segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

EUSÉBIO - CEARÁ

Eusébio é um município brasileiro do estado do Ceará, Região Nordeste do país. Sua população estimada é de 74.170 habitantes, segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022.
Etimologia
O topônimo Eusébio pode ser uma alusão a:
- um antigo morador, Seu Eusébio, dono de uma casa que servia de paragem, hospedando os comerciantes que transitavam em busca de realizar negócios na capital, Fortaleza.
- um ex-ministro da justiça e senador Eusébio de Queirós, autor da lei que extinguiu o tráfico de escravos no Brasil;
Sua denominação original era Eusébio de Queiroz. Desde 1938 chama-se apenas Eusébio.
História
As terras localizadas entre Aquiraz e Messejana ou entre os rios Pacoti e Coaçu eram habitadas pelos índios potyguara e outras tribos pertencentes ao tronco tupi como os jenipapo-kanyndé, junto a religiosos e militares portugueses, que vieram habitar a região visando catequizar os nativos e impedi-los de comercializar com outros povos europeus.
A presença portuguesa nessa região estabilizou-se nas primeiras décadas do Século XVII, e a casa (ficava entre a atual Praça 23 de julho e o atual Polo de Lazer) de seu Eusébio (um criador e comerciante de animais) virou um ponto de parada e descanso para os comboieiros que vinham de Beberibe, Cascavel e Baixinha, para venderem gêneros alimentícios em Fortaleza, mais precisamente na estação de bonde. Talvez daí surgiu o nome do local e o potencial de Eusébio como ponto de paragem e entreposto de mercadorias.
Ao longo dos anos, o povoado às margens da estrada que ligava o Ceará e o Rio Grande do Norte - construída antes mesmo da chegada dos portugueses - manteve sua posição como ponto de parada.
Em 1933 era um distrito de Aquiraz, já chamado Eusébio, que então assumiu o nome de Eusébio de Queiroz. Em 1938 passou a chamar-se apenas Eusébio.
Já nos anos oitenta do Século XX, indústrias foram instaladas nessa região, fato que incrementou a economia local e acelerou o seu processo de emancipação como município em 1987. Nos dias de hoje o município de Eusébio faz parte da Região Metropolitana de Fortaleza.
Geografia
Clima

Tropical com pluviometria média de 1.532 mm com época chuvosa de Janeiro a Junho.
Em Eusébio, o verão é curto, quente, seco e de céu quase encoberto; o inverno é curto, morno e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo e de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 24 °C a 31 °C e raramente é inferior a 22 °C ou superior a 32 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Eusébio e realizar atividades de clima quente é do fim de junho ao início de outubro.
Hidrografia e recursos hídricos
As principais fontes de água fazem parte da bacia dos rios Cocó e Pacoti, sendo a principal fonte o Rio Coaçu. Existem ainda diversas lagoas naturais, sendo as mais conhecidas as lagoas do Parnamirim e dos Pássaros.
Relevo e solos
O relevo desse município e composto de tabuleiros. As principais elevações possuem altitudes de menos que cem metros. Os solos da região são do tipo podzólico.
Vegetação
A vegetação típica é de tabuleiro, com espécies próprias, da caatinga, de mata serrana; e próximo do litoral encontra-se uma vegetação de mangue.
Aspectos Socioeconômicos
A maior concentração populacional encontra-se na zona urbana. A sede do município dispõe de abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, serviço telefônico, agência de correios e telégrafos, serviço bancário, hospitais, hotéis e ensino de 1° e 2° graus.
A partir de Fortaleza o acesso ao município, pode ser feito por via terrestre através da rodovia estadual CE-040. As demais lugarejos, sítios e fazendas são acessíveis (com franco acesso durante todo o ano) através de estradas asfaltadas ou carroçáveis.
A economia local é baseada no turismo, empreendimentos imobiliários, empresas de prestação de serviços, indústrias diversas, com destaque para a indústria alimentícia. O extrativismo vegetal destaca-se também com a fabricação de carvão vegetal e extração de madeiras diversas para lenha e construção de cercas. O artesanato de redes, labirintos e bordados é uma fator gerador de renda. Na área de mineração existem a extração de diabásio para obtenção de brita para construção civil, a extração de argila e diatomito, para fabricação de tijolos. A pesca industrial é presente ao longo da costa marítima.
Indústria
O município sedia o grupo empresarial de industrialização e comercialização de alimentos Três Corações Alimentos S.A..
Turismo
Cortado pela CE-040 e pela BR-116, é passagem obrigatória para os turistas que procuram as praias do litoral leste cearense. Apesar de ser localizada na região metropolitana de Fortaleza, Eusébio é tranquila como uma cidadezinha do interior, o que atrai o interesse de investidores do ramo imobiliário.
Para os amantes da velocidade, o município de Eusébio conta ainda com o autódromo internacional Virgílio Távora.
Como atrativos naturais há as lagoas do Parnamirim, Eusébio (Polo de Lazer), da Precabura e o rio Pacoti.
O turismo religioso também gera rendas para o município.
Cultura
Os principais eventos culturais são as festas da padroeira, Senhora Santana (26/07); a paixão de Cristo uma das maiores do Ceará e as festas juninas que atraem pessoas de vários lugares.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

VIGIA - PARÁ

Vigia de Nazaré, também chamada apenas Vigia, é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente à Zona Fisiográfica do Salgado.
Toponímia
A Vila de Vigia (ou Vila de Nossa Senhora de Nazareth da Vigia) foi constituída a partir da aldeia de Uruitá, do Tupi Guarani: "cesto de pedras", morada de uma tribo de índios tupinambás, onde os colonizadores construíram um posto fiscal, para verificar as embarcações que abasteciam Belém (capital do estado do Pará).
História
O município foi criado em 6 de janeiro de 1616, seis dias antes da fundação da também paraense Belém do Pará (a capital do Estado), por Francisco Caldeira Castelo Branco durante expedição de ocupação da Capitania do Grão-Pará (do tupi-guarani, "rio do tamanho do mar", que decorre do rio Pará). Quando muito, os portugueses, a caminho do interior do continente, criaram o posto de "vigia" militar, para "vigiar" o acesso de embarcações pelo fruro que separa a ilha de Colares, que então foi chamada de Ilha do Sol.
Os primitivos habitantes da região foram os índios Tupinambá, que viviam na aldeia Uruitá (do Tupi Guarani, "cesto de pedras"), sob jurisdição das missões da Companhia de Jesus. Neste aldeamento, os colonizadores construíram um posto de controle. Talvez só muito mais tarde é que Vigia poderia ter se configurado como "Posto Fiscal" de embarcações que abasteciam Belém.
Por sua posição estratégica, o governo colonial transformou-a em um posto alfandegário guarnecido, denominado Vigia, para fiscalizar e proteger, de contrabandistas as embarcações que por ali passavam. Influenciando na formação do povoado, elevado em 1698 a categoria de vila com a denominação Vigia. Assim, permaneceu até a Independência do Brasil.
Com o advento da Lei Pombalina, expedida em 1761, os jesuítas foram expulsos do Brasil e Vigia foi elevada a Paróquia secular, sendo também criado, ali, um colégio secular. Nessa época, a localidade já contava com uma casa que fora transformada em templo, em 1732, pelo padre José Lopes, provincial da Companhia de Jesus e com o Colégio Mãe de Deus, construído pelos jesuítas.
Por ocasião da Revolução da Cabanagem, ocorrida em 1833, na Província do Grão-Pará, o município de Vigia sofreu depredações. Esse movimento foi suprimido em 1836, com a chegada do Major Francisco Sérgio de Oliveira, por ordem do Marechal Soares de Andréa.
Em 1854, Vigia foi elevado a categoria de cidade.
Geografia
Localiza-se na Zona do Salgado. Sua população estimada em 2022, de acordo com o censo do IBGE é de 50.832 habitantes, distribuídos em uma área de 401,589 km².
Patrimônio Histórico
Capela do Senhor dos Passos ou Igreja de Pedras

