sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ - BAHIA

São Sebastião do Passé é um município brasileiro da Região Metropolitana de Salvador, Bahia. Sua população estimada em 2024 pelo IBGE era de 42.936 habitantes, numa área de 538,32 km² e uma altitude de 37 metros.
História
A criação da Freguesia de São Sebastião das Cabeceiras do Passé se deu por Alvará Régio, assinado por Dom Sebastião Monteiro de Vide em 11 de abril de 1718. A população inicial era de 2.600 pessoas, e compreendia 8 engenhos e 4 capelas (sendo uma principal e mais 3 filiais), tendo o açúcar e o cultivo da mandioca como principais atividades econômicas.
A Lei de 26 de junho de 1880 dividiu a Freguesia de São Sebastião das Cabeceiras do Passé em dois distritos, a qual pertencia ao município da Villa de São Francisco do conde: o primeiro partindo do Engenho Natiba, à margem direita do Rio Jacuípe e dividindo-se com as freguesias do Monte, Passé e Mata de São João. O segundo partindo da fazenda Muruema, pela margem esquerda do mesmo rio, dividindo-se pelo lado oposto, com as freguesias de Santo Antonio do rio Fundo e Santana do Coité,
A capela de sede da freguesia teria sido erguida por uma família abastada, em homenagem ao São Sebastião, já o nome Passé, apresenta diferentes versões, sendo a mais aceita, a que conta que a palavra diz respeito à sede da freguesia original, a de Nossa Senhora da Encarnação de Passé, localizado no distrito de Passé, em Candeias, de onde se desmembrou a de São Sebastião das Cabeceiras do Passé.
Até 1926, São Sebastião do Passé era considerado distrito do município de São Francisco do Conde. A sua independência ocorreu decorrente da amizade que havia entre o coronel Luís Ventura Esteves, um importante político local, e o governador da época, Francisco Marques de Góis Calmon, através da Lei Estadual nº. 1.870, de 19 de julho de 1926, sendo São Sebastião do Passé oficializado como cidade em 12 de outubro deste mesmo ano.
Há dúvidas quanto à origem do nome da cidade, alguns estudiosos afirmam que a expressão "São Sebastião" foi devido à exigência de uma capela, erguida por uma família feita em homenagem ao Santo. A opinião mais aceita é que a palavra Passé deriva da existência de indígenas remanescente da tribo (Aruaque dos Passes), originários da região situada entre os rios amazonenses Negro e Icã, espalhados por alguns pontos do Brasil.
A tradição oral refere-se a certo riacho "Passé" sem registro, contudo, nas fontes escritas de pesquisas.
Sabe-se que a Igreja Católica teve uma participação decisiva na formação das maiorias das cidades brasileiras. As primeiras notícias oficiais de São Sebastião do Passé também derivam da fé cristã através de Alvará Régio, datado de 11 de abril de 1718, e assim foi criada a freguesia de São Sebastião do Passé. Nesta época registrava-se uma população de 2.600 habitantes, contando ainda oito engenhos, quatro capelas (uma principal e três filiais).
Até 1926, São Sebastião do Passé era considerado distrito do município São Francisco do Conde, a sua independência ocorreu decorrente da amizade que havia entre o coronel Luís Ventura Esteves, um importante político local, e o governador da época, Francisco Marques de Góis Calmon.
Distritos
A cidade contempla os seguintes Distritos: Nazaré de Jacuípe; Lamarão do Passé; Maracangalha; Banco de Areia; São Sebastião do Passé (Sede) e Laranjeiras.
Economia
Na produção agrícola destaca-se o cultivo de mandioca. Na pecuária, destacam-se os rebanhos de bovinos, equinos e muares. Seu parque hoteleiro registra 30 leitos.
São Sebastião do Passé é um município de grande relevância na região que se destaca pelo alto crescimento econômico e por apresentar novas oportunidades de negócios. Por outro lado, o baixo potencial de consumo é um fator de atenção. 
De janeiro a dezembro de 2024, foram registradas 1,9 mil admissões formais e 2 mil desligamentos, resultando em um saldo negativo de -123 novos trabalhadores.
Até janeiro de 2025 houve registro de 1 nova empresa em São Sebastião do Passé, sendo que a maioria delas atua com estabelecimento fixo. Neste último mês, uma nova empresa se instalou na cidade.
Turismo
Fé e belezas naturais são alguns dos atrativos do Assentamento 3 de Abril, em São Sebastião do Passé, no Recôncavo Baiano. A 14 quilômetros do centro do município, o assentamento também tem um potencial histórico desconhecido. No local, vivem hoje 92 famílias, mas a região já tinha moradores desde o Século XIX. Neto de escravos, o assentado Antônio Marcelino dos Santos, de 80 anos, conta que seus antepassados sentiram na pele o sofrimento da escravidão. "Eles comemoraram bastante a abolição da escravatura e me disseram que a vida na senzala era difícil", recorda.
