domingo, 16 de setembro de 2018

Itajubá - Minas Gerais


Itajubá é um município da microrregião de Itajubá, na Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas, no estado de Minas Gerais, no Brasil.
Topônimo - O nome Itagybá, que na língua indígena significa, “Rio das pedras que do alto cai”, cascata, foi dado em alusão à cachoeira junto às minas de Miguel Garcia Velho, sugerido por seus companheiros de expedição. Por lamentável confusão com a palavra itajuba (com a tônica no – jú), muita gente acredita que Itajubá significa pedra amarela.
História - O povoamento de origem europeia da região de Itajubá começou em fins do século XVII, quando bandeirantes descobriram ouro na região. O apetite dos bandeirantes por ouro, pedras preciosas e escravos índios levou à formação de diversos povoados no sul do atual estado de Minas Gerais. Entre os bandeirantes, estava Miguel Garcia Velho, fundador da primitiva Itajubá. Garcia Velho, durante a corrida às pedras preciosas, descobriu as Minas de Nossa Senhora da Soledade de Itagybá, hoje cidade e município de Delfim Moreira, núcleo inicial da atual cidade de Itajubá. O povoado chamou-se Soledade de Itajibá.
O garimpo nas minas de Itajibá foi efêmero. As catas e as gupiaras não compensavam o trabalho e não correspondiam à sede de riquezas de Miguel Garcia Velho e seus companheiros. Os bandeirantes se retiraram, e quem ficou no povoado tratou de se arranjar com a agricultura e a pecuária. Povo laborioso, mas de minguados recursos, o arraial estava em desfavorável localização, e a Soledade do Itajibá não prosperou. E a história da nova cidade de Itajubá começou na Soledade do Itajibá do sargento-mor Miguel Garcia Velho.
Com a morte do pároco Padre Joaquim José Ferreira, ocorrida em princípios de 1817, o arraial de Nossa Senhora da Soledade do Itagybá (atual Delfim Moreira) só se daria mais de um ano depois com o novo vigário, padre Lourenço da Costa Moreira, através da nomeação real de Dom João VI.
Dois meses depois de sua chegada à Freguesia de Nossa Senhora da Soledade do Itagybá (atual Delfim Moreira), o padre Lourenço da Costa Moreira, durante a missa conventual, usou a tribuna sagrada para expor aos seus paroquianos que a má localização da aldeia não era favorável ao desenvolvimento e, do púlpito, convidou seus paroquianos a descerem a serra, rumo ao Rio Sapucaí, à procura de um lugar aprazível e bom, no qual se pudesse construir a nova sede da Freguesia. Permaneceria ali a capela de Nossa Senhora da Soledade.
Na noite de 17 de março de 1819, reuniu o vigário, na Igreja Matriz, todos os fiéis que o seguiriam. Na manhã do dia seguinte, após a missa, a caravana rumou para as bandas do Rio Sapucaí. Eram os pioneiros da nova matriz, que marchavam com a missão de fundar a "nova Itajubá". No dia seguinte, rumando todos para o alto do Morro Ibitira, o vigário se deslumbrou com o que viu. Não era preciso prosseguir a viagem. O local onde estavam lhe parecera excelente para a fundação do novo povoado e a sede da freguesia. Ali, em meio à clareira aberta pelos desbravadores, foi construído um altar e o cruzeiro onde o padre Lourenço da Costa Moreira celebrou a primeira missa. Foi nesse altar erguido exatamente onde hoje se encontra a matriz da paróquia de Nossa Senhora da Soledade, que nasceu, em 19 de março de 1819, a atual cidade de Itajubá. Inicialmente, esta foi denominada Povoado de Boa Vista.
Em 1848, o povoado passou a vila, com o nome de Boa Vista de Itajubá. A partir daí, foi criado o município. Em 1911, o município já se chamava simplesmente Itajubá. Antes mesmo da abolição da escravatura em 1888, todos os fazendeiros da região libertaram, de comum acordo, os escravos da região.
Itajubá é conhecida no cenário nacional por sua contribuição ao desenvolvimento do país. Nela se instalou em 23 de novembro de 1913 a Escola de Engenharia que hoje se tornou a Universidade Federal de Itajubá.
