quinta-feira, 28 de junho de 2018

Americana - São Paulo

Americana é um município da Microrregião de Campinas, na Mesorregião de Campinas, no estado de São Paulo, no Brasil.
História - Os primeiros registros sobre a ocupação do território de Americana datam do final do século XVIII quando Domingos da Costa Machado I adquiriu uma sesmaria da coroa entre os municípios de Vila de São Carlos (atual Campinas) e Vila Nova da Constituição (atual Piracicaba e posteriormente Santa Bárbara d'Oeste). Nesta região foram formadas várias fazendas e pequenas propriedades rurais, sendo as principais delas a Fazenda Salto Grande, a Machadinho e a Palmeiras. Em 1866, as terras da região começaram a ser efetivamente povoadas por imigrantes norte-americanos sulistas, que após o fim da Guerra Civil Americana se refugiaram na região. O primeiro a chegar foi o coronel William Hutchinson Norris, advogado e ex-senador pelo estado do Alabama, que se instalou em terras próximo a casa sede da Fazenda Machadinho e do Ribeirão Quilombo. Em 1867 o resto de sua família chega ao Brasil acompanhado de dezenas de outras famílias de confederados, que aqui se instalaram para refazerem suas vidas como agricultores. Estas famílias se instalaram em vários pontos da região da Vila de Santa Bárbara, trazendo novas técnicas de cultivo, como o arado e o trole, e também a espécie de melancia conhecida como "Cascavel da Geórgia".
Vale observar que muitos desses confederados eram produtores rurais e proprietários de escravos. Dessa forma, a vinda ao Brasil representava a possibilidade de continuidade de seu modo de produção, em especial na atividade algodoeira, muito embora estivesse esse sendo condenado internacionalmente (DWYER, 2015). Mesmo Dom Pedro II via com bons olhos a vinda de tais proprietários, ante a possibilidade de que auxiliassem a ocupar áreas devolutas e a desenvolver a economia, além de lhes oferecer "uma saída para a perseguição movida pelas tropas vitoriosas” (PEREIRA, 2012).
Aliás, o Império inclusive auxiliara os Confederados em seus esforços de guerra, reconhecendo seu estado de “beligerância” em face do Norte (MARQUESE, 2015). Muitos entendiam que se fossem os sulistas os vencedores, seguiria o Império “escudado” pelo “exemplo” dos proprietários confederados, que haveriam de manter o regime escravocrata (Idem). No entanto, aqui chegando, também se viram esses proprietários às voltas com o processo que, em 1888, culminaria com o fim da escravidão no Brasil.
O surgimento da vila que originou Americana é controverso, mas pode-se enumerar uma série de fatores que contribuíram para isso. O principal deles, sem dúvida, foram as obras de prolongamento da linha tronco da Cia. Paulista e a construção da Estação de Santa Bárbara. Foi decidido que a estação seria construída defronte com a casa-sede da Fazenda Machadinho, de propriedade de Basílio Bueno Rangel. Com isso, a região começou a receber intensa movimentação dos funcionários da Cia. Paulista, e dos sitiantes da região, que aproveitavam a movimentação para venderem seus produtos. Alguns confederados inclusive ajudaram trabalhando na colocação dos dormentes do trilho. Foram formadas, então, as primeiras moradias temporárias dos funcionários da Cia. Paulista. A primeira estação é finalmente inaugurada em 27 de agosto de 1875.
Nesta mesma época, o capitão Inácio Correia Pacheco, outro proprietário da Fazenda Machadinho, loteia parte de suas terras, onde aos poucos surge a pequena vila ao redor da estação. Com a construção da Estação de Santa Bárbara, pretendia-se facilitar o escoamento da produção das fazendas da região até o porto de Santos. A estação foi batizada com este nome porque estava em terras da Vila de Santa Bárbara, que embora distante 10 quilômetros, não possuía uma estação em sua vila. A divisa entre os municípios de Santa Bárbara e Campinas era o Ribeirão Quilombo, sendo as terras além dele pertencente a Campinas, e as aquém pertencentes a Santa Bárbara.
Também em 1875 é fundada pelo confederado Willian Ralston associado aos irmãos fazendeiros Antonio e Augusto de Souza Queiroz, a futura Tecelagem Carioba. Em 8 de outubro de 1887, chegou ao Brasil Joaquim Boer, chefiando uma grande comitiva de imigrantes italianos, que passou a residir na Fazenda Salto Grande, que na época era de propriedade de Francisco de Campos Andrade. Em 1884, a Tecelagem Carioba é adquirida pelos irmãos ingleses Clement e George Willmot, que a ampliaram, fazendo algumas melhorias, e iniciaram a construção da Vila Operária. Também foram eles que em 1889, a batizaram como Fábrica de Tecidos Carioba, palavra que em tupi significa "pano branco". Após a abolição da escravatura, em 1888 os irmãos ingleses, que também eram proprietários da Fazenda Salto Grande, ficaram endividados com o Banco do Brasil, e acabaram falindo em 1896, passando a fábrica por um hiato de cinco anos.
Foi neste mesmo ano, que os italianos construíram a primeira capela da Igreja Católica nas terras da Fazenda Salto Grande em meados de 1896, quando foi rezada uma missa em homenagem a Santo Antônio, que posteriormente tornou-se padroeiro da cidade.
A pequena vila formada ao redor da estação não tinha um nome oficial. Este fato gerou um grande problema para os seus moradores, que tinham dificuldades para se corresponderem. As cartas eram destinadas a "Vila da Estação de Santa Bárbara", mas eram entregues na "Vila de Santa Bárbara", e acabavam sendo perdidas, numa época em que este era o principal, senão o único, meio de comunicação das pessoas. Em 1900, a Cia. Paulista decide mudar seu nome para Estação de "Villa Americana". Este nome foi escolhido por causa dos americanos confederados que moravam na vila. Logo a vila ficou conhecida pela consagração popular como "vila dos americanos" ou "vila americana". Em 1901, a falida Fábrica de Tecidos Carioba é arrematada em um leilão pelo Comendador alemão Franz Müller, em associação com seu irmão Hermann Theodor, e com o capitalista inglês Rawlinson.
Após a elevação da vila à categoria de distrito, viu-se um rápido desenvolvimento. Criou-se o primeiro serviço policial, uma subprefeitura, a primeira iluminação pública feita com três lampiões de querosene trazidos da Alemanha e a criação da primeira escola oficial com o envio do professor Silvino José de Oliveira pelo estado. Todos estes feitos foram criando as condições necessárias para que seus moradores começassem a lutar pela sua emancipação. No ano de 1922, Villa Americana era um dos distritos de paz mais progressistas de Campinas, e tinha uma população de 4.500 habitantes. Neste ano iniciou-se a luta política pela emancipação, encabeçada por Antônio Lobo e outros como o tenente Antas de Abreu, Cícero Jones e o próprio Hermann Müller. O trabalho destes e de tantos outros moradores da vila finalmente deu frutos. Em 12 de novembro de 1924, foi criado o Município de Villa Americana, composto de dois distritos: o de Villa Americana e o de Nova Odessa, que mais tarde daria origem ao município de Nova Odessa.
As décadas de 1960 e 1970, foram marcadas pelo rápido desenvolvimento da cidade, fazendo com que muitas pessoas viessem a procura de emprego e moradia. Como o território do município é pequeno ele não comportou esse crescimento, e essas pessoas só tiveram a opção de se estabelecer na divisa entre os municípios de Santa Bárbara d'Oeste e Americana, gerando o fenômeno de conurbação no local e dando origem a região conhecida como Zona Leste de Santa Bárbara. Esse fenômeno ocorreu também pelo fato de que a maioria da população desconhecia onde terminava um município e começava outro. Isso se dava porque o limite dos municípios ainda não estava totalmente fixado. O problema foi resolvido e a divisa das cidades foi finalmente fixada, tendo como limite a avenida que corta a região, que recebeu o nome de Avenida da Amizade.
A década de 1990 foi marcada pela crise no setor têxtil, do qual a cidade sempre dependeu muito. A principal causa da crise foram as importações de tecidos de baixo custo, criando uma concorrência desleal com as tecelagens brasileiras. A crise só não foi pior porque a cidade já passava por um processo de diversificação da economia, processo que aumentou nos anos seguintes. Hoje, apesar de a indústria têxtil ainda ter presença marcante, a cidade se destaca em outros setores de produção, como metalúrgico, químico e alimentício; os serviços também crescem.
Ecologia e meio ambiente - A maior parte da vegetação original que possuía a cidade, a Mata Atlântica, foi devastada. Assim como outros 13 municípios da Região Metropolitana de Campinas, o município sofre um grave estresse ambiental, sendo que Americana, juntamente com Campinas e Artur Nogueira, é considerada como uma das áreas mais sujeitas a enchentes e assoreamentos e conta com menos de 5% de cobertura vegetal.
Para tentar reverter este quadro, vários projetos foram e estão sendo realizados e planejados, como a construção de corredores ecológicos. Também há vários projetos ambientais para combater a destruição das matas ciliares localizadas às margens dos rios Atibaia e Piracicaba, que contam com um elevado índice de poluição de suas águas. Atualmente são importantes áreas de preservação em Americana são o Parque Ecológico Cid Almeida Franco e o Jardim Botânico. O Parque Ecológico conta com uma área de 120 mil m², sendo um dos principais zoológicos da RMC, onde os animais mantidos em cativeiro são usados na realização de trabalhos de educação ambiental que visam combater a extinção de espécies nativas. Anexo ao zoológico está o Horto Municipal, onde são manejadas e cultivadas as mudas de árvores e arbustos que abastecem as praças e jardins da cidade.
Economia - Na lavoura temporária são produzidos a cana-de-açúcar e a soja. Na época dos primeiros registros de ocupação do território de Americana, por volta do final do século XVIII, logo às margens dos rios Atibaia e Jaguari, começou a ser cultivada a cana-de-açúcar. Na década de 1880 houve um novo impulso no desenvolvimento da agricultura na cidade, quando da chegada dos italianos e norte-americanos, que trouxeram avanços, respectivamente, às lavouras e ao cultivo do algodão.
A Goodyear do Brasil está instalada em Americana. A indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do município. A cidade conta com um parque industrial diversificado, onde predominam empresas de médio e pequeno porte, havendo relevância nas áreas da metalurgia, borracha-produção de pneus, alimentícia e plásticos. Existem 1.684 indústrias de diversos ramos e portes registradas na cidade. As primeiras indústrias foram implantadas pelos alemães no final do século XIX.
Em Americana atualmente destaca-se o setor têxtil, atividade econômica herdada dos italianos. O município é hoje um dos principais pólos de produção de tecidos planos de fibras artificiais e sintéticas da América Latina, havendo cerca de de 430 indústrias têxteis (que trabalham com fiações, tecelagens, tinturarias e estamparias), além de diversos produtores de matéria-prima e centenas de confecções. Os tecidos planos de fibras artificiais e sintéticas são muito utilizados para moda feminina, camisaria, decoração, indústria, cama e mesa.
O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do PIB americanense, destacando-se principalmente na área do comércio. Há mais de 6 mil estabelecimentos comerciais por toda a cidade, além de 12.823 empresas de serviços e um grande número de profissionais autônomos que atendem desde a área de informática até a de instalações industriais. Há três grandes centros comerciais em Americana, sendo eles o Via Direta (shopping situado às margens da Rodovia Anhanguera), o Welcome Center e o Smart Mall.