A Capela do Senhor dos Passos (Igreja de Pedras) datada do século XVIII, é um templo construído pelos Jesuítas toda em pedras sobrepostas e sem reboco. Conhecida, hoje, como Igreja do Bom Jesus, porque lhe guardava a imagem. Nessa época foi transferida para a Igreja da Madre de Deus, para que a Igreja de Pedras fosse concluída, mas com a expulsão dos jesuítas de Portugal e das províncias do Brasil, em 1759, por ordem do Marquês de Pombal, a construção da capela ficou inacabada e abandonada, sofrendo demolições e transformações. Na década de 30, um intendente local mandou demolir o que restava das paredes laterais e, com as pedras, mandou construir o cais de arrimo da cidade. A Igreja revela estrutura de pedras lavradas, peças de mármore e imagens antigas. A técnica construtiva é pedra com agregado de uma mistura de massa de argila crua e cal que era obtida de materiais tirados dos sambaquis, ou depósitos pré-históricos de conchas, comuns no litoral brasileiro. Em dezembro de 2011, ganhou o título de Primeira Maravilha do Pará.
Igreja da Madre de Deus
Em 28 de fevereiro de 1733, o padre provincial da Companhia de Jesus, José Lopes, superior do Colégio da Mãe de Deus, com despacho do Senado da Câmara da Vila da Vigia de Nazaré, iniciou a edificação da Igreja da Madre de Deus. A expansão e ocupação territorial implementada por Portugal, em parceria com a Companhia de Jesus e as formas de representação do catolicismo popular incorporado ao culto à Virgem de Nazaré, ligam a Madre de Deus com a História da Humanidade. O templo construído em estilo barroco, com elevados campanários, com varandas sustentadas por colunas, salões, sacristia adornada de painéis com rico altar e retábulos dourados, perpetuaria a memória da Companhia de Jesus na Vigia de Nazaré. Por volta de 1930, o Padre Alcides Paranhos e o prefeito da cidade resolveram demolir parte do prédio, usando as pedras retiradas para a construção da primeira usina de luz de Vigia. Com a demolição foram encontrados esqueletos humanos entre as pedras, o que comprovou uma antiga lenda local de que algumas pessoas condenadas pelas Ordenações do rei de Portugal foram empaladas nas paredes da Igreja. A Igreja da Mãe de Deus, dedicada a Nossa Senhora de Nazaré, é a única no norte do Brasil, munida de 22 colunas laterais de origem toscana. O templo apresenta alvenaria de pedra, estrutura do telhado em madeira de lei, cobertura com telha de barro, frontispício formado por um corpo central e duas torres com campanários compostos por três janelões sineiros de arco de meio ponto, encimadas por cornijas em que se destacam elementos decorativos. Em sua parte interna, há peças em ouro e prata, crucifixos e imagens originais de Rocca. O forro da sacristia é todo ornado com belíssimas pinturas. O corpo central é marcado pelo frontão que é composto de volutas simétricas. É considerada Patrimônio da Cultura Nacional, tendo sido tombada com a denominação de Igreja de Nossa Senhora da Madre de Deus, em 14 de dezembro de 1954, inscrita no Livro de Belas Artes, folha 80, número 424.
Mercado de peixe
Antigamente, em função da técnica utilizada para a conservação do pescado que era comercializado no município, existia o velho mercado de peixe, conhecido pela população como a Salgadeira, na esquina da Boulevard melo Palheta com a travessa Vilhena Alves. O constante crescimento da atividade pesqueira transformou o velho mercado de peixe num lugar antiquado para o povo vigiense. Impróprio para as atividades pesqueiras e com instalações precárias, fatos que inspiraram o prefeito Manoel de Souza Leal a iniciar a construção de um logradouro mais adequado para a comercialização do pescado na Vigia de Nazaré. No período compreendido entre os anos de 1943 e 1945, na administração de Jorge Corrêa, com o apoio do interventor do Pará , Joaquim de Magalhães Cardoso Barata e com acompanhamento do engenheiro vigiense Jonas Brito, foi construído o novo Mercado Municipal, mais tarde conhecido como Mercado de Peixe. Escolha do local tinha a intenção de modificar e sanear a frente da cidade, na época, ocupada pelos quintais das casas que deveria ter suas edificações com portas e janelas voltadas para o rio Guajará – Mirim. O prédio possui implantação, obedecendo ao alinhamento da via pública, técnica construtiva em alvenaria de tijolo, vãos com vergas retas e cobertura com telha de barro tipo francesa.
Trem de guerra
No início do século, existia na Vigia um casarão que era moradia e local de trabalho do Juiz de Paz do município, João de Sousa Ataíde, e armazenava as armas e munições da Guarda Municipal da Vigia. Este foi denominado Trem de Guerra. No período da Cabanagem, quando o movimento se espalhou pelo interior do Estado do Pará, a então Vila de Vigia, foi invadida pelos revoltosos em 1835. Durante o primeiro assalto à Vila da Vigia, os cabanos dominaram o Paço Municipal, onde funcionava o Senado da Câmara, obrigando as autoridades legalistas vigienses a se refugiarem-se no Trem de Guerra, também conhecido como Casa-Quartel. Esse prédio foi onde o movimento cabano operou o mais violento e sangrento episódio da Cabanagem na Vila da Vigia, quando foram assassinados todos os moradores e os militares vigienses que se encontravam aquartelados no Trem de Guerra. Construído em taipa e cobertura em telha de barro, o prédio, com acesso pela rua de Nazaré e pela rua Visconde de Souza Franco, atual Rua Noêmia Belém, pertenceu anteriormente a Inocêncio Holanda. Mais tarde foi vendido a Jerônimo Magno Monteiro que o desmembrou em duas edificações. A parte localizada à rua de Nazaré foi vendida à Prefeitura. Na década de 90, do século XX, em razão do alto grau de deterioração, foi totalmente demolido e reconstruído com materiais contemporâneos, em alvenaria e tijolo, mantendo, parcialmente, as características arquitetônicas externas originais do Antigo Trem de Guerra.
Círio de Vigia
É o Círio mais antigo do Pará. Acontece há mais de 300 anos, sempre no segundo domingo do mês de setembro. A devoção à santa na região é anterior a chegada dos jesuítas no município, em 1730, onde registros do Padre José Ferreira relatam que em 1697 já havia devoção com romaria e novena, na época da colonização através de Dom Jorge Gomes d’Alamo (recebeu terras de Dom João V), da província de Algarve (Portugal) onde já se cultuava a Maria de Nazaré.
A procissão de Vigia possui os mesmos símbolos da festa que acontece em Belém, com carros, berlinda, fogos de artifício e até mesmo a corda. Na programação, a Missa do Mandato, procissão rodoviária, romaria fluvial, Trasladação e Círio das Crianças, dentro da quadra nazarena que dura 15 dias.
Operação Prato
Nos anos de 1977 e 1978 foram registrados nos municípios de Colares e Vigia, o ataque de estranhas luzes à população dos municípios. Por solicitação do então prefeito de Vigia, José Ildone Favacho Soeiro, a FAB montou uma operação de reconhecimento e documentação dos fatos ocorridos, a qual foi nomeada Operação Prato pelo então capitão Uyrangê de Hollanda Lima.
Clima
Em Vigia, a estação com precipitação é de céu encoberto; a estação seca é de ventos fortes e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente e opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 24 °C a 32 °C e raramente é inferior a 23 °C ou superior a 33 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Vigia e realizar atividades de clima quente é do início de agosto ao início de novembro.
A estação quente permanece por 2,7 meses, de 20 de maio a 9 de agosto, com temperatura máxima média diária acima de 31 °C. O mês mais quente do ano em Vigia é junho, com a máxima de 32 °C e mínima de 25 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,9 meses, de 13 de janeiro a 8 de abril, com temperatura máxima diária em média abaixo de 30 °C. O mês mais frio do ano em Vigia é fevereiro, com a mínima de 24 °C e máxima de 30 °C, em média.
Economia
Vigia é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e por apresentar novas oportunidades de negócios.
No ano, o município apresenta mais demissões que admissões, com um saldo de -105 funcionários. Até dezembro de 2023 houve registro de 16 novas empresas em Vigia, sendo que 3 atuam pela internet.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caeavela .

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

RIBEIRA DO POMBAL - BAHIA

Ribeira do Pombal é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população, de acordo com o Censo do IBGE, em 2022, é de 54.010 habitantes.
Topônimo
Em 1754, quando o povoado de Santa Teresa de Canabrava foi elevado à categoria de freguesia, deram-lhe o nome Pombal. Há duas versões sobre a origem desse nome. A primeira, que consta no site IBGE Cidades e na renomada Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, afirma que é uma homenagem ao seu pároco, o padre João Campos de Cerqueira Pombal, que parente do conhecido Marquês de Pombal, secretário de estado do Rei de Portugal D. José I. A segunda versão é de Ramos (2008, p. 404) e afirma que o topônimo Pombal é uma homenagem ao Marquês de Pombal.
Por já existir um município homônimo no interior da Paraíba, o topônimo do município de Pombal foi alterado para Ribeira do Pombal por meio do Decreto-Lei estadual n° 141, de 31 de dezembro de 1943, ratificado pelo Decreto estadual n° 12.978, de 10 de junho de 1944.
História
A região de Ribeira do Pombal começou a ser colonizada no século XVII, por meio da pecuária. Com isso, começaram os conflitos entre os vaqueiros e os habitantes originários dessa área, os indígenas quiriris. Com isso, para proteger os povos autóctones dos forasteiros e também para catequizá-los, chegaram à região os padres jesuítas.
Em 1667, os jesuítas João de Barros e Jacob Rolando criaram, para a catequese dos quiriris, tendo como marco inicial a edificação de uma capela em louvor a Santa Teresa de Jesus, a aldeia de Santa Teresa de Canabrava (embrião da atual cidade de Ribeira do Pombal), cujo nome se deve à abundância da planta canabrava na região.
No final do século XVII, os jesuítas criaram na região outra missão para a catequese dos quiriris, a de Saco dos Morcegos (atual Mirandela, Banzaê).
Santa Teresa de Canabrava estava localizada na rota dos tropeiros, boiadeiros e viajantes que se dirigiam para o Rio São Francisco, sendo um ponto de pouso para eles.
No início do século XVIII, eram mantidas, pelo Colégio da Bahia, nas proximidades de Santa Teresa de Canabrava, algumas fazendas de gado bovino e de cultivos como mandioca e milho, o que desenvolveu a agropecuária local e favoreceu a colonização.
Em 1754, o Arraial de Santa Teresa de Canabrava foi elevado à categoria de Freguesia, com o nome de Pombal. Por carta régia de 8 de maio de 1758, a freguesia de Pombal foi elevada à categoria de vila, sendo instalada no mesmo ano.
Em 1760, Saco dos Morcegos foi elevada à categoria de freguesia, dentro da vila de Pombal, com o nome Mirandela. Mirandela se tornou vila em data incerta, mas foi extinta pela Lei Provincial n° 51, de 21 de março de 1837, e reanexada a Pombal. A freguesia de Mirandela foi extinta por meio da Resolução provincial n° 185, de 12 de abril de 1843, e anexada à de Santa Teresa do Pombal.
Um ato estadual de 17 de dezembro de 1890 desmembrou de Pombal e elevou à categoria de vila a Freguesia de Amparo (atual Ribeira do Amparo), criada em 1848.
Segundo a divisão administrativa de 1911, a vila de Pombal era constituída apenas do distrito sede, mas, no censo de 1920, era constituída dos distritos sede, Mirandela e Pedras.
Por meio dos Decretos Estaduais n.º 7.455 e n.º 7.479, datados respectivamente de 23 de junho e 8 de julho de 1931, a vila de Pombal foi extinta e seu território incorporado ao do município de Cipó, tendo sua autonomia restaurada por meio do Decreto-Lei estadual n° 8.643, de 19 de setembro de 1933, e sendo reinstalada menos de um mês após a sua restauração, em 10 de outubro do mesmo ano.
O Decreto-Lei federal n.º 311, de 2 de março de 1938, deu o título de cidade a Pombal, cujo nome foi alterado para Ribeira do Pombal por meio do Decreto-Lei estadual n° 141, de 31 de dezembro de 1943, ratificado pelo Decreto estadual n° 12.978, de 10 de junho de 1944.
Em 1985, o distrito de Mirandela foi extinto e criou-se, em seu lugar, o distrito de Banzaê, sediado no povoado de mesmo nome. Banzaê se tornou município, se emancipando de Ribeira do Pombal, por meio da Lei Estadual n.º 4.845, de 24 de fevereiro de 1989.
Geografia
O município de Ribeira do Pombal está localizado na mesorregião do Nordeste Baiano, Território Nordeste II, parte da região do semiárido, e se estende pela Bacia do rio Itapicuru, Os municípios de Adustina, Antas, Banzaê, Cícero Dantas, Cipó, Fátima, Heliópolis, Itapicuru, Nova Soure, Novo Triunfo, Olindina, Paripiranga e Ribeira do Amparo estão incorporados, junto com Ribeira do Pombal, na Microrregião de Ribeira do Pombal.
Clima
Em Ribeira do Pombal, o verão é longo, quente e de céu quase encoberto; o inverno é curto, morno, de ventos fortes e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é abafado. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 18 °C a 35 °C e raramente é inferior a 16 °C ou superior a 38 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Ribeira do Pombal e realizar atividades de clima quente é do início de junho ao meio de outubro.
A estação quente permanece por 6,0 meses, de 6 de outubro a 6 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 34 °C. O mês mais quente do ano em Ribeira do Pombal é janeiro, com a máxima de 35 °C e mínima de 23 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,4 meses, de 7 de junho a 18 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 30 °C. O mês mais frio do ano em Ribeira do Pombal é julho, com a mínima de 19 °C e máxima de 29 °C, em média.
Economia
Ribeira do Pombal é um município de grande relevância na região que se destaca pelo alto crescimento econômico. O baixo potencial de consumo e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são fatores de atenção.
No ano, o município acumula mais admissões que demissões, com um saldo de 378 funcionários. 
Até dezembro de 2023 houve registro de 28 novas empresas em Ribeira do Pombal, sendo que 3 atuam pela internet.Infraestrutura
Saúde
O município possui o Hospital Regional Santa Tereza que, em 2018 teve sua configuração administrativa alterada para passar a ser um hospital regional gerida por um consórcio de municípios da região Nordeste II, nordeste da Bahia.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

