sexta-feira, 29 de novembro de 2024

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ

Santo Antônio da Platina é um município brasileiro do estado do Paraná. A população da cidade de Santo Antônio da Platina registrou 44.369 habitantes no Censo de 2022,do IBGE.
História
A colonização do norte pioneiro, na metade do século XIX, foi feita, primeiramente, pelos mineiros provenientes do sul de Minas Gerais, das cabeceiras do Rio Sapucaí. Os mineiros do norte pioneiro só faziam posse se a terra possuísse água; procuravam, principalmente, a cabeceira de um riacho. O dono da cabeceira é dono da água e do terreno que a acompanha até o fim, quando o riacho desaguava num rio maior.
No ano de 1853, a história do Paraná tem início com a lei de 29 de agosto que desmembrou a Província de São Paulo. Zacarias de Góis foi o primeiro presidente e Curitiba a primeira sede da nova província. Em julho de 1854, instalou-se a Assembleia Legislativa, até então, um deserto demográfico utilizado como passagem pelos criadores de gado do Rio Grande do Sul em busca de mercado em São Paulo e Minas Gerais. A abertura de estradas, a partir de 1880, e de ferrovias, acelerou-se a ocupação. Famílias de mineiros, paulistas, e também de portugueses que se estabeleceram primeiramente na Platina (hoje, um povoado), posteriormente migraram-se para onde atualmente estão localizadas as principais instalações da cidade.
Uma pequena povoação se formou nas proximidades do morro do Bim, entre os ribeirões do Boi Pintado e da Aldeia, onde, mais tarde, floresceu a cidade de Santo Antônio da Platina. Em 6 de abril de 1900, através da Lei nº 358, o Estado do Paraná concedeu área de 250 hectares de terras, para servidão pública dos habitantes da povoação. No ano seguinte, a Lei nº 1, de 7 de janeiro, do município de Nova Alcântara (atual Jacarezinho) criou o Distrito de Paz no patrimônio de Santo Antônio da Platina.
A cidade recebeu também inúmeras famílias italianas, como as Rusolen (vinda de Santo Stino di Livenza) e Marchesin (vinda de Caorle), ambas da Província de Veneza, por volta de 1892. Mais tarde foram chegando mais famílias, como os Bertolini, Bartolomei (de origem toscana), os Bolognese (de Píncara, Rovigo), os Dal Bianco (originária de San Mareno di Piave, Treviso), os Paiola e Lavorato. Também vieram famílias espanholas, como os Marmol, vinda de Málaga, que foi importante no início da cidade. E ainda, as famílias de origem alemã como os Altvater, Spitzer, Bachtold, Hinterlang, Gerlach, Koepsel, Auersvald, Granemann e Läpping. E ainda, de uma família a suíça, os Reich, e uma família holandesa, os Loman.
Religião
Um fato histórico para a religião é que a cidade é o berço da Congregação Cristã no Brasil fundada por Louis Francescon.
Economia
Santo Antonio da Platina é uma região onde se cultiva café e cana de açúcar, tendo predominância pela pecuária.
Santo Antônio da Platina é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são os pontos de atenção.
De janeiro a setembro de 2024, foram registradas 4,5 mil admissões formais e 3,5 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 981 novos trabalhadores.
Até outubro de 2024 houve registro de 166 novas empresas em Santo Antônio da Platina, sendo que 16 atuam pela internet. Neste último mês de novembro de 2024, 15 novas empresas se instalaram, sendo 4 com atuação pela internet.
Educação
No ensino médio a cidade conta com as seguintes instituições: Escola Estadual Santa Terezinha; Escola Estadual Ef. M Maria Dalila Pinto; Colégio Cívico Militar Moralina Eleutério; Colégio Estadual Rio Branco e Colégio Casucha.
No ensino superior estão presentes na cidade as instituições: UNIFIL; FATEB; CESUMAR; UNOPAR e UNIESP (FANORPI).
Geografia
Geograficamente localizada em ponto estratégico, fica a aproximadamente 370 km da capital do Estado, Curitiba e a 400 km de São Paulo. Possui uma área de 721,625 km², representando 0,3621 % do estado, 0,1281 % da região e 0,0085 % de todo o território brasileiro. Localiza-se a uma latitude 23°17'42" sul e a uma longitude 50°04'38" oeste, estando a uma altitude de 520 m. Sua população em 2010 era de 42 707 habitantes.
Clima
Em Santo Antônio da Platina, o verão é longo, quente, abafado e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 14 °C a 30 °C e raramente é inferior a 10 °C ou superior a 34 °C.
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Santo Antônio da Platina e realizar atividades de clima quente é do meio de abril ao fim de setembro.
A estação quente permanece por 5,8 meses, de 14 de outubro a 9 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 29 °C. O mês mais quente do ano em Santo Antônio da Platina é fevereiro, com a máxima de 30 °C e mínima de 21 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,5 meses, de 14 de maio a 28 de julho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 25 °C. O mês mais frio do ano em Santo Antônio da Platina é junho, com a mínima de 15 °C e máxima de 24 °C, em média.
Transporte
Ferroviário

O último trem de passageiros de longa distância a trafegar pelo ramal na cidade foi um trem especial da antiga Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA) no ano de 1996, que realizou uma excursão com o Sindicato dos Ferroviários entre o município paulista de Ourinhos e a cidade de Santo Antônio da Platina, o ponto terminal da viagem. Pouco tempo depois, o ramal foi privatizado para o transporte de cargas e atualmente se encontra concedido à Rumo Logística. A Estação Platina foi inaugurada em 1927, pertencente ao Ramal Paranapanema da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande constituído por ela, a C.E.F São Paulo-Rio Grande (1927-1942), Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975), RFSA (1975-1996). Tendo sido chamada General Miguel Costa nos anos 1930, voltando ao nome original posteriormente. A estação foi restaurada e tombada a patrimônio histórico cultural do Estado do Paraná, junto a Ponte Pênsil Alves de Lima (Ribeirão Claro)].
Turismo
Os principais pontos de interesse turístico na cidade são: Praça Frei Cristóvão; Rodoviária de Santo Antônio da Platina; Platina Shopping ; Paróquia Santo Antônio de Pádua; Campo Gol de Placa; Morro do Bim; Casa da Cultura Platinense; Praça da Vila São José; Palácio do Comércio; Estação Ferroviária de Platina; Estádio Municipal José Eleotério da Silva e Paróquia São José
Esporte
A cidade possui um estádio chamado Estádio José Eleutério da Silva e já possuiu vários clubes que participaram do Campeonato Paranaense de Futebol, dentre eles: Associação Atlética Araucária; Sete de Setembro Futebol Clube; Sociedade Esportiva Platinense; XV de Novembro Futebol Clube; União Platinense de Esportes e Agroceres Futebol Clube.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

OSÓRIO - RIO GRANDE DO SUL

Osório (antiga Conceição do Arroio) é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. A população da cidade de Osório (RS) chegou a 47.400 pessoas no Censo de 2022, do IBGE.
História
Em 1934, Conceição do Arroio passa a se chamar Osório, por ordem do interventor federal José Antônio Flores da Cunha, como forma de homenagear o marechal Manuel Luís Osório, patrono da Cavalaria nacional, supostamente ali nascido. Embora as comissões demarcadoras tivessem se empenhado em deixar o local de nascimento do marechal no município batizado em sua homenagem, pesquisas realizadas por um grupo de oficiais liderados pelo coronel de cavalaria Edson Boscacci Guedes, então chefe do Estado-maior da 3ª Região Militar, localizaram a casa onde nascera Osório no município de Tramandaí, próximo dos limites com Osório, local transformado em parque histórico com o seu nome.
Geografia
Compõem o município seis distritos: Osório (sede), Aguapés, Atlântida-Sul, Borússia, Passinhos e Santa Luzia.
Hidrografia
Osório tem uma rede de 23 lagoas, conforme a seguir:  Lagoa do Armazém; Lagoa dos Barros; Lagoa Biguá; Lagoa do Caconde; Lagoa da Caiera; Lagoa Emboaba; Lagoa do Horácio; Lagoa da Ilhota; Lagoa do Inácio; Lagoa dos Índios; Lagoa do Lessa; Lagoa do Marcelino; Lagoa das Malvas; Lagoa do Palmital; Lagoa do Passo; Lagoa do Peixoto; Lagoa da Pinguela; Lagoa das Pombas; Lagoa do Rincão; Lagoa Rincão da Cadeia; Lagoa Rincão dos Veados; Lagoa de Tramandaí e Lagoa das Traíras
Clima
Em Osório, o verão é morno e abafado; o inverno é ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 11 °C a 28 °C e raramente é inferior a 7 °C ou superior a 32 °C.
Baseado no índice de turismo, as melhores épocas do ano para visitar Osório e realizar atividades de clima quente são do início de março ao meio de maio e do fim de setembro ao fim de dezembro.
A estação morna permanece por 3,9 meses, de 28 de novembro a 25 de março, com temperatura máxima média diária acima de 26 °C. O mês mais quente do ano em Osório é janeiro, com a máxima de 28 °C e mínima de 22 °C, em média.
A estação fresca permanece por 3,0 meses, de 25 de maio a 24 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 20 °C. O mês mais frio do ano em Osório é julho, com a mínima de 12 °C e máxima de 18 °C, em média.
Economia
Em razão dos ventos, em Osório foi construída em 2007 a segunda maior usina eólica da América Latina e terceira maior do mundo, o Parque Eólico de Osório, ficando atrás em tamanho apenas dos Estados Unidos da América e do Parque Eólico de Santa Vitória do Palmar, no mesmo estado do Rio Grande do Sul. No Brasil hoje é produzido pouco mais de 21,5 GW de energia eólica, em Osório são mais de 150 MW.
Os grandes destaques econômicos do município são o Comércio e a Agricultura. No Comércio se destaca: lancherias, lojas de roupa, mercados, etc. Na Agricultura, as produções de soja e arroz são uma das grandes fontes de renda do Município.
Turismo
As melhores atrações de Osório, como recomendações, são selecionadas: Parque Eólico de Osório; Praia Atlântida Sul; Lagoa dos Barros; Parque Histórico Marechal Osório; Sitio Cascata da Borussia; Praia Mariápolis; Cascata da Borussia; Praça das Carretas; Museus de ciência. Museu Geológico de Osório; Mirante Morro da Borússia  (este famoso deck na encosta oferece vistas panorâmicas de Osório, do interior e do oceano; Vila Olímpica de Osório; Lagoa do Marcelino; Catedral Nossa Senhora da Conceição; Parque de Rodeios e Eventos Jorge Dariva; Praça da Matriz de Osório e Memorial das Águas.
Os visitantes podem admirar alguns dos principais pontos turísticos do bairro, como a Igreja do Sagrado Coração de Jesus e a Estátua do General Osório. A Praça também abriga importantes monumentos históricos como o Teixeira de Melo e o Chafariz das Saracuras.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

