segunda-feira, 22 de julho de 2019

Carapicuiba - São Paulo

Carapicuíba é um município da Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Tornou-se município em 1965, quando se emancipou de Barueri. A cidade é a segunda mais populosa da Microrregião de Osasco, sendo vizinha de Osasco, Barueri, Cotia e Jandira.
Topônimo
O nome "Carapicuíba" tem origem na língua tupi ou na língua geral meridional. Porém seu significado ainda é controverso, podendo significar:
- "peziza (um tipo de cogumelo) ruim (para comer)" (karapuku, peziza + aíb, ruim + a, sufixo);
- "carapicus (uma espécie de peixe) podres (para comer)" (akará, acará + puku, comprido + aíb, ruim + a, sufixo);
- "pé de carapicu" (uma espécie de arbusto) (carapicu, carapicu + ' yba, pé);
- "aquele que se resolve em poços": derivado de Quar-I-Picui-Bae, que era o nome dado pelos índios ao ribeirão que, cortando a cidade, faz divisa com Osasco e que delimita uma das divisas entre as cidades de Osasco e Cotia, na altura do quilômetro 20 da Rodovia Raposo Tavares.
História
A história da cidade está ligada aos índios, tanto que um dos locais culturais obrigatórios para visitação é justamente a Aldeia de Carapicuíba. Foi uma das doze aldeias fundadas pelo padre José de Anchieta (por volta de 1580) quando de sua chegada a São Paulo.
Pertenceu a Barueri, que, antes, fazia parte do município de Santana de Parnaíba.
Carapicuíba era ponto de passagem e parada dos bandeirantes em direção ao interior. Afonso Sardinha, dono de terras doadas pelo rei de Portugal na região, aproveitou-se da mão de obra escrava indígena para o cultivo de suas terras. Também construiu uma capela em 1590. Mas suas intenções fracassaram e Afonso Sardinha voltou a Portugal.
A região, a partir de 1610, viveu em clima tenso devido aos conflitos entre brancos e índios.
Por volta de 1770, o local começou a progredir. Nos arredores da capela, foram construídas malocas para abrigar pequenas famílias e comércio. Paralelamente, espetáculos de folclore eram exibidos, fazendo, da Aldeia de Carapicuíba, o maior centro de folclore de São Paulo na época.
Em meados de 1854, o Barão de Iguapé comprou terras na região, dando-lhe o nome de Fazenda Carapicuíba. Em 1923, a Fazenda Carapicuíba foi vendida a Delfino Cerqueira, que, anos mais tarde, contratou uma empresa para lotear e construir ruas em suas glebas.
O desenvolvimento efetivo da cidade, que, à época, era ainda um pequeno vilarejo, deu-se com a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana em meados de 1875, que ligava a capital paulista a Itu, no interior. Porém, a primeira estação (embarcadouro) em seus arredores foi construída em 1921, distante 22 quilômetros da estação Julio Prestes, e chamou-se Sylvania. Logo depois, foi construído um desvio para a construção, nos arredores do quilômetro 21 da via férrea: um desembarcadouro de gado destinado ao abate. Muitos funcionários da ferrovia e do abatedouro fixaram residência na vilarejo, que tomava áreas de cidade.
Em 1928, Carapicuíba já era distrito policial. Na década de 1930, os pioneiros já acreditavam no povoado que nascia, porque a região possuía clima excelente e terras apropriadas para a cultura de batatas, cereais, legumes, hortaliças, castanheiro-europeu e amoreira.
Nesta época, cerca de 60 famílias japonesas exploravam parte das terras, a título de arrendamento, cooperadas na atualmente extinta Cooperativa Agrícola de Cotia. O pioneirismo japonês em Carapicuíba foi marcado pelas famílias Wada, Ishimaru, Morioka, Iwakura, Tamai, Hanassumi, Massazumi, Okada, Kakizaki, Ueta, Sakamoto, Magarifuchi, Arakawa, Tani, Kawazaki, Kamyzawa, Guentawa, Iashida, Kunishi, Satomi, Myama, Akyoshi, Yano, Moriama, Nishizaki, Morizawa, Yamamoto e outras.