CAMPO BELO - MINAS GERAIS

Campo Belo é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população total, de acordo com o censo do IBGE, em 2022, é de 52.277 habitantes.
História
Campo Belo possui uma história ligada à ocupação do território mineiro pelos bandeirantes, pelos indígenas e pelos negros. O seu povoado inicial surgiu no século XVIII, na região conhecida como Campo Grande, que era uma área de passagem entre as minas de ouro e a capitania de São Paulo. Essa região era habitada pelos indígenas cataguases, da etnia tupi, posteriormente expulsos ou escravizados pelos colonizadores portugueses e paulistas.
O primeiro núcleo habitacional de Campo Belo foi como área de influência do Quilombo do Ambrósio, então formado por negros fugitivos da escravização colonial, e que se refugiaram nas matas, sendo liderados por um negro chamado Ambrósio Rei. Esse quilombo foi o maior e mais duradouro de Minas Gerais, chegando a ter mais de 15 mil habitantes e quase 3 mil casas. O quilombo resistiu por cerca de 50 anos, até ser derrotado por uma milícia armada, que cumpria ordens da Coroa Portuguesa, em 1743. Aqueles que conseguiram fugir se refugiaram pela região, onde se misturaram com os indígenas remanescentes e com os brancos que chegavam.
Campo Belo foi se desenvolvendo a partir das sesmarias concedidas pela Coroa Portuguesa aos colonos que se estabeleciam na região. As primeiras sesmarias de Campo Belo foram distribuídas entre 1770 e 1777, e deram origem aos nomes das comunidades rurais que existem até hoje. A mais destacada delas foi a Sesmaria das Águas Claras, que pertenceu a Catarina Maria de Jesus, conhecida como Catarina Parreira, que contribuiu para a construção da Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, o primeiro templo católico de Campo Belo.
O povoado pertencia à vila de São Bento do Tamanduá, que depois passou a se chamar Itapecerica, na comarca do Rio das Mortes, que tinha como sede a cidade de São João Del Rey. A comarca era uma divisão administrativa e judicial do Império Português, que abrangia várias vilas e povoados. O povoado de Campo Belo foi elevado à categoria de distrito em 1818, com o nome de Ribeirão São João, em homenagem ao rio que cortava a região. Em 1848, o distrito foi elevado à categoria de vila, com o nome de Campo Belo, mas essa lei foi revogada em 1850, e o distrito voltou à sua condição anterior. Somente em 1876, o distrito de Campo Belo foi definitivamente elevado à categoria de vila, e em 1884, por meio da Lei Provincial 3.196, de 23 de setembro de 1884, à categoria de cidade, por influência de Cônego Ulisses Furtado de Sousa, era deputado provincial representante dos interesses de Campo Belo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Na divisão administrativa de 1911, o município contava com cinco distritos: Campo Belo, Cristais, Nossa Senhora das Candeias, Porto de Mendes e Santana do Jacaré. Desde a publicação da Lei Estadual 2.764, em 30 de dezembro de 1962, o município passou a ser constituído por dois distritos: Campo Belo e Porto dos Mendes.
Geografia
Localiza-se a uma altitude de 945 metros e tem uma área de 528,225 km². De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sua população em 2022 foi recenseada em 52 277 habitantes. Está situada no entroncamento entre as rodovias federais BR-354 e BR-369. É cortada por uma ferrovia, a Linha Tronco da antiga Rede Mineira de Viação, atualmente concedida à Ferrovia Centro Atlântica para o transporte de cargas.
Clima
Campo Belo apresenta uma temperatura média de 20,5 °C e um índice pluviométrico anual médio de 1.406 mm. Ao longo do ano o valor médio da precipitação oscila entre 14 mm em agosto e 271 mm em dezembro. A temperatura, por sua vez, varia de 9,9 °C em junho a 28,8 °C em janeiro.
Economia
A economia de Campo Belo em Minas Gerais, possui como principais setores econômicos o Serviço e a Indústria.
Infraestrutura
O município conta com um aeroporto com pista asfaltada com 1.420 m de comprimento, localizado a 6 km do centro da cidade.
Campo Belo apresenta uma extensão urbanizada que abrange uma área de 12,49 km². No que diz respeito ao saneamento, destaca-se que 94,5% do esgotamento sanitário é adequadamente atendido desde 2010. Quanto à arborização das vias públicas, observa-se uma cobertura de 36,7% também em 2010. A urbanização das vias públicas, medida em termos de desenvolvimento, atinge 18,9% no mesmo ano.
Turismo
O município faz parte do circuito turístico Grutas e Mar de Minas.
Os principais locais turísticos de Campo Belo: Conjunto Arquitetônico e Paisagístico Praça Cônego Ulisses e Praça Menotti D'Áurea; Grupo Escolar Cônego Ulisses; Colégio São José; Praça Menotti D'Áurea; Igreja Senhor Bom Jesus de Campo Belo - Velha Matriz; Igreja Matriz Senhor Bom Jesus de Campo Belo – Nova Matriz; Conjunto arquitetônico da Rede Ferroviária Federal; Praça dos Expedicionários; Praça Cônego Ulisses; Conjunto Arquitetônico - Praça Nossa Senhora Aparecida; Fundação Casa da Cultura; Igreja de São Sebastião.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

ACOPIARA - CEARÁ

Acopiara é um município brasileiro do estado do Ceará, localizado na região Centro-Sul do estado. O acesso ferroviário à cidade se dá pela Linha Sul da Rede de Viação Cearense (RVC), hoje concedida à Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN). Sua população, conforme estimativas do IBGE, pelo Censo de 2022, era de 44.962 habitantes.
Etimologia
Acopiara é uma composição da língua tupi aco: roça, roçado, cultura; pi: de pina, limpar ou tratar; e ara: (prefixo que indica agente) que significa: aquele que cultiva a terra, o agricultor ou o lavrador. Sua denominação original era Lages, depois Afonso Pena e, desde 1943, Acopiara.
História
Primitivamente sua vinculação geográfica tinha como subordinante o Distrito denominado de Vila Telha (Iguatu). Chamava-se Lages, designativo característico de sua formação geológica, envolvendo pedreiras, elevações irregulares e chãs ribeirinhas, compondo dessa forma pequenos nódulos de solos diversificados. Nesse complexo variado, estabeleceu-se como pioneiro o Alferes Antônio Vieira Pita, a família Pereira e outros imigrantes, com assentamentos que datam da Segunda década do Século XVIII. O primeiro indício de posse consta de uma sesmaria, concedida a um desses pioneiros pelo Capitão-Mor Salvador Alves da Silva, em data de 4 de julho de 1719. Nesse módulo e noutros posteriormente cedidos, situaram-se fazendas e edificaram-se moradias, formando a povoação cujo nome já foi descrito.
Evolução Política: Em regime patriarcalmente estabelecido e dentro das exceções determinadas pelas necessidades de movimentação rotineira, o agregamento inicial transformou-se em povoado, perdendo de sua originalidade as principais características. Quase duzentos anos se passaram, perdidos na lentidão do marasmático progresso, até que no início do Século XX, o bafejo renovador das transformações sociais proporcionou impulsos mais alentadores. Surgiu a Ferrovia Fortaleza-Crato. A povoação de Lages, até então adormecidas, recebeu como prêmio a sua Estação Ferroviária, mantendo o locativo inicial (10 de julho de 1919).
A contar de então, Lages tomou novos rumos e partiu para a sua emancipação já nos padrões urbanos dos quais resultaria a consecução desse objetivo. O seu desmembramento, na qualidade de Distrito até então vinculado ao Iguatu, deu-se consoante Lei nº 1.875, de 28 de setembro de 1921.
Fundada em 28 de setembro de 1921, instalando-se a Vila em data de 14 de janeiro de 1922. Em 1923, consoante Decreto nº 1.156, Lages passou à denominação de Afonso Pena, homenagem que se prestava a um dos Presidentes brasileiros. Sua elevação à categoria de Cidade ocorreu segundo Decreto nº 448, de 20 de dezembro de 1938, tendo sido seu primeiro Prefeito Celso de Oliveira Castro.
Geografia
Clima