Educação - Dentre as faculdades, a cidade sedia e possui campus de institutos tais como da Faculdade de Americana (FAM), do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL), da Faculdade de Tecnologia de Americana (FATEC Americana) e do Instituto de Ensino Superior de Americana (IESA).
Cultura - A responsável pelo setor cultural de Americana é a Secretaria de Cultura e Turismo, que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. Está vinculada ao Gabinete do Prefeito, integra a administração pública indireta do município e possui autonomia administrativa e financeira, assegurada, especialmente, por dotações orçamentárias, patrimônio próprio, aplicação de suas receitas e assinatura de contratos e convênios com outras instituições.
Artes e espaços culturais - No cenário teatral de Americana, destacam-se os serviços disponibilizados pelos órgãos culturais municipais. O Teatro de Arena Elis Regina foi construído em 1981. Em 2000 iniciaram-se obras de reforma, concluídas quatro anos depois, sendo reinaugurado em 22 de setembro de 2004. A intenção dos engenheiros com o projeto de remodulação do teatro era dar a ideia de um circo, um local de espetáculos alegre e de múltiplas atividades.
O Teatro Municipal de Americana (Teatro Municipal Lulu Benencase) foi inaugurado no ano de 1988, ocupando o prédio do antigo "Cine Brasil", que por décadas foi um dos principais pontos de encontro dos jovens americanenses. Desde sua inauguração tem abrigado grandes apresentações culturais como espetáculos e festivais de teatro, dança e música, além de atividades de cunho social e projetos de valorização das artes por artistas da cidade e região.
Localizada na antiga casa da Família Müller, a Casa de Cultura, vinculada à Secretaria de Educação e Cultura, tem como objetivo fomentar a produção cultural, oferecendo à população um espaço de lazer e atividades. Por várias décadas o bairro foi o centro da atividade têxtil, até que em meados de 1940 o setor começou a se difundir em Villa Americana.
A Estação Cultural funciona no antigo prédio da Estação Ferroviária de Americana, fundado em agosto de 1875 e que foi doado pela Fepasa para a Prefeitura Municipal. Desde 2004 o espaço é usado para a realização de projetos da Secretaria de Cultura e Turismo. 
O Arquivo Histórico Municipal foi inaugurado no dia 27 de agosto de 2001, contendo arquivos de documentos oficiais, desde a fundação da Fábrica de Tecidos Carioba no ano de 1875, reunidos em tradicional prédio, para pesquisas.
A Biblioteca Municipal "Professora Jandira Basseto Pântano" foi fundada em 25 de outubro de 1955. Ocupa o antigo prédio do Grupo Escolar "Dr. Heitor Penteado", na praça Comendador Müller, ao lado da Matriz de Sato Antônio. Possui quase 42 mil livros de assuntos gerais e mais de 9 mil livros infanto-juvenis, totalizando quase 51 mil livros.
O Museu Histórico e Pedagógico "Conselheiro João Carrão" encontra-se na sede da antiga fazenda Salto Grande, um prédio do século XVIII, construído em taipa de pilão, com estrutura e fundações em madeira de lei, em estilo colonial mineiro, uma das mais antigas construções de toda região. Localizado na confluência dos rios Atibaia e Jaguari, o museu abriga um acervo diversificado, formado por fotografias, mapas, objetos históricos, máquinas, mobiliário, instrumentos de tortura usados pelos capatazes para castigar os negros que trabalhavam na fazenda, e outros objetos, sempre buscando contar um pouco da história da consolidação da cidade, de seu povo e dos períodos históricos que ela presenciou. Ao lado do prédio localizava-se a senzala dos escravos, que desabou durante uma tempestade que atingiu a região. O prédio é tombado pelo Condephaat desde 1982, e no momento está fechado para restauração.
O Museu de Arte Contemporânea de Americana (MAC) foi fundado no ano de 1978, localizando-se no prédio anexo à Biblioteca Municipal. O acervo do MAC é composto por cerca de 260 obras de artistas modernos e contemporâneos, entre pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, fotografias e instalações. No local há exposições de artistas locais e de outras cidades. Promove mostras periódicas de seu acervo, bem como de artistas contemporâneos de todo o país, além de palestras, oficinas e workshops de artes. Possui também uma biblioteca que atende estudantes, artistas e demais interessados em artes plásticas. Realiza anualmente um concurso de âmbito nacional, o "Prêmio Revelação de Artes Plásticas", que premia a produção de artistas jovens. O Museu de Arte Contemporânea de Americana tem oferecido de forma gratuita, desde o ano 2000, o atendimento didático aos alunos das escolas que tenham interesse em visitar as exposições realizadas.
Turismo - Além dos atrativos da área artística de Americana,  ainda destacam-se alguns atrativos naturais e urbanísticos. Tais como: O Portal da cidade, inaugurado em janeiro de 2009 e estando situado na entrada na cidade vindo da Rodovia Anhanguera, foi encomendada pela prefeitura municipal ao escultor curitibano Luiz Gagliastri que a desenhou visando representar o tema "princesa tecelã", uma vez que este é o apelido oficial do município. O Portal contem um grande arco, sustentado por dois gigantes nus, sendo um homem e uma mulher, ambos pintados em cor de laranja. Segundo o artista, a sua obra é repleta de simbolismos representando a história do município, tais como os mapas dos Estados Unidos e da Itália, representando as imigrações norte-americana e italiana, a lua, representando o surgimento da nova cidade, e o arco, símbolo da passagem de vilarejo para cidade. 
Dentre as igrejas, destaca-se a Igreja Matriz de Santo Antônio, que tem 30 metros de largura, 80 metros de comprimento, 22 metros de altura na nave central, 50 metros de cúpula e 42 metros de piso. Foi inaugurada em 1900, antes da fundação da cidade, e construída em estilo neoclássico. 
Outro atrativo é o Observatório Municipal de Americana, que é equipado com a segunda maior luneta do estado de São Paulo e permite o acesso da população à observação astronômica.
O Parque Ecológico Municipal de Americana "Cid Almeida Franco", foi inaugurado em 12 de outubro de 1984. Está localizado no final da Avenida Brasil, com uma área de 120 mil metros quadrados. É um dos mais bem estruturados zoológicos do estado de São Paulo. Atualmente uma das grandes finalidades do parque é utilizar os animais mantidos em cativeiro na realização de trabalhos de educação ambiental, evidenciando a grande responsabilidade da humanidade na sobrevivência das espécies animais e vegetais. Conta com um plantel de aproximadamente 500 animais (entre répteis, aves e mamíferos) de 100 espécies diferentes, sendo que mais de 80% deles pertencem a fauna brasileira, muitos deles estão ameaçados de extinção. 
Inaugurado em outubro de 2007, o Jardim Botânico "Prefeito Carrol Meneghel" possui 85 mil metros quadrados e está situado em uma área anexa ao Parque Ecológico da cidade. Juntos, formam a maior área verde do município, com 210 mil metros quadrados. A vegetação do Jardim Botânico foi inicialmente formada por 8,5 mil mudas de espécies arbóreas nativas e exóticas, das quais 7 mil foram plantadas pelo Supermercado Big como medida compensatória ao desmatamento ocorrido na ocasião da construção do estabelecimento comercial.
Dentre os eventos, destaca-se a Festa do Peão de Americana, que teve início em 1987 e atualmente é conhecida pela sua estrutura. A arquibancada montada ao redor da arena é considerada a maior da América Latina, além de haver uma grande praça de alimentação com comidas típicas.
Fonte para o texto: Wikipédia.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Cachoeiro do Itapemirim - Espírito Santo


Cachoeiro de Itapemirim é um município brasileiro do estado do Espírito Santo.
História - O Governador Francisco Alberto Rubim fez construir à margem sul do rio o Quartel da Barca. Com essa iniciativa os povoadores tiveram proteção contra as incursões dos índios puris e botocudos, que hostilizavam aqueles que percorriam a região à procura do ouro que os rios prometiam, ou até mesmo os lavradores que desejavam trabalhar a terra com plantação de cana-de-açúcar.
Por determinação do governador Rubim havia um patrulhamento realizado por pedestres, que descia do Cachoeiro até a Vila de Itapemirim, prosseguindo até o Quartel de Boa Vista, situado na barreira do Siri, em frente a Ilha das Andorinhas, regressando ao ponto de partida, alternando em sentido contrário com a patrulha do Quartel de Boa Vista. A patrulha de pedestre era constituída por negros livres, comandada por um alferes.
Os quartéis tiveram seus efetivos aumentados, e foi nos seus arredores que começou a formação dos primeiros núcleos populacionais com pequenas plantações de mandioca, bananeiras e cana-de-açúcar. A pesca e a caça davam condições fartas aos habitantes. Começava a lenta penetração no território dos silvícolas para o domínio dos desbravadores.
Os fazendeiros de Itapemirim começavam a estender suas propriedades pelas margens do rio, sendo que, onde hoje está plantada a cidade foram fazendas pertencentes, outrora, a alguns deles, entre os quais citamos Joaquim Marcelino da Silva Lima (Barão de Itapemirim), figura principal do sul do território naquela época, Manuel José Esteves de Lima, um português que criou cidades e povoações no sul do Estado.
O progresso - Grandes latifundiários dominavam a região de Itapemirim. Da Vila, estendiam sua soberania até Cachoeiro.
Os Gomes Bittencourt, que eram adversários políticos de Silva Lima, subiram pela margem esquerda até o atual bairro Aquidaban, enquanto o Barão de Itapemirim dominava toda margem direita, até as terras do Bananal próximo a Duas Barras.
Durante a fase da cana-de-açúcar, Cachoeiro era um povoado perdido à margem do rio Itapemirim. O início da transformação ocorreu na década de 50 do século XIX. De um lado do rio existiam vinte fazendas de açúcar, em sua maioria desenvolvidas a vapor. Essas fazendas abasteciam de aguardente e açúcar toda a província e exportava ainda, em grande quantidade, para o Rio de Janeiro.
A arrecadação do sul da província era basicamente café e um pouco de cana, que já vivia sua fase de decadência.
A primeira casa construída em Cachoeiro de Itapemirim foi de Manuel de Jesus Lacerda no ano de 1846, logo depois foram surgindo as primeiras casas comerciais no centro da vila próxima à antiga matriz do Senhor dos Passos, sede da freguesia de São Pedro de Cachoeiro de Itapemirim. As casas se concentravam na rua Moreira, marginal ao rio, ou pelas suas transversais. Seu nome também constava na lista de Joaquim Pires de Amorim forneceu, dentre os cidadão que se estabeleceram no lugar entre os anos de 1840 a 1855. Os outros nomes relacionados são os de Pedro Dias do Prado, Inácio de Loiola e Silva (que possuía fazenda da Conceição), José Pires do Amorim (fazenda Boa Esperança), Antônio Francisco Moreira (fazenda da Gruta), Antônio Pinto da Cunha, José Pinheiro de Sousa Werneck (fazenda Santa Teresa do Sumidouro), Bernadino Ferreira Rios e Francisco de Sousa Monteiro (fazenda Monte Líbano).