AUGUSTO CORRÊA - PARÁ

Augusto Corrêa é um município brasileiro do Estado do Pará. Localiza-se a uma latitude 01º01'18" sul e a uma longitude 46º38'06" oeste, estando a uma altitude de 20 metros. A população da cidade de Augusto Corrêa chegou a 44.573 pessoas no Censo do IBGE, de 2022. Possui uma área de 1.091,043 km².
Composição Étnica
Sua composição étnica recebera forte presença indígena, quilombola e, mais tardiamente, de retirantes nordestinos, especialmente de maranhenses e cearenses, o que conferiu à etnicidade local um tipo humano característico, "andejo, esguio de tez 'amorenada' ", como vai referir Erick Ferreira em seu ensaio O Urumajoense. O mesmo autor ainda referindo-se a forte presença nordestina nos costumes locais, assim descreve de forma jocosa e poética o Urumajoense Way of Life, "Tal qual seus principais ascendentes étnicos, o urumajoense conserva com certa fidelidade aquilo que chamou Gilberto Freyre de 'cultura das redes', onde mais que o desfrutar dos prazeres do sedentarismo -- tão caro a si -- ele revive seu passado nômade, cujos resquícios hematológicos ainda correm em suas veias". 
História
Terra de Urumajó
O atual município de Augusto Corrêa, antiga Vila de Urumajó, está localizado no Nordeste do estado do Pará em um espaço territorial que foi habitado nos primórdios da história colonial amazônica por índios Tupinambás.
Conforme as informações repassadas por várias gerações através da oralidade, o termo urumajó é fruto de um mal entendido entre o comandante do destacamento francês de Daniel de La Touche e um índio da recém aldeia descoberta. Conta-se que o militar europeu, curioso em saber o nome daquele rio que outrora haviam navegado, interpelou determinado indígena em busca de resposta, e este, achando que a pergunta referia-se a um pássaro que cantara ali próximo e que em dialeto Tupi denominava-se Uru, respondera: “é Uru majó!”. Estava estabelecido o batismo daquele Rio que desaguava no Oceano Atlântico bem como da comunidade residente em suas margens. Mais tarde a pequena vila se tornou Augusto Corrêa nos trâmites de emancipação, Augusto Corrêa foi prefeito de Bragança no período de 1963 a 1943, e foi um dos políticos responsáveis pela emancipação Urumajoense, consolidada em 1962
As origens do município remontam a 1895, quando, sob a denominação de Urumajó, constituía um povoado de Bragança. Entretanto, segundo Theodoro Braga, as primeiras referências de ocupação de Urumajó data de 1875, quando seus moradores construíram uma capela, sob invocação de São Miguel.
O topônimo de Augusto Corrêa foi outorgado ao município, em 1961, em homenagem ao político e líder antibaratista, eleito pelo município de Bragança para duas legislaturas estaduais consecutivas 194-19/51 e 1951-1955.
Formação Administrativa
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, figura no município de Bragança o distrito de Urumajó.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Urumajó permanece no município de Bragança.
Em divisão territorial datada de 01 de julho de 1960, o distrito de Urumajó permanece no município de Bragança.
Elevado à categoria de município com a denominação de Augusto Corrêa, pela Lei Estadual n.º 2.460, de 29 de dezembro de 1961, é desmembrado de Bragança. Sede no antigo distrito de Urumajó.
Constituído de 4 distritos: Urumajó, Aturiaí, Emboraí e Itapixuna, desmembrado de Bragança.
Instalado em 28de março de 1962.
Pelo Decreto-Lei n.º 164, de 23 de janeiro de 1970, a sede do município que tinha a denominação de Urumajó passou a denominar-se Augusto Corrêa.
Em divisão territorial datada de 01 de janeiro de 1979, o município de Augusto Corrêa é constituído de 4 distritos: Augusto Corrêa (ex-Urumajó), Aturiaí, Emboraí e Itapixuna, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2020.
Clima
Em Augusto Corrêa, a estação com precipitação é morna e de céu encoberto; a estação seca é quente e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 24 °C a 32 °C e raramente é inferior a 23 °C ou superior a 33 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Augusto Corrêa e realizar atividades de clima quente é do meio de julho ao início de outubro. A estação quente permanece por 2,3 meses, de 9 de outubro a 19 de dezembro, com temperatura máxima média diária acima de 31 °C. O mês mais quente do ano em Augusto Corrêa é novembro, com a máxima de 32 °C e mínima de 25 °C, em média. A estação fresca permanece por 6,2 meses, de 1 de fevereiro a 7 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 29 °C. O mês mais frio do ano em Augusto Corrêa é julho, com a mínima de 24 °C e máxima de 28 °C, em média. 
Economia
Augusto Corrêa é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios. Por outro lado, o baixo potencial de consumo é um fator de atenção. De janeiro a abril de 2024, foram registradas 65 admissões formais e 56 desligamentos, resultando em um saldo de 9 novos trabalhadores. Até maio de 2024 houve registro de 1 nova empresa em Augusto Corrêa, sendo que a maioria delas atua com estabelecimento fixo.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

LÁBREA - AMAZONAS

Lábrea é um município brasileiro no interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. Sua população é de 45.448 habitantes, de acordo com censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o único município brasileiro que faz divisa com duas capitais estaduais, são elas Porto Velho e Rio Branco.
História
A cidade de Lábrea foi fundada através da Lei Provincial número 523, de 14 de maio de 1881, elevando a freguesia de Lábrea à categoria de vila.
Sua história, que remonta às grandes levas de imigrantes nordestinos durante a fase áurea da borracha, encontra-se intimamente ligada ao movimento da Igreja Católica. A primeira missão estabeleceu-se à foz do rio Ituxi, sendo nomeada de Nossa Senhora de Nazaré do Rio Ituxi e tendo como superior o capuchinho frei Pedro de Ceriana.
Ao início de seu povoamento, quando criado o município sendo desmembrado de Manaus, seus limites vinham desde a boca do Abufari à Bolívia. Inicialmente seu fundador, o maranhense, coronel Antônio Rodrigues Pereira Labre, a idealizou na localidade denominada Terra Firme do Amaciary.
Com a criação da paróquia de Nossa Senhora de Nazaré de Lábrea por Dom Antônio Macedo Costa, na época bispo de Pará e Amazonas, veio à cidade um de seus maiores colaboradores, o cearense de Aracati, padre Francisco Leite Barbosa, com seu trabalho de assistência religiosa aos fiéis, não esquecendo-se de zelar pelo bem estar de seu rebanho. Fez várias desobrigas ao longo do rio Purus e seus afluentes. Seu principal marco ainda hoje lembrado na cidade é a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré. Pedindo e recebendo donativos e esmolas, ele com muito sacrifício, esforço e dedicação, iniciou os trabalhos, mas não conseguiu ver o fruto de seu suor terminado, pois pediu demissão do cargo de pároco após doar quase 31 anos de sua vida ao trabalho pastoral em Lábrea. Mas, a 5 de setembro de 1911, a então catedral de Nossa Senhora de Nazaré foi abençoada.
A maior parte de sua extensão territorial é quase que totalmente formada pela densa selva amazônica e pode ser alcançada por terra também a partir da cidade de Porto Velho (RO), tomando-se a estrada para Humaitá (AM). É uma região ainda quase que despovoada sendo que a densidade demográfica da mesma é de 0,4 habitantes por quilômetro quadrado.
Geografia
Clima

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1973 a 1989 e a partir de 1993, a menor temperatura registrada em Lábrea foi de 7,8 °C em 7 de julho de 1989, e a maior atingiu 40 °C em 3 de setembro de 1996. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 199,2 milímetros (mm) em 25 de abril de 1985.
Meio ambiente
O município de Lábrea está inserido no bioma amazônico. Nele há algumas unidades de conservação, a exemplo RESEX Médio Purus e Reserva Extrativista (Resex) Rio Ituxi, mantido com parceria com o Instituto Chico Mendes e o seringal Novo Encanto.
O Seringal Novo Encanto é mantido sob responsabilidade da Associação Novo Encanto uma organização não governamental fundada por membros da União do Vegetal e que conta com seu apoio institucional desde 1990. Ocupando 8.125 hectares de floresta nativa, situada neste município na fronteira do Amazonas com o Acre, o seringal Novo Encanto, é uma região de grande importância ambiental devido à intensa biodiversidade, com 381 espécies de plantas identificadas. Ele tem uma grande variedade de sistemas hídricos drenados pelo Rio Iquiri / Rio Ituxi afluentes do Rio Purus.
Além do rio essa região do seringal possui doze igarapés e seis lagoas. A Associação Novo Encanto realiza diversas ações para preservar esta porção de floresta contra invasões, extração de madeira e devastação da floresta. Parte das ações é focada em atividades de ecoturismo e atividades econômicas sustentáveis como a produção de castanhas e couro vegetal.
Economia
O Produto Interno Bruto (PIB) de Lábrea é um dos maiores do Amazonas. A agropecuária é quem mais contribui para a economia do município, totalizando R$ 231,676 milhões em 2010 e colocando o município como o 36º maior PIB da agropecuária no Brasil.
Cultura
O município situa-se entre dois grandes rios (Purus e Madeira) e duas importantes áreas culturais indígenas na classificação de Galvão, com possível influência em suas tradições. A área cultural Juruá - Purús onde predominam índios das famílias lingüísticas Pano, Aruák, Catuquinas; e Área cultural Tapajós - Madeira onde predominam índios do grupo Tupi (Munduruk´s, Maués, Kawahyb). Consta que em 1854, Frei Pedro Coriana fundou no rio Purus uma missão de índios, sob o nome de São Luís Gonzaga, com índios Muras, Cauinicis, Mamurus, Jamadis, Purupurus.
O processo de colonização e a característica de se encontrar entre três estados brasileiros (Acre, Amazonas e Rondônia com histórias distintas e forte influência da colonização boliviana lhe asseguram características, no mínimo especiais, que precisam ser melhor avaliadas para o entendimento de sua rica diversidade cultural.
Observa-se que considerando-se a cor ou raça, segundo IBGE, na Região Norte do Brasil apenas 1,7 % dos habitantes foram recenseados e/ou se declararam como indígenas. Concentrando-se essa população nos estados do Amazonas em relação ao Acre (1,4%) e Rondônia (0,8%). Observe-se também que apesar da relevância, tais características da população residente não são suficientes para explicar as manifestações da religião, folclore e sobrevivências culturais da região.
Principais festas
- Aniversário da cidade - 7 de março.
- Festas juninas.
- Festa do SOL (a principal).
- Festa da padroeira Nossa Senhora de Nazaré.
Transporte rodoviário
A Rodovia Transamazônica BR230 termina na cidade de Lábrea e é a única forma de chegar por terra.
Transporte aéreo
A cidade de Lábrea possui ligação em dois voos semanais direto com Manaus (AM), através dos voos da MAP Linhas Aéreas em aeronave ATR 42. Também possui ligação com Porto Velho (RO) através dos voos da Rio Madeira Aerotáxi (RIMA).
Referência para o texto: Wikipédia .