Tropical quente semiárido com pluviometria média de 754,3 mm com chuvas concentradas de janeiro a abril.
Hidrografia e recursos hídricos
As principais fontes de água são o rio Trussu, riachos Quicoê, Carrapateiro, Madeira, Cunhapoti, Meru e Ererê.
Relevo e solos
As principais elevações são as Serras do Maia e do Flamengo.
Subdivisão
O município tem dez distritos: Barra do Ingá, Ebron, Isidoro, Quincoe, Santa Felicia, Santo Antonio, São Paulinho, Solidão, Trussu, Luna, Sede Urbana.
Vegetação
Composta por caatinga arbustiva aberta e floresta caducifólia espinhosa.
Economia
Como em muitas cidades do interior do Ceará, Acopiara tem em sua produção agrícola a maior fonte de renda, muito embora possa-se verificar que a agricultura se apresente ainda na sua maioria como de subsistência de pequenos produtores. Destaque para o ramo aviário, que cresceu muito nos últimos anos.
Na década de 1970, Acopiara foi o segundo produtor de algodão do estado do Ceará, mas as constantes secas, bem como a inserção do bicudo em suas lavouras, contribuíram para que sua produção fosse bastante reduzida, contudo o ramo algodoeiro ainda tem contribuído muito na economia acopiarense.
Destacam-se também no ramo industrial, as indústrias de sabão e a refinaria de óleo. A cidade também dispõe de boa estrutura no ramo de cerâmicas, com boa produção de tijolos e telhas.
No setor do comércio Acopiara dispõe de muitas lojas de vestuário e moda de qualidade, bem como mercantis e supermercados de pequeno e médio porte. A saber: Mercantil São Francisco, Super Albuquerque e Super Queiroz, este um mercado de atacadão. Também conta ainda nos dias atuais com um mercado de hortifrúti o Feirão da Frutas que, por tempos abastecia não só a cidade de Acopiara como outras pertencentes a Região Centro Sul e Sertão Central.
Dentre outros fortes, a cidade dispõe de lojas do ramo de eletrodomésticos como a Zenir, Macavi e Moveletro, sendo esta última filha da cidade de Acopiara. Já no começo de 2017 sendo inaugurada a farmácia Pague menos e Edfarma.
Cultura
Os principais eventos culturais são: Festa da padroeira: Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro (05 de julho); Festa de São Francisco (04 de setembro); Carnafest - Considerado por muitos o melhor carnaval do interior do Ceará; FETAC - Festival de Teatro Amador (O Festival de Teatro de Acopiara teve início no ano de 1989, com a realização de amostra de espetáculos teatrais de grupos de Acopiara).
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

CAPITÃO POÇO - PARÁ

Capitão Poço é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente à Mesorregião do Nordeste Paraense na microrregião do Guamá. Sendo mais conhecido por sua grande produção de laranja.
Etimologia
Denominação em homenagem ao explorador Capitão Possolo, integrante da primeira caravana de exploradores pioneiros, que chegaram na região em junho de 1955.
História
Na década de 1950, no Município de Ourém foi instalada uma "frente pioneira" que passou a ser chamada de Capitão Poço, após a criação da BR Belém-Brasília, que resultaram na instalação de migrantes, de outras partes do país, em território paraense.
Formação Administrativa
Em dezembro de 1961, foi elevado à categoria de município com denominação de Capitão Poço, pela Lei Estadual nº 2.460, de 29/12/1961, sendo desmembrado de Ourém.
Geografia
Clima

Em Capitão Poço, a estação com precipitação é de céu encoberto; a estação seca é de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente e opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 21 °C a 33 °C e raramente é inferior a 21 °C ou superior a 35 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Capitão Poço e realizar atividades de clima quente é do início de julho ao meio de outubro.
A estação quente permanece por 1,9 mês, de 26 de outubro a 24 de dezembro, com temperatura máxima média diária acima de 33 °C. O mês mais quente do ano em Capitão Poço é novembro, com a máxima de 33 °C e mínima de 22 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,8 meses, de 7 de fevereiro a 30 de abril, com temperatura máxima diária em média abaixo de 31 °C. O mês mais frio do ano em Capitão Poço é março, com a mínima de 23 °C e máxima de 31 °C, em média.
Educação
Educação Superior
- Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) -
Atualmente, Capitão Poço conta com o campus universitário da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), que realiza suas atividades de ensino, pesquisa e extensão no município desde 2005. Ofertando cursos presenciais nas áreas de Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Tecnologia da Informação.
- Universidade Federal do Pará (UFPA) - A Universidade Federal do Pará (UFPA) contém um núcleo da universidade no município, que ofertas cursos de graduação intensivo pelo Plano Nacional de Formação de Professores (PARFOR).
- Faculdade Educacional da Lapa (FAEL) - A Faculdade Educacional da Lapa (FAEL) é uma instituição Privada, que oferta cursos de graduação à distância. Atualmente, oferta variáveis cursos à distância.
- Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI) - Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI) é uma instituição privada, que oferta cursos de graduação à distância. Atualmente, oferece vários cursos à distância.
Economia
Agricultura

O município contém um expressiva produtividade, contendo plantações de Bananas), Coco da Bahia, Laranja, Maracujá, Pimenta do Reino, Arroz, Feijão, Malva, Mandioca, Milho e Açaí.
Pecuária
O município de capitão Poço contém produção pecuária interessante, contando com aquicultura, bovinos, caprinos, galináceo, mel de abelhas e criação de suínos.
Silvicultura
Na silvicultura Capitão Poço produz Carvão Vegetal, Lenha e Madeira em tora.
Comércio
Possui comércio forte.
Turismo
Os principais pontos turísticos do município são: Santuário Santo Antonio Maria Zaccaria (Igreja Matriz); Balneário Águas Cristalinas; Praça da Alvorada; Balneário Geladeira; Prainha da Boca Nova; Balneário Cacurí; Balneário Pensamento; Parque Hotel Fazenda Cachoeira; Parque Clube Riacho Doce; Parque Clube Cantagalo.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

NOVA ANDRADINA - MATO GROSSO DO SUL

Nova Andradina é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso do Sul, situado na Mesorregião do Leste de Mato Grosso do Sul e Microrregião de Nova Andradina.
Fundada pelo paulista Antônio Joaquim de Moura Andrade, em 20 de dezembro de 1958, e emancipada em 1 de janeiro de 1959, Nova Andradina tem origem nas fazendas Primavera (inicialmente Fazenda Caaporã), Santa Barbara, Xavante, Panambi e Baile. Esta última foram implantados os alicerces da atual cidade de Nova Andradina. Em 1960, data do primeiro senso local, o município já atingia 6.366 habitantes. Vinte anos depois, já contava com 21.668 habitantes, um aumento de 240,4%. Já nos vinte anos seguintes o aumento foi menor (63,3%), passando para 35.381 habitantes e em 2010 a cidade atingia 45.585 habitantes ou 28,8% de aumento. Em 50 anos (entre 1960 e 2010) a população teve um aumento de real de 616,1%. Atualmente sendo conhecida como Capital do Vale do Ivinhema, Nova Andradina é uma cidade de perfil progressista situada próximo do Rio Paraná e BR-267. Possui traçado urbano considerado plano com vias de traçado retilíneo, possuindo formato de tabuleiro de damas.
História
As terras que atualmente compõem o Município de Nova Andradina, bem como extensa área daquela região, foram colonizadas pelo paulista Antônio Joaquim de Moura Andrade, pecuarista, homem dotado de extraordinária visão e de incomum habilidade. Iniciou seus trabalhos de colonização em Mato Grosso, por volta de 1938 ou 1939, quando adquiriu do Estado, a Fazenda "Caapora", que mais tarde passou a denominar Fazenda Primavera, localizada nas proximidades da Formosa baía do Rio Samambaia, em plena selva, no vale do Rio Paraná, empenhando-se, logo a seguir. Na construção de um porto fluvial, na margem direita do Rio Paraná, que serviria de base para a efetivação do projeto. Anos mais tarde, Moura Andrade estendeu seus domínios adquirindo as fazendas Santa Barbara, Baile, Xavante e Panambi.
A fazenda Baile pertenceu inicialmente à Henrique Barbosa Martins e depois a Domingos Barbosa Martins, ambos membros do clã dos Barbosa Martins que escreveram brilhantes páginas da história de Mato Grosso e constituem uma das mais tradicionais famílias de Mato Grosso do Sul. A fazenda Baile foi adquirida por Moura Andrade em 1951. No segundo semestre de 1957, destacou ele uma gleba da fazenda onde implantou os alicerces da cidade de Nova Andradina. Em seguida, procedeu o loteamento de outras propriedades rurais, estabelecendo grandes vantagens para os adquirentes, o que determinou a vinda de grandes levas de migrantes, principalmente nordestinos, paulistas, paranaenses e mineiros, determinando rápido povoamento da região. No mesmo ano, em um barracão da Empresa Andrade, Ferreira de Souza que procedia a abertura das ruas da cidade, instalou-se a primeira escola da nova comunidade, tendo como professoras Efantina Quadros, conhecida popularmente como D. Lalá, Katsuko e Mariko Fujibayashi e Cecília Holanda.
No ano seguinte foi construído um prédio de alvenaria, que passou a ser denominado Grupo Escolar Moura Andrade. Nova Andradina foi elevada a Vila, Distrito e Município no dia 20 de dezembro de 1958. A primeira missa foi celebrada por Frei Luiz, na capela do Imaculado Coração de Maria, recém construída na nova povoação. O primeiro estabelecimento comercial aí implantado pertencia a Kokey Itaya. O primeiro Juiz de Paz foi Austrilio Capilé de Castro e a primeira Escrivã foi a senhora Irma Ribeiro da Silva. Entre os anos de 1967 e 1969 o então prefeito, Sr Alcides Menezes de Faria trabalhou para trazer saneamento básico e energia elétrica à cidade.
Topônimo
O topônimo Nova Andradina é uma homenagem ao seu fundador, Antônio Joaquim de Moura Andrade. Acrescentou-se o vocábulo Nova para evitar que se confundisse com a de Andradina, cidade do estado de São Paulo, que por coincidência, fundada também por Moura Andrade.
Geografia
Solo

