sexta-feira, 26 de abril de 2019

Contagem - Minas Gerais

Contagem é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte, é o terceiro município mais populoso do estado.
História
Na época do Brasil-colônia, a Coroa portuguesa mantinha o controle sobre os territórios ocupados através de postos avançados chamados “postos de registro”. Tais postos fiscalizavam e registravam todo o movimento de pessoas e mercadorias, cargas e tropas. Ali, os viajantes, mercadores de escravos e tropeiros eram obrigados a parar e, enquanto as mercadorias eram registradas, aproveitavam para descansar, aliviar os animais de carga e até fazer negócios. Como as viagens eram longas, tais postos serviam também como referência para abrigo e pernoite. Com o tempo, em torno de alguns deles, surgiam plantações de roças e criação de gado para sobrevivência.
No início do século XVII, nas terras da sesmaria do capitão João de Sousa Souto Maior, um terreno conhecido como Sítio das Abóboras, foi instalado um desses postos de fiscalização. Em 1715, Dom Brás Baltasar refere-se a este posto ao escrever no termo da junta: "quanto ao gado, se levantarão registros como o que está posto nas Abóboras". Em torno desse posto, surgiu um pequeno povoado. A população ergueu uma capela para abrigar o Santo protetor dos viajantes (São Gonçalo do Amarante) e logo surgia o arraial de São Gonçalo de Contagem – uma homenagem ao santo e uma referência à contagem das cabeças de gado, de escravos e mercadorias para serem taxadas.
Em 1854, o arraial foi elevado à categoria de paróquia, separando-se da paróquia do Curral Del-Rei. Em 30 de agosto de 1911, foi elevado à condição de município com o nome de Contagem. Já então, o município compreendia os distritos de Contagem, Campanhã (Venda Nova), Vera Cruz e Vargem da Pantana.
A partir da década de 1930, Contagem passaria a ocupar um lugar central no desenvolvimento mineiro. Durante o IV congresso Comercial, Industrial e Agrícola, realizado em Belo Horizonte em 1935, surgiu a proposta de concentrar atividades industriais mineiras em uma área específica. Essa proposta tinha como objetivo superar o atraso econômico mineiro e representava uma aposta no caminho da industrialização.
Como resultado dessa nova orientação política, em 1941, o governador Israel Pinheiro inaugurou o sistema de distritos industriais que seria gradualmente construído em Minas Gerais ao longo das décadas seguintes. A criação do Parque Industrial, mais tarde denominado Cidade Industrial, em Contagem, nas proximidades da capital, foi a primeira e principal medida resultante dessa nova política.
A Cidade Industrial Juventino Dias, como foi chamada, foi instituída pelos decretos-lei 770 de 20 de março de 1941 e 778 de 19 de junho de 1941. Todavia, só foi implantada em 1946. A instalação da Itaú, no ramo do cimento, e da Magnesita, no ramo de refratários, funcionou como alavanca para imprimir confiança e credibilidade ao projeto e, ao final dos anos 1950, a cidade industrial havia se transformado no maior núcleo industrial de Minas Gerais.
Em 1970, também por iniciativa do setor público, foi constituído o segundo grande projeto de expansão industrial em Minas. Mais uma vez o foco foi localizado em Contagem. Por força da lei municipal no 911, de 16 de abril, foi implantado o Centro Industrial de Contagem, mais conhecido pela sigla “CINCO”. O projeto previa a instalação de 100 novas fábricas e a geração de 20 mil novos empregos, com recursos do então BNDE (40%) e da própria Prefeitura de Contagem (60%).
Com anos, em torno dessa base industrial, se desenvolveu uma extensa malha de serviços e equipamentos públicos. Destaca-se criação do entreposto d as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A (CeasaMinas), ainda em 1974, e o surgimento do Eldorado, verdadeiro centro comercial da cidade atualmente. O entreposto do CEASA é o mais diversificado do Brasil e ocupa o segundo lugar nacional em vendas de hortigranjeiros.
A tradição urbano-industrial da cidade, deixou suas marcas na formação da paisagem urbana, na cultura, e no caráter da gente de Contagem. Contagem desponta no cenário brasileiro não apenas pelas lideranças que têm oferecido ao Estado e ao país, mas também por sua contribuição ao patrimônio democrático que os brasileiros têm construído. Basta que se lembre da greve metalúrgica de 1968, um dos símbolos nacionais da resistência ao regime militar.
Economia
A economia de Contagem é baseada, levando-se em conta os dados de 2012, principalmente no comércio (30,65%) e na indústria (25,71%).
Em diversificada pauta de exportação se destacaram em 2012 os veículos de grande porte para construção (14,42%), carbonato de magnésio (14,30%), tijolos refratário (9,26%), fio de ferro (6,77%) e transformadores elétricos (5,09%)[10]. Quanto a evolução histórica, a cidade praticamente triplicou o montante exportado de 2000 para 2012, passando de 150 milhões de dólares para quase 450 milhões de dólares.
Comércio
Contagem se destaca como um polo comercial na Região Metropolitana de Belo Horizonte, consoante à sua massiva e crescente população. Além dos seus três grandes shoppings centers, a cidade conta com uma intensa atividade comercial nos bairros Eldorado, Industrial, Riacho das Pedras e Amazonas. Há uma grande variedade de segmentos comerciais, com destaque para os eletrodomésticos, calçados, vestuário e alimentação.
O Mercado Municipal de Contagem é uma atração à parte, pois funciona como um espelho da cultura mineira e, de modo particular, dos costumes da cidade. Está localizado em um ponto estratégico do município, entre os bairros Eldorado, Inconfidentes e Riacho das Pedras.
Turismo
Dentre as atrações turísticas de Contagem podem ser destacadas.
Feira de Arte e Artesanato do Bairro Eldorado e do Bairro Amazonas - A Feira de Arte e Artesanato do Bairro Eldorado ocorre nas manhãs dos sábados e domingos na Avenida João Cesar de Oliveira. No Bairro Amazonas a feira existe há aproximadamente 35 anos, localizando-se na Avenida Alvarenga Peixoto. As Feiras apresentam diversos tipos de produtos entre eles, hortifrutigranjeiros, roupas, bijuterias e acessórios. O público ainda pode se deliciar com as típicas comidas mineiras e de outras regiões do Brasil.
Casa de Cacos - Construída pelo professor de geografia Carlos Luís de Almeida a partir de setembro de 1963 até 1989, é totalmente revestida artesanalmente de cacos de louça e vidros, inclusive os móveis, utensílios e adereços que a compõem. É a primeira e única no gênero no Brasil. O resultado exótico, surreal, é conhecido e reconhecido no país e no exterior: uma casa toda revestida de fragmentos de história coloridos e reordenados, recriados. Um mosaico de sentimentos que interpreta o mundo e a cidade, fragmentados por suas histórias.
Parque Municipal Gentil Diniz - Parque ecológico, com quase 30.000 m², vegetação característica do cerrado e da Mata Atlântica. Localizado no centro da cidade, nele situa-se um antigo casarão colonial do século XIX, outrora propriedade da família Diniz, passou a fazer parte do patrimônio da cidade no primeiro mandato do então prefeito Ademir Lucas. É uma das poucas áreas verdes ainda existentes no centro histórico de Contagem com vasto pomar de frutas nativas. Destacam-se as mais de 100 jabuticabeiras, árvore-símbolo da cidade, mangueiras, mogno, corticeiras e pau-jacaré. O parque é visitado por micos, caxinguelês, sabiás, bem-te-vis e outros. Encontram-se no parque um anfiteatro, um trecho de estrada feito por escravos no século XVIII, duas nascentes e uma horta de plantas medicinais.
Barragem Várzea das Flores - Situada no bairro Icaivera (Contagem) entre os municípios de Contagem e Betim, foi construída em função da expansão industrial da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do abastecimento de água. Inaugurada em 1972,possui capacidade de armazenamento de até 44 milhões de metros cúbicos de água. Hoje é um dos pontos mais frequentados para atividades de lazer e esportes aquáticos.