Curiosamente, encabeçando a lista, aparece o nome do suíço Jean Moulaz, que já se achava na região desde 1837, segundo consta em documento lavrado em 1841. Quanto a Manuel de Jesus Lacerda, consta que era proprietário da fazenda Cobiça. Fazenda Bananal de Cima e Fruteira de Baixo (do Barão de Itapemirim), a fazenda Valão (de Severiano Monteiro de Sousa), a fazenda Aquidaban (de Ildefonso de Silveira Viana), a fazenda Pau Brasil (de Francisco Salles Ferreira), a Fazenda Fruteira de Cima (de Aurélia Souto Machado, casada com Manuel de Araújo Souto Machado), a fazenda Safra (da viúva Josefa Souto Belo, administrada pelo irmão, Major Urbano Rodrigues Souto).
Pelos seus empreendimentos e coragem esse primeiro núcleo de povoadores foi bastante elogiado junto à Corte pelo presidente da província, Sebastião Machado Nunes, quando de sua visita à região do Itapemirim. 
Desenvolvimento do comércio - Manuel Cipriano da Franca Horta estabeleceu a primeira casa de comércio, numa das dependências do Armazém do Barão de Itapemirim, após abrir um pequeno colégio que teve curta duração.
A partir da criação da freguesia de São Pedro das Cachoeiras do Itapemirim, em 16 de julho de 1856, o lugarejo não parou de crescer. O povoado contava com cerca de três mil e quinhentas pessoas, das quais aproximadamente duzentas e dez pessoas eram escravas.
O comércio foi aos poucos se desenvolvendo, surgiram as casas comerciais de Loiola & Silva, Jorge & Irmão, Quintais & Viveiros, Jerônimo Francisco, Bernardino Ferreira Rios, Luís Bernardino da Costa (que tinha um serviço de pranchas para transporte de mercadorias), Marques Guardia & Cia., Pedro Teixeira Duarte, Casa Mineira, Casa Samuel (do francês Samuel Levy, que aqui chegou vendendo joias) e Manuel José de Araújo Machado.
A primeira ponte da cidade - Era presidente da Câmara o doutor Gil Goulart. De acordo com o presidente da província ficou resolvido que se arranjasse com os capitalistas de Cachoeiro dinheiro emprestado para construir uma ponte sobre o rio Itapemirim.
A construção foi entregue ao tenente-coronel Ildefonso da Silveira Viana, que a apresentou concluída no dia 10 de junho de 1887. Ela foi construída pois a cidade tinha necessidade de uma ponte que permitisse a ligação entre as duas margens. Sua estrutura metálica foi importada da Inglaterra.
O local mais apropriado estava situado entre as casas de negócios dos portugueses, capitão Luís Bernardino da Costa e Manuel José de Araújo Machado, quase em frente à via de que dava acesso ao Largo de São João, do lado sul, com acesso ao lado norte à Chácara de Gil Goulart.
A ponte tinha cento e quatorze metros de comprimento, três metros e meio de largura, dezesseis de altura. Foram construídas ainda as praças Gil Goulart, na extremidade norte da ponte, e a Coronel Silveira, no lado sul.
As despesas com a construção da ponte foram amortizadas com dinheiro arrecadado de pedágio, possivelmente o primeiro do Estado. Esse sistema vigorou até 1920, quando a passagem foi liberada ao povo gratuitamente. Com a era do automóvel a ponte se tornou obsoleta, obrigando a construção da ponte Fernando Abreu, inaugurada em 3 de fevereiro de 1954, ao lado da antiga, que teve sua estrutura metálica vendida como sucata em 1965.
Navegação do rio Itapemirim - Nos primórdios de Cachoeiro, isto é, em 1868, o seu vigário Manuel Leite Sampaio Melo relatava ao presidente da província que o rio Itapemirim, nas ocasiões das secas, forçava os canoeiros a levarem pás e enxadas para irem abrindo caminho em valas, minuciando: "A razão é ser ele todo cheio de voltas e bastante entulhado de paus; tem meses que fazem as viagens em quatro dias e outros em oito e nove".
Ao findar a Guerra do Paraguai, o capitão Henrique Deslandes, paranaense de Paranaguá, que lutara como voluntário, foi-se estabelecer no Espírito Santo, montando atelier fotográfico em Vitória. De lá, transferiu-se para Vila de Itapemirim.
O progresso da região, aquele movimento crescente de cargas e passageiros, animou-o a pleitear, junto ao Governo, concessão a vapor do Rio Itapemirim, tendo firmado contrato com lei provincial de 1872. O Capitão Deslandes fez uma sociedade com Manuel Ferreira Braga (Braga & Deslandes), adquirido, na Barra do Itapemirim, o trapiche de Silva Lima & Braga, cujo primeiro proprietário fora o Barão de Itapemirim.
Somente a 3 de abril do ano seguinte ao compromisso firmado, era inaugurado o serviço, com quatro vapores: dois de rodas e dois de hélices. Pouco depois, foi providenciada a aquisição de mais dois vapores e uma barca de passageiros, e encomendado outro vapor na Inglaterra. Muito embora o calado das embarcações atendesse o especificado no contrato, nas grandes secas a navegação era completamente interrompida durante meses. A acomodação dos passageiros era o que deixava muito a desejar: era apertada na ré, com todo o desconforto. Tantos tropeços relegaram o vapor ao desprezo dos passageiros e do transporte de cargas, permanecendo quase que sempre só para carregar malas do correio.
Em três de abril do ano seguinte, Simão Rodrigues Soares, da Barra do Itapemirim, conseguiu dos cofres geral e provincial reinaugurar a navegação com um novo vaporzinho Três de Abril. 
A evolução com a ferrovia - A ideia do projeto com a ferrovia foi apresentada à Assembleia Provincial pelo historiador, jornalista e deputado estadual, Basílio Carvalho Daemon, em 31 de outubro de 1872. Portanto, quatorze anos antes de bater a primeira estaca.
A princípio a concessão foi dada ao capitão Henrique Deslandes e depois transferida ao Visconde de São Salvador de Matosinhos, presidente da Companhia de Navegação Espírito Santo e Caravelas. Um vapor foi fretado para transportar de Antuérpia até a Barra do Itapemirim parte do material da ferrovia.
Em 8 de dezembro de 1886, o engenheiro Pedro Scherer iniciou a montagem da locomotiva e o assentamento dos trilhos. A estrada tinha 71 km de extensão. Partia da Vila de Cachoeiro até a estação do entroncamento de Matosinhos, em Duas Barras, de onde seguia em um ramal para Castelo e em outro para Alegre.
A ferrovia tinha bitola estreita e três locomotivas Baldwin, pesando cada uma 27 toneladas. As opções eram, um carro de primeira classe; dois mistos; dois de segunda classe; dois de correio e bagagem; 18 vagões fechados; seis abertos; um para transporte de animais; um para explosivos; dois para madeiras e seis de lastros.
Anos mais tarde, a linha da estrada de ferro Caravelas passou a ser propriedade do Lóide Brasileiro. Em 1907 se submeteu ao poder da Leopoldina, já que estava hipotecada a uma empresa de Londres. O traçado de Cachoeiro a Alegre passou a integrar o chamado sul da Leopoldina, ligando Cachoeiro a Carangola (Estado de Minas Gerais).
O novo ramal até Minas foi inaugurado em 24 de novembro de 1913. Já naquela época, a capital capixaba do café tinha vínculos mais estreitos com o Rio de Janeiro, a capital Federal, do que com Vitória. No final do século passado, os trilhos do Rio e de Vitória se aproximaram de Cachoeiro.
Com dificuldades, a estrada de Ferro Sul concluiu seu primeiro trecho em 1895: o de Vitória-Viana. Em 1900 estava pronto o trecho Vitória-Domingos Martins. Em 1910 a ferrovia sulista completava a tão sonhada ligação entre Vitória e Cachoeiro. Como tinha passado tanto tempo, tudo já havia mudado. Desde 1903 já tinham chegado a Cachoeiro os trens da Leopoldina, com matriz no Rio, contribuindo, assim, para fortalecer os laços econômicos entre o Rio de Janeiro e a nossa cidade.
Economia - Principal centro econômico do sul do Espírito Santo, Cachoeiro de Itapemirim é a segundo pólo mais importante do estado, depois da conurbação de Vitória, a capital.
Cachoeiro possui uma das maiores jazidas de mármore do Brasil e é um centro internacional de rochas ornamentais, sendo o responsável pelo abastecimento de 80% do mercado brasileiro de mármore. A cidade é berço de grandes empresas com destaque para a Viação Itapemirim e a Itabira, a maior Fábrica de Cimento do Grupo João Santos, segundo maior produtor de cimento do País.
Cachoeiro de Itapemirim é hoje sobretudo um centro de extrativismo e beneficiamento mineral (mármores, granitos e moagem de calcário). Na indústria sobressai a produção de cimento, calçados e laticínios, havendo também significativa pecuária e cafeicultura. Polo educacional do sul capixaba, o município conta com estabelecimentos de ensino superior.
Desenvolvimento econômico - Até meados do século XIX, o povoamento deste território e suas imediações tiveram pouco desenvolvimento pois, ainda, iniciava-se a expansão cafeeira mineiro-fluminense na região. Na realidade o seu povoamento ocorreu nas primeiras décadas do século XVIII, pela incansável busca de ouro em Castelo, situadas no alto curso da bacia do rio Itapemirim em afluente o rio Castelo. Entretanto, mesmo sendo o ouro a base da economia naquele momento, foi o café o grande responsável pelo crescimento desta região.
Com a expansão da Companhia de Jesus (a ordem que congregava os jesuítas), no tempo do Marquês de Pombal, o surgimento de povoamento foi de curta duração. Geograficamente, o acesso a região era difícil, caracterizada como região montanhosa, com seus vales em garganta, bastante inclinados, formando ladeiras e, ainda, coberta de florestas fechadas. O que contribuiu para que até o século XIX ficasse desconhecida e de posse dos nativos. O combate aos indígenas, se tornou cada vez mais intenso, dificultando o estabelecimento dos mineradores. Cachoeiro de Itapemirim era entreposto de comercialização dos produtos agrícolas, tornando-se centro urbano, com funções mais diversificadas com o advento da chegada do café. A exploração desse interior montanhoso veio das regiões do sul do Rio de Janeiro e oeste de Minas Gerais, por serem limites com o sul do Estado do Espírito Santo.
O processo de expansão agrícola, liderado pelo café, iniciou-se através dos desmatamentos das florestas para a formação dos cafezais, seguindo o curso do Rio Itapemirim, vindos do Rio e de Minas. O Estado do Espírito Santo é marcado historicamente por grandes correntes imigratórias. As primeiras que se destacam são as formadas por austríacos e alemães. Especificamente para o sul do Estado dirigiam-se os italianos, solidificando não o só o jeito de viver, mas em especial o estilo da produção cafeeira em bases familiares, uma vez que a Abolição da Escravatura ocorreu no final do século XIX, o regime passou a ser o de relação de parceria. O ramal de extensão da Rede Ferroviária Leopoldina implantado em 1912, servia para o escoamento da produção cafeeira. A ferrovia era ligada ao Estado de Minas Gerais e ao Município de Castelo e o porto Itapemirim era também utilizado para o escoamento. Com a decadência do café, a atividade primária que substituiu foi a pecuária, sobretudo a leiteira. A criação da Cooperativa de Laticínio (SELITA), antecedida pela fundação do Sindicato Rural dos Lavradores e Criadores, em 1934, foi de fundamental importância para que a pecuária se tornasse base de apoio para a economia do Sul do Espírito Santo.
