São Fidélis é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro.
Localiza-se na Microrregião de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, tendo uma área de 1 028,095 km², dividida em cinco distritos.
São Fidélis, que retira o seu nome ao mártir Fidélis de Sigmaringa, também é conhecida como "Cidade Poema" devido às belezas naturais e ao seu grande número de poetas.
Conforme censo do IBGE, em 2022, a população de São Fidélis era de 38.961 habitantes.
História
Segundo a tradição, o território do Município de São Fidélis era habitado, primitivamente, pelos índios coroados e puris.
A primeira incursão de civilizados deu-se por volta de 1780, contando-se entre os pioneiros Ângelo Severo da Silva, Faustino Cabral, Pedro Dias, Luiz Coelho e um oficial sapateiro, cujo nome não chegou até nossos dias. Sua história está, no entanto, ligada a do Município; esse operário fixou-se nas fraldas de uma serra, que posteriormente tomou o nome de Serra do Sapateiro. Reza ainda a tradição que esse pioneiro e seus dois filhos foram mortos pelos índios coroados, sendo poupada apenas sua filha, levada para as tabas.
Por essa época havia na região somente moradias esparsas de colonos, que viviam sob constante ameaça dos aborígenes, notadamente dos índios coroados.
Fato curioso é que tenham sido esses mesmos selvagens que viessem solicitar a vinda da civilização para aquelas plagas. É Monsenhor Pizarro, em suas Memórias Históricas, quem relata: “Os índios coroados que habitavam os sertões de Campos dos Goytacazes, pelas margens do Paraíba, dando demonstrações de quererem aldeiar-se, vinham frequentemente, à Vila de São Salvador dos Campos (atual cidade de Campos dos Goytacazes), pedir um sacerdote pare seu diretor, até que o mestre-de-campo João José de Barcelos, prevendo o bom resultado que podia colher-se de um aldeiamento, comunicou ao vice-rei Marquês de Lavradio, as favoráveis pretensões que manifestavam os coroados.
O vice-rei não quis deixar de aproveitar-se deste ensejo para fundação de mais um povoado e para conduzir facilmente os indígenas à vida social e fazê-los perder toda a repugnância que porventura tivessem pelos costumes civis, tão contrários aos hábitos arraigados de uma vida nômade. Ordenou ao mestre-de-campo que enviasse alguns deles à cidade do Rio de Janeiro. Contentes com o agasalho que lhes deram, satisfeitos com os carinhos e desvelos que lhes foram prodigalizados, voltaram os índios, engrandecendo e exagerando as qualidades e maneiras do vice-rei e foram levar ao conhecimento de seus irmãos a sua admiração pelas habitações que viram, pelas comodidades sociais que presenciaram e gozaram, pela ordem que observaram em tão grande, vasta e populosa aldeia, como para eles seria a Capital do nosso Império.
Foi assim que, interessando-se pela vida local, o vice-rei tomou as primeiras providências para que ali se erguesse uma grande aldeia para os indígenas. Foram incumbidos dessa missão os frades capuchinhos Frei Vitório de Cambiasca e Frei Ângelo Maria de Luca que chegaram às terras do atual Município de Campos em 14 de setembro de 1781.
Partiram dali os frades capuchinhos à procura de local apropriado para o aldeiamento, tendo atingido, no dia 27, um sítio conhecido por Gamboa, onde encontraram boa acolhida por parte dos índios coroados. Exatamente nesse local, ergue-se hoje a cidade de São Fidélis, em região fronteira ao Rio Paraíba.
No dia seguinte à chegada dos frades, foi celebrada a primeira missa em oratório improvisado, depois transformado em capela, dedicada ao culto de São Fidélis de Sigmaringa. E, apenas oito anos passados, a povoação florescia, impondo-se a construção de um templo. A 8 de setembro de 1799, foi lançada a pedra fundamental da igreja, tendo sido inaugurada a 23 de abril de 1808. É essa igreja, a atual Matriz de São Fidélis.
Em 1812 a localidade recebeu o predicamento de curato e em 1838, já ali existindo um Juiz de Paz, participava da Junta de Paz dos Campos de Goytacazes, criada pela Deliberação de 13 de outubro.
Em virtude do grande desenvolvimento da agricultura, ao lado da exploração da madeira de lei, o povoado progrediu rapidamente, sendo elevado à categoria de freguesia em 1840.
Em 1847, a 12 de abril, recebeu a visita do Imperador D. Pedro II em casa do coronel João Manoel de Souza, mais tarde Barão de Vila Flor. É do historiador Inácio Raposo o relato que se segue: “Numa visita que dispensara o monarca às obras que se faziam no zimbório da majestosa igreja de São Fidélis, disse o futuro Barão de Vila-Flor ao ilustre soberano que admirava as belezas do Paraíba: que linda povoação é esta para uma vila! O Imperador sorriu discretamente e respondeu-lhe: Será! ”
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de São Fidélis de Sigmaringa, por Lei Provincial n° 177, de 02 de abril de 1840, no município de Campos atual Campos dos Goytacazes, bem assim os Decretos Estaduais nº 1, de 08 de maio de 1892 e nº 1-A, de 03 de junho de 1892.
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Fidélis de Sigmaringa, pela Lei Provincial n° 503 de 19 de abril de 1850, desmembrado de Campos. Constituído do distrito sede. Instalado em 05 de março de 1855.
Pelo decreto provincial nº 1.288, de 24 de dezembro de 1864 e Decretos Estaduais nº 1, de 08 de maio de 1892 e nº 1-A, de 03 de junho de 1892, é criado o distrito de Ponte Nova e anexado à Vila de São Fidélis de Sigmaringa..