Comunidade Negra dos Arturos - Os Arturos descendem de Artur Camilo Silvério, nascido por volta de 1880, e sua esposa Carmelinda Maria da Silva. Os Arturos, hoje - filhos, netos, bisnetos e tataranetos - constituem uma grande família mantida e alimentada pela raiz inicial. São negros, descendentes de escravos, que moram no local denominado Domingos Pereira, uma propriedade particular, com cerca de 6.500 hectares, adquirida ainda em 1888, atualmente localizado próximo do centro de Contagem. Constituem um grupo folclórico-cultural que se preocupa em divulgar as suas tradições através da música e danças religiosas de origem africana e que guardam, ainda, a pureza de suas raízes.As festas religiosas fazem do grupo um universo à parte. Considerado um dos mais originais do Brasil,constitui, sem dúvida, grande e importante patrimônio histórico e cultural de Contagem. O calendário marca as grandes ocasiões: no dia 13 de maio, comemoração da abolição; no mês de outubro, festa de Nossa Senhora do Rosário; em dezembro, festa do João do Mato e, em janeiro, a Folia de Reis.
Itaú Power Shopping - Localizado na Cidade Industrial próximo a Trincheira José Quintão Romero, o Itaú Power Shopping dispõe de uma área estratégica e com grande fluxo de pessoas, além de possuir as belas chaminés, que são um importante ícone da cidade de Contagem, tombadas pelo Patrimônio Histórico e Cultural. Na mesma área onde o shopping foi construído se localiza outras grandes lojas como o Wallmart, Sam's Club e Leroy Merlin. No local onde o centro de compras foi erguido existia a antiga fábrica Itaú Portland, que foi uma das mais importantes fornecedoras de cimento para construção de Brasília. O shopping é local de encontros e passeios de famílias. Ele ainda conta com diversas lojas onde as pessoas podem fazer compras, bancos 24 horas e outros itens.
Shopping Contagem - É o maior shopping de Contagem (em área locável) com 35 mil m². O Shopping foi erguido no bairro Cabral, Regional Ressaca, região que apresenta desenvolvimento acelerado nos últimos anos em Contagem. A inauguração do novo mall de cidade foi em 26 de novembro de 2013. O projeto teve um orçamento de mais de 250 milhões de reais.
Big Shopping - Big Shopping é o primeiro shopping center construído no município. Inaugurado em 27 de outubro de 1994. Está localizado na principal avenida da cidade, a Avenida João César de Oliveira. Além das lojas, centenas de eventos são realizados todos os anos, são oferecidos espaços de lazer, com melhorias constantes na infraestrutura. É frequentado por uma média de 1 milhão de pessoas/mês e seu estacionamento dispõe de 800 vagas.
Casa da Cultura Nair Mendes Moreira - A Casa da Cultura Nair Mendes Moreira de Contagem é considerada uma das mais antigas edificações da cidade e referencial simbólico da época agropastoril. A tradição oral associa o local ao "Registro" da Coroa Portuguesa, instalado para contar as mercadorias e fiscalizar o pagamento de tributos a Portugal, no início do século XVIII. O casarão foi residência da família Belém até o ano de 1990. Foi restaurado e aberto à população em 29 de agosto de 1991, passando a abrigar a Casa da Cultura "Nair Mendes Moreira".
Capela Imaculada Conceição e Santa Edwiges - A Capela Imaculada Conceição e Santa Edwiges de Contagem, foi construída entre os anos de 1939 e 1943, em estilo neogótico. Possui nove vitrais que retratam cenas da vida de Cristo disposto ao longo das fachadas laterais e frontal. Os vitrais são contornados por chumbo retorcido.
Centro Cultural Francisco Firmo de Mattos Filho - O Centro Cultural Francisco Firmo de Mattos Filho em Contagem é um remanescente arquitetônico do núcleo histórico originário do posto fiscal do registro da Coroa Portuguesa. O conjunto arquitetônico foi apontado como de interesse de preservação pelo IEPHA. Os três casarões que compõem o Centro Cultural foram restaurados em 1998 e abrigam um teatro: Sala Maristela Tristão; uma galeria de artes; salas de cursos e a sede da Superintendência de Cultura do Município. Quando da restauração, preocupou-se também com o belo calçamento da rua Doutor Cassiano, em frente ao Centro Cultural, todo em pedra, o que dá um charme todo especial ao conjunto arquitetônico. Cada um dos casarões recebeu um patrono: Casa Teresinha Belém; Casa Oldemar Rocha e Casa José Augusto Rocha e abrigam: o Centro de Memória; o Centro Artístico e a Biblioteca Pública Municipal Dr Edison Diniz. Hoje, o Centro Cultural possibilita a democratização da cultura, abrindo espaços para novos talentos, oportunizando o acesso da comunidade contagense às variadas formas de arte e expressão. O Centro Cultural é um espaço dinâmico, cheio de vida, que se tornou o referencial de união entre o passado colonial e o presente industrial de Contagem.
Igreja Matriz de São Gonçalo - A Igreja Matriz de São Gonçalo é uma igreja da cidade de Contagem, no estado de Minas Gerais, construída no início do século XVII. Os primeiros registros sobre a Capela de São Gonçalo datam de 1725. Em 1825, a capela foi substituída por uma construção mais suntuosa, sendo elevada à condição de Matriz em 1854, separando-se da Paróquia da Boa Viagem, no Curral del Rei. É uma das edificações mais antigas de Contagem que, apesar de ter sofrido várias intervenções em sua arquitetura colonial desde o século XIX, ainda representa a identidade religiosa local. Seu interior abriga a imagem do padroeiro, São Gonçalo do Amarante. e da padroeira Nossa Senhora das Dores. É na Igreja Matriz de São Gonçalo que é celebrado, desde 1806, o Jubileu de Nossa Senhora das Dores, sempre na semana que antecede a Semana Santa.
Referência para o texto: Wikipédia.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Duque de Caxias - Rio de Janeiro

Duque de Caxias é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste do país. Localiza-se Baixada Fluminense, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
O nome da cidade homenageia o patrono do Exército brasileiro, Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, também chamado de O Pacificador, nascido na região em 1803.
História
O povoamento da região data do século XVI, quando foram doadas sesmarias da capitania do Rio de Janeiro. Em 1568, Brás Cubas, provedor das capitanias de São Vicente e Santo Amaro, recebeu, em doação de sesmaria, 3.000 braças de terras de testada para o mar e 9.000 braças de terras de fundo para o Rio Meriti, ou, mais propriamente, Miriti, cortando o piaçabal da aldeia Jacutinga. Outro dos agraciados foi Cristóvão Monteiro, que recebeu terras às margens do Rio Iguaçu. A atividade econômica que ensejou a ocupação do local foi a de cultivo da cana-de-açúcar. O milho, o feijão e o arroz tornaram-se também importantes produtos auxiliares durante esse período.
Nos séculos XVII e XVIII, a divisão administrativa de Iguaçu (na ortografia arcaica Iguassu, hoje município de Nova Iguaçu) seguia critérios eclesiásticos, ou seja, a igreja matriz assumia a responsabilidade jurídica e religiosa, administrando as capelas secundárias: as freguesias. Sendo assim, Pilar, Meriti, Estrela e Jacutinga, áreas que atualmente ocupam parte do território de Duque de Caxias, pertenciam a Iguaçu (Nova Iguaçu). A região tornou-se importante ponto de passagem das riquezas vindas do interior: o ouro das Minas Gerais, descoberto no momento de crise da lavoura açucareira e o café do Vale do Paraíba Fluminense, que representou cerca de setenta por cento de toda a economia brasileira nessa época.
Sendo os caminhos em terra firme poucos, precários e perigosos, nada mais natural que o transporte fosse feito através dos rios, onde estes existissem. Os rios não faltavam na região e, integrados com a Baía de Guanabara, faziam do local um ponto de união entre esta e os caminhos que subiam a serra em direção ao interior. O Porto da Estrela foi o marco mais importante desse período. À sua volta, cresceu um arraial que, no século XIX, foi transformado na freguesia de Vila da Estrela , que era Administrada então por Iguassu (Nova Iguaçu).
Apesar da decadência da mineração, a região manteve-se ainda como ponto de descanso, de abastecimento de tropeiros, de transbordo e de trânsito de mercadorias. Até o século XIX, o progresso local foi notável. Entretanto, a impiedosa devastação das matas trouxe, como resultado, a obstrução dos rios e consequente transbordamento, o que favoreceu a formação de pântanos. Das águas paradas e poluídas, surgiram mosquitos transmissores de febres.
Muitos fugiram do local que, praticamente, ficou inabitável. As terras, antes salubres e férteis, cobriram-se de vegetação própria dos mangues. Em 1850, a situação era de verdadeira calamidade, pois as epidemias surgiram, obrigando senhores de engenho a fugir para locais mais seguros. As propriedades foram sendo abandonadas. A situação era de grande penúria e assim permaneceria ainda por algumas décadas.