A parte histórica tem ainda maior destaque por causa das ruínas de uma igreja construída há 200 anos. A trilha para chegar às ruínas, de aproximadamente 400 metros de distância, está praticamente fechada pelo mato. Em períodos de chuva intensa, o local fica inacessível. A antiga igreja tem cerca de 800 metros quadrados. "É um local de grande valor histórico", enfatiza o presidente da Associação Rainha dos Anjos (integrante do Assentamento 3 de abril), Martinho dos Reis Santos.
Gruta do Assentamento Nossa Senhora dos Anjos
Outro destaque local é a religiosidade. A padroeira do assentamento é Nossa Senhora Rainha dos Anjos que, segundo conta a lenda, já teria sido vista na gruta do 3 de abril. O lugar é visitado por cerca de mil fiéis por ano. Além disso, são rezadas missas nas proximidades da gruta, principalmente no verão, quando o acesso é mais fácil.
Depoimentos da comunidade local reforçam a crença. Para o assentado Antônio Marcelino, a água da gruta é milagrosa. "Meu irmão, José Marcelino, iria para o hospital, onde amputaria a perna. Depois que ele banhou a perna com a água da gruta, voltou a andar como antes. Nunca vou me esquecer disso", conta.
Segundo Marcelino, outro milagre também atribuído à santa aconteceu no assentamento há cerca de 50 anos. "Eu me lembro de uma moça que tinha paralisia. Após se banhar com a água da gruta, essa menina jogou a muleta no chão e começou a andar normalmente. Isso me marcou bastante", destaca.
Atualmente, há uma igreja com a imagem de Nossa Senhora Rainha dos Anjos, onde é rezada mensalmente uma missa que atrai moradores de municípios próximos ao assentamento. Os visitantes também podem encontrar no local uma área remanescente de Mata Atlântica com 492,5 hectares – o equivalente a 21% da área total do 3 de abril.
Maracangalha
Famosa e imortalizada pela canção de Dorival Caymmi ("Eu vou para maracangalha.., eu vou, Eu vou com chapéu de palha eu vou…), que apresentou esta pequena vila para o mundo através de sua canção.
Tem como atração a praça Dorival Caymmi, em formato de violão; a Capela de Nossa Senhora da Guia, inaugurada em 1963, reúne devotos em torno da imagem da protetora da vila, sendo que no mês de janeiro, recebe os fiéis em festejos para a santa com missa, procissão e lavagem das escadarias; e as ruinas da Usina Cinco Rios, fundada em 1912, que tornou-se uma das mais tradicionais do Recôncavo Baiano e já chegou a produzir 300 mil sacas de açúcar por ano e a absorver mão de obra de mais de 1000 trabalhadores, sendo responsável por 75 anos de movimentação na vila, hoje encanta visitantes com seu passado.
Como chegar à Vila: Maracangalha dista 57 km de Salvador. No cruzamento das rodovias BR-324/BR-110, entra-se na altura do km 51. Seguindo 3 km no sentido de São Sebastião do Passé/Candeias, onde 500 metros após a ponte sobre o Rio Joanes, há um desvio à direita (onde tem uma placa com uma seta "Maracangalha"). Segue-se por uma estrada de asfalto com extensão de 3 km e chega-se à vila.
Geografia
Em suas terras predominam os sedimentos arenosos e de folhetos e siltitos de diversas cores. Os arenitos são micáceos e argilosos nas cores cinza e branco, quando frescos, e marrom claro, nas intempéries.
Hidrografia
A cidade faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio Joanes, que é englobada nas Bacias Hidrográficas do Recôncavo Norte.
Clima
Tem um clima chuvoso, quente e úmido, compreendendo uma estação seca compensada por período de elevada pluviosidade.
A média de precipitação anual é de 1.650 mm.
Em São Sebastião do Passé, o verão é longo, quente e de céu quase encoberto; o inverno é curto, morno, com precipitação e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 20 °C a 33 °C e raramente é inferior a 18 °C ou superior a 36 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar São Sebastião do Passé e realizar atividades de clima quente é do fim de junho ao meio de outubro.
Acesso
Saindo de Salvador seguindo pela BR-324 até o cruzamento com a BR-110, e entra na altura do km 51 seguindo mais 3 km até a cidade. Saindo de Camaçari segue pela BA-512 até a cidade. Saindo de Candeias basta seguir pela BR-110 até a cidade de São Sebastião do Passé. Ainda saindo de Salvador, em Simões Filho sai da BR-324 e pega a BA-093 após a entrada da cidade de Camaçari, pega a BA-512.
O acesso ferroviário à cidade é feito através da Estrada de Ferro Centro-Oeste da Bahia, também chamada de Linha Tronco da Viação Férrea Federal Leste Brasileiro. Encontra-se concedida à Ferrovia Centro-Atlântica somente para o transporte de cargas.
Rodovias
A cidade éatendida pelas seguintes rodovias: BR-110; BR-324 e BA-512.
Ferrovias
A Linha Tronco da Viação Férrea Federal Leste Brasileiro atende à cidade.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .