja, designado pelo presidente da Província. Grande parte das obras foi custeada pelo próprio Antônio Pires, encorajando a pequena comunidade, em 1851, para que unissem forças para a conclusão dos trabalhos.
Nesse período, não se construiu a torre e a cobertura foi feita em um domingo após o fim da missa, pedido feito por Antônio Pires no altar, aos fiéis. Ele foi prontamente atendido e o telhado estava totalmente posto antes do anoitecer.
Em 1851, já eram celebradas missas na Igreja Matriz, graças a muitas pessoas da comunidade e também através de loterias em postos para angariar fundos para a reedificação dela.
No ano de 1882, a igreja ainda estava em reformas, tendo como encarregado da pintura os senhores Benére e Leonci Murlani (artistas que faziam decorações para residências e responsáveis pela pintura do “Teatro São João”).
Já em 1898, ela foi citada na obra de dr. Moreira Pinto, no livro intitulado “Viagens pela Ituana”, descrevendo seus aspectos estruturais, como a torre no centro com relógio e 10 estátuas de anjos em tamanho natural.
Dois anos depois, quando o padre Manoel José Marques (10º vigário dessa paróquia) assumiu a igreja de São João Batista, empreendeu uma grande reforma que durou de 1890 a 1907.
Ela foi ampliada até a rua Regente Feijó, suas paredes externas (taipa de um metro) foram revestidas de tijolos em ambos os lados. As paredes internas foram removidas e substituídas por colunas. O forro e os medalhões receberam pintura com cenas da história da igreja e quadros de santos. Entre, 1911 e 1912, um tufão destelhou-a e em abril de 1929 termina sua reforma externa.
A igreja ostenta um altar de mármore de carrara de 1942 e guarda em seu solo sagrado o corpo do padre Fabiano, sepultado em 12 de fevereiro de 1875.
Passados mais de 150 anos desde o início de sua edificação, ela continua sendo uma das mais belas construções do Estado. Sua “majestosa” estrutura arquitetônica e pinturas internas foram restauradas pelo artista Nori Figueiredo, que encerrou seus trabalhos após muitos anos de atividade.
Praças Rodrigues de Abreu e Dr. Cesário Motta
Ricas em vegetação, as praças Rodrigues de Abreu e Dr. Cesário Motta reúnem algumas das mais belas paisagens de Capivari. O verde predominante das árvores e plantas divide o espaço com duas fontes, um coreto e um platô, no qual foi inaugurado, em 1932, um obelisco em comemoração ao centenário da fundação da cidade. As praças abrigam também as hermas de Amadeu Amaral (criação de Victor Brecheret), de Tarsila do Amaral (criação de Pandolfo) e Rodrigues de Abreu (criação de Tarsila do Amaral), três dos principais artistas capivarianos.
No passado já foi um ponto de separação entre negros frequentando a Praça Rodrigues de Abreu e os brancos frequentando a praça Dr. Cesário Motta, outra curiosidade que os rapazes e as moças circulavam em direções opostas, poderiam paquerar na troca de olhares
Quilombo de Capivari
Em abril de 2004, o Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo) reconheceu como terra quilombola uma área denominada “Sítio Santa Rita”, cercada por cana-de-açúcar, localizada na rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101), ocupada por descendentes de escravos. Como aponta relatório técnico-científico do Itesp, a terra se tornou propriedade de Eva Barreto, que recebeu a área de seu ex-dono com o compromisso de trabalhar para pagar pelo terreno. Desde então, até o reconhecimento do quilombo, a terra permaneceu sendo ocupada por descendentes da proprietária.
Arena Capivari
A Arena Capivari, antigo Estádio Municipal Carlos Colnaghi, inaugurado em 1992. Pertence à prefeitura municipal de Capivari, onde o Capivariano Futebol Clube joga suas partidas. O estádio tem atualmente a capacidade cerca de 19.000 pessoas devido a uma reforma que ocorreu no ano de 2014. Por lá já se passou vários times de grande importância, como Corinthians, Santos, Botafogo, Guarani, Ponte Preta, entre outros.