Com a implantação do transporte ferroviário, a situação piorou consideravelmente. A Estrada de Ferro D. Pedro II ligou a capital do império a Maxambomba centro de Nova Iguaçu e a região do atual município de Queimados, também ex Distrito de Nova Iguaçu. A produção do Vale do Paraíba passou a ser escoada por esta via, os rios e o transporte terrestre deixaram progressivamente de serem usados e os portos fluviais perderam importância. A região iguaçuana entrou em franca decadência.
Com a abolição da escravidão em 1888, aconteceram vários transformações na vida econômica e social da Baixada Fluminense. As obras de saneamento foram abandonadas, houve um atraso nas condições propícias à saúde e várias enfermidades surgiram. Entre elas, a malária e a doença de Chagas.
No governo de Nilo Peçanha, Meriti teve uma tímida melhoria na área do saneamento básico, contando, inclusive, com a chegada da água encanada, em 1916, na atual Praça do Pacificador. Mas somente no governo de Getúlio Vargas, que criou a Comissão de Saneamento da Baixada Fluminense, a região avançou. Até 1945, mais de 6.000 quilômetros de rios foram limpos, retirando dos seus leitos 45.000.000 de metros cúbicos de terra. Com este trabalho, os rios deixaram de ser criadouros de mosquito, diminuindo em muito o número de doenças na região.
Quando a ferrovia atingiu o Vale do Meriti, a região começou a sofrer os efeitos da expansão urbana da cidade do Rio de Janeiro. Com a inauguração da Then Rio de Janeiro North Railuli, em 23 de abril de 1886, a região ficou definitivamente ligada ao antigo Distrito Federal. Com a inauguração de novas estações, em 1911, pela Estrada de Ferro Leopoldina, multiplicaram-se as viagens, bem como o número de passageiros em Gramacho, São Bento, Actura (Campos Elísios), Primavera e Saracuruna.
Entretanto, apesar dessa recuperação que a ferrovia trouxera, a baixada continuava sofrendo com a falta de saneamento, fator de estancamento de seu progresso.
No início do século XX, as terras da baixada serviam para aliviar as pressões demográficas da cidade do Rio de Janeiro. Os dados estatísticos revelam que, em 1910, a população era de oitocentas pessoas em Meriti, passando, em 1920, para 2.920. O rápido crescimento populacional provocou o fracionamento e o loteamento das antigas propriedades rurais, naquele momento, improdutivas.
Apenas em 1924, instalou-se a primeira rede elétrica no município. Com a abertura da Rodovia Rio-Petrópolis (hoje Av. Leonel de Moura Brizola ou Av. Pres. Kennedy), em 1928, Meriti voltou a prosperar. Inúmeras empresas compraram terrenos e se instalaram na região devido à proximidade com o Rio de Janeiro.
O processo de emancipação da cidade esteve relacionado à formação de um grupo que organizou a União Popular Caxiense (UPC): jornalistas, médicos e políticos locais. Em 1940, foi criada a comissão pró-emancipação: Sylvio Goulart, Rufino Gomes, Amadeu Lanzeloti, Joaquim Linhares, José Basílio, Carlos Fraga e Antônio Moreira. A reação do governo foi imediata e os manifestantes foram presos.
Na década de 1940, o governo federal promoveu a limpeza de mais de 6.000 quilômetros de rios e construiu mais de duzentas pontes na Baixada Fluminense.
O grande crescimento pelo qual passava Meriti levou o deputado federal Manuel Reis a propor a criação do Distrito de Caxias. Em 14 de março de 1931, através do ato do interventor Plínio de Castro Casado, foi criado, pelo Decreto estadual nº 2.559, o Distrito de Caxias, com sede na antiga Estação de Meriti, pertencente ao então município de Nova Iguaçu. Em 31 de dezembro de 1943, através do Decreto-lei 1.055, elevou-se à categoria de município, recebendo o nome de Duque de Caxias. Já a comarca de Duque de Caxias foi criada pelo Decreto-lei nº 1.056, no mesmo dia, mês e ano.
Com a emancipação, o município recebeu uma grande Região e uma área Histórica cedida por Nova Iguaçu e com isso veio incentivo em sua economia e que por sua vez a recente Cidade pegou a área de São Bento, Campos Elísios, Taquara, Pilar, e a Baia de Guanabara e parte da Serra do Tinguá de Nova Iguaçu, deixando a cidade sem ligação com o mar porém com isso veio a ''Vingança'', o Distrito de Imbariê (Ex Vila da Estrela), que veio para Duque de Caxias por sua vez foi dividida com Magé ficando maior parte territorial e rica cultural para os mageenses.
O poder executivo foi instalado oficialmente em 1º de janeiro de 1944, quando o interventor federal Ernani do Amaral Peixoto designou, para responder pelo expediente da prefeitura, o contabilista Homero Lara. Outras nove pessoas foram designadas posteriormente para o mesmo cargo.
O primeiro prefeito eleito foi Gastão Glicério de Gouveia Reis, que administrou a cidade de setembro de 1947 a dezembro de 1950. Depois dele vieram, também pelo voto direto, respectivamente, Braulino de Matos Reis, Francisco Correa, Adolpho David, Joaquim Tenório Cavalcante e Moacir Rodrigues do Carmo.
As eleições em Duque de Caxias foram suspensas, em virtude da Lei nº 5.449, de 4 de junho de 1968, que decretou que o município era Área de Segurança Nacional pelo regime militar, tendo em 1971, tomado posse o presidente da câmara, Francisco Estácio da Silva. A partir daí, por vezes contra a vontade das lideranças políticas e populares da região, foram nomeados interventores (prefeitos), pela ditadura militar, como o general Carlos Marciano de Medeiros, os coronéis Renato Moreira da Fonseca e Américo Gomes de Barros Filho, e o ex-deputado Hydekel de Freitas Lima.
O município conquistou, depois de muita movimentação de lideranças políticas, empresariais, sindicais e comunitárias, a sua autonomia em 1985.
Emancipação
Duque de Caxias se emancipou de Nova Iguaçu "Cidade Mãe" (em 31 de dezembro de 1943), levando consigo os Distritos de Caxias, Meriti, Pilar, Bonfin e Imbariê (ex-distrito de Estrela ) e Taquara onde nasceu Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.
A Emancipação polemica de Duque de Caxias pelo então Interventor Estadual Amaral Peixoto (no contexto do Estado Novo), foi acompanhada pela mobilização de forças políticas e pelas elites locais a partir da UCP (União Popular Caxiense em 1933).
Geografia
O município limita-se ao norte com Petrópolis e Miguel Pereira; ao leste, com a Baía da Guanabara e Magé; ao sul, com a cidade do Rio de Janeiro e, a oeste, com São João de Meriti, Belford Roxo e Nova Iguaçu. Caxias possui clima quente, porém os terceiro e quarto distritos (Imbariê e Xerém) têm temperatura amena em virtude da área verde e da proximidade da Serra dos Órgãos.
Duque de Caxias é banhada pela Baía de Guanabara, não tendo praias, ilhas e nem portos. Esses limites são de manguezais de água salobra, tendo uma área linear de 13,96 km e passa nas costas dos bairros( Parque das Missões, Parque Beira Mar, Vila Guanabara, Jardim Gramacho, "Complexo da REDUC - Refinaria de Duque de Caxias" e Jardim Ana Clara).
O Rio Meriti separa o município de Duque de Caxias da cidade do Rio de Janeiro e o Rio Iguaçu delimita Duque de Caxias de Nova Iguaçu. Já o Rio Sarapuí faz a divisão entre o primeiro e o segundo distritos e o Rio Saracuruna separa o segundo do terceiro distrito.
O Pico do Couto, com 1.366 metros é o ponto mais alto do município, fica na tri fronteira de Duque de Caxias, Petrópolis e Miguel Perreira.