Elevada à condição de cidade e sede com a denominação de São Fidélis, pelo Decreto-Lei nº 1.533, de 03 de dezembro de 1870.
Pelo Decreto n° 140, de 28 de outubro de 1890, elevou o povoado de São José de Leonissa a município, com a denominação de Itaocara, sendo o território desmembrado do de São Fidélis.
Pela Deliberação de 29 de outubro de 1890, foram criados os distritos de Cambuci, Dois Rios, Ipuca, Nova e Timbó.
Pelo Decreto Estadual nº 222, de 06 de maio de 1891, desmembra do município de São Fidélis o distrito de Cambuci. Elevado à categoria de vila.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município se compunha de 5 distritos: São Fidélis, Dois Rios, Ipuca, Ponte Nova e Timbó,
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937.
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 392-A, de 31 de dezembro de 1938, o distrito de Dois Rios passou a denominar-se Colônia.
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 641, de 15 de novembro de 1938, o distrito de Timbó passou a denominar-se Pureza.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município de São Fidélis é constituído de 5 distritos: São Fidélis, Colônia ex-Dois Rios, Ipuca, Ponte Nova e Pureza, ex-Timbó.
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1.056, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Ponte Nova passou a denominar-se Cambiasca.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município de São Fidélis figura com 5 distritos: São Fidélis, Cambiasca ex-Ponte Nova , Colônia, Ipuca e Pureza.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica municipal
São Fidélis de Sigmaringa para simplesmente São Fidélis, alterado pelo decreto-lei estadual nº 1.533, de 03 de dezembro de 1870.
Geografia
Hidrografia
É banhado pelo Rio Paraíba do Sul e por dois importantes afluentes: Rio Dois Rios e Rio do Colégio. Seu acesso principal se dá pela rodovia RJ-158, que liga a cidade a Campos dos Goytacazes.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1973 a 2003, a menor temperatura registrada em São Fidélis foi de 5,6 °C em 29 de junho de 1974, e a maior atingiu 42,5 °C em 8 de janeiro de 1995.
Nos períodos de 1973 a 1979 e 2002 a 2003, o maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 90,5 mm, em 14 de agosto de 1976. Janeiro de 1979, com 336,6 mm, foi o mês de maior precipitação.
Subdivisões
A cidade está dividida em cinco distritos: São Fidélis (sede); Ipuca; Pureza; Colônia e Cambiasca.
Transporte
O município também é cortado por uma ferrovia, a Linha Campos a Miracema da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, que liga a cidade aos municípios de Campos dos Goytacazes e Santo Antônio de Pádua. Desde 1996, a linha está concedida à Ferrovia Centro Atlântica (FCA) para o transporte de cargas.
Economia
Sua economia é baseada no cultivo da cana-de-açúcar e na agropecuária (gado de corte e pecuária leiteira).
Na agricultura, São Fidélis se caracteriza pela policultura, sendo suas principais culturas a de cana-de-açúcar, arroz, milho, tomate, banana, algodão e goiaba.
Apresenta, ainda, potencial para fruticultura, olericultura, floricultura e silvicultura. Sua economia possui representação também em outros setores, como indústria, comércio, cooperativas e pesca.
São Fidélis é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano. O desempenho econômico e o baixo potencial de consumo são os pontos de atenção.
Em janeiro de 2025, foram registradas 83 admissões formais e 128 desligamentos, resultando em um saldo negativo de -45 novos trabalhadores.
Até fevereiro de 2025 houve registro de 14 novas empresas em São Fidélis, sendo que 3 atuam pela internet. Neste último mês, 5 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet.
Turismo
Santuário de São Fidélis
Templo histórico ao redor do qual cresceu a Cidade Poema, começou a ser construído pelos indígenas e negros escravizados em 1799 e foi inaugurado em 23 de abril de 1809, seguindo o projeto dos frades fundadores, os italianos Frei Ângelo de Lucca e Frei Vitório de Cambiasca. A majestosa igreja mescla elementos barrocos, neoclássicos e românticos, abrigando imagens católicas dos séculos XVIII e XIX, bem como pinturas do espanhol Úbeda Marín e dos brasileiros Romanelli e Fuad Mattar, nascido em São Fidélis. Destaquem-se ainda as suas catacumbas, origem de lendas e histórias do folclore fidelense. Tombada em 2002 pelo INEPAC, o templo foi elevado à categoria de Santuário no dia 24 de abril de 2022, respondendo a antigo desejo dos conterrâneos.
Ponte Metálica Pastor Walter Velasco
Belo exemplar artístico e arquitetônico sobre o Rio Paraíba do Sul, ligando São Fidélis a seu 2º distrito, a Ipuca. De origem inglesa, sua construção data de 1889. Originalmente era usada para o transporte ferroviário, auxiliando no escoamento da produção agrícola de São Fidélis e de toda a região. Feitas as alterações e acompanhando os novos tempos, foi adaptada posteriormente para a malha rodoviária, ganhando a alcunha de “ponte de um carro só”, já que permitia o trânsito em sentido único a cada vez. Com a inauguração de uma nova ponte para os automóveis, a Ponte Metálica, tombada pelo INEPAC em 2002, hoje é exclusiva para pedestres e ciclistas, tornando-se local para a prática de esportes ao ar livre, o encontro de amigos e a contemplação dos lindos nascer e pôr do sol fidelenses.