Apesar da predominância da pecuária apareceu recentemente e nova cafeicultura com o plantio em curva de nível, utilizando técnicas mais avançadas com o apoio de órgãos federais. Cachoeiro de Itapemirim foi a décima cidade do país e a primeira do Estado a adquirir luz elétrica, com uma usina instalada na Ilha da Luz. Sua situação geográfica favoreceu também a implantação de indústrias devido à facilidade dos meios de transporte, além das condições naturais propícias. Inicialmente as primeiras indústrias eram estatais e com maquinários importados, onde algumas chegaram a funcionar e outras foram passadas para iniciativa privada. A partir da década de oitenta até os dias de hoje, o ramo de maior desenvoltura na economia Municipal é de extração de minerais, classificando o município de: Capital do Mármore e Granito.
Hoje, o município de Cachoeiro de Itapemirim é o núcleo urbano mais importante do sul do Estado do Espírito Santo, estando situada na sua parte central a uma distância de 136 km de Vitória, beneficiado por boas rodovias permitindo a concentração e a distribuição de bens e serviços para municípios vizinhos. 
Ciclos da economia que fizeram a história do município - Ouro; Cana-de-açúcar; Café; Pecuária e Indústria de mármore e granito.
Turismo - Há grandes atrativos turístico-geológicos como o Frade e a Freira, o Pico do Itabira, Pedra da Ema e o Pico da Pedra da Penha que é considerado o ponto mais alto do município de onde se pode ver o Oceano Atlântico, possuindo uma trilha em meio a mata que é possível chegar ao seu cume, no qual, possui uma capela de Nossa Senhora da Penha e um cruzeiro, em suas proximidades existe a Cachoeira Alta.
No âmbito cultural, a Casa de Cultura Roberto Carlos, reconhecida como patrimônio histórico do município, atrai muitos turistas por ser o lugar onde nasceu e viveu por anos o cantor Roberto Carlos. A casa foi comprada pela prefeitura municipal e aberta a visitação no dia 13 de novembro de 2000, expondo fotos e demais curiosidades sobre o cantor.
Cultura - No município muitos eventos são promovidos por empresas particulares e também pela própria prefeitura. Todos os anos acontece também, a Feira do Mármore e Granito no parque de Exposições Carlos Caiado Barbosa, que atrai espectadores de diversos países. No ramo mineral, o mármore e o granito influenciam diretamente a cultura e economia local e nacional. Apesar de ser condicionado por acesso restrito, o evento organizado por empreendedores privados e, pela prefeitura municipal, a Feira do Mármore e Granito atrai muitos olhares, principalmente por parte juventude empreendedora.
Teatro - A cidade de Cachoeiro de Itapemirim já contou com vários outros espaços para a cultura, porém o atual é o Teatro Municipal Rubem Braga. Já passaram vários atores e cantores nacionalmente reconhecidos.
Música - A música em Cachoeiro de Itapemirim é muito importante para a cidade pois revelou um dos maiores cantores do Brasil, o "Rei" Roberto Carlos. Além de outros ídolos e bandas como Sérgio Sampaio e Anderson Freire.
Além disso, o município acolhe a única fábrica de pios de ave da América do Sul, a Fábrica de Pios Maurílio Coelho com mais de 100 anos de existência. Os pios são feitos em madeiras nobres proveniente de raízes de árvores extraídas no passado.
Referência para o texto: Wikipédia.
Outros videoclipes sobre localidades brasileiras, suas histórias, atrações turísticas, culturais e de lazer, podem ser encontrados no endereço https://www.youtube.com/lcdluizcarlos/videos . Visite!

terça-feira, 19 de junho de 2018

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Juazeiro - Bahia

Juazeiro é um município brasileiro do estado da Bahia. É conhecida como a Terra das Carrancas, figuras antropomorfas que adornam embarcações típicas no rio São Francisco. Seu nome se origina da árvore do juazeiro, endêmica do sertão nordestino.
História - O município de Juazeiro, no norte do estado da Bahia, implantado à margem direita do Velho Chico, situa-se no ponto exato onde ocorria o cruzamento de duas importantes e estratégicas estradas interiores do Brasil.
A primeira, fluvial, representada pelo Rio São Francisco, integrando o norte ao sul. A segunda, um caminho das bandeiras, aberto pelos paulistas, sob o comando de Domingos do Sertão, pelos baianos sob o comando de Garcia d'Ávila II, cujas terras se estendiam até onde é hoje a Praia do Forte,vizinha a Salvador, e pelos nativos sob o comando de Manuel Nunes Viana.
Somente no fim do século XVII, à sombra protetora da árvore-mãe do sertão, o juazeiro, começa a surgir o que hoje se constitui num dos mais importantes núcleos urbanos do Sertão Nordestino.
Foi criado em 1833, sendo que desde 1596 seu território já era percorrido pelo bandeirante Belquior Dias Moreira. Em 1706, chegava à região uma missão são-franciscana para catequizar os índios da região. Ergueram um convento e capela com uma imagem da Virgem que, de acordo com a lenda local, fora encontrada em grutas das imediações, por um indígena. Deu-se ao local o nome de Nossa Senhora das Grotas do Juazeiro, que deu origem à atual sede do município.
Juazeiro, sucessivamente, elevada à categoria de vila, posteriormente, comarca, e transforma-se pela Lei n.º 1.814 de 15 de julho de 1878, em cidade.
Era do porto de Juazeiro que partiam as embarcações conhecidas como vapor (existe uma relíquia deste, que funciona como restaurante no centro da cidade). O porto mais importante do São Francisco se comunicava com outros municípios ribeirinhos Baianos e diretamente com Minas Gerais através deste meio de transporte, e daí para a antiga Capital do País, o Rio de Janeiro.
A via férrea funcionava a partir de Juazeiro rumo a Salvador desde o início do século passado. A cidade de Juazeiro é a mais industrializada do vale do São Francisco, pois a mesma conta em seu distrito industrial (DISF - Distrito Industrial do São Francisco) com diversas indústrias e outros tipos de empresas.
Pontos de interesse de juazeiro
Ilhas - Apesar de estar no interior do continente, Juazeiro possui algumas ilhas devido ao rio São Francisco. Entre elas estão a do Rodeadouro, do Fogo, Culpe o Vento, da Amélia, do Massangano, de Nossa Senhora das Grotas e do Maroto.
A ilha do Rodeadouro está a 12 km de distância do centro de Juazeiro, é uma das mais frequentadas da região, com praias de areias alvas e excelentes para banho. Com uma razoável infra-estrutura a ilha possui barracas onde os visitantes podem degustar os mais variados pratos da região. Há também espaço para camping, onde as pessoas podem passar os fins de semana usufruindo as belezas naturais do local.
A travessia pode ser feita através de barcos localizados às margens do rio São Francisco, no povoado do Rodeadouro ou nas barcas de passeio que saem todos os finais de semana do cais de Juazeiro até a ilha. Durante o percurso as pessoas curtem música ao vivo enquanto contemplam as paisagens naturais do Velho Chico.
A ilha do Fogo está localizada no centro da ponte Presidente Eurico Gaspar Dutra, marca da divisa entre os Estados da Bahia (Juazeiro) e Pernambuco (Petrolina). Possui uma área praiana com terreno acidentado, formado por uma rocha única, de aproximadamente 20 m de altura, onde está fixado um cruzeiro.
A ilha Culpe o Vento é deserta e ideal para prática de camping selvagem. O acesso é feito pela rodovia BA-210, que liga Juazeiro a Curaçá, aproximadamente 15 km até o local da travessia que é feita por barcos localizados às margens do rio.
Grutas - A gruta do Convento está localizada no interior do município de Campo Formoso, a 100 km de Juazeiro, é uma aventura imperdível para quem gosta de passeios ecológicos. Cortinas e torres são formadas pelas estalactites e estalagmites que dão forma a gruta de 40 m de largura e 30 m de altura, composta ainda por dois lagos tornando o cenário mais belo. Para conhecer a gruta é necessário um guia nativo.
Cachoeiras - A cachoeira do Salitre está localizada no Vale do Salitre, na Fazenda Félix, a 39 km de Juazeiro, a cachoeira com salto de pouco mais de 2 m de altura é excelente para banho e muito apreciada pelas crianças da região, que se divertem nas águas do rio Salitre. O acesso é feito pela BA-210, sentido Sobradinho.
Também formada pelo rio Salitre, a cachoeira da Gameleira fica a 68 km de Juazeiro, escondida entre a vegetação fechada da caatinga. Num cenário paradisíaco, a queda d'água escorre entre um cânion, onde predomina um enorme gameleira, cujas raízes se espalham formando sombra em parte da cachoeira. A profundidade do lago permite saltos do alto da cachoeira de aproximadamente 5 m.
Economia
A cidade de Juazeiro é a mais industrializada do vale do São Francisco, pois a mesma conta em seu distrito industrial (DISF - Distrito Industrial do São Francisco) com diversas indústrias e outros tipos de empresas. O DISF está localizado ao sul da cidade de Juazeiro, cortado pela BR-407 e BR-210.
O Juá Garden Shopping, está estrategicamente localizado às margens da rodovia Lomanto Júnior, no km 06, uma das principais vias de acesso ao Vale do São Francisco. A vizinha Petrolina está só a 9 km de distância. Juazeiro e Petrolina são ligadas pela Ponte Presidente Dutra sobre o Rio São Francisco, trecho da BR 407.
O Polo Petrolina-Juazeiro foi instituído pela lei complementar nº 113, de 19 de setembro de 2001, regulamentada pelo decreto nº 4366, de 9 de setembro de 2002. A região detém uma área de aproximadamente 35.000 km² englobando uma população de cerca de 700.000 mil habitantes. A RIDE - Região Integrada de Desenvolvimento Juazeiro Bahia e Petrolina Pernambuco, abrange quatros municípios pernambucanos: Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Orocó; e quatro municípios baianos: Juazeiro, Casa Nova, Curaçá e Sobradinho.
Agricultura - A região compreendida pelas cidades de Juazeiro e Petrolina tornou-se o maior centro produtor de frutas tropicais do país, tendo destaque para os cultivos de manga, uva, melancia, melão, coco, banana, dentre outros; este desempenho é responsável pela crescente exportação de frutas além da produção de vegetais a região é conhecida nacional e internacionalmente pela produção e qualidade dos vinhos, que tiveram grande crescimento com a implantação de mecanismos de irrigação, tornando-se a única região do país a colher duas safras de uvas por ano, e a maior exportadora e produtora de frutas do Brasil, mesmo se localizando no centro do polígono das secas.
Vale ressaltar que em Juazeiro se encontra um dos maiores "CEASAS" (central de abastecimento) do Brasil, sendo o maior do interior do norte-nordeste do Brasil, sendo maior até que muitos Ceasas de várias capitais e responsável pela produção agrícola que abastece várias regiões do país.