Parques, espaços públicos e meio ambiente
O Parque Natural Municipal da Taquara é uma área de Mata Atlântica preservada. Há cachoeiras, lagos, córregos e trilhas para caminhadas ecológicas. Localizado na Serra dos Órgãos, entre a Área de Proteção Ambiental Petrópolis e a Reserva do Tinguá, se estende por 19.415 hectares. Protegido pela Guarda Florestal, abriga o mico-leão dourado, avistado por especialistas em 2006, anos após ser declarado extinto na região. Entre as atrações, há ainda um bromeliário e diversas espécies de aves (tié sangue, sabiá e sanhaço) e mamíferos (quati, preguiça, tatu e muitos macacos). Em parceria com a rede municipal de ensino e a Secretaria de Meio Ambiente, o Parque da Taquara mantem o projeto Guarda Florestal Mirim, que oferece curso de educação ambiental a 120 crianças. O parque leva o nome da antiga fazenda que havia por ali e recebe até quatro mil pessoas por mês, principalmente no verão.
Parque Natural Municipal da Caixa D'água - Criado por decreto municipal em 1991, com a finalidade de preservar a mata atlântica na região, é uma área elevada estimada em 20 hectares (200.000 m²) com trilhas, praças e mirantes a 105 metros de altura. Sua localização acabou transformando-a em um oásis de natureza em meio ao progresso e as construções do bairro Jardim Primavera. A visitação é livre porém monitorada. Recomenda-se a visitação apenas com guias especializados e com autorização prévia da secretaria de meio ambiente.
Economia
Economicamente, o município apresentou um grande crescimento nos últimos anos, sendo a indústria e o comércio as principais atividades. Há cerca de 809 indústrias e 10.000 estabelecimentos comerciais instalados no município. No município, está localizada uma das maiores refinarias da Petrobras, a Refinaria de Duque de Caxias. Possui, ainda, um polo gás-químico e contará com uma usina termelétrica.
Os principais segmentos industriais são: químico, petroquímico, metalúrgico, gás, plástico, mobiliário, têxtil e vestuário.
Empresas de vários segmentos têm se instalado em Duque de Caxias, tais como o jornal O Globo e o Carrefour, aproveitando a privilegiada posição do município, próximo de algumas das principais rodovias brasileiras: Linha Vermelha, Linha Amarela, Rodovia Presidente Dutra, BR-040 e Avenida Brasil, além da proximidade do Aeroporto Tom Jobim e a distância de apenas dezessete quilômetros do Centro da cidade do Rio de Janeiro, levando seus produtos facilmente para grandes centros consumidores: São Paulo, Minas Gerais e Região Sul do Brasil. O maior parque industrial do estado do Rio de Janeiro fica no município, possuindo empresas como Texaco, Shell, Esso, Petróleo Ipiranga, White Martins, IBF, Transportes Carvalhão, Sadia S. A., Marcopolo, entre outras. O segmento está mais concentrado nos setores de química e petroquímica, estimulados pela presença da Refinaria de Duque de Caxias, a segunda maior do país. No Centro da cidade, há intenso comércio popular, a maioria concentrada nas ruas José de Alvarenga e Nilo Peçanha.
Educação
Algumas instituições de ensino superior atuam na cidade de Duque de Caxias: a Universidade Federal do Rio de Janeiro oferece, em seu polo avançado de Xerém, cursos de graduação e linhas de pesquisa avançada em nanotecnologia, biotecnologia e biofísica, em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia.
O Colégio Duque de Caxias é uma tradicional instituição de ensino da cidade. Atualmente, o Colégio Duque oferece desde a educação infantil ao ensino pós-médio técnico. O Tecno Duque é o nível médio com ensino técnico nas áreas de: enfermagem, química, formação de professores, informática, propaganda e marketing.
A Faculdade de Educação da Baixada Fluminense é uma instituição pública estadual localizada no bairro de Vila São Luís, sendo um campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro na região. Oferece os cursos de graduação em pedagogia, matemática e geografia e também cursos de pós-graduação em: especialização em organização curricular e prática docente na educação básica e mestrado em educação, cultura e comunicação em Periferias Urbanas.
A primeira Faculdade Tecnológica de Duque de Caxias, a Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro, foi inaugurada 2012 oferecendo a graduação em Tecnologia em Processos Gerenciais e pós-graduação em Logística , além da Escola Técnica Estadual Imbariê , ambas situadas no mesmo Campus em Imbariê e pertencentes á FAETEC , oferecendo os cursos de nível Médio -Técnicos em Logística e Qualidade.
A Fundação Educacional de Duque de Caxias - FEUDUC, foi fundada em 1969. Foi a primeira instituição privada de ensino superior no município. Tendo cursos de graduação nas seguintes áreas: biologia, história, geografia, matemática, português-literatura, português-inglês e bacharelado em sistemas de informação, além de cursos de pós-graduação.
A Universidade do Grande Rio é a maior e mais conhecida instituição de ensino superior de Duque de Caxias. Foi criada na década de 1970 com o nome de Associação Fluminense de Educação, até ser reconhecida como universidade em 1994, quando adotou o nome atual. Sua sede ou campus principal se localiza no bairro Jardim 25 de Agosto, além de unidades no Centro e em Santa Cruz da Serra, possui também campus ou unidades em outros municípios do estado, como cidade do Rio de Janeiro, Silva Jardim, Magé, Campos dos Goytacazes, Macaé e São João de Meriti. O município conta também com um campus da Universidade Estácio de Sá, localizado no Jardim 25 de Agosto, onde são oferecidos os cursos de politécnicos, pós-graduação e graduação em administração, direito, informática e letras.
Há ainda a Faculdade de Duque de Caxias, que iniciou sua trajetória como Faculdade de Serviço Social Santa Luzia em 1997, uma instituição privada, localizada na Vila Meriti, bem próxima ao Centro de Duque de Caxias, onde são oferecidos os curso de Administração, Enfermagem, Serviço Social e Sistema da Informação.
O município também conta com uma unidade do tradicional Colégio Pedro II. No Centro de Duque de Caxias, existem escolas particulares que se destacam, como, por exemplo, o Colégio Carlos Gomes, que faz intercâmbios com escolas de países da América do Sul.
O município conta também com um colégio da Polícia militar o CPM III Percy Bolsonaro, cujo nome é em homenagem ao pai do 38ª presidente do Brasil Jair Bolsonaro. O colégio localiza-se no bairro de Gramacho.
Cultura
A cidade conta com o Centro Cultural Oscar Niemeyer, na Praça do Pacificador, no Centro. O Centro é composto pela Biblioteca Pública Leonel de Moura Brizola e pelo Teatro Municipal Raul Cortez. A biblioteca contém, aproximadamente, 10 000 obras e o teatro é composto de 440 lugares.
Também no centro de Duque de Caxias está localizada a Sociedade Musical e Artística Lira de Ouro, fundada em 1957 pelo trombonista Acácio de Araújo. Em 2006, foi reconhecida pelo Ministério da Cultura (Brasil) como Ponto de Cultura. O local também abriga o Cineclube Mate com Angu, em atividade desde 2002.
A Câmara Municipal de Duque de Caxias abriga o Instituto Histórico e o Teatro Procópio Ferreira. No dia 11 de dezembro de 1980, através da Resolução 494, o instituto recebeu o nome de Vereador Thomé Siqueira Barreto. Possui, em seu acervo, cerca de 6 000 reproduções fotográficas, mil documentos, 680 livros e periódicos, 1.700 jornais e 85 quadros. Entre as peças do acervo, estão um castiçal e uma imagem de Santo Antônio, remanescentes da antiga Igreja São João Batista de Traiaponga (hoje Santa Terezinha, no Parque Lafaiete), fotos da chegada da água encanada a Duque de Caxias, a construção da Fábrica Nacional de Motores, a visita de Juscelino Kubitschek à Refinaria de Duque de Caxias e o código de postura da Vila da Estrela de 1846.
No antigo Fórum, localizado no bairro 25 de Agosto, hoje se encontra o Museu Ciência e Vida.
Patrimônio histórico
Igreja Paroquial Nossa Senhora do Pilar - localizada na Estrada Velha do Pilar, a igreja foi construída em 1720. Possui fortes traços barrocos, similares às construções feitas em Minas Gerais, O material de sua construção veio do mosteiro de São Bento, conforme registro no dicionário Geográfico e Descritivo do Império do Brasil, de 1863. Utilizado por D. Pedro I, o antigo porto do Pilar foi um importante centro de desembarque quando o imperador vinha do Centro do Rio de Janeiro pela Baía de Guanabara e navegava pelo afluente do Rio Iguaçu, até chegar ao Rio Pilar, onde se localizava o porto. O Caminho Novo, como era conhecido, foi aberto em 1704 por Garcia Pais, próximo ao povoado de Nossa Senhora do Caminho Velho. A igreja foi tombada em 25 de maio de 1938.