Edifícios históricos - Há na cidade diversos prédios históricos, entre eles: A Casa Rosada, antiga residência do presidente da República, Wenceslau Brás; o quartel-sede do Quarto Batalhão de Engenharia e Combate, o edifício da Fundação Teodomiro Santiago, o prédio da antiga Estação Ferroviária, o prédio da Escola Estadual Coronel Carneiro Junior, o prédio da Agência Companhia Energética de Minas Gerais, o prédio da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá, o prédio do Club Itajubense, o prédio da Câmara Municipal, o prédio do Grande Hotel de Itajubá, o Palacete Isaltino Faria (ao lado do Banco do Brasil), parte da construção da antiga Companhia Industrial Sul Mineira (Fábrica Codorna), o prédio do atual Banco Santander (Antigo Banco de Itajubá, no calçadão da cidade), a casa de máquinas da Pequena Central Hidrelétrica Luiz Dias, dentre outros.
A Pequena Central Hidrelétrica Luiz Dias localiza-se em Itajubá e foi inaugurada em 1914. Foi a segunda usina desse porte a ser instalada no sul do estado de Minas Gerais. A central pertenceu à Companhia Industrial Sul Mineira, à Companhia Industrial Força e Luz, à Companhia Sul Mineira de Eletricidade e atualmente é propriedade da Companhia Energética de Minas Gerais.
Economia - O município de Itajubá é o um dos centros urbanos mais importantes da região, concentra e distribui bens e serviços para os municípios limítrofes.
Indústria - O município possui um dos maiores distritos industriais da região sul de Minas Gerais, com indústrias de grande e médio porte.
Agropecuária - O principal produto agrícola do município é a banana. Destacam-se, também, o cultivo do milho, a pecuária bovina e suína e, em menor escala, a cafeicultura.
Comércio - O comércio varejista do município é bem diversificado contando, atualmente, com mais de 400 estabelecimentos comerciais registrados na Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Itajubá. A Cidade conta com grandes redes de lojas como Casas Bahia, Lojas Cem, Casas Pernambucanas, Ponto frio, Magazine Luiza,Vera Cruz Florarte, Casa Joka, Lojas Edmil, Le Postiche, entre muitas outras.
Educação e ciência - A cidade possui uma forte vocação na área de educacional, contanto com excelentes escolas de primeiro e segundo graus, e instituições universitárias de fama nacional. Conta atualmente com dezessete escolas particulares, treze estaduais, 33 escolas municipais, entre ensino infantil e fundamental, e quatro de ensino técnico. Está presente, também o CESEC (Centro de Estudos Supletivos de Educação Continuada "Padre Mário Penock"). Também estão presentes escolas mantidas pelo SESI, SENAI, SENAC e Fundação Bradesco. Possui uma das menores taxas de analfabetismo em todo país, e devido ao grande número de pesquisadores pós-graduados, encontra-se entre os expoentes da pesquisa científica brasileira e mundial. Um exemplo disto é o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), cuja sede encontra-se em Itajubá.
Em 2011 a Prefeitura implantou para o ensino infantil, o sistema apostilado, dando início ao projeto de melhorias no ensino público através da unificação do sistema, foi distribuído a todas as crianças do ensino infantil apostilas do sistema Positivo.
Itajubá é também reconhecida nacionalmente por ter um dos melhores sistemas de ensino universitário do país. Possui oito estabelecimentos de ensino superior: Universidade Federal de Itajubá, Faculdade de Medicina de Itajubá, Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, Centro Universitário de Itajubá, Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas do Sul de Minas, Universidade Presidente Antônio Carlos, Universidade Norte do Paraná e Faculdade de Tecnologia Internacional.
O município conta desde 2005 com uma sede da AIESEC, uma plataforma internacional que trabalha com desenvolvimento de liderança e intercâmbio de estudantes.
Cultura - Itajubá é vocacionada para todos os segmentos da cultura e das artes, promovendo festivais e exposições nas artes plásticas, cênicas, musicais, literárias e artesanato. Entre os festivais se destaca o FICA (Festival Itajubense de Cultura e Arte), realizado desde 2011 e que reúne cerca de 100 atrações em música, teatro e dança.
Itajubá também é reconhecida pela velha tradição no culto ao folclore do Saci. O personagem, eternizado pelo escritor Monteiro Lobato, alimenta o imaginário da população local, principalmente os que moram na zona rural. O negrinho de uma perna só, com sua indefectível carapuça vermelha, estaria fazendo traquinagens em Itajubá. O Saci Pererê já tem seu dia instituído em Itajubá: o dia 2 de outubro é o Dia do Folclore do Saci.