Turismo - O turismo vem recebendo investimentos destinados ao desenvolvimento turístico da Zona turística dos Lagos do São Francisco, uma das zonas da Bahia com potencial turístico na qual está inserido. E entre as atrações turísticas da cidade pode-se destacar a orla fluvial, o navio "Vaporzinho", o Museu do São Francisco, a Ponte Presidente Dutra, o Parque da Lagoa do Calu, a Estátua Nego D'água e as vinícolas da região.
A Orla fluvial é muito movimentada. Apresenta uma rede de bares e restaurantes movimentados onde pode-se apreciar a beleza do rio São Francisco.
O Vaporzinho foi o primeiro navio a vapor que navegou no Velho Chico, tendo sido importado dos Estados Unidos, antes de navegar nessa região ribeirinha fazendo o trecho Juazeiro-BA/Pirapora-MG, navegou no rio Mississipi, nos Estados Unidos. Localizado na orla fluvial da cidade, é um monumento que homenageia os navegantes e a navegação que foram o eixo fundamental para o desenvolvimento da cidade.
O Museu do São Francisco, recentemente, foi restaurado apresenta um acervo rico da história da cidade e do rio São Francisco.
A Ponte Presidente Dutra foi inaugurada no ano de 1950, foi construída para ligar as cidades de Juazeiro-BA/Petrolina-PE, sendo hoje o maior eixo rodoviário do interior da região nordeste. Atualmente está passando por um processo de ampliação.
O Parque da Lagoa de Calú é um parque multimodal de lazer e entretenimento que, recebeu este nome por conta de Dona Calú, uma senhora que vivia numa casinha de Taipo nesta região. Inicialmente era chamado "Buraco" de Calú, uma referência às características do local em que ela residia. Dona Calú veio a falecer anos antes da reforma que deu origem ao Parque da Lagoa.
A estátua Nego D'água está localizada dentro do rio São Francisco, na margem juazeirense. É uma homenagem juazeirense às lendas e folclores do rio e dos ribeirinhos.
Calendário de festas
Março: Via Sacra de Itamotinga e Malhada da Areia (distrito de Pinhões).
Abril: Maratona Tiradentes.
Maio: Padroeira de Carnaíba, Festival Programa Arte Educação, Pentecostes.
Junho: Padroeira de Abóbora, São João nas comunidades, Padroeiro de Juremal, São Pedro.
Julho: Aniversário de Juazeiro, FENAGRI - Feira Internacional da Agricultura Irrigada, Festival Internacional da Sanfona, Festa dos Colonos no Distrito de Maniçoba.
Agosto: Padroeiro de Itamotinga, Semana do Folclore.
Setembro: Desfile Cívico-militar de 7 de setembro, 08 - Dia da Padroeira da Cidade :Nossa Senhora das Grotas.
Dezembro: Festival integrado de artesanato, Projeto cantos natalinos, Auto de natal, Reveillon da cidade.
Educação - A educação de Juazeiro conta com instituições de ensino superior, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), pública estadual, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), pública federal, e a Faculdade São Francisco de Juazeiro (FASJ), privada além de variás faculdades de ensino a distância como a FTC (Faculdade de tecnlogia e ciências), e a UNOPAR (Universidade do Norte do Paraná); a UNIDERP-ANHANGUERA>.
Outras Universidades em Juazeiro e cursos ofertados:
- Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF): Artes Visuais, Ciências Sociais, Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia da Computação, Engenharia de Produção.
- Universidade do Estado da Bahia (UNEB): Agronomia, Direito, Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Jornalismo em Multimeios, Pedagogia.
- Instituto Federal da Bahia (IFBA): Técnico em Administração, Técnico em Segurança do Trabalho.
- Faculdade São Francisco de Juazeiro (FASJ): Administração de Empresas, Ciências Contábeis, Comunicação Social, Enfermagem, Engenharia Civil, Fisioterapia, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Pública, Pedagogia.
Referência para o texto: Wikipédia.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Limeira - São Paulo


Limeira é um município brasileiro situado no Centro-Leste do estado de São Paulo.
Etimologia - A origem do nome do município envolve uma lenda popular na cidade, que fala de um frei franciscano chamado João das Mercês, que acompanhava uma caravana de bandeirantes se dirigindo para o interior do estado. O frei teria morrido subitamente ao passar uma noite no rancho do Morro Azul, sendo sepultado ali mesmo com a sacola de limas que carregava, as quais dizia curar febres e que estariam supostamente envenenadas. Ali teria brotado uma limeira, que deu nome ao rancho e à cidade.
Sobre Limeira - Importante polo industrial do interior do estado de São Paulo, a cidade foi grande centro cafeicultor no século XIX, simbolizado pela Fazenda Ibicaba, maior produtora do café por vários anos. A fazenda serviu como base ao senador Vergueiro e mais tarde ao imperador Pedro II, durante a Guerra do Paraguai, tornando-se um dos mais cruéis núcleos da escravidão brasileira. Posteriormente, atrairia milhares de imigrantes e seria palco de uma revolta de colonos, em 1856. Na Segunda República, foi importante foco de combate na Revolução Constitucionalista de 1932, agravada pelas divergências internas.
Limeira também foi conhecida por Capital da Laranja e Berço da Citricultura Nacional, dados o pioneirismo e a grande produção citrícola que o município desenvolveu. Mais recentemente, a agricultura da cidade destaca-se pelo cultivo da cana-de-açúcar e pela produção de mudas cítricas. No ramo da indústria, que possui maior importância na economia municipal, Limeira se destaca nas áreas de metalurgia, metal-mecânica, autopeças, vestuário, alimentos, cerâmica, papel e celulose, embalagens, máquinas e implementos. Recentemente, a cidade tem se destacado especialmente na área de joias, atraindo a atenção de pessoas de todo o mundo.
Além dos templos, casarões, palacetes e mansões do século XIX, Limeira possui expressivas fazendas históricas que atualmente movimentam o turismo rural e ecológico na cidade. A 143 km da capital, é em Limeira que se encerra a Rodovia dos Bandeirantes, que liga a cidade de São Paulo à porção noroeste do complexo metropolitano, considerada uma das melhores do país, e se inicia a Rodovia Washington Luís, que segue até a região de São José do Rio Preto. A Rodovia Anhanguera também passa pela cidade, terminando em Ribeirão Preto.
História - Fundação e expansão - Historicamente, Limeira surgiu em 1826, a partir da construção de uma estrada feita para escoar a produção dos engenhos da região. Às margens da estrada do capitão Luís Manuel da Cunha Bastos, surgiu a freguesia de Nossa Senhora das Dores do Tatuibi, oficializada em 9 de dezembro de 1830 por lei provincial.
A cidade ficou conhecida como o "berço da imigração europeia de cunho particular", por ter recebido, nos anos de 1840 e 1846, trabalhadores portugueses, suíços e alemães, desenvolvendo o sistema de parceria numa época ainda marcada pelo trabalho escravo.
No ano de 1842 o povoado foi elevado à vila e por final foi elevada à categoria de cidade no dia 18 de abril de 1863. A Fazenda Ibicaba, que entre 1860 e 1870 foi a maior produtora de café do Brasil, graças à influência de seu proprietário, o senador Nicolau Vergueiro, e posteriormente de seu filho, Nicolau José, foi uma estação militar durante a Guerra do Paraguai, recebendo Dom Pedro II, a Princesa Isabel e o Conde D'Eu durante as suas viagens a São Paulo. Lá ocorreu a Revolta de Ibicaba, uma das primeiras revoltas de caráter proletário do país, conduzida pelos imigrantes, que possibilitou a revisão do sistema de parcerias por parte da coroa.
Áreas verdes - O Zoológico Municipal, inaugurado em 1968, ocupava uma área verde próxima ao centro da cidade no bairro Jardim Mercedes, uma área da antiga chácara de Trajano de Barros Camargo, também conhecido como Dr. Trajano. Um novo zoológico municipal foi construído na área do Horto Florestal.
O Horto Florestal Prof. André Franco Montoro é um grande bosque de eucaliptos com aproximadamente 300 alqueires. Foi inaugurado em 1984, quando a prefeitura tomou posse da área então abandonada que pertencia à Fepasa S.A. - antiga Companhia Paulista - e era destinada à criação de eucaliptos para a reposição dos dormentes dos trilhos. A área verde está localizada a nove quilômetros do centro da cidade na via Jurandir Paixão (antiga via Tatuibi). O local é aberto para lazer e prática de esportes, possuindo, também, lago artificial, quiosques e áreas para crianças.
O Parque Cidade de Limeira Prof. Dr. Ary Apparecido Salibe está localizado em uma área de 99,270 m² pertencente à prefeitura, na Vila São João, e que já abrigava estruturas de lazer e serviços municipais, tais como a Hípica Municipal, o Centro de Promoção Social Municipal e o Ginásio Municipal Vô Lucato. O parque foi inaugurado em setembro de 2007. O Parque é composto 120 espécies de árvores, sendo 69 nativas e 51 exóticas, totalizando 1017 árvores contabilizado no ano de 2015. No local é possível observar 31 espécies da avifauna, sendo 30 nativas e 1 exótica. Apresenta também ciclovia com 1000 metros, duas lanchonetes, parque infantil e brinquedoteca. Na mesma área, havia uma grande construção que foi abandonada por anos, e agora abriga o Museu da Joia Folheada, o Centro de Formação do Professor e um novo teatro, com capacidade para 400 pessoas.
Por ter sido um grande centro cafeicultor, Limeira possui fazendas importantes e representativas do período áureo do café, atualmente dedicadas, quase todas, ao cultivo da cana-de-açúcar, com exceção da fazenda Citra, no ramo viveirista. No entanto, essas propriedades mantém, ainda, quase toda a estrutura dessa época. Recebem grupos de visitantes para turismo ecológico. São elas: a Fazenda Morro Azul, a Fazenda Ibicaba, a Fazenda Quilombo, a Fazenda Itapema, a Fazenda Citra e a Fazenda Santa Gertrudes.
Economia - A exploração agrícola das terras do município começa com o plantio de cana-de-açúcar em meados do ano 1799. Em 1828, passou-se a se produzir café na Fazenda Ibicaba, que tornou-se o maior núcleo cafeeiro do país. Todavia, anos mais tarde, com a expansão da área produtiva, outras cidades da região acabaram por iniciar produções mais expressivas. Com a crise de 1929, a cafeicultura foi sendo abandonada e novas culturas apareceram, entre elas a de laranja. A citricultura então passou a se desenvolver, fazendo a cidade ser conhecida como a Capital da Laranja, ainda na década de 1960. Porém, novamente a expansão da cultura para outras cidades faz a cultura entrar em declínio. Atualmente, a cultura predominante na cidade é a cana-de-açúcar, seguida da cultura de legumes e verduras. Também há a produção de mudas em geral, área em que o município tem destaque.