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

MORRINHOS - GOIÁS

Morrinhos é um município brasileiro do interior do estado de Goiás, Região Centro-Oeste do país. O nome Morrinhos foi escolhido para identificar o município, devido a existência de três acidentes geográficos na região: Morro do Ovo, Morro da Cruz e Morro da Saudade. A distância de Morrinhos até Goiânia (capital do estado de Goiás) é de 128 km, 184 km de Anápolis, 336 km de Brasília (capital federal) e 56 km de Caldas Novas.
Segundo Dados do IBGE, com o Censo de 2022 a população de Morrinhos atingiu 51.351 habitantes.
História
A chegada de Antônio Corrêa Bueno

A história de Morrinhos remonta a primeira metade do século XVII, quando o produtor rural Antônio Corrêa Bueno e seus irmãos, naturais da cidade de Patrocínio/MG, chegaram as terras que hoje compreendem o município de Morrinhos. Antônio Corrêa Bueno e seus irmãos vieram atraídos pela fertilidade do solo e ótima topografia, ideal para a criação de gado e cultivo de lavouras. Alguns anos mais tarde, famílias vindas de São Paulo e Minas Gerais se instalaram na região, promovendo seu rápido desenvolvimento. A capela consagrada a Nossa Senhora do Carmo, que o pioneiro fez construir em sua propriedade, tornou-se em breve o núcleo de um crescente povoado (chamado Nossa Senhora do Carmo), formado por colonos paulistas e mineiros. O patrimônio da capela seria constituído em 1845, com a doação, por escritura pública, de terras de sua propriedade pelo capitão Gaspar Martins da Veiga. Outros nomes também foram dados ao local no decorrer dos anos, Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos, Vila Bela do Paranaíba e Vila Bela de Nossa Senhora do Carmo de Morrinhos.
O pequeno povoado foi se desenvolvendo muito, até ser levado a Distrito no ano de 1845. Em 25 de novembro de 1855 foi elevada à categoria de município, suprimida em 19 de agosto de 1859, passando a se chamar Vila Bela do Paranaíba, e restabelecido em 2 de julho de 1871, novamente como Vila Bela de Morrinhos, agora pertencendo ao município de Pouso Alto (atual Piracanjuba). Em 29 de agosto de 1882 foi elevada à categoria de cidade com o nome de Morrinhos.
Sua primeira comarca foi criada em 21 de julho de 1863, suspensa em 16 de março de 1910 e restabelecida em 21 de julho de 1913. A sua primeira câmara foi constituída em 1884 e seu primeiro intendente, após a Proclamação da República foi o Sr. José Luiz de Medeiros.
Formação administrativa
Pela Lei Provincial nº 3, de 31 de julho de 1845, criou-se o distrito com sede no arraial de Vila Bela de Morrinhos, no então município de Santa Cruz (atual Santa Cruz de Goiás). O município com a denominação de Vila Bela de Paranaíba, foi criado pela Lei Provincial nº 2, de 5 de novembro de 1855. Quatro anos mais tarde pela Resolução Provincial nº 6, de 19 de agosto, foi restabelecido, definitivamente com o nome de Vila Nossa Senhora do Carmo de Morrinhos ou Vila Bela de Morrinhos, pela Lei Provincial nº 468, de 19 de julho de 1871, com território desmembrado então município de Pouso Alto. Reinstalado em 3 de fevereiro de 1872. A Lei nº 686, de 29 de agosto de 1882, concedeu faros de cidade ao atual topônimo Morrinhos a sede municipal. O município e constituído por um só distrito da sede.
Morrinhos e a formação do Sul de Goiás
Em um século, toda a ocupação do sul do estado, centralizada em Morrinhos, organizou-se administrativamente. Depois de 1948, os municípios desmembrados de Morrinhos continuaram se subdividindo em outros tantos, até chegar à divisão administrativa atual.
- 1845 - Criado o Distrito e Freguesia de Vila Bela do Paranaíba, no município de Santa Cruz - Lei Provincial nº 3, de 31 de julho de 1845.
- 1852 - Criado o Distrito de Santa Rita do Paranaíba, no município de Santa Cruz, com parte do território do Distrito de Vila Bela - Lei Provincial n° 18, de 21 de agosto de 1852.
- 1855 - Criado o município de Vila Bela do Paranaíba, formado pelos distritos de Vila Bela do Paranaíba(sede) e Santa Rita do Paranaíba - Lei Provincial n° 2, de 5 de novembro de 1855.
- 1857 - Criado o Distrito de Caldas Novas com território desanexado do Distrito de Vila Bela - Lei Provincial n° 6, de 5 de outubro de 1857.
- 1859 - Suprimido o município de Vila Bela do Paranaíba, cujos distritos são incorporados ao município de Santa Cruz - Lei Provincial nº 6, de 9 de agosto de 1859.
- 1869 - Criado o município de Nossa Senhora da Abadia de Pouso Alto (Piracanjuba), com território desmembrado dos municípios de Santa Cruz e Bonfim e os distritos de Pouso Alto (sede), Vila Bela do Paranaíba, Caldas Novas e Santa Rita do Paranaíba - Lei Provincial nº 428, de 2 de agosto de 1869.
- 1871 - Restabelecido o município, com o nome de Vila Bela de Morrinhos ou, segundo outros documentos, Vila Bela de Nossa Senhora do Carmo de Morrinhos, com território desmembrado do município de Pouso Alto (Piracanjuba). A reinstalação do município ocorreu em 3 de fevereiro de 1872 e o Município passou a ser termo da Comarca de Santa Cruz - Lei Provincial n° 463, de 19 de julho de 1871.
- 1882 - Concedido foros de cidade à sede municipal, que passou a ser denominada Morrinhos, estendendo-se essa denominação ao município - Lei Provincial nº 686, de 29 de agosto de 1882.
- 1906 - O município de Morrinhos é constituído pelos distritos de Morrinhos, Santa Rita do Paranaíba, Caldas Novas e Bananeiras (depois, Goiatuba).
- 1909 - Criado o município de Santa Rita do Paranaíba, levando o Distrito de Bananeiras. Esta foi a consequência imediata da "revolução" de 1909, que afastou os Xavier de Almeida e impediu a posse de Hermenegildo Lopes de Morais no governo do Estado - Lei Estadual nº 349, de 16 de julho de 1909.
- 1911 - Criado o município de Caldas Novas, com território desmembrado de Morrinhos, incluindo o povoado de Marzagão. Essa foi a segunda consequência da "Revolução de 1909" - Lei Estadual nº 393, de 5 de julho de 1911.
- 1919 - Reintegra-se o Distrito de Bananeiras (atual Goiatuba) ao município de Morrinhos - Lei Estadual nº 631, de 12 de junho de 1919.
- 1920 - O município de Morrinhos concentra os distritos de Morrinhos, Bananeiras e Santa Rita do Pontal (Pontalina). Segundo o Censo de 1920, o município de Morrinhos é o que tem maior número de propriedades rurais em todo o Estado (1.172 propriedades).
- 1931 - A povoação de Bananeiras é elevada à condição de Vila e é criado o município de Bananeiras (Goiatuba) - Decreto Estadual n° 627, de 21 de janeiro de 1931.
- 1933 - Na Divisão Administrativa Estadual o município de Morrinhos tem o distrito de Morrinhos (sede do município), Jardim da Luz e Santa Rita do Pontal (hoje Pontalina).
- 1935 - Criado o município de Santa Rita do Pontal, com território desmembrado do município de Morrinhos - Lei Estadual, de 2 de agosto de 1935.
- 1937 - Ocorre uma Divisão Administrativa, ficando o município de Morrinhos com os distritos de Morrinhos e Jardim da Luz.
- 1944 - Na Divisão Administrativa que vigorou de 1944 a 1948, da mesma forma que nas divisões de 1938 e 1939 o município de Morrinhos tem unicamente o distrito da sede.
Geografia
O município de Morrinhos, segundo a nova Divisão Territorial do Brasil em regiões Geográficas, é uma unidade administrativa que pertence a Microrregião 015 – Meia Ponte. A microrregião Meia Ponte é integrante da mesorregião 05 – Sul Goiano, localizado a sudeste da capital do Estado de Goiás entre as coordenadas de 17º30’20” a 18º05’40” latitude sul e 48º41’08” a 49º27’34” de longitude oeste. Morrinhos possui uma ótima localização geográfica, está bem no centro geográfico da microrregião do Meia Ponte, estando muito próximo de cerca de 24 municípios. Está interligado via asfáltica a quase todos os municípios de seu entorno. A cidade está situada a uma altitude de 735 metros acima do mar, sendo que no município a maior altitude não ultrapassa a 800 metros. Possui clima ameno e saudável, grupo tropical úmido. Menos de 30% da cobertura é vegetal natural. Segundo fontes do IBGE, SMARH, Metago (1999), Morrinhos ocupa uma área de 2.846,156 km². Em mais de 50% da área do município apresenta potencial para o uso com lavouras (agricultura), predominado associações de terras favoráveis ao uso com lavouras e pastagens plantadas.
Clima
Localizado a 771 m de altitude, possui clima ameno e suave (tropical úmido) e tem uma topografia plana e relevo ondulado, com uma temperatura média anual de 20 °C. Desde 2001, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) instalou uma estação meteorológica automática no município, a menor temperatura registrada em Morrinhos foi de 2,9 °C em 7 de julho de 2019 e a maior atingiu 40,4 °C em 6 de outubro de 2020. O maior acumulado de precipitação em 24 horas chegou a 139 milímetros (mm) em 7 de fevereiro de 2020, seguido por 116,6 mm em 2 de dezembro de 2012. A maior rajada de vento chegou a 25 m/s (90 km/h) em 25 de dezembro de 2011. O menor índice de umidade relativa do ar (URA) ocorreu na tarde do dia 29 de setembro de 2020, de apenas 8%.
Fauna e Flora
Na fauna de Morrinhos encontramos principalmente veados, tamanduá bandeira, pacas, catetos, lobo-guará, onça parda, entre outros.
Já a flora predominante em Morrinhos, assim como em todo o território de Goiás, é o Cerrado. Essa formação florística é considerada por instituições internacionais e pela ciência como a savana mais rica do planeta. São mais de 10.000 espécies de plantas, das quais 45% são exclusivas do Cerrado. Na extensão original do Cerrado goiano abundavam espécies como o pequi, pau-santo, pau-doce, pau-d`arco, peroba-do-cerrado, sucupira-branca, sucupira-preta, tingui, jatobá, lobeira, cajueiro, baru, barbatimão, caraiba, ipê-amarelo, jacarandá, capitão-do-campo, dentre outras. Os primórdios do município de Morrinhos ostentavam campos, matas de cerrados, veredas, matas ciliares, compondo representantes da rica diversidade de espécies do Cerrado. Hoje, bastante pressionada pala expansão incorreta da agropecuária, a flora da região tem sofrido com o risco de extinções e empobrecimento genético, como em muitos outros municípios do sul de Goiás. A flora do município, principalmente aquela ripária, é extremamente importante para a manutenção de serviços ambientais como a retenção de água no subsolo.
Relevo
Possui as seguintes formas de relevo: Plano e suave ondulado ocupando uma área de 1.126,25 km², correspondendo a 40%; Ondulado e suave ondulado ocupando uma área de 526,35 km², 18,68%; Suave ondulado ocupando uma área de 441,46 km², 15,67%; Suave ondulado e ondulado ocupando uma área de 307,66 km², 10,92%; Ondulado ocupando uma área de 281,03 km², 9,97%; Ondulado e fortemente ondulado ocupando uma área de 69,20 km², 2,46%; Forte ondulado ocupando uma área de 63,67 km², 2,25%. O uso atual da área do município é de 1.403,19 km², 49,82% com predomínio de pastagens; 805,33 km², 28,59% com predomínio de lavouras; 598,59 km², 21,26% com vegetação natural; 7,93 km², 0,28% área urbanizada; 1, 52 km², 0,05% com outros. A fertilidade natural dos solos é Baixa ocupando uma área de 1.464,49 km², correspondendo a 52% da área municipal; Baixa e Média ocupando uma área de 777,99 km², 27,61%; Média a Alta mais Baixa ocupando uma área de 526,35 km², 18,68%; Média a Alta ocupando uma área de 46,79 km², 1,66%. Embora não exploradas, possui jazidas de berilo, caulim, cromita, talco, rutilo, manganês, além de argila, calcário e areia.
Economia
Agropecuária: Vocação antiga

