terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

ITABAIANINHA - SERGIPE

Itabaianinha é um município brasileiro do estado de Sergipe. Localizado na região Sudoeste de Sergipe. Sua população, de acordo com o censo de 2022 do IBGE, era de 40.678 habitantes.
É reconhecida nacional e internacionalmente por contar com moradores anões, e por isso ser considerado a cidade na qual existe maior concentração de pessoas que medem menos de 1,40 metros.
História
Segundo conta a sabedoria popular, por volta do século XVIII, imigrantes vindos de Itabaiana Grande, atual Itabaiana, faziam seu pouso nesta localidade, construindo pequenos casebres no alto da montanha. Seguiam seu rumo abandonando aí o marco inicial de uma povoação. Outros iam chegando pouco a pouco e construindo seus lares em torno desse marco. Pelo aspecto topográfico muito parecido com o da povoação de onde os referidos viajantes eram originários e ainda pela semelhança do solo consistente e de pedras miúdas, passaram a chamar a localidade de Itabaianinha.
Aí, então, ergueram uma capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição, lugar onde atualmente é a Matriz da padroeira da cidade. Assim foi criada a ‘Princesa das Montanhas’, como foi chamada por João Pereira Barreto, dada a majestade do local, com situação privilegiada de domínio do planalto. Em 1832, tornou-se vila, com sede na povoação de Nova Tomar do Geru.
Os nascidos em Itabaianinha são denominados itabaianinhense.
Origem de Itabaianinha
Apelidada de Princesa das Montanhas, pelo poeta sergipano João Pereira Barreto, devido a sua localização privilegiada, nossa cidade nasceu assim, acanhadinha, ao redor dum pé de tamarindo, conforme nos revela a tradição oral dos mais antigos moradores deste lugarejo. De acordo com esses informantes, tudo começou com a chegada dos primeiros tropeiros e retirantes, que se arranchavam à sombra dessa árvore frondosa (derrubada pelo machado do progresso) e ali conferenciavam futurosos, já que o lugar oferecia boas condições para pouso e terras de primeira para criação de gado.
Logo, esses nômades aventureiros ergueram uma vintena de casas de sopapo em diferentes pontos da nascente vila. Construíram uma capela, para abrigar os capuchinhos nas quadras de Santa Missão, quando esses andarilhos apareciam por aqui, falando no fogo do inferno e nas aflições do purgatório. Os matutos se benziam e procuram fugir do paganismo e da fornicação através da pia batismal e dos arranjos de casamento.
Há, também, outra versão acerca do surgimento de nossa urbe. Ei-la: tropeiros vindos de Itabaiana Grande tomavam pouso num oiteiro situado nas cercanias da nascente povoação (Oiteiro do Urubu) e ali dançavam e contavam a noite toda, graças aos requebros de uma baiana faceirosa que os acompanhava e que era uma carrapeta na dança do coco. Assim, açulados pelas negaças da dançadeira e avinhados de pindaíba, a tropeirada batia palmas e bradava: “Êta baianinha gostosa!” “Êta baianinha boa!” E dessa forma, por aglutinação, surgiu o nome da Itabaianinha.
Em 06 de fevereiro de 1835, quando foi desmembrado da freguesia de Nossa Senhora do Tomar do Geru, o supracitado povoado ganhou a denominação de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Itabaianinha. Mais tarde, a 19 de setembro de 1891, através da lei n°3, nosso vilarejo passou à categoria de cidade, mas só foi declarada de maior, em 19 de outubro de 1915, pela lei n°680.
Situa-se na região centro-sul do Estado, a 118 quilômetros de Aracaju. Possui uma área de 493,472 km² e sua altitude é de 225 metros acima do nível do mar. Fica entre as serras do Babu, na divisa com Riachão do Dantas; Serra dos Cavalos, Ilha e Catamba, nos limites com Tobias Barreto; Pedra Branca, Brejo, Bica, Quissamã e Alto do Urubu, a leste do município. Suas coordenadas geográficas são 11° 16 2’’ de latitude sul, e 37° 48 57’’ de longitude WGR. Possui um clima de transição semiárida, com uma temperatura média das máximas de 36 graus centígrados, e a mínima de 15. O solo é rico em argilas vermelhas e cinzentas, muito usadas na indústria cerâmica. Ao Norte, é banhada pelo rio Arauá; e ao Sul, pelo Itamirim. Faz divisa com os municípios de Tomar do Geru, Umbaúba, Arauá, Pedrinhas, Riachão do Dantas e Tobias Barreto.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Itabaianinha, pela Lei Provincial de 06 de fevereiro de 1835.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Itabaianinha, pela Lei Resolução do Conselho do Governo de 08 de maio de 1832.
Pela Lei Provincial de 19 de fevereiro de 1835, transferiu para a povoação de Itabaianinha a sede do extinto município de Tomar de Geru.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Itabaianinha, pela Lei Estadual nº 3, de 1,909, de 1891.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município Itabaianinha aparece constituído de 2 distritos: Itabaianinha e Geru.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950.
Pela Lei Estadual nº 525-A, de 25 de novembro de 1953, foi desmembrado do município de Itabaianinha o distrito de Geru. Elevado à categoria de município com a denominação de Tomar do Geru.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Economia
Esta cidade destaca-se na economia do estado, em virtude do grande número de indústrias têxteis, de médio porte. Há um grande número de cerâmicas de médio e grande porte (destaque para a produção de telhas e blocos), oferecendo diversos empregos diretos ou indireto. O solo do seu município é riquíssimo em argila e há destaque também na plantação de laranjas e criação de carneiro
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1963 a 1970, 1977 a 1980, 1986 a 1989 e a partir de 1992, a temperatura mínima absoluta registrada em Itabaianinha foi de 13,2 °C em 24 de agosto de 1963 e a máxima absoluta de 38,9 °C em 20 de março de 2019. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 118,9 mm em 15 de março de 1969. Outros acumulados iguais ou superiores aos 100 mm foram: 118,7 mm em 3 de maio de 1997, 109,4 mm em 23 de maio de 2015, 106,4 mm em 9 de abril de 2014 e 102,6 mm em 21 de março de 1988. Maio de 1989, com 501 mm, foi o mês de maior precipitação, sucedido por maio de 2009 (478 mm).
Referências para o texto: Wikipédia ; Prefeitura Municipal ; Câmara Municipal .