Fazenda São Bento - a mais antiga fazenda localizada no município surgiu da compra pelo mosteiro de São Bento de partes das terras de Cristóvão Monteiro, em 1591, dando início ao processo de colonização do vale do Rio Iguaçu. Hoje, restam apenas ruínas da capela que data de 1645 e da casa grande construída entre 1754 e 1757, sendo tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 10 de junho de 1957.
Teatros
O Teatro da Câmara Municipal foi inaugurado em 28 de fevereiro de 1975. Treze dias depois, foi batizado com o nome de Procópio Ferreira, em homenagem ao grande ator e produtor teatral, através da Deliberação número 1.957, de 1975, assinada pelo presidente da câmara, Luís Braz de Luna. O próprio Procópio Ferreira e sua filha Bibi Ferreira, compareceram ao evento e foram os destaques da festa, ao lado de Nelson Carneiro. Em 1978, a peça Saco de Canudos, encenada no teatro, ganhou o Prêmio Molière na categoria especial, feito anunciado em rede nacional no Jornal Nacional da Rede Globo.
O mais antigo teatro público de Duque de Caxias é o Teatro Armando Melo, fundado em 1967 com o espetáculo Os inimigos não mandam flores, de Pedro Bloch, tendo Barboza Leite como diretor e cenógrafo.
O Teatro Municipal Raul Cortez Foi inaugurado em setembro de 2006. Oferece 440 lugares cobertos, mas o palco é reversível de modo a que o espetáculo possa ser assistido também pelo público na praça do lado de fora do teatro.
Museus
Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do município e do exército, nasceu na Fazenda São Paulo, hoje Taquara, Terceiro Distrito, administrado pela Secretaria de Cultura desde 1994. O antigo casarão da fazenda se tornou o Museu Municipal da Taquara.
Localizado no prédio do antigo fórum, no bairro Jardim 25 de Agosto, foi inaugurado, em julho de 2010, o Museu Ciência e Vida, através de iniciativa da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, por meio da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância e com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro e de empresas privadas. A primeira exposição do museu, Vias do coração, é uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e com o grupo Sanofi-Aventis. Na cerimônia de abertura do museu, esteve presente o astronauta brasileiro Marcos Pontes, que dá nome ao planetário do espaço.
Bibliotecas
Em Duque de Caxias são quatro bibliotecas públicas. A Biblioteca Municipal Governador Leonel de Moura tem cerca de 9.971 livros, além de acervo de CD’s e DVD’s e livros em Braille. A Biblioteca Pública de Jardim Primavera conta com 6.746 livros aproximadamente. Em Imbariê, a Biblioteca Monteiro Lobato tem cerca de 4.750 obras. Já a Biblioteca Ferreira Gullar, em Xerém, possui 6 mil livros aproximadamente.
Carnaval
O município conta com uma única escola de samba com sede em Duque de Caxias é a Acadêmicos do Grande Rio, que, atualmente, integra o grupo especial da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, sendo originária da fusão das antigas escolas de samba União do Centenário, Cartolinhas de Caxias, Capricho do Centenário e Unidos da Vila São Luís.
Além disso há outras entidades carnavalescas. Entre elas, estão os blocos de enredo filiados à Federação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro: Bloco do China, Esperança de Nova Campina, Flor da Primavera, Império do Gramacho, Simpatia do Jardim Primavera, Unidos do Laureano e Unidos de Parada Angélica e que também desfilam na cidade pela Associação Carnavalesca de Duque de Caxias, junto com os blocos Lira de Ouro, Imalê Ifé, Império da Leopoldina e Unidos do Jardim Gramacho. sendo que devido a problemas políticos no município, ficou ausente durante cerca de cinco anos, retornando no ano de 2014, aonde foi realizado em Santa Cruz da Serra.
Referência para o texto: Wikipédia.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Aparecida de Goiânia - Goiás

Aparecida de Goiânia é um município brasileiro do estado de Goiás. Localiza-se na Região Metropolitana de Goiânia. Sua população, conforme a estimativa de 2018, era de 565 957 habitantes, sendo o segundo município mais populoso do estado, ficando atrás somente de Goiânia.
História
A fundação da cidade de Aparecida de Goiânia foi possibilitada pela doação de terras feita por um grupo de fazendeiros da região à Igreja Católica em maio de 1922, quando pertencia ao Município de Pouso Alto (atual Piracanjuba). Logo depois em 1958 passou a integrar-se ao Município de Grimpas (atual Hidrolândia), tornando-se Distrito. Em seguida, no dia 14 de novembro de 1963, o Distrito de Aparecida de Goiás emancipou-se de Hidrolândia, passando a se chamar Aparecida de Goiânia. Aparecida de Goiânia passou então a ser o alvo de inúmeros assentamentos promovidos principalmente pelo governo do estado, o que a impulsionou na classificação de um dos maiores índices de crescimento populacional do Brasil.
O Município de Aparecida de Goiânia se chamou, ainda como povoado, Aparecida, nome derivado da padroeira do lugar, Nossa Senhora Aparecida. Em 1958, a Lei Municipal n. 1.295 alterou-lhe o nome para Vila Aparecida de Goiás, e restaurou a condição de Distrito, sendo a derivação implícita. Ainda em 1958, a Lei Municipal n. 1.406, de 26 de dezembro, fixou-lhe o nome de Goialândia, formado de Goia de Goiânia e Lândia de Hidrolândia, o que indicava Vila situada entre os municípios de Goiânia e Hidrolândia. O nome "Goialândia", porém, não foi aceito por parte dos seus moradores, permanecendo o anterior.
A Lei Estadual n. 4.927, de 14 de novembro de 1963, eleva à categoria de Município o Distrito, modificando-lhe o nome para Aparecida de Goiânia, já com foros de cidade, que pode ser dada como cidade que nasceu de Goiânia. Os primórdios da evolução social do pequenino povoado repousam na capelinha Nossa Senhora Aparecida, local onde os moradores de então praticavam o culto religioso àquela que seria mais tarde consagrada a padroeira do lugar.
Habitavam naquelas paragens os fazendeiros José Cândido de Queirós, Abrão Lourenço de Carvalho, Antônio Barbosa Sandoval, João Batista de Toledo e Aristides Frutuoso suas mulheres e filhos que, juntando-se a mais outros, formavam o núcleo populacional que marcou o início da sua história.
As freqüentes desobrigas levadas a efeito pelos padres sediados em Campinas acabaram por incutir nos primeiros habitantes o sentimento religioso da Igreja Católica Apostólica Romana. Os sacerdotes se transportavam para o pequeno lugarejo em animais a fim de cumprirem missão de fé, acentuando indelevelmente a agregação religiosa, incrementando, consequentemente, a afluência de residentes em função do culto.
Economia
Em seus aspectos econômicos, a pecuária, com a criação de gado bovino com a finalidade de corte e leite é uma das atividades na sua pequena extensão rural. No município onde predomina a indústria extrativa de areia para construções, pedras, barro comum para fabricação de tijolos, a agricultura não é expressiva, tendo-se em vista que são atividades conflitantes, dentro de uma pequena área territorial rural, visto que 70% do seu território encontra-se hoje ocupado por grande proliferação imobiliária, cujos lotes e áreas diversas estão ocupadas por moradias e setores industriais.
O intercâmbio comercial, em maior escala, é realizado com o município de Goiânia e com outros estados, tendo como principal meio de acesso a rodovia BR-153. Por seu turno, Goiânia é o principal centro consumidor de seus produtos extrativos e industrializados. Supermercados, armazéns, mercearias e semelhantes realizam o abastecimento interno. Aparecida de Goiânia possui agências dos Correios e Telégrafos, milhares de telefones instalados, ônibus de percurso entre a Capital e a maioria das regiões do município, bastante asfalto e muitos bens e serviços públicos, existindo agências bancárias como o Banco do Brasil, Bradesco, CEF, Itaú e outros.
Industrialização
Aparecida de Goiânia tem vocação industrial, pois conta com espaço, investimentos em infra-estrutura e logística de transporte que dão suporte à expansão econômica, na região. Ao mesmo passo perde o título de cidade dormitório. Na área de serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) do município registrou crescimento de 46% entre os anos de 2002 e 2006. Índice superior ao do Estado que foi de 35%. Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), o PIB geral de Goiás teve elevação de 35%, enquanto que o de Aparecida registrou 54%. Um avanço decorrente da expansão da atividade industrial na região. Além de Goiânia, a cidade faz limite com os municípios de Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Hidrolândia e Senador Canedo. O município conta com o Polo Empresarial Goiás, que reúne várias empresas de diversos segmentos, como as fraldas Sapeca, JC Distribuição Logística, entre outras.