Praça Guilherme Tito de Azevedo
Principal praça do município, abrigando o Jardim Getúlio Vargas, de contornos primorosos. Árvores com sombras acolhedoras ao longo do dia, vida noturna dinâmica e segura, espaços para o encontro de familiares e amigos, locais de diversão para as crianças. Tudo isso pode ser encontrado na Praça, que ainda conta com a Feira de Artesanato, local onde se veem as artes de nossa terra, e preparada rede de serviços ao seu redor. Em torno estão ainda alguns importantes patrimônios históricos e culturais: o Santuário de São Fidélis, de 1809, e o Solar do Barão de Vila Flor, de 1847.
Rio Paraíba do Sul
Um dos mais importantes rios do Brasil em termos econômicos passa por São Fidélis criando paisagens belas e inspiradoras. Com largura média de 450m, por ele chegaram os frades fundadores, os italianos Frei Ângelo de Lucca e Frei Vitório de Cambiasca. Tendo uma profundidade média entre 1m e 5m, é abundante em peixes, que são pescados seguindo diversas técnicas, principalmente a rede, a gaiola e a tarrafa. Dele também vinha a principal atração da saudosa Festa da Lagosta, evento de reconhecimento internacional. O Rio Paraíba do Sul é de importância vital para o abastecimento de água à cidade, assim como para a manutenção da agricultura e da pesca como atividades econômicas especiais do município, e por isso merece e precisa ser bem cuidado por todos.
Parque Estadual do Desengano
Criado pelo Decreto-Lei de 13 de abril de 1970, é a mais antiga Unidade de Conservação do estado do Rio de Janeiro e um dos últimos remanescentes de grande expressividade da Mata Atlântica no Norte Fluminense. Sua localização abrange, além de São Fidélis, os munícipios de Campos dos Goytacazes e Santa Maria Madalena. Em sua fauna e flora foram catalogadas centenas de espécies raras, em extinção e até mesmo endêmicas, isto é, que existem apenas nesta região. Com trilhas, rios, cachoeiras e rede de serviços turísticos conscientes do papel de preservação ambiental, o Parque é ideal para passeios de todos os estilos, da prática do turismo de aventura à observação de pássaros ou do céu noturno: em 2021, a unidade se tornou o primeiro lugar da América Latina a receber o título de Dark Sky Park, concedido para locais de qualidade excepcional para a observação de noites estreladas e um ambiente noturno protegido que valoriza seu patrimônio científico, natural, educacional, cultural e social.
Solar do Barão de Vila Flor
Construído em 1847 por ordem de João Manoel de Souza, o Barão de Vila Flor, para hospedar o Imperador D. Pedro II e integrantes de sua família na primeira de cinco visitas que seriam feitas a São Fidélis. Posteriormente se tornou a residência oficial da família do Barão, que anteriormente morava na Fazenda São Benedito. Após quase um século, o imóvel foi doado ao município por Maria Elysia de Araújo Luna, trineta do Barão, para abrigar uma biblioteca e um museu públicos, instituições que até hoje funcionam no antigo casarão e que atuam na preservação, estímulo e divulgação da memória e da cultura fidelenses, com riquíssimo acervo disponibilizado. Tombado em 2002 pelo INEPAC, no Solar também opera a sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Ponte Ferroviária
Conhecida como “Ponte Preta”, está sobre o Rio Paraíba do Sul ostentando um dos mais belos cartões postais da Cidade Poema. Construída pela Estrada de Ferro Leopoldina Railway em fins do século XIX, era ardentemente desejada por todos que usavam os trens da companhia, mas que precisavam atravessar o rio de barco depois de saírem dos vagões por causa da inexistência de uma via. Sua construção também oportunizou o escoamento da produção agrícola de toda a região. Com a desativação dos trilhos, a Ponte Ferroviária permaneceu como destino turístico para a produção de belas fotografias, seja da ponte, seja da natureza que dali se contempla.
Poço Parado
Localidade serrana de muita sombra, cachoeiras encantadoras, águas cristalinas e exuberantes fauna e flora da Mata Atlântica em terras fidelenses, Poço Parado é o destino ideal para quem quer curtir a natureza com familiares e amigos. Encontra-se no Parque Estadual do Desengano, com vegetação de médio e grande porte e formações geológicas surpreendentes.
Rio do Colégio
Ao longo de 35km exclusivamente fidelenses, o Rio do Colégio apresenta cachoeiras, praias e piscinas naturais que encantam a todos. Munícipes e turistas aqui se encontram para aproveitar as belezas da natureza em pontos de lazer e também para se saciar na apreciação da culinária local. Com acessos pela RJ 158 ou pela estrada que atravessa a comunidade de Vargem Grande, o Rio do Colégio é atração turística propícia em qualquer época do ano, com os cuidados e atenção devidos, para banhos, passeios ciclísticos, contemplação da natureza entre outras formas de aproveitar o patrimônio ambiental.
Morro do Cruzeiro
A poucos quilômetros do centro da cidade, no Barreiro, o Morro do Cruzeiro oferece uma das mais belas vistas panorâmicas de São Fidélis. De fácil acesso, podendo ser alcançado de carro, motocicleta ou mesmo a pé num caminho de média intensidade, o local é propício a práticas de esporte ao ar livre, passeios com familiares e amigos e contemplação da encantadora paisagem.
Cachoeira do Oriente
Com área total de aproximadamente 70 m2 e altura de 10 m, destacam-se no atrativo três saltos, intercalados por pequenos patamares em rochas.
Seu entorno é formado de encostas rochosas, com vegetação de alto e médio porte, além de típica vegetação cactácea e grande concentração de bromélias.
Com águas claras, transparentes e mornas, apresenta ótimas possibilidades para banhos em seus escorregas, duchas e piscinas naturais.