O setor comercial da cidade conta com 4.000 estabelecimentos comerciais e 3.000 prestadoras de serviços. Na cidade, há três shopping centers. Um deles se localiza na região central, o Shopping Pátio Limeira, que possui lojas âncoras, como Lojas Americanas, Marisa, C&A, Renner e Lojas Centauro. Um outro shopping, o primeiro da cidade, que havia falido em meados dos anos 2000, foi reinaugurado após o processo de compra pela Prefeitura e posterior leilão. Foi adquirido pelo valor de R$11,2 mi pela empresa MV1 Empreendimentos e Participações Ltda., sendo reaberto no segundo semestre de 2012. O Shopping conta com cerca de setenta lojas, dentre essas algumas âncoras, e mais opções de lazer, como cinema. A denominação do Limeira Shopping Center, por motivos jurídicos, foi invertida para Shopping Center Limeira. O terceiro centro comercial, o Shopping Nações, localiza-se na rodovia Limeira-Piracicaba, próximo à Rodovia dos Bandeirantes. O projeto do estabelecimento conta com 28 mil m² e tem 100 lojas. Foi inaugurado em setembro de 2013. A rede Walmart representa o hipermercado da cidade, sendo que ainda há o grupo de supermercados, como Enxuto, Covabra, Sempre Vale, Dia Brasil, Supermercados Servbem, Rede Econômica, Assaí, Paulistão e outros de menor porte.
Por volta dos anos 1850, já havia a produção de carroças e instrumentos agrícolas na Fazenda Ibicaba, que durante a Guerra do Paraguai, chegou a produzir apetrechos para os soldados. Por essa razão, ela é considerada a primeira indústria da cidade. Entre os anos de 1907 e 1922, surgem importantes indústrias, como a Indústria de Chapéus Prada (1907), a Café Kühl (1920) e a Indústria de Papel Santa Cruz (1922), atual Ripasa Papel e Celulose. Já entre as década de 1940 e 1970, a indústria foi principalmente impulsionada pelo florescimento da citricultura Citrobrasil (1940) e Citrosuco (1966). Após a Segunda Guerra, com o apoio para o desenvolvimento da indústria automotiva, surge a Freios Varga, atual TRW (1945) e a Fumagalli, atual Arvin Meritor (1946). A partir da década de 1970, o parque industrial limeirense passa a se expandir e abraçar empresas multinacionais. É instalada em Limeira a japonesa Ajinomoto, a Fumagalli se funde ao grupo americano Rockwell em 1974 e a Freios Varga passa a integrar o grupo inglês Lucas, em 2000.
O setor de joias folheadas a ouro tem tido lugar de destaque por sua grande importância para a cidade. A produção destas empresas responde por quase metade da produção do setor no Brasil e é exportada para todo o mundo, atraindo compradores de vários locais. A cidade vem crescendo ano após ano para se tornar mais atrativa para as indústrias, contando com programas de incentivo. Esta política adotada pelas últimas administrações tenta reverter o aumento do desemprego e do trabalho informal na cidade. Atualmente a cidade é conhecida como o maior pólo de semi joias da América, tendo como destaque a Avenida Costa e Silva, com cerca de 300 lojas de fábrica.
Essa expansão do setor de joias cria uma grande demanda por mão de obra. Tal demanda é muitas vezes atendida de maneira informal, empregando pessoas sem treinamento para cuidar de etapas do processo de folheação que envolvem materiais tóxicos e perigosos. Há também indícios de emprego de mão de obra infantil nestas mesmas condições.
Educação - A cidade possui 30 escolas estaduais e uma rede de escolas municipais que atende mais de 17 mil alunos. Há também 46 instituições particulares de ensino. Segundo dados do INEP, de 2000, a taxa de analfabetismo da cidade é de 6,25%. A cidade abriga dois campi da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No primeiro campus se encontra a Faculdade de Tecnologia (FT), antigo Centro Superior de Educação Tecnológica (CESET), responsável pelos cursos superiores tecnológicos. No novo campus da Unicamp se encontra a Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) implantada em 2009, com seis cursos. Seu projeto pedagógico diferenciado propõe a existência de um Núcleo Básico Geral e Comum de matérias para todos os cursos. Este novo campus ainda possui projeto de expansão, inclusive incluindo novos cursos, mas já se encontra em pleno funcionamento. Há ainda na cidade algumas instituições particulares de ensino superior, como: a Faculdade de Administração e Artes de Limeira (FAAL), a Faculdade Comunitária Anhanguera Educacional (FAC), as Faculdades Integradas Einstein de Limeira] (FIEL), o Instituto Superior de Ciências Aplicadas (ISCA) e a Universidade Paulista (UNIP).
O campus da Unicamp na cidade também abriga o Colégio Técnico de Limeira (COTIL), dirigido pela própria Unicamp e responsável por cursos técnicos e profissionalizantes. Uma conceituada opção no ensino técnico e no profissionalizante na cidade é o SENAC, que oferece a comunidade diversos cursos Técnicos de áreas como Administração e Negócios, Segurança Ocupacional, Bem Estar, Informática, Comunicação, Design e muitos outros, sendo eleita em 2011 como centro de Excelência em Empreendedorismo. Há ainda mais escolas técnicas na cidade, onde destacam-se a Escola Técnica Estadual Trajano Camargo, mantida pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e as instituições particulares como Colégio Santo Antônio, Colégio RGF, Colégio Einstein, Colégio Objetivo, Colégio São José, Procotil e Colégio Portinari e Colégio Jandyra Antunes Rosa.
Cultura
Patrimônio Arquitetônico - A Gruta Municipal, na praça Toledo Barros, é um monumento que celebra a paz, e foi construído por volta de 1920 para celebrar o final da Primeira Guerra Mundial. Originalmente, era um coreto, mas hoje abriga exposições eventuais.
Apesar de a cidade ser considerada antiga pelos padrões paulistas pelo fato de sua fundação ter se dado em 1826, pouco restaram das construções históricas. Isso foi consequência da renovação urbana que ocorreu nas década de 1960 e 70, quando se perdeu boa parte destas construções.
Ainda assim, graças ao alto número de construções de época, várias delas permanecem conservadas. Entre elas, há a Igreja da Boa Morte, construída em 1858 e concluída em 1867 em estilo barroco, o Teatro Vitória, construído em 1941 em estilo art déco, simbolizando a modernidade dos anos 40 e o Edifício Prada, construído em 1937, para abrigar a antiga companhia Chapéus Prada S/A e que atualmente é sede da prefeitura.
A Estação Ferroviária, de 1876, o Palacete Levy, de 1881, a mansão Prada, da década de 1890 e o Palacete Tatuibi, de 1901, são outros exemplos de prédios históricos que ainda fazem parte da arquitetura da cidade.
Música - Existem quatro corporações musicais que se destacam na cidade, como a Corporação Musical Henrique Marques, fundada em 1860, sendo a quarta banda civil mais antiga do Brasil. Possui sede própria e mais de sessenta componentes. Afora as apresentações externas, realiza retretas regularmente, a cada quinzena, na praça Toledo Barros. É regida pelo maestro Fernando Costa Barreto, o quinto maestro da corporação desde a sua fundação. A Corporação Musical Arthur Giambelli, fundada em 1932 e conhecida por Embaixatriz Sonora de Limeira, por ter sido campeã de vários festivais das décadas de 1950 a 1970. Assim como a anterior, possui mais de 60 membros e tem sede própria. Também apresenta-se em outras cidades e realiza retretas a cada quinzena na praça Toledo Barros, em semanas alternadas com a Corporação Henrique Marques. Está hoje sob a batuta do maestro Leandro Pereira. A Banda Marcial do SENAI Luís Varga, formada em 1998 a partir da fanfarra da escola. Banda bastante jovem e inovadora, tem apresentado-se com destaque em vários locais do estado.
A Orquestra Sinfônica de Limeira deu início a suas atividades em 17 de novembro de 1995, sob a direção de seu maestro Rodrigo Müller. Com o objetivo da formação de um público de concerto, a orquestra executa um repertório eclético que vai do barroco até a música popular brasileira, passando pelos principais compositores da música erudita, buscando sempre uma interpretação próxima a do período em que as obras foram compostas. Para formar novos músicos, a orquestra oferece, através de sua Escola Livre de Música (ELM),[62] cursos gratuitos nas áreas erudita e popular. A orquestra realiza durante o ano sua temporada oficial no Teatro Vitória, além de concertos didáticos em bairros e apresentações no Parque Cidade. Atualmente conta com cerca de 60 profissionais envolvidos diretamente, tornando assim a música não só um instrumento de entretenimento, socialização e inclusão, mas também um potencial gerador de empregos para músicos de Limeira e região. Recebe solistas de renome nacional e internacional.
Teatros - Limeira foi uma das primeiras cidades paulistas a possuir um teatro. O primeiro teatro da cidade chamava-se Teatro da Paz, localizado na praça Toledo Barros e inaugurado em 1882, ainda inacabado. Recebeu este nome para celebrar a paz após a Guerra do Paraguai. Em 1885, o teatro neoclássico teve suas obras concluídas. Funcionou até o ano de 1940, quando foi demolido para dar lugar ao Cine Vitória, à época um moderno edifício art déco. Em 1996, o Cine Vitória foi reformado para se transformar num teatro. O atual Teatro Vitória, com capacidade para 670 pessoas, está localizado na praça Toledo Barros, no mesmo local onde fora construída a primeira casa de espetáculos da cidade. Além de peças, concertos, palestras, mostras de dança, recebe exposições no hall de entrada.
Conta ainda com o Anfiteatro de Educação Ambiental Roberto Burle Marx, com cem lugares no zoológico municipal, e o Auditório da Delegacia de Ensino, antigo Cine Boa Vista, no bairro homônimo, com capacidade para quatrocentos pessoas. Além disso, há ainda o Teatro Nair Bello, com capacidade para 400 pessoas, próximo ao Centro de Capacitação do Professor. No Teatro Nair Bello, em 1 de setembro de 2014, foi apresentada uma palestra por José Eduardo Heflinger Júnior intitulada "Limeira, o berço da imigração europeia pelo sistema de parceria", destinada a professores municipais e ao público em geral. Esta palestra pretendeu difundir o conhecimento adquirido em mais de 50 anos de pesquisa, que resultaram na publicação de diversos livros e de uma exposição no Museu BallinStadt, em Hamburgo.
Bibliotecas e museus - A Biblioteca Municipal João de Sousa Ferraz, no centro da cidade, faz parte do Centro Cultural Municipal e possui acervo de mais de 35 mil livros. No mesmo pátio está implantada a Biblioteca Infantil Cecília Quadros, que possui acervo de cerca de 4 mil livros. A cidade ainda possui várias bibliotecas de algumas organizações em bairros e um serviço de biblioteca móvel.
O Museu Histórico Pedagógico Major José Levy Sobrinho, criado em 1963, também se integra ao Centro Cultural Municipal e está localizado no prédio do antigo grupo escolar Coronel Flamínio Ferreira. Possuía acervo de mais de três mil peças, onde podem ser encontradas fotos e gravuras que remontam à cidade quando esta era apenas uma vila. Há também retratos a óleo de habitantes do passado e uma série de objetos que pertenceram ao antigo grupo escolar Coronel Flamínio Ferreira. Lousa, ábaco, tinteiros e as primeiras carteiras utilizadas pela escola são algumas das curiosidades. No prédio também funciona o Museu da Imagem e Som de Limeira, que preserva gravações com depoimentos de limeirenses e uma hemeroteca com mais de 1800 revistas e jornais antigos, álbuns de foto e discos. A cidade conta com o Museu da Joia Folheada, na parte interna do Parque da Cidade, devido à importância de Limeira, o polo nacional do setor, ao mercado das joias.
Referência para o texto: Wikipédia

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Caruaru - Pernambuco


Caruaru é um município brasileiro do estado de Pernambuco.