Artes - O município é considerado a capital mineira do canto coral, fato estimulado pela prefeitura municipal que implantou em toda sua rede municipal de ensino o projeto "Um Canto em Cada Canto", que institui um coral em cada escola municipal. Possui duas feiras de artesanato onde três associações de artesãos expõem seus trabalhos na praças Wenceslau Braz e Getúlio Vargas aos finais de semana.
Arqueologia - É registrada no Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico, com sítios arqueológicos pré-históricos e históricos. É aberta ao público a visitação dos seguintes sítios: Fazenda da Figueira (Rio Manso, distrito de Lourenço Velho); Fazenda do Capitão Pimenta, avô do cientista Vital Brasil, localizada no Rio Manso; sítio arqueológico das Anhumas (Bairro Anhumas).
Teatros - Há na cidade alguns teatros e auditórios, são eles: o Teatro Municipal Christiane Riera, o Teatro Santa Cecília, o Cine Club Itajubá, o auditório Professor Dário Gargaglione (Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas do Sul de Minas); o cineclube Diretório Acadêmico Universidade Federal de Itajubá e o teatro do Serviço Social da Indústria.
Entre os espaços culturais da cidade, destacam-se o Espaço Técnico Cultural Luís Teixeira, o Espaço Cultural Padre Mário Penock, a Biblioteca Municipal Antônio Magalhães Lisboa, o Centro Técnico Cultural Prof. Pedro Mendes dos Santos, o Espaço Cultural João Batista Brito e o anfiteatro Albert Sabin da Faculdade de Medicina de Itajubá.
Entre as peças de teatro, destaca-se o "Curso de Porte e Postura", uma peça do Grupo Três à Solta, que já está em cartaz há mais de quinze anos.
Ecoturismo - Uma das principais vertentes do turismo itajubense é o ecoturismo. O município integra o circuito turístico dos Caminhos do Sul de Minas.
Entre as principais atrações turísticas, encontra-se a Reserva Biológica da Serra dos Toledos (não é aberta a visitação, mas possui belas atrações naturais no seu entorno), o Horto Florestal Anhumas; a Fazenda Figueira, a Pedra Aguda, o sítio arqueológico das Anhumas.
Visitação - Há na cidade muitos casarões históricos, entre eles: A Casa Rosada, antiga residência do ex-presidente da república, Wenceslau Brás; o Edifício da Santa Casa de Misericórdia, o Edifício do Grande Hotel (um dos mais antigos), o Edifício da Fundação Teodomiro Santiago; o Palacete de Isaltino Faria (Antigo Gabinete do Prefeito), o Prédio da Câmara Municipal (Antigo Fórum), a antiga Estação Ferroviária (Museu Wenceslau Braz). Também há a igreja Matriz de Nossa Senhora da Soledade, padroeira local e de arquitetura neorromântica; o Santuário de Nossa Senhora da Piedade que durante todo o ano recebe milhares de romeiros, Igreja Matriz de São José Operário e santuário de Nossa Senhora da Agonia, Igreja Matriz de São Benedito, Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Vila Vicentina), a Capela de Nossa Senhora dos Remédios (Colégio das Irmãs) além de diversas outras igrejas e capelas urbanas e rurais.
Pode-se visitar, ainda, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus, que foi uma das pioneiras no processo de evangelização entre as igrejas protestantes no sul de Minas Gerais. Hoje, a Assembleia de Deus de Itajubá conta com mais de 70 congregações espalhadas por vários pontos da cidade e é uma instituição de credibilidade no município.
Um imprescindível local de visitação e peregrinação religiosa é a "Comunidade Sol de Deus", localizada no bairro Santa Rosa. A Comunidade, que foi erguida em na antiga Fazenda Santa Maria, possui uma Capela dedicada à São Miguel Arcanjo, construída com toques de estilo romano e clássico; possui ainda a "Casa de Retiros David" que é sede para inúmeros retiros de Comunidades e Movimentos Religiosos da Igreja Católica; uma Capelinha dedicada à Divina Misericórdia, onde o Santíssimo Sacramento fica exposto para adoração dos fieis durante quase todo o dia; dois pequenos Oratórios, dedicados à São Pio de Pietrelicina e Santa Faustina; e uma pequena Gruta natural na encosta da montanha, dedicada à Nossa Senhora Aparecida. Enfim, um local de natureza belíssima, cercado de montanhas, com um silêncio acolhedor, onde experimenta-se a presença de Deus e o convite à oração.
Referência para o texto: Wikipédia.