São várias piscinas, com a maior delas situada entre 2 saltos da cachoeira, cuja profundidade atinge, em alguns trechos, mais de 3 metros.
À margem esquerda, junto a esta piscina, se destaca uma rocha com suave inclinação, que é usada como um "escorrega" natural.
O salto do meio forma a maior queda do atrativo, com altura aproximada de 4 metros.
Registra-se na área a presença de uma praia, acima da formação da cachoeira, que também se identifica como excelente local para banhos.
Cachoeira do Recreio
Com altura aproximada de 70 metros e largura de 10 metros, forma-se junto ao topo de um moro da Serra do Recreio.
Com dois saltos principais, um deles com mais de 60 metros, possui águas límpidas, claras e frias.
Logo após os saltos, há várias piscinas naturais propícias a banhos, situadas entre densa vegetação e que estendem por uma extensão de 200 metros.
Seu entorno é composto pelo recorte da Serra do Recreio, com vegetação de alto e médio porte próximo ao seu cume, e rasteira junto às bases dos morros.
Percorrendo mais 1,2 km pela estrada que liga os municípios de São Fidélis a Santa Maria Madalena, em leito natural, chega-se ao topo do morro, nascente da cachoeira.
Do local, descortina-se bela paisagem que abrange todo o vale, onde correm o Córrego do Recreio e o Rio do Colégio, além de se avistar o belo recorte da Serra de Itacolomi.
Cachoeira Pedra D'água
Grande lajeado, em declive, com aproximadamente 15 metros de largura e 40 metros de extensão.
Encontra-se com trechos represados por pequenas muretas de pedra, que formam três piscinas, além de pequenas barragens.
Suas águas são muito claras, transparentes e mornas.
Próximo ao atrativo destaca-se, entre vegetação existente um frondoso ficus que sombreia parte da área do atrativo.
Cultura
Folias de Reis
Forte manifestação da cultura fidelense, bem como de outras cidades da região, criada no encontro de elementos religiosos e seculares de origens diversas. Espécie de representação popular que remete à jornada dos Reis Magos até o local do nascimento de Cristo, fazendo referência também à perseguição do rei Herodes e posterior massacre de inocentes bebês. As Folias de Reis reúnem elementos de grande simbologia, tradição e alegria. Nas ruas de São Fidélis e arredores, nos meses de dezembro a fevereiro especialmente, é possível ouvir seus cânticos e ver as apresentações sempre únicas.
Feira de Artesanato
Semanalmente os fidelenses e visitantes da Cidade Poema podem ter contato, num único lugar, com o que alguns de seus talentosos artistas estão produzindo. A Feira de Artesanato acontece no Jardim Getúlio Vargas, na Praça Guilherme Tito de Azevedo, aos finais de semana e reúne artesãos dos mais diversos ofícios, bem como iguarias muito saborosas e que representam o que há de melhor na culinária fidelense. A variedade de obras e encantos motiva a visita frequente à Feira, trazendo sempre novidades.
Festa do Padroeiro
Realizadas desde 1782, as festividades que celebram o santo católico São Fidélis de Sigmaringa, padroeiro da Cidade Poema, são os eventos mais antigos de nosso calendário e permanecem reunindo fidelenses e turistas em cada abril. Promovidos primeiramente pelos frades fundadores, os italianos Frei Ângelo de Lucca e Frei Vitório de Cambiasca, os festejos receberam desde sempre o apoio e a participação dos fazendeiros locais e demais poderosos da terra, o que contribuiu para a característica de uma programação simultaneamente religiosa e secular. Atualmente, a Festa do Padroeiro acontece, de maneira geral, de 15 a 24 de abril, com novenas, missas, procissões, projetos educacionais, eventos culturais, atrações artísticas, espetáculos musicais de renome nacional, atrativos culinários e muitas outras opções.
Festivais de Poesia
Sendo conhecida, desde os anos 1940, como a Cidade Poema, São Fidélis celebra anualmente a arte da palavra por meio de seu Festival de Poesia, reunindo no município poetas de outros lugares e destacando também seus talentos locais. Geralmente acontecendo nas primaveras de cada ano, o concurso é conhecido em todo o Brasil pela qualidade dos trabalhos inscritos, bem como pela digna validação que os Festivais conferem aos trabalhos de escrita e declamação. Com as primeiras edições remontando aos anos 1960, atualmente os festivais já apresentaram variedades especiais, como as dedicadas exclusivamente aos poetas de São Fidélis, aos estudantes e aos artistas com mais de 60 anos de idade.
Feiras Culturais
Para acompanhar especialmente os Festivais de Poesia de cada primavera, a cidade recebe uma série de eventos culturais, artísticos e educacionais, numa maratona deliciosa de participar. Realizadas em praça pública, as atrações dialogam com os públicos de todas as idades que circulam pelo seu espaço, em ações que, por meio de linguagens diversas, dão novo ritmo ao centro de São Fidélis. Tendo a culminância no Festival de Poesia, as atrações se direcionam de maneira particular ao incentivo da leitura, contando com uma feira de livros atenta a todos os gostos dos leitores fidelenses.
Exposição Agropecuária
Anualmente se celebram em São Fidélis aspectos da vida no campo e atividades econômicas que fazem girar a roda da economia fidelense. Atrações musicais, exibições artísticas e culturais, concursos, festas do laço e rodeios animaram em sucessivas edições da Exposição Agropecuária os munícipes e visitantes, em comemorações àqueles que da terra tiram o sustento e colocam no prato de milhares de pessoas as refeições de cada dia. Aproveitando o frio costumeiro do inverno fidelense, este é um evento cativante para todos os públicos.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Site da Prefeitura Municipal .