Museu João Batista Prata e Biblioteca João Batista Prata
Em 10 de julho de 1944, a partir da ideia de Abelardo Vergueiro César, uma galeria possuindo retratos e biografias de prefeitos de 1890 até aquele ano surge. E será a partir disto que o Museu passa a se organizar.
O Museu Histórico e Pedagógico Dr. Cesário Motta se instala na Câmara Municipal (na Praça) sobre o decreto nº 30.324 de 20 de dezembro de 1957. Após um tempo, segue para o salão paroquial localizado na Rua Martim Tarques. Dois anos depois, em 18 de maio, a Prefeitura enviou um Projeto de Lei à Câmara pedindo autorização para a doação do prédio da Cadeia para o Estado. Dessa forma, o Museu passará por uma nova instalação localizada na Praça José Zuza.
Eduardo Maluf foi o primeiro diretor do local e foi o responsável pela aquisição de peças doadas para o acervo, dentre eles objetos do final do século XVIII ao século XIX, obras de arte, fotografias, mobiliário, numismática, objetos domésticos e arqueológicos, antropológicos e etnográficos relativos a ciência e história natural, objetos referentes a revolução de 1932, escravidão e tecnológicos. A partir do ano de 1989, o Museu passa a compartilhar seu espaço com a Biblioteca Municipal João Batista Prata, dessa forma adquirindo ainda mais “peças” em sua constituição. Em 2013 a prefeitura de Capivari interditou o prédio por problemas estruturais e seu acervo foi transferido para outro local.
Referência para o texto: Wikipédia .
- Capivari: 310 arrobas de café
Visita de D. Pedro II a Capivari
Um fato histórico e significativo para Capivari foi a visita do imperador D. Pedro II e da imperatriz Dona Teresa Cristina à cidade em 22 de setembro de 1878. Assim que o casal imperial chegou à estação de Capivari, já o aguardava uma comitiva para conduzi-los, em um trole (carruagem) a frente da igreja matriz onde esperavam diversos populares e autoridades para a realização da cerimônia oficial. Ainda na estação ferroviária, muitas pessoas animavam as festividades.
Geografia
Clima
O clima de Capivari é Subtropical, com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 18,4 graus centígrados, tendo invernos secos e frios e verões chuvosos com temperaturas não muito altas. O mês mais quente, fevereiro, conta com temperatura média de 21,9 graus centígrados, sendo a média máxima de 32,1 graus centígrados e a mínima de 19,2 graus centígrados. E o mês mais frio, julho, de 12,0 graus centígrados, sendo 26,3 e 09,2 graus centígrados a média máxima e mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição.
A precipitação média anual é de 1 257,1 milímetros, sendo agosto o mês mais seco, quando ocorrem apenas 33,3 milímetros. Em janeiro, o mês mais chuvoso, a média fica em 230 milímetros.
Hidrografia
A maior parte do município de Capivari encontra-se inserido na Bacia do rio Capivari. Entretanto a parte norte da zona rural do município está na área de drenagem da bacia do ribeirão dos Toledos, tributário do rio Piracicaba.
Economia
A economia da cidade se baseia na agricultura (principalmente da Cana-de-Açúcar) e em empresas que se instalam no município. Atualmente, Capivari possui 326 empresas instaladas, um comércio amplo, com 1357 mil estabelecimentos em atividade, nos mais variados ramos de negócios e 1900 mil prestadores de serviços.
Educação
Capivari possui diversas escolas municipais e estaduais e uma unidade federal, o Instituto Federal de São Paulo - Campus Capivari.
Pontos turísticos e históricos
Casarão do Barão de Almeida Lima (Casarão Solar)
Sua construção foi iniciada por iniciativa de um dos principais fundadores da cidade, Antônio Pires de Almeida Moura, neto do Capitão-mor de Sorocaba, José de Almeida Leme.Os trabalhos começaram em 1842, mas devido as suas responsabilidades com as produções das fazendas, as melhorias estruturais do povoado e a responsabilidade pela edificação da igreja, Antônio Pires foi adiando a conclusão ao longo dos tempos.