A maior vocação econômica de Morrinhos está centrada nas atividades rurais. E foi assim desde o início de seu povoamento, por volta do século XVIII, quando os primeiros desbravadores e colonos - mineiros e paulistas - ali se estabeleceram, dedicando-se à criação de gado e ao cultivo de lavoura. Hoje a agropecuária, com cerca de 2 mil produtores, é responsável por 53% de geração de divisas do município. Além da agropecuária, a economia da região é integrada pelo setor industrial com 71 empresas; o comércio, com cerca de 370 estabelecimentos; e os serviços financeiros com seis bancos.
Pecuária
Na pecuária destaca-se o rebanho bovino destinado ao corte e leite e seleção de reprodutores, com preferência para as raças Gir e Nelore. A agropecuária é responsável por 53% da geração de divisas para o município, 240.000 cabeças de gado bovino de corte e leite. 52.700.000 (Cinquenta e dois milhões e setecentos mil) litros de leite produzidos por ano. Morrinhos é a terceira bacia leiteira de Goiás, segundo dados de 1998. A produção de mais de 60 milhões de litros de leite por ano coloca o município como a 2ª bacia leiteira do Estado. O rebanho total bovino ultrapassa as 255 mil cabeças, com 54 mil vacas leiteiras, sendo estas, em sua maioria, de gado girolando, um plantel de boa qualidade. O setor pecuarista morrinhense possui também um banco genético muito grande desse gado leiteiro, o que permite um nível de estabilidade e avanço de manutenção de plantel, mesmo com a introdução de outras raças, como o nelore, não tão apropriadas para a produção. Isso vem ocorrendo porque alguns pecuaristas são temerosos diante da crise de mercado do leite.
Agricultura
Nem só de pecuária vive o homem e a economia rural de Morrinhos. A agricultura é igualmente forte na região. Possui uma agricultura relativamente bem desenvolvida, destacando-se a cultura de soja, arroz e milho, além de algodão, abacaxi, banana, feijão, tomate e mandioca. Os principais produtos do município são o tomate industrial, sendo o maior produtor deste produto do estado de Goiás. A soja vem ganhando terreno, com uma área plantada de mais de 32 mil hectares em 2003, assim como o feijão irrigado, área em que Morrinhos é o 2º maior produtor do Estado. O alto grau de produtividade nesse segmento deve-se as condições favoráveis do solo e clima da região e também pela adoção de inovações tecnológicas, embora alguns agricultores ainda mantenham métodos e processos tradicionais.
Sementes
Para se plantar precisam-se de sementes. Este é outro segmento da cadeia produtiva que é forte no município de Morrinhos. A capacidade armazenadora de grãos em Morrinhos é de 85.000 toneladas. Estão instaladas várias empresas que atuam na produção, pesquisa ou armazenamento desse insumo agrícola. Entre elas a Monsoy, grupo Monsanto, operando em Morrinhos desde 1997, inicialmente dedicada à produção de sementes. A partir de 2002, a empresa passou a atuar só em pesquisa e melhoramento genético de sementes de soja. A Caramuru Armazéns Gerais - Unidade de Morrinhos, pertence ao Grupo Caramuru - complexo industrial cuja matriz está localizada em Itumbiara, e tem unidades industriais e de armazenamento no Paraná, Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Ceará. O Grupo trabalha na cadeia produtiva de grãos, desde a produção de sementes, armazenagem, degerminação, extração e refino de óleos vegetais e na produção de consumo final de derivados de milho, óleos comestíveis e azeites, pipocas, colorífico e misturas para bolos. Também é grande fornecedora de insumos (matéria-prima ou complementares) para a indústria alimentícia, de bebidas e mineração. A Sementes Selecta, presente em Morrinhos, é outra empresa goiana com sede em Goiatuba. Atua no segmento de soja com produção de sementes, grãos e farelo integral utilizado para a fabricação de rações animais. Seus produtos são vendidos não só no Estado de Goiás, mas para todo o Brasil e exportados para outros países. Há várias outras empresas que refletem a grandeza do setor de agronegócios em Morrinhos nos segmentos de rações, beneficiamento de sementes, frigorífico e couro.
Irrigação
Morrinhos se destaca, também, por ser o segundo município do estado de Goiás em área irrigada, com cerca de 120 pivôs de irrigação em operação. Para atender a demanda de energia elétrica do Parque Industrial e dos pivôs instalados na região, o município conta com uma capacidade de 69 kV de 220 V. Possui ainda a cerca de 10 km da sede do município uma estação rebaixadora de 220 kV com saídas de 69 kV.
Indústrias
No setor industrial conta com diversas indústrias de pequeno porte, principalmente na área de laticínios e conservas. A tendência à economia agropecuária gerou amplo desenvolvimento no setor da agroindústria onde diversas empresas do ramo se instalaram em Morrinhos. Nos últimos anos, principalmente entre os anos de 1997 e 2000, houve uma ampliação considerável no número de empresas que se instalaram no município.
Indústrias
Parque Industrial DAIMO
O município de Morrinhos possui um Parque Industrial, dirigido pelo Goiás Industrial, órgão do Governo Estadual responsável pela manutenção do Distrito. O Distrito Agroindustrial de Morrinhos - DAIMO, ocupa uma área de 154,88 hectares e conta com ruas asfaltadas e iluminadas além de toda uma infraestrutura básica para dar apoio as indústrias que ali estão instaladas. Morrinhos está distante cerca de 289 km de São Simão, porto de acesso a Hidrovia Paranaíba/Paraná/Tietê, principal ponto de ligação hidroviária entre o Centro-Oeste e os países do Mercosul. O Nome DAIMO e a referência para a construção do distrito vieram de Anápolis, que possui o DAIA, onde se encontra o maior polo industrial do Centro-Oeste.
DPI - Distrito das pequenas indústrias
Localizado na via de acesso a Buriti Alegre, conta com 256.740 m² divididos em 82 lotes, sendo que 36 já foram legalizados e a ocupação dos demais encontra-se em processo avançado.
Cultura, o esporte, o lazer e o turismo
Morrinhos é uma cidade centenária, mas guarda pouco de sua arquitetura colonial com alguns casarões e outros edifícios representativos do seu patrimônio histórico (parte velha da cidade), com destaque para a velha Cadeia Pública tombada recentemente pelo IPHAN, e que foi transformada no ano de 2004 em museu municipal (Museu Antônio Corrêa Bueno).
Nos arredores da cidade, a Prefeitura de Morrinhos mantém o Parque Ecológico Jatobá Centenário (o nome do parque foi escolhido através de um concurso realizado, onde a ideia surgiu devido a existência de uma árvore de jatobá, que segundo pesquisadores, possui mais de 100 anos), com 18 alqueires de área, cerca de 2.100 metros de trilhas, pequena cachoeira, animais e árvores classificadas e identificadas com seu nome científico. Em média, o parque recebe 10 mil visitantes todo semestre, que vão ao local a fim de conhecerem mais sobre o cerrado nativo da região (Tropical Savana), preservado no parque.
Foi construído um lago artificial (Parque Recanto das Araras) com o represamento das águas do Córrego Maria Lucinda, na saída para Caldas Novas. O lago municipal foi inaugurado no dia 27 de dezembro de 2004, pelo então prefeito Joaquim Guilherme Barbosa de Souza e com presença do então governador Marconi Perillo. Os recursos para a construção do lago foram obtidos através do Tesouro Municipal, do Governo de Goiás e Governo Federal. Atualmente, o Lago Municipal, que virou atração turística de Morrinhos, foi beneficiado com obras de urbanização e melhorias em toda sua circunferência, onde foram construídas 1 quadra de basquete, 1 pista de skate, 2 quadras de peteca, 2 quadras de tênis, 1 quadra de volei de areia, 2 campos de futebol society, restaurante, playgrounds, estação de ginástica, academia ao ar livre, sanitários, área para realização de eventos, estacionamento, sede administrativa da Superintendência de Esportes e Lazer, pista de caminhada e ciclismo com iluminação e áreas de convivência. Em junho de 2011, a Prefeitura de Morrinhos, visando resgatar os valores culturais, iniciou na orla do Lago Municipal as obras de construção de um Teatro Público de Arena, que deve ser entregue em breve para a população. Também, a Prefeitura Municipal de Morrinhos está dando seguimento ao projeto paisagístico do Parque Recanto das Araras, onde foram e estão sendo plantadas centenas de mudas de árvores típicas do cerrado e às margens do córrego Maria Lucinda e, ainda está sendo dada sequência ao projeto de implantação do Parque Natural de Morrinhos.
Morrinhos possui várias praças e áreas de lazer, como a Praça do Cristo Redentor (estátua de 27 metros que fica um dos mirantes da cidade, o Morro da Cruz), que tem a sua volta excelente espaço para a prática de cooper e outros exercícios físicos. A estátua do Cristo Redentor e a respectiva praça foi inaugurada em Janeiro de 1970 pelo então Prefeito Joviano Antônio Fernandes. Em 2007 foi construída na praça uma cascata artificial, que tem chamado ainda mais a atenção dos visitantes. Todos os Domingos, a partir das 16 horas, funciona na praça do Cristo a Feira do Artesanato, onde os visitantes podem conhecer um pouco do trabalho dos artistas morrinhenses e também saborear diversos tipos de comidas típicas. A cidade ainda possui outras importantes praças como a Praça Walter Aquino (W.A.), a Praça Dr. Raul Nunes ou Praça da Fonte Luminosa, a Praça Padre Primo Scussolino (onde se localiza a Biblioteca Municipal e o Parquinho), a praça Rui Barbosa ou Praça da Rodoviária e a Praça Monte Castelo ou Praça do Mercado. Esta última possui um amplo espaço utilizado para a realização de eventos públicos e, entre 2007 e 2009, o antigo Mercado Municipal foi revitalizado e ampliado, transformando-se em um moderno centro de compras e lazer, sendo agora cognominado de Centro Comercial Valterli José Alves.
As tradicionais festas populares têm atraído muitos visitantes ao município, sendo um potencial a ser explorado para o turismo de eventos. São festas tradicionais: Exposição Agropecuária e Industrial de Morrinhos (realizada no mês de junho), Festa de Nossa Senhora do Carmo (realizada no mês de julho), Festa Folcórica do Né (realizada na Praça Rui Barbosa no mês de agosto), Festa do Tomate (realizada no Parque de Exposições Sylvio de Mello no mês de agosto) e a Festa de Artes e Morrinhense Ausente (geralmente realizada no mês de outubro). A cidade possui um cinema (Cinemax), que foi inaugurado em 2005, servindo como mais uma opção de lazer aos morrinhenses e visitantes. A cidade conta, ainda, com espaços de pesque-pague próximos ao perímetro urbano, sendo outra opção de lazer.
A cidade e a Prefeitura ainda mantém a Banda de Música Lira Musical Santa Cecília e a Orquestra de Violeiros Chico Flor. Embora seja um grande produtor de algodão, a cidade também perdeu a cultura das fiandeiras. Hoje essa atividade histórica e artesanal de tecer está resumida nos momentos de lazer de umas poucas senhoras nos grupos de Conviver. A cidade de Morrinhos ainda possui um teatro (Teatro Juquinha Diniz). A cidade conta com vários atores no ramo do teatro e também com alguns escritores. No mês de agosto de 2011 a Prefeitura Municipal inaugurou defronte a Praça da Igreja Matriz a Casa de Cultura Professora Célia Terezinha. O imóvel onde foi instalada a Casa de Cultura foi construído há mais de um século e retrata bem a arquitetura da época, como pilares de sustentação em madeira, tijolos grandes e telhas de barro, além de pedras e cerca de madeira. Na Casa de Cultura funciona a parte administrativa da Superintendêmcia Municipal de Cultura e diversas oficinas permanentes para trabalhar a parte artística do município em todos os segmentos, da música ao artesanato. A Casa de Cultura está apta a receber exposições de artistas locais e convidados além de saraus para os amantes da música.
A cidade de Morrinhos possui uma estrutura esportiva relativamente grande, contando com dois Ginásios de Esportes públicos mantidos pela Prefeitura (Ginásio de Esportes Helenês Cândido e Ginásio de Esportes José Miguel Romano), possui ainda um Estádio (Estádio do Centro Esportivo João Vilela) com capacidade para 5040[11] pessoas e quadras de esporte em praticamente todos os bairros da cidade. Entre seus times de futebol está o América Futebol Clube,o time mais tradicional da cidade que é o segundo mais velho do estado, sendo fundado em 1937. Morrinhos ganhou no ano de 2007 um novo time de futebol, o Morrinhos Futebol Clube. O Morrinhos disputa a série b goiana e o América a série c Goiana. A cidade se destaca também no futebol amador, onde são realizados vários campeonatos durante o ano.
Morrinhos possui um grupo de fazendeiros, que percorrem as cidades da região levando a mensagem da preservação ambiental. São os cavaleiros da CEMO (Cavalgada Ecológica de Morrinhos). Na qual teve como presidente um dos principais nomes da música sertaneja nacional, filho de Morrinhos, o saudoso Antônio Rosa Ribeiro (cantor Falcão - da dupla Felipe e Falcão). Eles realizam esse trabalho em parceria com um grupo de muladeiros, a Comitiva Esperança - Clube da Mula de Morrinhos. Trabalhando na preservação da fauna e da flora goiana, plantando árvores, principalmente o ipê - símbolo do cerrado, e soltando alevinos nos rios da região. 
Educação
- Universidade Estadual de Goiás UnU Morrinhos
A Universitária da UEG em Morrinhos atende a cerca de 24 municípios do Sudeste Goiano, com seus seis cursos regulares de graduação, sendo cinco cursos de licenciatura e um curso de bacharelado.
A UnU Morrinhos surgiu em decorrência da transformação da Autarquia Estadual “Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Morrinhos” – FECLEM, em Unidade Administrativa da UEG, através da Lei Estadual n.° 13.456. de 16 de abril de 1999.
O curso de Ciências – Licenciatura de 1° Grau deu início às suas atividades ainda em 1988, com a realização de seu primeiro Exame Vestibular, tendo sido responsável pela formação de 11 turmas com aproximadamente 400 alunos.
Em 1997, foram reconhecidos os cursos de Licenciatura Plena em História, Geografia e Letras – Habilitação em Português/Inglês. Em 1998, a graduação em Ciências foi convertida em duas novas Licenciaturas Plenas: em Matemática e em Biologia.
- Fundação Pública do Estado de Goiás, a Universidade Estadual de Goiás – UEG - foi criada pela Lei Estadual n.° 13.456, de 16 de abril de 1999, e vinculada á Secretaria do Estado de Ciência e Tecnologia – SECTEC. Formada a partir da fusão de fundações estaduais preexistentes no Estado e com a criação de novas unidades administrativas e polos universitários, a UEG assumiu a missão de interiorizar o ensino superior para as diferentes regiões do Estado, dando maior ênfase á formação de professores, os quais, atuando na educação básica, têm a chance de contribuir para melhorar a qualidade da educação em Goiás.
Os cursos da UEG são relacionados á formação de profissionais pensadores e atuantes, preparados para o exercício de suas funções e agentes capazes de transmitir conhecimentos e ciências de modo eficiente e, acima de tudo, com responsabilidade e senso crítico. Sua dinâmica e funcionamento caracterizam uma instituição que, preocupada com a formação do Estado goiano, entra nos diversos municípios através de suas unidades e assim, objetiva uma fixação do homem ao seu meio e providencia uma melhora da capacidade intelectual do indivíduo, preparando-o para o mercado de trabalho local e para que possa agir ciente de seu papel de cidadão, melhorando de forma transformadora a realidade da qual faz parte.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