Localiza-se na Microrregião de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, tendo uma área de 1 028,095 km², dividida em cinco distritos.
São Fidélis, que retira o seu nome ao mártir Fidélis de Sigmaringa, também é conhecida como "Cidade Poema" devido às belezas naturais e ao seu grande número de poetas.
Conforme censo do IBGE, em 2022, a população de São Fidélis era de 38.961 habitantes.
História
Segundo a tradição, o território do Município de São Fidélis era habitado, primitivamente, pelos índios coroados e puris.
A primeira incursão de civilizados deu-se por volta de 1780, contando-se entre os pioneiros Ângelo Severo da Silva, Faustino Cabral, Pedro Dias, Luiz Coelho e um oficial sapateiro, cujo nome não chegou até nossos dias. Sua história está, no entanto, ligada a do Município; esse operário fixou-se nas fraldas de uma serra, que posteriormente tomou o nome de Serra do Sapateiro. Reza ainda a tradição que esse pioneiro e seus dois filhos foram mortos pelos índios coroados, sendo poupada apenas sua filha, levada para as tabas.
Por essa época havia na região somente moradias esparsas de colonos, que viviam sob constante ameaça dos aborígenes, notadamente dos índios coroados.
Fato curioso é que tenham sido esses mesmos selvagens que viessem solicitar a vinda da civilização para aquelas plagas. É Monsenhor Pizarro, em suas Memórias Históricas, quem relata: “Os índios coroados que habitavam os sertões de Campos dos Goytacazes, pelas margens do Paraíba, dando demonstrações de quererem aldeiar-se, vinham frequentemente, à Vila de São Salvador dos Campos (atual cidade de Campos dos Goytacazes), pedir um sacerdote pare seu diretor, até que o mestre-de-campo João José de Barcelos, prevendo o bom resultado que podia colher-se de um aldeiamento, comunicou ao vice-rei Marquês de Lavradio, as favoráveis pretensões que manifestavam os coroados.
O vice-rei não quis deixar de aproveitar-se deste ensejo para fundação de mais um povoado e para conduzir facilmente os indígenas à vida social e fazê-los perder toda a repugnância que porventura tivessem pelos costumes civis, tão contrários aos hábitos arraigados de uma vida nômade. Ordenou ao mestre-de-campo que enviasse alguns deles à cidade do Rio de Janeiro. Contentes com o agasalho que lhes deram, satisfeitos com os carinhos e desvelos que lhes foram prodigalizados, voltaram os índios, engrandecendo e exagerando as qualidades e maneiras do vice-rei e foram levar ao conhecimento de seus irmãos a sua admiração pelas habitações que viram, pelas comodidades sociais que presenciaram e gozaram, pela ordem que observaram em tão grande, vasta e populosa aldeia, como para eles seria a Capital do nosso Império.
Foi assim que, interessando-se pela vida local, o vice-rei tomou as primeiras providências para que ali se erguesse uma grande aldeia para os indígenas. Foram incumbidos dessa missão os frades capuchinhos Frei Vitório de Cambiasca e Frei Ângelo Maria de Luca que chegaram às terras do atual Município de Campos em 14 de setembro de 1781.
Partiram dali os frades capuchinhos à procura de local apropriado para o aldeiamento, tendo atingido, no dia 27, um sítio conhecido por Gamboa, onde encontraram boa acolhida por parte dos índios coroados. Exatamente nesse local, ergue-se hoje a cidade de São Fidélis, em região fronteira ao Rio Paraíba.
No dia seguinte à chegada dos frades, foi celebrada a primeira missa em oratório improvisado, depois transformado em capela, dedicada ao culto de São Fidélis de Sigmaringa. E, apenas oito anos passados, a povoação florescia, impondo-se a construção de um templo. A 8 de setembro de 1799, foi lançada a pedra fundamental da igreja, tendo sido inaugurada a 23 de abril de 1808. É essa igreja, a atual Matriz de São Fidélis.
Em 1812 a localidade recebeu o predicamento de curato e em 1838, já ali existindo um Juiz de Paz, participava da Junta de Paz dos Campos de Goytacazes, criada pela Deliberação de 13 de outubro.
Em virtude do grande desenvolvimento da agricultura, ao lado da exploração da madeira de lei, o povoado progrediu rapidamente, sendo elevado à categoria de freguesia em 1840.
Em 1847, a 12 de abril, recebeu a visita do Imperador D. Pedro II em casa do coronel João Manoel de Souza, mais tarde Barão de Vila Flor. É do historiador Inácio Raposo o relato que se segue: “Numa visita que dispensara o monarca às obras que se faziam no zimbório da majestosa igreja de São Fidélis, disse o futuro Barão de Vila-Flor ao ilustre soberano que admirava as belezas do Paraíba: que linda povoação é esta para uma vila! O Imperador sorriu discretamente e respondeu-lhe: Será! ”
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de São Fidélis de Sigmaringa, por Lei Provincial n° 177, de 02 de abril de 1840, no município de Campos atual Campos dos Goytacazes, bem assim os Decretos Estaduais nº 1, de 08 de maio de 1892 e nº 1-A, de 03 de junho de 1892.
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Fidélis de Sigmaringa, pela Lei Provincial n° 503 de 19 de abril de 1850, desmembrado de Campos. Constituído do distrito sede. Instalado em 05 de março de 1855.
Pelo decreto provincial nº 1.288, de 24 de dezembro de 1864 e Decretos Estaduais nº 1, de 08 de maio de 1892 e nº 1-A, de 03 de junho de 1892, é criado o distrito de Ponte Nova e anexado à Vila de São Fidélis de Sigmaringa..