Predomínio de Latossolo Vermelho-Escuro de textura média e, ao longo dos principais cursos d’água, Planossolo de textura arenosa média e arenosa argilosa, ambos com o caráter álico e, portanto, baixa fertilidade natural e algumas áreas de Luvissolos.
Relevo e altitude
Está a uma altitude de 380 m. Superfícies planas, entremeadas por modelados de dissecação tabulares que apresentam configurações suaves ondulada, porém algumas áreas de topos aguçados estão presentes na porção leste do município. As áreas de acumulação fluvial estão próximas aos rios principais. O município de Nova Andradina encontra-se na Região dos Planaltos Arenítico-Basálticos Interiores, com três Unidades Geomorfológicas: Superfície Rampeada de Nova Andradina; Divisores Tabulares dos Rios Verde e Pardo; Vale do Paraná
Apresenta relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva, com relevos elaborados pela ação fluvial e áreas planas resultante de acumulação fluvial sujeita a inundações periódicas.
Clima, temperatura e pluviosidade
Está sob influência do clima tropical (AW). A noroeste e sul de Nova Andradina o clima se apresenta úmido a sub úmido, com índices de umidade variando de 20 a 40%. A precipitação anual varia entre 1.500 a 1.750mm e o excedente hídrico anual de 800 a 1.200mm durante cinco a seis meses, deficiência hídrica de 350 a 500mm durante quatro meses.
Na parte central do município, o clima é caracterizado como úmido, com valores anuais variando de 40 a 60%, a precipitação pluviométrica varia entre 1.750 a 2.000mm anuais com excedente hídrico anual de 1.200 a 1.400mm durante sete a oito meses e deficiência hídrica de 200 a 350mm durante três meses.
Hidrografia
Está sob influência da Bacia do Rio da Prata. Nova Andradina se situa próxima do Rio Paraná, importante rio que divide o estado de Mato Grosso do Sul dos estados de São Paulo e Paraná. Rios do município:
- Rio Anhanduí: afluente pela margem direita do rio Pardo. Conhecido também por Anhanduí-Guaçu (ou Açu), com 390 km de extensão e 70 km navegáveis. Nasce da confluência dos córregos Prosa e Segredo, no centro da cidade de Campo Grande. Faz divisa entre o município de Nova Andradina e Santa Rita do Pardo.
- Rio Ivinhema: afluente pela margem direita do rio Paraná e limite entre os municípios de Angélica/Nova Andradina, Ivinhema/Nova Andradina e Novo Horizonte do Sul/Nova Andradina. Com a extensão de 200 km, era totalmente navegável (hoje só pouco mais de 100 km). É formado pela confluência dos rios Brilhante e Dourados.
- Rio Samambaia: afluente pela margem direita do rio Baía, nos municípios de Nova Andradina e Bataguassu. Uma linha seca de limites corta o seu alto curso.
- Rio São Bento: afluente pela margem esquerda do rio Ivinhema. Nasce no município de Nova Andradina.
Vegetação
Predominando e distribuídas quase que equitativamente encontram-se a pastagem plantada, a vegetação natural representada pelo Cerrado e pela Floresta Estacional. Em menores proporções ocorrem lavouras, várzeas e reflorestamento.
Fuso horário
Nova Andradina está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação ao Meridiano de Greenwich (Tempo Universal Coordenado).
Demografia
A população nova-andradinense distribui-se num território cuja extensão corresponde a 4776,1 km². Segundo o Censo de 2022, do IBGE, Nova Andradina possuía uma população de 48.563 habitantes.
Economia
Popularmente denominada de "Capital do Vale do Ivinhema", a cidade tem economicamente como destaque principal a criação e abate de bovinos, o que também lhe rendeu o título de capital do boi, pela importância de ser um dos principais polos pecuários do Brasil. O município está entre os principais centros regionais do referido estado e sua economia é fortemente dependente da agropecuária, sendo também um importante pólo de criação e abate de bovinos do Brasil. É um importante entroncamento rodoviário regional do estado e destaca-se também por ser um importante pólo econômico do estado com destaque industrial e de serviços.
Potencial de consumo
O índice de potencial de consumo (IPC Maps, divulgado divulgado pela IPC Marketing Editora) mapeia o potencial de consumo dos municípios brasileiros baseado em dados divulgados por várias instituições oficiais, sendo utilizado atualmente por mais de 700 empresas e elabora um ranking classificando os 500 maiores municípios relativo ao poder de consumo, contemplando o perfil de consumo urbano e rural dos 5.565 municípios brasileiros. O município de Nova Andradina ficou em sexto lugar em consumo no estado.
Agropecuária
Na agricultura, produz soja, milho, arroz, algodão, feijão, trigo, mandioca, cana de açúcar. Na pecuária se destaca bovinos, bubalinos, suínos, ovinos, equinos, aves.
Indústrias
Nova Andradina possui um centro de indústrias que encontra-se ao sul da cidade ás margens da BR-376. Destacam-se 1 frigorífico de grande porte (JBS), 1 frigorífico de médio porte (Frigonova), 1 usina de produção de etanol (Energética Santa Helena), 1 fábrica de fios de cobre (Corfio), 1 fecularia do Grupo Yamakawa, 1 fábrica de móveis e diversas outras de médio e pequeno porte nos mais variados ramos.
Comércio
De intensa atividade comercial, principalmente nos meses de novembro e dezembro, a cidade recebe neste período pessoas oriundas de todas as cidades vizinhas, tornando-se o mais importante centro de consumo da região. A região central concentra uma grande variedade de oficinas, estabelecimentos comerciais e lojas de autopeças. Na cidade também há um pequeno número de estabelecimentos industriais. Os principais centros comerciais da cidade são o Mini Shopping Vila Real, supermercados, um centro empresarial, inúmeras revendedoras de automóveis, entre outros estabelecimentos. Nos últimos anos houve um incremento de lançamentos imobiliários.
Serviços
Nova Andradina é um importante centro de serviços para a região do Vale do Ivinhema, região que compreende mais de 100 mil pessoas. Possui boa estrutura de serviços urbana, dispondo de vários bancos, financeiras, órgãos públicos (federais, estaduais e municipais), ONGs, Hotéis, pousadas, entre outros.
Turismo
Situada próximo ao Rio Paraná, Nova Andradina conta com infraestrutura para recepcionar turistas para aproveitar de um modo geral a cidade.
Áreas de contemplação
A cidade é muito bem servida de praças, onde praticamente cada bairro possui a sua, costumam ser tomadas pelas pessoas no verão. Pontos turísticos:
- Obelisco - Situado na área central de Nova Andradina, é o "marco zero" da cidade, representado por um monumento em forma de triângulo.
- Museu Histórico e Cultural Antônio Joaquim de Moura Andrade - É o prédio que era o antigo fórum da cidade, conta a história da cidade e de seus ilustres precursores e períodos marcantes do município.
- Praça Aurélio Fernandes da Costa - Praça localizada próximo a BR-376, no acesso a Batayporã.
- Praça Brasil - Praça mais central e antiga de Nova Andradina, reformada e entregue a população recentemente, se tornou polo de convivência da cidade com quiosques contendo lanchonetes, restaurantes e sorveteria .
- Praça do Centro Educacional - Praça situada ao lado da Escola Luis Soares Andrade.
- Praça Francisco Frutuoso - Praça situada ao lado do Terminal Rodoviário, nesta praça fica também a Biblioteca Municipal de Nova Andradina.
- Praça Geraldo Matos Lima - Maior praça da cidade. Nela se situam a Prefeitura de Nova Andradina, a Câmara de Vereadores, a sede da OAB de Nova Andradina, o Fórum de Nova Andradina e o Ministério Público.
- Praça Paul Harris - Praça em homenagem ao fundador do Rotary International e chamada também de Praça da Fogueira, se situa próximo ao Senai.
Eventos e entretenimento
A cidade possui clubes particulares, pesqueiros com área de lazer, bares de excelente qualidade, lanchonetes como por o exemplo uma unidade da rede de lanchonetes Subway, restaurantes e pizzarias.
Locais para eventos
- Centro de Convenções Culturais: Com área construída de 2.012 m², o Centro de Convenções está estruturado para a realização de coquetéis, exposições, performances, coletivas de imprensa, palestras, cursos, reuniões, peças teatrais, musicais, conferências, audiências públicas entre outros. Além do hall e do salão multiúso, o espaço possui dois auditórios, um com capacidade para 465 pessoas e outro para 162.
- Parque de Exposições Henrique Martins: Parque com finalidade para exposições agropecuárias e shows de rodeios.
Principais eventos
- Exponan: Exposição agropecuária comercial e industrial de Nova Andradina (realizada pelo Sindicato Rural de Nova Andradina).
- Fejuna: Festa Junina de Nova Andradina, acontece sempre na segunda semana do mês de julho, (realizada pela prefeitura).
- Porconeiro: Festa com música e comida (porco e carneiro), ocorre geralmente no último sábado de setembro (realizada pelo Rotary Clube de Nova Andradina Centenário).
- Motoroad: Encontro de motociclistas do estado, do país e até de países vizinhos.
- Festa das Nações: festa com comidas típicas de países, realizada pela comunidade católica em Nova Andradina.
- Costelão: Costela assada no chão. Evento beneficente promovido hà mais de 16 anos, realizado no dia 7 de Setembro. Reúne público em torno de 800 pessoas anualmente. (Promovido por entidade Maçônica.)
- Ultramaratona de Mountain Bike Pata de Onça: É uma das maiores provas de Mountain Bike do Mato Grosso do Sul, que ocorre normalmente nos dias 7 e 8 de Setembro, reúne ciclistas e entusiastas do Brasil e países vizinhos como Paraguai e Argentina, evento esse que movimenta os setores hoteleiros e gastronômicos da cidade.
Natureza e pesca
Nova Andradina tem uma área para pesca esportiva privilegiada por ficar próxima dos rios: Rio Bahia, Rio Ivinhema e rio Paraná.
Transporte aéreo
Aeroporto de Nova Andradina