Os trabalhos começaram em 1842, mas devido as suas responsabilidades com as produções das fazendas, as melhorias estruturais do povoado e a responsabilidade pela edificação da igreja, Antônio Pires foi adiando a conclusão ao longo dos tempos.
A obra seria o seu novo solar, mas devido a sua morte em 1852, a viúva vendeu a construção – na fase de colocação do telhado – ao Major Manoel Bernardino de Almeida Lima (nascido em Porto Feliz, em 5 de fevereiro de 1808. Foi um importante fazendeiro em Capivari. Mais tarde, em 1886 Barão de Almeida Lima, título a ele concedido pelo Imperador D. Pedro II por ter colaborado com a Vila, no ano de 1884 doando o edifício do “Coleginho” ).
O grande edifício de taipa pilada, de quatro águas, com 12 janelas para a Rua Fernando de Barros e seis para a praça padre Marques, possui também jardim, quintal, porão alto, entrada lateral e ostenta no portão de entrada, dois leões de terracota, de 1837.
Em 1878, foi o edifício mais importante da cidade: recebeu o Imperador D. Pedro II e a Imperatriz Dona Teresa Cristina, durante a terceira visita deles à Província de São Paulo.
Após o falecimento do Barão – possuidor de inúmeras propriedades e sem filhos –, o único herdeiro universal, um sobrinho dele, alugou o prédio de 1910 a 1932 a Luiz Corazza um imigrante italiano, que transformou o edifício em um hotel chamado “Hotel Corazza”.
Localizada na Rua Tiradentes, 366, Centro, a casa foi tombada em 1975 pela Condephaat e é, ainda, um dos mais belos prédios da cidade. Atualmente o casarão encontra-se fechado aguardando restauro.
Casa de Júlio Ribeiro
Júlio César Ribeiro Vaughan, mais conhecido como Júlio Ribeiro, nasceu em Sabará, Minas Gerais, no dia 16 de abril de 1845 e faleceu em 1º de novembro de 1890 na cidade de Santos, vítima de tuberculose. Foi filólogo, jornalista e romancista, e é patrono da cadeira de número 24 na Academia Brasileira de Letras, bem como o criador da bandeira do estado de São Paulo.
Júlio foi um dos primeiros professores da cidade de Capivari e mandou construir uma casa localizada na Rua Bento Dias, número 173 no Centro da cidade, onde viveu durante algum tempo de sua vida. Atualmente, a casa se encontra como sendo um restaurante comida oriental.
Durante sua vida, quando ainda era proprietário da casa situada em Capivari, escrevera a obra “A Carne”, publicado em 1888. Um romance naturalista, que trata de temas como o divórcio, o amor livre e o novo papel da mulher na sociedade. De fato, esta obra fora um tanto quanto escandalosa na época, pois abordava temas que até então, eram considerados imorais. Algumas obras que Júlio escrevera em Capivari são “Cartas Sertanejas” e “Gramática Portuguesa”.
Além de sua moradia, a casa tinha um salão destinado a servir de um colégio, que funcionou de 1882 a 1886 no período que residiu em Capivari. Dizem que na pedra fundamental da edificação, Júlio teria escrito “Sem Deus e sem rei”, retratando seu caráter ateu e antimonarquista, rendendo críticas à sua pessoa.
Durante sua permanência na casa, conta-se que em um determinado dia ouviram-se alguns tiros de pistola na casa. Os vizinhos, preocupados, acreditando que algum desastre teria acontecido, entram na casa e encontram o professor deitado na cama com a arma na mão. Perguntaram-lhe o que havia conhecido e com ar de gozação, Júlio disse que só estava testando a nova arma que havia acabado de comprar.
Júlio Ribeiro deu início a uma dinastia de escritores. É avô da escritora e cronista Elsie Lessa, bisavô dos escritores e cronistas Ivan Lessa e Sérgio Pinheiro Lopes, e trisavô da escritora Juliana Foster.
Estação Ferroviária Sorocabana
O processo de transições socioeconômicas se dá na região com a chegada da ferrovia. A CPEF (Companhia Paulista de Estradas de Ferro) inaugura o trecho férreo ligando Campinas e Jundiaí em 1872, três anos depois a ferrovia chega a Capivari.