O município exerce um importante papel centralizador no Agreste e interior pernambucano, concentrando o principal pólo médico-hospitalar, acadêmico, cultural e turístico da região.Possui a maior Festa Junina do mundo, segundo registro do Guinness World Records (o livro dos recordes), e é internacionalmente conhecida pelos festejos. Abriga ainda a Feira de Caruaru, conhecida por ser uma das maiores feiras ao ar livre do mundo e ter sido tombada como patrimônio imaterial do país pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Seu artesanato com barro ficou mundialmente conhecido pelas mãos de Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, que representou Pernambuco na exposição de Arte Primitiva e Moderna Brasileira no ano de 1955, em Neuchâtel, na Suíça, e cujas obras podem ser contempladas no Museu do Louvre, em Paris, e em sua antiga residência no Alto do Moura, bairro caruaruense. Os seguidores do Mestre Vitalino fizeram de Caruaru o maior centro de arte figurativa das Américas segundo a UNESCO.
Toponímia - Há diversas hipóteses para a origem do nome do município, Caruaru (pronúncia IPA: [cɐɾu'ɐɾu] link=. ouça). Uma das mais utilizadas é que o nome Caruaru seja uma junção oriunda do dialeto dos índios cariris, habitantes da região na época do desbravamento, no século XVI. "Caru" equivaleria a alimento e fartura e "aru aru" à abundância. Logo, Caruaru significaria terra da fartura. A "Documentação Territorial Brasileira", do IBGE, depois de frisar os vários significados associados a entidades mórbidas, acrescenta mais uma definição: "nome de uma planta vulgarmente conhecida por caruru (espécie de bredo) e que outrora cobria um poço na margem do rio Ipojuca, em local que, por isso, passou a ser denominado Poço ou Sítio do Caruru. Por acréscimo de uma vogal, o nome seria alterado para Caruaru". No Dicionário Houaiss, consta com dois sentidos: 1º) o mesmo que curuaí (do tupi curuá’i), planta Orbignya sabulosa, isto é, a palma, incidente em toda a região; 2º) o mesmo que jacuraru, ou seja, um lagarto (do tupi yakurua’u), o popular teju ou teiú, também bastante frequente na região.
História - Devido à sua posição geográfica favorável, no coração do Agreste, passagem obrigatória do transporte de gado do Sertão para o Litoral, logo se estabeleceram diversas propriedades agropastoris. Os donos das terras onde hoje se situa o município eram os "Nunes dos Bezerros", assim denominados em virtude da curta distância entre a fazenda e a paróquia de Bezerros. Admite-se que os Nunes eram remanescentes dos antigos concessionários daquelas terras, quando foram distribuídas como sesmarias. Os Nunes haviam adotado um casal de órfãos, sendo o menino, José Rodrigues de Jesus. Em virtude de desentendimento com a família, ele se apossou das terras que lhe cabiam por herança, a leste e a sudeste da fazenda dos Nunes. Com vinte anos já era um senhor poderoso e residia com a mulher – Maria do Rosário de Jesus – numa vivenda, a Casa Grande, no local denominado Caruaru. Com licença do Bispado de Olinda, em 1781, construiu a capela de Nossa Senhora da Conceição, que contribuiu para o surgimento de uma feirinha semanal e passou a ser ponto de convergência de novos moradores, iniciando-se assim o povoamento da região. Documentos de 1794 comprovam a existência desse povoado, "possuindo crescido número de casas", já conhecido com a mesma denominação atual.
Em 1834, Caruaru figurava como 7º distrito de paz de Bonito, conforme ofício datado de 8 de novembro desse ano, enviado pela Câmara de Bonito ao Conselho do Governo de Pernambuco. A Lei Provincial nº 133, de 6 de maio de 1844, criou o distrito de São Caetano da Raposa, anexado ao município de Caruaru (alguns documentos mencionam essa lei como sendo do dia 2 de maio). Em 1846, o missionário frei Euzébio de Sales, capuchinho da Penha, iniciou a construção da Igreja Matriz, hoje catedral. Reconstruída duas vezes, a última em 1883, a igreja ganhou, nesse ano, o sino que ainda hoje existe no local, o maior ex-voto da região, promessa de Francisco Gomes de Miranda Leão, que fez transportar a oferenda em lombo de animais, de Tapera a Caruaru, onde a população recebeu com entusiasmo. Em 16 de agosto de 1848, a Lei Provincial nº 212 elevou Caruaru à categoria de vila, com território desmembrado de Bonito. Essa lei transferiu a sede da freguesia de São Caetano da Raposa para Nossa Senhora das Dores, em Caruaru, para onde também foi transladada a sede da comarca de Bonito. O art. 3º da mesma lei dividiu a comarca em dois municípios, compreendendo o primeiro as freguesias de Caruaru, Bezerros e Altinho, e a segundo município, as cidades de Bonito e Panelas.
A Câmara foi instalada no dia 16 de setembro de 1849, segundo ofício enviado ao presidente da província; quem a instalou foi o presidente da Câmara de Bonito, Francisco Xavier de Lima. O primeiro vigário da freguesia foi o padre Antonio Jorge Guerra, que a instalou no dia 28 do mesmo mês e ano. Em 18 de maio de 1857, a Lei Provincial nº 416 elevou a vila de Caruaru à categoria de cidade e sede do município e em 20 de maio de 1867, a Lei Provincial nº 720 criou a comarca de Caruaru, a qual foi classificada de 1ª entrância pelo Decreto nº 3.978, de 12 de outubro do mesmo ano; o primeiro juiz de Direito foi o dr. Antonio Buarque de Lima. Em 13 de novembro de 1872, o Decreto nº 5.139 classificou-a como de 2ª entrância.
Tornou-se município em 1 de março de 1893, com base no art. 2º das disposições gerais da Lei Estadual nº 52 (Lei Orgânica dos Municípios), de 3 de agosto de 1892. O primeiro prefeito eleito foi o major João Salvador dos Santos. Em relação anexa ao ofício do prefeito para o Secretário do Governo, com data de 26 de maio de 1893, declara-se que o município fora dividido em três distritos administrativos: Caruaru (sede municipal), Carapotós e São Caetano da Raposa.
Caruaru se converteu em município, sendo o segundo do agreste pernambucano, pelo projeto nº 20, criado pelo deputado provincial Francisco de Paula Baptista (1811-1881), defendido em primeiro debate em 3 de abril de 1857 e tornando-se concreto, depois de aprovação sem debate, em 18 de maio do mesmo ano, com a assinatura da Lei Provincial nº 416, pelo então vice-presidente da província de Pernambuco, Joaquim Pires Machado Portela. Ao passar das décadas, a cidade se desenvolveu e a antiga Vila do Caruru atualmente é conhecida por colecionar vários títulos, como “Capital do Agreste”, “Capital do Forró”, “Princesa do Agreste”, dentre outras alcunhas, fazendo analogia ao cenário de sua importância política-econômica no cenário do Estado de Pernambuco.
O desenvolvimento do município teve seu apogeu a partir de 1896, após a construção da Great Western, a linha férrea que conecta a cidade à capital pernambucana. Pelos seus trilhos era escoada a produção agrícola, além das mercadorias de sua tradicional feira. Iniciada em 2001 pelo governo pernambucano, a duplicação da principal rodovia que dá acesso ao município, a BR-232, foi crucial para a industrialização da sua economia e o crescimento do setor de serviços, já que com a nova rodovia o número de turistas em dada época do ano era maior, visto que a duplicação trouxe uma redução no tempo de viagem e mais segurança. O primeiro trecho das obras foram iniciadas no sentido Recife-Caruaru e concluídas em 2003, quando foi dado início a outro trecho, Caruaru-São Caetano.A cidade tem destaque para a produção têxtil, concentrando cerca de 12 mil fábricas do gênero, 30 mil pontos de venda e gerando 140 mil empregos direitos e indiretos.
Economia - Na lavoura temporária, destaques para a produção de macaxeira; tomate; batata-doce; cana-de-açúcar; milho e o feijão. Já na lavoura permanente, se destacam banana, abacate, laranja, manga, mamão, coco-da-baía e castanha-de-caju.
Em 2011, a indústria representou a segunda maior atividade econômica de Caruaru. A cidade tem destaque para a produção têxtil, concentrando cerca de 12 mil fábricas do gênero, 30 mil pontos de venda e gerando 140 mil empregos direitos e indiretos.
A cidade possui a maior feira ao ar livre do país, a Feira de Caruaru. Na feira são vendidos produtos das mais variadas naturezas, desde frutas, verduras, cereais, ervas medicinais, carnes, bem como produtos manufaturados como roupas, calçados, bolsas, panelas e outros utensílios para cozinha, móveis, animais, ferragens, miudezas, rádios, artigos eletrônicos e importados.
No ano de 2015, a cidade possuía dois shopping centers. O Caruaru Shopping foi inaugurado em 1997. Dispõe de uma grande variedade de lojas, serviços, educação e lazer, formado por quatro lojas âncoras (Hiper Bompreço, C&A, Lojas Americanas e Lojas Marisa), e mais de noventa lojas satélites entre marcas nacionais e regionais (Arezzo, Esposende Calçados e Esportes (Grupo Paquetá), Sueldo's, Chinatown, O Boticário, ADJI, Oi, TIM, Viasports, PUC, Hering Store, Livraria Nobel, Chilli Beans) e adesão dos empresários locais, Praça de Alimentação, Play Park, e a UNIFAVIP DeVry (Faculdade do Vale do Ipojuca) com mais de cinco mil alunos, ademais do Complexo de Cinema numa área de 1.800 metros quadrados com capacidade para 800 lugares em formato stadium, telas anguladas e som dolby digital.
Situado no bairro Maurício de Nassau, no centro de Caruaru, o Shopping Difusora, localizado na Avenida Agamenon Magalhães, próximo a agências bancárias, ao polo estudantil, consultórios médicos e empresas. Por trás da localização facilitada está uma mistura atrativa de lojas, serviços, lazer, gastronomia e eventos. Possui 110 lojas, divididas em vários segmentos. O Shopping dispõe de um teatro, com capacidade para 400 pessoas, climatizado e com acústica. Além disso, faz parte do complexo o Empresarial Difusora com trezentos salas comerciais e que gera um grande fluxo de consumidores ao centro comercial. O Shopping também conta com grandes rampas de acesso ao estacionamento coberto para mais de 700 veículos e dois elevadores com visão panorâmica.
Ensino superior - Caruaru dispõe de campi de três das principais universidades do estado, a Universidade de Pernambuco (UPE), com os cursos de Sistema de Informação e Administração (com ênfase em marketing da moda), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), oferecendo cursos de graduação em diversas áreas, como Pedagogia, Administração, Design (ênfase em gráfico, moda e produto), Engenharia Civil, Ciências Econômicas, Medicina, Comunicação social (ênfase em mídias digitais e produção cultural), Engenharia de Produção e Licenciaturas em Física, Química e Matemática e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) com o curso de Engenharia Mecânica. Além disso, a cidade sedia diversas instituições privadas, como o Centro Universitário Tabosa de Almeida (ASCES - UNITA), a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (FAFICA), o Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP DeVry), a Faculdade Maurício de Nassau (UNINASSAU), entre outras (Estácio, Unit, Unopar, Anhanguera, Fael, Unicesumar). Estas instituições de ensino superior fazem de Caruaru um polo estudantil, atraindo todos os anos um grande número de estudantes oriundos das cidades e estados vizinhos, transferindo-se para o município ou viajando diariamente.