Situado próximo a região industrial da cidade, possui pista de 1400mx25m e terminal de embarque.
Aeródromo de Nova Andradina
Situado ao norte da cidade, é usado apenas para fins isolados. Possui pista de 1300mx22m.
Educação
Nova Andradina é considerada um polo regional educacional e universitário, pois é bem servida de instituições. São várias instituições de ensino fundamental, médio, profissional e superior.
Ensino superior
Possui 6 estabelecimentos e outros com cursos interativos.
- Presenciais - UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul); Faculdade Anhanguera; IFMS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul); FINAN (Faculdades Integradas de Nova Andradina); ANAEC (Associação Novaandradinense de Educação e Cultura): antiga IESNA (Instituto de Ensino Superior de Nova Andradina).
- Interativos - UNIDERP; LFG; Unigranet (Centro Universitário da Grande Dourados - Cursos Via Internet); UNOPAR (Universidade Norte do Paraná); Dom Bosco
Ensino técnico
A rede de ensino técnico em Nova Andradina conta com as seguintes instituições: Senai; Colégio Cena; EE Professora Nair Palácio de Souza
Outros: Centro Municipal de Inclusão Digital; ECOMP Escola de Profissões
Esportes
Futebol
A cidade tem como maior destaque o futebol. Em 2008 foi criado o CENA (Clube Esportivo Nova Andradina), sendo que no mesmo ano foi vice-campeão sul-mato-grossense de futebol da Série B, ganhando o direito de disputar o campeonato estadual da série A de 2009. O município conta com o mais novo estádio de MS, o que levou os torcedores a exigir um time de qualidade, à altura do estádio.
Atletismo
Além do futebol, a cidade se destaca por possuir uma das mais importantes provas do atletismo sul-mato-grossense, a "Corrida Ciclística e Pedestre de Nova Andradina", é evento esportivo anual das modalidades atletismo e ciclismo, a prova tem seu percurso pela parte central da cidade, e conta com a participação de atletas de vários Estados brasileiros.
Motocross
Nova Andradina, normalmente, realiza todos os anos sua etapa do campeonato estadual de motocross, a cidade possui um dos melhores motódromos do Estado, cujo motódromo esta abandonado nos dias de hoje.
Mountain Bike
Nova Andradina além das já citadas competições, também recebe uma prova de Mountain Bike realizada por um clube de ciclismo local denominado Pata de Onça, já conhecida nacionalmente como Ultramaratona Pata de Onça. No ano de 2019, em sua 6ª edição, recebeu 600 atletas, movimentando o turismo, o comércio e a rede hoteleira da cidade.
Locais
O Estádio Luiz Soares Andrade, conhecido também como Andradão, é um estádio de futebol localizado na cidade de Nova Andradina. Pertence ao Governo Municipal e tem capacidade para 10.000 pessoas.
O município também conta com um ginásio de esportes com capacidade para 2.000 pessoas. O ginásio é utilizado para as principais competições estudantis do município e do Estado. Também, já abrigou jogos da equipe de futsal de Nova Andradina, em jogos da Copa Morena, que é a principal competição de futsal do Centro-Oeste.
Cultura
A cultura de Nova Andradina se deve a exploração de pecuaristas liderados pela pessoa de Antônio Joaquim de Moura Andrade, o que trouxe na posterioridade pessoas vindas de várias partes do Brasil e do mundo.
Centros culturais
- Colônia Paraguaia de Nova Andradina (Copana): fundada em 2 de junho de 2002, tem como finalidade difundir a cultura paraguaia na cidade. Em novembro de 2013 ganhou uma nova sede com mais de 2 mil m³
- Museu Histórico e Cultural de Nova Andradina: bem localizado e sinalizado, o que nem sempre é realidade para museus que não ficam em cidades históricas. O ambiente é interessante. O acervo não é tão grande, mas ajuda a entender como foi a fundação de Nova Andradina.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