A Cidade de São João Baptista de Capivari de Baixo avistou o primeiro trem em “tráfego provisório” no dia 21 de outubro de 1875, às 13h50min, que transportava produtos e altas autoridades da Província de São Paulo, garantindo o progresso à região e diminuindo as distâncias com o porto de Santos.
Esse episódio foi de muita importância para a cidade, pois recebera novos serviços e capitais, relatado por viajantes que estiveram na região, como por exemplo, Augusto Emilio Zaluar, um jornalista português.
O prédio da estação passou por alterações ao longo dos anos. Projeto de Cândido Motta Filho, o prédio atual foi construído em 1918 e segue estilo arquitetônico inglês.
Em 1980 os trens deixam de circular por Capivari e na da década de 1990 os trilhos foram removidos pela Ferrovia Paulista S/A (Fepasa).
Igreja Matriz São João Batista
Ela está no mesmo local onde ficava a capela do início do povoado. Sua construção (da capela) se deu entre os anos 1818 e 1820. Esse período é anterior ao “Plano de Arruamento”, por isso o prédio está na posição atual, ou seja, de lado no lote.
A “Igreja Matriz de São João Batista de Capivari” deveria ter sido construída em outro lugar, onde atualmente estão as praças Rodrigues de Abreu e dr. Cesário Motta, que seriam o “Jardim Público” dela (isso segundo o Plano de Arruamento). Contudo ela foi iniciada, mas o dinheiro não foi suficiente para continuar e a obra ficou abandonada até ser totalmente demolida, anos mais tarde.
Em 1839, quando esteve à frente da paróquia, o padre Fabiano, recebeu, em 19 de junho (dois meses após sua posse) a visita pastoral do monsenhor Antônio de Carvalho Pinto (vigário da vara), que ficou muito impressionado com a rústica capela de pau a pique. Ele recomendou ao recente pároco, que fizesse uma reconstrução digna do povoado em formação.
O pedido do monsenhor não pôde ser atendido de imediato devido a existência de túmulos recentes de escravos, em ambos os lados da edificação. Contudo, no ano de 1842, começaram as primeiras providências para que as obras começassem, de modo que o antigo prédio fosse conservado para as missas. Ele ficou funcionando como “Capela-Mor”, sendo erguidas monumentais paredes de taipas, formando dois corredores internos ladeando-a.
Após alguns anos da posse do padre Fabiano, Antônio Pires de Almeida Moura (um dos primeiros moradores do povoado e um dos responsáveis pelo “Plano de Arruamento”), assumiu a reedificação da antiga igreja, designado pelo presidente da Província. Grande parte das obras foi custeada pelo próprio Antônio Pires, encorajando a pequena comunidade, em 1851, para que unissem forças para a conclusão dos trabalhos.
Nesse período, não se construiu a torre e a cobertura foi feita em um domingo após o fim da missa, pedido feito por Antônio Pires no altar, aos fiéis. Ele foi prontamente atendido e o telhado estava totalmente posto antes do anoitecer.
Em 1851, já eram celebradas missas na Igreja Matriz, graças a muitas pessoas da comunidade e também através de loterias em postos para angariar fundos para a reedificação dela.
No ano de 1882, a igreja ainda estava em reformas, tendo como encarregado da pintura os senhores Benére e Leonci Murlani (artistas que faziam decorações para residências e responsáveis pela pintura do “Teatro São João”).
Já em 1898, ela foi citada na obra de dr. Moreira Pinto, no livro intitulado “Viagens pela Ituana”, descrevendo seus aspectos estruturais, como a torre no centro com relógio e 10 estátuas de anjos em tamanho natural.
Dois anos depois, quando o padre Manoel José Marques (10º vigário dessa paróquia) assumiu a igreja de São João Batista, empreendeu uma grande reforma que durou de 1890 a 1907.
Ela foi ampliada até a rua Regente Feijó, suas paredes externas (taipa de um metro) foram revestidas de tijolos em ambos os lados. As paredes internas foram removidas e substituídas por colunas. O forro e os medalhões receberam pintura com cenas da história da igreja e quadros de santos. Entre, 1911 e 1912, um tufão destelhou-a e em abril de 1929 termina sua reforma externa.