A cidade conta com grandes indústrias como: Grupo ORTOMIX, NASA Transportes, Companhia do Sono LTDA., Emtram Transportes, Stock Hospitalar, 100 Parar Transportes, Grupo Mabel, Grupo Somafertil LTDA.
Cultura
A responsável pelo setor cultural da prefeitura de Aparecida de Goiânia é a Secretaria de Cultura e Turismo, que tem como principal objetivo a popularização, o resgate e a valorização da identidade cultural do município. Para isso, conta com espaços como o Centro de Cultura e Lazer José Barroso e a Casa de Musicalidade, além do palco móvel do projeto Ação Cultural, que visita pontos estratégicos da cidade, apresentando artistas de diferentes segmentos que atuam em Aparecida.
Música
Aparecida, assim como Goiânia, possui uma forte influência da música sertaneja. A cidade tem muitos festivais de músicas, como Aparecida é Show, um festival de rodeio e música sertaneja (também apelidado de Rodeio Show), Goiás é Show, e festivais de shows de vários gêneros musicais, como rock, funk, axé, e de fato, o sertanejo. Em Aparecida também tem diversas casas de show.
Culinária
A culinária aparecidense possui as mesmas características encontradas em seu estado. O uso do pequi e o da guariroba são comuns no arroz. A pamonha, a galinhada e o empadão goiano são alguns dos pratos típicos de Aparecida. Outra imagem da culinária da cidade são as X-saladas encontradas em pit-dogs que também são muito comuns em Goiânia.
Educação
No ensino superior público, o Município possui campi da Universidade Federal de Goiás - UFG, que pertence à Regional de Goiânia e oferece os cursos de geologia, engenharia de produção e engenharia de transportes, da Universidade Estadual de Goiás - UEG (cursos de Administração e Ciências Contábeis) e do Instituto Federal de Goiás - IFG, com os cursos de bacharelado em engenharia civil e licenciatura em pedagogia bilíngue e em dança, além de ensino técnico integrado.
No ensino privado, sedia a Faculdade Padrão, a Faculdade Nossa Senhora Aparecida - FANAP, a Faculdade Suldamérica e a Faculdade Alfredo Nasser (Unifan), além de possuir um campus da Universidade de Rio Verde - UniRV. As duas últimas instituições listadas destacam-se por oferecer o curso de medicina. Conta também com a presença do Colégio Fundação Bradesco do grupo Bradesco.
Em relação ao ensino de formação continuada, destaca-se o SENAC Aparecida (situada no bairro Jardim Luz) e o ITEGO Sebastião Siqueira (situado no Parque Amazônia).
Referência para o texto: Wikipédia.

sábado, 6 de abril de 2019

São Gonçalo - Rio de Janeiro

São Gonçalo é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste do país.
História
Ocupação indígena
O atual território brasileiro já era habitado desde pelo menos 10000 a.C. por povos provenientes de outros continentes (possivelmente, da Ásia e da Oceania). Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região atualmente ocupada pelo município foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia.
Século XVI
No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada por um desses povos tupis: os tupinambás, que fariam parte futuramente da Confederação dos Tamoios. Resquícios arqueológicos indicam que um local especialmente habitado pelos tupinambás no município era a ilha de Itaóca. O litoral fluminense, bem como São Gonçalo, foi palco, no século XVI, da revolta conhecida como Confederação dos Tamoios, que uniu as tribos Tupinambás, Tupiniquins, Aimorés e Temiminós e os colonizadores franceses contra os portugueses.
O fim da revolta se deu com o fortalecimento da colonização portuguesa, com os portugueses se lançando sobre as aldeias indígenas, matando e escravizando a população. Em 1567, com a chegada de reforços para o capitão-mor português Estácio de Sá, que fundara, dois anos antes, a vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, iniciou-se a etapa final de expulsão dos franceses e de seus aliados tamoios da Baía de Guanabara, tendo lugar a dizimação final dos tupinambás da região. Os tupinambás se retiraram da região da atual cidade do Rio de Janeiro primeiramente em direção à Baía de Guanabara e, posteriormente, em direção a Cabo Frio.
Em 6 de abril de 1579 - a data é polêmica, pois há historiadores não aceitam o Documento de Cessão da Sesmaria existente, preferindo o relato do riobonitense Luiz Palmier em seu livro "São Gonçalo Cinquentenário" - o nobre Gonçalo Gonçalves recebeu, do governador da Capitania do Rio de Janeiro, a sesmaria localizada às margens do rio Imboaçu, com o dever de construir uma capela e um povoado no período de três anos. Ele construiu uma capela com o santo de sua devoção, São Gonçalo de Amarante. Presume-se que o local tenha sido onde hoje está a Igreja Matriz de São Gonçalo, no bairro Zé Garoto. A Praça Professora Estephanea de Carvalho, localizada no bairro Zé Garoto (alcunha do comerciante filho de imigrantes portugueses Mário Alves de Azevedo), para alguns seria o marco-zero da cidade, pois a Vila de São Gonçalo existia onde agora está a cidade.
Século XVII
O povoamento europeu de São Gonçalo, iniciado no final do século XVI, foi liderado por sacerdotes jesuítas, que, no começo do século XVII, instalaram uma fazenda na área conhecida como Colubandê, às margens da atual rodovia RJ-104. A sede da fazenda foi preservada até 2012, quando deixou de ser a sede do Batalhão de Polícia Florestal da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Essa fazenda existe até hoje e é um ponto turístico de São Gonçalo, embora atualmente, encontra-se abandonada e tem sido alvo de depredação.
Em 26 de outubro de 1644, foi criada a freguesia. Em 10 de fevereiro de 1647, foi dada a confirmação da freguesia. Segundo registros da época, a localidade-sede ocupava uma área de 52 km², com aproximadamente 6.000 habitantes, sendo transformada em freguesia. Visando à facilidade de comunicação, a sede da sesmaria foi, posteriormente, transferida para as margens do Rio Imboaçu, onde foi construída uma segunda capela, monumento atualmente restaurado. O conjunto de marcos históricos remanescentes do século XVII inclui a Fazenda Nossa Senhora da Boa Esperança, em Ipiiba e a propriedade do capitão Miguel Frias de Vasconcelos, no Engenho Pequeno. A Capela de São João, em Porto do Gradim e a Fazenda da Luz, em Itaóca, são algumas lembranças do passado colonial em São Gonçalo.
Em 1660-1661, os senhores de engenho de São Gonçalo e Niterói se rebelaram contra a cobrança de taxas relativas à produção de cachaça e marcharam em armas até a cidade do Rio de Janeiro, onde depuseram o governador. Tal episódio ficou conhecido como a Revolta da Cachaça.
Século XIX
Em 10 de maio de 1819, suspendeu-se sua condição de freguesia, tornando-se distrito da Vila de Niterói.
Em 1860, trinta engenhos de cana-de-açúcar já estavam exportando açúcar através dos portos de Guaxindiba, Boaçu, Porto Velho e Pontal de São Gonçalo. Dessa época, as fazendas do Engenho Novo e Jacaré (1800), ambas de propriedade do Barão de São Gonçalo, o Cemitério de Pachecos (1842) e a propriedade do Conde de Baurepaire Rohan, na Covanca (1820), são os elementos mais importantes. São Gonçalo contava, até o século XX, com cerca de doze portos que exportavam produtos do estado do Rio de Janeiro para a corte.
Em 22 de setembro de 1890, o Distrito de São Gonçalo foi elevado a vila e município, através do Decreto Estadual 124.
Em 1892, o Decreto Um, de 8 de maio, suprimiu o município de São Gonçalo, reincorporando-o a Niterói pelo breve período de sete meses, sendo restaurado pelo Decreto 34, de 7 de dezembro do mesmo ano.
Século XX
O Palacete do Mimi: prédio histórico do início do século XX que foi derrubado no início do século XXI. Em 1922, o Decreto 1 797 elevou São Gonçalo à categoria de cidade, sendo revogado em 1923, fazendo a cidade baixar à categoria de vila. Finalmente, em 1929, a Lei 2.335, de 27 de dezembro, concedeu a categoria de cidade a todos as sedes do município.