ARACI - BAHIA

Araci é um município brasileiro no interior do estado da Bahia. Pertencente a Mesorregião do Nordeste Baiano e da Microrregião de Serrinha e compõe, juntamente com outros municípios, o território denominado de Território do Sisal.
Com uma população de 48.035 habitantes segundo o Censo 2022, do IBGE, é o quadragésimo sexto município mais populoso do Estado da Bahia.
É um dos poucos municípios baianos que não sofreu desmembramento de seu território para originar novos municípios.
A sede fica a aproximadamente 210 quilômetros de Salvador. Sua área territorial é de 1 496,245 km².
Toponímia
O nome Araci foi retirado do livro "Ubirajara", do escritor José de Alencar, e significa, em tupi, "mãe do dia" ou "aurora". O significado do topônimo inspirou o compositor Ramos Feirense na composição do hino oficial da cidade, nos trechos em que traz os dizeres:
"Araci sol fecundo a brilhar,/Mesmo que haja da noite o negror,/ [...] Ilumina com luz aguerrida,/ Já que és sol na linguagem Tupi [...]"
O nome Araci também deu inspiração ao escritor e poeta soteropolitano Antônio Fernando Peltier, ao escrever diversos poemas sobra a cidade, como o seguinte:
"Araci/Nome de índia/Que significa Aurora,/Cada dia que nasce/Um porvir se enamora/Pelo brilho, que em si faz,/Consolidando tua história..."
História
A região hoje denominada Território do Sisal, na qual Araci está inserida, originalmente era denominada Sertão dos Tocós ou do Pindá e era habitada por indígenas cariris, tapuias, tocós e beritingas.
O povoamento da área de Araci se iniciou no século XVII, por meio da pecuária, atrelada aos latifúndios da Casa da Ponte e da Casa da Torre. A região se tornou um ponto de parada para boiadas que se dirigiam para Jacobina e para o Piauí.
Em 1812, o Capitão José Ferreira de Carvalho (1783-1866) adquiriu da Casa da Ponte, por meio do procurador Paulo Rabelo, 20 léguas quadradas de terras, ali criando sua propriedade rural, denominada Fazenda Raso. No final da década de 1850, quando já existia um pequeno povoado com algumas poucas casas denominado Raso (atual sede de Araci) na fazenda de mesmo nome, o capitão José, seus filhos e escravos, com a ajuda de um mestre de obras de Simão Dias (SE), ergueram nessa povoação uma capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição, a qual foi concluída em 8 de dezembro de 1859. Ao redor desse templo, mais casas foram sendo construídas.
A Lei Provincial n.º 1.720, de 12 de abril de 1877, criou a freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Raso, sediada no povoado do Raso e subordinada à vila de Tucano. Foi primeiro vigário da freguesia o Padre Urbano Cecílio Martins, neto do fundador José Ferreira de Carvalho.
Já bastante desenvolvida e autônoma em suas atividades econômicas, políticas e sociais, a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Raso foi elevada à condição de vila, com o nome de Raso, desmembrando-se de Tucano, por meio de ato estadual de 13 de dezembro de 1890, sendo instalada em 4 de fevereiro do ano seguinte. Foi seu primeiro intendente o padre italiano Júlio Fiorentini, na época o vigário da freguesia. Em 1893, Antônio Ferreira da Mota foi o primeiro intendente eleito da vila do Raso.
Em 21 de setembro de 1904, a Lei Estadual nº 575 alterou o nome da vila do Raso para Araci.
Como uma consequência da nova configuração política e estadual após a Revolução de 1930, o decreto estadual nº 7.479, de 7 de julho de 1931, retirou a autonomia de Araci, que passou à categoria de distrito e subprefeitura de Serrinha. Isso degradou bastante à população araciense, o que se deve, entre outros fatores, ao menosprezo por parte das autoridades serrinhenses, como ficou evidenciado na pouca assistência por parte do município de Serrinha a Araci durante a grave seca de 1932.
O sisal foi introduzido no Território do Sisal primeiro em Santaluz por volta de 1910, mas o cultivo dessa planta só começou a ganhar grande destaque econômico nessa região na década de 1930, devido à demanda, incentivos do governo estadual e adaptação da planta às condições geográficas dessa área. O cultivo de sisal se tornou uma das principais fontes de renda de Araci.
Após anos de muita luta dos aracienses, a Lei Estadual n° 863, de 14 de novembro de 1956, restaura a autonomia de Araci, que se desmembra de Serrinha. O município restaurado foi reinstalado em 7 de abril de 1959, com a posse do primeiro prefeito após a segunda emancipação, Erasmo de Oliveira Carvalho.
Na década de 1970, o ciclo do sisal entrou em decadência em Araci e no Território do Sisal, devido à introdução de produtos substitutos de origem sintética, grande queda nos preços, concorrência com países africanos e o fechamento de indústrias na Europa que utilizavam a planta como matéria-prima. Apesar disso, o Território do Sisal se mantém como a principal região produtora dessa planta no Brasil.
Em 2017, o Monsenhor Ionilton Lisboa, natural de Araci, foi nomeado bispo da Prelazia de Itacoatiara pelo Papa Francisco.
São datas históricas na cidade de Araci, as seguintes.
- 1812 - Fundação da Fazenda Raso pelo Capitão José Ferreira de Carvalho, que viria a se tornar Araci;
- 1859 - 8 de dezembro, Proclamação de Nossa Senhora da Conceição como padroeira de Araci;
- 1861 - Foi elevado a condição de Distrito anexado a Tucano;
- 1866 - Morreu o fundador de Araci José Ferreira de Carvalho, aos 83 anos de idade;
- 1877 - 12 de abril, elevação a categoria de freguesia, sendo o Padre Alexandre o 1º pároco;
- 1890 - 13 de dezembro - Emancipação Política da Vila do Raso, sendo desmembrado de Tucano;
- 1904 - Alteração no topônimo: de Vila do Raso para Araci;
- 1931 - Araci perde o status de Município e é anexado a Serrinha;
- 1932 - Araci sofre com uma das maiores secas da história;
- 1959 - Araci é reemancipada, recebendo assim de volta e definitivamente o status de município;
- 1966 - Inauguração do CEMOB;
- 1977 - Inauguração do Estádio Municipal José Brígido da Silva;
- 2016 - Antonio Carvalho da Silva Neto é o 1° prefeito a ser reeleito no Município de Araci;
- 2017 - Padre Araciense, Monsenhor Ionilton Lisboa SDV é nomeado Bispo pelo Papa Francisco.
Economia
As receitas municipais proveem consideravelmente do setor agrícola, da pecuária, avicultura e da indústria.
Na agricultura destaca-se a larga produção de mandioca. Na pecuária os maiores rebanhos são de bovinos, suínos, caprinos e ovinos. Na avicultura destaca-se a produção de galináceos. No setor de bens minerais é produtor de ouro.
Araci foi um dos dois municípios brasileiros que serviram de alavanca para a exploração de ouro pela empresa Vale do Rio Doce. Em 1978 e com alcance de sucesso revelados na década de 1980. Fato que a empresa matem em seu registro histórico.
Aspectos Socioeconômicos
O município desenvolveu também um forte comércio popular, feiras livres, nos dias de quintas e segundas-feiras, com destaque para a feira de segunda que se alastra por quase toda região central da cidade, em alguns pontos estendendo-se por ruas mais afastadas. Podendo ser encontrados nestas feiras de, conveniências até aparelhos domésticos, roupas, tecido em geral, calçados, artesanatos, hortaliças, legumes e demais gamas de produtos agrícolas produzidos na região, ainda animais domésticos e de carga para venda livre e até uma feira popularmente chamada de feira do rolo, atraindo gente de cidades vizinhas e de regiões mais distantes.
Turismo
Inaugurado em Janeiro de 2011, a primeira parte do complexo turístico do Poço Grande, um grande balneário de água salobra, com quiosques que servem peixes do próprio poço grande, o complexo turístico trouxe para os pescadores um nova perspectiva de vida e financeiro, trouxe alegria para os habitantes do município, como também turistas de várias partes da Bahia e do Brasil para conhecer o paraíso das águas.
Também estão entre seus pontos turísticos: o mirante do Bomfim, a praça central - praça Nossa Senhora da Conceição, a Cachoeira do Inferno (situada a 6 km do distrito de Barreira), a Praça de Esportes, o Pesqueiro Farias, o Estádio José Brígido da Silva, o Barragem do Maracujá, o rio Poço Grande, a Ilha do Amor (situado em Pedra Alta) e o rio Itapicuru.
Geografia
O município é subdividido em seis distritos (incluindo o distrito-sede) e povoados
A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 1.496,245 km².
Situa-se a 38º58'00” de latitude S e 11º20'00” de longitude W e está localizada a 272 m de altitude. Está a uma distância aproximada de 218 quilômetros da capital baiana, por terra e aproximadamente 185 quilômetros em linha reta.
Hidrografia
Em Araci encontram-se diversos corpos d'água, dentre os quais (em se tratando, especialmente, de rios, riachos e córrego) a maioria forma a linha de divisão territorial entre o município de Araci e municípios limítrofes, sendo estes: Açude de Várzea da Pedra; Barragem do Maracujá; Barragem do Poço Grande; Barragem da Serra Branca; Córrego Jequitaia; Cachoeira do Inferno; Represa do Mamédio; Riacho do Areal; Riacho Bom Sucesso; Riacho Cágado; Riacho Cipó; Riacho do Saco; Riacho da Caatinguinha; Riacho da Serra Branca; Riacho Tamburil; Riacho Várzea da Pedra; Rio Barreiro; Rio Cariacá; Rio da Prata; Rio do Peixe; Rio Quererá; Rio Quijingue; Rio Itapicuru; Rio Pau-a-pique e Rio Poço Grande.
Clima
O clima do município é tropical, classificado como Aw segundo a classificação de Köppen-Geiger. A temperatura média anual é 23.7 °C e a pluviosidade média anual, 659 mm.
As chuvas regionais, em determinadas épocas, apresentam características de chuvas torrenciais, de tempestade e de trovoada, como pode ser percebido na foto a esquerda.
Meio ambiente e biodiversidade
O município está situado numa região que recebe características variadas, quanto ao tipo de vegetação. Localizado na faixa da sub-região 3 (agreste) mas que pode-se ver, também, pontos de familiaridade com o sertão (sub-região 2). Tendo na Caatinga sua maior referência biológica, tanto para a caatinga arbustiva quanto para a caatingas arbórea.
Ademais, ver-se também, em muitos pontos, as características da capoeira. Para este último caso explica-se pelo entendimento de que a vegetação principal sofreu desgastes provocados pelo desmatamento (situação extremamente corriqueira), mudando severamente a paisagens dando lugar a um sub-bioma rasteiro e com poucos arbustos e árvores.
Ainda por volta da década de 1970, a grande zona rural araciense apresentava um sistema ecológico fechado, sem grandes interferências humanas. Atualmente, mesmo sendo possível encontrar ainda pontos preservados, a grande parte da vegetação natural foi devastada para dar lugar a plantações de feijão, milho, mandioca, entre outros cultivos, assim como para formar pastos para criação de gados, especialmente os da raça bovina. A fauna local sofreu baixas de difícil reparação, não apenas pela eliminação dos meios de sobrevida mais principalmente pela caça. Animais até então comuns de avistamento, tais como: lobo-guarás, raposas, cachorro-do-mato, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, diversas especies de roedores como os preá e cotia, assim como de primatas e tantas outras de aves como emas e pássaros como papagaios, que hoje já não é possível avista-los ou então os veem com grande raridade. Alguns animais foram praticamente ou totalmente extintos, na região, sem causa justificável, como é o caso dos lobo-guarás, raposas e cachorro do mato. Caçados apenas por terem hábitos de abater galinhas e outros pequenos animais de criação.
Para regulamentar práticas ambientais e para defesa do aspecto ecológico municipal o Governo promulgou a Lei n° 178, em 20 de novembro de 2014 que, dentre muitos artigos pertinentes e abordagens de preservação, definiu, em seu artigo 14, os aspectos de áreas que devem ser consideradas de preservação permanente, que dentre muitos pontos, decreta em seu inciso II a preservação obrigatório dos remanescentes da caatinga, inclusive as capoeiras.
Apesar de leis específicas e de boa clareza jurídica sobre a questão da preservação no âmbito ambiental, da flora e da fauna, a falta de fiscalização, ou fiscalização deficiente, viabiliza e torna possíveis os crimes ambientais e ver-se o desrespeito a legislação, por meio do dascaatingamento progressivo, da derrubada de árvores e caça de animais silvestres e selvagens, pela falta de agentes de policia ou guarda ambiental.
O município, especialmente na zona rural, disponibiliza áreas naturais de grandes belezas, fazendo necessário a proteção, por meio de leis, com fiscalização, mas também com políticas públicas de educação e conscientização. Um exemplo forte do poder da conscientização se pode ver no exemplo num filho de lá: Gildásio Oliveira, que trocou espingarda por maquina fotográfica, a caça por registros deslumbrantes da beleza do sertão e da caatinga araciense, revelando além da possibilidade de mudança de atitude, uma beleza regional natural que, quem não é de lá, imagina-se que não existe.
Fauna
Inseridos no meio ambiente, apesar da devastação, ainda é possível encontrar muitas espécies de animais como o sagui, tatus, lagartos como o teiú, iguanas, jiboia e aves de rapinas como o carcará, a acauã, gaviões, urubu-de-cabeça-amarela, diversas espécies de pombas, como a asa branca, fogo-apagou, rolinha-roxa, entre muitas outras.
Flora
Com relação a flora ver-se comumente, mesmo nos locais devastados os umbuzeiros, licurizeiros (ambas quase sagradas, sobre as quais existem uma cultura de forte preservação). Mas ainda se ver por lá especies de árvores de grande porte, como os juazeiros (Ziziphus juazeiro), a caraíba (Cordia boisseri), Baraúna (Schinopsis brasiliensis), oiti (Licania tomentosa), entre outras.
Frutos típicos
O município dispõe, em sua flora natural, de uma rica variedade de árvores, arbustos e plantas produtores de frutos comestíveis, mas que para os quais não existem um modelo de exploração sustentável, para o aproveitamento alimentício, comercial e cultural sem que com isto não ocorra o desgaste e o risco de extinção local. Destacam-se: Araticunzeiro; Araça-da-caatinga; Umbuzeiro (Spondias tuberosa); Licurizeiro (Syagrus coronata); Pindobeira; Serroteiro; Bêbada (Stenocalyx dysentericus); Pirizeiro; Incozeiro (Capparis yco); Quixabeira (Sideroxylon obtusifolium); Solanum (Solanum capsicoides); Juazeiro Ziziphus joazeiro; Xique-xique (Pilosocereus polygonus); Mandacaru (Cereus jamacaru); Facheiro (Pilosocereus pachycladus); Pitombeira; Maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata) e Maracujá-de-póque
Fato interessante
Existe na cidade, já num trecho que divide a zona rural e urbana, numa BR antiga, que liga a Sede a vários povoados e distritos aracienses, uma árvore da espécie Schinopsis brasiliensis (popularmente conhecida como Baraúna ou simplesmente Braúna), famosa e que sobre a qual conta-se muitas histórias e lendas. Fica ao norte da cidade. Segundo contam os mais vividos, a árvore existe a aproximadamente 200 anos. Quando o Fundador da cidade, José Ferreira de Carvalho, junto com o seu genro, José Thomé Ferreira, em contrato firmado com o Governo da Província da Bahia, no início da segunda metade do século XIX, iniciaram a construção de uma estrada que ia de Monte Santo (Bahia) até Alagoinhas, esta árvore já existia, embora tenra, porém, mesmo a pesar disto, lhes pareceram interessante deixa-la ali, durante o processo de construção da citada estrada, onde até hoje ainda está. É interessante notar que esta árvore fica ilhada num pequeno canteiro natural no meio da estrada. E tonou-se um patrimônio cultural e ambiental da cidade de Araci, querida de quem envolveu-se de alguma forma na história de sua existência. Hoje existe interesse popular para que o legislativo promulgue lei especifica que a proteja, oficializando-a como um bem natural e cultural.
Educação
O município dispõe de 200 estabelecimentos educacionais divididos entre o pré-escolar, ensino fundamental, médio e superior, assim distribuídos.
Araci dispõe de um polo universitário da Universidade Estácio de Sá.
Cultura
Araci tem como cultura principal a Festa de Reis que acontece nos seis primeiros dias do ano, tendo referência os reis magos. Essa cultura perpetua por vários anos e tem como coadjuvante o Bumba-meu-boi que diverte a juventude durante a passagem do reisado nas casas.
Araci também conta com grupos de capoeira que tem forte influência na Cidade, esses grupos se reúnem todos os anos no município e conta com a presença de mestres, contra mestres, professores e alunos de Araci e até de outros países.
A cidade dispõe de um Centro Cultural, fundado, pelo professor araciense Anatólio Oliveira, em 1984, com grande acervo de peças em exposição que remente a cultura histórica regional. Adjunto ao museu encontra se Biblioteca e Escola de Informática e Cidadania. A sua biblioteca possui um acervo de oito mil títulos, bastante diversificado e com algumas obras raras.
Esporte
A cidade conta com um estádio de futebol, Estádio José Brígido da Silva e um ginásio poliesportivo, o ginásio Rei Pelé, onde acontecem eventos esportivos, alguns de destaque, como é o caso do campeonato baiano de Jiu-Jitsu que ocorreu lá em 2015. Tem também uma praça de esportes, a Praça de Esportes Maria Pinho, que conta de diversas quadras para variadas modalidades de esportes.
O esporte mais popular na cidade, seguindo a preferência nacional, é o futebol, todos os anos é organizado o torneio araciense, com participação dos times pré-classificados de todo município. No ano de 2017 foram 10 times classificados, 5 times da sede e demais 5 oriundos da zona rural, distritos e povoados.
Outra modalidade de esporte que ocorre há alguns anos e que vem se tornando popular na cidade é a maratona araciense, conhecida como Maratona Rústica, com apoio da administração pública e que tem participação de jovens e adultos, masculina e feminina, que disputam cada um na sua modalidade.
Artes Marciais
Uma das expressões mais forte na área esportiva do município de Araci diz respeito ao Karatê. No ano de 2018 caratecas aracienses participaram de campeonato internacional na modalidade. no qual estiveram presentes esportistas de diversos estados do Brasil, assim como atletas de outros países, como o México e a Argentina. Os atletas da cidade findaram o campeonato com 5 medalhas de ouro.
Eventos e festividades
- 6 de janeiro: Festa de Reis.
- 19 e 20 de janeiro: Festa do Padroeiro São Sebastião no distrito de João Vieira.
- 2 de fevereiro: Festa da Padroeira Senhora Santana no distrito de Ribeira.
- 7 de abril: Comemoração da emancipação política com desfile e festa.
- 13 de maio: Tradicional Festa dos Negros no Mercado da Farinha, originada pelo Sanfoneiro Tinteiro onde se comemora a Abolição da escravatura.
- 31 de maio: Festa do Padroeiro de Pedra Alta (Distrito de Araci).
- 13 de julho: Tradicional Festa de Santo Antônio do Rufino.
- 24 de junho Comemoração do São João com bandas locais e da região; normalmente são três ou quatro dias de festa na sede e nos povoados.
- 29 de junho: Festa Tradicional de São Pedro no distrito de Tapuio.
- 7 de setembro: Comemoração da Independência do Brasil com desfile da Fanfarra e escolas na sede e zona rural de Araci.
- 8 de dezembro: Festejo da Padroeira Nossa Senhora da Conceição; Missa na igreja matriz.
- FESBAF Segundo domingo de novembro: Festival de Bandas e Fanfarras de Araci (BAMUARA).
Feriados
Araci tem instituído seis feriados municipais. Dentre os seis, três são de atenção religiosa: dia da cultura evangélica, dia de São João e festa da padroeira da cidade, conforme calendário de datas seguinte:
- No 7 de abril, feriado para comemoração da Emancipação Política do Município, instituído por força de Lei Orgânica, redação dada pela Emenda nº 001, de 8 de março de 2005, em seu art. 1º, §2º.
- Dia da Cultura Evangélica instituído pela Lei Municipal n° 182, de 28 de novembro de 2014, que define o segundo sábado do mês de março de cada ano para cumprimento deste dia.
- 8 de março, Dia Internacional da Mulher instituído pela Lei Municipal nº 112, de 8 de março de 2013.
- 24 de junho, Festa Religiosa de São João, por força da Lei Municipal nº 159, de 23 de junho de 2014.
- 28 de outubro, Dia do Servidor Público Municipal, instituído pela Lei Municipal nº 02, de 19 de janeiro de 2001.
- 8 de dezembro, Festa da Padroeira do Município de Araci, declaração dada no art. 1º, §3º, Lei Orgânica, redação dada pela Emenda nº 001, de 8 de março de 2005.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