GUAJARÁ-MIRIM - RONDÔNIA

Guajará-Mirim é um município brasileiro do estado de Rondônia, Região Norte do país. É o segundo maior município do estado em extensão territorial, e o oitavo em população. Conforme censo do IBGE, em 2022, a sua população era de 39.386 habitantes
Em maio de 2008, Guajará-Mirim recebeu o título de "Cidade Verde", outorgado pelo Instituto Ambiental Biosfera, em razão de seu mosaico de áreas protegidas, que fazem, da cidade, um dos maiores municípios brasileiros em termos de áreas preservadas. Outras 29 cidades brasileiras também receberam o prestigiado prêmio. A cidade também tem o primeiro jornal editado em língua indígena txapacura.
Topônimo
"Guajará-Mirim" é um termo oriundo da língua tupi do grupo linguístico tupi-guarani: significa "cachoeira pequena", existem controvérsias de vários linguistas.
História
Até o início do século XIX, "Guajará-Mirim era apenas uma indicação geográfica para designar o ponto brasileiro à povoação boliviana de Guayaramerín", segundo Vítor Hugo, em Os Desbravadores. Naquela época, a povoação era conhecida como Esperidião Marques.
Em abril de 1878, em função do Tratado de Ayacucho, foram enviadas para Corumbá (Mato Grosso) as "Plantas Geográficas dos Rios Guaporé e Mamoré", sendo que a cartografia para delimitar os limites fronteiriços dos rios Guaporé e Mamoré foi levantada e apresentada pela 2ª seção brasileira, sediada na mesma cidade, tendo sido todas chanceladas pelos delegados brasileiros e bolivianos. Continuando a descrição diz "Destas cabeceiras continuam os limites pelo leito do mesmo rio até sua confluência com o Guaporé, e depois pelo leito deste e do Mamoré até sua confluência com o Beni, onde principia o Rio Madeira". Em 1878 e 1879, houve troca de notas da chancelaria boliviana com a Embaixada do Brasil em La Paz, acusando o recebimento e aprovando a "Carta Geral", conforme ajustado na 7ª Conferência da Comissão Mista.
Em 17 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis com a Bolívia, o Brasil se comprometia a construir uma estrada de ferro, ligando os portos de Santo Antônio do Rio Madeira, em Porto Velho, ao de Guajará-Mirim, no Rio Mamoré, destinada ao escoamento dos produtos bolivianos. Os direitos sobre tarifas seriam recíprocos e a localidade foi se tornando conhecida no país com repercussão no exterior.
No ciclo da borracha, a extração do látex foi, sem dúvida, ponto decisivo na vida do município. A construção do transporte ferroviário (Estrada de Ferro Madeira-Mamoré) veio acelerar o povoamento local, contribuindo no incremento da agricultura, além do extrativismo vegetal proporcionado pela vasta e rica vegetação natural existente. Estes e outros fatores, também de relevante importância influíram na subsistência da localidade.
Em 30 de abril de 1912, foi concluída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e inaugurada oficialmente em 1º de agosto do mesmo ano. Ainda naquele ano, a 8 de outubro, o Governo da Província de Mato Grosso instalou, na localidade, um posto fiscal, também com a incumbência de arrecadar impostos, sob as ordens do guarda Manoel Tibúrcio Dutra.
Em abril de 1917, chegou à região de Guajará-Mirim o capitão Manoel Teófilo da Costa Pinheiro, um dos membros da Comissão Rondon. Através dos meandros e lagos do rio Cautário, encontrou algumas poucas centenas de seringueiros mourejando nos barracões da Guaporé Rubber Company, empresa que monopolizava a compra e exportação da borracha produzida na região, na época gerenciada pelo coronel da Guarda Nacional, Paulo Saldanha. Eram os barracões "Rodrigues Alves", "Santa Cruz", "Renascença" e outros localizados próximos ao Forte Príncipe da Beira. Diversos povos indígenas originários da região resistiram aos seringueiros, tanto em sua presença quanto em sua posterior tentativa de dizimá-los, a exemplo de grupos e subgrupos dos jauis, tupis e hauris. Os pacaás-novos, do grupo jaru, foram os mais aguerridos combatentes contra os extrativistas.
Em 26 de junho de 1922, através da Resolução 879, o presidente da Província de Mato Grosso transformou a povoação de Espiridião Marques em distrito de paz do município de Santo Antônio do Rio Madeira. Quatro anos mais tarde, em 12 de julho de 1926, a povoação foi elevada à categoria de cidade, por ato assinado também pelo então presidente da Província de Mato Grosso, Mário Correa da Costa. Em 12 de julho de 1928, pela Lei 991, assinada pela mesma autoridade, o distrito foi elevado à categoria de município e comarca com área desmembrada do município de Santo Antônio do Rio Madeira, tomando o nome de Guajará-Mirim, já usualmente designado pela população. O município foi oficialmente instalado em 10 de abril de 1929.
Em 13 de setembro de 1943, pelo Decreto-Lei 5.812, o município de Guajará-Mirim passou a fazer parte integrante do Território Federal do Guaporé, criado nessa data. No dia 21 de setembro do mesmo ano, pelo Decreto-Lei 5.839, a sua área territorial, somada a uma parte da área territorial do município de Mato Grosso-MT, ex-Vila Bela da Santíssima Trindade, passou a compor o novo município de Guajará-Mirim. Esta composição territorial e sua confirmação definitiva como parte integrante do Território Federal do Guaporé se deu em 31 de maio de 1944, através do Decreto-Lei 6.550.
Por intermédio do Decreto-Lei 7.470, de 17 de abril de 1945, o município de Guajará-Mirim e o município de Porto Velho passaram a fazer parte como os dois únicos municípios da divisão administrativa e judiciária do Território Federal do Guaporé.
No início de 1970 foi fechada a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, devido vários fatores dentre eles os altos gastos para o governo federal.
Atualidades
A característica da população do município é a mestiçagem de várias raças com os nativos tradicionais, resultando numa população tipicamente amazônica com a predominância de "caboclos" e uma forte presença da miscigenação com imigrantes da fronteira (bolivianos).
Inegavelmente, o município de Guajará-Mirim é um dos poucos, senão o único do Estado de Rondônia, que possui excelente atrativo para o desenvolvimento da indústria do turismo em larga escala.
O município arvora-se do direito de ser o guardião da história do Estado, com inúmeros registros dos primórdios de sua colonização. A saga dos pioneiros construtores da lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, a presença marcante da igreja católica na colonização de todo o Vale do Guaporé e as inúmeras construções que retratam a história de uma época em que o município concentrava toda a riqueza da região, baseada na extração da borracha e da castanha.
O equilíbrio ecológico e harmônico da natureza pode ser representado pela vastidão de incomparável beleza do Vale do Mamoré-Guaporé , oferecendo inúmeras opções de lazer, dentre as quais a pesca amadora, liberada na época logo após a desova dos peixes. As belas praias do rio Pacaás Novos, a reserva extrativista do Ouro Preto e o encanto da Serra dos Pacaás Novos oferecem oportunidades únicas de se conhecer os caprichos da natureza.
Nessa cidade existe uma sede da Marinha e um aeroporto.
O Distrito de Surpresa possui uma Filial do ICMBIO, no intuito de preservar o Parque Nacional da Serra da Cutia.
Complementando o aspecto histórico e natural, existe o fato de o município sediar a única Zona Franca do Estado: a Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim, que oferece excelentes oportunidades de compras de diversas mercadorias importadas de várias partes do mundo.
Estrangeiros
Os gregos chegaram para a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, já a partir de 1912 foram escolhendo este lugar como alternativa econômica e foram instalando seus negócios: Pedro Struthos, João Suriadakis, Hatzinakis, Calculakis, Daskalakis, Demétrio Melas, Barcânias, Manoel Manussakis, Caralambos Vassilakis, por exemplo, ao deixar a atividade junto a EFMM implantou-se no Abunã e, mais tarde, localizou-se nesta fronteira, aonde construiu, para os limites da época, o seu império.
Atualmente, a cidade possui uma forte presença boliviana, geralmente, proveniente do departamento de Beni.
Povos indígenas
Os povos indígenas são variados: dentre eles, o mais destacado em Guajará-Mirim é o povo indígena Wari, dentre eles os Oro Waram, Oro Nao`, Oro Mon, Oro At. Oro Waram Xijem, e outros. Além dos Wari existem outros indígenas, como os Canoé, Macurape e Jaboti. Possuem várias aldeias dentre elas; Lage Velho, Lage Novo, Sagarana, Capoeirinha, Tanajura, Ricardo Franco, Rio Negro Ocaia, Sotério, Baia das Onças, Graças a Deus, Santo André. Baía da Coca, Queimada, Barranquilha, Deolinda, Ribeirão, Limoeiro e outros. A Missão Novas Tribos do Brasil, que realizou o contato forçado com os indígenas de Guajará-Mirim, possui Igrejas Evangélicas em várias dessas Aldeias, que vai de Capoeirinha até Rio Negro Ocaia. Possui missões com pastores indígenas também em Sotério. Alguns pastores Indígenas são o irmão Rubens Oro Nao’, Omar Oro Nao, Armando Oro Mon e outros.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 10º46'58" Sul e a uma longitude 65º20'22" Oeste, estando a uma altitude de 128 metros.
Sua área é de 24.856 km², sendo o segundo maior município do estado em extensão territorial, logo atrás de Porto Velho.
Clima
Em Guajará Mirim, a estação com precipitação é opressiva e de céu encoberto; a estação seca é abafada e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 20 °C a 35 °C e raramente é inferior a 17 °C ou superior a 38 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Guajará Mirim e realizar atividades de clima quente é do meio de maio ao fim de agosto.
Economia
Guajará-Mirim é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano.
De janeiro a abril de 2024, foram registradas 905 admissões formais e 680 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 225 novos trabalhadores.
Até maio de 2024 houve registro de 31 novas empresas em Guajará-Mirim, sendo que 4 atuam pela internet. Neste último mês, 5 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet.
A Composição econômica de Guajará Mirim é a seguinte: Serviços: 88,85 %; Agropecuária: 6,79 % e Indústria: 4,36 %
Educação
O Ensino Superior é oferecido pelo Instituto Federal de Rondônia, pela Universidade Federal de Rondônia, Campus de Guajará-Mirim e pelas Faculdades Particulares, dentre elas a Faculdade Educacional da Lapa – FAEL.
Turismo
Guajará-Mirim possui a maior oferta de atrativos turísticos do estado de Rondônia, a saber:  Estrada de Ferro Madeira-Mamoré; Hotel Pakaas Palafitas Lodge; Atrativos Naturais como rios, mata preservada, balneários e parques; A fronteira com o país irmão Bolívia, onde, além de atrações culturais, é possível comprar produtos importados do lado boliviano; Passeios de barcos e Artesanato indígena wariís, ribeirinhos e de seringueiros
Cultura
Os principais atrativos da cultura são: Duelo da Fronteira - Festival Folclórico de Boi-Bumbá; Museu Histórico Municipal de Guajará-Mirim e Recanto de Del Rey; Biblioteca Municipal Jarbas Passarinho; Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e Festival Internacional de Teatro de Guajará-Mirim - FESTINAÇU
As Atrações naturais são: Gruta ou caverna dos Pacaás Novos; Alto da Chapada dos Pacaás Novos, com Torre da EMBRATEL; Rio Pacaás Novos, que apresenta o fenômeno do encontro das águas dos rios Guaporé e Mamoré; Cachoeiras e Corredeiras, como Guajará Mirim, Guajará-Açu, Bananeira, Pau Grande, Lage, Praia da Pedra da Morte e Praia das Três Bocas; Parque Municipal Natural Serra dos Parecis; Praias fluviais durante o verão, de maio a novembro.
Mais de 93% da área total do município é constituída de Unidades de Conservação, como Terras Indígenas, Reservas Extrativistas e Biológicas, fazendo de Guajará-Mirim um grande santuário de preservação de fauna e flora.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