Elevada à condição de cidade e sede com a denominação de São Fidélis, pelo Decreto-Lei nº 1.533, de 03 de dezembro de 1870.
Pelo Decreto n° 140, de 28 de outubro de 1890, elevou o povoado de São José de Leonissa a município, com a denominação de Itaocara, sendo o território desmembrado do de São Fidélis.
Pela Deliberação de 29 de outubro de 1890, foram criados os distritos de Cambuci, Dois Rios, Ipuca, Nova e Timbó.
Pelo Decreto Estadual nº 222, de 06 de maio de 1891, desmembra do município de São Fidélis o distrito de Cambuci. Elevado à categoria de vila.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município se compunha de 5 distritos: São Fidélis, Dois Rios, Ipuca, Ponte Nova e Timbó,
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937.
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 392-A, de 31 de dezembro de 1938, o distrito de Dois Rios passou a denominar-se Colônia.
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 641, de 15 de novembro de 1938, o distrito de Timbó passou a denominar-se Pureza.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município de São Fidélis é constituído de 5 distritos: São Fidélis, Colônia ex-Dois Rios, Ipuca, Ponte Nova e Pureza, ex-Timbó.
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1.056, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Ponte Nova passou a denominar-se Cambiasca.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município de São Fidélis figura com 5 distritos: São Fidélis, Cambiasca ex-Ponte Nova , Colônia, Ipuca e Pureza.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica municipal
São Fidélis de Sigmaringa para simplesmente São Fidélis, alterado pelo decreto-lei estadual nº 1.533, de 03 de dezembro de 1870.
Geografia
Hidrografia
É banhado pelo Rio Paraíba do Sul e por dois importantes afluentes: Rio Dois Rios e Rio do Colégio. Seu acesso principal se dá pela rodovia RJ-158, que liga a cidade a Campos dos Goytacazes.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1973 a 2003, a menor temperatura registrada em São Fidélis foi de 5,6 °C em 29 de junho de 1974, e a maior atingiu 42,5 °C em 8 de janeiro de 1995.
Nos períodos de 1973 a 1979 e 2002 a 2003, o maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 90,5 mm, em 14 de agosto de 1976. Janeiro de 1979, com 336,6 mm, foi o mês de maior precipitação.
Subdivisões
A cidade está dividida em cinco distritos: São Fidélis (sede); Ipuca; Pureza; Colônia e Cambiasca.
Transporte
O município também é cortado por uma ferrovia, a Linha Campos a Miracema da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, que liga a cidade aos municípios de Campos dos Goytacazes e Santo Antônio de Pádua. Desde 1996, a linha está concedida à Ferrovia Centro Atlântica (FCA) para o transporte de cargas.
Economia
Sua economia é baseada no cultivo da cana-de-açúcar e na agropecuária (gado de corte e pecuária leiteira).
Na agricultura, São Fidélis se caracteriza pela policultura, sendo suas principais culturas a de cana-de-açúcar, arroz, milho, tomate, banana, algodão e goiaba.
Apresenta, ainda, potencial para fruticultura, olericultura, floricultura e silvicultura. Sua economia possui representação também em outros setores, como indústria, comércio, cooperativas e pesca.
São Fidélis é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano. O desempenho econômico e o baixo potencial de consumo são os pontos de atenção.
Em janeiro de 2025, foram registradas 83 admissões formais e 128 desligamentos, resultando em um saldo negativo de -45 novos trabalhadores.
Até fevereiro de 2025 houve registro de 14 novas empresas em São Fidélis, sendo que 3 atuam pela internet. Neste último mês, 5 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet.
Turismo
Santuário de São Fidélis
Templo histórico ao redor do qual cresceu a Cidade Poema, começou a ser construído pelos indígenas e negros escravizados em 1799 e foi inaugurado em 23 de abril de 1809, seguindo o projeto dos frades fundadores, os italianos Frei Ângelo de Lucca e Frei Vitório de Cambiasca. A majestosa igreja mescla elementos barrocos, neoclássicos e românticos, abrigando imagens católicas dos séculos XVIII e XIX, bem como pinturas do espanhol Úbeda Marín e dos brasileiros Romanelli e Fuad Mattar, nascido em São Fidélis. Destaquem-se ainda as suas catacumbas, origem de lendas e histórias do folclore fidelense. Tombada em 2002 pelo INEPAC, o templo foi elevado à categoria de Santuário no dia 24 de abril de 2022, respondendo a antigo desejo dos conterrâneos.
Ponte Metálica Pastor Walter Velasco
Belo exemplar artístico e arquitetônico sobre o Rio Paraíba do Sul, ligando São Fidélis a seu 2º distrito, a Ipuca. De origem inglesa, sua construção data de 1889. Originalmente era usada para o transporte ferroviário, auxiliando no escoamento da produção agrícola de São Fidélis e de toda a região. Feitas as alterações e acompanhando os novos tempos, foi adaptada posteriormente para a malha rodoviária, ganhando a alcunha de “ponte de um carro só”, já que permitia o trânsito em sentido único a cada vez. Com a inauguração de uma nova ponte para os automóveis, a Ponte Metálica, tombada pelo INEPAC em 2002, hoje é exclusiva para pedestres e ciclistas, tornando-se local para a prática de esportes ao ar livre, o encontro de amigos e a contemplação dos lindos nascer e pôr do sol fidelenses.