A igreja ostenta um altar de mármore de carrara de 1942 e guarda em seu solo sagrado o corpo do padre Fabiano, sepultado em 12 de fevereiro de 1875.
Passados mais de 150 anos desde o início de sua edificação, ela continua sendo uma das mais belas construções do Estado. Sua “majestosa” estrutura arquitetônica e pinturas internas foram restauradas pelo artista Nori Figueiredo, que encerrou seus trabalhos após muitos anos de atividade.
Praças Rodrigues de Abreu e Dr. Cesário Motta
Ricas em vegetação, as praças Rodrigues de Abreu e Dr. Cesário Motta reúnem algumas das mais belas paisagens de Capivari. O verde predominante das árvores e plantas divide o espaço com duas fontes, um coreto e um platô, no qual foi inaugurado, em 1932, um obelisco em comemoração ao centenário da fundação da cidade. As praças abrigam também as hermas de Amadeu Amaral (criação de Victor Brecheret), de Tarsila do Amaral (criação de Pandolfo) e Rodrigues de Abreu (criação de Tarsila do Amaral), três dos principais artistas capivarianos.
No passado já foi um ponto de separação entre negros frequentando a Praça Rodrigues de Abreu e os brancos frequentando a praça Dr. Cesário Motta, outra curiosidade que os rapazes e as moças circulavam em direções opostas, poderiam paquerar na troca de olhares
Quilombo de Capivari
Em abril de 2004, o Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo) reconheceu como terra quilombola uma área denominada “Sítio Santa Rita”, cercada por cana-de-açúcar, localizada na rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101), ocupada por descendentes de escravos. Como aponta relatório técnico-científico do Itesp, a terra se tornou propriedade de Eva Barreto, que recebeu a área de seu ex-dono com o compromisso de trabalhar para pagar pelo terreno. Desde então, até o reconhecimento do quilombo, a terra permaneceu sendo ocupada por descendentes da proprietária.
Arena Capivari
A Arena Capivari, antigo Estádio Municipal Carlos Colnaghi, inaugurado em 1992. Pertence à prefeitura municipal de Capivari, onde o Capivariano Futebol Clube joga suas partidas. O estádio tem atualmente a capacidade cerca de 19.000 pessoas devido a uma reforma que ocorreu no ano de 2014. Por lá já se passou vários times de grande importância, como Corinthians, Santos, Botafogo, Guarani, Ponte Preta, entre outros.
Museu João Batista Prata e Biblioteca João Batista Prata
Em 10 de julho de 1944, a partir da ideia de Abelardo Vergueiro César, uma galeria possuindo retratos e biografias de prefeitos de 1890 até aquele ano surge. E será a partir disto que o Museu passa a se organizar.
O Museu Histórico e Pedagógico Dr. Cesário Motta se instala na Câmara Municipal (na Praça) sobre o decreto nº 30.324 de 20 de dezembro de 1957. Após um tempo, segue para o salão paroquial localizado na Rua Martim Tarques. Dois anos depois, em 18 de maio, a Prefeitura enviou um Projeto de Lei à Câmara pedindo autorização para a doação do prédio da Cadeia para o Estado. Dessa forma, o Museu passará por uma nova instalação localizada na Praça José Zuza.
Eduardo Maluf foi o primeiro diretor do local e foi o responsável pela aquisição de peças doadas para o acervo, dentre eles objetos do final do século XVIII ao século XIX, obras de arte, fotografias, mobiliário, numismática, objetos domésticos e arqueológicos, antropológicos e etnográficos relativos a ciência e história natural, objetos referentes a revolução de 1932, escravidão e tecnológicos. A partir do ano de 1989, o Museu passa a compartilhar seu espaço com a Biblioteca Municipal João Batista Prata, dessa forma adquirindo ainda mais “peças” em sua constituição. Em 2013 a prefeitura de Capivari interditou o prédio por problemas estruturais e seu acervo foi transferido para outro local.
Referência para o texto: Wikipédia .