MEDIANEIRA - PARANÁ

Medianeira é um município brasileiro localizado na região oeste do Paraná. Sua população apontada pelo Censo de 2022 do IBGE é de 54.369 habitantes.
A distância rodoviária entre a cidade e a capital Curitiba é de 581 quilômetros.
Etimologia
A etimologia do nome tem origem religiosa, sendo uma homenagem à Nossa Senhora Medianeira, padroeira do município. De acordo com o etimologista Aquilino Ribeiro, o termo "Medianeira" pode ter o significado de aliada, árbitra, protetora ou ainda que intercede (intervém) a favor de alguém.
História
Origens e colonização

A história de Medianeira iniciou-se no século XIX, com a construção da Colônia Militar do Iguaçu, no dia 23 de novembro de 1889, cujo projeto foi elaborado pelo engenheiro militar José Joaquim Firmino.
O Território Federal do Iguaçu foi criado por força do Decreto-Lei Federal nº 5.812, de 13 de setembro de 1943. Durante a vigência do então território federal, Medianeira passou a fazer parte da nova unidade federativa. Porém, com a extinção do território federal, Medianeira passou a integrar de novo o atual estado do Paraná.
A colonização pela empresa Industrial Agrícola Bento Gonçalves originou o município. Esta companhia teve a idealização dos empresários Alberto Dalcanale, Luiz Dalcanale e Alfredo Paschoal Ruaro, que foram os fundadores da empresa Pinho e Terras, em área comprada na antiga área de influência da família Matte, que em 1918 requereu e conseguiu a concessão de milhares de alqueires de terras na região.
Povoamento e formação administrativa
O povoamento foi baseado em migração vinda do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, incentivada pela propaganda paulista "Marcha para o Oeste", que visava a acomodação da mão de obra sulista. Como o crescimento do povoado, em 31 de julho de 1952, por força da Lei nº 99, foi transformado em Distrito Administrativo. Desde então, passou a integrar como distrito do território municipal de Foz de Iguaçu.
A Lei Estadual nº 4.245, de 25 de julho de 1960, de autoria do governador do Paraná Moysés Lupion de Tróia, desmembrou Medianeira de Foz do Iguaçu, transformando-o em município., que foi oficialmente instalado no dia 28 de novembro de 1961, com a posse de Ângelo Da Rolt como primeiro prefeito e dos membros da Câmara o Presidente da câmara dr vereadores, eleitos pelo voto popular.
Geografia
O clima de Medianeira é subtropical úmido, com temperatura média anual de 19 °C. O mês mais quente é dezembro com máxima pouco superior a 30 °C e o mais frio julho com mínima próxima dos 8 °C. As chuvas são abundantes durante o ano todo, não havendo a ocorrência de uma estação seca. O índice pluviométrico do município é de 1 920 mm/ano, sendo o mês mais chuvoso, e outubro e agosto os menos chuvosos.
Hidrografia
O município possui oito rios, que em média totalizam uma vazão aproximada de 35 173 litros por segundo. São eles: Alegria, Ouro Verde, Ocoy, Feijão Verde, Laranjita, Represa Grande, Barreirão, Sábia e Caranguejo e Dourado. Além de dezesseis córregos e cinco sangas.
O principal curso de água da cidade é o rio Alegria, utilizado pela Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) para realizar a captação de água para o abastecimento da cidade. Outro é o rio Bolinha, que se encontra quase totalmente canalizado. O rio Ocoy, mais caudaloso que os dois anteriores, tem seu curso apenas na zona rural do município.
Economia
A economia de Medianeira é pautada pela indústria, prestação de serviços e produção agropecuária.
A Indústria responde por 5% de CNPJs com 224 das empresas, o Comércio por 30%, com 1.355 empresas, e os Serviços por 65%, com 2.940 empresas.  Com relação às MEI´s o município possui hoje 2.607 empreendedores individuais que começam também a evoluir e ganhar escala.
Mas o setor da economia mais aquecido e que movimenta toda uma cadeia produtiva é o Agronegócio, com 1.890 propriedades agrícolas, que está presente em todo processo de produção de alimentos, de marcas fortes, de agroindustrialização, de commodities, exportação e de geração de empregos e renda, culminando em muita riqueza para o campo e para a cidade. É o Agronegócio que sustenta e faz a roda girar no sentido de ter tantas empresas de serviços no nosso município, e como tal deve ter suas demandas atendidas e sanadas, no curso dos próximos anos, a começar pelas estradas rurais.
é um exemplo do desenvolvimento da região Oeste do Paraná. Conseguiu a melhor classificação no grupo Indicadores Econômicos entre as cidades de pequeno porte nessa segunda edição do anuário As Melhores Cidades do Brasil.
Completando sete décadas em pleno desenvolvimento, Medianeira é conhecida como Portal do Mercosul devido a sua localização geográfica privilegiada, com rodovias que dão acesso à capital Curitiba, aos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, além dos países vizinhos Paraguai e Argentina.
Educação
Ensino Superior

A cidade conta com o campus Medianeira da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Também está presente no município faculdade particular UDC Medianeira, pertencente ao mesmo grupo da UDC da cidade de Foz do Iguaçu.
Os inúmeros segmentos da inovação vêm se estabelecendo fortemente em Medianeira e se consolidando com o início das atividades do CIENTECH – Parque Científico e Tecnológico campus Medianeira, capitaneado pela UTFPR
Turismo
O município se desenvolve também no turismo, principalmente no turismo rural, onde é possível vivenciar a vida no campo e saborear os deliciosos cafés produzidos na região.
Medianeira realiza anualmente o Festival da Carne Suína, desde 1996, sempre no mês de agosto.
Religião
A Padroeira do Município é Nossa Senhora Medianeira, que recebe anualmente, no dia 31 de maio, uma procissão luminosa, saindo de algum bairro da cidade e terminando a procissão na Igreja Matriz com a Missa. A festa paroquial acontece em um domingo anterior ou sucessor ao dia 31 de maio, tendo início com a missa na igreja matriz, que é seguida de almoço no pavilhão, e matinê no turno da tarde/início da noite.
Com 548 metros de altura, o Morro da Salete, oferece uma vista panorâmica do município de Medianeira e também do Município de Matelândia. Além disso, o Morro da Salete conta com a comunidade Nossa Senhora da Salete, e esta por sua vez possui uma imagem de Nossa Senhora da Salete, com mais de 1 metro de altura, motivo que leva muitos devotos a Nossa Senhora subirem este morro a pé para agradecerem graças alcançadas, após pedidos feitos a esta Santa.
Morro Espigão do Norte
O morro do Espigão do Norte é o ponto mais alto de Medianeira com 510m do nível do mar. É um mirante natural com vista para o lago de Itaipu, Medianeira e região. Tem uma grande área gramada para piqueniques e acampamento.
Esporte
A cidade de Medianeira possuiu alguns clubes no Campeonato Paranaense de Futebol, dentre eles o Clube Esportivo Social União Medianeirense e o Medianeira Esporte Clube.
Referências para o texto: Wikipédia ; Guia Medianeira .