Praça Guilherme Tito de Azevedo
Principal praça do município, abrigando o Jardim Getúlio Vargas, de contornos primorosos. Árvores com sombras acolhedoras ao longo do dia, vida noturna dinâmica e segura, espaços para o encontro de familiares e amigos, locais de diversão para as crianças. Tudo isso pode ser encontrado na Praça, que ainda conta com a Feira de Artesanato, local onde se veem as artes de nossa terra, e preparada rede de serviços ao seu redor. Em torno estão ainda alguns importantes patrimônios históricos e culturais: o Santuário de São Fidélis, de 1809, e o Solar do Barão de Vila Flor, de 1847.
Rio Paraíba do Sul
Um dos mais importantes rios do Brasil em termos econômicos passa por São Fidélis criando paisagens belas e inspiradoras. Com largura média de 450m, por ele chegaram os frades fundadores, os italianos Frei Ângelo de Lucca e Frei Vitório de Cambiasca. Tendo uma profundidade média entre 1m e 5m, é abundante em peixes, que são pescados seguindo diversas técnicas, principalmente a rede, a gaiola e a tarrafa. Dele também vinha a principal atração da saudosa Festa da Lagosta, evento de reconhecimento internacional. O Rio Paraíba do Sul é de importância vital para o abastecimento de água à cidade, assim como para a manutenção da agricultura e da pesca como atividades econômicas especiais do município, e por isso merece e precisa ser bem cuidado por todos.
Parque Estadual do Desengano
Criado pelo Decreto-Lei de 13 de abril de 1970, é a mais antiga Unidade de Conservação do estado do Rio de Janeiro e um dos últimos remanescentes de grande expressividade da Mata Atlântica no Norte Fluminense. Sua localização abrange, além de São Fidélis, os munícipios de Campos dos Goytacazes e Santa Maria Madalena. Em sua fauna e flora foram catalogadas centenas de espécies raras, em extinção e até mesmo endêmicas, isto é, que existem apenas nesta região. Com trilhas, rios, cachoeiras e rede de serviços turísticos conscientes do papel de preservação ambiental, o Parque é ideal para passeios de todos os estilos, da prática do turismo de aventura à observação de pássaros ou do céu noturno: em 2021, a unidade se tornou o primeiro lugar da América Latina a receber o título de Dark Sky Park, concedido para locais de qualidade excepcional para a observação de noites estreladas e um ambiente noturno protegido que valoriza seu patrimônio científico, natural, educacional, cultural e social.
Solar do Barão de Vila Flor
Construído em 1847 por ordem de João Manoel de Souza, o Barão de Vila Flor, para hospedar o Imperador D. Pedro II e integrantes de sua família na primeira de cinco visitas que seriam feitas a São Fidélis. Posteriormente se tornou a residência oficial da família do Barão, que anteriormente morava na Fazenda São Benedito. Após quase um século, o imóvel foi doado ao município por Maria Elysia de Araújo Luna, trineta do Barão, para abrigar uma biblioteca e um museu públicos, instituições que até hoje funcionam no antigo casarão e que atuam na preservação, estímulo e divulgação da memória e da cultura fidelenses, com riquíssimo acervo disponibilizado. Tombado em 2002 pelo INEPAC, no Solar também opera a sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Ponte Ferroviária
Conhecida como “Ponte Preta”, está sobre o Rio Paraíba do Sul ostentando um dos mais belos cartões postais da Cidade Poema. Construída pela Estrada de Ferro Leopoldina Railway em fins do século XIX, era ardentemente desejada por todos que usavam os trens da companhia, mas que precisavam atravessar o rio de barco depois de saírem dos vagões por causa da inexistência de uma via. Sua construção também oportunizou o escoamento da produção agrícola de toda a região. Com a desativação dos trilhos, a Ponte Ferroviária permaneceu como destino turístico para a produção de belas fotografias, seja da ponte, seja da natureza que dali se contempla.
Poço Parado
Localidade serrana de muita sombra, cachoeiras encantadoras, águas cristalinas e exuberantes fauna e flora da Mata Atlântica em terras fidelenses, Poço Parado é o destino ideal para quem quer curtir a natureza com familiares e amigos. Encontra-se no Parque Estadual do Desengano, com vegetação de médio e grande porte e formações geológicas surpreendentes.
Rio do Colégio
Ao longo de 35km exclusivamente fidelenses, o Rio do Colégio apresenta cachoeiras, praias e piscinas naturais que encantam a todos. Munícipes e turistas aqui se encontram para aproveitar as belezas da natureza em pontos de lazer e também para se saciar na apreciação da culinária local. Com acessos pela RJ 158 ou pela estrada que atravessa a comunidade de Vargem Grande, o Rio do Colégio é atração turística propícia em qualquer época do ano, com os cuidados e atenção devidos, para banhos, passeios ciclísticos, contemplação da natureza entre outras formas de aproveitar o patrimônio ambiental.
Morro do Cruzeiro
A poucos quilômetros do centro da cidade, no Barreiro, o Morro do Cruzeiro oferece uma das mais belas vistas panorâmicas de São Fidélis. De fácil acesso, podendo ser alcançado de carro, motocicleta ou mesmo a pé num caminho de média intensidade, o local é propício a práticas de esporte ao ar livre, passeios com familiares e amigos e contemplação da encantadora paisagem.
Cachoeira do Oriente
Com área total de aproximadamente 70 m2 e altura de 10 m, destacam-se no atrativo três saltos, intercalados por pequenos patamares em rochas.
Seu entorno é formado de encostas rochosas, com vegetação de alto e médio porte, além de típica vegetação cactácea e grande concentração de bromélias.
Com águas claras, transparentes e mornas, apresenta ótimas possibilidades para banhos em seus escorregas, duchas e piscinas naturais.