Clima
O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. A média de temperatura anual gira em torno dos 18 graus centígrados, sendo o mês mais frio julho (média de 14 graus centígrados) e o mais quente fevereiro (média de 22 graus centígrados). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1.383 milímetros.
Lazer e turismo
A cidade conta com diversos parques e praças, sendo os mais famosos deles: o Parque dos Paturis, no bairro Cohab V/Cohab II; parque Gabriel Chucre, localizado na vila Gustavo Correia, próximo ao Centro de Carapicuíba; Parque Aldeia de Carapicuíba; localizado no bairro Aldeia de Carapicuíba, que conta com um centro histórico, a Praça da Aldeia Jesuítica, fundado em 1580, que possui, além de uma igreja católica fundada na época da colonização portuguesa, uma biblioteca pública, uma exposição permanente sobre povos indígenas e uma delegacia de polícia, além de um pequeno centro comercial. Na praça, ocorrem várias festas ao longo do ano, como a Festa de Santa Cruz, entre outras, com música popular e ambiente que lembra pequenas cidades do interior.
O Parque Aldeia de Carapicuíba, possui ainda um teatro ao ar livre, onde é apresentada, todos os anos, a peça "A Paixão de Cristo", que reúne cerca de 30 mil pessoas, além de shows no Dia da Criança. A cidade conta ainda com o teatro Jorge Amado, situado na avenida Míriam, no Centro, próximo à Câmara dos Vereadores.
Há, ainda, diversos outros pontos de lazer espalhados pela cidade, como o Parque do Planalto, Praça das Árvores, Praça das Noivas, Praça de Esporte e Cultura no Ariston em fase de construção, entre outros.
Educação
O município possui 57 escolas estaduais, 6 escolas municipais de ensino fundamental, 36 creches/pré-escola distribuídas ao longo da cidade. Para o ensino superior, conta com a FALC -Faculdade da Aldeia de Carapicuíba, a FNC - Faculdade Nossa Cidade, a ETEC e a FATEC de Carapicuíba. A área vem recebendo vários investimentos, como a reforma geral das atuais escolas municipais com quadras cobertas, construção de 16 creches por meio do programa PróInfância do Governo Federal, e construção de um Serviço Social da Indústria na Vila Gustavo Correia.
Economia
Carapicuíba tem diversos comércios e bancos e conta com um incipiente parque industrial. O destaque maior na geração de empregos e renda é o setor de serviços.
Hipermercados e atacadistas: Assaí Atacadista; Atacadão; Tenda Atacado; Seta Atacado; Alta Rotação Atacadista; Giga Atacado.
Shopping center: Plaza Shopping Carapicuíba.
Mídia
Carapicuíba possui cinco jornais com sede em seu território: Cidade de Carapicuíba (o mais antigo), Primeira Edição, Cidade em Alerta cujo dono é o ex Vereador Elias Cassundé - PMDB, Jornal Metrópole e o Gazeta do Povo Regional. Além de outros com sede em outras cidades que também circulam pela cidade, como o Diário da Região, Visão Oeste, Tribuna Regional, Jornal d'Aqui, Página Zero, além de jornais on LINE de notícias exclusivas de Carapicuíba como o "Programa Em Foco", um jornal independente e apartidário. A cidade possui outras páginas como Carapicuíba Nua e Crua, Carapicuíba na Rede e o Carapicuíba Acorda que também prestam serviços jornalísticos pela internet.
Conta ainda com a emissora de televisão Oeste TV, afiliada à Rede União.
Possuí ainda duas emissoras de rádio: Rádio New Life e Rádio Fonte de Água Viva.
Em dezembro de 2014 chegou à cidade a AKTV, um canal de mídia indoor e mídia embarcada (TV em Ônibus) com foco em publicidade, gestão de conteúdos e modelo de negócios voltado a parcerias corporativas.
Referência para o texto: Wikipedia.