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

XIQUE XIQUE - BAHIA

Xique-Xique é um município brasileiro do estado da Bahia, Região Nordeste do país. Está situado à margem direita do Rio São Francisco que abriga um porto de grande importância para economia da região.
Seu nome refere-se ao cacto xiquexique, muito comum na região. A grafia correta do nome da cidade seria Xiquexique, designação do arbusto que lhe deu origem. No entanto, documentos oficiais grafam seu nome com hífen, contrariando normas ortográficas em vigor.
Sua população, conforme censo do IBGE do IBGE de 2022, era de 44.757 habitantes.
História
Durante a administração do Governador Tomé de Souza passou por esta região uma expedição exploradora. No século XVII surgiu a fazenda praia ao Cabo da Ipueira de propriedade do português Theobaldo Miranda Pires de Carvalho. Antes de terminar o século XVII um grupo de garimpeiro da Serra do Assuruá, instalou-se na ilha do Miradouro nascendo ali o primeiro núcleo de populacional habitado por europeus.
Quando o século XVIII surgiu já havia sido construído nas proximidades da Ipueira um pequeno templo dedicado ao Senhor do Bonfim, fora um cumprimento de uma promessa feita por um tropeiro. Em 1714 Dom Sebastião Monteiro da Vide, arcebispo da Bahia, assinou um ato que elevava a capela de Chique-Chique à categoria de freguesia. Em pouco tempo a comunidade era um arraial em franco crescimento.
Quando o Brasil separou-se politicamente de Portugal, a área que se tornaria município de Chique-Chique contribuía com a economia do império do Brasil, principalmente com a produção de ouro e pedras preciosas dos garimpos da serra do Assuruá. O Conselho Provincial da Bahia achou por bem criar o município em 06 de julho de 1832, desmembrando-o de Jacobina com o nome do Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique, em 23 de outubro de 1837.
Chique-Chique ganhou o título de cidade em 12 de junho de 1928 em ato assinado pelo governador Vital. O município de Chique-Chique foi emancipado no período da história brasileira conhecido como “Período das Regências”, Chique-Chique teve um diretório municipal do partido liberal, outro do partido conservador além de um regimento da Guarda Nacional.
Desde a emancipação de 06 de julho de 1832 ou a instalação oficial do município com o nome de Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique, em 23 de outubro de 1834, o município foi administrado pelo Poder Legislativo. Os vereadores eram em número de sete e seu mandato era de dois anos. Quem fosse escolhido pelos colegas para presidente da mesa-diretora da Câmara Municipal era o responsável pela direção geral do município.
Em 1853 foi criada a Comarca de Chique-Chique, foi extinta em 1879 e restaurada em 1915.
O conselheiro Luís Viana foi promotor de justiça da Comarca de Chique-Chique, entre 1872 e 1878, e um dos proprietários da tricentenária fazenda Carnaíba, localizada a sudeste da sede municipal. A partir da Proclamação da República, em 1889, e da Constituição Republicana, em fevereiro de 1891, é instituída a figura do intendente que passa a ser chamado de prefeito. O primeiro intendente municipal de Chique-Chique foi o coronel Gustavo Magalhães Costa. Antes de 1928 (quando a vila foi elevada a cidade), foram intendentes: João Martins Santiago, Ciro Medeiros Borges, José Adolfo de Campo Magalhães, Manoel Teixeira de Carvalho, e outros.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Irecê e Imediata de Xique-Xique-Barra. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Barra, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Vale São-Franciscano da Bahia.
Clima
Em Xique Xique, o verão é curto, escaldante e de céu parcialmente encoberto; o inverno é curto, morno e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é seco e de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 19 °C a 36 °C e raramente é inferior a 18 °C ou superior a 37 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Xique Xique e realizar atividades de clima quente é do meio de maio ao início de outubro.
A estação quente permanece por 1,6 mês, de 14 de setembro a 1 de novembro, com temperatura máxima média diária acima de 35 °C. O mês mais quente do ano em Xique Xique é outubro, com a máxima de 35 °C e mínima de 23 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,1 meses, de 7 de junho a 11 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 33 °C. O mês mais frio do ano em Xique Xique é julho, com a mínima de 19 °C e máxima de 32 °C, em média.
Economia
Xique-Xique é um município de grande relevância na região que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pela alta regularidade das vendas no ano.
De janeiro a abril de 2024, foram registradas 184 admissões formais e 212 desligamentos, resultando em um saldo negativo de -28 novos trabalhadores.
Até maio de 2024 houve registro de 8 novas empresas em Xique-Xique, sendo que 2 atuam pela internet. Neste último mês, não foi identificada nenhuma nova empresa.
Na cidade de Xique-Xiqueos setores econômicos que se destacam são Administração Pública, Defesa e Seguridade Social, Comércio Varejista, e Atividades de Atenção à Saúde Humana.
Educação
O município de Xique-Xique conta com diversas escolas públicas sendo municipais e até mesmo estaduais, como a Escola Cecília Meireles (com educação do maternal ao ensino médio) e o Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães ou mais conhecido como "Modelo". Nele há uma biblioteca com um grande acervo de livros e também uma quadra esportiva onde os alunos realizam atividades.
Lazer
Em Xique-Xique a principal atração turística é o Parque Aquático Ponta das Pedras (PAPP) que fica situado próximo ao Hospital Julieta Viana. Toda a população da região frequenta este parque durante os domingos, que é o dia em que o Parque funciona.
Nele há piscinas infantis com alguns brinquedos e também piscinas para adultos. Logo atrás do parque é possível ver o Rio São Francisco.
Durante a Festa da Cidade atrações locais e de fora realizam a festa. Há a presença de trio elétrico que percorre a Avenida Principal chamada Avenida J.J. Seabra localizada no Centro da cidade.
Outro evento importante que recebe um grande fluxo de turistas da região é a festa de São Pedro, que acontece no final de junho (logo após a festa da cidade 13 de junho). Esta festa é dedicada à paroquia de São Pedro e assim como a festa da cidade, recebe atrações tanto da cidade quanto de fora.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