São várias piscinas, com a maior delas situada entre 2 saltos da cachoeira, cuja profundidade atinge, em alguns trechos, mais de 3 metros.
À margem esquerda, junto a esta piscina, se destaca uma rocha com suave inclinação, que é usada como um "escorrega" natural.
O salto do meio forma a maior queda do atrativo, com altura aproximada de 4 metros.
Registra-se na área a presença de uma praia, acima da formação da cachoeira, que também se identifica como excelente local para banhos.
Cachoeira do Recreio
Com altura aproximada de 70 metros e largura de 10 metros, forma-se junto ao topo de um moro da Serra do Recreio.
Com dois saltos principais, um deles com mais de 60 metros, possui águas límpidas, claras e frias.
Logo após os saltos, há várias piscinas naturais propícias a banhos, situadas entre densa vegetação e que estendem por uma extensão de 200 metros.
Seu entorno é composto pelo recorte da Serra do Recreio, com vegetação de alto e médio porte próximo ao seu cume, e rasteira junto às bases dos morros.
Percorrendo mais 1,2 km pela estrada que liga os municípios de São Fidélis a Santa Maria Madalena, em leito natural, chega-se ao topo do morro, nascente da cachoeira.
Do local, descortina-se bela paisagem que abrange todo o vale, onde correm o Córrego do Recreio e o Rio do Colégio, além de se avistar o belo recorte da Serra de Itacolomi.
Cachoeira Pedra D'água
Grande lajeado, em declive, com aproximadamente 15 metros de largura e 40 metros de extensão.
Encontra-se com trechos represados por pequenas muretas de pedra, que formam três piscinas, além de pequenas barragens.
Suas águas são muito claras, transparentes e mornas.
Próximo ao atrativo destaca-se, entre vegetação existente um frondoso ficus que sombreia parte da área do atrativo.
Cultura
Folias de Reis
Forte manifestação da cultura fidelense, bem como de outras cidades da região, criada no encontro de elementos religiosos e seculares de origens diversas. Espécie de representação popular que remete à jornada dos Reis Magos até o local do nascimento de Cristo, fazendo referência também à perseguição do rei Herodes e posterior massacre de inocentes bebês. As Folias de Reis reúnem elementos de grande simbologia, tradição e alegria. Nas ruas de São Fidélis e arredores, nos meses de dezembro a fevereiro especialmente, é possível ouvir seus cânticos e ver as apresentações sempre únicas.
Feira de Artesanato
Semanalmente os fidelenses e visitantes da Cidade Poema podem ter contato, num único lugar, com o que alguns de seus talentosos artistas estão produzindo. A Feira de Artesanato acontece no Jardim Getúlio Vargas, na Praça Guilherme Tito de Azevedo, aos finais de semana e reúne artesãos dos mais diversos ofícios, bem como iguarias muito saborosas e que representam o que há de melhor na culinária fidelense. A variedade de obras e encantos motiva a visita frequente à Feira, trazendo sempre novidades.
Festa do Padroeiro
Realizadas desde 1782, as festividades que celebram o santo católico São Fidélis de Sigmaringa, padroeiro da Cidade Poema, são os eventos mais antigos de nosso calendário e permanecem reunindo fidelenses e turistas em cada abril. Promovidos primeiramente pelos frades fundadores, os italianos Frei Ângelo de Lucca e Frei Vitório de Cambiasca, os festejos receberam desde sempre o apoio e a participação dos fazendeiros locais e demais poderosos da terra, o que contribuiu para a característica de uma programação simultaneamente religiosa e secular. Atualmente, a Festa do Padroeiro acontece, de maneira geral, de 15 a 24 de abril, com novenas, missas, procissões, projetos educacionais, eventos culturais, atrações artísticas, espetáculos musicais de renome nacional, atrativos culinários e muitas outras opções.
Festivais de Poesia
Sendo conhecida, desde os anos 1940, como a Cidade Poema, São Fidélis celebra anualmente a arte da palavra por meio de seu Festival de Poesia, reunindo no município poetas de outros lugares e destacando também seus talentos locais. Geralmente acontecendo nas primaveras de cada ano, o concurso é conhecido em todo o Brasil pela qualidade dos trabalhos inscritos, bem como pela digna validação que os Festivais conferem aos trabalhos de escrita e declamação. Com as primeiras edições remontando aos anos 1960, atualmente os festivais já apresentaram variedades especiais, como as dedicadas exclusivamente aos poetas de São Fidélis, aos estudantes e aos artistas com mais de 60 anos de idade.
Feiras Culturais
Para acompanhar especialmente os Festivais de Poesia de cada primavera, a cidade recebe uma série de eventos culturais, artísticos e educacionais, numa maratona deliciosa de participar. Realizadas em praça pública, as atrações dialogam com os públicos de todas as idades que circulam pelo seu espaço, em ações que, por meio de linguagens diversas, dão novo ritmo ao centro de São Fidélis. Tendo a culminância no Festival de Poesia, as atrações se direcionam de maneira particular ao incentivo da leitura, contando com uma feira de livros atenta a todos os gostos dos leitores fidelenses.
Exposição Agropecuária
Anualmente se celebram em São Fidélis aspectos da vida no campo e atividades econômicas que fazem girar a roda da economia fidelense. Atrações musicais, exibições artísticas e culturais, concursos, festas do laço e rodeios animaram em sucessivas edições da Exposição Agropecuária os munícipes e visitantes, em comemorações àqueles que da terra tiram o sustento e colocam no prato de milhares de pessoas as refeições de cada dia. Aproveitando o frio costumeiro do inverno fidelense, este é um evento cativante para todos os públicos.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Site da Prefeitura Municipal .