Em 1943, ocorre nova divisão territorial no estado do Rio de Janeiro e, dessa vez, São Gonçalo perdeu o distrito de Itaipu para o município de Niterói, restando-lhe apenas cinco distritos, quais sejam: São Gonçalo, Ipiiba, Monjolo, Neves e Sete Pontes, que permanecem até os dias atuais.
Nesse mesmo período, nas décadas de 1940 e 1950, iniciou-se a instalação, em grande escala, de grandes fábricas e indústrias em São Gonçalo. Seu parque industrial era o mais importante do estado do Rio de Janeiro, o que lhe valeu o apelido de "Manchester Fluminense".
Setor industrial
Em 17 de abril de 1925, a Companhia Brasileira de Usinas Metalúrgicas instalou-se no município. Posteriormente, essa usina foi incorporada ao grupo Hime, que, além da fundição e da cerâmica, desenvolvia a produção de fósforo da marca S.O.L, com uma fábrica denominada Companhia Brasileira de Fósforo, que funcionava dentro de sua área metalúrgica. O Hime, também, mantinha, na Rua Doutor Alberto Torres, uma escola primária, dirigida pelo professor Êneas Silva e uma escola de corte e costura. Criou o Campo do Metalúrgico, que deu grande impulso e incentivo ao esporte no município. A construção de vilas operárias em terras dessa companhia, para seus funcionários, também não pode ser esquecida. Recentemente, o Hime foi adquirido pelo Gerdau.
Em 2 de dezembro de 1937, o gaúcho José Emílio Tarragó fundou, com a razão social Tarragó, Martínez e Cia Ltda., a futura indústria de conservas de peixe Coqueiro. A mudança do nome da empresa deveu-se à mudança do ramo de negócio. A primeira atividade dessa indústria era relacionada à exploração do tamarindo. Ao mudar para o ramo de conservas de peixe, a indústria teve que mudar de nome. A nova empresa prosperou e a marca Coqueiro projetou-se nacional e internacionalmente. Em 1973, a Quaker Oats comprou a fábrica e consolidou a marca Coqueiro, além de ampliar sua liderança no mercado.
Em 9 de fevereiro de 1941, José Augusto Domingues fundou a Fábrica de Artefatos de Cimento Armado, produzindo paralelepípedos e meios-fios. Em 5 de outubro de 1941, instalou-se, no distrito de Neves, a Indústria Reunidas Mauá, que produzia vidros e porcelanas. Em 16 de novembro de 1941, foi fundada a Companhia Vidreira do Brasil. Foi a primeira no Brasil e a maior na América do Sul no fabrico mecânico de vidro plano, com exportação para o Egito, Índia, República Popular da China e África do Sul. Com o tempo, mudou de proprietários e de nome para Vidrobrás e, atualmente, Electrovidro. A matéria-prima dessa indústria provinha de Maricá. Em 22 de novembro de 1941, instalou-se a Fábrica de Enlatados de Sardinha Netuno, próxima ao Porto do Gradim. Em 10 de maio de 1942, foi fundada a Fábrica de Fogos Santo Antônio, localizada na Rua Oliveira Botelho, nº 1638, em Neves.
No período da Segunda Guerra Mundial, São Gonçalo cresceu de forma meteórica. Com as grandes fazendas sendo desmembradas em sítios e chácaras, mão de obra barata e abundante, grandes áreas, além da proximidade com as então capitais federal (cidade do Rio de Janeiro) e estadual (Niterói), o que facilitava o escoamento da produção, São Gonçalo tornou-se solo fértil ao desenvolvimento.
No governo de Joaquim Lavoura, o município teve sua grande arrancada para a urbanização, com calçamento das principais vias, ligando Niterói a Alcântara, passando pelo importante bairro Parada 40. Lavoura, como é mais conhecido, governou São Gonçalo por três vezes (de 31 de janeiro de 1955 a 20 de janeiro de 1959, de 31 de janeiro de 1963 a 30 de janeiro de 1967 e de 31 de janeiro de 1973 a 12 de agosto de 1975).
São Gonçalo possui um Ceasa, mas conhecido como Ceasa do Colubandê, é uma das principais fontes de compras da cidade, como atacado e hortifrúti. Fica apenas depois do bairro do Alcântara, principal lugar de compras de São Gonçalo.
Educação
A cidade possui um campus universitário onde que se destaca: a Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Este é o maior polo especializado do estado em formação de professores, tendo como resultado mais visível a enorme quantidade de aprovados nos concursos públicos por todo o Brasil.
Foi criado, no Gradim, o Polo da Universidade Aberta do Brasil, que, no Consórcio Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro, tem cursos da Universidade Federal Fluminense (ciências da computação e matemática), Universidade Federal do Rio de Janeiro (química e física) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (administração e turismo).
Comércio
A cidade possui um vasto setor comercial com grandes redes de supermercados (Guanabara, Extra, Carrefour, entre outros); Três grandes shopping centers (Partage Shopping São Gonçalo, no centro da cidade; São Gonçalo Shopping no bairro Boa Vista, às margens da BR 101 e Pátio Alcântara no bairro homônimo); grande destaque também para diversas redes de lojas de departamentos.
Turismo
O turismo na cidade não é muito grande em comparação a cidades vizinhas, como Niterói e Rio de Janeiro, muito em questão dos poucos pontos turísticos na cidade.[18] Além disso, muitos gonçalenses criticam a má preservação da prefeitura da cidade com relação aos pontos turísticos. A Fazenda do Colubandê, por exemplo, é considerada abandonada pelos moradores após a saída da 7ºBPM do local. Em 2015, a Fazenda foi saqueada, perdendo monumentos e objetos históricos.
Entre os principais pontos turísticos da cidade estão: Teatro Sesc - São Gonçalo; Teatro Municipal - São Gonçalo; Praia das Pedrinhas; Parque Ecológico da Praia das Pedrinhas; Praia da Luz; Vulcão Maciço do Itaúna; São Gonçalo Shopping; Museu da Imigração - Ilha das Flores; Museu de Artes; Fazenda do Colubandê Fazenda Engenho Novo - Monjolos; Estádio do Catarinão; Paróquia de São Gonçalo do Amarante; Shopping Partage - São Gonçalo; Shopping Pátio Alcântara; Escola de Samba Unidos do Porto da Pedra; Praça Zé Garoto; Praça dos Ex-Combatentes; Piscinão de São Gonçalo; Batalha do Tanque - Roda Cultural; Reserva Ecológica Engenho Pequeno.
Referência para o texto: Wikipédia.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Guarulhos - São Paulo

Guarulhos é um município da Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. É a segunda cidade mais populosa do estado, a 13ª mais populosa do Brasil e a 53ª mais populosa do continente americano.
Etimologia
Segundo José de Alcântara Machado de Oliveira, o nome da cidade decorre da denominação dos indígenas que habitavam a região, os guaramomis ou maramomis, que eram um ramo dos guaianás. O nome do aldeamento indígena fundado em 1595 que deu origem à cidade era "Conceição dos Guarulhos", em referência a Nossa Senhora da Conceição.
História
Colonização e emancipação
Guarulhos foi fundada em 8 de dezembro de 1560, pelo padre jesuíta Manuel de Paiva, com a denominação de Nossa Senhora da Conceição. Sua origem está ligada à de cinco outros povoamentos que tinham, como principal objetivo, defender o povoado de São Paulo de Piratininga contra um possível ataque dos Tamoios.
Na mesma época de sua fundação, nascia também, com o mesmo propósito, a vila de São Miguel, hoje bairro de São Miguel Paulista. Por volta do ano 1600, havia, na região, atividades de mineração de ouro.
Em 1880, Guarulhos se emancipou de São Paulo, com o nome de Nossa Senhora da Conceição dos Guarulhos. O nome atual só foi adotado após a promulgação da Lei nº 1 021, de 6 de novembro de 1906.
Século XX
O início do século XX foi marcado pela chegada da ferrovia e da energia elétrica (Light & Power), pelos pedidos para instalação da rede telefônica, licenças para implantação de indústrias, de atividades comerciais e pelos serviços de transporte de passageiros.
A década de 1930 foi marcada pelos atos de Intervenção Federal, Constituição da Junta Governativa de Guarulhos e pelo Movimento Constitucionalista (reflexos da Revolução de 1930 - fim da República Velha).