SANTOS DUMONT - MINAS GERAIS

Santos Dumont é um município da Mesorregião da Zona da Mata, e microrregião de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, no Brasil. Distante, aproximadamente 207 km de Belo Horizonte, a capital do estado; e 900 km de Brasília, capital brasileira. Com base nos dados coletados pelo censo de 2022, o IBGE apontava 44.140 habitantes em Santos Dumont
Em 31 de julho de 1932, a cidade de Palmyra passou a se chamar Santos Dumont, em homenagem ao inventor do avião, que nasceu na Fazenda Cabangu.
Etimologia
Seu nome é uma homenagem ao conterrâneo Alberto Santos Dumont, considerado o inventor do avião, criado no lugar onde hoje se encontra o museu de Cabangu. Foi fundada por João Gomes, inicialmente com o nome de Arraial de João Gomes, que, mais tarde, elevando-se ao nível de cidade, recebeu o nome de Palmira. João era pai do inconfidente José Aires Gomes.
História
Com a descoberta de ouro pelos bandeirantes, no final do século XVII, criou-se um cinho que se iniciava em Parati-RJ, passando por Guaratinguetá e Taubaté-SP, e avançava a então província de Minas Gerais, conhecido como Caminho Novo. Com o aumento da exploração das minas de ouro e as dificuldades para se percorrer esse trajeto, se fez necessário encurtar as distâncias entre o Rio de Janeiro e o interior, o que facilitaria o transporte e consequentemente a fiscalização. Por volta de 1700-1701, o sertanista Garcia Rodrigues Paes, partiu do Rio de Janeiro para desbravar o território mineiro e abrir o Caminho Novo, que mais tarde passaria a ser chamado "Estrada Real da Corte", ligando a Corte à Província de Minas Gerais. Para permitir o povoamento da região, a Coroa Portuguesa distribuiu sesmarias a nobres e súditos.
João Gomes Martins adquiriu uma das sesmarias em 1728. Esta localidade ficou conhecida inicialmente como Rocinha de João Gomes, passando a Fazenda de João Gomes, Distrito de João Gomes, João Gomes Velho e, em 27 de julho de 1889, tornou-se município de Palmyra, adquirindo autonomia administrativa. No entanto, a instalação do município ocorreu apenas em 15 de fevereiro de 1890, com a designação dos membros que iriam compor a intendência.
Em 31 de julho de 1932 o município de Palmyra recebeu o nome de Santos Dumont porque o célebre inventor nasceu na Fazenda Cabangu, localizada a 16 quilômetros da então vila de João Gomes. Isto deu muito prestígio ao município e, para homenageá-lo, mudou-se o nome.
Origens e desenvolvimento da cidade de Santos Dumont
O Caminho Velho que partia da cidade de Parati (RJ) passava por São Paulo e seguia até a região das minas, era o trajeto que a Coroa Portuguesa utilizava para explorar e extrair metais preciosos da região das Minas Gerais. Com o aumento da exploração realizada na região e a intensificação do fluxo das tropas que transportavam os carregamentos de ouro e a longa distância percorrida por este trajeto, surgiu, então, através destes fatores, a necessidade de encurtar a distância percorrida entre as Minas Gerais até o litoral.
Para resolver tal infortúnio a Coroa portuguesa elaborou um projeto para criação do Caminho Novo. Quando em torno de 1700/1701 a abertura do Caminho Novo foi iniciada por Garcia Rodrigues Paes, partindo da região da Borda do Campo (atual cidade de Barbacena) atravessando a Serra da Mantiqueira na garganta de João Aires passando em João Gomes (Palmyra), Chapéu D`Uvas, indo até o litoral do Rio de Janeiro. Dessa forma, esta nova rota passaria a ser usada para escoar a produção aurífera com maior facilidade, rapidez e segurança.
Como forma de incentivar o povoamento em torno do Caminho Novo, a Coroa Portuguesa distribuiu sesmarias para nobres e súditos que prestavam serviços a ela. Assim, Domingos Gonçalves Ramos requereu em 26 de fevereiro de 1709 uma sesmaria na região. Como primeiro dono da terra, Domingos Gonçalves Ramos não tardou em ocupá-la, trazendo consigo sua família, escravos e seus dois genros, Pedro Alves de Oliveira e João Gonçalves Chaves.
Na divisão desta sesmaria Pedro Alves adquiriu a parte sul e João Gonçalves Chaves em 1715 empossa-se da sesmaria da parte norte, permanecendo na mesma até 1728. Vendendo-a à João Gomes Martins e sua esposa Clara Maria de Melo, os quais vieram a se tornarem personagens de suma importância para a história do município.
Desta forma, o nome de João Gomes marcou, portanto, a história do município, tendo sua sesmaria um papel fundamental na formação e ocupação da cidade, na qual ficaria conhecida inicialmente como Rocinha de João Gomes, passando a Fazenda de João Gomes, Distrito de João Gomes, João Gomes Velho, Palmyra e atualmente Santos Dumont.
João Gomes e sua esposa trouxeram de sua freguesia originária de Portugal uma imagem de São Miguel e Almas para sua fazenda, construindo entre 1729/1730 em sua propriedade uma Capela de adobe para abrigar a imagem do Santo. Em 1850 a imagem foi transferida para uma Igreja de duas torres. Com um impulso em seu crescimento o distrito de João Gomes foi elevado à categoria de Paróquia segundo a Lei nº 1458, de 31 de dezembro de 1867.
Além da importância verificada pelo traçado do Caminho Novo, outro meio de acesso ao interior mineiro que contribuiu com o desenvolvimento da cidade – entorno de 1870 – foi à construção do ramal da estrada de Ferro D.Pedro II, que passava na região. Por consequência desta construção, foi nessa época que o engenheiro Henrique Dumont, pai de Alberto Santos Dumont veio para a região com sua família para realizar a empreitada de construir este ramal, que iria ligar o trecho Mantiqueira a João Aires. Neste local Henrique Dumont "escolheu uma casa de propriedade da própria Ferrovia, de estilo palafita, e nela acomodou sua família bem próximo do canteiro de obras da Ferrovia" (Castello Branco, 1988, p. 47).
Outro fator de fundamental importância para emancipação do município foi a criação do Clube Recreativo e Literário João Gomes que tinha como objetivo, pressionar as autoridades provinciais para a necessidade da autonomia administrativa do Arraial.
A autonomia administrativa foi conquistada em 27 de Julho de 1889, quando "o Barão de Ibituruna, último presidente da Província de Minas Gerais, baixou a Lei nº 3.712 que criou o município de Palmyra" (Castello Branco, 1988, p. 55). Porém a instalação do município ocorreu somente em 15 de Fevereiro de 1890, com a designação dos membros que comporiam a Intendência.
Nas últimas décadas do século XIX e primeiras do século XX, o município recém emancipado passou por algumas transformações que modificaram suas feições de Arraial: desvios de águas pluviais e alinhamento das ruas (1890), iluminação Pública à querosene (1891), água potável à domicílio (1898), iluminação pública elétrica (1912), etc. A população local cresce. E em seu meio se fazia um expressivo número de imigrantes, em especial portugueses, italianos e libaneses.
Paralelo a esse desenvolvimento, o início de século XX significou para o novo município a sua consolidação como Centro Regional de Comércio, de produção industrial diversificada e, sobretudo, de pólo de criação pecuária leiteira.
Em 31 de julho de 1932, a cidade de Palmyra passa a denominar-se Santos Dumont, em homenagem ao seu filho mais ilustre, o inventor Alberto Santos Dumont.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 21°27'24" sul e a uma longitude 43°33'09" oeste, estando a uma altitude de 839 metros. Possui uma área de 639,164 km².
Clima
O clima do município é classificado como tropical de altitude Cwb (Classificação climática de Köppen-Geiger ) é um tipo climático que predomina nos planaltos e serras do Sudeste brasileiro. A temperatura média anual é de 20 °C. O seu clima possui duas estações mais fortes:
- Outubro a abril: Temperaturas mais quentes e bastante chuva.
- Maio a setembro: Temperaturas mais frias e pouca chuva. Este período é mais seco e coincide com o inverno.
Hidrografia
A cidade é banhada pelos seguintes rios: 
- Rio Formoso: Passa pelo distrito de Conceição do Formoso.
- Rio Paraibuna: Passa pelo distrito de Dores do Paraibuna.
- Rio Pinho: Atravessa alguns bairros da cidade.
- Rio das Posses: Atravessa o Centro da cidade.
- Rio Piau: Passa pelo distrito de São João da Serra.
O principal rio de Santos Dumont é o Rio Pinho, onde estão localizados:
Cachoeira Luiz Cunha: Fornece água para a COPASA, onde ela recebe tratamento de purificação e limpeza para depois ser distribuída à população.
Represa da Ponte Preta: Nela estão localizadas as usinas hidrelétricas de Ana Maria e Guari, que fornecem energia elétrica.
Economia
A principal atividade econômica da cidade é a pecuária. Na agricultura, a cidade produz milho, morango, goiaba, nectarina, mandioca, feijão, havendo cultivo permanente da laranja, café, pêssego e banana. Na indústria, Santos Dumont possui a Companhia Brasileira de Carbureto de Cálcio – CBCC, que produz ferro, silício e silício metálico, exportando para vários países. A cidade ainda possui um Distrito Industrial, com uma área de 40 mil m², onde concentra-se algumas empresas.
Desenvolvimento industrial
Em 1888, antes mesmo de Palmyra ser reconhecida como município, foi instalada ali a primeira fábrica de laticínios da América do Sul. para fabricação de manteiga e de queijos tipo Petit Suisse e Holandês, chamado Reino por ser, em outros tempos, importado via Portugal. O proprietário era o médico Carlos Pereira de Sá Fortes, importador de gado Holandês na região. A sua fazenda da Mantiqueira, situada à margem da Estrada de Ferro Central do Brasil, tinha área 1.600 hectares e nela existiam 600 cabeças de gado. Ali funcionava uma moderna fábrica denominada Empresa Laticínios de Monte Bello, que produzia também leite condensado esterilizado. A maior parte da manteiga e do leite era exportada para o Rio de Janeiro. O Dr. Sá Fortes foi um dos primeiros industriais, no mundo, que exportou o leite em blocos congelados. A manteiga era acondicionada em latas feitas na própria fábrica e era extremamente apreciada no Rio de Janeiro.
Os primeiros queijeiros holandeses que trabalharam na Companhia de Laticínios da Mantiqueira, erguida às margens do Rio Pinho, foram Frederich Kingma, J. Etienne, Gaspar Jong, além de Alberto Boecke, técnico holandês trazido pelo Dr. Sá Fortes para a montagem dos equipamentos. Alguns deles desenvolveram na região a indústria de laticínios e as marcas Palmyra, Borboleta e Avenida tornaram-se nacionalmente conhecidas, conquistando o mercado às manteigas francesas, até então importadas. Em 1913, a incorporação com a Companhia Brasileira de Laticínios, criada em 1907, tornou-a a maior produtora e exportadora de leite, manteiga e queijos do mercado nacional.
Educação
Santos Dumont abriga unidade do do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, o Campus Santos Dumont
Turismo
A cidade possui um turismo bastante rico. Pela região passa o Caminho Novo da Estrada Real, um convite à pratica do turismo ecológico. São 10 quilômetros de estrada até a divisa com o município de Antônio Carlos. Durante o percurso pode-se observar bela paisagem natural, antigas fazendas e dois chafarizes da época de sua construção, além de algumas inscrições em pedras. Estes chafarizes serviam para a parada de tropeiros que vinham do interior de Minas Gerais levando ouro para o Rio de Janeiro na época do Brasil Colônia.
Além disso, na cidade destacam-se o Museu de Cabangu, casa natal de Alberto Santos Dumont, no distrito de Mantiqueira, a 16 km do centro da cidade.
- Represa da Ponte Preta - no bairro de Ponte Preta, é o atrativo turístico  que mais recebe visitantes, sobretudo nos dias quentes de verão, aonde as pessoas vão para nadar, andar de barco, pescar, acampar, e passar o dia livre para lazer. De setembro a janeiro, a represa se encontra vazia, porém ainda são possíveis atividades de lazer no local, como campings e eventos como “Off Road”.
- Praça da Estação, Zezé Leoni e Trem de Prata - Zezé Leone e trem de prata bem tombado e de importante valor histórico. Fabricada pela americana ALCO e doada pelo Rei Alberto I da Bélgica por ocasião do centenário de nossa independência a então Central do Brasil. Possui 4 rodas guias, 6 rodas motrizes e 2 rodas portantes. Peso: 95.255 kg, Peso do tender: 48.308 kg, Superaquecedor pressão: 175 libras/pol e bitola:1,60. Já os Vagões do Restaurante do antigo Trem de Prata circularam por muitos anos entre às capitais, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.
Na Praça da Estação há um Memorial Ferroviário,  composto por objetos, ferramentas, peças de locomotivas, maquinário da época de 1920/1930. Aberto ao público para pesquisas e estudos, assim alimentando a cultura ferroviária regional.
- Represa da Ponte Preta - Formada pelas águas do rio Pinho, a represa tem 18 km de extensão e chega até a 20 m de profundidade, e 300 m de largura em alguns trechos. Dos dois lados há estradas de terra que levam a outros distritos como Conceição do Formoso, São João da Serra e ao município de Aracitaba. No atrativo também são realizados festivais de pipa na época da vazante do rio.
- Pedra do Navio - Formação rochosa cuja silhueta lembra a aparência de um navio. Localizada às margens do Caminho Novo da Estrada Real ganhou este nome dos viajantes que passavam pelo trecho em tempos remotos. O local é frequentado por caminhantes da Estrada Real, ciclistas, grupos de escoteiros e estudantes da região.
- Seminário Seráfico Santo Antônio - O seminário Seráfico Santo Antônio está localizado numa região privilegiada ao pé da Serra da Mantiqueira, na cidade de Santos Dumont. Foi fundado pelos freis franciscanos da Ordem dos Frades Menores – OFM, seguidores dos ensinamentos e da doutrina de São Francisco de Assis. A inauguração do colégio foi no dia 18 de fevereiro de 1941 e funcionou, inicialmente, no Educandário Santa Terezinha e a primeira turma contava com 11 seminaristas. Em 16 de abril de 1943, com a inauguração das duas primeiras alas o colégio foi transferido para o local onde funciona até hoje.
- Fazenda da Mantiqueira - Fazenda setecentista que pertenceu ao inconfidente José Ayres Gomes, citada inclusive nos Autos da Devassa, por ocasião da Inconfidência Mineira.
- Monumento Alberto Santos Dumont - Localizada bem no centro da cidade, próximo à prefeitura local e tem uma pracinha muito bonita e bem cuidada, que é ponto de passagem obrigatório da população local. Na pracinha uma atração que vale boas fotos, uma estatua de Santos Dumont, em tamanho natural, assentado em um dos bancos, Em frente à pracinha outra curiosidade, uma réplica da famosa Torre Eiffel de Paris, e de um dos dirigíveis projetados pelo ilustre filho da localidade.
- Represa de Chapéu D’uvas - A Represa de Chapéu D'Uvas é formada pelas águas do Rio Paraibuna e ocupa o território dos municípios de Santos Dumont e Ewbanck da Câmara. Atualmente suas águas abastecem o município de Juiz de Fora. Além disso, para os amantes da pescaria, durante todo o ano é possível realizar a pesca do Tucunaré.
- Cachoeira da Neném - Queda d'água com cerca de 5 m de altura e área para nado com no máximo 5 m de profundidade no ponto mais próximo da queda. Águas límpidas, com nascente próxima ao local. Por estar em propriedade particular, o acesso se dá por trilha ao lado da casa da proprietária. Local mais visitado por praticantes de trilha de MotoCross.
- Igreja Nossa Senhora das Dores - Igreja Nossa Senhora das Dores: A Matriz em ruínas está cercada pelas águas da Represa de Chapéu D’Uvas, formada pelas águas do Rio Paraibuna, e o acesso ao local só é possível por conta do forte período de estiagem, aonde multidões de fiéis vão para contemplar a igreja e sua fé. Recebe cerca de mil pessoas para a celebração.
- Museu Casa de Cabangu - É o principal atrativo turístico de nossa cidade. Além do seu grande valor histórico, o local conta de muita beleza natural para um passeio contemplativo com fauna silvestre presente.  
Apresenta vasta coleção de bens pertencentes à família de Santos Dumont, assim como objetos e documentos relacionados à história da aviação. Fazem parte do acervo também, a réplica em tamanho original do modelo Demoiselle, projetado por Santos Dumont e confeccionado segundo orientações retiradas de suas anotações, feito por artesão local. Guarda a história da rápida estadia de sua família na região na ocasião da construção da Estrada de Ferro D. Pedro II. O parque do museu preserva alguns exemplares de mata nativa, bem como fauna de mata Atlântica. Local de ensaios fotográficos, observação da natureza e estudos históricos.
Várias solenidades municipais ocorrem no local, como a entrega da medalha Santos Dumont realizada pelo governador de Minas Gerais. A medalha foi criada em 1956 para comemorar os 50 anos do primeiro vôo do brasileiro Alberto Santos Dumont em uma aeronave mais pesada que o ar, o 14-Bis, em outubro de 1906, em Paris (França). É concedida em quatro graus: Grande Colar, Ouro, Prata e Bronze.
Referências para o texto: Wikipédia ; Prefeitura Municipal .