CANOINHAS - SANTA CATARINA

Canoinhas é um município brasileiro localizado na região do Planalto Norte do estado de Santa Catarina, que se autodeclara "capital mundial da erva-mate". Sua população, conforme Censo do IBGE em 2022, era de 55.016 habitantes.
História
Canoinhas foi fundada em 1888 como Santa Cruz de Canoinhas. Tornou-se distrito em 6 de dezembro de 1902 e, separada de Curitibanos, em 12 de setembro de 1911, foi o centro da Guerra do Contestado entre 1912 e 1916. Por volta de 1930, um ramal ferroviário, implantado para uni-la ao distrito de Marcílio Dias, integrou a cidade à Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande e ao porto de São Francisco do Sul, provocando uma grande revolução na economia local.
A variedade étnica vem desde o início da história do município, que atraiu imigrantes alemães, poloneses, italianos e ucranianos por causa da erva-mate, no início do século passado.
De acordo com o historiador Fernando Tokarski (2002), um dos assuntos mais polêmicos diz respeito ao topônimo ‘Santa Cruz de Canoinhas’, tido como a primeira denominação do lugar. Na verdade, o primeiro nome do lugar era mesmo apenas ‘Canoinhas’, apropriado do rio que lhe empresta essa designação.
O nome Santa Cruz de Canoinhas só apareceu após 1896 quando, segundo a tradição, o fundador Francisco de Paula Pereira, na presença do padre jesuíta João Maria Cybeo, ergueu uma cruz no ponto mais alto e mais próximo ao povoado, originando, então, a capela do lugar.
Geografia
Solos e relevo
O relevo de Canoinhas é constituído de um planalto de superfícies planas, onduladas e montanhosas com denudação periférica. O solo apresenta média e boa fertilidade em relevos praticamente planos margeando rios ou locais de depressão. A textura é argilosa. Este solo apresenta viabilidade no manejo com restrições em determinadas áreas.
Recursos hídricos
Quanto à hidrografia, o município é banhado pelas bacias dos rios Iguaçu e Negro. Desses, os principais afluentes são: o Paciência e o Canoinhas. O rio Tamanduá ocorre nos limites com Timbó Grande. Há, também, tributários menores como o do Alemão, Água Verde, dos Pardos, dos Poços, Fortuna, Preto, Timbozinho, da Areia, Santo Antônio e Arroio Grande.
Vegetação
A vegetação predominante é a de araucária, embora grande parte dessa espécie tenha sido dizimada pelo extrativismo florestal. Segundo Reinhard Maack (1950) a região é classificada como Floresta ombrófila mista (floresta com araucária), com Floresta ombrófila mista aluvial nas suas planícies, Floresta ombrófila mista montana (500 - 1.000m s.n.m.) e Floresta ombrófila mista altomontana (acima de 1000m s.n.m.). Nos sub-bosques predomina a erva-mate, historicamente responsável por uma das maiores riquezas econômicas do município.
Temperatura
No inverno, Canoinhas amanhece envolta em névoa e com seus campos cobertos de geada. Em alguns invernos, a cidade já foi datada com as médias mais baixas do país. A menor temperatura registrada na cidade foi de -12 °C, no dia 7 de agosto de 1963. Uma das menores temperaturas já registradas no Brasil.
Economia
A economia do município está principalmente relacionada ao agronegócio. A madeira já foi a principal atividade econômica do município até os anos 1970. Sem estradas asfaltadas na época, Canoinhas encontrava-se ilhada dos demais centros econômicos, principalmente em períodos de chuvas.
Com a pavimentação da rodovia BR-280, houve uma expansão considerável na sua economia, em fins dos anos 1980, advinda daí a instalação da Universidade do Contestado, fator que tornou a cidade um polo educacional.
O cultivo da erva-mate (llex paraguariensis) também é considerado um destaque econômico da região, sendo que Canoinhas continua no posto de capital catarinense da erva-mate, segundo a pesquisa de Produção da Extração Vegetal e Silvicutura (PEVS) de 2014, com um rendimento médio de 9.000 quilogramas por hectare.
Turismo
Os 10 melhores pontos turísticos em Canoinhas são: Praça Lauro Müller; Parque de Exposições Ouro Verde; Igreja Matriz Cristo Rei; Igreja Nossa Senhora Aparecida; Estação Ferroviária de Marcílio Dias; Canoinhas Tênis Clube; Recanto Roda D'água e Pórtico de Canoinhas.
Referência para o texto: Wikipédia .