Em 1940, foi inaugurada a Biblioteca Pública Municipal. Em 1941, o primeiro Centro de Saúde da cidade. Dez anos após, inaugurou-se a Santa Casa de Misericórdia de Guarulhos. Nessa década, chegaram, ao município, indústrias dos setores elétrico, metalúrgico, plástico, alimentício, além das de borracha, calçados, peças para automóveis, relógios e couros. Em 1945, a Base Aérea de São Paulo (BASP) foi transferida do Campo de Marte, em São Paulo, para o bairro de Cumbica.
Em 1958, foi constituída a associação de rotarianos da cidade. Em 1963, foi fundada a Associação Comercial e Industrial de Guarulhos, hoje, Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE). Em 1985, foi inaugurado o aeroporto de Cumbica, hoje denominado "Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos Governador André Franco Montoro"
Parques, áreas verdes e lazer
Existem atualmente em Guarulhos vários polos de fauna e flora, dentre os quais merecem maior destaque: Parque Estadual Cantareira (Núcleo Cabuçu), também conhecido por Reserva Estadual da Cantareira, que conta com aproximadamente 2.550 hectares; o Bosque Maia, localizado no distrito Maia (no bairro Jardim Maia), é o maior parque urbano de Guarulhos; Parque Júlio Fracalanza, localizado no bairro da Vila Augusta, é um importante parque de vizinhança da região e possui a Cidade Mirim, onde crianças aprendem com monitores especializados as regras e sinais de trânsito e aprendem a praticar a cidadania, além de contar com uma biblioteca pública.
O Lago dos Patos ou Lago de Vila Galvão, localizado no bairro da Vila Galvão, o espaço possui 20 mil metros quadrados de água doce e área verde. É um dos espaços de lazer mais antigos de Guarulhos. O Parque Chico Mendes, localizado no bairro Vila Isabel no distrito de Pimentas, é a única área verde de importância da região. O espaço também abriga um Centro de Educação Ambiental, sanitários, quadra de esportes, campo de futebol, pista de skate, parquinho, mesas e bancos, quiosques, trilhas na mata e espaço para fabricação de adubo orgânico; Parque Bom Clima / JB Maciel, localizado no bairro Bom Clima, ao lado do Paço Municipal e o Parque da Saúde, no bairro Gopoúva, instalado em uma área de 15 mil metros quadrados doada pela Fundação para o Remédio Popular (FURP).
Ainda existem inúmeros outros parques e espaços verdes na cidade, como o Parque do Jardim City / Jardim Las Vegas, na Vila Rio, Parque Transguarulhense no Parque Continental /Jardim Betel, Parque do Jardim Adriana, Parque Novo Ipanema, Parque ETA Cumbica, Parque do Campo da Paz (Jardim Paraíso), Parque do Atleta (Torres Tibagy).
O município ainda conta com outras áreas verdes que não são caracterizados como espaços públicos municipais, como a Fazenda de Itaverava (ou Itaberaba); áreas localizadas na região da Tapera Grande, Capelinha, Morro Grande; pequenos redutos de mata como por exemplo o e aquelas do Aeroporto Internacional, bem como outros preservados pela Legislação de Proteção Permanente.
Economia
A Economia de Guarulhos começou no período colonial, em 1597 por Afonso Sardinha com a mineração de Ouro na região das Lavras Velhas do Geraldo ou Catas Velhas onde hoje é conhecida apenas como bairro das Lavras. Esse período do ciclo do ouro em Guarulhos durou mais de 200 anos. Com o fim da exploração aurífera, vieram, depois, os ciclos do Tijolo ao longo das várzeas dos rios Tietê, Cabuçu e Baquirivu-guaçu surgindo centenas de olarias na cidade, na maioria pelos imigrantes italianos. Com a introdução do tijolo como material de construção substituindo a taipa de pilão, as olarias em Guarulhos encontrou espaço na economia Paulista. O surgimento das indústrias em Guarulhos começou a partir de 1915 com a implantação do ramal da Tramway da Cantareira que acabaram sendo atendidos pela linha ferroviária.
Guarulhos foi considerada a 13ª cidade mais rica do Brasil, em 2013, com um Produto Interno Bruto (PIB) na ordem de 49,3 bilhões de reais, o que representa 1,01% de todo PIB brasileiro na época.
Em Guarulhos, estão instaladas diversas indústrias como exemplo: Bauducco, Aché, Phibro, Yamaha, Randon, Gerdau, ABB, Usiminas, Pepsico e Cummins, É ainda um dos maiores centros na área de logística, contando com vários Centros de Distribuição como da Riachuelo, C&C, Ponto Frio e Dia.
O setor de logística e transportes em Guarulhos é muito vasto, e a partir dessa necessidade diversos cursos de especialização se tornaram presentes na cidades. Entre eles a faculdade pública estadual FATEC.
Guarulhos possui um diversificado setor comercial, de modo que apresenta cinco grandes centros de compras. A cidade também conta com o chamado Aeroshopping, uma vez que o próprio aeroporto transformou-se em um grande centro de compras, atraindo turistas das mais variadas localidades. Também já está em construção o Parque Shopping Maia, localizado no bairro do Picanço, que terá como alvo o atendimento das classes A e B do município e da região. A cidade tem diversos mini shoppings e galerias espalhados por sua região, merecendo destaque os instalados no Centro, na Vila Galvão e no Jardim Presidente Dutra. Na área de auto shoppings, dispõe do Autoshopping, situado na margem oposta da Rodovia Presidente Dutra (quando comparado ao Shopping Internacional).
Além dos centros de compras, galerias e shoppings, o município é repleto de áreas comercias espalhadas por diversos bairros. Segundo a Lei de Zoneamento de Guarulhos, a localidade das principais áreas comercias são o Centro, a região de comércio mais antiga da cidade; a Vila Galvão, com grande presença de agências bancárias; Taboão, região comercial que se desenvolveu ao redor da Praça Oito de Dezembro; Cumbica, á rea densamente comercial no cruzamento das Avenidas Monteiro Lobato e Santos Dumont; Bonsucesso, Localizado à leste do município; Jardim Presidente Dutra, um dos mais densos centros comerciais da cidade; Pimentas, considerada a mais nova área comercial do município, sendo a mais distante do Marco Zero de Guarulhos (Praça Tereza Cristina) e Ponte Grande, localizado na divisa com São Paulo, entre a Marginal do Tietê e Rodovia Presidente Dutra.
Educação
A cidade de Guarulhos conta com universidades como a Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo no Pimentas, desde 2007, Universidade Guarulhos (UNG), Centro Universitário Metropolitano de São Paulo (FIG-UNIMESP), a Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATEC).
Além disso, o município conta com as seguintes instituições de ensino superior: Uninove com o curso de Medicina, Faculdades Integradas Torricelli (administrada pelas Faculdades Anhanguera), Faculdade Eniac, Escola Superior Paulista de Administração (Faculdade de Negócios de Guarulhos), Facig, Faculdade IDEPE e Faculdades de Guarulhos, além de contar com um unidade semi presencial da Universidade Metodista de São Paulo (localizada nas dependências do Shopping Bonsucesso).
A cidade também conta com um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), que, desde o segundo semestre de 2006, ministra os cursos técnicos em manutenção e suporte de informática e automação industrial e, ainda, cursos de nível superior de tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas e automação industrial para o período noturno e, para o diurno, superior em licenciatura em matemática. Em 2013, Guarulhos recebeu com outra instituição de ensino superior, a Faculdade Progresso, originada do tradicional Colégio Progresso da Vila Galvão.
Cultura
A cidade conta com teatros como o Teatro Padre Bento, Adamastor Centro, Adamastor Pimentas e o Teatro Nelson Rodrigues, Sistema de Bibliotecas Públicas, além de anfiteatros e museus. Além de contar com 25 salas de cinema: Shopping Internacional (15 salas), Bonsucesso (6 salas), Shopping Pátio Guarulhos (4 salas).
A maior revelação da música de Guarulhos até os dias de hoje é o grupo de rock Mamonas Assassinas. A cidade conta ainda com orquestras como Orquestra Sinfônica Jovem Municipal e Orquestra de Câmara de Guarulhos.
São diversas as manifestações religiosas presentes no município de Guarulhos. Dentre as manifestações católicas realizadas na cidade, as mais importantes são a Festa de Nossa Senhora de Bonsucesso e as missas em homenagem a Nossa Senhora da Conceição e a São Judas Tadeu. Entre as manifestações evangélicas, destacam-se a Marcha para Jesus, Night Gospel, S.O.S Vida, entre outros.
Referência para o texto: Wikipédia.