Artes cênicas e eventos - A cidade possui três teatros: o Teatro João Lyra Filho, Teatro Rui Limeira Rosal e o Teatro Difusora, sendo todos eles administrados por iniciativa privada, sendo o último, o Difusora, parte do shopping homônimo, que se localiza na região central da cidade.
Caruaru sedia frequentemente o FETEAG – Festival de Teatro do Agreste, que é realizado pelo grupo Teatro Experimental de Arte (TEA), contando com o apoio do Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco e apoio da Caixa econômica Federal e do Sesc. Após vários anos da criação do festival, ele se consolidou como o principal projeto da formação de artes cênicas no interior pernambucano e um dos mais importantes do país. Tendo como principal objetivo estimular crianças e jovens ao estudo e a prática do teatro das unidades de ensino, difundindo talentos descobertos anualmente, entre atores e técnicos. A distribuição das entradas das apresentações são sempre feitas sem fins lucrativos.
Apesar de não ser um dos pontos fortes da cidade, Caruaru possui alguns blocos de Carnaval que desfilam por suas ruas centrais fazendo prévia do carnaval de Recife e Olinda. O principal bloco carnavalesco é realizado por Byron Lasserre, proprietário do Bar Confraria do Sucata, na rua João Condé, no centro. Em 15 de novembro se comemora a festa da padroeira do município, Nossa Senhora das Dores, a homenagem é feita com missas, procissões e shows religiosos e artísticos. A festa é realizada na Igreja Matriz, que é dedicada à santa.
Museus - O Alto do Moura é um bairro localizado a 7 km do centro de Caruaru, foi e ainda é morada de diversos artesãos conhecidos internacionalmente. Atualmente é um maiores e significativos centro das artes figurativas das Américas. Lá pode-se encontrar os museus e ateliês de vários artesãos, além de bares e restaurantes de culinária regional e, de acordo com o calendário regional de eventos, pólos de diversas atrações culturais. O bairro ainda possui um morador ilustre, Manuel Eudócio, que recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, pela Fundarpe.
A cidade possui vários museus, que contam aos seus visitantes um pouco da história do município e das obras feitas pelos filhos mais notáveis de Caruaru, que estabeleceram na região um grande pólo cultural. Um de seus museus mais famosos, o Museu do Barro Espaço Zé Caboclo, anexo ao Espaço Cultural Tancredo Neves, disponibiliza aos turistas a vitrine cultural regional, com salas temáticas, sendo elas dedicadas a Luiz Gonzaga; São João e artistas caruaruenses; Elba Ramalho; Mestre Vitalino e família; Artesãos do Alto do Moura, com a exposição de artefatos de barros da arte figurativa, decorativa e utilitário-decorativa; Abelardo Rodrigues, acervo de arte em barro e a Pinacoteca Luísa Maciel, com quadros que exibem recortes da cultural popular. Além de possuir uma sala de exposições temporárias. Também anexo ao espaço cultural do município, está o Museu da Fábrica de Caroá, que foi uma das indústrias que impulsionaram a economia da cidade, nela é possível encontrar painéis que contam a sua história desde a fundação, em 1935, feita por José Vasconcelos, até seu funcionamento pleno, o acervo ainda dispõe de todos os maquinários usados na produção da fibra, como: estradeira, fiadeira, teste de resistência do fio, carretilhas, bobinas e depósitos de couro para guardar os carretéis. Ainda na antiga fábrica, há os velhos mobiliários da sala do presidente, relógio-ponto, telefone e a máquina de datilografia. Ainda, as amostra da planta caroá e da fibra.
Na região central da cidade, pode-se encontrar o Memorial da Cidade de Caruaru, que foi, a princípio, construído para funcionar como um mercado de farinha, porém, a feira da cidade foi transferida da rua onde esta se situa para o Parque 18 de Maio, então o prédio perdeu sua função original, se tornando em 1992 o Memorial da Feira. Em 2009, o local foi restaurado, estruturado e reaberto ao público com a ampliação do seu acervo, que agora conta com painéis que mostram um pouco sobre a história política, social, cultural, religiosa, econômica e esportiva do município. A Casa-Museu Mestre Vitalino, situada no Alto do Moura, foi a última residência do mais famoso artesão caruaruense, podendo encontrar no local réplicas das suas principais obras, utensílios domésticos que pertenceram à sua família e fotografias que destacam os principais marcos de sua vida artística. O espaço é administrado por um dos seus filhos, Severino Vitalino, que assim como seu pai, ganha a vida com o barro. Lá ainda é possível conhecer as etapas de produção do artesanato. No mesmo bairro ainda se pode contar com o Museu de Mestre Galdino, que detém grande parte das suas peças e poesias originais, com fotografias e textos que expõem a vida pessoal do contemporâneo de Mestre Vitalino, que se evidenciou por suas obras surrealistas.
Atrativos
Feira de Caruaru - A feira se situa no bairro de Nossa Senhora das Dores, no centro econômico da cidade. Realiza-se nas quartas-feiras e sábados uma das maiores feiras livres de grande importância econômica e cultural do Nordeste. A feira passou a existir há mais de 200 anos e sua origem está intimamente ligado com a da cidade. O local era ponto de parada para vaqueiros que conduziam o gado do interior para o litoral do estado e de mascates que faziam o caminho contrário. A feira acontece aos sábados, entretanto, sua montagem tem início no dia anterior, pela tarde, assim que começam a chegar os primeiros comerciantes, com seus produtos para vender. Chegam usando os mais diferentes tipos de condução: jumento, carroça, velhos caminhões, camionetas, bicicletas, carros de boi e também carros. Por sua diversidade, hoje a feira de Caruaru movimenta a cidade quase todos os dias da semana.
No ano de 1992, foi transferida do Largo da Igreja da Conceição para o Parque 18 de Maio, também situado na parte central da cidade. Milhares de barracas coloridas espalham-se por mais de dois quilômetros nas ruas da cidade, comercializando uma grande variedade de produtos, principalmente objetos do artesanato popular: chapéus de palha, de couro e tecido, cestas, objetos de barro e cerâmica, brinquedos populares, gaiolas. A feira possui setores onde se vende frutas, verduras, cereais, ervas medicinais, carnes, assim como outros onde se pode encontrar roupas, calçados, bolsas, panelas e outros utensílios para cozinha, móveis, animais, ferragens, miudezas, rádios, artigos eletrônicos importados e muitos outros. Há um setor denominado troca-troca, onde nada se vende, tudo se troca: bicicletas, rádios, relógios, roupas, carteiras, instrumentos musicais, etc, que são negociados após muita pechincha. Deficientes visuais tocam sanfona, violeiros e cantadores lançam seus desafios e os vendedores de literatura de cordel fazem suas propagandas através de um alto-falante.
Grupos musicais e bandas de pífanos também são encontradas no meio da feira. Lá, misturado de comércio, festa e arte popular, que os artistas anônimos expandem uma cultura nordestina. A feira de Caruaru tem muitas características que, não obstantes sejam muito corriqueiras para os habitantes da cidade, surgem como um bonito exotismo para os visitantes. É um ponto de encontro de artistas, poetas, boêmios e turistas de todos as regiões do país e do exterior, que se juntam à população, superlotando as barracas, compondo-se também, uma considerada fonte de renda para o município de Caruaru. O baião de Onildo Almeida, cantado por Luiz Gonzaga é um resumo bastante conhecido sobre o que se resume ser a Feira de Caruaru. Em 2006, a feira recebeu título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
São João - O São João de Caruaru é a maior festa regional ao ar livre do mundo segundo o Guinness.
A cidade é detentora da maior festa junina do mundo, com mais de 1,5 milhões de visitantes. Por conta do número de visitantes obtido, a festa ganhou o registro do Guinness World Records como a maior festa country regional ao ar livre do mundo. O título não deve ser confundido com o tema das festas juninas da cidade de Campina Grande, que é "O Maior São João do Mundo", que apesar de o tema sugerir tal interpretação, o título pertence a Caruaru.
Desde o meados do século XIX, as festas juninas de Caruaru já era atração procurada por pessoas das vizinhanças e até do Recife. Eram festejos organizados em domínios rurais particulares, com fogueiras, balões, fogos de artifício, quadrilhas juninas, barracas de canjica, pamonha, milho e animação. Na década de 1950, uma feira de fogos, dos mais variados tipos, característicos do Nordeste, com buscapés, rojões, bombas, vulcões, pistolões, foguetes, traques de massa, estrelinhas, girândolas, fazia o entretenimento de pessoas de todas as idade. Os fogos de artifício, que hoje são usados nos festejos, foram trazidos para o país através dos imigrantes portugueses e espanhóis que, por sua vez, os conheceram dos chineses e dos árabes.
Com muitos anos de tradição em festas juninas, o São João de Caruaru é realizado, desde 1994, no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, um complexo com 41.500 m², que acomoda a Fundação de Cultura de Caruaru, os Museus do Barro e do Forró, um pavilhão para exposições temporárias, a Secretaria Municipal de Turismo do município, um palco destinado à shows e a Vila do Forró, onde é reproduzida uma típica vila do interior com uma pequena igreja, prefeitura, mercearia, postos de serviços bancários e de correios, construídos em alvenaria.
Durante os festejos, que se destacam pela animação e grandiosidade, chegando a atrair mais de um milhão e meio de turistas, o visitante pode assistir apresentações de bacamarteiros e bandas de pífano, shows de artistas consagrados como Alceu Valença, Dominguinhos, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Zé Ramalho, Nando Cordel e de diversos forrozeiros de todo país, degustar a culinária da região e dançar o forró pé-de-serra nordestino.
As comidas e bebidas em grande dimensão também entram nas grandes atrações da festa, sendo oferecidas em dias anteriormente marcados: o maior chocolate quente, o maior quentão, a maior pipoca do forró, a maior pamonha, o maior cuscuz, o bolo de milho gigante, o maior pé-de-moleque, o maior arroz doce, a canjica gigante, o maior bolo de macaxeira, o maior xerém (tipo de angu) e o tradicional cozido gigante. Há também a maior fogueira de São João, construída com madeira ecológica, e posta em frente da Igreja do Convento, onde é acesa no dia 28 de junho.
Com base nas quadrilhas comuns, no ano de 1989, surgiram no São João de Caruaru as Drilhas, blocos juninos parecidos aos trios elétricos do carnaval baiano. Para não haver descaracterização das tradições da festa junina, os trios só se apresentam à tarde, na Avenida Agamenon Magalhães. As mais antigas e tradicionais são a Gaydrilha, onde apenas homens participam caracterizados de matutos e matutas e outros personagens típicos e a Sapadrilha, com mulheres caracterizadas de homem, ambas surgidas em 1989. Atualmente há várias, entre as quais a Piradrilha; Diversãodrilha; Turisdrilha; Trokadrilha; a Brinkadrilha e a Nova Drilha. Em 2009, o São João de Caruaru fez homenagem ao centenário de Mestre Vitalino, famoso ceramista da cidade e, neste mesmo ano, o evento foi registrado, por proposta da Assembléia Legislativa de Pernambuco, como Patrimônio Imaterial de Pernambuco.
Referência para o texto: Wikipédia.